sábado, janeiro 19, 2008

A INSTAURAÇÃO DO QUERO, POSSO E MANDO

Blog PORTUGAL DIRECTO
Quinta-feira, 17 de Janeiro de 2008

OS ABOMINÁVEIS MONSTROS DE TIMOR-LESTE

Timor-Leste está em efervescência assim como a blogosfera relacionada com aquele país. Só por esse motivo me debruço sobre o tema.

O caso é sério e é provável que me alongue em narrações e considerações mais extensas por considerar não ser possível fazê-lo de outro modo, com honestidade.

As peripécias protagonizadas por Xanana Gusmão e Ramos Horta, por certo em conluio com interesses estranhos ao país, já vêm de 2005 e tiveram o seu auge em 2006. Primeiro com um golpe de estado e derrube de um governo legítimo que só terminaria o seu mandato em 2007, depois com as falcatruas para a formação de governo, tendo ficado o partido mais votado, a Fretilin, excluída de quase tudo – excepto do Parlamento.

Xanana e Horta trocaram cadeiras e o que era primeiro-ministro, Horta, foi para presidente da República – através de eleições que venceu – enquanto o que era presidente da República, Xanana, foi empossado por Horta num governo feito à pressa e muita manha a que chamaram, Aliança para Maioria Parlamentar, AMP. Certamente que os que chegarem a este texto já sabem o resto da história.

Em toda esta salganhada existe também um militar das FDTL, Alfredo Reinado, que por ordens de Xanana Gusmão foi o Pitbul do golpe de estado e fez a agitação e mortes que bem entendeu sem que até agora os actuais “proprietários” de Timor-Leste se dignem encarcerá-lo. Em vez disso sempre causaram dificuldades à Justiça para o capturar – não autorizando que as forças de segurança cumprissem os mandatos de captura emitidos pelos juízes.

Por motivos que importa não especificar – para que a prosa não se alongue – Alfredo Reinado já anda a “monte” há cerca de um ano e meio e chegou ao estado de saturação que lhe confiou a clarividência de ter sido traído por Xanana Gusmão, o seu chefe-em-golpe-de-estado.

Assim conclui e logo reagiu: “Xanana Gusmão é o responsável pela crise de 2006”, afirmou Reinado para quem o quis ver e ouvir em vídeo.

Reinado trouxe para a praça pública aquilo que disse ser a verdade acabando por referir sobre os aliciamentos de Xanana Gusmão aos militares e que se saldou no derrube do governo de Alkatiri, cerca de três dezenas de mortes, dezenas de feridos e milhares de casa queimadas e destruídas – que deram origem a mais de 160 mil refugiados a que chamam agora deslocados. Importa salientar que desde 2006 até à presente data ainda existem cerca de 100 mil deslocados a viver em mais de 50 campos “humanitários” sem condições, principalmente no período das torrenciais chuvas.

FALSO HERÓI, VERDADEIRO COBARDE

Na sequência das declarações de Alfredo Reinado, que acusa inequivocamente Xanana Gusmão de ter cometido ilegalidades enquanto ainda era presidente da República o silêncio da Xanana tem sido tumular.

Há pouco mais de duas semanas que as acusações foram publicadas na comunicação social de Timor-Leste e da Austrália, assim como na blogosfera, mas Xanana… moita-carrasco, quer dizer, aquela boca não se pronunciou sobre isso, nunca, nunca.

Nunca, até anteontem, terça-feira, 15, Xanana Gusmão se tinha referido tão claramente sobre o assunto Alfredo Reinado, e para dizer o quê? Para fazer o quê?

Ameaçar os jornalistas que divulgaram através dos órgãos onde trabalham as declarações de Alfredo Reinado que o inculpavam!

Não estou sequer preocupado em reproduzir aqui as palavras exactas de Xanana porque aquilo que ressaltou e que é realmente importante foi a atitude de elemento que se revela ditatorial e prepotente que ameaça os jornalistas timorenses presentes com prisão sob o pretexto de se continuarem a informar sobre declarações de Reinado “vão presos”!

Simplesmente inadmissível, cobarde, repulsivo!

Na blogosfera que aborda com mais frequência os assuntos relacionados com Timor-Leste, será possível aos interessados em melhor perceber o que realmente se está a passar em Timor-Leste, entender os pormenores daquilo que aqui é superficialmente abordado – no final do texto terei o cuidado de deixar alguns dos links recomendados para o efeito.

Evidentemente que esta atitude do actual primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, poderá vir a ter consequência bastante nefastas para a sociedade timorense e será o maior prenúncio até agora da sua irreprimível tendência para se apossar dos destinos do país e do povo com mãos de ferro, ditatorialmente, com capa de democrata, juntamente com o seu comparsa Ramos Horta, o presidente da República que o empossou primeiro-ministro através de “engenharias constitucionais”.

De há cerca de dois anos a este tempo os acontecimentos em Timor-Leste não param de surpreender os que afinal consideravam Xanana Gusmão e Ramos Horta como os paladinos da libertação e liberdade dos timorenses. Um deles foi agraciado com o Nobel da Paz, Horta, e o outro, Xanana, com o Prémio Sahkarov… Imerecidas distinções, como agora se comprova.

Tanto mais que se assim ocorre agora, quando o governo AMP ainda nem sequer completou um ano de governação, o que não fará dentro de mais um ano. Será que Timor-Leste voltará a ter eleições livres? Por certo que não, se recordarmos que nestas, as segundas presidenciais e primeiras especificamente legislativas, já foram notadas irregularidades a que aos observadores tiveram de fechar os olhos para que Timor-Leste não voltasse a ficar a ferro e fogo com as desestabilizações e violências que grupos afectos a Reinado, à igreja e a Xanana provocaram.

Situação complexa sem dúvida e futuro bastante sombrio para um dos povos do mundo mais sofredores e que desde 1975 já viu perecerem dos seus talvez duas centenas de milhar ou um pouco mais.

Seria este o momento de a comunidade internacional interferir e pôr cobro ao que facilmente já se advinha para Timor: uma ditadura com faces aparentemente humanizadas, democráticas mas que por dentro encerram dois monstros nobel-sahkarov… para mundo ver. Perspectivas que poderão vir a ser ainda mais graves que as inexistentes democracias de Angola, Moçambique ou Guiné-Bissau de há uns anos.

Estão em incubação dois abomináveis monstros em Timor-Leste, resta saber quem os dominará… ou daqui por quantas décadas cairão por si.

Ai, Timor.

AINDA A LUSA....

Blog Timor Lorosae Nação
Sábado, 19 de Janeiro de 2008

TEREMOS DE METER EXPLICADOR PARA PERCEBER A LUSA?

Ainda a Lusa, sempre a Lusa enquanto não conseguirmos perceber o que anda a fazer em Timor-Leste.

Na sequência dos textos mais abaixo publicados, relacionados com os longos silêncios da Lusa relativamente ao que se vai passando em Timor-Leste e reforçando as opiniões de Klaudio Berek e outros mais, fomos encontrar nos comentários um artigo posto pela Margarida que comprova não ser de agora o comportamento de uma agência que em Timor pode ser de tudo menos de notícias. Pelo menos elas não chegam a Portugal de forma satisfatória que justifique aquilo que os contribuintes portugueses lhe pagam.

O texto que se segue é de autoria de José Pacheco Pereira, datado de 20 de Setembro de 2006 e foi publicado no seu blogue Abrupto - cujo link está mais em baixo.

De salientar que após tantos dias de silêncio a Lusa lá começou nestes dois últimos dias a mexer-se. Titubeante mas lá vêm aparecendo umas noticiazitas, apesar de não aparecerem os grandes trabalhos, nem nada relacionado com o "desaguisado" Xanana vs Reinado. Coisas da Lusa e de para quem trabalha...

Será que para perceber vamos ter de meter explicador, ou estará a acontecer o que dizem os tais "radicais" de que Berek fala mais em baixo?
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O QUE SE PASSA EM TIMOR?

Continuamos sem saber, até um dia em que qualquer coisa grave aconteça. Não se percebe o nexo, a sequência, os protagonistas, os eventos, os interesses. Que fazem os nossos “bons”, Xanana e Ramos Horta? Que fazem os nossos “maus”, Alkatiri e Lobato? Que fazem os invasores australianos? Que fazem os nossos GNR? Ainda há “democracia”? Que fazem os portugueses que ficaram? Planeiam vir embora, porque não vale a pena? Planeiam ficar, porque não tem emprego cá? Querem ficar porque gostam da “causa” de Timor? Por onde anda o major Reinado e os seus militares e políticas revoltosos? O que é que fazemos em Timor, se é que fazemos alguma coisa? Já há alguma obra pública feita em Timor com os rios de dinheiro que os “doadores” deram, ou vai tudo para alimentar o aparelho das organizações internacionais e as ONG? Que é feito do dinheiro do petróleo?

A rádio e a televisão públicas tem correspondentes em Timor pagos pelo dinheiro dos contribuintes, nós. Onde estão? Não há notícias sobre Timor que se percebam? Que se percebam, insisto.

Informe-se aqui que desde dia 16 de Maio que relatamos diariamente o que se passa em Timor-Leste, com opiniões e notícias que traduzimos para português, visto que na nossa língua são cada vez menos.

E poderá perceber melhor porque a imprensa fez de Mari Alkatiri um dos "maus"...
...

PORQUE EM PORTUGAL QUASE NADA SE SABE DE TIMOR-LESTE?

Blog Timor Lorosae Nação
Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2008

LUSA - PERITA NAS NOTÍCIAS DO SILÊNCIO
Klaudio Berek


No final do ano de 2007 Reinado falou o que falou e que aqui, no TLN, está mais que falado, mas a prova de que em Portugal quase ninguém sabe o que se passa em Timor-Leste - apesar de se interessarem - tive-a agora com esta peripécia de Alfredo Reinado. O que não significa que já anteriormente o mesmo não tenha pressentido relativamente a outros casos que em Portugal não foram noticiados.

Considero-me insuspeito de ser um radical critico do que quer que seja. Sou daqueles que procura sempre os motivos porque acontece isto ou aquilo, ou então admito que os que parecem culpados podem ter as suas razões e procuro entender. Sou tolerante, creio eu.

O facto de o ser não significa que seja de todo parvo e não perceba que se isto ou aquilo acontece constantemente e é prejudicial para a maioria deve ser corrigido. Se não o fazem, se não corrigem, então é porque sempre o fizeram intencionalmente. A seguir deve-se procurar as causas, as vantagens, o porquê das aparentes más intenções.

Mas este individuo está a falar de quê? Perguntarão.

Estou a falar do trabalho, ou não trabalho, da Agência Lusa em Timor-Leste. Do seu sistemático silenciamento sobre o que em Timor se passa, a quase todos os níveis. A sua falta de cobertura do que ocorre no país, de como vivem, ou sobrevivem os timorenses.

Que coisa, não poderiam fazer umas reportagens que nos fizessem perceber melhor como é o quotidiano dos timorenses? Não dará para saírem de Díli e do Hotel Timor?

Mesmo em Díli, há campos de deslocados, há miséria, há quotidiano... E então, porque não?

Porque nada nos mostram e quando algo mostram é sobre os privilegiados políticos ou os privilegiados da ONU e... quase mais nada. Porque será?

Certamente que as causas não terão por responsável o jornalista da Lusa. Ele recebe ordens, como todos os outros. Se recebe ordens é para não trabalhar e estar no Hotel? Na praia? Que mistério.

Não irei tão longe quanto outros, que afirmam que a Lusa está em Timor-Leste para entrevistar políticos de vez em quando, principalmente Xanana e Horta. Já disse, não sou radical. Mas olhem que por vezes até parece que sim.

Neste caso das declarações de Alfredo Reinado, que os timorenses e os da blogosfera conhecem há duas semanas. Que os australianos interessados também o sabem há imenso tempo através da sua comunicação social, etc., só hoje chegou a Portugal, quero dizer, a um maior número de portugueses através de alguma comunicação social...

Porquê? Porque a Lusa de dignou trabalhar um pouco no calor húmido de Díli e entrevistou Mari Alkatiiri sobre Alfredo Reinado e as declarações em que acusa Xanana Gusmão de ter muitas responsabilidades pelos males acontecidos em Timor desde 2006. Responsabilidades na terrível crise.

Mesmo assim, veio aquela espécie de entrevista e caiu em seco. Compreenderíamos tal entrevista depois de os portugueses saberem mais em pormenor de que Reinado acusa Xanana, então a Lusa deveria procurar esclarecer com Xanana e só depois poderia ir onde quisesse recolher opiniões. Foi assim que aprenderam na universidade... ou não?!

Pois se Xanana não quisesse esclarecer, então sim, dir-se-ia da sua recusa em ser entrevistado sobre o assunto e lá viria Alkatiri e quem mais a Lusa considerasse de interesse.

Isto é fácil de entender. O difícil é perceber porque tal não acontece. Porquê Lusa? Porque os portugueses e os timorenses aqui vivendo, em Portugal, não têm direito de saber o que se passa em Timor-Leste se não tiverem internet?

Haverá quem, compreenda? Então expliquem-me, se fizerem o favor. Palavra que estes silenciamentos, para mim, são um mistério.

Ramos-Horta pede ao povo de Timor-Leste que perdoe os crimes do general Suharto

Público, 19.01.2008
Jorge Heitor

O primeiro-ministro Xanana Gusmão também diz que, embora desrespeitando os direitos humanos, o antigo ditador promoveu o desenvolvimento

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, pediu esta semana aos timorenses que perdoem ao antigo Presidente indonésio Mohammed Suharto, responsável por uma ditadura de 32 anos durante a qual se verificaram muitas centenas de milhares de mortos, incluindo mais de 200 mil no próprio território de Timor-Leste, que mandou invadir em Dezembro de 1975.

"Nenhum de nós deve guardar rancor. Oremos a Deus para que o receba no seu seio", disse José Ramos-Horta à agência Lusa e a outros órgãos de informação, em declarações que tiveram grande repercussão internacional. E acrescentou que iria pedir nos próximos dias ao próprio Papa Bento XVI, no Vaticano, que orasse pelo político que, há mais de uma semana, se encontra à beira da morte num hospital de Jacarta.

O primeiro-ministro Xanana Gusmão, durante a década de 90 julgado na Indonésia como chefe da resistência timorense e condenado a prisão perpétua, de onde viria a sair no fim de 1999, disse entretanto PÚBLICO, por e-mail, que Suharto não respeitara os direitos humanos, governara em ditadura e promovera a corrupção, mas tinha sido "também o promotor do desenvolvimento de um grande país, o que não era fácil".

"Ficará também na história pelo mal que fez ao povo de Timor e ao indonésio, mas a sua atitude não poderá deixar de ser contextualizada na época em que governou".

"Pressionado por generais"

Ontem, o antigo governador Mário Viegas Carrascalão, actual líder do Partido Social Democrata, considerou, em declarações por telefone, que "o grande erro de Suharto foi a invasão de Timor, sob pressão de quatro generais. O que ele queria era um Timor que mostrasse ao mundo que a Indonésia fazia mais por ele do que Portugal fizera".

Igualmente interrogada pelo PÚBLICO, a empresária Conceição de Araújo, dirigente do Partido Nacionalista Timorense, manifestou a opinião de que, ao ordenar a invasão, de que resultaram chacinas e abusos dos direitos humanos, o chefe do regime de Jacarta "foi mandado pelas outras nações", que não aceitou especificar. E agradeceu a Suharto o facto de ainda estarem vivos os seus familiares que em 1992 chegaram a ser capturados pelo ocupante indonésio.

Já a religiosa Guilhermina Marçal, madre da Congregação das Canossianas, lembrou "os muitos erros", mas também as "boas coisas" que Suharto teria feito por Timor-Leste, "como a construção e o desenvolvimento".

Por outro lado, o escritor timorense Luís Cardoso, a viver em Lisboa, não hesitou em afirmar que "os crimes de Suharto foram muito mais graves do que os do também ditador Pinochet [do Chile]".

"Tanto contra o próprio povo como contra o povo timorense. Espero que Deus faça justiça onde os homens não a fizeram", concluiu.

Os argumentos para a destituição do PR existem

Comentário na sua mensagem "Prosecutor won't probe Timor's PM":

It is about time the PGR is suspended at the very least for gross neglect of his duty.

But do we really expect any more from the man who part took in the conversation with Leandro Isaac and Agio Pereira in the presence of Xanana, and known to all the world now?

The PGR himself is "too political" thats what he means. Was it too political for him to immediately open an investigation against a Minister in the Alkatiri government and the Prime Minister himself at the time? Yes it was "too political".

Guests at the Esplanada Hotel could see the PGR regularly dining in the evenings of June 2006 with then Chief of Staff to the President Xanana Gusmao, in the leads up to the investigation against Lobato.

There is no justice in Timor-Leste. There are no laws being followed in Timor-Leste.

Starting with the Pres of the Republic to the PM to the PGR to the parliament, laws are trampled over, the constitution is disregarded and threats against the media and the judiciary are the order of the day.

Timor-Leste is in every sense a lawless dictatorship.

Timor-Leste is today devoid of any semblence of a dmocracy. There is no rule of law in Timor-Leste.

This far, there are at least four grounds for the parliament commencing proceedings to impeach the President.

1. The actions by the President in writing a travel auhtorization letter to Rainado when there was a warrant in existence of his arrest. This is a criminal act.

2. The President promulgated an unlawful and unconstitutional law, without exercising due care and responsibility when he signed without even an in depth analysis the budget law for the transtional budget which gave him funding for his anti poverty task force. This has been held by the court as being unlawful and unconstitutional. All embarrassment aside, which should be substantial, because he knew of FRETILIN's warnings that this was illegal. At the very least he should have referred it to the court of appeal for an opinion. But he was so gung ho in appeasing the illegitimate government that he did not care what his very seriuous legal and constitutional duties and responsibilites were.

3. The president's recent interference with the arrest warrant issued by the court. This is a criminal act. He can and should be indicted.

4. The President met last Sunday with fugitive Reinado. This is a total disregard for the position of the presidency and his duty to defend and preserve the constitution, which includes treating wanted fugitives as such and not as dialog partners.

It is beyond me why FRETILIN has not already moved in the parliament to impeach him. The international community waits leadership from FRETILIN right now in this regard. This charade must stop and the rule of law and the constitution must begin to prevail again...... otherwise Timor-Leste will forever be beyond help.

Tradução:

É tempo do PGR ser suspenso no mínimo por negligência séria das suas obrigações.

Mas esperamos realmente alguma coisa do homem que participou na conversa com Leandro Isaac e Agio Pereira na presença de Xanana, e que agora é do conhecimento de todos?

O próprio PGR é "demasiado político" é o que ele próprio quer dizer. Foi demasiado político ele próprio abrir imediatamente uma investigação contra um Ministro do governo de Alkatiri e contra o próprio Primeiro-Ministro na altura? Sim, isso foi "demasiado político".

Clientes do Esplanada Hotel podiam ver o PGR a jantar com regularidade nas noites de Junho de 2006 com o então Chefe de Gabinete do Presidente Xanana Gusmão, nos tempos antes da investigação contra Lobato.

Não há nenhuma justiça em Timor-Leste. Não há nenhumas leis que estejam a ser respeitadas em Timor-Leste.

A começar com o Presidente da República até ao PM, do PGR ao parlamento, as leis estão a ser espezinhadas, a constituição é desrespeitada e as ameaças contra os media e o judicial estão na ordem do dia.

Timor-Leste é em todos os sentidos uma ditadura sem lei.

Timor-Leste está hoje sem qualquer parecença com a democracia. Não há nenhuma aplicação da lei em Timor-Leste.

Até agora, há pelo menos quatro razões para o parlamento começar os procedimentos para impugnar o Presidente.

1. As acções do Presidente ao escrever uma autorização de viagem a Reinado quando havia um mandato para a sua prisão. Este é um acto criminoso.

2. O Presidente promulgou uma lei ilegítima e inconstitucional, sem exercer as cautelas devidas e sem responsabilidade quando assinou mesmo sem uma análise profunda a lei do orçamento do orçamento provisório que lhe deu financiamento para o seu grupo de trabalho anti-pobreza. Isto foi considerado pelo tribunal como ilegal e inconstitucional. Posto de lado o embaraço, que deve ser substancial, porque ele sabia dos avisos da FRETILIN de que isso era ilegal.

No mínimo ele devia ter remetido essa lei para o Tribunal de Recurso para uma opinião. Mas ele estava tão determinado em agradar ao governo ilegítimo que nem se preocupou em acautelar as suas muito sérias obrigações legais e constitucionais e as suas responsabilidades.

3. A recente interferência do presidente no mandato de captura emitido pelo tribunal. Este é um acto criminoso. Ele pode e deve ser indiciado.

4. O Presidente encontrou-se no Domingo passado com o foragido Reinado. Isto está em total desacordo com a posição da presidência e as suas obrigações de defender e preservar a constituição, que inclui tratar foragidos como tal e não como parceiros de diálogo.

Ultrapassa-me a razão por que a FRETILIN não se mexeu no parlamento para o impugnar.

Nesta altura a comunidade internacional espera a liderança da FRETILIN sobre isto. Esta charada tem de parar e deve começar a prevalecer outra vez a aplicação da lei e da constituição...... de outro modo Timor-Leste estará para sempre para além da ajuda.

Só uma pergunta... O Presidente de Timor nada diz?

Comentário na sua mensagem "E dizia Xanana ser contra a Lei da Difamação por n...":


Em primeiro lugar quero deixar o meu reconhecimento a todos aqueles que contribuem neste blog e nas suas vidas para que Timor concretize o sonho de ser um estado independente.

Sabemos que é um caminho tortuoso, mas quem conhece Timor e o seu povo, sabe que são puros, pessoas simples e humildes, oprimidas, mas ainda assim conservando a sua riqueza interior, cultural, lutando e acreditando que um futuro melhor lhes está reservado e para as suas famílias.

A minha pergunta é para o NOBEL; anterior Ministro..., actual Presidente da República. O Presidente da República tem um papel regulador quanto ao funcionamento e "comportamento" dos outros orgão do Estado. Ainda que assim não fosse, a lei em vigor em Timor-Leste o ordena, o PR devia actuar ou manifestar-se face a estas ultímas declarações do Primeiro Ministro Xanana.

Mas também enquanto cidadão com responsabilidades (acrescidas até pelo facto de ter sido laureado pelo Prémio Nobel da Paz...) no destino da vida do povo Timorense, nada tem a dizer quanto ao comportamento do executivo governamental do país que o elegeu para guardião dos valores mais nobres, concretizados na sua Constituição?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.