terça-feira, junho 13, 2006

GNR vai distribuir alimentos doados pela Fundação Oriente

Díli, 13 Jun (Lusa) - A Fundação Oriente (FO) doou hoje 30 toneladas de alimentos de primeira necessidade para distribuição em bairros de Díli, numa acção que estará a cargo da GNR, disse à Lusa fonte daquela organização não-governamental portuguesa.

"Os militares da GNR disponibilizaram-se imediatamente para garantir a distribuição dos alimentos pelos mais carenciados", assinalou Álvaro Antunes, delegado da FO em Timor-Leste.

O lote de bens entregues é constituído por 20 toneladas de arroz, 2.500 litros de óleo alimentar, uma tonelada de açúcar, 40 mil refeições de massas instantâneas e 10 mil enlatados.

Na cerimónia de entrega dos alimentos à guarda da GNR esteve o embaixador de Portugal, João Ramos Pinto, que considerou que a participação da GNR na distribuição dos bens alimentares "vai aproximar ainda mais a população da GNR".

"Mas acho que eles (GNR) não precisam de ajuda para se aproximarem da população, porque essa relação já é antiga. Será mais um gesto de que a GNR está aqui para ajudar o povo de Timor-leste", frisou.

O comandante operacional dos 127 efectivos da GNR, capitão Gonçalo Carvalho, salientou que os alimentos vão ajudar a colmatar uma grande carência dos refugiados, "que, além dos problemas sanitários, têm muitos problemas de alimentação. Passa-se alguma fome nesses campos".

Os 127 efectivos da GNR encontram-se em Timor-Leste no quadro do pedido de ajuda formulado pelas autoridades timorenses para ajudar a restabelecer a paz e ordem públicas, no quadro da violência que se regista no país desde finais de Abril e que provocou já mais de 30 mortos e de uma centena de feridos, além de mais de 100 mil pessoas deslocadas.

EL.

Deputados aprovam por maioria resolução contra violência

Díli, 13 Jun (Lusa) - Uma resolução a condenar a violência em Timor-Leste foi hoje aprovada por maioria pelo Parlamento Nacional, numa iniciativa de deputados do partido maioritário, a FRETILIN.

A resolução defende, nomeadamente, que as forças militares internacionais, constituídas por efectivos da Austrália, Malásia e Nova Zelândia, retirem para um perímetro de segurança à volta da capital, "deixando que a GNR e as demais polícias presentes no país actuem em toda a cidade de Díli de forma eficiente e sem impedimentos".

A iniciativa, votada por 45 dos 88 deputados que fazem parte do Parlamento - o mínimo para haver quórum -, foi aprovada com 43 votos, e teve um voto contra e uma abstenção.

O texto repudia de forma veemente a violência registada no país e o "clima de terror e ameaça que tem provocado o sofrimento e a angústia, transformando milhares e milhares de compatriotas em deslocados".

Os deputados timorenses repudiam ainda as "acções de terror e perseguições levadas a cabo por grupos armados contra militantes e sedes dos partidos políticos em vários pontos do país, concretamente o caso da FRETILIN em Ermera, colocando em causa o pluralismo político e a democracia política em Timor-Leste".

O texto defende que seja averiguada a "veracidade da acusação sobre a existência de milícias armadas" e insta as forças internacionais a que "desarmem imediata e completamente todos os civis armados", confinando os grupos de militares e de polícias "que desertaram das suas unidades e que, armados, se movimentam espalhando o terror em diferentes distritos".
EL.
Lusa/Fim

Dos leitores

Sobre a Nilva Guimarães em resposta a um leitor frio e desonesto

comentário:

Gostava de lhe dizer que a memória lhe falha e a honestidade também. A casa da Nilva Guimarães é um símbolo. Foi queimada propositadamente com motivações políticas. A jornalista em questão tem sido desde a primeira hora neste país uma combatente pela verdade - leia os editoriais dela (mas será que você sabe ler tétum?.

Quanto aos jornais e sua linha editorial experimente a passar pela redacção da nilva e vá ver um a um, olhe que já são muitos - são aqueles que você gostaria de ter visto nos defuntos "Kadala", "Vox Populis" (de Fernando de Araújo e amigos), "Diário Tempo" (de Fernando de Araújo e amigos) e "Lia Foun" (família Carrascalão).

Quanto ao sobrar nas ruas... tem dias, sabe como é. Nem toda a gente tem dinheiro para comprar um exemplar por 50 cêntimos de dólar americano. Mas já agora... pode comprar o jornal em qualquer um dos 13 distritos. Eu já o vi à venda em várias sítios...

Fique também a saber que a Nilva Guimarães, timorense, jornalista sénior timorense, professora de jornalismo, gere uma equipa de 16 pessoas entre jornalistas e estagiários... todos eles são jornalistas de reconhecido valor e coragem cá por Timor-Leste. Mesmo ameaçados de morte nunca deixaram de fazer os jornais... só pararam, disse-me a própria Nilva Guimarães, pelos indonésios terem abandonado Timor, não havendo gráfica que funcione.

Mais respeito pela Nilva Guimarães e por todos os jornalistas que não estão vendidos aos interesses australianos e americanos. Estes jovens são os que defendem as línguas oficiais, são os que têm história, Identidade.

Pessoas como você não existem neste panorama... a não ser para beberem dos recursos da ambição dos australianos que financiam os projectos de contra-poder sabe como é... timor um país pobre, mas há espíritos "pobrérrimos" como o do Fernando de Araújo e seus amigos.

O "Vox Populi" e o "Diario Tempo" surgiram com o apoio financeiro de USD50,000 a cada um - cada um nasceu a seu tempo e morreram separadamente várias vezes - e depois fecharam (mais ou menos três meses de vida). Depois, ressuscitaram políticamente com mais umas injecções financeiras da USAID e da AUSAID - as tais organizaões que não financiam projectos em língua portuguesa...

Caro e cara você, quando entender falar nao o faça... pois há muito aqui por dizer e dentro dessa caixa pode estar a sua verdade.

No que toca a casas queimadas... é uma tragédia seja a casa do Fernando de Araújo ou a da Nilva Guimarães. Para si talvez não seja uma tragédia, mas sim uma estratégia...

fique bem e seja solidário caro leitor, com a verdade, apenas e só.

PR Xanana Gusmão fala 4ª feira aos deputados

Díli, 13 Jun (Lusa) - O Presidente Xanana Gusmão dirige-se quarta-feira aos deputados timorenses, na que será a sua primeira intervenção pública desde que no passado dia 30 de Maio chamou a si o controlo das áreas de defesa e segurança do país.

Agio Pereira, chefe de gabinete do Presidente, disse à Lusa que Xanana Gusmão "vai fazer um balanço da situação no país. O ministro da Defesa (José Ramos Horta) dirigiu-se ontem (segunda-feira) ao Parlamento e o Presidente dará uma visão global da situação".

A mensagem aos deputados será feita a convite do presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo", disse fonte parlamentar à Lusa.

A intervenção de Xanana Gusmão ocorrerá cerca de duas semanas depois de ter chamado a si todos os poderes nas áreas da defesa e segurança, com o anúncio da adopção de medidas de emergência para contenção da crise no país, marcada pela violência que nas últimas semanas causou a morte a cerca de 30 pessoas e a fuga de cerca de mais de 100 mil das suas casas, algumas destruídas, e que se encontram na sua maioria e campos de acolhimento.

Xanana Gusmão viaja sábado para a Indonésia, para uma visita oficial a convite do seu homólogo indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.

Segundo Agio Pereira, a situação em Timor-Leste será o tema do encontro entre os dois chefes de Estado.

EL.

East Timor's president to address parliament

National Nine News
Tuesday Jun 13 15:15 AEST

East Timor's President Xanana Gusmao is to address parliament this week for the first time since the tiny nation descended into violence, one of his senior aides said today.

The popular Gusmao will address the nation's lawmakers on Wednesday morning, his appointments' secretary Angela Freitas said.

"He will talk about the current situation," she said without elaborating further.

AFP

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Enviado especial da ONU critica análise australiana

DN
13.06.2006
Armando Rafael

O Conselho de Segurança deverá rejeitar hoje em Nova Iorque a tese catastrofista da Austrália sobre o desaparecimento do Estado em Timor-Leste, abrindo caminho para que a ONU aprove - a muito curto prazo - uma nova missão até às eleições que estão previstas para o próximo ano.

O que deverá pressupor que a nova missão aposte numa forte redução da presença militar estrangeira, em benefício da componente policial dos futuros capacetes-azuis que serão enviados para Timor-Leste.

É neste sentido que vão as recomendações de Ian Martin a Kofi Annan, não sendo previsível que o secretário-geral da ONU contrarie a apreciação do seu enviado especial a Díli. Especialmente porque essa deverá ser também a perspectiva que as autoridades timorenses irão transmitir ao Conselho de Segurança.

Ao que o DN apurou, a posição de Díli - que está expressa numa carta assinada pelo Presidente Xanana Gusmão, pelo primeiro-ministro Mari Alkatiri e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Ramos-Horta- será transmitida pelo embaixador timorense na ONU, José Luís Guterres, que há menos de um mês foi protagonista de uma frustrada candidatura à liderança da Fretilin, o principal partido do país.

O que, em termos práticos, deverá significar que a Austrália deverá retirar uma parte substancial dos dois mil militares que enviou para Timor-Leste e que não se adequam à situação de crise que ali se vive.

Contudo, não é de excluir que Camberra possa - sozinha ou em conjunto com outros - manter uma presença "credível" no terreno, assegurando o respectivo comando.

Certo, desde já, é que a ONU poderá duplicar os efectivos policiais em Timor-Leste, admitindo-se que a futura polícia internacional possa chegar aos 800 efectivos. Grande parte dos quais continuarão a ser portugueses e malaios. Mesmo que esse contingente possa ser reforçado com o contributo de outros Estados, ficando sob comando das Nações Unidas. Como Lisboa tem repetido e como o embaixador João Salgueiro dirá hoje em Nova Iorque.

Sem que isso signifique que Portugal tenha diminuído os seus esforços diplomáticos nas horas que antecedem a reunião de Nova Iorque.

Prova disso é o facto do ministro dos Negócios Estrangeiros ter solicitado a presença dos embaixadores da Rússia e da China (dois dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança) nas Necessidades, onde foram ontem recebidos pela directora-geral dos Assuntos Multilaterais, Margarida Figueiredo.

Tudo isto enquanto o próprio Freitas do Amaral, que não escondeu o seu optimismo, se desdobrava em contactos no Luxemburgo, aproveitando uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.

Resta saber agora qual será a posição da Austrália, numa altura em que Portugal tem a percepção de que os EUA e o Reino Unido começaram a distanciar-se de Camberra.

À margem destes jogos diplomáticos, parece adquirido que a ONU só irá apareciar o conteúdo, a composição e extensão da nova missão dentro de uma semana ou de um mês, em função da recomendação que hoje for feita por Kofi Annan.

O mais provável é que a Unotil veja o seu mandato prorrogado por mais um mês - até 20 de Julho. O tempo suficiente para que todos os acertos possam ser feitos.

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Dos leitores

"Porque é que não se fala das casas de outros que tambem foram queimadas. Por exemplo a casa do Presidente do Partido Democrático e outros da oposição?
Verdade, verdadinha muitas pessoas viram as suas casas incendiadas independentemente das linhas partidárias.A Nilva até nem era go governo ou era? A pois mas talvez o seu jornal não era um exemplo de jornalismo independente e isento. Até era o jornal favorito do governo. Talvez seja essa a razão de o seu jornal sempre sobrar de basta nas mãos dos vendedores ao fim do dia se a memória não me falha. "

Nota:

1. Já falámos aqui de outras casas incendiadas, muitas vezes QUANDO estavam a ser incendiadas.

2. Relativamente aos jornais que refere, em língua portuguesa, ainda se encontram em circulação.

3. O jornal mais conotado com a oposição, faliu...

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Presidente da República e Primeiro-Ministro reuniram-se hoje de manhã

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Quatro homens armados foram ontem detidos a 100 metros da residência do Primeiro-Ministro.

Quatro homens levantaram suspeitas na rua da residência do Primeiro-Ministro e foram chamadas as forças australianas.

Os quatro homens estavam armados com armas automáticas e foram detidos a 100 metros da residência.

As forças australianas deram conhecimento à Procuradoria da República.

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Dos leitores

Nilva, estamos contigo. Podem fazer tudo, mas continues a levar a voz deste povo para todos os recantos do mundo. Coragem!

Dos leitores

Há dois anos atrás estive em Timor.

E, como tantos outros portugueses, hoje, sofro à distância.

Em 2004 vi um povo iludido e esperançado com um futuro que tardava em aparecer, e preso numa ilha que já passara de moda, para o mundo.

Vi um país recém saído de uma economia de subsistência, após décadas de opressão e subserviência, ressacado da guerra e da ajuda humanitária, e ainda com muitas feridas por cicatrizar. Timor acordava então para uma economia que não compreendia e onde parecia não ter lugar.

Vi um país alimentado e anestesiado pelo dinheiro dos malai.

Petróleo? O de consumo era importado, e não se sabia o que lá vinha dentro. O outro, o do mar de Timor, era uma miragem, chamada Timor Gap. Um imbróglio político e jurídico, com a macabra forma de caixão desenhado no mar, que continua ainda hoje, a iludir, entreter e alimentar muita gente.



Vi o olhar timorense, que escondia muita tristeza e raiva mal contida.

As oportunidades não abundavam e o desemprego era visível.

Vi um timorense, alcoólico mas muito educado, que vendia bugigangas pela cidade toda, a pé descalço. Outro, que falava e ria sozinho, discretamente, na esplanada, todas as manhãs. Outro ainda, que circulava pela cidade pedindo emprego a todo o malai que encontrava, sem sucesso.

Vi jovens e velhos de olhar vazio deambulando sem destino pela cidade.

Vi uma criança carregar às costas uma dúzia de garrafas de mel, o dia todo.

Vi uma cidade, e uma sociedade, em que nada era bem o que parecia.

Vi um país com um parque automóvel de fazer inveja a muito país rico, mas onde uma garrafa de água custava cinco vezes mais que um isqueiro.

Queimar é tradição em Timor. Queima-se tudo... o lixo, o mato, as vidas.



Mas não vi loromonus nem lorosaes... apenas lorotimores.

Em Santa Cruz, vi centenas de famílias encher o cemitério de cor e vida, pintando e restaurando alegremente os túmulos dos seus mortos.

Vi um povo pobre, mas honrado. Um país dependente, mas digno.



Mas hoje vejo um país ardido, dividido e invadido... um Palácio das Cinzas.

Vejo um povo assustado, traumatizado, desesperado, necessitado.

Um povo que gosta de nós, e que precisa de nós.



Dizem que quem bebe a água do coco, regressa a Timor.

Eu bebi... por isso, hoje, sofro à distância.



Não abandonemos Timor, quando Timor mais precisa de nós.

Dirigentes timorenses pedem força da ONU, Conselho de Segurança reúne-se hoje

Washington 13 Jun (Lusa) - Dirigentes políticos timorenses enviaram uma carta ao Secretário-Geral da ONU pedindo o envio "o mais rápido possível" de uma força policial para Timor-Leste, disse o embaixador timorense na ONU, José Luís Guterres.

A carta foi assinada pelo presidente da república, Xanana Gusmão, pelo primeiro-ministro, Mari Alkatiri, e pelo presidente do parlamento, Francisco Guterres "Lu-Olo".

O Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje para discutir a situação em Timor-Leste mas não deverá aprovar qualquer resolução, acrescentou o embaixador timorense.

O encontro de hoje destina-se apenas a ouvir um relatório do enviado especial de Annan a Timor-Leste, Ian Martin, e também a opinião dos países membros e interessados sobre a situação no país, acrescentou a mesma fonte.

Ian Martin foi enviado a Timor-Leste para avaliar a situação no país e afirmou à sua saída de Díli que a ONU terá que aumentar a sua presença no território.

O embaixador José Luís Guterres disse ainda não se saber qual a força que a ONU vai enviar para Timor-Leste.

"Vai-se primeiro fazer um apelo para ver quais os países que querem contribuir e quais as suas capacidades", disse o embaixador timorense, que regressou recentemente a Nova Iorque depois de participar em Díli no Congresso da Fretilin.

Guterres disse no entanto estar convencido que Portugal vai contribuir com uma força da GNR que considerou de "uma força efectiva que a população respeita".

O Conselho de Segurança vai voltar a reunir-se na próxima terça- feira, 20 de Junho, data em que termina o actual mandato da UNOTIL, renovado em Maio por um mês.

Fontes diplomáticas disseram que mesmo nesse encontro não deverá ser ainda aprovada uma nova missão da ONU, devendo renovar-se o mandato da UNOTIL por mais 30 dias.

O embaixador timorense disse que 30 dias será "o máximo" de tempo a ser dado à UNOTIL porque "muita gente está com urgência em aprovar o envio de uma força de paz".

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, terá que apresentar uma proposta formal ao Conselho de Segurança sobre uma nova missão da ONU em Timor-Leste.

Em Maio, antes da eclosão da onda de violência, Kofi Annan tinha proposto que a actual missão, a UNOTIL, fosse substituída por uma "pequena representação integrada" por um período de 12 meses.

Essa missão teria apenas 25 "conselheiros policiais" e 10 "oficiais militares de ligação".

Antes da eclosão da violência, alguns países membros do Conselho de Segurança tinham manifestado a sua oposição à continuação da presença de uma missão especial da ONU em Timor-Leste.

No entanto, analistas consideram que o Conselho de Segurança não terá agora alternativa senão apoiar o fortalecimento da missão com forças militares e policiais.

Actualmente encontram-se em Timor-Leste forças militares e paramilitares da Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal mas a ONU não tem qualquer envolvimento directo nessas operações.

Já após o envio dessas forças, a pedido de Timor-Leste, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução manifestando preocupação pela violência e "saudando" a decisão desses países enviarem forças para restabelecer a ordem.

JP.

Dos "colegas" do timor-verdade

A casa de jornalista Nilva Guimarães foi das primeiras a arder em Díli

Ninguém fala disto? Nilva Guimarães foi das primeiras a "arder" na fogueira do ódio ao governo e à língua portuguesa.

Uma das primeiras casas a serem queimadas foi a da jornalista Nilva Guimarães, directora dos jornais que se expressam em português o Semanário e o Diário - tão combatidos pelos anglosaxónicos ao longo destes anos...

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Dos "colegas" do timor-verdade

Fernando Araújo recebeu dezenas de milhares de dólares australianos para fazer jornal semanal em inglês e bahasa indonésio

Araújo do PD ao serviço dos australianos

Já agora, em comentário a uma postagem do timor-online, onde o senhor Araújo, presidente do PD, fala de pretenderem atentar contra a sua vida... temos de dizer que esse senhor tem de pagar a factura aos australianos pelo jornal que ora nasce, ora morre.

É que a massa que já lhe deram para afirmar a língua inglesa e o bahasa indonésio através do seu defunto, ressuscitado e novamente defunto jornal semanal tem de se pagar de alguma forma.

desta vez quanto lhe terão pago? outra coisa, enquanto esteve preso na Indonésia deram-lhe o quê?

Já agora vale a pena contar as histórias deste senhor quando estava como vice-ministro dos negócios estrangeiros na transicção? parece-nos que sim... um destes dias.

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Dos leitores

I am another Australian Defence Force officer. I joined the ADF because I believed in missions which Australia was leading to places like Cambodia where we were doign the work of the UN and doing it well. I have served under great COs, Maj Gen John Sanderson and Peter Cosgrove.

I have felt like my countries politicians have had no balls in this latest mission in Timor-Leste. I feel that in comparison to 1999 we have lost alot of credibility amongst the Timorese. I speak tetun and can get that from discussions with them. People ask me why we are protecting a man who shot a Falintil Veteran in cold blood.

I say, I dont know. I am just following orders.


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Measles vaccination to target 30,000 displaced children in Dili

UNICEF
12 June 2006

DILI, - The Ministry of Health and UNICEF will launch a mass measles vaccination campaign on 13 June targeting all children aged six months to 14 years living in displacement camps in Dili, the capital of Timor-Leste.

The aim is to vaccinate an estimated 30,000 children living in more than 50 camps in Dili in the first seven days of the two-week campaign. Children aged 6-59 months will also be given vitamin A supplements to boost their immunity and de-worming tablets. Vaccines, supplied by UNICEF, will be administered mainly by health workers living in the camps. Two vaccinators will serve each camp, although more will conduct immunizations in the biggest shelters. One measles dose is sufficient to inoculate a child for life.

Scores of volunteers have been mobilized to spread word about the campaign and UNICEF and its partners are distributing information materials in the camps to explain to parents why measles vaccination and vitamin A supplementation for their children are crucial.

“Children who are weak, malnourished and living in crowded and unsanitary conditions are especially vulnerable to measles, which can spread rapidly,” said Arnold Calo-oy, UNICEF Project Officer for immunization in Timor-Leste. “Measles vaccination coverage of Timorese children below the age of one is around 50 per cent, which leaves a lot of children at risk of the disease in this emergency.”

Screening of young children for malnutrition will also be carried out during the campaign. Severely malnourished children will be referred to the hospital and moderately malnourished children will be given supplementary feeding. Before the crisis, around half of all children below the age of five in Timor-Leste were underweight.

In the second week of the campaign, health workers will vaccinate children living either at home or with host families in the capital and surrounding areas.

Around 70,000 people are living in makeshift camps in Dili, which has been plagued by civil unrest since late April. Another 70,000 Dili residents have moved to the districts and are living either in camps or with extended or host families.

65 toneladas ajuda humanitária à espera de voo de Macau para Díli

Macau, China, 12 Jun (Lusa) - A ajuda humanitária para Timor-Leste reco lhida em Macau, mais de 65 toneladas de alimentos, medicamentos, roupas e bens d e primeira necessidade, encontra-se armazenada à espera de transporte para Díli por falta de um avião de carga.

Os bens, recolhidos durante uma campanha de solidariedade lançada em Macau pelo embaixador de Timor-Leste em Pequim, continuam armazenados por, alegada mente, nenhuma companhia aérea querer efectuar o transporte da mercadoria entre Macau e Díli devido à situação de instabilidade na capital timorense.

Fonte ligada ao processo e que tem tentado nos últimos dias desbloquear a situação com o apoio do Governo de Macau, explicou à Agência Lusa que a campa nha foi lançada "sem que estivessem garantidos" todos os meios para se proceder à entrega dos bens às populações deslocadas de Timor-leste.

"Esta ausência de garantias está, agora, a criar outros problemas como ter uma série de bens que se sabem importantes para Timor-Leste mas que é imposs ível entregar rapidamente por falta de transporte", disse a mesma fonte.

Aquando do lançamento da campanha, a comissão criada em Macau para a an gariação de bens - operação em que estiveram envolvidos a Escola Portuguesa, o c onsulado-geral de Portugal em Macau e a Associação dos Trabalhadores da Função P ública - disse estar garantido o transporte dos donativos, o que ainda não acont eceu duas semanas depois de iniciada a recolha.

A Lusa tentou sem êxito contactar Paulo Remédios, um timorense radicado em Macau e membro da comissão criada pelo embaixador de Timor-leste em Pequim, para comentar a ausência de transporte.

Intitulada CAT2006 - Comissão de Apoio Humanitário a Timor-Leste, a cam panha foi lançada pelo embaixador timorense em Pequim, Olímpio Branco, e contou com o apoio de vários naturais daquele país na Região Administrativa Especial de Macau.

Macau tem sido ao longo dos anos um ponto de referência no apoio a Timo r-Leste, uma situação que se manteve inalterada após a transferência de poderes da Administração de Portugal para a China.

De acordo com estimativas do governo timorense e da ONU, cerca de 130 m il timorenses encontram-se deslocados devido à onda de violência que afecta Díli desde o final de Abril.
A maioria dos deslocados está em dezenas de centros de acolhimento, sob retudo em instituições ligadas à Igreja Católica.
JCS.

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UN Issues Urgent Appeal For East Timor Aid

By Peter Heinlein
United Nations
12 June 2006

The United Nations has issued an urgent appeal for nearly $19 million for victims of civil unrest in East Timor

Jan Egeland
U.N. emergency aid chief Jan Egeland launched the flash appeal Monday to help more than 130,000 East Timorese displaced by recent violence. Egeland says food, sanitation, water and health facilities are reaching victims, but that there are many more displaced than originally believed.

"We have new information of many more internally displaced outside of the capital than we previously thought," said Jan Egeland. "Some 63,000, it could be higher. These are people who fled from the capital, Dili, but there are also reports of people fleeing within the various areas outside of the capital."

Egeland says the $18.9-million aid package will cover the next three months of emergency operations.

He told a news conference the East Timor crisis holds many lessons for the international assistance community.

"The problem is, we are not good enough in averting these crises from taking place, and certainly the East Timorese have to have huge lessons learned from this, and also in the international community," he said. "Yes, could it have been averted, could we have avoided 130,000 people being displaced."

East Timor won independence four years ago after centuries of Portuguese rule, nearly a quarter of a century of occupation by Indonesia, and more than two years of U.N. administration. But violence broke out last month when 600 soldiers were fired after complaining of discrimination in the ranks.

The Security Council will receive a briefing on East Timor Tuesday from Secretary-General Kofi Annan's special envoy Ian Martin. Martin has just returned from a nine-day fact-finding mission to the region.

The Council is considering whether to re-establish a peacekeeping presence in the country. The previous mission was closed last year after officials determined the area was sufficiently stable.

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Dos leitores

Porque será que o Fernando de Araújo e o Manuel Tilman se dizem ameaçados só depois de a imprensa australiana difundir a notícia "do grupo armado" ?

Se as suas vidas corriam perigo porque não o denunciaram de imediato e porquê só agora à comunicação social ?

Hum...... Estranho....

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Obrigado, Margarida.

Tradução:

Australian Broadcasting Corporation
TV PROGRAM TRANSCRIPT
LOCATION: http://www.abc.net.au/lateline/content/2006/s1661279.htm
Broadcast: 12/06/2006

A ONU concorda com investigação em Timor
Reporter: Anne Barker

TONY JONES: As Nações Unidas concordaram com um inquérito completo e independente ao recente derramamento de sangue em Timor-Leste. Pelo menos morreram 21 pessoas em tiroteios e outras violências desde o final de Abril, e muitos alegam que o número de mortes é muito maior. Mas a ONU não investigará alegações separadas de que algumas das mortes foram orquestradas pelo Primeiro Ministro Mari Alkatiri, que se agarra ainda ao poder. De Dili, Anne Barker relata.

ANNE BARKER: Mesmo quando a violência diminui em Dili, os refugiados como estes não arriscam. A maioria da população da cidade ainda se abriga em campos improvisados dentro e fora da capital; na última contagem, 100,000 pessoas tinham fugido das suas casas.

FINN RESKE NIELSEN, do Programa de Desenvolvimento da ONU: Presentemente, as pessoas ainda estão preocupadas, e ficam nos campos, pelo menos à noite.

ANNE BARKER: O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste Jose Ramos-Horta hoje juntou-se a trabalhadores de ajuda (humanitária) para se encontrar com os que estão nos campos (de acolhimento) e prometeu que tudo está a ser feito para os ajudar. Mas enquanto as agências humanitárias tratam das necessidades dos vivos, começarão em breve investigações sobre as muitas mortes violentas. Mr Ramos-Horta assegurou o apoio das Nações Unidas para um inquérito sobre quantos morreram e quem os matou.

JOSE RAMOS-HORTA, Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste: É importante mostrar que somos sérios acerca das investigações, que convidámos algumas agências internacionais independentes para o fazerem.

ANNE BARKER: Mas o inquérito da ONU não cobrirá as alegações sérias levantadas a semana passada contra o Primeiro Ministro Mari Alkatiri pelos homens que referem que ele os recrutou como uma patrulha de segurança secreta para eliminar os seus oponentes políticos. O seu líder, que se auto-denomina Comandante Railos, alega que o Primeiro Ministro e o antigo ministro do interior Rogerio Lobato os armou com armas automáticas e munições para matar os 600 ex-soldados que desencadearam o recente derramamento de sangue em Timor-Leste. Jose Ramos-Horta diz que a ONU só investigará os que se sabe que morreram.

JOSE RAMOS-HORTA: Ah não, eles – esta comissão internacional de inquérito foi solicitada para alegar (sic) sobre factos que ocorreram no terreno, em termos de mortes etc., que aconteceram no 28, 29 de Abril, no 25 e outros parecidos – mas sobre essas alegações particulares, o Presidente Xanana ele próprio é a primeira autoridade que terá que as estudar e se encontrar base para mais investigações, então dará ordens para mais investigações.

ANNE BARKER: No cimo das montanhas detrás de Dili, as forças rebeldes estão a perder a paciência. Mesmo quando se juntaram às multidões na missa para rezarem pela paz, estavam a planear o seu próximo passo, preparando-se par descer das montanhas para conversas urgentes com o Presidente. Alfredo Reinhado e os seus apoiantes querem visitar o Presidente na sua casa fora de Dili para o apressarem a suspender a constituição de Timor-Leste, para que possa à força tirar o poder a Mari Alkatiri. Mas Mari Alkatiri chegou até aqui e não dá sinal de recuo.
Anne Barker, Lateline.”

Freitas optimista sobre apoio europeu a aumento presença da ONU

Luxemburgo, 12 Jun (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, disse hoje ter ficado convencido do apoio dos cinco membros europeus do Conselho de Segurança da ONU a um maior envolvimento da organização em Timor-Leste.

"O facto de nenhum ter levantado dúvidas, colocado questões, formulado perguntas ou expressado reservas leva-me a crer que esse apoio existe", disse o chefe da diplomacia portuguesa no final de uma reunião dos ministros dos Negócio s Estrangeiros, no Luxemburgo.

Na reunião, Freitas do Amaral informou os seus homólogos da União Europ eia (UE) sobre a situação em Timor-Leste e "pediu o apoio a todos", em particula r aos que são membros do Conselho de Segurança da ONU (Reino Unido, França, Dina marca, Eslovénia e Grécia) para as decisões que serão tomadas a partir de terça- feira, em Nova Iorque.

O chefe da diplomacia portuguesa sugeriu ainda um "possível alargamento " do apoio económico europeu a Timor-Leste.

"Amanhã [terça-feira], o objecto principal, para além de analisar a sit uação, é prorrogar por mais um ou dois meses a missão que existe em Timor-Leste" , afirmara Freitas do Amaral antes de entrar para a reunião dos ministros dos Ne gócios Estrangeiros dos 25, ao referir-se à reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Freitas do Amaral afirmou ainda ter informações que apontam para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas venha a tomar uma decisão sobre a "força multinacional" numa reunião que "deverá" realizar-se "oito a quinze dias a segu ir".

Por outro lado, Portugal está a ponderar a possibilidade de pedir aos c hefes de Estado e de Governo da UE reunidos em Bruxelas quinta e sexta-feira, qu e aprovem uma declaração política a apoiar os esforços de estabilização da situa ção em Timor-Leste.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se terça-feira, em Nova Iorque, para analisar a situação em Timor-Leste.

Na reunião, deverá ser examinado um relatório do secretário-geral, Kofi Annan, sobre a futura presença da ONU no território para substituir a actual mi ssão, a UNOTIL, cujo mandato termina no próximo dia 20.

Espera-se que Annan advogue agora a presença de um grande número de tro pas e polícias da ONU em Timor-Leste para assegurar a paz e a estabilidade, na s equência da onda de violência das últimas semanas em Díli, que provocou cerca de duas dezenas de mortos e 130 mil deslocados.

O Conselho de Segurança das Nações Unidos tem quinze membros que inclue m cinco países europeus: Reino Unido e França no lado dos cinco "membros permane ntes" e a Dinamarca, Eslovénia e Grécia do lado dos "membros eleitos" por um per íodo de dois anos.

FPB.

Já cá faltava uma entrevistazita, né?

Australian Broadcasting Corporation
TV PROGRAM TRANSCRIPT
LOCATION: http://www.abc.net.au/lateline/content/2006/s1661279.htm
Broadcast: 12/06/2006

UN agrees to Timor investigation
Reporter: Anne Barker

TONY JONES: The United Nations has agreed to a full and independent inquiry into the recent bloodshed in East Timor. At least 21 people have died in a spate of gunfights and other violence since late April, and many allege the death toll is far higher. But the UN won't investigate separate allegations that some of the deaths were orchestrated by Prime Minister Mari Alkatiri, who's still clinging to power. From Dili, Anne Barker reports.

ANNE BARKER: Even as the violence subsides in Dili, refugees like these are taking no chances. Most of the city's population is still sheltering in makeshift camps in and outside the capital; at last count, 100,000 people had fled their homes.

FINN RESKE NIELSEN, UN DEVELOPMENT PROGRAMME: For the time being, people are still worried, and they stay in the camps, at least at night.

ANNE BARKER: East Timor's Foreign Minister Jose Ramos-Horta today joined aid workers to meet those inside the camps and promised everything is being done to care for them. But while humanitarian agencies deal with the demands of the living, investigations will soon begin into the many violent deaths. Mr Ramos-Horta has secured United Nations's support for an inquiry into how many have died and who killed them.

JOSE RAMOS-HORTA, EAST TIMOR FOREIGN MINISTER: It is important to show that we are serious about investigating, that we invite some independent international agency to do it.

ANNE BARKER: But the UN inquiry won't cover the serious allegations levelled last week against Prime Minister Mari Alkatiri by these men who claim he recruited them as a secret security squad to eliminate his political enemies. Their leader, who calls himself Commander Railos, claims the Prime Minister and former interior minister Rogerio Lobato armed them with automatic rifles and ammunition to kill the 600 ex-soldiers who sparked East Timor's recent bloodshed. Jose Ramos-Horta says the UN will only investigate those known to have died.

JOSE RAMOS-HORTA: Ah no, they - this international commission inquiry has been request to allegate (sic) on facts that happened on the ground, in terms of killings and so on that happened on the 28th, 29th April, on 25th and others like - but on these particular allegations, President Xanana himself is the first authority that have to look at them and if he find ground for further investigations, then he will order further investigations.

ANNE BARKER: Up in the mountains behind Dili, the rebel forces are losing patience. Even as they joined the crowds at mass to pray for peace, they were planning their next move, preparing to come down from the mountains for urgent talks with the President. Alfredo Reinhado and his supporters want to visit the President at his home outside Dili to urge him to suspend East Timor's constitution, so he can forcibly take power from Mari Alkatiri. But Mari Alkatiri has come this far and is giving no sign of backing down.
Anne Barker, Lateline.

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Afinal não estávamos assim tão mal...

ReliefWeb
Source: Catholic Relief Services (CRS)
Date: 12 Jun 2006

Turmoil in East Timor: A school and a country come to grips with setbackby
G. Jefferson Price

DILI, East Timor — In a way, the unhappy situation on the grounds of the Don Bosco School here represents the dramatic setback dealt to this fledgling nation of just over a million people. For the last two months, this city has been torn apart by violence.

Until two months ago, 150 students attended the school, training for trades that would help them and their tiny, new country.

Today, the school, which is run by Catholic Salesian Brothers, is closed. And its headmaster, Brother Adriano de Jesus, is hosting more than 13,000 of the 100,000 people who are fleeing political upheaval and violence that is occurring mostly in this capital city, where there have been 20 deaths and vast property damage from looting and arson.

Today, this 15-acre compound is full of people living in makeshift shelters inside buildings and outside on playing fields. They need water, food and medical assistance, not to mention such things as schools and creative programs to occupy their children in the scorching heat. With the passage of every day, the danger of health and sanitation problems increases exponentially.

A Step Backwards

The step backwards for East Timor is exacerbated by the fact that local and international aid agencies have had to suspend much of their development work so they can attend to the emergency. In this country, 40 percent of the population lives on less than 55 cents a day, and East Timor also has one of the highest infant mortality rates in the region. If you consider the poverty and unemployment levels in East Timor, those development programs were already a sort of disaster work.

"East Timor was moving in a positive direction and had made significant progress between 1999 and 2006," says Jessica Pearl, who runs operations in East Timor for Catholic Relief Services, the relief and humanitarian agency of the U. S. Catholic community.

"People were becoming less dependent on aid and subsidies and beginning to stand on their own two feet," Jessica explains. "The events of the last two months are not a complete loss of what has been achieved so far, but they have been a setback for the country."

Now, Jessica's staff of 30, supplemented by half a dozen more from CRS headquarters in Baltimore and elsewhere, are focused on the overwhelming emergency caused by huge numbers who have fled their homes.

CRS and Caritas in Australia are working together to manage resources provided to encampments of displaced people by government and private aid agencies. More than half of Dili’s population has fled their homes, many of which were burned to the ground in the wave of anarchy.

The president of East Timor and his Australian-born wife, the military commanders of the international forces that landed here several weeks ago, the international media, the leaders of relief agencies bringing assistance to his charges, and at least one politician from Australia have been among the outsiders looking in on the sprawl of fear and need that's overtaken the Don Bosco campus.

A Fragile State

It's actually astonishing that a country this small and remote should attract so much attention. But East Timor, after centuries as a Portuguese colony, plus decades under Indonesian occupation, only won full independence in 1999. The country wasn't formally recognized until 2002. The liberation of East Timor attracted international attention.

But the new democracy was fragile, with practically no social or political infrastructure in place. Ethnic rivalries persisted.

The turmoil of the last two months was generated by a crisis in which soldiers in the country's small army claimed they were being discriminated against. They eventually left their posts and were fired, leaving the country with less than half of its security force. Then, the same ethnic rivalries that caused problems within the army spread to the population. Now an international force of some 2,300 soldiers led by Australia patrols the streets, trying to restore security.

Brother Adriano looks out over the thousands occupying his school grounds, with all the facilities that aid agencies have brought in, and says his visitors still are too frightened to return home. And some do not even have homes to reclaim.

"Here we have been teaching trades to young men for the future, and all that has stopped," Brother Adriano said, "This was the important work. I don't think these people will go home for another two months," he predicts.

Two months is a long time for a state that was just getting started.

Veteran foreign correspondent G. Jefferson Price III has traveled the world for CRS, reporting from such hotspots as Niger, Pakistan, Colombia and Sudan.

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São cinco e vinte e seis e tudo parece calmo (dentro do género...)

Os cães ladram e a caravana passa...

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De Arujo seeks fresh E Timor vote

Monday, June 12, 2006. 3:18pm
ABC News

East Timor's main Opposition Leader says that for the sake of peace in his country, Prime Minister Mari Alkatiri must be dismissed and new elections held within six months.
Fernando De Arujo is also calling on the international community to step in to guarantee his personal safety, reiterating his claims that he has received death threats from the Prime Minister.
...
At the centre of the allegations Mr De Arujo, who has moved to a safer location in the districts outside of Dili.

He says his life is in danger and that the Prime Minister is trying to kill him.
"Mari Alkatiri, to guarantee his ambition to run the country for 50 years, he tried to kill the Opposition Leader," Mr De Arujo said.

"My expectation is that the President of the republic should say something, should dismiss the Parliament, and ask for the Prime Minister to step down and walk together with the international community to solve the situation."

Dismissal call

A similar proposal has also been made by another of East Timor's legislators, Manual Tilman, who also helped draft the constitution.

But Dr Helen Hill, an expert in the development and decolonisation of East Timor, says she believes dismissing the Government is the wrong way to go.

"I think it's very important to investigate the allegations, because what I've noticed happening is that there are a number of criminal gangs around the place," she said.

"Some of them may be doing things, claiming to be doing it in the name of the Government, some of them may actually support the Government and think they're helping the Government.

"But I can't imagine that Mari Alkatiri, being an intelligent person, would think it was in his interests to kill any of his opponents."

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To Whom It May Concern


The name of this country is TIMOR-LESTE.
One word. TIMOR-LESTE.
Not East Timor.
East Timor was the name of the occupied territory, that only Australia recognized as part of Indonesia.
OK?
No worries...
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O nome deste país é TIMOR-LESTE.
E não East Timor.
East Timor foi o nome do território ocupado, que a Austrália reconheceu como parte da Indonésia.
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Breaking News!

Acabámos de descobrir um comunicado em língua inglesa, caído à porta do Porto de Díli (onde está o comando australiano), o qual vos damos em primeira-mão já traduzido:



COMUNICADO
Abaixo o Howard! Viva o Downer!

Somos um grupo de soldados australianos que exigimos a imediata demissão do primeiro-ministro Howard. Ele mente. Timor-Leste está em guerra.

E nós temos provas. Desde que chegámos ainda não desarmámos rebeldes, desertores nem bandidos comuns. Estes movimentam-se impunemente pelo país, e ainda agora as televisões mostraram como estão do nosso lado em em Ermera e em Maubisse, onde nos arranjaram uns quartitos na pousada.

Exigimos o aumento imediato da nossa diária equiparada ao Iraque e os respectivos retroactivos! Ameaçamos desarmar todo o contigente caso as nossas exigências não sejam cumpridas. Apoiamos um governo de transição liderado pela Rainha e pelo Downer!

Demissão imediata do Howard, já!

Assinado: John Little Parsley (João Salsinha)

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Do Hotel Timor

Quem era o deputado que anda por aí a dizer que tem de estar em Maubisse refugiado (desculpem, deslocado) que estava a tomar café hoje à tarde no Hotel Timor, e por acaso com um deputado do PD, cujo presidente também anda (diz ele) ameaçado?

Coisas de intelectuais?

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Obrigado, "colegas"

timor-verdade:

Cidade Díli normalizada, tudo funciona

Quanto à cidade está suja, as ruas mostram sinais de dias conturbados e de alguma anarquia que as tropas australianas promoveram na capital. As lojas estão abertas, quase todas elas, menos as que foram saqueadas ou queimadas.
Os táxis? sim, há táxis muitos mesmo, mas o melhor sinal de uma cidade que retorna a normalidade são os nossos tão queridos tigarodas (coisinhas de três rodas e que vendem de tudo com um jovem a pedalar e outro a empurrar) que já se situam nas suas zonas preferenciais - em frente ao palácio do governo, embaixada de portugal, sporting e porto.

Quanto ao resto? as oficinas funcionam, o A1Service do Alan e do Eddie nunca pararam de trabalhar - já não se pode dizer o mesmo do Lino Lopes, lá para os lados da ribeira de Comoro.

Mas o mais importante é dizer que os ministérios têm ministros lá dentro a trabalhar com os funcionários e que o Parlamento Nacional tem quórum e deputados e funcionários e reúniões! Chato não é, desta forma como se pode dissolver uma Instituição que funciona?

Já agora telecomunicações e elecricidade nunca faltaram, água também não. Só o combustível andou apertado com as gasolineiras fechadas. estão abertas.

Timor-Leste está a recuperar.... vai recuperar muito.

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Dos "colegas" do timor-verdade

Só para lembrar... na Rádio Renascença em Portugal

Timor-Leste: FRETILIN reafirma posição

A FRETILIN reafirma a indisponibilidade de apoiar Ramos-Horta para o cargo de Primeiro-ministro de Timor-Leste.

Francisco Guterres em declarações à jornalista Dora Pires, enviada especial da Renascença a Timor-Leste.

Na semana passada, em declarações à Renascença, o ministro timorense admitiu a hipótese de assumir o cargo, mas só no caso de contar com o apoio da FRETILIN.

Francisco Guterres, presidente do Parlamento e da Frente de Timor Independente, afasta qualquer hipótese de apoio a Ramos Horta.

O responsável afirma que a FRETILIN continua ao lado do actual Primeiro-ministro Mari Alkatiri e sublinha que a sua substituição não pode ser feita ao arrepio da Constituição.

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Dos leitores

(Sobre refugiados versus deslocados)

É uma questão de terminologia técnica.Veja-se a definição: A refugee is a person seeking asylum in a foreign country in order to escape persecution.

Por oposição: An internally displaced person (IDP) is someone who has been forced to leave their home for reasons such as natural or man-made disasters, including religious or political persecution or war, but has not crossed an international border.

A diferença está no atravessamento ou não de uma fronteira internacional.Daí a designação de deslocados e não de refugiados aos Timorenses na actual situação.

Em 1999, os que foram forçados a partir para o lado Indonésio de Timor eram refugiados.


Nota: Obrigado, leitores. Pelo vosso entusiasmo. Pelas vossas informações.

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Díli de novo

Há mais instituições a funcionar.

O Parlamento reune. O Governo funciona.

Os supermercados estão todos abertos e algumas lojas em Colmera também. Os retaurantes na sua maioria também.

Não reparámos (lamentamos!) nos outros bancos, mas a CGD está aberta.

As empresas, agências, ONGs a trabalhar.

Mas ainda há funcionários de algumas agências, do Banco Mundial e da UN evacuados em Darwin e Jacarta. Até quando?

Talvez por isso voltam os boatos de mais uma manifestação.

Não desistem. Mas nós também não.

What's next?..

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Dos leitores do Abrupto sobre Timor

JPP dixit: ADENDA: Por exemplo, ninguém se pergunta sobre o significado de "acantonar" a GNR num único bairro em Timor e o que isto significa de entradas de leão e saídas de sendeiro.

Queria só dar-lhe conta de que quando vi esta notícia o que me passou pela frente (embora nunca possa certamente vir a ter tão desgraçado e infeliz desfecho) foi a imagem dos nossos bravos do Corpo Expedicionário Português, enviados para as piores localizações e, em muitos casos, para a morte, para algo que duvido muito que tenha tido – em termos estritamente políticos – justo destaque na altura. Claro que nada de semelhante se passará agora, mas parece-me patente a intenção de nos dar algo para tratarmos que será certamente sempre complicado e, por outro lado, sempre pequeno.

A fama da GNR em Timor é muita, a capacidade será também certamente muita, mas haverá todo o interesse em que não brilhe…

(António Delicado)


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Não saí de Timor-Leste.

E cá estarei apesar desta guerra de nervos. Todos os dias somos bombardeados por uma campanha sistemática que tem como único objectivo derrubar o primeiro-ministro.

Para nós, portugueses, praticamente que o nosso dia-a-dia é o mesmo. Mas as tragédias pessoais das famílias timorenses são assustadoras.

Vale tudo. Os boatos iniciais que resultaram no pânico colectivo da população, e que a levou a abandonar a capital, tentando parar todas as instituições; às declarações diárias do Ramos-Horta a manifestar a sua disponibilidade de ser Califa no lugar do Califa, vendendo o seu país aos invasores; os ataques dos governantes australianos ao governo; as manobras de certo corpo diplomático; as tentativas de virar os orgãos de soberania uns contra os outros; o apoio e a passividade das tropas australianas com os desertores e afins; os títulos da imprensa australiana; e as recentes provocações à Fretilin para que isto se transforme numa guerra civil. Enfim, vale tudo para desestabilizar e dar ao mundo uma imagem da necessidade de derrubar um governo que enfrenta os objectivos da Austrália na região.

Mas uma coisa é certa. A única pedra no sapato, o único obstáculo entre a ocupação de Timor-Leste pela Austrália, tem sido a imprensa portuguesa e o Governo português.

Patriotismos exarcebados ou não, é aqui que se tem feito resistência a um invasor arrogante e sem escrúpulos..

Fora de Díli, excepto nas vilas onde estão os ex-militares sustentados pelos militares australianos, as instituições funcionam, a polícia existe e a vida parece a mesma como há dois meses atrás.

Assisti à tentativa da missão da UN em evacuar todos os internacionais que apoiam os orgãos de soberania de forma a parar o país.

Assisti ao Ramos-Horta a ajudar os objectivos australianos numa campanha de auto-promoção ridícula, esperando eu ainda, que o esteja a fazer acreditando que é o melhor para o país.

Assisti incrédula à passividade das tropas australianas ao lado de jovens que incendiavam e que disparavam, assisti aos apelos desesperados de outros para os defenderem.

Assisti ao alegre convívio entre militares americanos e australianos, e os desertores.

Assisti aos pedidos de governantes ao comando australiano para que parasse a violência e defendesse a população sem qualquer efeito.

Assisti à tentativa do comando australiano em neutralizar capacidade que a GNR tem de acabar com os distúrbios nas ruas de Díli.

Assisti a muitos timorenses corajosos ficarem nos seus postos, onde agora vivem, por lhes terem sido destruídas as casa e tudo o que tinham.

Mas também assisti à resistência de muitos funcionários da UN e de outras instituições, na maior parte portugueses e brasileiros, que ficaram mesmo ameaçados que os seus contratos acabassem.

Assisti a muitos portugueses que no meio dos confrontos foram buscar amigos timorenses e os seus familiares, debaixo de fogo, já com uma presença de mais de 1.500 militares australianos que nada, nada fazem para evitar a violência.

Assisti a outros que tudo fizeram para mostrar ao mundo que estávamos à beira de um golpe de estado.

Outros que conseguiram travar a intriga entre o PR e o PM e que ajudaram a que se entendessem.

Assisti também, aos esforços de dirigentes da Fretilin em travar militantes desesperados que queriam vir defender o PM, que quer queiram quer quer não, foi eleito com larga maioria, e cujo partido há poucos meses, nas eleições locais, voltou a demonstrar que representa a maioria dos eleitores, com larga margem.

E assisto todos os dias ao empenho de muitos timorenses, portugueses e brasileiros, para que os orgãos de soberania, não deixem de funcionar como seria tanto do agrado do governo australiano que levou o país ao caos, sustentando e manipulando todos os grupos insatisfeitos que encontraram.

Exaustos, uns dias mais difíceis, outros com mais esperança. Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para que a situação volte ao normal e que o país funcione.

Como sabe não votei no partido do Governo que elegeu o primeiro-ministro de Portugal. Nem alguma vez simpatizei politicamente com o nosso MNE.

Mas, aqui em Timor-Leste, em Camberra e em Nova Iorque, fez a diferença. Houve alguém no Palácio das Necessidades que se deu ao trabalho de reagir a tempo. Que nos ouviu. Que fez o que tinha que fazer. E que não escolheu o caminho mais fácil que seria o de abandonar os nossos aliados.

Como sabe, tanto se me dá o nome do país que consta no meu passaporte, não ponho bandeiras de Portugal à janela e nem sequer aí vou passar férias.

Mas o governo do meu país tomou a decisão correcta e está a ter sucesso.

E se alguém não compreende que, apesar de estrangeiros, nos sentimos em casa e que adoramos viver neste país, I could't care less.

Os timorenses compreendem. Ao lado deles resistimos, mesmo que alguém não nos considere politicamente correctos.

(M.)

*

Ouvi na TSF uma noticia sobre os deslocados Timorenses...
Porque não usar a palavra habitual: refugiados?
Não entendo a relutância de certa imprensa em motrar que os timorenses são um povo como outro qualquer: capaz do melhor e do pior.
Porque carga de água são deslocados e não refugiados? Se até o ACNUR já está a ajudar.

(Alberto Mendes)

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Dos leitores

que tal então deixar para os cidadãos de Timor-Leste, nas próximas eleições, a decisão soberana sobre a governação? E entretanto ajudar à pacificação social, ao regresso à normalidade, à reconstrução de casas, à reabertura das escolas?
*
O "PM ainda é consistente"…. Mas não o tem sido sempre? E não é isso precisamente o que tantos anónimos não lhe perdoam? A sua consistência, a sua persistência, a sua teimosia em manter TL livre, independente, soberano e tolerante?
*
Pena é as pessoas falarem/escreverem, mais uma vez, sem conhecimento de causa.
O Orcamento Geral de Estado - que está a ser preparado desde o passado mês de Fevereiro já previa aumentos dado ser o primeiro orçamento que envolve um montante proveniente de Timor-Leste superior ao montante contribuido pelos parceiros de desenvolvimento. Os parceiros de desenvolvimento - que chegaram a ser responsáveis por 100% do OGE de Timor-Leste - não permitiram aumentos até hoje! Um dos argumentos que utilizam para 'vetar' qualquer aumento da Função Pública, é o de que os salários em TL são demasiado elevados comparativamente a outros países da região o que se torna factor de bloqueio da competitividade de TL e põe em causa o investimento estrangeiro.

O reforço orçamental que foi ontem (11 de Junho de 2006) anunciado à noite na Radio e na Televisão de Timor-Leste pelo Primeiro Ministro e hoje 'entendido' pela LUSA (que não compreendeu a mensagem de ontem do PM por ter sido proferida em Tetum)e reafirmado pelo Ministro de Estado josé Ramos-Horta, refere-se a apoios para a reconstrução dos bens pessoais e públicos destruídos neste último mês e meio.


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Indonesian, Timor-Leste presidents to meet at weekend

12.06.2006

Indonesian President Susilo Bambang Yudhoyono was to meet his Timor-Leste counterpart Xanana Gusmao in Bali on Saturday, presidential spokesman said here on Monday.

Spokesman Dino Pati Djalal said that during the meeting that was requested by Gusmao, Susilo is expected to have a briefing from Gusmao about the latest situation in Timor-Leste, as Indonesia has strong attention on the development in the tiny country.

"The president (Susilo) will meet President Xanana Gusmao from Timor-Leste on June 17 in Bali," said Dino.

Dino said that Indonesia supported all efforts aimed to restore peace in the neighboring country of Timor-Leste.

"We give moral and diplomatic support to international efforts on the request of the government of Timor-Leste to help handle the security situation there," said Dino.

He said that Gusmao had asked Australia, New Zealand, Malaysia and Portugal to maintain the security in his country.

Over 2,000 troops from the countries have been stationed in Dili, the capital of Timor-Leste.

Indonesia has given humanitarian assistance, rather than other forms of help, to over 65,000 internally displaced persons in the country.

Indonesia closed the border with Timor-Leste in a bid to avoid the possible move which would worsen the conflict in the country.


Source: Xinhua

Advogados portugueses.

12-Jun-2006
The Lawyer

Miranda targets energy with East Timor base

Despite widespread violence, looting and arson in the capital city of Dili, Lisbon-based Miranda Correia Amendoeira & Associados plans to open an office in East Timor this year.

The Portuguese firm, which specialises in work for oil and gas companies, will use the office to serve energy clients already operating in the oil and gas-rich island group, including Agip-Eni, Shell and Exxon-Mobil.

The move will be led by partner Nuno Antenes, a former legal adviser to the East Timor government's petroleum sector, who joined Miranda this year. Antenes will govern the office from Lisbon, with just a single East Timorean lawyer on the ground.

The outpost will be the 90-lawyer firm's seventh office in a former Portuguese colony, following those in Angola, Cape Verde, Guinea Bissau, Macau, Mozambique and the African island of São Tomé.

Obrigado, Margarida. Dos Leitores.

Tradução:

" Os seus maiores erros de julgamento incluem a draconiana lei da difamação, a qual atraiu a ira de muitos dos media de Timor "

Temos que perguntar algumas coisas:

1. Sabe que TL tem código penal?

2. Que este código penal é parcialmente composto pelo Código Penal Indonésio?

3. Que o Código Penal Indonésio, no que respeita a clausula da difamação, é compulsivo?

4. Que esta clausula respeitante à difamação dá ao poder uma pena de prisão de mais de CINCO ANOS?

5. Que a proposta de código penal que foi aprovada em Timor-Leste prevê uma pena máxima de 3 anos por difamação?

6. Que as detenções antes do julgamento são possíveis em TL quando as penas ultrapassam os 3 anos?

7. Que a proposta que TL aprovou não permitiria que jornalistas ou qualquer outra pessoa fossem detidos antes do julgamento?

8. Soube que cada um dos órgãos de soberania politicos (excepto os tribunais, obviamente) deram o seu OK à inclusão no novo Código Penal a uma cláusula de difamação?

9. Que esses órgãos de soberania política são:
- O Presidente da República;
- O Parlamento;
- O Governo
?

10. Que muitos Estados no mundo têm cláusulas de difamação como a que consta no Código Penal de TL?

11. Que a lei internacional permite este tipo de cláusulas?

12. Que ninguém propôs uma alternativa funcional à clausula da difamação?

Obrigado, Margarida.

Tradução:

" Os seus maiores erros de julgamento incluem a draconiana lei da difamação, a qual atraiu a ira de muitos dos media de Timor "

Temos que perguntar algumas coisas:

1. Sabe que TL tem código penal?

2. Que este código penal é parcialmente composto pelo Código Penal Indonésio?

3. Que o Código Penal Indonésio, no que respeita a clausula da difamação, é compulsivo?

4. Que esta clausula respeitante à difamação dá ao poder uma pena de prisão de mais de CINCO ANOS?

5. Que a proposta de código penal que foi aprovada em Timor-Leste prevê uma pena máxima de 3 anos por difamação?

6. Que as detenções antes do julgamento são possíveis em TL quando as penas ultrapassam os 3 anos?

7. Que a proposta que TL aprovou não permitiria que jornalistas ou qualquer outra pessoa fossem detidos antes do julgamento?

8. Soube que cada um dos órgãos de soberania politicos (excepto os tribunais, obviamente) deram o seu OK à inclusão no novo Código Penal a uma cláusula de difamação?

9. Que esses órgãos de soberania política são:
- O Presidente da República;
- O Parlamento;
- O Governo
?

10. Que muitos Estados no mundo têm cláusulas de difamação como a que consta no Código Penal de TL?

11. Que a lei internacional permite este tipo de cláusulas?

12. Que ninguém propôs uma alternativa funcional à clausula da difamação?

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Levante-se, o verdadeiro Sr. ALKATIRI

Por Helen Hill

MELBOURNE (The Age/Pacific Media Watch): O governo e os media Australianos têm demonizado o PM de Timor-Leste sem conhecerem todos os factos.

"Desde as eleições de Agosto de 2001 para a Assembleia Constituinte em Timor-Leste - quando o mais antigo partido da resistência, a Fretilin, ganhou uns convincentes 57 por cento dos votos contra outros 14 partidos – observei entre os empregados da embaixada Australiana em Dili, e a maioria dos jornalistas Australianos que escrevem sobre Timor, uma prontidão para criticar Mari Alkatiri, o PM de Timor-Leste, em matérias que mostram que eles quase nada sabem acerca dele.

O Bulletin e o The Australian recomendam regularmente a sua queda. Na semana antes do congresso da Fretilin em Dili, o ABC juntou-se a eles com as habituais críticas a Alkatiri. Jim Middleton no notíciário da noite da ABC especulava "o que é que acontecerá se Alkatiri decidir resistir" apelava à sua demissão, e sem contraditório pôs no ar queixas de um membro saneado do comité central da Fretilin que alegava que 80 por cento do comité central estava contra o Primeiro-Ministro.

Uma semana depois, depois de mais episódios violentos em Dili, vimos Maxine McKew em Lateline a tentar pôr palavras na boca dos deputados Malcolm Turnbull e Peter Garrett: "Não está de acordo que não há muito apoio a Alkatiri?" Como é que eles poderiam saber se tudo o que eles viram foram os media Australianos?

Quem é Mari Alkatiri e porque é que ele levanta tal hostilidade dos políticos Australianos e dos apresentadores dos media?

Ao mesmo tempo que estava a ser dito pelos Australianos a Alkatiri que ele devia demitir-se, ele estava a receber chamadas telefónicas do PM Português e outros, a desejar-lhe êxitos e a pedir-lhe para não o fazer.

Com Jose Ramos Horta, Alkatiri ajudou a fundar a Fretilin quando, nos primórdios de 1970, tomou a forma de um grupo clandestino de jovens que se encontravam debaixo do nariz dos colonialistas Portugueses em frente do edifício onde agora ele tem o seu escritório.

Na véspera da invasão Indonesia, Alkatiri, que se tinha já graduado como agrimensor em Angola, foi mandado com Ramos Horta e Rogerio Lobato para pôr o caso de Timor nas Nações Unidas.

O seu exílio durou 24 anos, mas foi usado produtivamente; estudou direito e economia na Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique, com exilados da África do Sul e outros que lutavam pela liberdade.

Moçambique oferecia bolsas de estudo a qualquer estudante Timorense capaz de se qualificar para ser admitido, e foi este grupo, que trabalhou em muitas profissões enquanto se graduava e que ganhou uma grande experiência em desenvolvimento económico, que agora constitui o esqueleto do serviço público.

Em Moçambique, Alkatiri aprendeu bastante acerca de organizações internacionais e como evitar cair nalgumas das ratoeiras que Moçambique tinha encontrado.

A sua perícia negocial que o governo Australiano tanto receia foi ganha neste período.
Todos os anos ele esteve com Ramos Horta na Assembleia Geral da ONU, no debate sobre Timor-Leste. Em 1998 foi Alkatiri quem mais contribuiu para que o Conselho Nacional da Resistência Timorense adoptasse a sua "Magna Carta", ligando as futuras políticas de Timor com os melhores critérios da pratica internacional vindos das Conferências da ONU sobre direitos humanos, ambiente, população, mulheres e desenvolvimento social durante os anos de 1990.

Os detractores alegam frequentemente que a presença de Alkatiri em Moçambique durante 24 anos significa que ele é de alguma forma uma espécie de marxista não reconstruído. Na verdade, ele é um nacionalista na economia com bastantes preocupações nas questões ambientais e das mulheres; regularmente ele fala contra a violência contra as mulheres. Tem falado contra a privatização da electricidade e conseguiu obter um armazém farmacêutico de “marca única” apesar da oposição inicial do Banco Mundial.

Ele tem esperança que uma companhia estatal para o petróleo assistida pela China, Malásia e Brazil permitirá que Timor beneficie mais do seu próprio petróleo e gás, somando ao que ganhará da área partilhada com a Austrália.

No congresso da Fretilin, ele anunciou iniciativas para acabar com pagamentos escolares nas escolas primárias e para introduzir refeições suportadas pelo Estado em todas as escolas.

Há um alargado apoio em Timor pela decisão de Alkatiri não pedir empréstimos ao Banco Mundial, apesar de isso dar a Timor alguns anos com salários muito baixos nos serviços públicos. Os médicos Cubanos convidados por Alkatiri para trabalhar nas áreas rurais são também muito populares, bem como na nova escola médica que estão a implementar na universidade nacional.

Os jovens intelectuais na universidade e os líderes de muitas organizações não-governamentais Timorenses gabam os conhecimentos económicos de Alkatiri e a sua habilidade para defender os interesses de Timor contra os interesses do Banco Mundial e do Governo Australiano (sobre a questão do Mar de Timor), ao mesmo tempo que estão desapontados com o progresso lento na reforma educativa e o desenvolvimento do sector cooperativo.

Os seus maiores erros de julgamento incluem a draconiana lei da difamação, a qual atraiu a ira de muitos dos media de Timor, e o seu atraso em intervir no despedimento dos soldados dissidentes, onde ele apoiou as decisões do comandante das Forças Armadas Taur Matan Ruak.

Outra acusação frequente é que Alkatiri é "arrogante", e, apesar disto poder ser verdade, ele aumentou massivamente as consultas públicas no último ano. De acordo com a constituição semi-presidencial de Timor-Leste, o presidente é eleito pelo voto popular ao passo que os ministros são indicados pelo partido com a maioria no Parlamento. Alkatiri despediu alguns ministros por terem tido actuações fracas, e alguns deles apoiaram o seu concorrente no congresso da Fretilin.

Numa reviravolta bastante bizarra, um dos mais audazes apoiantes de Alkatiri durante este crise tem sido o Banco Mundial, cujo director escreveu na semana passada que "Timor-Leste conquistou muito graças à liderança sensível do país e às sólidas medidas tomadas que ajudaram a pôr no lugar os blocos de construção para uma paz estável e uma economia crescente ".

* Helen Hill ensina sociologia nat Victoria University e é autora de Stirrings of Nationalism in East Timor: Fretilin 1974-78, Oxford Press.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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