sábado, novembro 04, 2006

De um leitor

MAIS VALE TARDE QUE NUNCA!

É de saudar esta notícia de RH. Que foi tardiamente que se decidiram a enfrentar o problema também não deixa de ser verdade.
Compreende-se pelas suas palavras e das de outras fontes que "vão limpar Díli" de refugiados/deslocados, principalmente as zonas que são as portas das visitas - aeroporto e porto.

A decisão pode ser boa se não for uma doentia operação de "limpeza". Isso revelará "manha" e nada há de pior que um governo tomar medidas "manhosas", porque significa que não vai resolver o problema mas sim escondê-lo até não se sabe quando.
Esperemos que assim não seja.

Outra coisa que não se entende está relacionada com a os números. Gostaria que me explicassem, se possível, como se passa de 150.000 refugiados/deslocados para 25.000 registados.

Significará que existem muitos mais mas só estão registados 25.000?

Foi feita uma inflação dos 150.000? Fizeram uma sub-avaliação dos 25.000? Neste período já 125.000 regressaram ás suas casas ou optaram por outras alternativas e têm o problema resolvido?

Parece haver qualquer coisa que não bate certo e agradecia a quem soubesse que nos explicasse.

Bem, mas temos de ser positivos, e para já há que ter a esperança de que o governo começou a "sujar as mãos" e a trabalhar para evitar a catástrofe de saúde pública que o período das chuvas pode levar a quem foi privado das suas casas.

Pergunta-se agora que tipo de segurança terão as pessoas que abandonarem os campos e que regressem a suas casas?

Os elementos estrangeiros responsáveis pela segurança vão todos ser integrados nas UN e ter um comando único, ou não?

Os militares do exército de TL e a polícia vão começar a participar nas operações de segurança, ou não?

Se essas medidas não forem imediatamente tomadas é escusado falarmos de segurança, dizem os entendidos e eu concordo.

António Verissimo.

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Transferência de deslocados Díli arranca esta semana - Ramos-Horta

Díli, 04 Nov (Lusa) - O processo de transferência das dezenas de milhar de deslocados em Díli inicia-se dentro de dias e em Novembro já deverão estar r ealojados dois terços do total, disse hoje à Lusa o primeiro-ministro de Timor-L este, José Ramos-Horta.

"A estratégia baseia-se sempre na sensibilização dos deslocados para a necessidade de esvaziar os campos, alguns dos quais apresentam já problemas de s aúde pública", salientou Ramos-Horta.

O plano de transferência dos deslocados saiu de uma reunião de sete horas realizada hoje em Díli, em que participou o governo, liderado por Ramos-Horta , a missão da ONU (UNMIT), agências das Nações Unidas e organizações não-governa mentais (ONG).

"O encontro foi focalizado para a resolução da questão dos deslocados. Um grupo trabalho (com representantes do governo, da UNMIT, agências e ONG) entr ega na próxima semana o plano operacional, que esperamos possa ser executado ao longo do mês de Novembro", adiantou o chefe do governo timorense.

José Ramos-Horta afirmou ainda à Lusa que já a partir de terça-feira retomará as visitas aos campos de deslocados e aos locais para onde serão transferidos os que não têm casa ou aqueles que, tendo casa, receiam regressar às áreas de residência por temerem pela sua segurança.

"Ao longo desta semana vou visitar os campos e também os bairros e apre sentar as opções que oferecemos às pessoas para voltarem às suas casas. O governo tem um orçamento de 12 milhões de dólares para ajudar na reconstrução ou repar ação das casas", acrescentou.

Os centros de acolhimento temporário, que segundo Ramos-Horta deverão f uncionar entre seis meses a um ano e oferecer melhores condições de saúde públic a, serão instalados em Hera, cinco quilómetros a leste de Díli, e em Tibar, cerc a de 10 quilómetros a oeste da capital.

No interior da capital timorense serão também criados pelo menos dois destes centros, nos bairros de Taibessi e Quintal Bot, entre Balide, Audian e Caicoli.

"Não me parece que vá haver muitos problemas. Ao longo de Novembro pens amos resolver, pelo menos, dois terços dos campos ainda existentes em Díli", salientou.

Uma fonte que participou na reunião disse à Lusa que os primeiros campo s de deslocados a serem fechados serão os do Aeroporto de Comoro, do Porto de Dí li, em Colmera, e os que se encontram no perímetro interior do Hospital Nacional Guido Valadares, em Bidau, e defronte da sede da UNMIT, em Caicoli.

Para garantir a segurança nos bairros e nas áreas de acolhimento temporário, os efectivos da polícia da ONU (UNPOL) "vão reforçar os postos já criados e intensificar as patrulhas móveis", disse à Lusa o comissário Antero Lopes, com andante da UNPOL.

Além dos actuais 959 efectivos, de 19 nacionalidades, ao serviço da UNP OL, mais seis grupos de 25 agentes cada, da Polícia Nacional de Timor-Leste, "vão garantir que as áreas de acolhimento e os bairros terão protecção policial permanente", frisou Antero Lopes.

"A UNPOL tem a responsabilidade da segurança pública, conforme o mandat o conferido pela resolução 1704, de 25 de Agosto, do Conselho de Segurança da ON U, e estabeleceu 12 postos de polícia em toda a cidade e nas zonas periféricas, em colaboração com o governo timorense", afirmou.

Antero Lopes disse esperar que "as localidades críticas coincidam com a lguns dos locais onde potencialmente os deslocados actuais procurarão o realojamento".

De acordo com o sítio na Internet do Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária timorense, o número de pessoas deslocadas, considerando os recipie ntes de assistência humanitária, era de 178.034 pessoas a 20 de Setembro passado , com Díli a apresentar 69.600 deslocados.

Segundo Ramos-Horta, muitos dos deslocados registados na capital já regressaram às suas casas, ou preferiram reinstalar-se nos distritos do interior, totalizando agora pouco mais de 25 mil.

Os deslocados foram obrigados a abandonar as suas áreas de residência e m resultado da crise político-militar desencadeada em Abril passado, que provoco u mais de meia centena de mortos e a destruição de bens públicos e privados.

EL-Lusa/Fim

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East Timorese family struggles to care for sick daughter

ABC - Saturday, 4 November , 2006 08:25:00
Transcript AM Programme

Reporter: Anne Barker

ELIZABETH JACKSON: East Timor's capital, Dili, has returned to a fragile peace since the gang violence that erupted there last week.

But the constant threat of violence hangs over the city, terrorising the population and preventing anything resembling normal life.

One family has it tougher than most.

They are struggling to care for their nine-month-old baby, who recently returned home after life-saving heart surgery in Sydney.

Anne Barker reports.

(sound of baby Maria laughing)

ANNE BARKER: The tiny girl with a heart problem has captured more than a few hearts along the way.

Publicity about baby Maria's condition in April drew a flood of generosity from Australians wanting to help.

Donations covered the cost of her trip to Sydney for open heart surgery.

And doctors at Sydney Children's Hospital volunteered their time and expertise to repair the hole in her heart, which at the time was the size of a thimble and as frail as tissue paper.

DAN MURPHY: She had a big whole through the left and the right side of her heart.

ANNE BARKER: It was Dili-based American doctor Dan Murphy who diagnosed baby Maria with a ventricular septal defect, which meant her heart was sending too much blood to her lungs.

The operation is now routine surgery in Australia, but in East Timor, Maria dos Santos would almost certainly have died.

DAN MURPHY: First of all she was premature. Secondly she had so much trouble breathing, she couldn't gain weight. All her energy was used just to try to keep up enough air going in and out.

So there was no way she would have survived.

ANNE BARKER: Now baby Maria is back home in Dili, slowly adjusting to family life.

The dos Santos family lives in a flimsy bamboo hut in one of the poorest suburbs in Dili.

And their daughter's plight is not helped by the constant threat of violence.

Sporadic fighting for the past six months has made it impossible for her parents to find proper work.

Her father, Vidal dos Santos, is forced to sell cheap children's toys to get by.

"It's very difficult," he says, "because of the fighting I can't get around. It's difficult to get money. Only when things calm down can I look for another job."

But for all their troubles, the dos Santos family is relatively lucky. More often than not other babies here with the same heart condition are destined to die.

There simply aren't the doctors or the medical equipment in East Timor to perform the high-risk surgery.

Now, Dr Murphy is worried that baby Maria will need another trip to Australia to correct ongoing complications.

DAN MURPHY: She continues to have upper respiratory infections, and I can still hear a heart murmur there. They weren't able to completely repair everything. But we have to see how she does, and the mother knows to come here all the time, so we'll check, and if it starts to get worse, we'll have to call Australia.

ELIZABETH JACKSON: Dr Dan Murphy, from the Bairo Pite clinic in Dili, with Anne Barker.

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DECLARAÇÃO À IMPRENSA DO CONSELHO DE SUPERVISÃO DA MCA: TIMOR-LESTE

4 de Novembro de 2006


O programa de Desafio do Milénio deverá criar milhares de empregos em Timor-Leste

Um grande programa de desenvolvimento que irá criar milhares de empregos a longo prazo em Timor-Leste deu mais um passo no bom caminho, com a visita na última semana de oficiais seniores da Corporação Desafio do Milénio (MCC).

A MCC está encarregue de supervisionar um imenso programa inovador de assistência externa do Governo dos Estados Unidos, com a finalidade de “reduzir a pobreza por via do crescimento” em alguns dos países mais pobres do mundo.

Como parte do programa proposto e de forma a complementar a criação de empregos, o ensino vocacional e o desenvolvimento de qualificações em Timor-Leste terão um grande impulso.

A missão, liderada pelo Sr. Kumar Ranganathan, Director de País para Timor-Leste, visitou Díli com o intuito de continuar o diálogo com as autoridades e com o Governo relativamente à concepção final da assistência proposta.

O programa irá beneficiar grandes segmentos da sociedade com mais empregos e oportunidades de rendimentos, bem como com melhores níveis de serviços públicos a menor custo, ao mesmo tempo que vem melhorar a prestação de serviços. O programa proposto para Timor-Leste é ambicioso e inclui um montante substancial de financiamento da Conta de Desafio do Milénio, juntamente com contribuições do Orçamento Geral do Estado.

O país está empenhado em implementar um grande programa de desenvolvimento ao longo dos próximos anos, o qual irá fornecer electricidade a grandes números de famílias urbanas e rurais; garantir uma melhoria substancial de toda a rede rodoviária nacional e distrital; melhorar o acesso a água segura e a saneamento; e assegurar um forte apoio ao desenvolvimento do sector privado.

A implementação com sucesso do programa resultará na criação de milhares de empregos a longo prazo através de Timor-Leste.

Timor-Leste qualificou-se para aceder à Conta de Desafio do Milénio (MCA) já durante o presente ano.

Um dos aspectos mais importantes da assistência da MCA é a ênfase em dar aos países seleccionados a oportunidade para identificarem as suas próprias prioridades com vista a conseguir um crescimento económico sustentável e a redução da pobreza. Ao trabalhar de perto com a MCC, Timor-Leste regista com agrado a oportunidade de tomar as suas próprias decisões em relação a prioridades de desenvolvimento, assim como no que toca à concepção, gestão e implementação de programas apoiados pela MCA.

O programa está reflectido num Compacto entre Timor-Leste e a MCC que define responsabilidades e inclui objectivos e alvos mensuráveis para a avaliação do progresso relativamente à aceleração do crescimento e à redução da pobreza. O Compacto descreve também o modo como o país irá gerir e implementar o programa, incluindo a forma como deverá garantir a responsabilização financeira, a transparência e um aprovisionamento justo.

Tal como está previsto pelos procedimentos da MCC, foram estabelecidas dentro de Timor-Leste uma entidade legal conhecida como MCA: Timor-Leste e um Conselho de Supervisão, com o objectivo de serem responsáveis pelo desenvolvimento e implementação do Compacto. O Conselho é presidido pelo Vice Primeiro-Ministro. Outros membros incluem dois agentes do Governo, dois representantes do Parlamento Nacional, um representante da comunidade empresarial timorense e o Coordenador Nacional do programa da MCC. A Direcção iniciou as suas operações em Outubro de 2006 e desde então já se reuniu quatro vezes, de modo a tomar decisões a respeito da concepção e do desenvolvimento do programa da MCC.

Numa reunião com a Direcção de Supervisão do programa da MCA já durante esta semana, a missão indicou que Timor-Leste está a fazer progressos impressionantes na preparação para o Compacto. Da sua parte, a MCC irá continuar a trabalhar de perto com o Conselho a fim de ajudar a um rápido cumprimento do Compacto e à sua aprovação atempada por parte da MCA. Assim que o Compacto esteja assinado e declarado efectivo, o programa será implementado ao longo de um período de cinco anos.

A MCC é uma corporação independente do Governo dos EUA estabelecida pelo Presidente Bush em Janeiro de 2004 com a finalidade de administrar a MCA. Países de baixos rendimentos que se qualifiquem para obter assistência recebem apoio da parte da MCC em termos de reformas políticas e capacitação, apoio este que vem complementar as contribuições que já estão a ser feitas por programas bilaterais de desenvolvimento dos EUA e por outros parceiros de desenvolvimento.

A MCC é gerida por um Director Geral e por um Conselho de Directores. O Conselho de Directores selecciona países elegíveis para se candidatarem a assistência da MCA. São usados vários indicadores para medir o desempenho dos países em três categorias políticas amplas: governação justa; investimento nas pessoas; e encorajamento da liberdade económica.

O Conselho de Supervisão espera manter uma relação próxima e produtiva com a MCC e com o povo dos Estados Unidos da América.

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Dos leitores

Este Blog é a unica forma de me manter informada. Em Portugal a informação relativamente a Timor é quase inexistente, as diversas televisões, rádios, e imprensa escrita, não noticiam os acontecimentos, quando o fazem a noticia é tão curta, que não nos permite acompanhar a situação. Sempre que posso dou aqui uma espreitadela. Ao autor do blog e a todos os que aqui comentam o meu obg.
Aos que em Timor lutam por um país verdadeiramente livre, fraterno, liberto de jogadas oportunistas a minha solidariedade.

M.

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"We asked Australia to help us in solving our problem" (Ramos-Horta)

- and the problem remains unsolved...



O jardim fronteiro ao Palácio do Governo era de facto muito bonito e agora (desde os indonésios) está quase reduzido a um parque de estacionamento. As grandes árvores situadas em frente à fachada do grande edifício foram cortadas, não havendo agora nenhuma sombra. Antigamente podia-se passar à vontade naquela área e apenas existiam duas sentinelas ladeando a entrada principal, vestidas com trajes tradicionais e armadas de catana. Era bonito. Quem conheceu o jardim sofre vendo o que agora lá está.

Reconstituir o jardim anterior ou fazer outro diferente, tanto faz. O que é preciso é devolver a sombra, a beleza e a cor àquele sítio e possibilitar ao povo o seu usufruto.

No entanto, sabendo as condições desumanas em que vivem tantos milhares de pessoas neste momento, quem é que se importa com o jardim? A prioridade é dar condições dignas para essas pessoas poderem viver em paz e segurança.

Ramos Horta é assim mesmo: vai anunciando as ideias à medida que se vai lembrando. E muitas delas são boas, só que algumas não se podem pôr em prática a curto prazo. Mas acredito que a intenção dele seja boa e acho que não pretende deixar os refugiados para segundo lugar. Não se esqueça das pessoas, Dr. Ramos Horta.


Ana Gomes destilou veneno durante semanas a fio contra Alkatiri, no seu blog - que não permite comentários...

Henrique Correia.

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Estamos a atravessar uma situação sensível no nosso pais ( não estou a dar novidade nenhuma) , fala-se com os políticos e a resposta é sempre a mesma ,: " Não é nada, isto passa", outros " Gostaria de saber quem é o patife ou patifes que estão por detrás disto, eu acho que sei mas se faço alguma coisa estou lichado"....Pois bem enquanto for assim pouco se adianta para se resolver o que se passa no nosso país. Alguém deve saber alguma coisa e aí pergunto se sabe porque não avançar para a polícia, á tropa ou mesmo á UN. O Povo vive completamente desorientado e não sabe o que fazer. Essa desorientação leva a que aqueles que querem esse este desassossego poderem actuar livremente. Vão aos jornais acusam A e B. Vêm a este blog acusam c e D...fazem-se passar por inocentes mesmo tendo sido apanhados com a boca na botija...mas porque todos mandam bocas e ninguém assume essas bocas é que estamos nesta situação.

Fui visitar uma prima minha que é viúva, com dez filhos, um deles tuberculoso...ela não sai de casa com medo que algo lhe acontecera, então não tem meios de subsistência e o que se passa os filhos passam fome. E já sabem " Em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão"....no fim eu também já estava aos gritos para haver um bocadinho de paz naquela casa..." Assim está a nossa terra.

Maracujá.

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Finalmente alguma ordem no blog. Basta de Bocas Sujas. Continuem com este espaço de liberdade de expressão, sem ordinarices.

D. Alex.

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Notícias - traduzidas pela Margarida


Zimbabwe: Partem 31 polícias para a Missão de Paz

The Herald (Harare) – Novembro 1, 2006

O Comissário da Polícia Augustine Chihuri aasistiu, ontem à partida de 31 oficiaos da polícia para uma missão da ONU em Timor-Leste, uma mostra de confiança na eficiência e profissionalismo da polícia do Zimbabwe.

O Comissário Chihuri pedu aos oficiais para não perderem o foco e não se envolverem no conflito político nos países onde servirem.

Disse que os oficiais que estavam de partida iam interagir com outros doutras partes do mundo.

"Descobrirão que essa gente vai querer saber como vão as coisas no Zimbabwe. Não é da vossa competência entrar no jogo político, mas manterem-se resolutos estarem preparados para defenderem o vosso país contando a verdadeira história do Zimbabwe," disse o Comissário Chihuri.

"Gostaria de lembrar ao contingente de partida que o Zimbabwe é um Estado soberano, e que portanto a política estrangeira deve corresponder com a política interna."

A ONU requisitou à Polícia da República do Zimbabwe oficiais com experiência anterior em operações de manutenção da paz para Timor-Leste. Dos 31, nove são mulheres.

Outros dois oficiais regressaram duma missão similar na Libéria.

O Comissário Chihuri disse que o convite era u testemunho claro que as prestações dos oficiais nestas missões tinham sido, de acordo com as expectativas da ONU.

Saudou os oficiais por terem deixado uma marca indelével na arena do policiamento internacional.

"Deixem-me lembrar-lhes que a organização e o país estão felizes por a nossa participação nas operações da ONU nunca ter sido de propaganda, mas ter sido sempre de dedicado profissionalismo que sempre exibimos local e globalmente," disse o Comissário. "Estou confiante que com base na vossa experiência anterior na ONU, mostrarão o alto grau de profissionalismo que se espera de vós," disse o Comissário Chihuri.

Disse que a ZRP não perdoariam nenhuma indisciplina. "Alguém encontrado no lado errado da lei, como organização, consideraremos como um filho 'ilegitimo' e tomaremos as acções apropriadas," disse.

"Deixem-me apontar que a segunda oportunidade para participarem em acções da ONU é uma outra oportunidade para vocês próprios melhorarem económica e socialmente. Não é uma oportunidade para se engajarem em negócios clandestinos. Lembrem-se que riqueza que é imoral não é santa e não receberá a bênção de Deus."

O Comissário Chihuri comentou o regresso de oficiais por terem executado de modo eficaz as suas obrigações apesar de terem trabalhado num país com uma cultura e ambiente diferentes.

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Casas para refugiados de Timor-Leste

The Jakarta Post – Quarta-feira, Novembro 1, 2006

KUPANG, East Nusa Tenggara: O Ministério dos Serviços Sociais da Indonésia disponibilizou Rp 72 biliões (US$7.57 milhões) para a construção de 5,000 casas para acomodar refugiados de Timor-Leste que vivem no Oeste de Timor, East Nusa Tenggara.

"A construção das casas estará completa pelo fim deste ano" disse o responsável do Gabinete dos Serviços Sociais de East Nusa Tenggara, Frans Salem, acrescentando que as casas serão construídas em três regências -- Belu, Timor Tengah Utara e Timor Tengah Selatan.

"As casas vão ser especificamente para refugiados que já têm os seus lotes de terreno. O governo prepara o financiamento e os materiais e construção, e as casas serão construídas por soldados do Comando Militar Wirasakti em Kupang," disse.

O envolvimento de soldados na construção de casas está em linha com um acordo entre o Ministério dos Serviços Social e o Quartel-Militar Indonésio em Jakarta, disse Frans.

Cada casa, custando Rp 14 milhões, terá 30 metros quadrados e será equipada com dois quartos, uma casa de banho, toilet e cozinha.

De acordo com informação da administração provincial de East Nusa Tenggara, cerca de 21,000 famílias com cerca de 100,000 pessoas estão ainda acomodadas em abrigos temporários em várias regências na província.

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PM: As nossas tropas em Dili não são assassinas

news.com.au
Outubro 30, 2006 12:00am

O Primeiro-Ministro John Howard descartou afirmações de as tropas Australianas serem responsáveis pelas mortes de dois homens em Timor-Leste.

E diz que ataques contra os nossos soldados ilustram a necessidade deles ficarem no país até o trabalho estar feito.

O jornal principal de Dili Suara Timor-Leste escreveu uma história na página da frente dizendo que os corpos de dois homens que foram encontrados na Sexta-feira foram mortos por forças Australianas.

O Brigadeiro Mal Rerden, responsável do nosso destacamento de 1000 elementos para Timor-Leste, e o Chefe da Defesa, Air Chief Marshal Angus Houston, disseram ambos que o relato era falso.

E ontem Mr Howard entrou no debate, dizendo: "Não aceito (as acusações)."

Disse que tinha toda a confiança nas nossas tropas e polícias. "E a sua presença é muito calorosamente apoiada pela comunidade local," acrescentou.

A história era aparentemente baseada em rumores infundados que circularam na capital dividida por lutas, acusações que estão a estimular sentimentos anti-Australianos entre gangs de atiradores de pedras.

AACM Houston disse que a força liderada pelos Australianos era completamente neutra e profissional.

"Refuto inteiramente qualquer alegação de que gente nossa estivesse envolvida de qualquer modo na morte de dois Timorenses na Sexta-feira," disse.

A força foi destacada depois de um pedido do Governo Timorense em Maio e mantém-se a seu pedido.

Brig. Rerden disse que o jornal publicou rumores sem fundamentos.

"Penso que as histórias estão a ser manipuladas por alguns elementos desses grupos ... não tenho a certeza sobre a sua motivação," disse.

"Mas claramente eles não querem ter uma força de segurança profissional, imparcial aqui – provavelmente porque estamos a travá-los de fazer... coisas más."

Mr Howard disse que ataques contra as nossas forças mostram que a nossa presença era vital

"As nossas tropas não estariam lá se não houvesse alguma gente que não precisasse delas de maneira apropriada," disse.

"E o que isto sublinha é a importância da nossa força ficar lá até o trabalho estar terminado."

Confrontos entre gangs rivais em Dili deixaram pelo menos oito pessoas mortas e mais de 50 feridas desde o último fim-de-semana.

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EAST TIMOR: WE SHOULD BLAME OURSELVES AND NOT AUSTRALIANS, SAYS PM

adnki.com

Dili, 31 Oct. (AKI) - As the debate about the conduct of Australian troops in East Timor escalates, prime minister Jose Ramos-Horta said that the problem lies with the East Timorese who are unable to resolve their own crisis. In an interview with Adnkronos International (AKI), the Timorese leader called for an end to the criticisms that have lately led to Australians - both civilian and military - being targeted by gangs of youths.

"I ask the Timorese people not to poison our good relationship with Australia. Australian soldiers are professional and we do not have to shame them now with accusation of partiality," he told AKI.

"If anything, we should blame ourselves for not being able to solve our own problems. We asked Australia to help us in solving our problem. Australia will always be in every East Timorese's heart and if any one here blames them, I am the first to condemn these people," he added.

About 1,000 Australian troops were deployed to East Timor following violence and disorder that erupted in May in which at least 37 people were killed and 155,000 forced to abandon their homes. The clashes led to the fall of the government of the former prime minister Mari Alkatiri.

Australian troops have lately been accused of partiality, unprofessional conduct and even unlawful killings. The situation deteriorated after a full-page article was published on Saturday in Suara Timor-Leste, the main local newspaper, accusing Australians soldiers of killing two Timorese people. The headline on the article was "Bodies found in Bebonuk. Killed by Australian soldiers". The article sparked rage that led to the danger of Australian troops becoming targets of gangs.

However, a report recently commissioned by Australia's international development agency, AusAID, found that gangs are politically motivated and led by former anti-Indonesian resistance fighters who have loyalties and enmities within factions of the security forces and political parties dating back to the struggle for independence from Indonesia.

In Dili, the conduct of the Australian soldiers was further defended by Brigadier Mal Rerden, newly appointed commander of the 1,000-strong Australian force in East Timor.

“The important thing to understand is that we are here to ensure the security of all the people of East Timor, and we will do that in a totally impartial way,” he told AKI.

“Now is the time for people to stop being unlawful; to stop taking matters into their own hands – if they choose to do that they will be dealt with accordingly and we will continue to do that in the impartial way that we have so far,” he added.

However, the cloud of accusations is difficult to disperse and some locals swear that they have been mistreated by the Australians.

According to Maritz Sagadate, for example, Australians mistreated him and he alleged they were partly responsible for the killing of two people.

“The Australian troops captured three of us without reason. They put us in car and poisoned us with something that smelt like gasoline. We were soon unconscious. At about midnight I woke up, I did not know where we were but I found my two friends killed. I do believe that Australian soldiers were collaborating with western people [loromonu] in killing my friends,” he told AKI.


“I hate Australian troops very much now,” Maritz added.

Maritz is not alone. Joaquim Murobo, an internally displaced person, told AKI that he was wrongly detained and has lost trust in Australian soldiers and the police.

“Australian soldiers and police say they are professional but I think they are amateurs. They allow criminals and troublemakers to burn my house without doing anything but then arrest innocent people in refugee camps,” he said.

“I have had enough and I do not trust them,” he added.


(Fsc/Gui/Aki)


Oct-31-06 11:39

Pacific instability 'creating power vacuum'

AAP - November 03, 2006 07:47pm
By Vincent Morello

INSTABILITY in the Pacific is threatening Australia's relations in the region, opposition foreign affairs spokesman Kevin Rudd says.

Mr Rudd said the Federal Government had acted sensibly in sending two warships to Fiji to assist the possible evacuation of thousands of Australians in the event of a military coup.

But he said Australia's relations with other countries in the region were already strained because of civil unrest in East Timor and the continuing tension in diplomatic relations with Papua New Guinea and the Solomon Islands.

"I'm concerned about long-term strategic drift in our region, away from Australia's interests, a strategic vacuum being formed and I'm concerned about other countries moving in," Mr Rudd said.

He called for Foreign Affairs Minister Alexander Downer to host a meeting between all of the foreign affairs ministers of the Pacific Island nations.

He said the Pacific Island Forum in 2000 established such a measure "in the event of a domestic political crisis that was getting out of control in any of the island states".

He said he was encouraged that Mr Downer appeared to favour calling the meeting.

Fiji's military leader Frank Bainimarama has made continued threats since last month to overthrow the government if Fiji's prime minister Laisenia Qarase goes ahead with legislation to grant amnesty to organisers of Fiji's coup in 2000.

Commodore Bainimarama has threatened that Mr Qarase's continued refusals to step down "will result in bloodshed".

But he also indicated today through his deputy the military has no intent on staging a coup to oust Mr Qarase.

"Statements about bloodshed are just plain irresponsible," Mr Rudd said.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.