RTP
António Dasiparu, EPA
Avião que transportou o presidente de Timor para Darwin guardado por militares australianos
O presidente de Timor-Leste já está em Darwin, onde vai permanecer hospitalizado. Ramos-Horta foi vítima de um atentado, tendo sido atingido por duas balas. Também o primeiro-ministro Xanana Gusmão foi alvo de um ataque, tendo no entanto escapado ileso.
“Foi um ataque cobarde contra o Presidente da República, contra o primeiro-ministro e contra as instituições do Estado”, disse Xanana Gusmão em reacção à tentativa de eliminação da liderança timorense.
O presidente Ramos-Horta foi atacado à porta de casa, por volta das 06h15 (hora de Timor), tendo sido atingido por duas balas. Foi assistido num hospital de campanha militar australiano, onde os médicos tentaram extrair uma das balas que o “atingiu nas costas e passou para o estômago”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros Zacarias da Costa. “A outra passou de raspão”, disse.
O estado de saúde do presidente de Timor é “muito grave mas estável”, informou o primeiro-ministro australiano, país para onde Ramos-Horta foi transportado para receber cuidados médicos.
O atentado contra Ramos-Horta foi levado a cabo pelo Major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar que estava fugido à Justiça. Reinado foi morto.
O Major estava acusado de um crime de rebelião, quatro crimes de homicídio na forma consumada e dez crimes na forma tentada.
Atentado contra o primeiro-ministro Xanana Gusmão
Pouco depois do atentado a Ramos-Horta, a caravana automóvel onde seguia Xanana Gusmão, a caminho de Díli, ficou sob “fogo cerrado”. A primeira viatura despistou-se e o carro onde estava o primeiro-ministro chegou mesmo a ser atingido por balas.
Xanana Gusmão saiu ileso desta tentativa de assassinato e conseguiu chegar a Díli apesar dos “pneus furados” do carro, como relatou.
Este ataque foi liderado pelo tenente Gastão Salsinha, um dos líderes da revolta dos militares em 2006,a par de Alfredo Reinado.
Já no Palácio do Governo em Díli, Xanana Gusmão informou que o vice-presidente do Parlamento, Vicente Guterres, assumiu interinamente a chefia do Estado. Guterres convocou para a tarde uma reunião do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa e Segurança para avaliarem em conjunto a situação.
Reforço de segurança no país
A Austrália já anunciou o reforço das tropas em Timor-Leste, com o envio de uma companhia das forças de Defesa e o destacamento de entre 50 a 70 agentes policiais. O chefe de Governo australiano, Kevin Rudd, classificou os incidentes como “uma tentativa coordenada de assassinar toda a liderança”.
As forças das Nações Unidas foram colocadas em “estado de alerta máximo”.
Portugueses em Timor estão bem
Apesar da instabilidade que se vive no país, o embaixador de Portugal em Díli disse à Agência Lusa que os cerca de 500 portugueses registados nos serviços consulares da embaixada estão em segurança e foram aconselhados a restringirem as saídas ao essencial.
O Governo português, em comunicado, indica que “tem acompanhado em permanência os lamentáveis acontecimentos ocorridos esta manhã na capital timorense, dos quais resultou ferido o Presidente da República José Ramos Horta”.
“O Governo português repudia vivamente estes atentados que também visaram o primeiro-ministro Xanana Gusmão e manifesta a sua confiança na manutenção da ordem pública e estabilidade do país".
Alexandre Brito, RTP
2008-02-11 08:47:09
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Ramos-Horta já está na Austrália após atentado
Por Malai Azul 2 à(s) 18:07
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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