sexta-feira, dezembro 14, 2007

ETIMOR: Australian PM heads to Dili for talks

ABC radio Australia
13/12/2007

A key issue for the Australian prime minister's talks in East Timor will be the future of nearly 800 Australian troops in East Timor since last year's political crisis.

Presenter - Graeme Dobell Speaker - Bob Lowry, previously an adviser on East Timor's national security structure, and the author of a new study on Australian interests in East Timor


LOWRY: Well I think the Prime Minister will be basically looking to highlight any changes that his government will apply in terms of its policy relationship with East Timor. But there is already a United Nations mission there which Australia has had a part in. Australia also provides considerable aid under AusAID and direct military assistance, and so the government of East Timor will be anxious to see whether there'll be any changes in any of these policy areas.

DOBELL: What sort of assurances would Dili want from the new government?

LOWRY: As a minimum I think they'd want to see the continuance of the aid they're getting at the moment, especially the financial aid, and the military assistance and the direct military assistance. There is some question as to whether that should be put under UN control or not, but I doubt that that policy will change because of the flexibility it provides. And the only question will be whether that will continue into the future and whether Australia will in effect continue to be the internal security guarantor of last resort.

DOBELL: The Prime Minister is flying from Bali so he's touched base with Indonesia. How much does the Rudd government have to balance off its Indonesia interests and how much can it offer to East Timor while keeping an eye on Indonesia?

LOWRY: Well obviously both the Indonesian and Australian governments don't want East Timor to become the people in the shoe as it was referred to by a previous government in Indonesia. And they've setup a trilateral arrangement for ministers to meet to sort out any particular problems there are, but at this stage there are no particular issues, the border issue is being resolved and there's not much in terms of the land border to be resolved at the moment. But there will after that be the question of maritime boundaries, which will be a much more complex thing. But that will mainly involve Indonesia and East Timor.

DOBELL: After the political chaos in East Timor last year, after the destruction that took place, what role does Australia now have to play in East Timor?

LOWRY: Well basically East Timor's got to construct a nation from scatch, and even though it's been in the process of that since 1999, it's got still a long way to go. The principle source of income is oil and gas money, there's basically no private enterprise of any note there. So you've got to construct an economy, you've got to construct the agencies of government and get them functioning effectively, and creating employment through private investment is the big challenge for the East Timorese government.

DOBELL: Is it accepted in Dili, is it accepted in Canberra that Australia must play some role as a guarantor or protector?

LOWRY: Well in East Timor there are divided opinions on this, some people would like to see others involved, some would like to see Australian forces under the command of the United Nations mission. But generally speaking quite obviously Australian forces are accepted there by the government, otherwise they wouldn't be there.

DOBELL: Is that a comfortable role for Australia?

LOWRY: Well it's demanding in terms of resources and Australia would like to get those troops out of there as quickly as possible. And they may be able to start winding them down within the next few months. But it's not a comfortable role because they are seen at various times to be partisan in terms of their political impact.

DOBELL: As the world's newest nation how well is East Timor going at building itself as a nation, at creating new institutions?

LOWRY: It's going reasonably well, there's a lot that has been done in those terms by the previous government that can be built on by the new government. But fundamental issues like the relationship between the President and the Prime Minister in terms of their constitutional authority and how they actually run the agencies of government needs to be finalised and agreement reached on how far, how much authority the President has in reality. And that may entail some changes to the constitution so that they're acting within a constitutional framework.

DOBELL: Is that a recipe for further instability if East Timor is still trying to work out how to structure its government?

LOWRY: It is because if there is tension between the presidency and the prime ministership or executive government then you can have the sorts of problems we saw last year, where you had the conflict between the police and the military.

Tradução:

TIMOR-LESTE: PM Australiano vai a Dili para conversações

ABC radio Australia
13/12/2007

Uma questão chave das conversações do primeiro-ministro Australiano será o futuro das cerca de 800 tropas Australianas em Timor-Leste desde a crise política do ano passado.

Apresentador - Graeme Dobell Orador - Bob Lowry, anteriormente um conselheiro na estrutura de segurança nacional de Timor-Leste, e o autor de um novo estudo sobre os interesses Australianos em Timor-Leste


LOWRY: Bem, basicamente penso que o Primeiro-Ministro irá ver para sublinhar quaisquer mudanças que o seu governo aplicará em termos da sua política de relações com Timor-Leste. Mas já lá está uma missão da ONU em que a Austrália participa. A Austrália fornece também uma ajuda considerável sob a AusAID e assistência militar directa e por isso o governo de Timor-Leste estará ansioso para ver se haverá alguma mudança nalguma dessas áreas políticas.

DOBELL: Que tipo de garantia quererá Dili do novo governo?

LOWRY: No mínimo, penso que quererão ver a continuação da ajuda que estão a ter nesta altura, especialmente a ajuda financeira, a assistência militar e a assistência militar directa. Há quem questione se deve ser posta sob controlo da ONU ou não, mas duvido que a política mude por causa da flexibilidade que dá. E a única questão será se isso continuará no futuro e se a Austrália continuará de facto a ser o garante da segurança interna de último recurso.

DOBELL: O Primeiro-Ministro voa de Bali por isso esteve em contacto com a Indonésia. Terá o governo de Rudd de equilibrar os seus interesses com a Indonésia e quanto é que pode oferecer a Timor-Leste enquanto mantém um olho sobre a Indonésia?

LOWRY: Bem, obviamente ambos os governos Indonésio e Australiano não querem que Timor-Leste se torne numa pedra no sapato conforme foi referido por um governo Indonésio anterior. E eles montaram um arranjo trilateral para os ministros se encontrarem e resolverem qualquer problema particular que haja, mas nesta altura não há nenhuma questão particular, q questão da fronteira está a ser resolvida e não há muito em termos de fronteira terrestre para ser resolvido nesta altura. Mas haverá a questão das fronteiras marítimas, que será uma coisa muito mais complexa. Mas isso envolverá principalmente a Indonésia e Timor-Leste.

DOBELL: Depois do caos político do ano passado em Timor-Leste no ano passado , depois da destruição que ocorreu, que papel tem agora a Austrália em Timor-Leste?

LOWRY: Bem, basicamente Timor-Leste terá de construir uma nação a partir do zero, e mesmo apesar de estar a fazer isso desde 1999, tem ainda um grande caminho a percorrer. A principal fonte de rendimento é petróleo e gás, basicamente não há nenhuma empresa privada de qualquer espécie lá. Assim há que construir uma economia, há que construir as agências do governo e pô-las a funcionar efectivamente, e criar emprego por intermédio de investimento privado é o grande desafio para o governo Timorense.

DOBELL: É aceite emDili, é aceite em Canberra que a Austrália tenha de ter algum papel como garente ou protector?

LOWRY: Bem, em Timor-Leste há opiniões divididas sobre isso, algumas pessoas gostariam de ver outros envolvidos, outros gostariam de ver as forças Australianas sob o comando da missão da ONU. Mas falando em geral é bastante óbvio que as forças Australianas são lá aceites pelo governo, de outro modo não estariam lá.

DOBELL: Esse papel é confortável para a Austrália?

LOWRY: Bem, é exigente em termos de recursos e a Austrália gostaria de tirar essas tropas de lá tão cedo quanto possível. E podem começar a reduzi-las dentro de poucos meses. Mas não é um papel confortável porque são vistas várias vezes como parciais em termos de impacto político.

DOBELL: Sendo a mais nova nação do mundo, como vai Timor-Leste na construção da sua própria nação, na criação de novas instituições?

LOWRY: Vai razoavelmente bem, há bastante que já foi feito nesses termos pelo governo anterior sobre o qual o novo governo pode construir. Mas questões fundamentais como as relações entre o Presidente e o Primeiro-Ministro em termos da autoridade constitucional deles e como conduzirem de facto as agências do governo precisam de ser finalizados e chegado a um acordo sobre até onde, quanta autoridade tem na realidade o Presidente. E isso pode obrigar a algumas mudanças na constituição para que actuem dentro da moldura constitucional.

DOBELL: Não é isso uma receita para mais instabilidade se Timor-Leste tentar ainda como mudar a estrutura do seu governo?

LOWRY: É porque se há tensões entre a presidência e o primeiro-ministro ou executivo do governo então temos os tipos de problemas que se viram no ano passado, onde houve conflitos entre a polícia e as forças militares.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
TIMOR-LESTE: PM Australiano vai a Dili para conversações
ABC radio Australia
13/12/2007

Uma questão chave das conversações do primeiro-ministro Australiano será o futuro das cerca de 800 tropas Australianas em Timor-Leste desde a crise política do ano passado.

Apresentador - Graeme Dobell Orador - Bob Lowry, anteriormente um conselheiro na estrutura de segurança nacional de Timor-Leste, e o autor de um novo estudo sobre os interesses Australianos em Timor-Leste


LOWRY: Bem, basicamente penso que o Primeiro-Ministro irá ver para sublinhar quaisquer mudanças que o seu governo aplicará em termos da sua política de relações com Timor-Leste. Mas já lá está uma missão da ONU em que a Austrália participa. A Austrália fornece também uma ajuda considerável sob a AusAID e assistência militar directa e por isso o governo de Timor-Leste estará ansioso para ver se haverá alguma mudança nalguma dessas áreas políticas.

DOBELL: Que tipo de garantia quererá Dili do novo governo?

LOWRY: No mínimo, penso que quererão ver a continuação da ajuda que estão a ter nesta altura, especialmente a ajuda financeira, a assistência militar e a assistência militar directa. Há quem questione se deve ser posta sob controlo da ONU ou não, mas duvido que a política mude por causa da flexibilidade que dá. E a única questão será se isso continuará no futuro e se a Austrália continuará de facto a ser o garante da segurança interna de último recurso.

DOBELL: O Primeiro-Ministro voa de Bali por isso esteve em contacto com a Indonésia. Terá o governo de Rudd de equilibrar os seus interesses com a Indonésia e quanto é que pode oferecer a Timor-Leste enquanto mantém um olho sobre a Indonésia?

LOWRY: Bem, obviamente ambos os governos Indonésio e Australiano não querem que Timor-Leste se torne numa pedra no sapato conforme foi referido por um governo Indonésio anterior. E eles montaram um arranjo trilateral para os ministros se encontrarem e resolverem qualquer problema particular que haja, mas nesta altura não há nenhuma questão particular, q questão da fronteira está a ser resolvida e não há muito em termos de fronteira terrestre para ser resolvido nesta altura. Mas haverá a questão das fronteiras marítimas, que será uma coisa muito mais complexa. Mas isso envolverá principalmente a Indonésia e Timor-Leste.

DOBELL: Depois do caos político do ano passado em Timor-Leste no ano passado , depois da destruição que ocorreu, que papel tem agora a Austrália em Timor-Leste?

LOWRY: Bem, basicamente Timor-Leste terá de construir uma nação a partir do zero, e mesmo apesar de estar a fazer isso desde 1999, tem ainda um grande caminho a percorrer. A principal fonte de rendimento é petróleo e gás, basicamente não há nenhuma empresa privada de qualquer espécie lá. Assim há que construir uma economia, há que construir as agências do governo e pô-las a funcionar efectivamente, e criar emprego por intermédio de investimento privado é o grande desafio para o governo Timorense.

DOBELL: É aceite emDili, é aceite em Canberra que a Austrália tenha de ter algum papel como garente ou protector?

LOWRY: Bem, em Timor-Leste há opiniões divididas sobre isso, algumas pessoas gostariam de ver outros envolvidos, outros gostariam de ver as forças Australianas sob o comando da missão da ONU. Mas falando em geral é bastante óbvio que as forças Australianas são lá aceites pelo governo, de outro modo não estariam lá.

DOBELL: Esse papel é confortável para a Austrália?

LOWRY: Bem, é exigente em termos de recursos e a Austrália gostaria de tirar essas tropas de lá tão cedo quanto possível. E podem começar a reduzi-las dentro de poucos meses. Mas não é um papel confortável porque são vistas várias vezes como parciais em termos de impacto político.

DOBELL: Sendo a mais nova nação do mundo, como vai Timor-Leste na construção da sua própria nação, na criação de novas instituições?

LOWRY: Vai razoavelmente bem, há bastante que já foi feito nesses termos pelo governo anterior sobre o qual o novo governo pode construir. Mas questões fundamentais como as relações entre o Presidente e o Primeiro-Ministro em termos da autoridade constitucional deles e como conduzirem de facto as agências do governo precisam de ser finalizados e chegado a um acordo sobre até onde, quanta autoridade tem na realidade o Presidente. E isso pode obrigar a algumas mudanças na constituição para que actuem dentro da moldura constitucional.

DOBELL: Não é isso uma receita para mais instabilidade se Timor-Leste tentar ainda como mudar a estrutura do seu governo?

LOWRY: É porque se há tensões entre a presidência e o primeiro-ministro ou executivo do governo então temos os tipos de problemas que se viram no ano passado, onde houve conflitos entre a polícia e as forças militares.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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