quarta-feira, novembro 22, 2006

PM Ramos-Horta destaca contributo da GNR na estabilização da ordem

Díli, 22 Nov (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, elogiou hoje o profissionalismo dos efectivos da GNR em Timor-Leste, ao intervir em Díli na cerimónia de despedida dos militares portugueses.

Vincando que falava em representação do Presidente da República, Xanana Gusmão, e em nome pessoal, José Ramos-Horta salientou que o trabalho desenvolvi do pelo primeiro contingente do subagrupamento Bravo da GNR "em muito contribuiu para a estabilização da lei e da ordem em Timor-Leste".

"Uma vez mais o Estado português, o Parlamento e a sociedade portuguesa revelaram a sua solidariedade e corresponderam ao nosso apelo", acrescentou, re ferindo-se ao pedido formulado em Maio passado pelas autoridades timorenses para Portugal ajudar a manter a ordem e a segurança públicas.

O pedido, extensivo à Austrália, Malásia e Nova Zelândia, visou preench er o vazio deixado pela desintegração da Polícia Nacional de Timor-Leste e pelas divisões no seio das forças armadas, resultantes da crise político-militar dese ncadeada em Abril.

A GNR "pode partir dizendo missão cumprida", sintetizou Ramos-Horta já no final da cerimónia, em declarações à Lusa.

Intervindo também na ocasião, o comissário Antero Lopes destacou o prof issionalismo, a dedicação e o empenho dos militares da GNR, que chegaram a Timor -Leste no passado dia 04 de Junho.

"A GNR foi o primeiro grupo de polícia a chegar a Timor-Leste depois do início da crise", frisou Antero Lopes, que sublinhou a "forma brilhante" com qu e os efectivos portugueses "actuaram em defesa dos interesses da paz, segundo os princípios do uso mínimo da força para conter os agressores".

"Tal foi reconhecido pelos colegas dos 21 países presentes actualmente em Timor-Leste e que por isso vos admiram", acrescentou.

O comandante do primeiro contingente do subagrupamento Bravo, capitão G onçalo Carvalho, sintetizou na sua intervenção o trabalho efectuado ao longo dos seis meses de missão em Timor-Leste.

"O nosso trabalho teve sempre um objectivo único: assegurar a paz e tra nquilidades públicas nas ruas e ajudar o povo timorense a superar as fracturas p rovocadas pela crise", disse.

No final da cerimónia procedeu-se à transmissão do comando do contingen te da GNR do capitão Gonçalo Carvalho para o capitão Jorge Barradas, que a parti r de sexta-feira, ficará a comandar 143 efectivos, mais três que o actual, a que se juntam três elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Os militares do primeiro contingente regressam a Portugal no mesmo aviã o que transporta os do segundo contingente, que aterra sexta-feira de manhã em D íli.

EL-Lusa/Fim

.

One killed, two injured in fresh E Timor violence

AFP/ABC - Wednesday, November 22, 2006. 10:37pm (AEDT)



One man has been killed and two others, including a policeman, injured during street violence in East Timor, Home Affairs Minister Alcino Barris says.

Mr Barris said that gang members and residents clashed in Maubisse, a town some 80 kilometres south of Dili, on Monday, leading to the death of one civilian.

"In Maubisse, several groups were suspected to trying to force residents to join the Colimau (2000) group, but residents rejected that and a brawl ensued, causing one dead and one injured," Mr Barris said.

"When police wanted to arrest them, they beat up a policeman and he is now in a critical condition at a hospital," the minister told journalists here.

Colimau 2000 was set up by former members of clandestine youth groups that were active during the Indonesian occupation, but many have accused it of engaging in criminal activity and violence.

Mr Barris said that the police knew the identities of the attackers but that they were waiting to coordinate with Australian forces before taking any action.

Australian soldiers have been deployed in East Timor, along with those from several other nations, to help the East Timorese government restore peace following unrest in April and May that left 37 people killed.

Mr Barris also said that security personnel have been deployed in Estado village, northwest of Maubisse, where armed members of Colimau 2000 attacked a local martial art school on November 15, leaving at least four people dead.

He said that security authorities have arrested eight people suspected of involvement in the attack.

"After deploying reserve police units there, the district police in coordination with the Australian force yesterday (Tuesday) arrested eight people and they are now under questioning," Mr Barris said.

"There are indications that they were involved in the acts of arson and manslaughter during the confrontation," he added.

Members of Colimau 2000 were accused of involvement in attacks in Atsabe in 2003, which left seven dead. Mass arrests followed but the courts later freed those detained.

Some 3,200 Australian peacekeepers were deployed in East Timor in May, but their number have since been reduced to 1,100 bolstered by about 1,000 UN police.

.

Reinado envia convite para seminário

Os orgãos de comunicação social receberam hoje um convite para um seminário a realizar no Suai, esta quinta e sexta-feira, em que um dos oradores é Alfredo Reinado.

O mesmo convite, em tetum, refere que Alfredo Reinado é da comissão organizadora.

Um dos outros oradores é alegadamente o Ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária, Arsénio Bano, que desconhece a iniciativa!

Vale tudo...

.

Notícias - traduzidas pela Margarida

The Watson Institute for International Studies - 20 Nov 2006

Problemas continuam a atormentar Timor-Leste

Durante os anos de 1990s, a luta de Timor-Leste contra o domínio Indonésio opressivo foi bem publicitada. Desde que alcançou a independência em 1999, o país regressou a uma obscuridade relativa. Em “Timor-Leste: Um olhar às inquietações de uma jovem Democracia,” panelistas do Watson Institute discutiram recentemente as questões duradouras de Timor-Leste.

Constâncio Pinto, encarregado de negócios da Embaixada de Timor-Leste em Washington, D.C., e um bacharel da Brown University, discutiu os progressos e problemas de Timor-Leste dos últimos sete anos. No seguimento de 1999, a Administração Transitória da ONU em Timor-Leste (UNTAET) foi capaz de restaurar a segurança, e desde então o governo estabeleceu um fundo de petróleo para prevenir que os recursos de Timor-Leste sejam delapidados.

Apesar disso, continuam os problemas, que Pinto argumenta são da culpa do próprio Timor-Leste. O país não pode mais culpar a Indonésia. O desemprego na casa dos 55 por cento, uma falta de recursos humanos para um adequado sistema de justiça, divisões políticas, e discriminação têm atormentado o país. O mais impressionante é a crise deste ano, desencadeada pela expulsão de soldados que protestavam (contra) discriminação. Pinto atribuiu a crise a líderes políticos que usaram a situação a favor dos seus próprios interesses. Os distúrbios que se seguiram levaram a comunidade internacional a regressar ao pequeno país, e Pinto questionou se não tinha saído demasiado cedo em 2002.

Moisés S. Fernandes, da Universidade de Lisboa, discutiu os factores internos e externos que contribuíram para as lutas de Timor-Leste. Internamente, as divisões políticas pré-990s reapareceram, agora que o inimigo comum, a Indonésia, foi derrotado. Há também uma população nova que não fala o Português, a língua oficial de Timor-Leste, e que tem laços mais fortes com a Indonésia. A pobreza de massa e a falta de vontade da Igreja Católica para ceder qualquer poder também contribuíram para as lutas de Timor-Leste.

Talvez mais interessante, Fernandes referiu-se aos factores externos que levaram aos problemas que culminaram na crise deste ano. Fernandes argumenta que a instabilidade em Timor-Leste pode ser benéfica à Indonésia. Co-incidentemente, ou talvez não, evidências contra as atrocidades da Indonésia durante os anos de 1990s foram destruídas na crise recente.

Fernandes foi mais crítico do papel da Austrália. A Austrália pode ter provocado a provação recente para alcançar uma mudança de regime em Timor-Leste de modo a ganhar um acordo melhor nas reservas de gás localizadas entre os dois países, disse. Também vieram à superfície queixas sobre a arrogância das tropas Australianas em Timor-Leste, acrescentou, e que elas podem em breve ser vistas como forças de ocupação em vez de guardas da paz. Fernandes também insinuou o papel de um poder estrangeiro na violência recente ao perguntar quem é que a está a financiar.

Devido a compromissos urgentes na ONU, o Embaixador João Salgueiro de Portugal não pôde estar presente.

Pelo estudante relator do Watson Institute, Craig Kennedy ‘08

***

Sydney Morning Herald - Novembro 22, 2006

Nasce uma crise em Dili quando se aproxima a estação das chuvas
Cynthia Banham, Repórter de Defesa em Dili

O Ministro da Defesa, Brendan Nelson, avisou de uma iminente crise humanitária em Timor-Leste se os campos de deslocados não forem mudados antes da estação das chuvas.

Depois de se encontrar com o representante especial da ONU em Timor-Leste, Finn Reskd-Nielsen, em Dili, o Dr Nelson disse que era extremamente importante para o Governo Timorense mexer-se para rapidamente re-localizar os campos porque uma vez que comece a chuva serão inundados e tornar-se-ão um mar de lama.

"Teremos uma crise nas nossas mãos," disse o Dr Nelson. Disse que as chuvas podem começar em qualquer dia.

O Dr Nelson também disse que poderá também considerar a redução do número de tropas em Timor-Leste, depois de uma visita de dois dias na qual o comandante da força Australiana, Brigadeiro Mal Rerden, disse que as 950 tropas agora no terreno são mais do que suficientes para a missão. Contudo, há problemas de segurança depois do assassínio esta semana de dois estrangeiros em Dili, um deles um missionário Brasileiro.

O Brigadeiro Rerden descreveu um período de crescente estabilidade e calma. "Os polícias da ONU estão agora vagarosamente a alcançar um nível onde terão uma boa capacidade.

"Isso está também a ter um impacto nas ruas. Temos a capacidade de deixar que a polícia tome agora o primazia na aplicação da lei no dia-a-dia e nós damos apoio na retaguarda e no caso de algo de grande acontecer."

O Dr Nelson encontrou-se com os comandantes Australianos e com o Primeiro-Ministro Timorense, José Ramos-Horta. Uma conversa agendada com o Presidente, Xanana Gusmão, foi cancelada pelo Presidente.

O Dr Nelson disse que uma parte do propósito da visita foi de apanhar o sentir no terreno do ambiente de segurança.

"Parte disso é (para) rever o tamanho da composição da força," disse.

Disse que discutirá os números das tropas com o Primeiro-Ministro, John Howard, e o Chefe das Forças de Defesa, Air Chief Marshal Angus Houston, num encontro do gabinete de segurança nacional quando regressar.

"É possível que possamos ter uma ligeira redução dentro de algum tempo num futuro não muito distante," disse o Dr Nelson.

Disse que tinha reiterado o compromisso da Austrália com Timor-Leste ao Dr Ramos-Horta. Também discutiu planos para ajudar a treinar as forças de defesa Timorenses e dar treino para protecção marítima e de fronteira.

Os líderes discutiram ainda arranjos de segurança para as eleições agendadas para Maio. A Austrália queria também desenvolver um acordo com Dili que formalizasse a maneira como as forças Australianas operem com as de Timor-Leste e asda ONU.

"O que é importante é termos um entendimento claro de como trabalharmos e de como trabalharmos co-operativamente com Timor-Leste," disse o Dr Nelson.

O Brigadeiro Rerden disse que ainda havia alguma actividade de gangs em Dili, apesar do Governo estar a fazer esforços para engajar grupos de jovens locais. Disse que alguma da violência de gangs parecia ser orquestrada ou controlada e que tinha o objectivo de ter um efeito político.

Alguma da violência, em particular, foi direccionada contra a presença dos Australianos, apesar de haver muito apoio da população às Forças de Defesa Australianas.

Um oficial de topo disse ao Herald que havia muito sentimento anti-Australiano no partido do poder, a Fretilin, que é ainda liderada pelo primeiro-ministro deposto, Mari Alkatiri, que continua a ter uma influência significativa no país.

***

Agence France-Presse - 21 Nov 2006, 01:22

A Austrália propõe envolver outras nações na força de Timor-Leste

A Austrália não tem planos para retirar as suas tropas de Timor-Leste, e está a considerar envolver outras nações no processo de manutenção da paz, disse na Terça-feira o Ministro de Defesa Australiano Brendan Nelson.

"Ficaremos até o governo de Timor-Leste e a ONU acreditarem que é importante as forças ficarem," disse Nelson sobre a força autorizada pela ONU para restaurar a ordem no Timor inquieto.

"Estamos comprometidos com o povo de Timor-Leste enquanto precisarem de nós," disse depois de se encontrar com o Primeiro-Ministro José Ramos-Horta.

Nelson disse que a Austrália prefere não ter os seus soldados destacados noutros, mas que era muito claro que "no momento, Timor-Leste precisa ainda de assistência doutros países."

Nas conversações com Ramos-Horta ele discutiu maneiras de desenvolver as forças militares de Timor-Leste, a questão da segurança em Dili e noutros sítios do país, e os arranjos de segurança na corrida para as eleições gerais do próximo ano.

"Também discuti com o primeiro-ministro a possibilidade de ter um pequeno número de outros países da região a juntarem-se às forças Australianas e da Nova Zelândia e outras forças em Timor-Leste para providenciarem segurança," disse.

Nelson disse que a situação de segurança se mantém frágil.

"Está a melhorar, mas temos ainda um longo caminho a percorrer," disse.

Algumas 3,200 forças regionais lideradas pelos Australianos foram destacadas para a pequena nação em Maio depois de violência entre facções da força de segurança, bem como gangs de rua, terem deixado algumas 37 pessoas mortas em dois meses.

Os seus números foram desde então reduzidos para 1,100, reforçadas pela presença de alguns 1,000 polícias da ONU cujas forças chegarão eventualmente a 1,600.

Timor-Leste rejeitou uma oferta de uma força de capacetes azuis da ONU para lidar com o desassossego civil no país, optando em vez disso por rely na força regional liderada pelos Australianos.

str/bs/sls

PM Ramos-Horta vai formalizar pedido envio mais uma companhia GNR



Díli, 22 Nov (Lusa) - Timor-Leste vai formalizar junto das Nações Unidas e de Portugal o pedido para o envio de uma segunda companhia da GNR, afirmou hoje à Lusa o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta.

"Eu, pessoalmente, já tinha levantado a questão com as Nações Unidas e com Portugal, com o ministro da Administração Interna, António Costa, de que tal vez seja útil considerarmos uma segunda companhia adicional da GNR", disse Ramos-Horta.

O primeiro-ministro timorense falava à Lusa no final da cerimónia de despedida do 1º contingente do subagrupamento Bravo da GNR, que na próxima sexta-feira termina a missão em Timor-Leste, onde chegou a 04 de Junho.

"As Nações Unidas estão a ver [a possibilidade do envio de uma segunda companhia da GNR] com receptividade e necessidade, e tendo feito já as consultas necessárias, vamos agora formalizar o pedido à ONU e a Portugal. Tendo em vista as eleições de 2007", sublinhou.

O 1º contingente do subagrupamento Bravo, composto por 140 militares, comandados pelo capitão Gonçalo Carvalho, regressa sexta-feira a Portugal, e será substituído pelo 2º contingente, que terá 143 militares e será comandado pelo capitão Jorge Barradas.

A missão dos militares da GNR correspondeu a um pedido dos órgãos de soberania timorenses, extensivo à Austrália, Malásia e Nova Zelândia para que enviassem efectivos militares e policiais para assegurarem a manutenção da ordem e segurança públicas.

O pedido foi feito na sequência da desintegração da Polícia Nacional de Timor-Leste e das divisões no seio das forças armadas, face à crise político-militar desencadeada em Abril, e que provocou até agora cerca de 60 mortos.

A violência provocou também 180 mil deslocados, metade dos quais regressaram entretanto às suas áreas de residência.

Os efectivos da GNR foram o primeiro grupo policial a chegar a Timor-Leste, face ao pedido das autoridades timorenses, integrando presentemente a Polícia das Nações Unidas (UNPOL) no país.

EL-Lusa/Fim

.

EAST TIMOR: PROBLEMS CAN BE SOLVED ONLY VIA DIALOGUE, PM HORTA SAYS


Dili, 22, 22 November (AKI) – In response to the recent violence that has blighted his island state, East Timor Prime Minister, Jose Ramon-Horta, is exhorting young people to talk to each other to solve their differences. "It is dialogue that will contribute to peace and harmony and not crime and violence. There is no other way," Horta told AdnKronos International (AKI) in an interview on Wednesday. "I ask the youth to stop the violence," he added.

Horta’s remarks come in the wake of a series of clashes late last week in which four people were killed. The violence seems to have started when a group of youths belonging to Colimau 2000 attacked a local chapter of a martial arts club in Estado village.

Colimau 2000 is an organisation set up by former underground youth activists during Indonesia's occupation of East Timor which ended in 1999.

Among those killed was a Brazilian missionary, Jose Barros Soares. His death shocked and angered many in the tiny Southeast Asian country.

"Those who killed the missionary are animals. Because of them, East Timor ha lost face in front of the international community," the prime minister said.

“Mr. Soares was in Timor to help,” Horta added.

In regards to the national dialogue, Domingas Micato Alves, President Xanana Gusmao’s envoy for the Commission of the National Dialogue vowed to carry on, despite the murder of one of their members.

East Timor president Xanana Gusmao has created a Commission of National Dialogue to try and bring together the rival factions.

However, Jose Luis Oliveiro, Executive Director of Legal Aid, Human Rights and Justice Foundation or Yayasan HAK, said that while dialogue can help minimise tension, it can not solve the underlying reasons for the violence - a task which needs to be tackled by government.

"The government should work more to create job opportunities and [recreational] outlets like football or martial art competitions so that young people can get involved and show their talents,” He told AKI.

.

Australia Decides to Stay in Timor Leste

Saturday, 00 , 22-8 16:03 WIB

TEMPO Interactive, Jakarta: The Australian government has announced its decision to stay and maintain the presence of its troops in Timor Leste.

“We’ll stay as long as the Timor Leste government and the United Nations say this is best for the peace-keeping force,” said Australia’s Defense Minister Brendan Nelson, after meeting with Timor Leste Prime Minister Jose Manuel Ramos Horta in Dili.

According to Nelson, Australia has a commitment to the people of Timor Leste.

Australia actually would prefer not to send its troops to any country, but it is clearl that, “Now Timor Leste still needs help from other countries.”

In the meeting yesterday (21/11), Ramos Horta and Nelson discussed ways of building Timor Leste’s military, maintaining security throughout the country especially in the run-up to the general election next year.

“I also talked about the possibility of a small number of additional personnel from other countries in the region to join Australia’s and New Zealand’s troops and the others in Timor Leste to guarantee security,” continued Nelson.

When meeting with Australia’s troops in Timor Leste, Nelson said he will review the quantity and the composition together with Defense Commander Marshal Angus Houston and Prime Minister John Howard when he is back in Australia.

“If we reduced the amount of our personnel here, it would only be by a few. It depends on the day to day, week to week needs and developments,” he said.

He said he considered that security in Timor Leste is still critical.

“It is improving, but it will still takes a long time,” said Nelson, adding that Australia was committed to stability and a trusted government in the country.

As many as 3,200 Australian soldiers have been deployed to the small country since May due to clashes between factions of domestic military, including street gangs.

At least 37 civilians were killed in the rioting that went on for more than two months with many Dili residents were forced to evacuate to refugee camps.

The number of Australian soldiers has been reduced to 1,100, following the deployment of around 1,000 UN police officers, which will be increased gradually to 1,600 officers.

Timor Leste refused an offer of the UN’s peace-keeping troops for overcoming civilian rioting in that country.

Dili prefers to depend on regional peace-keeping troops led by Australia.

AFP, The Age and Dwi Arjanto.

.

UNMIT Daily Media Review - Wednesday, 22 November 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Australia Will Continue To Provide Security: Brendan Nelson

Australian Minister of Defence, Brendan Nelson told the media on Tuesday that his country is committed to providing security to Timor-Leste including training for F-FDTL and help the government implement the 20:20 military program. Among other issues discussed between Nelson and Prime Minister Ramos-Horta, was the work of UNPol and International forces particularly the Australian and New Zealand forces in normalizing the F-FDTL and PNTL, Bilateral Military Corporation, security arrangements for the 2007 elections and training on the surveillance of maritime borders. Brendan Nelson further said that they discussed the situation of the IDPs and the importance of them returning to their homes. He told Ramos-Horta that Australia would reduce the numbers of the present military personnel, if opportunity arises, in which case the country would get a smaller military component from other nations to support Australia and New Zealand forces.

STL reported Australian Defence Minister as saying that the international military forces would not be under the UN command as it was a bilateral corporation. However, the Australian and New Zealand forces are committed to help the people of Timor-Leste and the priority would be to take the IDPs to their home.

Diario Nacional reported that the National Commission for Dialogue and Community Reinsertion lost one of its members, 35 years old José Soares Barros whose body was found in Aimutin, Comoro. Barros was taken from his home at 03:00 a.m. by unknown people accusing him of having close ties with the Kolimau 2000 group, which is responsible for the recent killings in Ermera. He is survived by his wife and 8 children. (TP, STL, DN)

Prime Minister Disgusted With Killing of Brazilian Missionary

PM, Jose Ramos Horta reportedly expressed his anger in relation to the murder of the Brazilian Evangelic Missionary, Edgar Concalves Brito last weekend. He said that the person who killed Brito is considered as an animal because Mr. Brito came to East Timor to work for this country and the East Timorese people. He is very sad with the incident and promised that the perpetrator will be brought to court, face justice and put in Becora Prison for the rest of his life.

Diario Nacional reported on the Brazilian community’s peace protest on Tuesday afternoon in Dili in relation to the death of the Brazilian missionary. Prime Minister Ramos-Horta, Ministers and Deputy Ministers of Foreign Affairs, Education, Ambassador of Portugal, Brazil and representatives of the Muslim, Catholic and Protestant Church participated in the march. The organizing coordinator for the event, Tadeo Marcos said the peace march was not only for the Brazilians but also for the Timorese who died during the crisis. The march was held in silence with participants wearing white headbands and holding white pieces of cloth as a sign of peace.
In a separate article, Timor Post reported that 11 people sought medical assistance in Bairro Pité clinic following violence. Teresa Conceição, Head of the clinic’s emergency section said 9 people were from Dili and two from Ainaro District including a policeman and a civilian. Conceição said of those who came from Dili, one had a gun shot wound and came from the Bidau Aikadiruhun; others were hit by rocks and rama ambons. (STL, DN, TP)

Government violates the rights of people: Oliveira

Director HAK Foundation, Jose Luis Oliveira stated that the current government led by Jose Ramos Horta has violated the rights of people as they abandoned the IDPs and prolonged the time of putting an end to the conflict by constructing temporary housing. He added that the effort of the government to sort out the crisis was good but did not have a good system. Hence, abandoning the IDPs and lacking good will to resolve the ongoing crisis meant that the government had violated the rights of people, stressed Oliveira. On another occasion, he also told DN that an apology expressed by the four organs of sovereignty to the people in regards to the conflict was a good sign. (DN, TP)

Alkatiri does not have any intellectual maturity: de Jesus

A senior leader of Fretilin Reformist Group, Egidio de Jesus was reported in STL as having said that the declaration of the former PM and the current Secretary General of Fretilin Party, Dr. Mari Alkatiri in which he accused the Catholic Church of ousting him from the PM seat indicated that Alkatiri did not have any intellectual maturity. His accusation was baseless as there is no evidence, de Jesus said. Hence, Mr. de Jesus called for every East Timorese journalists, intellectualists, and leaders including himself to think first before giving any statement to the public. He said that Alkatiri always speaks first but thinks later. He then reportedly said that Alkatiri was forced to step down because of the involvement of the weapons distribution for the civilians. (STL)

More Peace Marches

Youth for Peace Action is scheduling to hold another march in various parts of Dili on Thursday, a continuation of 12 November marches, calling for peace. According to Timor Post, discussion is still underway today whether to proceed with the march due to the impact it might have. A communiqué issued by the youth, says the action is an initiative of the youth and the population who want to live in peace, to end the violence, the dichotomy of ‘loromonu’ and ‘lorosae’ and appealed to everybody to join the march. The document says ‘if you love Timor-Leste join us/come together’. It is a way to try helping the leaders to find an immediate solution for the crisis. (TP)

Parliament Inquiry Into Purchase Of Ammunitions

MPs question the pledge of Prime Minister Ramos-Horta to purchase ammunition for F-FDTL. According to MP Leandro Isac, Ramos-Horta had stated in the National Parliament that the government under his leadership would not buy more guns and ammunition for Timor-Leste Defence Forces. Contrary to a document the Parliament received, the government had ordered 15 tonnes or two containers of ammunition for F-FDTL. Isac said the current priority is to resolve the internal problem of F-FDTL and not purchasing ammunition for F-FDTL. He said that the people still fear associated with guns and ammunition. He would like the government to justify the purchase. MP Clementino Amaral (KOTA) feels that the public needs to know why the ammunitions were purchased. MP Pedro da Costa (PST) disagrees with the government’s decision of purchasing ammunitions from Korea as the situation in the country does not permit the acquisition of more guns or ammunitions either for F-FDTL or PNTL. (STL)

.

Reforço da GNR parte hoje à noite

Jornal de Notícias - Quarta-feira, 22 de Novembro de 2006

Um grupo de 108 militares da GNR parte pelas 21 horas de hoje do aeroporto de Figo Maduro, Lisboa, rumo a Díli, onde começará a substituir o contingente que está em Timor- Leste desde Agosto último, anunciou o comando-geral da GNR. Desde 4 de Junho, a GNR mantém 127 militares naquele país, o subagrupamento Bravo, que têm desenvolvido acções de manutenção da ordem pública e ainda formação e treino da Polícia Nacional Timorense (PNTL).

Os militares portugueses, juntamente com efectivos da Polícia malaia, integram desde Agosto a força policial da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).

No total, o segundo contingente do subagrupamento Bravo terá 140 efectivos, que tentarão evitar incidentes como aquele que levou ontem cerca de 300 pessoas a participaram numa marcha silenciosa em Díli em memória do brasileiro Edgar Gonçalves Brito, missionário evangélico há cerca de dois anos na ilha, assassinado domingo passado, vítima da violência em Timor-Leste provocada pela crise político-militar iniciada em Abril.

A homenagem foi autorizada pelas autoridades locais, representadas pelo primeiro-ministro José Ramos-Horta. Os embaixadores do Brasil, António de Souza e Silva, e de Portugal, João Ramos Pinto, também estiveram presentes.
.

Horta chama assassinos de brasileiro de "animais" e pede paz

Agência EFE - Quarta-feira, 22 de Novembro de 2006, 03:35

O primeiro-ministro timorense, José Ramos Horta, pediu hoje aos jovens do Timor Leste que acabem com a violência causada pelo conflito entre os grupos nascidos no leste e no oeste do país.

Ramos Horta chamou de "animais" os jovens que mataram um missionário brasileiro no domingo, em Díli. Para ele, o incidente demonstra que alguns membros da sociedade timorense não querem a paz.

"O Timor Leste perdeu sua dignidade diante da comunidade internacional porque nossos jovens mataram um inocente missionário brasileiro que se dedicava à paz do país", declarou, em entrevista coletiva.

O brasileiro Edgar Gonçalves Brito, de 32 anos, se tornou a primeira vítima estrangeira da onda de violência que afeta Díli há sete meses. No dia 19 de novembro, ele foi assassinado por um grupo de jovens no bairro de Comoro.

Ramos Horta afirmou que o Governo não perderá a esperança e continuará procurando a reconciliação nacional através do diálogo entre os diferentes setores da sociedade.

"O diálogo nacional é a única maneira de conseguir a união nacional, que não virá pela violência", ressaltou o dirigente.

A organização de defesa dos direitos humanos Yayasan HAK avisou hoje que a violência continuará até que o Governo atenda às necessidades dos jovens do país. José Luis Oliveira, diretor-executivo do grupo, declarou que o dialogo de reconciliação nacional só minimiza a tensão criada pelo conflito entre os "lorosae", do leste, e "loromonu", do oeste da ilha.

Ele pediu ao Governo um programa para os jovens do país que crie oportunidades de trabalho e atividades construtivas.

.

Universidades de Língua Portuguesa reúnem-se na Praia em 2007

A Semana (Cabo Verde) - 22 Novembro 2006

A cidade da Praia recebe em Junho de 2007 o próximo encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, revelou o actual presidente da instituição, o português João Guerreiro.

A 17ª edição do encontro é organizada pela recém-criada Universidade de Cabo Verde e decorre entre 11 e 13 de Junho de 2007, confirmou o também Reitor da Universidade do Algarve, Portugal.

As expectativas apontam para a participação de entre 100 e 120 instituições de ensino superior, vindas dos oito países de língua oficial portuguesa (Portugal, Brasil, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau, Timor Lorosae e Moçambique) e da Região Administrativa Especial de Macau, China.

O encontro tem como principal objectivo discutir as pós-graduações e mestrados, o papel da língua portuguesa, a acção do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, com sede na cidade da Praia, e ainda o projecto da criação da Universidade Virtual da Língua Portuguesa.

Esta ideia foi lançada na última edição do encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, que decorreu em Macau, no passado mês de Junho.

A organização, que foi criada em Novembro de 1986, conta actualmente com 122 instituições de ensino superior, além de 12 membros associados, de EUA, França, Itália, Macau e Portugal.

.

Liderança política ainda não se reconciliou - Ex-PM da Letónia


Díli, 22 Nov (Lusa) - Os líderes políticos timorenses ainda não estão preparados para se unirem no imediato e tomarem decisões, considerou hoje à Lusa o ex-primeiro-ministro da Letónia, Valdis Birkavs.

Coordenador da participação do Clube de Madrid no processo de diálogo e reconciliação em Timor-Leste, Valdis Birkavs encontra-se pela segunda vez em Díli.

"Estou muito preocupado, porque desde a primeira visita (no início de Outubro) nada aconteceu", lamentou.

Se no plano formal, reconheceu, se realizaram encontros a nível comunitário e intermédio, que permitiram juntar grupos de jovens, partidos políticos e a sociedade civil, e a parada realizada na semana passada, juntando polícias e militares timorenses é de molde a suscitar esperanças quanto à evolução do processo de diálogo, o ex- primeiro-ministro letão questiona o que ficou dessas iniciativas.

"Estou um pouco confuso e penso que os líderes (políticos timorenses) também estão confusos", afirmou.

"Eles não estão preparados para se unirem no imediato e tomarem decisões. Compreende-se que estejam a querer ver quem é culpado e quem não é, e quais as consequências da crise", acrescentou.

A participação do Clube de Madrid, organização independente integrada por antigos chefes de Estado ou de governo de países democráticos, centrada no reforço da democracia através da experiência política dos seus membros, é feita com apoio da Comissão Europeia.

Para Valdis Birkavs, as recentes iniciativas são uma amostra do que é preciso continuar a fazer, considerando que os passos dados "dão alguma esperança, porque a crise timorense exige esforços comuns".

Valdis Birkavs reconheceu ainda que as crises políticas têm a virtude de ajudarem os países a crescer, dando como exemplo o que se passou na Letónia, que atravessou várias crises até consolidar a democracia.

"Mas a partir daqui existem duas opções: um país pode desenvolver-se ou pode ser dissolvido, pelas crises e pelos seus líderes", alertou.

Se estivesse no lugar dos líderes políticos timorenses, Valdis Birkavs apostaria no diálogo, em falar com todos, sem exclusões.

"A minha primeira preocupação seria falar. Falar com todos. E agir de imediato", disse.

"Mas este diálogo deve conduzir à acção. Acção e mais acção", frisou.

Citando Ana Pessoa, ministra da Administração Estatal timorense, que defendeu ser o trabalho muito mais importante que as palavras, o ex-primeiro-ministro letão considera que isso só não basta.

"Dizia a ministra Ana pessoa que o trabalho é muito mais importante que as palavras. Mas as palavras dão esperança e encorajam as pessoas", salientou.

Além dos próprios líderes políticos timorenses deverem falar entre si, falta ainda chegar ao cidadão comum, o que para além de ser um desafio, representa um imperativo de governação e de exercício da democracia.

"Falei com o primeiro-ministro (timorense, José Ramos Horta) e ele tem trabalhado de forma muito intensa nestes dias, mas a comunicação deve ser não só entre os líderes, mas também com as pessoas. As pessoas não querem só ouvir, também exigem ser ouvidas", defendeu.

Outro participante no processo de diálogo, o bispo emérito de Oslo, Gunnar Stalsett, disse à Lusa que a crise em curso em Timor- Leste é "uma crise de governação, de liderança e de natureza social".

"As pessoas percebem isso", vincou.

Presente em Timor-Leste em 1999, aquando da consulta popular que resultou no final da ocupação indonésia e na restauração da independência, o bispo Gunnar Stalsett é regular visitante de Timor- Leste e agora encontra-se novamente em Díli a convite do primeiro- ministro José Ramos Horta.

"É um bom sinal que as pessoas estejam a dialogar, ao nível comunitário, ao nível intermédio, envolvendo partidos políticos e organizações não-governamentais, e agora ao nível mais alto", disse.

Valdis Birkavs e Gunnar Stalsett intervieram hoje numa sessão que contou com a presença das mais altas individualidades timorenses, incluindo os comandantes das forças armadas e da Polícia Nacional, líderes de partidos políticos, religiosos, membros do governo e deputados.

"Acredito que este encontro é o primeiro de vários que vão ainda acontecer. Pensava-se inicialmente que seria apenas um, mas isso é irrealista. Têm que realizar mais encontros ao alto nível. Penso que precisam no futuro de mais dois ou três", defendeu.

Gunnar Stalsett considera que este tipo de encontros, em que está presente toda a liderança política, deve servir para "partilhar ideias e para as pessoas terem a oportunidade de falarem".

"No meu ponto de vista, talvez não se deva acentuar tanto o aspecto pessoal da questão, mas destacar as questões políticas", disse.

Em comunicado, a Presidência da República, que patrocina a iniciativa, destaca que o objectivo do encontro "é identificar as verdadeiras causas, consequências, responsabilidades e lições a retirar da crise".

As conclusões serão posteriormente divulgadas publicamente.

A crise político-militar timorense iniciou-se em Abril e desde então morreram cerca de 60 pessoas e mais de 180 mil optaram por razões de segurança, e devido à destruição das suas casas, por procurar abrigo em campos de acolhimento.

Actualmente, cerca de 90 mil pessoas continuam a viver em campos de deslocados.

EL-Lusa/Fim
.

De um leitor

Comentário no post "Easy language one, or?":

Um excelente artigo, que desmonta peça por peça a argumentação do costume contra a língua portuguesa. Espero que lendo este artigo, os jovens possam distinguir melhor a realidade da ficção.

Aliás, os timorenses são dos povos que mais facilidade e apetência têm em aprender. Não só línguas, mas todo o tipo de conhecimento, incluindo matemática e ciências humanas. Também se distinguem no domínio das artes: literatura, pintura, música, dança, etc, devido à sua extrema sensibilidade.

Por isso, só um imbecil poderia tentar convencer os timorenses de que existe uma língua que não está ao seu alcance ou, pior ainda, que ela é responsável por todos os seus problemas.

H. Correia

Easy language one, or?

Mais um artigo excelente do blog Living Timorously:

19 November 2006

One of the arguments against the use of Portuguese in East Timor is that it is difficult to learn, particularly in its grammar. Leaving aside that this is an insult to the intelligence of the East Timorese people, this completely overlooks the fact that English is also a difficult for those learning it as a foreign language.

One of the reasons for this misconception is that many people who speak English in Southeast Asia speak a simplified version, usually influenced by native languages - Singlish in Singapore and Manglish in Malaysia are the best known examples. Consequently, people who say that they speak English fluently, speak a form that to native English speakers sounds broken, if not unintelligible.

The verb conjugations in Portuguese can certainly appear a problem to those learning it, but what about English verbs, not least irregular ones? At least in Portuguese, once you learn an irregular verb form, you can use it in the negative and interrogative, unlike in English. For example, you can say "you went", but you cannot say "I didn't went" or "did I went?" but in Portuguese, "eu fui", "eu não fui" and "eu fui?" all use the same verb tense throughout.

Another challenge for learners of English is the fact that there is more than one interrogative 'tag' that can be used at the end of a sentence, hence the tendency to use "isn't it?" with all verbs and tenses. I managed to get an East Timorese friend, now an aspiring politician, to master the different forms, by giving him examples: "you fancy that girl, don't you?", "she's very pretty, isn't she?" and "lots of guys would like to date her her, wouldn't they?" Perhaps since his return to East Timor, his English grammar has got a bit rusty. Isn't it?

Over the years I have helped East Timorese studying at universities in the UK with their essays, or more specifically with their written English, and it is here that their lack of fluency in the language shows up. They are Indonesian-educated, and most do not speak Portuguese, but it is interesting to see the extent of Portuguese influence on their vocabulary, which has come in via Tetum: "recourses" (from recursos) instead of resources; "representante" (from representante) instead of representative; "explorators" from exploradores instead of exploiters; "canalize" (from canalizar) instead of to channel; and "comparation" from comparação instead of comparison.

The grammar, however, is influenced by Indonesian, hence the frequent omission of the verb 'to be', particuarly in passive constructions. For example "women still seen", "will not left out" - in Indonesian, these verbs would use the passive form of the verb, with the prefix "di-" used in the same way as the suffix "-ed" is in English. (Tetum, by contrast, has no passive tense.)

Spoken English is more influenced by Tetum, a reflection of its status as the vernacular language. Its speakers use "or not?" in English (from ka lae?) as it is used regularly in tetum as the interrogative. (The phrase di'ak ka lae? or "how are you? literally translates as "good or not?") This is encountered in other Asian languages, in which it is considered polite, but can sound blunt or rude in English: you want this or not? is used in Singapore. Many also use "or?" as a tag, hence "you go home, or?" (from ita bá uma, ka?) The indefinite article in Tetum, ida, is put after the noun, so Tetum speakers say "go to the house one". (There is no definte article in Tetum, so uma can mean either "house" or "the house".)

Yet Portuguese is not averse to creolisation or deviation from the 'standard' form prescribed by the metropolis any more than English is. Brazilian Portuguese has diverged from European Portuguese, not only in terms of spelling and vocabulary but also grammar, while it is hard to believe that the Portuguese of Lusophone Africa has not been influenced by African languages - in Cape Verde, Guinea Bissau, and São Tomé e Príncipe, Portuguese creoles have developed alongside Portuguese.

Indeed, Portuguese creoles developed in Asia, but these are almost extinct. Only a small minority of "Portuguese Eurasians" in Malaysia and Singapore know the Papia Kristiang creole, and they, in turn, are tiny minorities in those countries. As well as having been isolated from Portuguese for centuries, it is also an oral language.

The problem in East Timor is that Portuguese is considered as the language of government and administration, and therefore there is an assumption that anyone who wishes to work in the public service needs to speak and write it fluently. Not surprisingly, this causes those who cannot do so to feel disadvantaged (or as irresponsible Australian commentators like to say "disenfranchised" as if only Portuguese speakers in East Timor had the vote).

Yet, decades after making English the language of instruction in schools, Singapore's Ministry of Education still needed to have a special centre for teachers whose English was not up to standard, and the government launched (unsuccessfully) a 'Speak Good English Campaign', to discourage the use of Singlish. In fact, even in Portugal, the state broadcaster RTP runs a short programme on television called O Bom Português or "Good Portuguese", just as TVRI in Indonesia implores its viewers to gunakan Bahasa Indonesia yang baik dan benar - "speak an Indonesian that is good and correct", which suggests that many Indonesians still do not.

This does not mean that the East Timorese should simply speak Portuguese any old way, with no regard for grammar, but the preconception that it is "difficult" is one that needs to be challenged. Of course, those learning it will make mistakes, but they should not feel any more discouraged than they did when they learnt Indonesian, and English. No language is truly "easy", and in fact, the notion that some are, gives the impression that they are primitive. Or?

.

Mestiços and Mozambique

No blog Living Timorously:

20 November 2006

When you're trying to discredit your opponents, you tend to apply labels to them to try and undermine them and their legitimacy, and the more you repeat them, the more they are accepted as gospel.

In the case of East Timor, this is nothing new. Back in 1975, the label applied to independence leaders was mestiço or mixed race, suggesting that they were unrepresentative of the East Timorese people as a whole. Australian Prime Minister Gough Whitlam did this, saying that "political parties... were led by mestizos [sic].. who seemed desperate to succeed the Portuguese as rulers of the rest of the population." True, there were leaders like José Ramos Horta (then in Fretilin) and Mário Carrascalão (then in UDT) but they were as much a minority in politics as they were in society at large. Xanana Gusmão is not a mestiço, although his first wife was.

The mestiço label is no longer used by East Timor's critics nowadays, as José Ramos Horta and his ex-wife Ana Pessoa (now minister of justice) are about the only such people in government who are. However unpopular the use of Portuguese as an official language may be, the decision to use it cannot be blamed on mestiços alone.

The current epithet of choice for critics of East Timor's leaders, or, more specifically, of Mari Alkatiri, is "Mozambique" or "Maputo", usually followed by "clique" or "mafia". Of course, Fretilin sounds similar to Frelimo, the name of Mozambique's ruling party, although the latter has long since ditched a command economy and a one-party state for the market and multiparty democracy, and the fact that Mozambique was also a former Portuguese colony is grist to the mill for those with a penchant for Lusophobia or Portugal-bashing.

However, there is a very good reason why Fretilin's leaders were in exile in Mozambique: there were precious few alternatives. They were refused entry to Australia and New Zealand, and they would have been even less welcome in ASEAN countries like the Philippines or Thailand, which saw the East Timor issue as an internal affair of Indonesia, in which they should not interfere. At the UN in New York, it was Mozambique's Permanent Mission that employed José Ramos Horta and José Luís Guterres (who challenged Mari Alkatiri for Fretilin's leadership, and is now foreign minister). However, they are not tarred with the 'Mozambique' brush, as Alkatiri has been.

Given the way that they were cold-shouldered by neighbouring countries, it is hardly surprising that, like other exiled nationalists, East Timor's independence leaders sought refuge and support where they could. Spending long periods of time in exile is often par for the course; Iraq's new leaders being an example, not to mention ANC leaders in South Africa, like president Thabo Mbeki, who spent time in Eastern Europe as well as the UK. After majority rule, there were divisions in the ANC between those who had returned from exile and those who had been imprisoned by the apartheid regime.

It was said that some some ANC leaders "had a map of the London Underground in their minds", while some of their children, who grew up in London, still sound impeccably English. And lest we forget, the ANC is still in an alliance with the South African Communist Party, just as it was in exile, but this has been forgotten by those branding Fretilin or Alkatiri as "Marxist". Australia supported the ANC, just as it did Robert Mugabe's ZANU in Zimbabwe.

Of course, such frictions in resentments also exist in post-independence East Timor, with accusations that those who studied at universities in Indonesia lose out to those who were factory workers from Portugal. However, while proficiency in Portuguese should be of secondary importance to the ability to do the job, there are many Indonesian-educated people who think that they should get jobs in the public service because of who they know, not what they know, à la Suharto's Indonesia. Hardly a meritocracy, is it?

The other epithet used by critics of East Timor's leaders is "aging", suggesting that the government is a creaking gerontocracy. Yet by whose standards - China or India, where many octogenarians are still in high office? In fact, the relative youth of East Timor's leaders in 1975 should be a warning against having such young and inexperienced people in positions of authority. Mari Alkatiri and José Ramos Horta are the same age as Australia's prime minister John Howard was when he came to power in 1996, not to mention Gough Whitlam, when he came to power in 1972. (Whitlam was, of course, revered, or reviled, as a radical, despite his age.)

Many of the people expressing concern for the "disenfranchisement" of younger people in East Timor are the same ones who, ten to fifteen years before, were brushing them off as trouble-makers, when they took part in demonstrations against Indonesian rule. Yet now they can do no wrong, not least if they express dislike of their elders, the Portuguese language, or whatever other bugbears that the Australian commentariat may have about East Timor. It is reminiscent of the way that Mao in China manipulated the youth in the Red Guard to attack and discredit his opponents, even though they were often younger than him.

Is Mari Alkatiri above criticism? No. Is he above the law? Emphatically not. But before commentators start using labels like "Mozambique clique", "Marxist" or "aged", it's best to look at other leaders in East Timor, and indeed, ones in other countries that they supported while in exile. East Timor deserves better than a Marxist 'dictatorship of the proletariat', but it does not deserve to be subjected to a Murdoch press 'dictatorship of the commentariat' either.

Of course, Dili has four daily newspapers, whereas the average Australian city only has one. So which is the one-party state? Another case of Australia having more to learn from East Timor than to teach it, but that's for another day.

.

Dos leitores

Comentário no post "Matan Ruak admite candidatura a Presidente de Timor-Leste":

Entre as qualidades do Brigadeiro-General já aqui referidas, tais como o sentido de estado e da justiça, as suas maiores virtudes são, contudo, a sua curiosidade intelectual, a dignidade e sobretudo a honestidade.

Com o Brig-Gen como Presidente da República Timor-Leste ganharia seguramente um homem que levaria o nome do país mais longe e o tornaria mais respeitado e mais consolidado como Estado. Ganharia um Presidente em que poderia ter certeza que nunca colocaria seu interesse particular à frente do interesse colectivo.

A sua maneira humilde de ser e de estar só pode enganar os que não o conhecem suficientemente.

Verdadeiros aristocratas do coração e governantes são as pessoas que antes de tudo o resto deixam transparecer sua humildade .

Petra

.

Comunicado - PM

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER

MEDIA RELEASE

Dili, November 21 2006
Council of Ministers considers draft report on the rights of children

The Council of Ministers has discussed a draft report on the implementation in Timor-Leste of the United Nation’s International Convention on the Rights of Children.

The report – with some minor amendments – is expected to be resubmitted to the Council of Ministers on Thursday (November 23) to be approved and forwarded to the UN Secretary-General.

The Prime Minister Dr José Ramos-Horta told a seminar attended by children from schools and orphanages in Dili that the Government has an obligation to prepare a detailed report on these matters and submit the report to the treaty body in Geneva.

“Timor-Leste ratified the Convention on the Rights of the Child in 2002 – along with all other human rights conventions. We were one of the few countries in the world to ratify all of the human rights conventions,” Dr Ramos-Horta said.

“But ratification of any international treaty implies the government has to adapt laws and policies consistent with the obligations deriving from those conventions. One of the obligations of states that have ratified treaties is to submit a detailed report to the Secretary-General of the UN, who then forwards it to the treaty body in Geneva.”

The one-day seminar was organised by UNICEF and the Ministry of Education, Culture, Youth and Sport. The seminar was held at the Ministry of Education Culture and Sports Hall and was originally scheduled to be held on May 30, which is National Children’s Day, however it was delayed because of the crisis.

Dr Ramos-Horta said Timor-Leste was the first country in the world to pioneer a simplified reporting technique concerning convention reports that is less cumbersome and repetitive. He said it consisted of one basic document similar to all other conventions and then a second document of the report specifically dealing with the rights of the child. This format is being adopted by other countries including Australia, Afghanistan and Angola.

“Former Timor-Leste human rights advisor Katherine Anderson traveled to Afghanistan to help the authorities there establish a similar reporting format,” Dr Ramos-Horta said.

“Supporting children is part of national policy and our Constitution sets out the obligations of every person in Timor-Leste towards our children.

“While the First Constitutional Government of Timor-Leste immediately ratified this Convention, there might be some areas where Timor-Leste law may need to be amended to ensure it can be applied in practice.”

Dr Ramos-Horta said the report submitted to the last Council of Minister was presented by his Human Rights Advisor Joaquim Fonseca, an experienced human rights activist.

“The report will be resubmitted on Thursday to the Council with some minor updates of facts and when approved will be forwarded to the Secretary-General,” Dr Ramos-Horta said.

“I thank the UN Office for Human Rights Commission for its very generous assistance which was critical in enabling Timor-Leste to fulfil its reporting obligations. The report called for a major effort in consultation.

“The staff of MNEC initiated this report and it took almost two years of hard work in gathering the data from across Government agencies, and extensive travel to all districts to listen to people on the ground.

“This process served to educate everyone about the content of the treaty.”

The Prime Minister praised the staff of MNEC, Ms Anderson, the UN’s Human Rights Unit in Dili, and UNICEF for their outstanding contribution in making the treaty a reality. November 20 is the day on which the UN General Assembly adopted the Declaration of the Rights of the Child in 1959 and also the Convention on the Rights of the Child in 1989.

.

Notícias - em inglês

The Watson Institute for International Studies - 20 Nov 2006

Problems continue to plague East Timor

During the 1990s, East Timor’s struggle against oppressive Indonesian rule was well publicized. Since achieving independence in 1999, the country has retreated back into relative obscurity. In “East Timor: A Look at the Troubles of a Young Democracy,” panelists at the Watson Institute recently discussed East Timor’s enduring issues.

Constâncio Pinto, chargé d'affaires of the East Timor Embassy in Washington, D.C., and a Brown University alumnus, discussed East Timor’s progressions and problems of the past seven years. Following 1999, the United Nations Transitional Administration in East Timor (UNTAET) was able to restore security, and since then the government has established an oil fund to prevent East Timor’s resources from being wasted.

There are continual problems though, which Pinto argued are the fault of East Timor itself. The country can no longer blame Indonesia. Unemployment as high as 55 percent, a lack of human resources for an adequate justice system, political cleavages, and discrimination have plagued the country. Most striking is this year’s crisis, prompted by the expulsion of soldiers protesting discrimination. Pinto attributed the crisis to political leaders using the situation to further their own interests. The ensuing riots led the international community to return to the small country, and Pinto questioned whether it had left too early in 2002.

Moisés S. Fernandes, of the University of Lisbon, discussed the internal and external factors that have contributed to East Timor’s struggles. Internally, the pre-1990s political divisions have reappeared now that the common enemy, Indonesia, has been defeated. There is also a youth population that does not speak Portuguese, East Timor’s official language, and that has stronger ties with Indonesia. Mass poverty and the unwillingness of the Catholic Church to cede any power have also contributed to East Timor’s struggles.

Perhaps more interesting, Fernandes addressed external factors which have led to problems culminating in the crisis earlier this year. Fernandes argued that East Timor’s instability could be beneficial to Indonesia. Coincidentally, or perhaps not, evidence against Indonesia’s atrocities during the 1990s were destroyed in the recent crisis.

Fernandes was more critical of Australia’s role. Australia may have provoked the recent strife to achieve a regime change in East Timor in order to gain a better deal on the gas reserves located between the two countries, he said. Complaints have also surfaced about the arrogance of Australian troops in East Timor, he added, and they may soon be seen as an occupying force instead of peacekeepers. Fernandes also insinuated the role of an outside power in the recent violence by asking who is financing it.

Due to pressing engagements at the United Nations, Ambassador João Salgueiro of Portugal was unable to attend.

By Watson Institute Student Rapporteur Craig Kennedy ‘08

***

Sydney Morning Herald - November 22, 2006

Crisis Looms in Dili as Wet Season Approaches
Cynthia Banham, Defence Reporter in Dili

THE Minister for Defence, Brendan Nelson, has warned of an imminent humanitarian crisis in East Timor if camps for internally displaced people are not moved before the wet season.

After meeting the acting United Nations special representative to East Timor, Finn Reskd-Nielsen, in Dili Dr Nelson said it was extremely important for the East Timorese Government to move quickly to relocate the camps because once the rain started they would be flooded and become a sea of mud.

"We will have a crisis on our hands," Dr Nelson said. He said the rains could begin any day.

Dr Nelson also said he would also consider reducing the number of troops in East Timor, after a two-day visit in which the commander of the Australian force, Brigadier Mal Rerden, said the 950 troops now on the ground was more than sufficient for the mission. However, there are safety concerns following the murder this week of two foreigners in Dili, one of them a Brazilian missionary.

Brigadier Rerden described a period of increasing stability and calm. "The UN police now are slowly reaching the level where they've got a good capability.

"That's also having an impact on the streets. We're able to let the police now take primacy in the day-to-day law enforcement and we provide backup and support in the event of something big happening."

Dr Nelson met Australian commanders and the East Timorese Prime Minister, Jose Ramos-Horta. A scheduled talk with the President, Xanana Gusmao, was cancelled by the President.

Dr Nelson said a part of the purpose of the visit was to get an on-the-ground feel for the security environment.

"Part of it is reviewing the size of the force composition," he said.

He said he would discuss troop numbers with the Prime Minister, John Howard, and the Chief of Defence Force, Air Chief Marshal Angus Houston, at a meeting of the national security cabinet when he returned.

"It is possible that we might have a slight reduction at some time in the not too distant future," Dr Nelson said.

He said he had reiterated Australia's commitment to East Timor to Dr Ramos-Horta. He also discussed plans for helping to train the East Timorese defence force and provide training for maritime and border protection.

The leaders also discussed security arrangements for elections scheduled for May. Australia also wanted to develop an agreement with Dili that formalised the way Australian forces operated with those of East Timor and the UN.

"What's important is we have a clear understanding of how we work and how we work co-operatively with Timor Leste," Dr Nelson said.

Brigadier Rerden said there was still some gang activity in Dili, though the Government was making efforts to engage local youth groups. He said some of the gang violence appeared to be orchestrated or controlled and was aimed at having a political effect.

Some of the violence, in particular, had been directed against the Australian presence, though there was a lot of support for the Australian Defence Force from the populace.

One senior officer told the Herald there was a lot of anti-Australian feeling in the ruling party Fretilin, which is still headed by the deposed prime minister, Mari Alkatiri, who continues to exercise significant influence in the country.

***

Agence France-Presse - 21 Nov 2006, 01:22

Australia proposes involving other nations in East Timor force

Australia has no plans to withdraw its troops from East Timor, and is considering involving other nations in the peacekeeping process, Australian Defence Minster Brendan Nelson said Tuesday.

"We will be staying as long as the government of Timor Leste and the United Nations believe it is important for the forces to stay," Nelson said of the UN-sanctioned force charged with restoring order in restive Timor.

"We are committed to the people of Timor Leste as long as they need us," he said after meeting Prime Minister Jose Ramos-Horta.

Nelson said that Australia preferred not to have its soldiers deployed in other countries, but that it was very clear that "at the moment, Timor Leste still needs assistance from other countries."

In the talks with Ramos-Horta he discussed ways to develop East Timor's military forces, the security issue in Dili and elsewhere in the country, and security arrangements in the run up to general elections next year.

"I also discussed with the prime minister the possibility of having a small number of other countries in the region joining the Australian and New Zealand and other forces in Timor Leste to provide security," he said.

Nelson said that the security situation in East Timor remained fragile.

"It is improving, but we still have got a long way to go," he said.

Some 3,200 Australian-led regional forces were deployed to the tiny nation in May after violence between security force factions, as well as street gangs, left some 37 people dead over two months.

Their numbers have since been reduced to 1,100, bolstered by the presence of some 1,000 UN police whose forces will eventually be upped to 1,600.

East Timor has rejected an offer of a UN military peacekeeping force to cope with civil unrest in the country, opting instead to rely on the Australian-led regional force.

str/bs/sls
.

Os artigos de Xanana Gusmão (Parte I, II e III)

"A teoria das conspirações"

Parte I

Parte II

Parte III

(A pedido de alguns leitores aqui fica a lista do que já foi publicado)

.

Notícias - traduzidas pela Margarida


UNMIT - Revista dos Media Diários
Terça-feira, 21 Novembro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste


Ramos-Horta: O nome de Timor manchado

O Primeiro-Ministro Ramos-Horta disse que a morte de um Brasileiro por um jovem é um crime sério que pôs uma mancha em Timor-Leste aos olhos do mundo. Sob a violência que continua, Ramos-Horta disse que o governo continuará com o seu programa de ‘simu malu’, e apelou às pessoas para não perderem a esperança e a coragem, e para os jovens se livrarem dos seus objectos cortantes, ódio e deixarem de acusar os líderes de serem os divisionistas. Sublinhou que os líderes, nomeadamente das F-FDTL e da PNTL, reconciliaram-se mas que alguns jovens e grupos de artes marciais ainda não o fizeram. O Primeiro-Ministro disse que as acusações de que alguns líderes estão por detrás desta violência é falsa, apontando para os problemas em Ermera entre o grupo Kolimau 2000 e o grupo de artes marciais, que foram acções dos jovens e não ordenadas por líderes.

O Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lu-Olo” disse que o autor do crime contra o cidadão Brasileiro tem de ser detido e processado no tribunal. Guterres é de opinião que processo de paz iniciado pelos jovens deve continuar e que a violência que tem ocorrido é provavelmente provocada por pequenos grupos de pessoas que podem ser identificados com facilidade.

Entretanto, Lu-Olo disse também ter recebido informação de vítimas de violações dos direitos humanos, do hamlet de Gulolo, um sub-distrito de Letefoho, alegadamente acusando a Unidade de Reserva da Polícia (URP) da PNTL das violações. Disse que o caso foi levado à atenção do Vice-Ministro do Interior, do Primeiro-Ministro e dos seus dois Vice-PMs. (STL, TP)

Vice-SRSG Eric Tan Gim: o incidente não está relacionado com as acções de paz

O Vice-SRSG da UNMIT Eric Tan Huck Gim disse aos media na Segunda-feira que os incidentes no Hospital Nacional e no campo Obrigado não estão relacionados com acções de paz iniciadas por jovens.

Sobre o assassinato do cidadão Brasileiro, Tan Huck Gim disse que está em curso uma investigação e que devem ser reforçadas a lei e a ordem e que é importante deter os envolvidos no conflito. Louvou a iniciativa dos jovens em criarem um ambiente pacífico, acrescentando que a iniciativa é importante para o futuro de Timor-Leste e que deve ser continuada.

O Vice-SRSG disse ainda que Timor-Leste ultrapassou o período difícil e que deve preparar-se para as eleições de 2007 e, com base no mandato da ONU, a UNMIT está comprometida em dar apoio para garantir que as eleições sejam justas e livres.

Na mesma ocasião o Comissário da Polícia em exercício, Emir Bilget disse que a UNPOL estabeleceu postos permanentes de polícia nalguns bairros e que estão a operar 24 horas, 7 dias por semana. As áreas que agora têm presença policial estática a começar esta semana são o aeroporto, o porto de mar (operacional somente durante o dia, nas horas de negócios) e Hera.

Bilget disse ainda que em breve serão estabelecidos postos em Fatuhada, Bebonuk, Manleuana, Matadour e Tasi Tolu. Mas ao mesmo tempo que se progride na reconstrução a UNPOL tentará tornar visível a sua presença por meio do patrulhamento. Disse que para aumentar a presença da polícia no Hospital Nacional serão aumentados os números de polícias em Aikadiruhun bem como o número de veículos em patrulhamento.

Entretanto, o coordenador dos jovens pela paz, João da Silva “Choque” disse que a violência não parará se o sector da justiça continuar a ser fraco para acusar os responsáveis por crimes. Da Silva disse que a iniciativa da paz dos jovens deve ser apoiada com segurança e que é tempo da polícia da ONU trabalhar com seriedade na detenção de grupos ou indivíduos que continuam a criar violência. Disse que a acção de paz sozinha não garante um fim da violência, acrescentando que o diálogo comunitário, segurança e justiça devem trabalhar mão na mão para identificar os que criam violência. João da Silva disse que quem cria distúrbios são grupos pequenos e individuos e que por isso a polícia deve agir e que o sistema judicial deve ser forte ou então teremos jovens a cumparem-se uns aos outros sem substância.

De acordo com o Timor Post, foram planeadas mais acções de paz mas as datas não estão ainda confirmadas. O Diario Nacional relatou que a apedrejamento entre jovens de Bidau Massau e Bidau Toko Baro, ou os deslocados no Hospital Nacional, deixaram duas pessoas sériamente feridas. Um total de quatro pessoas ficaram feridas durante a luta. (TP, DN)

Bano: as F-FDTL e a PNTL levarão os deslocados para casa

O Ministro do Trabalho e da Reintegração Comunitária, Arsénio Bano disse que as F-FDTL e a PNTL estariam envolvidos no repatriamento dos deslocados, por isso pediu às comunidades para colaborarem com as duas instituições. Para melhor preparar o programa ‘simu malu’, foi convocado uma primeira reunião na Segunda-feira com a participação de Lino Saldanha, representante da PNTL, Major Koliati, representante das F-FDTL e funcionários do governo do Ministério das Obras Públicas, Ministério do Estado e representantes dos jovens. O Ministro Bano disse que já foram traçados planos e disse que o envolvimento das F-FDTL e da PNTL é sob o aspecto de assistência humanitária para ajudar as comunidades. Bano disse que está agendada uma reunião para 25 de Novembro para 30 membros de cada instituição para ainda grasp o programa para que melhor possam contribuir para o re-alojamento dos deslocados. (DN, TP)

O Presidente trava visita de deputados

Deputados da UDT e do PSD expressaram desapontamento com a atitude do Presidente do Parlamento Nacional ao impedir uma delegação do Parlamento de visitar os deslocados juntamente com os jovens. A decisão da visita foi acordada entre as bancadas dos partidos não não foi implementada. O deputado Alexandre Corte-Real (UDT) disse que o Presidente do Parlamento deve explicar ao público o atraso da visita, acrescentando que o próptio Presidente prometeu enviar uma delegação para visitar os deslocados. O deputado João Gonçalves (PSD) concordou com Corte-Real, dizendo ainda que o Presidente do Parlamento se encontrou com as bancadas dos partidos para organizar uma delegação para a visita. (TP, DN)

.

Projecto de formação profissional apoiado por Portugal entregou mais 356 diplomas

Díli, 21 Nov (Lusa) - Um total de 356 formandos timorenses estão actual mente habilitados a trabalhar nas áreas de carpintaria, electricidade, canalizaç ão, alvenaria e direcção de obras por via do Centro Nacional de Emprego e Formaç ão Profissional (CNEFP), um projecto apoiado por Portugal.

Criado em 2001, o projecto do CNEFP insere-se no acordo de cooperação b ilateral entre o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, de Portugal, e o Ministério do Trabalho e da Reinserção Comunitária, de Timor-Leste.

Os mais recentes formandos da instituição receberam hoje os diplomas de final de curso, tendo os 39 finalistas de carpintaria, alvenaria, electricidade e canalização recebido formação de mais de 600 horas, entre aprendizagem direct a da profissão, língua portuguesa e aplicações de matemática e formação de cidad ania.

Além de um certificado de conclusão com aproveitamento do curso, os 39 alunos receberam um estojo de ferramentas e poderão, a título individual ou em g rupo, candidatar-se a micro-créditos para se estabelecerem por conta própria no âmbito do Projecto de Inserção da Vida Activa, promovido igualmente pela coopera ção portuguesa.

Estes quatro cursos foram ministrados por formadores portugueses e form adores timorenses já formados no CNEFP em Tibar, 15 quilómetros a Oeste de Díli, e também no pólo de Díli, inaugurado em Dezembro de 2005.

Desde a criação do CNEFP, o apoio total da Cooperação Portuguesa ascend eu a cerca de 4 milhões de euros.

Entretanto, desde Julho, que o Ministério do Trabalho e Reinserção Comu nitária timorense assume metade das despesas administrativas, no valor parcial d e cerca de 280 mil dólares.

País carente em quadros especializados, Timor-Leste acumula anualmente cerca de 20 mil novos candidatos ao primeiro emprego, que se juntam aos cerca de 30 por cento de desempregados nas áreas urbanas.

EL-Lusa/Fim
.

Prorrogado mandato comissão parlamentar para analisar relatório ONU

Díli, 21 Nov (Lusa) - A presidência do Parlamento Nacional de Timor-Leste alargou até 15 de Dezembro o prazo dado aos deputados timorenses para analisarem o Relatório da ONU sobre a violência em Abril e Maio em Timor-Leste.

O prazo anterior concedido aos sete deputados que integram a Comissão Eventual para Apreciar o Relatório da Comissão Especial de Inquérito Independente aos Incidentes Violentos de Abril e Maio de 2006 terminou na segunda-feira.

O mandato da comissão é avaliar, estudar e analisar o relatório da ONU e apresentar recomendações ao Parlamento e a partir daí deliberar sobre a matéria e enviar para outros órgãos competentes, disse à Lusa o presidente do parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo", aquando da criação da comissão.

A comissão é composta por quatro deputados da Fretilin, Elizário Ferreira, Joaquim dos Santos, Cipriana Pereira e Maria Solana Fernandes, e por três parlamentares das bancadas da oposição, Rui Meneses (Partido Democrático), Vicente Guterres (UDC/PDC) e Manuel Tilman (KOTA), e foi constituída com 45 votos a favor e oito contra.

A criação da comissão resultou da aprovação, a 27 de Outubro, de duas resoluções do Parlamento em que se defende a criação de um comando unificado de todas as forças militares e policiais presentes no país e em que se destaca a importância da independência dos tribunais.

Uma proposta para a criação de uma comissão parlamentar tinha sido já defendida a 25 de Outubro pelo brigadeiro-general Taur Matan Ruak, comandante das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste.

Segundo Taur Matan Ruak, o objectivo é determinar "os objectivos da crise, as estratégias e os autores intelectuais e morais que estiveram atrás da crise timorense, responsabilizando-os".

Num relatório de 79 páginas, a comissão de inquérito da ONU - mandatada pelo secretário-geral da organização, Kofi Annan, para apurar os factos e as circunstâncias da violência de Abril e Maio - recomendou processos judiciais contr a alguns dos intervenientes na crise.

Entre estes intervenientes contavam-se os ex-ministros Rogério Lobato ( Interior) e Roque Rodrigues (Defesa) e o comandante das forças armadas.

A comissão recomendou igualmente uma investigação adicional para apurar eventuais responsabilidades criminais do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri.

No relatório, a Comissão Especial Independente de Inquérito, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, considerou que "a crise que ocorreu no país pode ser explicada em grande medida pela debilidade das instituições do Estado e a fragilidade do primado da lei".

EL-Lusa/Fim

.

Notícias - traduzidas pela Margarida

A Austrália pensa em retirada parcial de Timor
The Age
Novembro 21, 2006 - 3:25PM

A Austrália está a considerar retirar algumas tropas de Timor-Leste quando a situação de segurança melhora depois da violência e do desassossego político em meados do ano.

O Ministro da Defesa Brendan Nelson, em Timor, para se encontrar com os soldados antes do Natal e para rever a força, disse que discutiria o seu tamanho e composição com o responsável das forças de defesa o Air Chief Marshal Angus Houston e o Primeiro-Ministro John Howard no seu regresso.

"Se reduzirmos os nossos números aqui não será numa quantidade muito substancial," disse aos repórteres.

"Como digo repetidamente em relação a todos os nossos destacamentos é dia-a-dia, semana-a-semana, mês-a-mês."

Disse que um dos propósitos da sua visita era obter "um sentir real " da situação que será também discutida no comité de segurança nacional do gabinete.

Correntemente há 950 tropas Australianas e 120 da Nova Zelândia em Timor-Leste. Há ainda cerca de 1000 polícias multi-nacionais sob comando da ONU.

O comandante das forças Australianas em Timor-Leste, o Brigadeiro Mal Rerden, disse que a situação de segurança tinha melhorado apesar de se manter por lá alguma actividade de gangs.

Dois assassinatos em Timor-Leste esta semana, uma de um missionário Brasileiro, foram atribuídos a gangs de rua.

"Temos tropas mais do que suficientes para a natureza da missão mas também para a natureza do ambiente de segurança como tal," disse.

"Temos sido capazes de demonstrar mais uma vez que somos capazes de lidar com as ameaças quando emergem."

O Brig Rerden disse que a polícia da ONU estava a atingir uma boa capacidade e que isso estava a ter um impacto nas ruas.

"Temos a capacidade de deixar a polícia ter o papel principal na aplicação da lei no dia-a-dia. Fornecemos o apoio de retaguarda e a força de resposta no caso de acontecer algo de maior," disse.

O Dr Nelson encontrou-se com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta, enfatizando o profundo compromisso em curso da Austrália com a nação, a sua estabilidade e boa governação.

Disse que tinham analisado uma série de questões para o governo de Timor progredir libertado das suas próprias responsabilidades.

O Dr Nelson disse que isso não foi dito com outro significado a não ser num tom cooperativo.

"A boa-vontade dos Australianos é enorme, a profundidade da boa-vontade para com Timor-Leste é enorme mas não nos podemos dar ao luxo de ver a vontade popular na Austrália exaurida por falhanço político em qualquer desses países que estamos a ajudar," disse.

O encontro agendado do Dr Nelson com o Presidente Xanana Gusmão foi cancelado por causa das más (condições de) saúde do líder de Timor-Leste.

***

Furo de reportagem

Tropas para garantir eleições suaves em Timor-Leste

Terça-feira, 21 Novembro 2006, 10:21 am
Comunicado de Imprensa: Força de Defesa de Nova Zelândia

Um contingente fresco de 150 membros das Forças de Defesa da Nova Zelândia partirão na Quinta-feira para Timor-Leste para um destacamento de seis meses que incluem todas eleições importantes do país em Maio.

O contingente partirá da Base da Força Aérea de Ohakea em 23 de Novembro para substituir os 142 soldados da Nova Zelândia que têm trabalhado bastante para garantir segurança em Timor-Leste nos últimos seis meses.

O novo contingente, liderado pelo Tenente-Coronel Kent Collard, ajudará a fiscalizar as segundas eleições democráticas em Maio do próximo ano da nação do Pacífico.

O Tenente-Coronel Collard, que correntemente está a ser informado em Timor-Leste, disse que a sua companhia tudo fará para garantir que o processo eleitoral decorra suavemente.

"Faremos o nosso melhor para criar um ambiente protegido e seguro onde os Timorenses possam livremente decidir pela sua cabeça sobre quem governará o seu país. Penso que os que chegam este mês comigo vêem a tarefa como um desafio que vale a pena e excitante."

O contingente da Nova Zelândia trabalhará ao lado das cerca de 930 tropas Australianas para ajudar a garantir a segurança no país.

As tropas kiwis assistirão a polícia da ONU no CBD em Dili e nos distritos do leste ao mesmo tempo que as forças Australianas trabalharão nos subúrbios centrais, no Aeroporto de Dili e nos distritos do oeste.

A Nova Zelândia tem contribuído para várias missões da ONU e para forças de manutenção da paz em Timor-Leste desde 1999.

A última contribuição, de que o próximo destacamento é a segunda rotação, começou depois do desassossego em Maio deste ano a pedido do ministro dos estrangeiros de Timor José Ramos-Horta. O Sr Horta é agora o primeiro-ministro do país.

ENDS

***

Centro de Notícias da ONU

Duas mortes em Timor-Leste desencadearam o aumento da actividade da polícia da ONU

20 Novembro 2006 – A ONU está a reforçar a presença da sua polícia em Timor-Leste depois de duas mortes nas últimas 24 horas em Dili, a capital da pequena e empobrecida nação do Sudeste Asiático.

A polícia da ONU (UNPOL) abriu uma investigação à morte na noite passada de um nacional estrangeiro, confirmou Eric Tan Huck Gim o Vice-Representante Especial do Secretário-Geral para o apoio ao sector da segurança e domínio da lei, numa conferência de imprensa hoje em Dili. O homem foi declarado morto pouco depois de ser levado para uma clínica no Bairo Pite distrito da capital.

Mr. Tan disse que a UNPOL está também a analisar a morte de uma segunda pessoa cujo corpo foi encontrado na área Comoro, perto do aeroporto de Dili.

“Estamos a investigar e a tentar reunir os factos, mas posso dizer agora que parece não haver nenhuma indicação que haja uma relação entre as duas,” disse.

O enviado da ONU disse que a UNPOL aumentou a sua presença em sítios diferentes através de Dili, que se mantém com tensões depois da irrupção de violência à escala nacional em Abril e Maio que levou à morte de pelo menos 37 pessoas e forçou cerca de 155,000 pessoas – ou 15 por cento da população de Timor-Leste – a fugir das suas casas.

Emir Bilget, o Comissário da Polícia em exercício da UNPOL, disse aos jornalistas que amanhã vão começar mais patrulhas de rua através de Dili e que os números de polícias envolvidos aumentarão pelo menos 50 por cento, ao mesmo tempo que serão ainda reforçados mais postos de polícia chaves.

Mr. Bilget disse que há correntemente 966 oficiais da UNPOL a trabalhar em Timor-Leste, com o total esperado a aumentar para eventualmente mais de 1,600, ao mesmo tempo que continua também o processo de treino dos oficiais das força de polícia nacional.

Mr. Tan também sublinhou que a missão integrada da ONU em Timor-Leste, conhecida como UNMIT, se mantém comprometida a garantir que as eleições nacionais que se espera se realizem em Abril ou Maio se processem e se passem de modo justo e livre.

***

Nelson acena envolver outras nações na força de Timor-Leste
AFP/ABC - Tuesday, November 21, 2006. 8:31pm (AEDT)

O Ministro da Defesa Brendan Nelson diz que a Austrália não tem planos para retirar as suas tropas de Timor-Leste, e está a considerar envolver outras nações no processo de manutenção da paz.

"Ficaremos até o governo de Timor-Leste e a ONU acreditarem que é importante as forças ficarem," disse o Dr Nelson.

"Estamos comprometidos com o povo de Timor-Leste enquanto precisarem de nós."

O Dr Nelson diz que a Austrália prefere não ter os seus soldados destacados noutros países, mas que era muito claro que "no momento, Timor-Leste ainda precisa da assistência de outros países."

Em conversações com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta discutiu maneiras de desenvolver as forças armadas de Timor-Leste, as questões de segurança em Dili e noutros locais no país, e arranjos de segurança na corrida para as eleições gerais do próximo ano.

"Também discuti com o primeiro-ministro a possibilidade de ter um pequeno número de outros países da região a juntarem-se às forças Australianas e da Nova Zelândia e a outras forças em Timor-Leste para providenciar segurança," disse o Dr Nelson.

Diz que a situação de segurança em Timor-Leste permanece frágil.

"Está a melhorar mas temos ainda um caminho longo a percorrer," disse.

Algumas 3,200 forças regionais lideradas pelos Australianos foram destacadas para a pequena nação em Maio depois de violência entre facções das forças de segurança, bem como gangs de rua, terem deixado algumas 37 pessoas mortas em dois meses.

Os seus números reduziram-se desde então para 1,100, fortalecidos pela presença de alguns 1,000 polícias da ONU cujas forças eventualmente chegarão a 1,600.

Timor-Leste rejeitou uma oferta duma força de capacetes azuis da ONU para lidar com desassossego civil no país, optando em vez disso por uma força regional liderada pelos Australianos.

***

A estação das chuvas vai “criar crise” em Timor-Leste
AAP – Terça-feira, Novembro 21, 2006. 06:22 PM

O Ministro da Defesa Brendan Nelson avisou duma nascente crise humanitária em Timor-Leste quando se aproxima a estação das chuvas e milhares permanecem a viver em campos improvisados à volta da capital Dili.

O Dr Nelson disse que o governo Timorense precisa de se mexer rapidamente com a assistência da ONU para re-alojar os residentes nos campos em melhores instalações, mas que isso permanece difícil de fazer.

"Estou muito preocupado que tenhamos uma crise humanitária a evoluir com as pessoas deslocadas nos campos," disse. "Uma vez que comecem as chuvas transformam-se em banhos de lama. "As pessoas terão de ser re-alojadas e então sob as circunstâncias mais difíceis."

Durante o desassossego civil em Maio e Junho, milhares fugiram das suas casas para a segurança dos campos estabelecidos a maioria deles em terrenos das missões cristãs e no aeroporto de Dili.

Apesar dos melhores esforços das autoridades Timorenses e da ONU, muitos continuaram, recusando regressar às suas casas pilhadas e queimadas no que vêem serem bairros inseguros rodeados por violência de gangs.

Numa altura havia uma estimativa de 100,000 pessoas a viverem nos campos.

Quantos se mantém não é claro mas é ainda um número substancial.

O Dr Nelson, em Timor para visitar tropas Australianas e avaliar a situação no terreno, encontrou-se com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta e com o representante especial da ONU em exercício Finn Reske-Nielson.

O Dr Nelson disse que discutiu a questão dos campos com Mr Reske-Nielson.

Disse que alguns dos campos estavam em zonas baixas e seriam inundados na estação das chuvas criando uma crise de saúde e doenças.

As chuvas podem começar em qualquer altura mas mesmo para os mais optimistas isso pode não acontecer até ao fim do próximo mês, disse.

.

De um leitor

(Tradução da Margarida)

O Brig Gen Ruak teve bastantes coisas com que lidar durante o tempo em que tem sido Comandante das F-FDTL.

Compreende melhor do que ninguém o que é a interferência directa estrangeira nas F-FDTL. Esta interferência que esteve sempre a minar o relacionamento entre a PNTL e as F-FDTL (polícia e forças armadas) verificou-se desde o Relatório da Comissão Independente de Inquérito liderada pelo Presidente da República em Agosto de 2004 que citou na página 26:

" Os membros das F-FDTL estão descontentes com a criação da Unidade Especial de Polícia que parece retirar o papel das F-FDTL. Alguns instrutores Australianos influenciaram negativamente algum pessoal militar nesta visão ".

Penso que um inquérito é mais do que justificado nas circunstâncias, ao papel dos conselheiros Australianos e das suas tácticas de "dividir para reinar ". Esta não seria a primeira vez que uma nação os acusaria disso: lembrem-se da Papua Nova Guiné em 2004 e recentemente também tanto nas Ilhas Salomão como nas Fiji.

Há demasiado fumo para ao menos justificar um olhar mais perto para ver se há actualmente qualquer fogo..... e com esperança, quem são os incendiários.
.

De um leitor

Comentário no post "Xanana volta à carga contra direcção da Fretilin":

Ao contrário do que diz o Presidente da República o problema de Timor-Leste não é o Comité Central da Fretilin.

Ontem morreu mais um timorense, pertencente à comissão de reconciliação comunitária e um cidadão Brasileiro.

O problema de Timor Leste é que a violência não pára. É que há muita gente que não respeita nem a vida das pessoas, nem a autoridade do Estado e das suas instituições. Já não respeitam sequer a autoridade do Presidente Xanana. Quantos apelos já fez ele à paz? E a paz veio?
Cada vez o que ele diz conta menos, e o facto de agora se ter tornado em Presidente Jornalista que assina crónicas periódicas nos jornais só serve para que o que diga conte cada vez menos.Banalisa o que diz e assim enfraquece o que diz. Um presidente a sério deve falar pouco mas a sua palavra deve ser efectiva.

Qualquer senhor doutor que o presidente Xanana desdenha lhe teria dito isso se ele os quisesse ouvir. Porque vem nos manuais de ciência política.

E o facto de a palavra do Presidente não contar é um problema, porque sem autoridade não há ordem, e sem ordem e disciplina não há paz e sem esta não é possivel o desenvolvimento económico.E o povo sofre!

O povo sofre!

E isto é o que a FRETILIN tem dito desde o inicio. É preciso respeitar a ordem instituída. É preciso respeitar a autoridade do Estado.

A mudança se vier tem de ter lugar com eleições livres e justas.

É uma indignidade que enquanto morrem cidadão timorenses e agora estrangeiros (cooperantes que sairam dos seus países para ajudar Timor Leste)nas ruas de Dili, o Presidente ocupe o seu tempo a escrever artigos e a inflamar os ânimos contra um partido político!

O presidente Xanana não percebeu o quanto o cargo de presidente da República num sistema constitucional semi-presidencial, como o timorense, é exigente. Politicamente exigente. O presidente tem de fazer política sem entrar no jogo político partidário. Em nome dos interesses do Estado, e das suas instituições, acima dos interesses político partidários.

O Presidente tinha legitimidade para, atenta a crise criada, procurar outra solução governativa com outro primeiro ministro, mas não podendo dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas (por inexistência de leis eleitorais e condições lotísticas para a sua realização) tinha de se ter entendido com o partido maioritário. Pelo menos perante a opinião pública. E não entrar, como entrou, em guerra (pelo menos) verbal com a sua direcção. É aí que o presidente perde. E com ele Timor Leste.

O presidente com tão extensos artigos nos jornais mostra nervosismo e fraqueza. Porque se escreve tanto quer dizer que não pode ou não sabe fazer mais nada. Só se descredibilisa. E com ele o Estado timores ( ou o que resta dele.

Se a coisa assim continua não tarda que surjam (se é que já não surgiram) os saudosos da ocupação Indonésia.
.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.