sexta-feira, dezembro 14, 2007

Como resolver o problema dos "refugiados" = "deslocados internos"?

13 Dezembro 2007

Blog Do alto do Tatamailau!...

Calma gente! Não pensem que eu tenho a solução na manga... Alguém terá? Apesar de haver quem tenha dito que tinha a solução... mas guardou-a para si... O que, diga-se, é de uma safadeza de todo o tamanho!... :-) Nestas coisas não deveria haver "copyrights"!...

O que me preocupa nisto é que se prevejam verbas para resolver o problema sem que se diga como é que ele vai ser resolvido...

Creio que o normal seria pensar numa solução e DEPOIS orçamentá-la... Parece que se fez ao contrário: primeiro bota-se um número e depois logo se vê o que fazer com o dinheiro.

Só espero que nas soluções a implementar não haja nenhuma do tipo "toma lá o dinheiro e agora 'raspa-te' para a tua terra"...

Comment?!... Então um habitante de Baucau (ou de Viqueque ou de Raça) pode, cumpridas as leis necessárias, instalar-se em Inglaterra, em Portugal ou na Cochinchina e não pode instalar-se em qualquer parte do seu próprio país (seja em Dili ou em Ermera ou outro local) sem que "a casa lhe caia em cima"?!...

Esperemos que não se entre por aí pois seria a mais completa e evidente declaração, pelo próprio Estado, de que que falhou... Nunca haverá penitência suficientemente grande para quem soltou a fera...

Publicada por Manuel Leiria de Almeida em Quinta-feira, Dezembro 13, 2007

World Bank approves grant to support Timor-Leste health sector

The World Bank Group

Date: 13 Dec 2007
Press Release No:2007/149/EAP

WASHINGTON, December 13, 2007--The World Bank today approved the Health Sector Strategic Plan Support Project for Timor-Leste which will assist the Government’s goal to improve people’s access to good quality health services.

The World Bank contribution – a US$1 million grant from the International Development Agency (IDA) – will be pooled with US$19.3 from the Australian Government to form the Health Sector Support Fund. This fund will be used primarily to improve the quality and coverage of preventive and curative health services, particularly for women and children.

“This project is important at this time for Timor-Leste because it builds on the good progress that the heath sector has made since 2000 and helps the country prepare for the next generation of issues for developing the health system,” said Ms. Fadia Saadah, manager of Human Development for the World Bank’s East Asia Pacific region.

The project has four components aimed at: improving the accessibility, demand and quality of health services; strengthening support services, human resources development and management; strengthening coordination, planning and monitoring; and piloting new initiatives and programs.

“Despite the recent renewal of civil conflict, the health sector in Timor-Leste has continued to perform well,” saidMr Nigel Roberts, World Bank Country Director of Timor-Leste. “Medical personnel are being trained, new hospitals are in their final stages of construction, financing is getting to where it should go and people are receiving care. To build on this good progress, Timor-Leste is looking ahead to address the next challenges – including how to address low utilization and how to better monitor service delivery. Through this fund, AusAid and the World Bank hope to support the country as it moves forward in this vital sector.”

The project will begin early next year and will run for five years.

For further information about the World Bank’s activities in Timor-Leste, go to the website: www.worldbank.org/tl

Contacts:

In Washington: Elisabeth Mealey
Email: emealey@worldbank.org
Phone: 1-202-458 4475
In Dili: Antonio Franco
Email: afranco@worldbank.org

Tradução:

Banco Mundial aprova doação para apoiar o sector de saúde de Timor-Leste

Grupo do Banco Mundial

Data: 13 Dez 2007
Comunicado de Imprensa No:2007/149/EAP

WASHINGTON, Dezembro 13, 2007—O Banco Mundial aprovou hoje o Projecto de Apoio ao Plano Estratégico do Sector de Saúde para Timor-Leste que assistirá o objectivo do Governo de melhorar o acesso do povo a serviços de saúde com boa qualidade.

A contribuição do Banco Mundial – uma doação de US$1 milhão da Agência Internacional de Desenvolvimento (IDA) – será junto aos US$19.3 do Governo Australiano para formar o Fundo de Apoio ao Sector da Saúde. Este fundo será usado principalmente para melhorar a qualidade e a cobertura se serviços de saúde preventivos e curativos, particularmente para mulheres e crianças.

“Este projecto é importante nesta altura para Timor-Leste porque assenta no bom progresso que o sector da saúde tem feito desde 2000 e ajuda o país a preparar-se para a próxima geração de questões para desenvolver o sistema de saúde,” disse a Srª. Fadia Saadah, gestora do Desenvolvimento Humano para a região Ásia do Leste Pacífico do Banco Mundial.

O projecto tem quarto componentes que visam: melhorar a acessibilidade, procura e qualidade dos serviços de saúde; reforçar serviços de apoio, o desenvolvimento e a gestão de recursos humanos, reforçar a coordenação, planeamento e monitorização; e pilotar novas iniciativas e programas.

“Apesar da onda recente de conflitos civis, o sector da saúde em Timor-Leste continuou a funcionar bem,” disse o Sr Nigel Roberts, Director do País de Timor-Leste do Banco Mundial. “Está a ser formado pessoal médico, novos hospitais estão nos estágios finais de construção, o financiamento está a ir para onde deve ir e as pessoas estão a receber cuidados. Para avançar e construir em cima deste bom progresso, Timor-Leste está a preparar-se para responder aos próximos desafios – incluindo como responder à utilização baixa e como melhorar os serviços de monitorização. Através deste fundo, a AusAid e o Banco Mundial esperam apoiar o país no avanço neste sector vital.”

O projecto começará no ano que vem e durará cinco anos.

Para mais informação sobre as actividades do Banco Mundial em Timor-Leste, vá ao website: www.worldbank.org/tl

Contacts:

In Washington: Elisabeth Mealey
Email:
emealey@worldbank.org
Phone: 1-202-458 4475
In Dili: Antonio Franco
Email:
afranco@worldbank.org

República das Bananas

Comentário na sua mensagem "Time for due process in East Timor assistance":


The article below is an illustration of how Fernando Lasama just has no clue of the law and the fact that he is one to whom the constitution and the people look to above most to uphold the law of the land.

The Indonesian Criminal Code which is the applicable law in Timor-Leste clearly provides for the offences of being an accessory or an accomplice. Reinado is a fugitive from the law, for which there is an arrest warrant. He is a prison escapee. There are a number of offences one can commit providing knowingly providing him with food, shelter, and other comforts of life which assist him maintain his unlawful evasion of the law.

I don't believe Mr. Lasama does not understand the law so clearly. It is very sad if that is the case and he as a head of this state has not bothered to ascertain precisely what the law is before inciting people to break the law.

This is the same person who two weeks ago in a meeting with donors assisting in capacity building with the national parliament said that he was concerned with the court handing down decisions "that were creating instability in the country" referring to the warrant for Reinado's arrest.

Whatever Mr. Lasama's state of mind, he has incited people to break the law. Whatever his state of mind he has in fact done so to protect and defend people who have been providing such assistance to Reinado, and ensuring that Reinado continues to receive support by providing "clarification" for those who might have felt threatened by the Prime Minister and President's threats that those who had provided assistance to reinado would be arrested. It is widely known that PD (uncluding some mebers of parliament) and its supporters have been doing this for some time, and Mr. Lasama's name has been linked more than once to such efforts.

Mr. Lasama is not fit to be a President of the People's House of Timor-Leste. But then again that was clearly the peoples' opinion too. I mean, his party, PD, holds 8 from 65 seats and yet he is the President of the National Parliament. He got this with threats and bargaining and cajoling in an exercise of grave cynicism and contempt for democracy, because now we are starting to see his true colours. He is a man who protects criminals and does not care about the law or the constitution.

He should be held responsible for the fiasco of the President's Anti Poverty Task Force and will be held responsible for breaking the parliament's own law with respect to the deliberations for the discussion and approval of the budget. Whatever the quality of his advisors, he is the responsible one and he should accept the final responsibility. He should resing now if he has any self respect or any respect for the people of Timor-Leste.

In any other country, there would have been howls for his resignation, but alas this is Timor-Leste.......the Non-Democratic Republic of the Bananas.


Lasama: Providing Food to Major Alfredo is Alright

Timor Post 12 December 2007

The President of the National Parliament Fernando “Lasama” Araujo has said that there is no problem in some people providing help such as some civilian clothing or foodstuffs like rice to former military police commander Major Alfredo Reinado Alves. Because according to Lasama this type of help is like humanitarian assistance.

But according to Lasama giving support such as providing military uniforms is a problem. For this reason the President of the National Parliament agreed with the statement of the Prime Minister Xanana Gusmao when he said that the government would arrest those persons who provided military uniforms to Major Alfredo during recent times.

“These uniforms which have emerged as a concern for Prime Minister Xanana does not apply to those people who provide a pair of jeans to Major Alfredo , because giving rice or a pair of jeans is like humanitarian work and there are no problems with this,” pointed out Lasama to journalists yesterday.

As well as this, the President of the National Parliament also gave some thoughts on how to quickly resolve the problem of Alfredo through dialog. According to him in order for a solution to be found for Major Alfredo Reinado and his group, the government and Major Alfredo have to each bring themselves down.

He said the government and Major Alfredo should not keep raising the tension any higher because the process will then not move forward and the problem will not be able of being resolved.

“This State firmly believes that the problem of Major Alfredo has to be solved through dialog, this is the principle that the leadership of this State is holding onto tightly,” said the President of the National Parliament Fernando Lasama de Araujo to journalists yesterday at the National Parliament.

Lasama asked all parties to give their support to how dialog can proceed smoothly and find an in depth solution to this problem. He said “each person has the right to comment, but, they have to provide an alternative to the problem that exists.”

He added that, the process with respect to the 2006 case is currently moving forward, some have already faced justice, but Lasama explained that whenever we speak about justice it does not mean that those who have already faced the court have been found to be at fault already, but, that the court will find consensus to justify that which is wrong or right.

“Perhaps when Major Alfredo also faces the court he can tell there what is right and where there is wrong and put forward his arguments so that in that way a solution can be sought for his own problem,” underscored the President of the National Parliament.

Tradução:

República das Bananas

Comentário na sua mensagem "Time for due process in East Timor assistance":


O artigo em baixo é um exemplo de como Fernando Lasama não tem uma única ideia da lei e do facto que é ele a quem a constituição e o povo olham para acima de tudo apoiar a lei do país.

O Código Criminal Indonésio que é a lei aplicável em Timor-Leste contempla claramente as penas para quem auxiliar ou for cúmplice. Reinado é um foragido à lei, e tem por isso um mandato de captura. É um escapado duma prisão. Há algumas ofensas à lei que se podem cometer por quem lhe der comida, abrigo e outros comfortos da vida que lhe permitem manter a sua evasão ilegal à lei.

Não acredito que o Sr. Lasama não entenda com tanta clareza a lei. Se for esse o caso é muito triste que como responsável deste país não se tenha preocupado em averiguar precisamente o que diz a lei antes de incitar as pessoas a quebrá-la.

Esta é a mesma pessoa que há duas semanas atrás numa reunião com dadores que estão a dar assistência na construção de capacidade ao parlamento nacional disse que estava preocupado por o tribunal tomar decisões "que estavam a criar instabilidade no país " referindo-se ao mandato para a captura de Reinado.

Seja qual for o estado de espírito do Sr. Lasama, ele incitou pessoas a quebrarem a lei. Seja qual for o seu estado de espírito ele de facto procedeu assim para proteger e defender pessoas que têm andado a dar tal assistência ao Reinado, e para garantir que o Reinado continua a receber apoio ao “branquear" esses que se pudessem ter sentido ameaçados pelas ameaças do Primeiro-Ministro e do Presidente de que os que estão a dar assistência ao Reinado podiam ser detidos. É largamente sabido que o PD (incluindo alguns membros do parlamento) e os seus apoiantes têm andado a fazer isso já há algum tempo, e o nome do Sr. Lasama esteve ligado mais de uma vez a tais esforços.

O Sr. Lasama não tem estatura para ser um Presidente da Casa do Povo de Timor-Leste. Mas, mais uma vez, esta era a opinião do povo claramente também. Quero dizer, o seu partido, o PD, tem apenas 8 dos 65 lugares e contudo ele é o Presidente do Parlamento Nacional. Ele obteve isso com ameaças e regateios e enganos num exercício de grande cinismo e desprezo pela democracia, porque estamos agora a começar a ver como ele é na verdade. Ele é um homem que protege criminosos e nem se preocupa com a lei nem com a constituição.

Ele devia ser responsabilizado pelo fiasco do grupo de trabalho anti-pobreza do Presidente e será responsabilizado por quebrar a própria lei do parlamento no que respeita às deliberações para a discussão e aprovação do orçamento. Seja qual for a qualidade dos seus conselheiros, ele é o responsável número um e deve aceitar a responsabilidade final. Ele devia resignar agora se tivesse qualquer respeito pore le próprio ou qualquer respeito pelo povo de Timor-Leste.

Em qualquer outro país haveria berros para a sua resignação, mas no fim de contas estamos em Timor-Leste.......A não-Democrática República das Bananas.


Lasama: Dar comida ao Major Alfredo está bem

Timor Post 12 Dezembro 2007

O Presidente do Parlamento Nacional Fernando “Lasama” Araujo disse que não há nenhum problema para algumas pessoas darem ajuda tal como roupas civis e artigos para comer como arroz ao antigo comandante da polícia militar Major Alfredo Reinado Alves. Porque, de acordo com Lasama este tipo de ajuda é como assistência humanitária.

Mas de acordo com Lasama dar apoio como fornecendo uniformes militares é um problema. Por esta razão o Presidente do Parlamento Nacional concordou com a declaração do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão quando ele disse que o governo devia prender as pessoas que deram uniformes militares ao Major Alfredo recentemente.

“O caso desses uniformes que emergiram como uma preocupação para o Primeiro-Ministro Xanana não se aplica às pessoas que oferecem um par de jeans ao Major Alfredo , porque dar arroz ou um par de jeans é como trabalho humanitário e não há nenhum problema com isso,” disse ontem Lasama aos jornalistas.

Além disso o Presidente do Parlamento Nacional exprimiu também ideias sobre como resolver rapidamente o problema do Alfredo através do diálogo. De acordo com ele, de modo a encontrar uma solução para o Major Alfredo Reinado e para o seu grupo, o governo e o Major Alfredo têm de se acalmar

Disse que o governo e o Major Alfredo não devem elevar mais a tensão porque o processo então avançará e não se conseguirá resolver depois o problema.

“Este Estado acredita fortemente que o problema do Major Alfredo tem de ser resolvido através do diálogo, é a este princípio que a liderança deste Estado se agarra com firmeza,” disse o Presidente do Parlamento Nacional Fernando Lasama de Araujo aos jornalistas ontem no Parlamento Nacional.

Lasama pediu a todas as partes para apoiarem como deve prosseguir o diálogo com suavidade e encontrar uma solução em profundidade para este problema. Disse “cada pessoa tem o direito de comentar, mas, têm de fornecer uma alternativa para o problema que existe.”

Acrescentou que, o processo em relação ao caso de 2006 está a avançar correntemente, alguns já enfrentaram a justiçae, mas Lasama explicou que sempre que se fala de justiça isso não significa que os que já enfrentaram os tribunais se concluiu que fossem culpados, mas que o tribunal encontrará um consenso para justificar o que é errado ou certo.

“Talvez que quando o Major Alfredo enfrentar também o tribunal ele possa dizer lá o que é certo e onde está o erro e possa avançar com os seus argumentos para que desse modo se possa encontrar uma solução para o seu próprio problema,” sublinhou o Presidente do Parlamento Nacional.

Austrália manterá tropas no Timor-Leste até o fim de 2008

14/12 - 04:12 - EFE

Díli, 14 dez (EFE).- O novo primeiro-ministro australiano, o trabalhista Kevin Rudd, disse hoje às autoridades timorenses que seu país manterá tropas no Timor-Leste pelo menos até o fim de 2008.

Em sua primeira visita oficial ao Timor desde que assumiu o cargo, após as eleições gerais de 24 de novembro, Rudd se reuniu com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, e com o presidente do país, José Ramos Horta.

Rudd disse que a Austrália espera que o Timor-Leste possa assumir logo a responsabilidade sobre sua própria segurança.

"Mas estou de acordo com José Ramos Horta quando ele diz que é preciso progredir com calma e aos poucos, para garantir a segurança e a estabilidade para os timorenses", opinou Rudd.

O primeiro-ministro voltará hoje à Austrália, após visitar o Timor-Leste e a ilha indonésia de Bali, onde participou da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática.

A Austrália enviou tropas ao Timor em 2006, quando o país pediu ajuda internacional para conter a onda de violência devido ao conflito nas forças de segurança. EFE mg mf

ONU promete apoiar processo de soberania nacional no Timor Leste

14/12/2007 - 05h08

da Folha Online

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se comprometeu nesta sexta-feira (14), em Díli, a continuar apoiando os esforços para a consolidação da segurança e do desenvolvimento no TimorLeste.

Ban chegou ao Timor depois de participar da Conferência sobre Mudança Climática em Bali, na Indonésia.

"Estou aqui para reafirmar o apoio da ONU e da comunidade internacional aos esforços do governo para garantir a paz, a estabilidade e o desenvolvimento socioeconômico", disse Ban aos jornalistas após uma reunião com o presidente do Timor, José Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

Ban elogiou os timorenses pela maturidade demonstrada nas eleições de meados de ano, que levaram a Ramos Horta à presidência e Gusmão ao posto de primeiro-ministro.

"É um bom sinal de democracia. Espero que, com o apoio da ONU e a ativa participação dos timorenses, o país desfrute de uma genuína democracia, bom governo, desenvolvimento institucional e avanços socioeconômicos", disse Ban.

Ban deve visitar um campo de refugiados na igreja de Motael, onde ainda vive uma parte dos deslocados que fugiram de suas casas durante a onda de violência de 2006, quando o país esteve à beira da guerra civil.

Várias ONGs pediram a Ban a abertura de um debate na ONU sobre os crimes contra a humanidade cometidos pela Indonésia durante o período em que ocupou a ex-colônia portuguesa, de 1975 a 1999.

Com Efe

Diggers may stay in E Timor until 2009

SMHT.com
December 14, 2007 - 9:23PM

Prime Minister Kevin Rudd has given his strongest indication yet that Australian troops will remain in East Timor until 2009.

During his first visit to the fledgling nation as prime minister, Mr Rudd was asked by East Timor's President Jose Ramos Horta to continue Australia's military commitment until the end of next year.

Dr Ramos Horta also wants a United Nations security force to stay on until 2011.

"I have reiterated with the prime minister that we believe the ISF (International Security Force) should stay until the end of 2008 at least," Dr Ramos Horta told reporters.

"We will review it along the way together with the UN and with Australia ... we should not repeat the mistakes of the past in a hasty withdrawal."

While Mr Rudd did not specify exact time frames or troop numbers, he said Australia was committed to remaining in the country for as long as needed.

"Australian troops are here at the invitation of the government of Timor Leste," he said.

"I noted carefully what the president had to say this morning about the needs of 2008 and we have no objection to that subject to the rolling review, which our two governments have always engaged in on these two matters."

Before leaving climate change talks in Bali on Thursday, Mr Rudd said he'd been critical of Australia having withdrawn its troops too early in the past.

About 800 troops have been in the troubled former Indonesian province since early this year after violence erupted in the build-up to the April 2007 presidential elections.

"We look forward to the day when Timor Leste assumes its own responsibility in relation to security matters," Mr Rudd said.

"I agree with Jose when he said these things need to be progressed in a calm and methodical way to ensure the security and stability of the people of Timor Leste."

Mr Rudd extended an invitation to visit Australia to both Dr Ramos Horta and Prime Minister Xanana Gusmao, who hugged Mr Rudd during a warm reception with his Australian wife Kirsty Sword Gusmao on the tarmac at Dili Airport earlier in the day.

Mr Rudd then had lunch with Australian troops, in same mess hall in which former prime minister John Howard spent his 68th birthday in July this year.

"Australia is proud of what you are doing," Mr Rudd told the soldiers.

"I wish you a very, very happy Christmas. I am sure that all your tents will be air-conditioned for the festive season. Attempted to, I have no idea if they will be."

Mr Rudd also suggested to troops that their work was not over yet.

"The mission is not completed, we've got a lot of work left to do in 2008 and it will depend on your continuing professionalism and that of the ADF."

Mr Rudd then departed for Darwin where he will meet with indigenous leaders on Saturday to talk about the federal government's intervention in Northern Territory Aboriginal communities.

Ban later said he hoped Australia would maintain a military presence in East Timor.

"Australian forces have been making a great contribution to the maintenance of peace and security and we would hope that Australia continues to make such contributions as much as they can," he told reporters.

But Ban, who visited East Timor for the first time, said the decision was ultimately up to Mr Rudd and the Australian people.

© 2007 AAP

Tradução:

Tropas Australianas poderão ficar em Timor-Leste até 2009

SMHT.com
Dezembro 14, 2007 - 9:23PM

O Primeiro-Ministro Kevin Rudd deu a mais forte indicação de que as tropas Australianas ficarão em Timor-Leste até 2009.

Durante a sua primeira visita à jovem nação como primeiro-ministro, foi pedido ao Sr Rudd pelo Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta para continuar com o compromisso militar da Austrália até ao fim do próximo ano.

O Dr Ramos Horta quer também que as forças de segurança da ONU fiquem até 2011.

"Reiterei ao primeiro-ministro que acreditamos que as ISF (Forças Internacionais de Segurança) devem ficar pelo menos até ao fim do próximo ano," disse o Dr Ramos Horta aos repórteres.

"Vamos rever isso ao longo do tempo juntamente com a ONU e a Austrália ... não devemos repetir os erros do passado duma retirada apressada."

Conquanto o Sr Rudd não tenha especificado a moldura exacta da data ou dos números de tropas, disse que a Austrália estava comprometida a ficar no país enquanto fosse necessário.

"As tropas Australianas estão cá a convite do governo de Timor Leste," disse.

"Anoy«tei com cuidado o que o presidente disse esta manhã sobre a necessidade de 2008 e não temos objecções sobre isso de fazer uma revisão, em que os nossos dois governos sempre se engajaram nessas duas questões."

Antes de partir para as conversações sobre mudanças climáticas no Bali na Quinta-feira, o Sr Rudd disse que criticara a Austrália ter retirado tão cedo as suas tropas no passado.

Cerca de 800 tropas têm estado na antiga inquieta província Indonésia desde o princípio deste ano depois de ter irrompido a violência antes das eleições presidenciais de Abril 2007.

"Esperamos pelo dia quando Timor-Leste assumir as suas próprias responsabilidades em relação aos assuntos de segurança," disse o Sr Rudd.

"Concordo com José quando disse que estas coisas precisam de ser feitas de maneira calma e metódica para assegurar a segurança e a estabilidade das pessoas de Timor-Leste."

O Sr Rudd convidou ambos para visitarem a Austrália, o Dr Ramos Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, que abraçou o Sr Rudd durante uma recepção calorosa com a sua mulher Australiana Kirsty Sword Gusmão na pista do aeroporto de Dili anteriormente.

Depois o Sr Rudd almoçou com as tropas Australianas, na mesma messe onde o antigo primeiro-ministro John Howard comemorou o seu 68o aniversário em Julho deste ano.

"A Austrália está orgulhosa do que estão a fazer," disse o Sr Rudd aos soldados.

"Desejo-lhes um Feliz Natal. Tenho a certeza que as vossas tendas terão ar-condicionado na estação das festas. Uma tentativa, não tenho ideia do que seja."

O Sr Rudd sugeriu também que o trabalho das tropas não estava ainda acabado.

"A missão não está completa, temos muito trabalho para fazer em 2008 e isso dependerá do vosso profissionalismo e do das ADF."

Depois o Sr Rudd partiu para Darwin onde se encontrará com líderes aborígines no Sábado para falar acerca da intervenção do governo federal nas Cominidades Aborígenas do Northern Territory.

Ban disse que esperava que a Austrália mantivesse uma presença militar em Timor-Leste.

"As forças Australianas têm estada a fazer uma grande contribuição para a manutenção da paz e da segurança e esperamos que a Austrália continue continue a dar essas contribuições tanto quanto possa" disse aos repórteres.

Mas Ban, que visitou Timor-Leste pela primeira vez, disse que a decisão era do Sr Rudd e do povo Australiano.

© 2007 AAP

Debate interactivo sobre a Proposta de Lei No. 3/II relativa ao Orçamento Geral do Estado para o Ano Fiscal de 2008

Hoje, dia 14 de Dezembro de 2007, às h19:00, será transmitido em directo pela RTTL, o debate interactivo sobre a Proposta de Lei No. 3/II relativa ao Orçamento Geral do Estado para o Ano Fiscal de 2008, com a susceptibilidade de intervenção dos ouvintes e telespectadores.

O debate contará com a presença dos Senhores Deputados: Aderito Hugo da Costa, Secretário da Comissão de Economia, Finanças e Anti- Corrupção, em representação da Bancada Parlamentar do CNRT, Fernanda Borges, Presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Justiça, Administração Pública, Poder Local e Legislação do Governo, em representação da Bancada Parlamentar do PUN e Cipriana Pereira, Membro da Comissão de Economia, Finanças e Anti- Corrupção em representação da Bancada Parlamentar da Fretilin.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Thursday, 13 December 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL Summary News
PNTL Commander: appeals for calm amongst the population and denies that PNTL members are joining Alfredo: The Commander-Designate of the National Police of Timor-Leste (PNTL) Afonso de Jesus strongly denied that any PNTL members had left to join Alfredo’s group.

The PNTL have been working hand-in-hand with the United Nations Police (UNPol) to provide security for the country, based on the constitution of Timor-Leste. The Commander also appealed for people to remain calm and ignore the rumours.

F-FDTL to guarantee security: The Commander of the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL), Brigadier General Taur Matan Ruak, said that the F-FDTL is prepared to provide security for Christmas Eve and for international visits in this week.

He also added that the F-FDTL is ready to give any assistance to the community as needed.

If Justice is not implemented, the youth are ready to die with Alfredo

The spokesperson of the pro-justice youth, Julio Soares Salsinha, said that the youth are always ready to support Alfredo Reinado and Gastão Salsinha as these two people stand for truth and justice.

During a press conference in Balide, Dili, on Wednesday (12/12) Mr. Salsinha said that if no justice is achieved, the youth will be ready to die for Alfredo.

Mr. Salsinha added that they are prepared to face arrest for their support for Alfredo. (STL and TVTL)

Taur Matan Ruak: we will guarantee that the situation stays calm

The Commander of the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL) Brigadier General Taur Matan Ruak said that the F-FDTL is ready to provide security for Christmas Eve and the international visits this week.

“The situation in the country is good. Security will be provided during the visit of the United Nations Secretary General (SG) and for Christmas Eve. Hopefully there will be no problems,” said Brig. Gen. Taur in Caicoli, Dili, on Wednesday (12/12). (STL, DN and TVTL)

Francisco Branco: Xanana-Ramos Horta’s statement on Alfredo is out-of-date

Francisco Branco, a member of the national parliament (MP) from Fretilin, said that the promise made by Prime Minister Xanana Gusmão and President Ramos-Horta to arrest those who support Alfredo is out-of-date.

Mr. Branco said that the statements of the President and Prime Minister are contradictory; on the one hand, the government has formed a task force to organise a dialogue between the state and the rebels. On the other, the President and Prime Minister launch threats to put pressure on Alfredo’s supporters.

Mr. Branco also questioned the status of Alfredo Reinado, asking whether he is an active military officer or a rebel; if he is a rebel than he should be forced to obey the law of this country. (STL)

Between Alfredo and the Alliance: there should be a commitment to peace

The Former MP from the Social Democratic Party (PSD), Leandro Isaac, said he hoped that there would be a commitment to stability and security between the Alliance Government, led by Prime Minister Xanana Gusmão, and former Police Military Commander Alfredo Reinado.

“I think both parties should commit to stability and security to create peace. And Alfredo should make this commitment to keep people calm, which in turn could help him solve his problem,” said Mr. Isaac on Wednesday (12/12) in Comoro, Dili. (STL)

PNTL Commander: denies that his members are joining Alfredo

Commander- Designate of the National Police of Timor-Leste (PNTL) Afonso de Jesus strongly rejected the suggestion that members of the PNTL had left to join Alfredo’s group.

“It’s only a rumour,” said the Commander of PNTL.

The PNTL have been working hand-in-hand with the United Nations Police (UNPol) to provide security for the country, based on the constitution of Timor-Leste. The Commander also appealed for people to remain calm and ignore the rumours. (STL, TP, TVTL and DN)

National Parliament to ask the UNSG to extend the mandate of UNMIT

The National Parliament (NP) will ask UNSG Ban Ki-Moon to extend the tenure of the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) during his visit to Timor –Leste on Friday 14/12).

The NP is planning to express the desire that the UN continue its work.

“The United Nations have said that they will not leave Timor-Leste unsupported, but we need to state directly that we need a UN presence here,” said the vice president of the NP, Vicente Guterres.

Mr. Guterres also said that the NP is preparing a special session to welcome the UNSG Ban Ki-Moon. During the session they will ask the UN to assist Timor-Leste through its current crisis period, and ask that it continue to provide assistance in security and stability, socio-economic matters, politics, and the democratic development of the country.

The NP is also planning to describe the current problems faced by the nation, such as security, IDPs and Alfredo’s case to the UNSG. (TP)

Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Quinta-feira, 13 Dezembro 2007

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e do seu conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou implícito de qualquer modo. A UNMIT não será responsável por quaisquer consequências resultantes da publicação ou do apoio de tais artigos ou traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL Resumo das Notícias
Comandante da PNTL: apela à calma no seio da população e nega que membros da PNTL se estejam a juntar a Alfredo: O Comandante-Designado da PNTL Afonso de Jesus negou firmemente que algum membro da PNTL tenha saído para se juntar ao grupo de Alfredo.

A PNTL tem estado a trabalhar mão com mão com a UNPol para dar segurança ao país, com base na constituição de Timor-Leste. O Comandante pediu também para o povo ficar calmo e ignorar os rumores.

F-FDTL garante segurança: O Comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, disse que as F-FDTL estão preparadas para dar segurança na noite de Natal e nas visitas internacionais nesta semana.

Acrescentou ainda que as F-FDTL estão prontas para prestar qualquer assistência que a comunidade precise.

Se não se implementar a justiça, a juventude está pronta para morrer com o Alfredo

O porta-voz da juventude pró-justiça, Júlio Soares Salsinha, disse que a juventude está sempre pronta para apoiar Alfredo Reinado e Gastão Salsinha dado que são duas pessoas que defendem verdade e justiça.

Durante uma conferência de imprensa em Balide, Dili, na Quarta-feira (12/12) o Sr. Salsinha disse que se não se alcançar a justiça a juventude está pronta para morrer por Alfredo.

O Sr. Salsinha acrescentou que estão preparados para enfrentarem a prisão pelo apoio ao Alfredo. (STL e TVTL)

Taur Matan Ruak: garantimos que a situação se mantém calma

O Comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) Brigadeiro-General Taur Matan Ruak disse que as F-FDTL estão prontas para dar segurança na noite de Natal e nas visitas internacionais esta semana.

“Está boa a situação no país. Será dada segurança durante a visita do Secretário-Geral da ONU (SG) e na noite de Natal. Temos esperança que não haja problemas,” disse o Brig. Gen. Taur em Caicoli, Dili, na Quarta-feira (12/12). (STL, DN e TVTL)

Francisco Branco: a declaração de Xanana-Ramos Horta sobre Alfredo está ultrapassada

Francisco Branco, membro do parlamento nacional da Fretilin, disse que a promessa feita pelo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão e Presidente Ramos-Horta para preender os que apoiam Alfredo está ultrapassada.

O Sr. Branco disse que a declaração do Presidente e do Primeiro-Ministro é contraditória, por um lado o governo formou um grupo de trabalho para organizar um diálogo entre o Estado e os amotinados. Por outro lado, o Presidente e o Primeiro-Ministro lançam ameaças para pôr pressão sobre os apoiantes de Alfredo.

O Sr. Branco questionou também o estatuto de Alfredo Reinado, perguntando se é um oficial militar no activo ou um amotinado; se é um amotinado então deve ser forçado a obedecer às leis deste país. (STL)

Entre Alfredo e a Aliança: deve haver um compromisso para a paz

O antigo deputado do PSD, Leandro Isaac, disse que espera que haja um compromisso para a estabilidade e segurança entre o governo da aliança, liderado pelo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão,e o antigo comandante da Polícia Militar Alfredo Reinado.

“Penso que ambas as partes se devem comprometer com a estabilidade e com a segurança para criarem a paz. E Alfredo deve fazer este compromisso para manter as pessoas calmas, que por sua vez pode ajudá-lo a resolver o problema dele,” disse o Sr. Isaac na Quarta-feira (12/12) em Comoro, Dili. (STL)

Comandante da PNTL: nega que os membros se estejam a juntar a Alfredo

O Comandante-Designado da PNTL Afonso de Jesus rejeitou com força a sugestão que membros da PNTL partiram para se juntarem ao grupo de Alfredo.

“É apenas um rumor,” disse o Comandante da PNTL.

A PNTL tem estado a trabalhar de mão dada com a UNPol para dar segurança ao país, com base na constituição de Timor-Leste. O Comandante apelou também ao povo para se manter calmo e ignorar os rumores. (STL, TP, TVTL e DN)

Parlamento Nacional pedirá ao SG da ONU para prolongar o mandato da UNMIT

O Parlamento Nacional (PN) pedirá ao SG da ONU Ban Ki-Moon para prolongar o mandato da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) durante a sua visita a Timor –Leste na Sexta-feira 14/12).

O ON planeia expressar o desejo que a ONU continue o seu trabalho.

“A ONU tem dito que não deixarão Timor-Leste sem apoio, mas precisamos de afirmar directamente que precisamos da presença da ONU cá,” disse o vice-presidente do PN, Vicente Guterres.

O Sr. Guterres disse também que o PN está a preparar uma sessão especial para dar as boas vindas ao SG da ONU Ban Ki-Moon. Durante a sessão pedirão à ONU para Timor-Leste durante o corrente período de crise e que continue a dar assistência na segurança e estabilidade, questões sócio-económicas, políticas e o desenvolvimento democrático do país.

O PN está também a planear descrever os problemas correntes enfrentados pela nação, tais como, deslocados e o caso do Alfredo ao SG da ONU. (TP)

Time for due process in East Timor assistance

Eureka Street
Frank Brennan 13-Dec-2007


There have been changes of government in Australia and East Timor in recent months. These changes present fresh challenges and new possibilities in the relationship across the Timor trough.

East Timor has had a dreadful couple of years with civil unrest, an emergency resulting in tens of thousands of internally displaced citizens, and an election which did not result in a smooth transfer of legitimate political power. The new Australian government would do well to ensure that appropriate processes are followed in providing ongoing assistance to the new Timorese government and Timorese society.

Australian and New Zealand troops are still patrolling the streets of Dili. They are known as the ISF — the international security force. They are on the streets at the invitation of President Horta and Prime Minister Gusmao who joined the President of the National Parliament with a signed request for assistance in May 2007.

Eighteen months on, there has been no imperative for Australian forces to exchange berets and operate under UN auspices as occurred with the original INTERFET engagement after the 1999 popular consultation leading to independence. Post Iraq, John Howard and Alexander Downer were happy to proceed in a more unilateral fashion, responding to requests from their friends in Dili. Maintenance of this status quo is risky.

The FRETILIN party and many of its supporters still feel cheated by President Horta's decision to invite Gusmao to form a government, even though FRETILIN outpolled Gusmao's party.

Most Australians argue that Gusmao was entitled to form government because he was able to marshal a coalition of parties with a majority of votes in the parliament. But Mari Alkatiri, the head of FRETILIN, which got the most votes of any party, remains adamant that under the Timorese constitution he should have been given the first option to form a government. He thinks he would have been ultimately able to form a coalition.

Having missed out, he and his supporters continue to question the legitimacy of the Gusmao government. They also question the legitimacy of Horta and Gusmao's request to have Australian troops continuing to patrol Dili. In July Horta asked the Howard Government to allow Australian troops to remain at least until the end of 2008.

Surprisingly, the original agreement relating to the Australian troop presence was never approved by the Timorese Council of Ministers. Neither has it been approved by the National Parliament. Key FRETILIN members are adamant that such an agreement is not constitutionally valid unless it has the approval either of the Council of Ministers or of the National Parliament, preferably both.

It is troubling that these constitutional procedures may have been bypassed so that the Australia-Timor agreement did not have to be presented to the Australian parliament in accordance with our own procedures for international agreements and treaties.

The change of government in Canberra provides clear air for revisiting the terms of the agreement. If Australian troops are to serve on the streets of Dili but not as part of a UN peacekeeping force, they should serve only if their presence is approved by the Timorese Council of Ministers and its National Parliament.

The farcical stand-off between the rebel leader Alfredo Reinado and the authorities in East Timor highlights the problem. President Horta has abused the judiciary for wanting to pursue criminal charges against Reinado. Senior FRETILIN figures have criticised Brigadier John Hutcheson, the Australian military commander, who decided to withdraw his troops from the Reinado manhunt in response to a request from President Horta.

There is a growing perception among local critics of the Timor government that the Australian troops are the personal troops of the President given their presence without full constitutional mandate and their ready response to Horta's arbitrary command, which showed little respect for the traditional separation of powers between the Executive and the judiciary.

Now is the time for Australia to clarify the terms of its military presence. Eighteen months since the original crisis, there are still thousands of displaced persons living under plastic tents in Dili. The situation is not stable. Politically orchestrated East-West divisions have been played out on the streets, in political parties, and in the Timor military. It is not fair to Australian troops to have them patrolling in constitutionally suspect circumstances.

The recent oil and gas dispute over the Timor Sea provides a salutary lesson. There are many Australians as well as Timorese who wonder about the fairness of the final deal thrashed out by the Howard and Alkatiri governments. Despite the complexity of the issue, a majority of citizens in both countries were reassured by the overwhelming vote of the Timor parliament across party lines to support the final outcome.

Critics of the new government and president are suspicious that Gusmao and Horta are too close to Australia. Thus they have reason to be suspicious of arrangements with Australia when those arrangements have not been approved by the parliament or the Council of Ministers.

Transparent arrangements following the letter and spirit of the Timor constitution could save everyone grief in both countries.


Frank Brennan SJ AO was director of the Jesuit Refugee Service in East Timor for 15 months from 2000-1. He was adviser to the Church Working Group on the Constitution. He writes from East Timor on his first return visit since the troubles 18 months ago.

Tradução:

Tempo para processamento adequado na assistência a Timor-Leste

Eureka Street
Frank Brennan 13-Dez-2007


Houve mudanças nos últimos meses do governo na Austrália e Timor-Leste. Essas mudanças apresentam desafios frescos e novas possibilidades na relação através do canal de Timor.

Timor-Leste teve dois anos terríveis com desassossego civil, uma emergência de que resultou dezenas de milhares de cidadãos deslocados, e uma eleição de que não resultou uma transferência suave de poder político legítimo. O novo governo Australiano andaria bem em assegurar que sejam seguidos processos adequados no fornecimento da assistência em curso ao novo governo e à sociedade Timorense .

Tropas Australianas e da Nova Zelândia estão ainda a patrulhar as ruas de Dili. São conhecidas como ISF — a força internacional de segurança. Estão nas ruas a convite do Presidente Horta e do Primeiro-Ministro Gusmão que se juntaram ao Presidente do Parlamento Nacional com um pedido escrito de assistência em Maio de 2007.

Passados dezoito meses, não houve nenhum imperativo para as forças Australianas mudarem de capacetes e operarem sob os auspícios da ONU como ocorreu com o engajamento original da INTERFET depois da consulta popular de 1999 que levou à independência. No pós-Iraque, John Howard e Alexander Downer ficaram felizes em prosseguir numa maneira mais unilateral, respondendo a pedidos dos seus amigos em Dili. É arriscado a manutenção deste status quo.

A FRETILIN e muitos dos seus seguidores sentem-se ainda enganados pela decisão do Presidente Horta de convidar Gusmão para formar governo, mesmo apesar da FRETILIN ter ultrapassado nos votos o partido de Gusmão.

A maioria dos Australianos argumenta que Gusmão tinha direito de formar governo porque conseguiu manobrar uma coligação de partidos com uma maioria de votos no parlamento. Mas Mari Alkatiri, o responsável da FRETILIN, que obteve mais votos que qualquer outro partido, mantém firme que sob a constituição Timorense lhe devia ser dada a primeira opção para formar governo. Pensa que no fim de contas seria capaz de formar uma coligação.

Tendo sido passado por cima, ele e os seus seguidores continuam a questionar a legitimidade do governo de Gusmão. Questionam ainda a legitimidade dos pedidos de Horta e de Gusmão para que as tropas Australianas continuem a patrulhar Dili. Em Julho Horta pediu ao governo de Howard para autorizar que tropas Australianas continuem pelo menos até ao fim de 2008.

Surpreendentemente, o acordo original relativo à presença das tropas Australianas nunca foi aprovado pelo Conselho de Ministros Timorense. Nem sequer foi aprovado pelo Parlamento Nacional. Membros chave da FRETILIN são firmes em que um tal acordo não é constitucionalmente válido a não ser que tenha a aprovação ou do Conselho de Ministros ou do Parlamento Nacional, de preferência de ambos.

É preocupante que esses procedimentos constitucionais tenham podido ser contornados de modo a que o acordo Austrália-Timor não tivesse que ser apresentado no parlamento Australiano de acordo com os nossos próprios procedimentos para acordos e tratados internacionais.

A mudança de governo em Canberra fornece uma oportunidade clara para revisitar os termos do acordo. Se as tropas Australianas tiverem que servir nas ruas de Dili mas não como parte duma força da ONU, apenas devem servir se a sua presença for aprovada pelo Conselho de Ministros e Parlamento Nacional Timorense.

O burlesco enfrentamento entre o líder amotinado Alfredo Reinado e as autoridades em Timor-Leste ilustra o problema. O Presidente Horta abusou do sistema judicial por querer prosseguir com acusações criminais contra Reinado. Figuras de topo da FRETILIN criticaram o Brigadeiro John Hutcheson, o comandante militar Australiano, que decidiu retirar as suas tropas da procura de Reinado em resposta a um pedido do Presidente Horta.

Há uma percepção crescente entre os críticos locais do governo de Timor que as tropas Australianas são as tropas pessoais do Presidente dada a sua presença sem mandato constitucional e a sua resposta rápida ao comando arbitrário de Horta, que mostrou pouco respeito pela tradicional separação de poderes entre o Executivo e o sistema judicial.

É agora a altura para a Austrália clarificar os termos da sua presença militar. Passados quinze meses da crise original, há ainda milhares de deslocados a viverem debaixo de tendas de plástico em Dili. A situação não é estável. Divisões leste-oeste politicamente orquestradas têm-se gasto nas ruas, nos partidos políticos e nas forças armadas de Timor. Não é justo para as tropas Australianas tê-las a patrulhar em circunstâncias constitucionalmente suspeitas.

A recente disputa pelo petróleo e gás do Mar de Timor fornece uma lição saudável. Há muitos Australianos e Timorenses que se interrogam acerca da justeza do acordo final bem considerado pelos governos de Howard e Alkatiri. Apesar da complexidade da questão, uma maioria de cidadãos em ambos os países foram acalmados pela votação proeminente do parlamento de Timor de todas as linhas partidárias em apoio do resultado final.

Críticos do novo governo e do presidente suspeitam que Gusmão e Horta são demasiados próximos da Austrália. Assim têm razão para suspeitarem dos arranjos com a Austrália quando esses arranjos não foram aprovados pelo parlamento ou pelo Conselho de Ministros.

Arranjos transparentes que sigam o espírito e a letra da constituição de Timor podem poupar desgostos a toda a gente em ambos os países.


Frank Brennan SJ AO foi director do Jesuit Refugee Service em Timor-Leste durante 15 meses desde 2000-1. Foi conselheiro do Grupo de Trabalho da Igreja na Constituição. Escreve de Timor-Leste na sua primeira visita de regresso desde os problemas há 18 meses atrás.

Reunião do Conselho de Ministros de 12 e 13 de Dezembro de 2007

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

IV Governo Constitucional
COMUNICADO À IMPRENSA

O Conselho de Ministros reuniu-se esta Quarta-feira, 12 de Dezembro, tendo os trabalhos prosseguido durante o dia de hoje, Quinta-feira, 13 de Dezembro, 2007, na Sala de Reuniões do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo, em Díli, sendo aprovado o seguinte:


1- Proposta de Lei das Artes Marciais.

A prática das artes marciais assume em Timor Leste uma importância social e cultural relevante na população, particularmente entre as camadas mais jovens, sendo o seu ensino também um meio de transmissão de valores e princípios fundamentais na conduta e carácter dos seus praticantes e adeptos.

Temos vindo a assistir, no entanto, a um desvio na finalidade dessa prática, que tem espoletado um acréscimo de criminalidade e violência no seio da sociedade timorense, impondo-se a necessidade de legalizar as associações e centros de ensino existentes e implementar mecanismos de autorização para a sua criação.

A Proposta de Lei hoje aprovada pelo Conselho de Ministros tem precisamente a finalidade de definir e regulamentar a prática das várias modalidades de artes marciais existentes em Timor Leste, de modo a que sejam assegurados os princípios de ordem pública e respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

Com o intuito de garantir o disposto no diploma e desincentivar a prática de actividades não enquadradas na lei estão previstos igualmente mecanismos de sancionamento disciplinar e são criminalizadas as condutas de pessoas individuais ou colectivas que pratiquem, ensinem, aprendam ou incitem à prática destas actividades sem a devida autorização.



2- Proposta de Lei do Sistema de Informações da República Democrática de Timor Leste

A Proposta de Lei agora aprovada pelo Conselho de Ministros estabelece as bases gerais do Sistema de Informações da RDTL. Este é um organismo a quem compete assegurar a produção de informações necessárias à salvaguarda da independência nacional e à garantia da segurança interna, sempre no respeito da Constituição e da Lei.

O disposto na presente Lei aplica-se às actividades de recolha de informações efectuadas pelas F-FDTL e PNTL necessárias ao cumprimento das suas missões específicas e à garantia da segurança militar e combate à criminalidade comum, respectivamente.

Esta Proposta de Lei vai ser remetida ao Parlamento Nacional para apreciação e subsequente aprovação.

3- Proposta de Lei de Autorização Legislativa em Matéria Penal.

De acordo com a Proposta de Lei de Autorização Legislativa que o Conselho de Ministros hoje aprovou, é concedida autorização ao Governo para aprovar o Código Penal e revogar a legislação vigente nesta matéria, nomeadamente quanto à definição de crimes, penas, medidas de segurança e respectivos pressupostos.

A opção por este mecanismo previsto na Constituição permitirá uma maior rapidez do processo legislativo. O conteúdo e extensão que constituem o objecto desta proposta de lei de autorização legislativa asseguram o respeito pelos direitos, liberdades e garantias fundamentais do cidadão no âmbito do Direito Penal.

As soluções propostas tiveram em consideração os princípios gerais de direito criminal sancionados em instrumentos jurídicos internacionais, já ratificados por Timor Leste, e o respeito pelo contexto sócio-cultural do país.

4- Decreto-Lei que estabelece a Orgânica da Secretaria de Estado da Formação Profissional e Emprego.

O Conselho de Ministros aprovou o Decreto-Lei que estabelece a estrutura orgânica da Secretaria de Estado da Formação Profissional e Emprego (SEFOPE), criada pelo IV Governo Constitucional da RDTL através do art. 16.º do Decreto-Lei 7/2007.

À SEFOPE compete desenvolver e implementar programas e políticas nas áreas do trabalho, formação profissional e emprego. Entre as suas atribuições, merecem ainda destaque as seguintes:

- incentivar a contratação de timorenses no exterior;
- regularizar e fiscalizar o trabalho de estrangeiros em Timor Leste;
- definir e fiscalizar o cumprimento das disposições legais em matéria de trabalho;
- promover e fiscalizar a Saúde, Segurança e Higiene no trabalho;
- promover a igualdade de direitos e oportunidades e a plena integração de pessoas com deficiência;
- prestar assistência aos trabalhadores e empregadores em matérias que envolvam relações laborais:
- definir e executar medidas de promoção de emprego e de combate ao desemprego.

ETIMOR: Australian PM heads to Dili for talks

ABC radio Australia
13/12/2007

A key issue for the Australian prime minister's talks in East Timor will be the future of nearly 800 Australian troops in East Timor since last year's political crisis.

Presenter - Graeme Dobell Speaker - Bob Lowry, previously an adviser on East Timor's national security structure, and the author of a new study on Australian interests in East Timor


LOWRY: Well I think the Prime Minister will be basically looking to highlight any changes that his government will apply in terms of its policy relationship with East Timor. But there is already a United Nations mission there which Australia has had a part in. Australia also provides considerable aid under AusAID and direct military assistance, and so the government of East Timor will be anxious to see whether there'll be any changes in any of these policy areas.

DOBELL: What sort of assurances would Dili want from the new government?

LOWRY: As a minimum I think they'd want to see the continuance of the aid they're getting at the moment, especially the financial aid, and the military assistance and the direct military assistance. There is some question as to whether that should be put under UN control or not, but I doubt that that policy will change because of the flexibility it provides. And the only question will be whether that will continue into the future and whether Australia will in effect continue to be the internal security guarantor of last resort.

DOBELL: The Prime Minister is flying from Bali so he's touched base with Indonesia. How much does the Rudd government have to balance off its Indonesia interests and how much can it offer to East Timor while keeping an eye on Indonesia?

LOWRY: Well obviously both the Indonesian and Australian governments don't want East Timor to become the people in the shoe as it was referred to by a previous government in Indonesia. And they've setup a trilateral arrangement for ministers to meet to sort out any particular problems there are, but at this stage there are no particular issues, the border issue is being resolved and there's not much in terms of the land border to be resolved at the moment. But there will after that be the question of maritime boundaries, which will be a much more complex thing. But that will mainly involve Indonesia and East Timor.

DOBELL: After the political chaos in East Timor last year, after the destruction that took place, what role does Australia now have to play in East Timor?

LOWRY: Well basically East Timor's got to construct a nation from scatch, and even though it's been in the process of that since 1999, it's got still a long way to go. The principle source of income is oil and gas money, there's basically no private enterprise of any note there. So you've got to construct an economy, you've got to construct the agencies of government and get them functioning effectively, and creating employment through private investment is the big challenge for the East Timorese government.

DOBELL: Is it accepted in Dili, is it accepted in Canberra that Australia must play some role as a guarantor or protector?

LOWRY: Well in East Timor there are divided opinions on this, some people would like to see others involved, some would like to see Australian forces under the command of the United Nations mission. But generally speaking quite obviously Australian forces are accepted there by the government, otherwise they wouldn't be there.

DOBELL: Is that a comfortable role for Australia?

LOWRY: Well it's demanding in terms of resources and Australia would like to get those troops out of there as quickly as possible. And they may be able to start winding them down within the next few months. But it's not a comfortable role because they are seen at various times to be partisan in terms of their political impact.

DOBELL: As the world's newest nation how well is East Timor going at building itself as a nation, at creating new institutions?

LOWRY: It's going reasonably well, there's a lot that has been done in those terms by the previous government that can be built on by the new government. But fundamental issues like the relationship between the President and the Prime Minister in terms of their constitutional authority and how they actually run the agencies of government needs to be finalised and agreement reached on how far, how much authority the President has in reality. And that may entail some changes to the constitution so that they're acting within a constitutional framework.

DOBELL: Is that a recipe for further instability if East Timor is still trying to work out how to structure its government?

LOWRY: It is because if there is tension between the presidency and the prime ministership or executive government then you can have the sorts of problems we saw last year, where you had the conflict between the police and the military.

Tradução:

TIMOR-LESTE: PM Australiano vai a Dili para conversações

ABC radio Australia
13/12/2007

Uma questão chave das conversações do primeiro-ministro Australiano será o futuro das cerca de 800 tropas Australianas em Timor-Leste desde a crise política do ano passado.

Apresentador - Graeme Dobell Orador - Bob Lowry, anteriormente um conselheiro na estrutura de segurança nacional de Timor-Leste, e o autor de um novo estudo sobre os interesses Australianos em Timor-Leste


LOWRY: Bem, basicamente penso que o Primeiro-Ministro irá ver para sublinhar quaisquer mudanças que o seu governo aplicará em termos da sua política de relações com Timor-Leste. Mas já lá está uma missão da ONU em que a Austrália participa. A Austrália fornece também uma ajuda considerável sob a AusAID e assistência militar directa e por isso o governo de Timor-Leste estará ansioso para ver se haverá alguma mudança nalguma dessas áreas políticas.

DOBELL: Que tipo de garantia quererá Dili do novo governo?

LOWRY: No mínimo, penso que quererão ver a continuação da ajuda que estão a ter nesta altura, especialmente a ajuda financeira, a assistência militar e a assistência militar directa. Há quem questione se deve ser posta sob controlo da ONU ou não, mas duvido que a política mude por causa da flexibilidade que dá. E a única questão será se isso continuará no futuro e se a Austrália continuará de facto a ser o garante da segurança interna de último recurso.

DOBELL: O Primeiro-Ministro voa de Bali por isso esteve em contacto com a Indonésia. Terá o governo de Rudd de equilibrar os seus interesses com a Indonésia e quanto é que pode oferecer a Timor-Leste enquanto mantém um olho sobre a Indonésia?

LOWRY: Bem, obviamente ambos os governos Indonésio e Australiano não querem que Timor-Leste se torne numa pedra no sapato conforme foi referido por um governo Indonésio anterior. E eles montaram um arranjo trilateral para os ministros se encontrarem e resolverem qualquer problema particular que haja, mas nesta altura não há nenhuma questão particular, q questão da fronteira está a ser resolvida e não há muito em termos de fronteira terrestre para ser resolvido nesta altura. Mas haverá a questão das fronteiras marítimas, que será uma coisa muito mais complexa. Mas isso envolverá principalmente a Indonésia e Timor-Leste.

DOBELL: Depois do caos político do ano passado em Timor-Leste no ano passado , depois da destruição que ocorreu, que papel tem agora a Austrália em Timor-Leste?

LOWRY: Bem, basicamente Timor-Leste terá de construir uma nação a partir do zero, e mesmo apesar de estar a fazer isso desde 1999, tem ainda um grande caminho a percorrer. A principal fonte de rendimento é petróleo e gás, basicamente não há nenhuma empresa privada de qualquer espécie lá. Assim há que construir uma economia, há que construir as agências do governo e pô-las a funcionar efectivamente, e criar emprego por intermédio de investimento privado é o grande desafio para o governo Timorense.

DOBELL: É aceite emDili, é aceite em Canberra que a Austrália tenha de ter algum papel como garente ou protector?

LOWRY: Bem, em Timor-Leste há opiniões divididas sobre isso, algumas pessoas gostariam de ver outros envolvidos, outros gostariam de ver as forças Australianas sob o comando da missão da ONU. Mas falando em geral é bastante óbvio que as forças Australianas são lá aceites pelo governo, de outro modo não estariam lá.

DOBELL: Esse papel é confortável para a Austrália?

LOWRY: Bem, é exigente em termos de recursos e a Austrália gostaria de tirar essas tropas de lá tão cedo quanto possível. E podem começar a reduzi-las dentro de poucos meses. Mas não é um papel confortável porque são vistas várias vezes como parciais em termos de impacto político.

DOBELL: Sendo a mais nova nação do mundo, como vai Timor-Leste na construção da sua própria nação, na criação de novas instituições?

LOWRY: Vai razoavelmente bem, há bastante que já foi feito nesses termos pelo governo anterior sobre o qual o novo governo pode construir. Mas questões fundamentais como as relações entre o Presidente e o Primeiro-Ministro em termos da autoridade constitucional deles e como conduzirem de facto as agências do governo precisam de ser finalizados e chegado a um acordo sobre até onde, quanta autoridade tem na realidade o Presidente. E isso pode obrigar a algumas mudanças na constituição para que actuem dentro da moldura constitucional.

DOBELL: Não é isso uma receita para mais instabilidade se Timor-Leste tentar ainda como mudar a estrutura do seu governo?

LOWRY: É porque se há tensões entre a presidência e o primeiro-ministro ou executivo do governo então temos os tipos de problemas que se viram no ano passado, onde houve conflitos entre a polícia e as forças militares.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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