terça-feira, junho 13, 2006

Deputados aprovam por maioria resolução contra violência

Díli, 13 Jun (Lusa) - Uma resolução a condenar a violência em Timor-Leste foi hoje aprovada por maioria pelo Parlamento Nacional, numa iniciativa de deputados do partido maioritário, a FRETILIN.

A resolução defende, nomeadamente, que as forças militares internacionais, constituídas por efectivos da Austrália, Malásia e Nova Zelândia, retirem para um perímetro de segurança à volta da capital, "deixando que a GNR e as demais polícias presentes no país actuem em toda a cidade de Díli de forma eficiente e sem impedimentos".

A iniciativa, votada por 45 dos 88 deputados que fazem parte do Parlamento - o mínimo para haver quórum -, foi aprovada com 43 votos, e teve um voto contra e uma abstenção.

O texto repudia de forma veemente a violência registada no país e o "clima de terror e ameaça que tem provocado o sofrimento e a angústia, transformando milhares e milhares de compatriotas em deslocados".

Os deputados timorenses repudiam ainda as "acções de terror e perseguições levadas a cabo por grupos armados contra militantes e sedes dos partidos políticos em vários pontos do país, concretamente o caso da FRETILIN em Ermera, colocando em causa o pluralismo político e a democracia política em Timor-Leste".

O texto defende que seja averiguada a "veracidade da acusação sobre a existência de milícias armadas" e insta as forças internacionais a que "desarmem imediata e completamente todos os civis armados", confinando os grupos de militares e de polícias "que desertaram das suas unidades e que, armados, se movimentam espalhando o terror em diferentes distritos".
EL.
Lusa/Fim

11 comentários:

Anónimo disse...

parece-me bem, se calhar tem é de, se calhar, mandar vir mais polícias.

Anónimo disse...

talvez não... com o respeito, e o medo, que os jovens delinquentes dos grupos de artes marciais têm pela GNR, talvez os 120 homens que estão em Dili cheguem e sobrem. E os australianos poderão enfim,s e o presidente Xanana lhe spedir, irem desarmar os peticionários, revoltosos e milicias anti-alkatiri.

Anónimo disse...

Concordo com a retirada das tropas australianas de dentro de Dili, e atribuir à GNR e restantes forças policiais a responsabilidade da capital, bem como o consequente e consistente emprego dos militares no desarmamento de grupos armados.
Reparem que são as tarefas adequadas de acordo com as respectivas capacidades. Mas... terá menos visibilidade mediática para os australianos para além do risco de confronto...fiz-me enteder?? Será assim que o Reinado entrega as armas e acaba boa parte desta "novela"?
Será que isto vai acontecer?
Os aussies vão deixar?
Moral da história: nem sempre a força vence...e a inteligência não é exclusivo e apanágio dos mais ricos...vejamos!

Anónimo disse...

Onde andam os restantes 43?Com o Reinado,com Salsinha ou no estrangeiro (Indonésia ou Austrália)?Quem foi o deputado e de qual bancada que votou contra o repúdio à violência e o que se absteve.A Lusa podia dar este pormenor.

Anónimo disse...

ENCONTREI OS 43 AUSENTES
NO RESTAURANTE EXOTICA
ESTAVAM A COMER MARISCADA
A LA "NINJA DE ALJUBARROTA"

ALGUMAS PERGUNTAS EU FIZ
PARA SABER O QUE SE PASSA
DISSERAM "NO COMMENT"
COM CARA DE AMENASSA

VEJO PASSAR O MALAI AZUL
A CAMINHO DO HOTEL TIMOR
VAI REUNIR-SE COM O ALKATIRI
PARA SER NOMEADO INFORMADOR-MOR

O PRESIDENTE VAI FALAR AO PAIS
A PEDIDO DE LU-OLO
NAO SE VA AGORA DIZER
IDA, RUA, TOLO

TENHO UMA VEIA POETICA
ALGURES NESTE CORPINHO
VOU ESCREVER POESIA
PARA O MEU QUERIDO POVINHO

A CAMINHO DE MAUBISSE
ENTRE AILEU E BESSILAU
ENCONTREI O ALFREDO REINALDO
COM UMA CARA DE PAU

MUDEI-ME PARA ERMERA
PASSANDO POR GLENO
VI ENTAO O SALSINHA
NUM ESTADO NAO MUITO AMENO

CHEGUEI ENTAO A MALIANA
ONDE ESTAVA O PEDROSA
TINHA VINDO DE ATAMBUA
COM A "SUA" MARIA ROSA

TENHO QUE VOS DEIXAR
POIS VOU VER O FUTEBOL
A AUSTRALIA VENCEU O JAPAO
OLARILAROL

Anónimo disse...

CONTINUACAO

UM FORTE ABRACO


MAU DICK
(POETA TIMORENSE DESCONHECIDO)

Anónimo disse...

Hoje, 13/06, a imprensa brasileira voltou a falar, modestamente, de Timor-Leste. Comenta que a sutuação em Díli é mais calma e que a pessoa do PM é antipática aos timorenses. A demonização do Sr. Alkatiri já ganhou mundo.
AC
Br.

Anónimo disse...

"que as forças militares internacionais, constituídas por efectivos da Austrália, Malásia e Nova Zelândia, retirem para um perímetro de segurança à volta da capital"

A jogada seguinte dos "revoltosos" (e eles andam aí) é óbvia!!!
Os militares devem ficar EM DILI até à chegada dos capacetes azuis, para bem de TL.

Anónimo disse...

"acções de terror e perseguições levadas a cabo por grupos armados contra militantes e sedes dos partidos políticos em vários pontos do país, concretamente o caso da FRETILIN em Ermera"

Os acontecimentos em Ermera nunca foram confirmados por fonte segura.
Grande Fretilin - continuem a deitar mais lenha na fogueira e a pôr os interesses politicos acima dos do país. Acabareis como os governadores legítimos de uma nação em cinzas.

Anónimo disse...

“A iniciativa, votada por 45 dos 88 deputados que fazem parte do Parlamento - o mínimo para haver quórum -, foi aprovada com 43 votos, e teve um voto contra e uma abstenção.”

Uma simples CURIOSIDADE.

Não são 54 os Deputados da Fretilin com assento no Parlamento Nacional?

Ainda que nesta última sessão estivessem exclusivamente Deputados da Fretilin não faltam ainda 9?

Mais, se considerarmos que dos 45 presentes 2 deles não eram da Fretilin (1 contra, 1 abstenção) faltam então 11 Deputados da Fretilin.

Aonde estarão eles? Estarão em Maubisse?

Será que foram eles a razão pela qual o Manuel Tilman disse não poder divulgar os nomes dos participantes da proposta de suspensão constitucional porque alguns eram da Fretilin e próximos do PM?

Só o tempo dirá!

Anónimo disse...

Quem sabe...´em Timor há muitos "Tilmans"!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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