terça-feira, agosto 28, 2007

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Presidente Ramos Horta: “Quanto mais rápido, melho...":

"José Ramos Horta, afirma que, se o partido FRETILIN desejar apresentar uma notificação ao Tribunal contra a sua decisão relativamente à formação do Governo pela AMP, é algo positivo porque é o Tribunal que tem a competência de decidir se um acto é legal ou ilegal."

RH está sendo hipócrita com estas palavras, porque mostra um desprezo absoluto pelas decisões dos tribunais quando impede a captura de Reinado.

Lembro que também o recém-empossado Governo mostrou o mesmo desprezo pelos tribunais quando a sua Ministra da Justiça impediu a saída de Rogério Lobato do País. E não me lembro de nessa altura RH ter dado idêntico "conselho" à Ministra.

Como sempre, a máxima "faz o que eu digo, não faças o que eu faço" prevalece...

UNMIT – MEDIA MONITORING - Tuesday, 28 August 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any consequence resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

MP questioned ISF’s mandate

The MPs on Monday (27/8) questioned the continued presence of the International Stabilization Forces (ISF) in Timor-Leste as ISF’s mandate ended on 20 August.

The MPs from the Social Democratic Party (PSD), Fernando Dias Gusmão and Elizario Ferreira from Fretilin in the plenary session asked President José Ramos-Horta to clarify ISF’s mandate.
Mr. Riak Leman from PSD on the other hand defended ISF’s presence in the country. According to Mr. Riak, the country could benefit from having the international forces, especially with the current situation.

“If not we would kill each other. The ISF came here upon the invitation of the former president, former prime minister and former president of the parliament,” said Mr. Riak. (TP)

President should define Alfredo’s status to minimize confusion

The members of the parliament yesterday (27/8) called on the state, especially President José Ramos Horta to define Alfredo Reinado Alves’ status in order to minimize the confusion and avoid conflict.

MPs from PSD, Fretilin and CNRT said that Alfredo’s status is unknown to Timor-Leste and requested clarification prior to having a dialogue. (TP)

Bishop Basilio and Xanana discuss ways to solve Timor-Leste’s problems

Bishop of the Baucau Diocese, Mgr. Basilio do Nascimento reportedly met East Timor’s Prime Minister, Xanana Gusmão on Monday (27/8) to discuss ways to solve the current problems of the country.

Speaking to the journalists, Mgr. Basilio said that the Prime Minister asked for the church’s opinion on how it [the church] could help solve the problems.

The bishop also said that although the church is concerned about the situation, it does not have the power or forces to secure and calm the situation. (TP)

Fretilin accused of corruption, ready to be investigated

The MP from Fretilin, Elizario Ferreira confirmed that Fretilin is not afraid of an investigation [Fretilin has been accused of corruption during the previous government].

Speaking to journalists on Monday (27/8) at the national parliament, Mr. Ferreira said that Fretilin is ready to be investigated by the national and international teams, including the Attorney-General.

He also revealed that there is no evidence for this accusation. (DN)

Arsenio Bano: President’s declaration goes against constitution

The MP from Fretilin, Arsenio Paixão Bano reportedly objected to President José Ramos-Horta’s decision to take the IDPs out of the Metinaro camps. “The president’s decision goes against the universal principles of the Timorese constitution,” he said. (DN)

Ramos-Horta asks permission to go to Australia

President José Ramos-Horta has sent a request [permission letter] on Monday (27/8) to the NP to travel to Sidney, Australia on a private visit.

CNRT MP Gertrude Moniz said that the situation of the nation is too volatile for the head of state to go on such a trip. She said that there are many problems that require direction from the President, such as Alfredo’s case and the Metinaro incidents. (TP)

MUNJ submits report on Alfredo to Secretary of State for Defence and Security

The Movement of National Unity and Justice (MUNJ) reportedly submitted its preliminary report on Alfredo Reinado Alves and his men on Monday (27/8) to the Secretary of State for Defence, Julio Thomas Pinto.

“We always give updates to those responsible for Alfredo’s case,” said Mr. Agostu.

He added that such report is meant to assist in solving the case. (DN)

UNMIT - Security Situation - Tuesday 28 August 2007

This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.

The security situation in Timor-Leste as a whole has been calm, but the situation in Viqueque and Metinaro remains tense.

Today in Dili, UNPol attended six incidents. These included an incident in Metinaro, where rocks were thrown at a passing bus. Police brought the situation under control and are monitoring the area. One person was injured in the attack and has been transported to Dili hospital.

Early this morning, a gang fight took place in Pantai Kelapa. Police attended and dispersed the gangs. Three people were injured in the fight, including a 29-year-old man who is in a critical condition after being stabbed in the back.

Last night in Metinaro, three houses in the vicinity of the IDP camp were set on fire. Formed Police Units and the International Security Force (ISF) responded and prevented the incident from escalating.

A total of four people were arrested in Dili district yesterday, three for rock throwing in Metinaro and one for rock throwing in a separate incident in Bebonuk.

Yesterday in Viqueque, a 25-year-old man was assaulted in Ailembata village. National police (PNTL) arrested three suspects in connection with the assault, and were intending to transport them to Baucau court today. In Viqueque town, supporters of a political party attempted to block the road outside of their party headquarters at around 1600hrs, but police attended the scene and persuaded them to remove the road block.

In Lautem yesterday, rocks were thrown at the district administrator’s office during a political protest in Los Palos. Police responded quickly to stop the throwing, and the remainder of the demonstration was peaceful. There were no reports of any injuries or damage to property.

Two days ago in Baucau, PNTL received a report of a case of arson in Samalari village. Police are investigating.

United Nations police officers in conjunction with the PNTL and the ISF remain fully deployed to respond to any disturbances that may emerge.

The Police advise to avoid traveling during the night to the most affected areas. Please report any suspicious activities. You can call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

PN - Agenda No.11/II/1a.

Segunda-feira, 27 de Agosto de 2007

A Sessão Plenária de hoje foi presidida pelo Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Sr. Vicente da Silva Guterres, coadjuvado pela Vice-Presidente, Sra. Maria da Paixão de Jesus da Costa, Vice-Secretárias, Sra. Maria da Costa Exposto e a Sra. Teresa Maria de Carvalho.
A agenda de hoje com os seguintes assuntos:

No Período de Antes da Ordem do Dia

Informação aos Senhores Deputados sobre a viagem de carácter privada de Sua Excelência o Presidente da República a Sydney, Austrália.

No Período da Ordem do Dia

Eleição para o Conselho do Estado e Conselho Superior de Defesa e Segurança.

Os Deputados apresentaram única lista para Conselho de Estado, com os seguintes membros:

Feliciano Alves
Milena Pires
Cirilo José Cristóvão
Benevides Correia Barros
Vítor Alves

Cada candidato deve apresentar seu Currículo (CV) e a carta de aceitação. A lista foi aprovada com 41 votos a favor, 4 contra e 6 abstenções.

Para o Conselho Superior de Defesa e Segurança, os Deputados apresentaram também única lista com os seguintes membros:

Fernando La Sama de Araújo, Presidente do Parlamento Nacional
David Dias Ximenes, Deputado do PN
Fernanda Borges, Deputada do PN.


Cada candidato deve apresentar o seu Currículo (CV) e a carta de aceitação. A lista foi aprovada com 48 votos a favor, 2 contra e 1 abstenção.

A proposta de Orçamento de Transição do Parlamento Nacional vai ser discutida logo que o Governo apresentar o Orçamento Geral do Estado.

Por último a Vice-presidente Sra. Maria Paixão, fez a leitura da lista dos Membros das Comissões.

E os Deputados começaram a reunir em cada comissão para eleger os membros da Mesa das Comissões Especializadas Permanentes.

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "Presidente Ramos Horta: “Alfredo demonstra honesti...":

É com tristeza mas sem surpresa que reparo que Ramos Horta passou a usar a expressão "pobre" para mais uma ofensiva manipuladora.

Nos anteriores Governos, sobretudo no 1º do qual sempre fez parte até o destruir, Ramos Horta foi um dos que usou e abusou de ser-se rico em terra de pobres.

Hoje, apresenta-se como o "presidente dos pobres" para continuar uma malévola e mal intencionada forma de direccionar os sentimentos das pessoas humildes, de forma a alcançar o pleno ditatorial.

É necessário ter cuidado, é necessário que os líderes timorenses, os de boa-fé, consigam mostrar ao Povo que quem hoje lhes chama pobres só pretende mantê-los na pobreza. Ramos Horta não nasceu para dividir, nasceu para reinar a seu bel prazer e em nome da sua estabilidade financeira,do seu status internacional, apenas e só.

Ramos Horta tem o ego do tamanho das suas mentiras astrais.

Bispo Dom Basílio do Nascimento: “Não aconteceu violação sexual no orfanato de Baguia”

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

O Bispo da diocese de Baucau, Dom Basílio do Nascimento, desmentiu a notícia que alguns jornais publicaram sobre uma pretensa violação sexual de uma menor no orfanato de Baguia. O que é verdade, diz, é que a violação ocorreu fora do orfanato, e já há muito tempo, antes dos acontecimentos de violência na Ponta Leste.

O Bispo Dom Basílio falou sobre esta questão ao JN Diário e RTTL, na sede da diocese de Baucau, sexta-feira (17/8).

Segundo Dom Basílio, aconteceu de facto um caso de violação sexual de uma menor que reside no orfanato mas essa acção imoral aconteceu fora do orfanato e não na ocasião em que os apoiantes do partido Fretilin se envolveram em acções de violência nos três distritos da Ponta Leste.

«Houve informações contraditórias. Uns, disseram que houve quem entrasse no orfanato, tendo violado oito crianças; uns diziam de 10 anos, outros de 12 anos. Hoje de manhã (sexta-feira da semana passada), recebi a informação que desmente isto, pois a violação sexual ocorreu antes dos acontecimentos de violência, e fora do orfanato, entre um rapaz e uma rapariga, ambos namorados. Com essa situação, o rapaz saiu do orfanato com a rapariga», esclareceu Dom Basílio.
O Bispo Basílio sublinhou que os rumores sobre a violação sexual ocorreram quando recebeu um telefonema de um órgão de comunicação internacional. Houve alguns órgãos de comunicação nacionais que o entrevistaram sobre o acontecimento mas, por sua parte, não confirmou as informações aos jornalistas, porque as mesmas não eram claras. Como Bispo, procurou a confirmação ou não junto da Paróquia de Laga, contudo os Padres responsáveis pelo orfanato nada sabiam da eventual violação sexual. Deste modo, o referido órgão de comunicação é que terá deturpado as suas declarações, ao ter dado a falsa informação sobre uma violação sexual no subdistrito de Baguia.

«Nesse momento, quando recebi o telefonema do órgão de comunicação perguntando-me sobre o caso, estava em Nahareca (Ossú). Não cheguei a confirmar a informação. Perguntei ao padre salesiano responsável pela Paróquia de Laga, e esse não soube do assunto. Portanto, até à data, ainda não sei se isto é ou não é verdade, porque não tenho dados concretos. Alguns órgãos de comunicação entrevistaram-me mas não dei uma informação clara por não ter dados. O jornalista interpretou mal as minhas declarações ou inventou um pouco, publicando «Bispo condena violência sexual em Baguia”. Depois, no meu gabinete, perguntaram-me porque é que o Bispo fez esta condenação. Respondi que não condenei ninguém, mas eles informaram-me que alguns jornais escreveram que o Bispo tinha condenado a violência sexual acontecida em Baguia e eu novamente respondi que o jornal é que talvez tenha condenado as acções de violência», disse o Bispo meio a rir.

Questionado sobre a violência acontecida nos distritos de Baucau e Viqueque, que resultou na destruição ou incêndios de propriedades privadas, eclesiásticas e estatais, Dom Basílio respondeu que «praticar a violência é fácil. Exterminá-la é que é difícil e não sabemos as consequências que esta violência traz para o povo de Timor-Leste, porque causará a paralisação da economia, mortes, perda de bens, casas queimadas, etc.».

Portanto o Bispo pede ao Governo para procurar meios adequados para exterminar a violência, não só com o uso de força, mas através do diálogo, para que a paz e a estabilidade possam regressar ao país.

Além disso, o Bispo Basílio pede ao Estado para analisar a razão ou a origem da violência. Pede aos apoiantes e à liderança da Fretilin para não mostrarem descontentamentos apenas com acções de apedrejamentos e promoção de violência, mas utilizando meios legais.

Questionado sobre a realização pela Fretilin de uma manifestação contra a decisão do Presidente da República acerca da formação do Governo, Dom Basílio respondeu que toda a gente tem o direito de realizar manifestações para protestar contra quaisquer decisões tomadas pelo Estado mas o melhor caminho é através do Tribunal, em vez de fazer demonstrações para destruir os bens alheios.

Caso na referida acção aconteça algum crime, o seu autor deve ser responsabilizado, tal como também a liderança dessa acção.

«Qualquer grupo ou qualquer partido que não concorde com a decisão do Estado tem um meio a seguir para apresentar a sua contestação, que é o Tribunal. Segundo a lei em vigor, em vez de praticar a violência. Se praticarmos a violência, criaremos instabilidade dentro da sociedade, na vida pública. Consideramos ter a razão mas perdemos a nossa razão por não termos autodomínio para nos colocarmos no lugar certo», afirma Dom Basílio.

Explicou que a onda de violência registada na Ponta Leste não manchou apenas o nome dessa região mas também o nome de todos os timorenses no mundo internacional.

O Bispo Basílio acrescentou que a Constituição foi elaborada e aprovada pelo partido maioritário, a Fretilin: «Está escrito claro na Constituição mas há diferentes interpretações», portanto o Bispo considera que as duas condições na Constituição, artigo 106, são legais e a decisão do Presidente da República foi justa e legal.

O Bispo Basílio pede à liderança da Fretilin que, se pensa que a decisão prejudicou o partido, deverá apresentar queixa ao Tribunal, em vez de resolver o problema nas ruas.

O problema étnico surge por causa da política

Na mesma ocasião, o Bispo Basílio clarificou que os incêndios de casas registados no subdistrito de Uatolari podem ser em parte justificados por oposições étnicas entre “Makasae e Naueti”, contudo, é preciso ter em conta que houve um aproveitamento da situação política relacionada com o descontentamento dos apoiantes da Fretilin relativamente à decisão de o Presidente da República ter entregado a formação do Governo ao CNRT e seus aliados. Acrescentou que se fosse apenas a questão étnica, a população “Makasae e Naueti” não se perseguiria mutuamente nem incendiaria casas:

«Se o problema fosse apenas étnico, penso que não haveria razão de se confrontarem. Quem é que estabeleceu este contexto, quem é que criou confrontos dentro do contexto étnico? Foi verdade, mas porque houve ocasião e tempo favorável para que estas circunstâncias surgissem, por causa da situação política ou duma situação política em que os militantes da Fretilin demonstraram o seu descontentamento num contexto em que alguns grupos aproveitaram para praticar não só a violência política mas uma violência étnica», explicou Dom Basílio.

Taur Matan Ruak: “F-FDTL mantêm-se neutrais ao serviço do Povo”

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

O Comandante das FALINTIL – Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, garante que as F-FDTL têm mantido o seu princípio fundamental, nos momentos difíceis até à data, cuidando da instituição F-FDTL e demonstrando a sua neutralidade, para continuar a servir bem no futuro.

O Comandante das F-FDTL referiu-se a este assunto no 3.º Congresso Nacional da Juventude de Timor-Leste, no Ginásio de Díli, sexta-feira (16/8).

«Temos de ter sucesso no plano importante que está a decorrer para que o povo possa conhecer as suas Forças», afirmou Taur Matan Ruak.

Matan Ruak explicou que «libertámos a nossa Pátria mas o papel das Forças Armadas é manter um princípio fundamental. No ano passado surgiu a crise e o valor das Forças Armadas foi bastante atingido. Quando fazemos uma retrospectiva para ter conhecimento, verificamos que não houve factos».

Portanto a maneira de as Forças Armadas poderem recuperar o seu prestígio é com certeza continuar a melhorar e a reforçar-se, afirmando-se como uma Força que sirva os interesses nacionais e contribua para o desenvolvimento nacional.

O Comandante das F-FDTL acrescentou que o papel das F-FDTL, na unidade nacional, no Estado de Direito Democrático da perspectiva do plano 20-20 será desenvolvido dentro de três fases. Em primeiro lugar, a luta pela independência. A instituição foi fundada na luta pela independência e as Forças Armadas assumem um papel na luta pela libertação. Este papel foi assumido quando as Forças Armadas começaram a afastar-se da política ou de qualquer partido político. Em 1977, as Forças Armadas começaram a apartidarizar-se. Na altura houve uma transformação política de um partido único para o sistema multipartidário. Isto significou, como uma consequência imediata, a apartidarização das Forças Armadas. Quando se afastam de qualquer partido, as Forças Armadas ganham um estatuto nacional, toda a gente as reconhece como entidade nacional, mesmo que reconheçam as Forças Armadas como uma Força que luta pela libertação e independência de Timor-Leste. Esta política é importante para guiar os timorenses a concentrarem-se num único objectivo, que é o da libertação da Pátria e levar Timor-Leste para uma independência total.

Taur Matan Ruak explicou que numa nação ou Estado de Direito Democrático que queira viver em paz, todos os seus cidadãos devem respeitar a Lei, incluindo as Forças Armadas. Porque um Estado de Direito Democrático sem Lei é complicado. A Lei é a base para orientar os nossos comportamentos segundo um caminho certo e transformando uma coisa informal em formal.

O papel das F-FDTL é fundamental. Não pode assegurar comportamentos de partidarismo, não pode envolver-se em actividades fora das Forças Armadas. A participação no desenvolvimento do país é fundamental e deve ser realizada pelas Forças Armadas. O primeiro objectivo é desenvolver os recursos das Forças Armadas, com o objectivo de se constituir uma Força Armada moderna e profissional. E procurar adaptar-se para participar na via do desenvolvimento.

Mari Alkatiri: “Horta e Xanana não respeitam a decisão do Tribunal”

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

O Presidente da República, José Ramos Horta, e o Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, não respeitaram o Tribunal, por terem utilizado a Fretilin-Mudança para realizar campanhas, apesar de saberem que esse grupo era ilegal, de acordo com o Secretário-Geral da Fretilin, Mari Alkatiri, que falou sobre esta questão aos jornalistas, segunda-feira (20/8), no Parlamento Nacional, em reacção às declarações do Presidente da República em que disse que a Fretilin deve apresentar notificação ao Tribunal de Recurso contra a sua decisão.

«O problema político é resolvido através da política, mas se apresentarmos o caso ao Tribunal e se o Tribunal decidir uma vitória da Fretilin, como poderemos resolver o problema?» questionou Mari Alkatiri.

Mari Alkatiri explicou que se o Presidente da República entregar o Governo apartidariamente à FRETILIN também não resolverá problemas, e não é necessário sobrecarregar o Presidente do Tribunal de Recurso para resolver os problemas políticos que devem ser resolvidos através da política.

«Como aconteceu quando a “Mudança” apresentou o caso ao Tribunal, nós ganhámos mas o problema não ficou resolvido. O Presidente José Ramos Horta e o Presidente do CNRT, Xanana Gusmão, usaram o grupo Mudança para realizar campanhas, apesar de terem conhecimento de que esse grupo era ilegal, portanto digo que eles não respeitaram a decisão do Tribunal», lamenta Mari Alkatiri.

Mari declara ainda que se os líderes no topo não respeitam a decisão do Tribunal, então mais vale não apresentar nenhum caso ao Tribunal e tentar resolver através da justiça. Explica também através do caso de Alfredo, que se evadiu da prisão e até agora não há certeza de que se deva capturar ou não capturar, «uma situação contra a decisão do Tribunal».

Mari Alkatiri explicou ainda que Railós teve o mandato de captura, ainda se encontrou com o Presidente da República e depois escapou-se e foi esconder-se. «Então, ir ao Tribunal para quê? Apenas para sobrecarregá-lo e depois continuamos a fazer as coisas segundo os nossos desejos? Não vale a pena, então seria melhor os líderes principais resolverem esse problema. Precisamos de estabilidade e de paz. Daqui a dois ou três anos, então devemos formar um Governo de grande inclusão para garantir a estabilidade e a paz no País. Neste momento grupos incendeiam casas em Viqueque, condenam a Fretilin, mas este partido não quer a violência porque a Fretilin foi vítima de violência há mais de um ano, sem contar os tempos da luta», defende Mari Alkatiri.

Salienta ainda que «gostam de usar a violência para resolver problemas porque em 2006 usaram a violência para derrubar o Governo. Quem é abriu esta situação e dividiu o país em Leste e Oeste para dar início à violência? Este caso ainda não foi respondido perante a justiça».

De acordo com o responsável, «a Fretilin fez isto porque não quer governar apartidariamente neste momento actual mas optou por um Governo de grande inclusão. A Fretilin foi o primeiro partido mais votado e assim devia indigitar o Primeiro-Ministro, portanto a própria Fretilin apresentou uma figura independente a Primeiro-Ministro através de um acordo e com base na Constituição mas rejeitaram», afirmou.

Sobre a intervenção das Forças Internacionais, acusadas de falta de imparcialidade, Mari Alkatiri afirma que «usamos essas Forças para resolver problemas mas se a sua presença é para apoiar um determinado grupo contra outro grupo, mais vale regressarem aos seus países».

Presidente Ramos Horta: “Quanto mais rápido, melhor”

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

O Presidente da República, José Ramos Horta, afirma que, se o partido FRETILIN desejar apresentar uma notificação ao Tribunal contra a sua decisão relativamente à formação do Governo pela AMP, é algo positivo porque é o Tribunal que tem a competência de decidir se um acto é legal ou ilegal.

José Ramos Horta referiu-se a esta questão em declarações ao JN Diário , quarta-feira (15/8), na sede da organização FOKUPERS, Díli.

«Desejo que a liderança da Fretilin apresente ao Tribunal de Recurso o caso da minha decisão considerada como inconstitucional e assim ficarei satisfeito», afirmou Ramos Horta.

Explicou que Timor-Leste tem o seu Tribunal, pelo que devemos respeitar a decisão do Tribunal sobre a ilegalidade de interpretação da Constituição, para que assim nos submetamos a essa decisão e se proceda à ratificação.

José Ramos Horta afirma que ele não é uma pessoa “recém-nascida”, já que ao longo de 27 anos estudou direito internacional público, não em Moçambique mas na América, no Curso de Mestrado, sobre a questão de Timor-Leste.

«Estudei muito bem a nossa Constituição e as Constituições de diversos países. Dialoguei com todos os partidos, antes de tomar a decisão, portanto não tomei uma decisão à toa», defendeu José Ramos Horta.

Acrescentou que na fase da sua vida de 24 anos de luta no exterior, quando defendia os direitos da nação de Timor-Leste, todos os assuntos eram estudados, planeados e executados, reflectindo sempre bem antes de tomar uma decisão.

Comandante das FSI, John Butcheson:“As FSI recolheram a bandeira da FRETILIN em Baucau”

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

As Forças de Estabilidade Internacionais (FSI), lideradas pelas forças australianas, recolheram, Sábado (18/9) por volta das 3 horas da tarde, 3 bandeiras de militantes da Fretilin no Suco de Bercoli (Baucau), quando viajavam de Viqueque para Baucau.

Segundo o Comandante das FSI, Brigadeiro John Butcheson, em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa no edifício das FSI (Caicoli, Díli), domingo (19/8), o acontecimento ocorreu porque os membros das FSI não ficaram satisfeitos com a atitude de alguns militantes da Fretilin.

«Ontem, Sábado (18/8), por volta das 3 horas da tarde, as FSI passaram pela Vila de Bercoli, na estrada principal de Viqueque a Baucau. Naquela zona, as forças australianas pararam e recolheram três bandeiras da Fretilin sem autorização. Chegámos a Baucau por volta das 5h30 da tarde. Essas bandeiras foram bem guardadas mas devido a reacções que surgiram, uma bandeira, entre as três, foi devolvida ao Chefe do Suco de Bercoli, que na altura estava em Baucau (por volta das 6h30 da tarde)», afirma John Hutcheson.

O Comandante das FSI explicou que, no Domingo (19/8) de manhã, as restantes duas bandeiras foram entregues aos militantes da Fretilin. Portanto, é necessário efectuar uma investigação e confirmação de uma boa maneira junto dos colegas em Baucau. Após a entrega das bandeiras não houve nenhuma acção enorme lá contra os soldados das FSI, apesar de a recolha de bandeira ser culturalmente condenada.

Acrescentou que os soldados FSI neste momento reconhecem profundamente este acontecimento e por isso tomaram a decisão de investigar o acontecimento que surgiu.

«Temos uma forte relação com os timorenses, para continuar a manter a segurança no país, continuamos a trabalhar forte para manter essas boas relações no futuro», defendeu o Comandante.

Adiantou que estão prontos a apoiar e responder a qualquer pedido do Governo de Timor-Leste, tendo em conta que a sua missão em Timor-Leste é dar assistência ao Governo de Timor-Leste, à UNPOL e à PNTL, para criar a estabilidade e manter a segurança em todo o território, fazendo com que os timorenses se possam sentir seguros.

MONALPOM ameaça boicotar as actividades do Governo

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

O Movimento Nacional Povo Maubere (MONALPOM) exige ao Presidente da República, Dr. José Ramos Horta, que paralise as actividades do Quarto Governo Constitucional formado pelo partido CNRT e os seus aliados, caso contrário boicotarão as actividades do Governo, quer a nível nacional quer nas áreas rurais. Segundo o MONALPOM, o Quarto Governo Constitucional liderado pelo Presidente do CNRT, Xanana Gusmão, é ilegítimo e inconstitucional, pois não respeitou a vontade da maioria do povo, expressa através dos votos na eleição democrática.

Essa exigência foi apresentada pelo Coordenador do MONALPOM, Sanamia, ao Jornal Nacional Diário, no Palácio das Cinzas, Caicoli, Díli, segunda-feira (20/8), após a entrega das suas exigências ao Presidente da República.

Segundo Sanamia, a AMP não foi registada na lista do CNE.

«Exigimos a paralisação do Governo inconstitucional AMP porque esse Governo não reflecte a vontade do povo nas eleições democráticas realizadas e porque a AMP não consta na lista do CNE. Neste caso, consideramos ilegítimo e inconstitucional», afirma Sanamia.

Além da paralisação das actividades do Governo exigem também a dissolução do Parlamento e a realização de eleições antecipadas, pedindo também ao Presidente da República que respeite a vontade do povo na formação de Governo.

«O Presidente da República tem de demitir este Governo, um Governo inconstitucional, e, segundo, dissolver o Parlamento, que é ilegítimo, porque na eleição parlamentar o povo não deu confiança à AMP, o povo deu os seus votos a outra organização política. A AMP, uma organização estabelecida após a eleição, não cumpriu os actos democráticos, portanto não é legítimo assegurar o Governo. Exige-se ao Presidente que considere a voz do povo, do povo pobre e em dificuldades. Apesar de a voz não ter valor, deve ser considerada porque o povo é que fez esforços para participar nas eleições. Ramos Horta olha para a realidade em vez de consultar muita gente. Deve tomar uma decisão segundo a consciência. Exige-se uma eleição antecipada para que o partido derrotado aceite o resultado e o vencedor governe», afirma o Coordenador do MONALPOM.

«Boicotaremos as actividades do Governo a partir da aldeia até ao nível nacional e não cooperaremos com esse Governo» salientou.

Segundo Sanamia, o objectivo era realizar uma acção no Palácio Presidencial, porém a segurança no Palácio Presidencial não permitiu, por se preocupar com a infiltração de terceiros que estragassem a acção pacífica e, assim, mudaram a acção para o Estádio Municipal de Díli, onde os coordenadores da acção apresentarem as suas aspirações ao Presidente da República.

Em relação ao pedido do Presidente da República para apresentar queixas ao Tribunal, em vez de realizar uma manifestação, o Coordenador MONALPOM afirmou que para levar ou não ao Tribunal, o Presidente da República é que deve saber porque foi ele quem tomou a decisão, não foram eles.

O Presidente da República é que deve apresentar o caso ao Tribunal, não pode ser outra pessoa, só o Ramos Horta é que pode levar o caso ao Tribunal, por se ter declarado como fundador da Fretilin, como fundador Maubere, não fomos nós, portanto tem todo o direito de apresentar o caso ao Tribunal», afirma Sanamia.

Segundo a observação deste diário no Palácio Presidencial, o Coordenador do MONALPOM e três representantes dos manifestantes não conseguiram encontrar o Presidente da República, que esteve ausente, e apenas conseguiram entregar os documentos com as suas exigências ao Chefe de Gabinete do Presidente da República.

O Presidente da República entregou a formação de Governo à AMP

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

A população do distrito de Baucau mostrou-se descontente com a decisão do Presidente da República em entregar a formação do Governo ao CNRT e seus aliados (AMP), não tendo respeitado a vontade democrática do povo através da eleição.

O Coordenador da FRETILIN do distrito de Baucau, Januário Joaquim Xavier, falou sobre esta questão ao Jornal Nacional Diário, recentemente, em Baucau:

«A maioria da população de Baucau é militante da FRETILIN e sabe que este partido venceu a eleição e devia formar Governo. Então, não se entende porque é que o Presidente da República entregou o poder ao partido CNRT e seus aliados, não cumprindo o que está escrito na Constituição de que o partido mais votado é que deve formar Governo e não a AMP, porque o povo de Baucau não conhece a AMP, que não existia no tempo da campanha eleitoral.

Januário Xavier refere que «O povo de Baucau está descontente com a AMP, que não existia nos tempos da campanha, reconhece apenas o CNRT e os seus colegas, então isto significa destruir a democracia e, segundo a Constituição, não é justo, porque o partido mais votado é a FRETILIN, que venceu a eleição. Por estarem a brincar à política no topo, o povo de Baucau, na maioria militantes e simpatizantes da FRETILIN, não concordam e não concordarão com essa política, porque não foi explicado ao povo de Baucau a existência da AMP».

Januário acrescentou que o incêndio dos edifícios do Governo e de algumas ONG e o bloqueio de estradas foram reacções contra as actuações de elementos do Bangladesh da UNPOL que atiraram gás lacrimogéneo aos apoiantes da FRETILIN que mobilizaram uma acção pacífica no distrito de Baucau para protestar contra a decisão do Presidente da República.

O líder da FRETILIN no distrito de Baucau afirmou ainda que relativamente aos distúrbios surgidos nesse distrito não devem culpabilizar a liderança da FRETILIN, porque o erro está na decisão que causou uma forte reacção por parte dos eleitores da FRETILIN.

A FRETILIN desde sempre afirmou que deseja evitar atitudes de anarquismo mas por causa do comportamento de arrogância da liderança de alguns partidos que desejaram raptar o poder à FRETILIN, foi esta a consequência.

«Não peçam responsabilidade à liderança da FRETILIN, porque os donos dos votos é que incendiaram e mobilizaram a manifestação. A FRETILIN apenas é uma organização, os eleitores é que exigem. A FRETILIN está consciente que a democracia não foi destruída pelo povo mas pelos líderes políticos no poder. No mundo actual, a democracia tem mais valor mas os líderes no poder utilizam o poder para destruir a democracia. Então, o povo unido teve essa reacção e não peçam responsabilidade à liderança da FRETILIN.

A FRETILIN desde o primeiro dia solicitou aos militantes e simpatizantes que não destruíssem os bens públicos, edifícios do Governo ou privados», explicou Januário.

Não são os eleitores da FRETILIN que desconhecem a democracia e praticaram asneiras mas os líderes no topo, em essencial o Presidente da República é que não conhece a democracia, porque entregou o poder do Governo ao segundo partido mais votado e aos seus aliados, com o objectivo de destruir a maioria dos votos atribuídos ao partido FRETILIN.

Presidente Ramos Horta: “Alfredo demonstra honestidade para resolver problemas”

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

O Presidente da República, Dr. José Ramos Horta, afirma que Alfredo Reinado demonstra honestidade para resolver problemas. O Presidente da República continua a dar atenção ao problema do Alfredo Reinado e dos peticionários.

«Ontem fiz uma visita ao distrito de Ermera, no cume da montanha, muitas pessoas continuam a viver pobres. Lá encontrei o Alfredo Reinado. Tenho a esperança de que neste momento o mesmo demonstra a sua honestidade e sinceridade para resolver a situação do país. Não pode haver grupos armados fora das Forças Armadas». O Chefe de Estado falou sobre esta questão na sua mensagem à nação, segunda-feira (20/8), relacionada com as comemorações do 32º Aniversário das FALINTIL.

«Como Presidente da República, compreendo as circunstâncias do dia 28 de Abril de 2006 que provocaram que o Alfredo Reinado e alguns dos seus elementos dentro das F-FDTL e PNTL abandonassem os quartéis em Díli.

É tempo de guardarmos as armas e contribuirmos para a justiça e estabilidade do nosso país», explicou o Presidente Ramos Horta.

Na ocasião, o Presidente da República convidou o MUNJ, que deu a sua colaboração positiva, a facilitar contactos com o Grupo de Diálogo Humanitário, ajudando o Presidente da República, o Governo e o Parlamento a resolver esta questão.

O laureado Nobel da Paz afirmou ainda que «os peticionários são filhos do povo, filhos dos pobres, porque o nosso país é novo, as nossas instituições são novas, a PNTL e as F-FDTL são novas instituições, novas na independência para fazer gestão, organizar logística, infra-estruturas, o que deve levar tempo. Vários problemas aconteceram, não é tempo de acusar ou criticar o 1.º Governo Constitucional, não esqueçamos que iniciámos uma nova instituição e um Estado novo. Portanto há muita coisa dentro das instituições PNTL e F-FDTL que não decorreram bem, não devido à incapacidade do Primeiro Governo Constitucional. Não se deve esquecer que a nossa Nação obteve a independência há cinco anos. Devemos reconhecer os nossos erros, realizar diálogos com o Alfredo Reinado e com os peticionários para resolver o problema e acelerar o processo de reorganização da PNTL e das F-FDTL, para que as duas Forças possam ganhar a confiança do povo».

NOTA DE RODAPÉ:

Deve estar doido varrido...

Presidente Ramos Horta: “Parabéns pelo aniversário de independência da Indonésia”

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

O Presidente da República, Dr. José Ramos Horta, felicitou o Governo e o povo indonésios, através do seu representante em Díli, pelo 62.º aniversário da proclamação da independência do seu país (17/8/1945 - 17/8/2007).

José Ramos afirmou que Timor-Leste fará os máximos esforços para reforçar as boas relações com o Governo Indonésio, mantidas desde o Primeiro Governo Constitucional.

O Chefe de Estado realçou que a comunidade, através do Estado, enviou uma carta ao Presidente da República indonésio, Susilo Bambang Yudhoyuwono, como uma prova de amizade no âmbito da comemoração do referido aniversário, na sexta-feira (17/8).

Por outro lado, o proclamador da independência da RDTL, Francisco Xavier do Amaral, afirmou que é necessária a cooperação com a Indonésia, no seu papel de país vizinho. Segundo Xavier, a relação entre Indonésia e Timor-Leste é importante, porque através de uma boa relação os dois países poderão cooperar melhor, quer no aspecto diplomático quer no económico.

O presidente do ASDT sublinhou que a sua presença na comemoração do aniversário da proclamação de independência da Indonésia teve como objectivo agradecer ao Governo Indonésio o tratamento dado quando ele (Francisco Xavier do Amaral) foi prisioneiro político na Indonésia, nos tempos da resistência.

Além disso, o Embaixador da Indonésia em Timor-Leste, Ahmed Bey Sofwan, afirmou que a presença do ex-prisioneiro político e proclamador da independência da RDTL, Francisco Xavier do Amaral, na cerimónia do aniversário é uma indicação positiva para a Indonésia, por o mesmo não ter guardado ódio em relação à Indonésia.

Ahmed espera que o povo de Timor-Leste possa olhar o passado como um momento errado e olhar para um futuro melhor dos dois países.

A cerimónia foi realizada na Embaixada da Indonésia, em Farol, Díli.

2008, ano de arranque económico

Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)

O Presidente da República, Dr. José Ramos Horta, prevê que 2008 dará início ao arranque económico, porque a nação necessita de dar um salto no crescimento económico.

Ramos Horta falou sobre este assunto aos empresários nacionais e internacionais na sua intervenção quando participou no encontro do Fórum Empresarial Timor-Leste (FMTL), no Memorial Hall (Farol, Díli), quinta-feira (16/8).

Segundo Ramos Horta, 2008 é um ano importante para o arranque económico porque o actual Governo liderado pelo ex-Presidente da República, Xanana Gusmão, tem essa filosofia para o desenvolvimento económico, que ao longo de cinco anos não teve avanço: «O ano de 2008 é o ano para o arranque económico, o país tem de saltar para a frente no crescimento económico. O Governo liderado pelo Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, tem essa filosofia».

O Chefe de Estado sublinhou que, quando assumia a pasta de Primeiro-Ministro do Segundo Governo Constitucional, fez esforços para fazer uma reforma da Lei Fiscal, mas o período de 10 meses de governação não foram suficientes para elaborar essa reforma. Porém, Ramos Horta sente-se satisfeito porque essa política pode ter continuação, pois foi aceite na totalidade pelo actual Governo.

Deu o exemplo de que, enquanto durar a actual lei fiscal, com a sua burocracia, quando o Presidente da República deseja comprar uma caneta, é necessário dirigir uma nota ao Ministério das Finanças para a compra ser aprovada, podendo demorar até um mês a aprovação do orçamento.

«Assumi o pesadelo como Primeiro-Ministro num período de 10 meses, dentro da crise, pelo que foi muito difícil fazer uma reforma urgente, que desde sempre já tinha pensado fazer. Em relação às reformas que exigem uma introdução imediata, reformas sobre as demoras dos serviços, por exemplo na execução de orçamento, onde a Lei e os regulamentos são bastante complicados, alguns ministros não conseguem compreender estas coisas porque há muita centralização. No Ministério das Finanças, por exemplo, como já referi, pois para comprar uma caneta o Presidente da República tem de enviar uma nota ao Ministério pedindo autorização. Isto é um desafio que não resolve as dificuldades e os pequenos problemas, que, por serem demasiados centralizados se tornaram num pesadelo para a administração, não conseguindo funcionar bem», explicou Ramos Horta.

O laureado Nobel da Paz 1996 afirmou ainda que as leis e os regulamentos em vigor no Primeiro Governo Constitucional não foram impostos pelo anterior Primeiro-Ministro, Mari Alkatiri, mas pela UNTAET, pelo que foi também um erro por parte da UNTAET, que tinha administrado Timor-Leste.

Destacou que as Nações Unidas esqueceram a realidade e a cultura deste povo, impondo condições que deviam ser mais adequadas na Europa, portanto como Presidente da República culpabiliza a política da referida organização, imposta na governação de Timor-Leste.

Ramos Horta referiu ainda que, quando era Primeiro-Ministro, falou com o FMI, Banco Mundial e UNDP para darem uma orientação política mais positiva para Timor-Leste.

Acrescentou que a sua política teve também o apoio de peritos de alguns países, portanto ordenou ao FMI que elaborasse uma proposta de reforma fiscal mas, com um período de mandato limitado, a referida proposta não chegou a ser enviada ao Parlamento Nacional para a aprovação. Contudo, Ramos Horta mostra-se satisfeito porque o Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, concorda inteiramente com a sua política fiscal, aceitando a recomendação que tinha apresentado. Portanto, Ramos Horta pensa que o novo Parlamento Nacional dará prioridade à reforma fiscal, que eliminará os impostos em Timor-Leste, tornando-o como Hongkong. Assim se dinamizará, de acordo com o chefe de Estado, a economia, pois os preços de mercado poderão baixar e os consumidores poderão aumentar o seu poder de compra.

Horta salientou que, ao contrário do que se verificava em 2000, neste momento Timor-Leste já tem orçamento próprio, portanto não é necessário o pagamento de impostos como fonte de receitas ou rendimento da nação, porque o orçamento do Mar de Timor é suficiente para o desenvolvimento do país.

Deixem passar esta linda brincadeira

Timor Lorosae Nação - 26 de Agosto de 2007
Presidente diz: cada macaco no seu galho!

por: Ana Loro Metan

A política timorense parece de facto uma brincadeira pelo que passei a compreender a perspectiva da ministra da justiça, Lúcia Lobato, quando ainda não há muito tempo se referia a assuntos de Estado com a definição bem exacta “brincadeira”.

Como já me acusam de ser uma indefectível defensora de Lúcia Lobato, fiquem sabendo que uma vez mais a estou a defender e a dar-lhe razão sobre os procedimentos brincalhões deste governo e deste presidente da república – hoje saem todos com minúsculas porque estou Zangada!

Este novo (velho) governo da AMP patrocinado pelo senhor presidente da república e chefiado por Xanana Gusmão – só por isso é que Horta aceitou nomear a AMP – já tomou posse há quase três semanas.
É costume, em democracias, que os governos apresentem atempadamente os seus programas. Expliquem e ponham à votação dos parlamentos para onde vão, o que querem fazer…

Pois, mas neste caso parece que isso irá tanto acontecer – à séria - quanto aconteceu os partidos que constituem a AMP terem apresentado um programa eleitoral à séria. Assim sendo, bem podemos esperar deitados e dormitando porque o prazer e a “sabedoria” do agora primeiro-ministro pelo improviso certamente vai marcar estes próximos tempos de “governação”.

Nesta perspectiva não admira que se confundam os detentores dos altos cargos desta república de xananas e que Ramos Horta ande a dar numa de primeiro-ministro enquanto o primeiro Xanana anda calado que nem um isso, apaziguador, como um presidente desta coisa, consensual desde que lhe convenha. Temos um presidente que faz diplomacia paralela, substituindo-se ao governo, e que vai para o estrangeiro – Indonésia - fazer declarações mais governamentais que outra coisa, afirmando que Timor-Leste está a ficar num mar de petro-rosas e que nem precisa de medidas de excepção, necessitando simplesmente de policiamento pelo que os militares australianos ficarão a desempenhar essa condição…

Então, mas policiamento não tem a ver com polícia?

Não é em estados de excepção que se recorre aos militares?

Policias estrangeiros que estão neste país não é GNR e mais uns quantos que integram a UNPOL?

Os militares australianos e neozelandeses – que são a mesma coisa – não integram a ISF? A ISF não é uma componente militar fora do controle da ONU, com comanda próprio e autónomo?
Ah, então afinal isto é um estado de excepção que só no estrangeiro indonésio é que não é!
Compreende-se toda esta baralhação - ou brincadera? - se nos esforçarmos por recordar que o presidente pela-se por viajar e já estava cá há tempo demais…

Não foi para mostrar serviço porque isto nem é serviço… Foi para arejar.

Noutra vertente das ocorrências desta república teve o seu presidente, Ramos Horta, - é bom que se diga o nome para não confundirmos – umas palavras severas para o Fórum dos Empresários de Timor-Leste, considerando insultuosas as palavras proferidas na declaração daquela organização empresarial.

Por tais palavras o primeiro minis…, digo, magistrado da nação, Ramos Horta, exigiu um pedido de desculpas.

A declaração, assinada pelos responsáveis da organização, Júlio Alfaro, Óscar Lima e Frankelino Castro, tornaram públicas as preferências destas elites governativas pelos investidores estrangeiros em detrimento dos investidores timorenses – o que é verdade, sabemos nós. “O presidente é o presidente dos estrangeiros em vez de ser o presidente de Timor-Leste”… Ramos Horta exige um pedido de desculpas perante este sentir dos empresários timorenses.

Abespinhou-se ainda mais porque “escandalosamente o senhor Alfaro, como exemplo, visou especificamente os cidadãos de um país amigo”, reza no comunicado da presidência desta coisa. Francamente, mas o senhor Alfaro não compreende que quem patrocinou a campanha de Ramos Horta foram “estrangeiros amigos”, aliás, como Xanana.

O senhor Alfaro e os empresários timorenses contribuíram com alguma coisinha para que os salvadores da pátria fossem eleitos?

Então… mas favores com favores se pagam… Compreenderão esta lógica os senhores Alfaros desta república?

Claro que o presidente tinha de afirmar no comunicado: “Enquanto for presidente de Timor-Leste não aceitarei qualquer tentativa de Timorenses, do governo ou do sector privado para discriminar contra estrangeiros.”

Oh, senhores Alfaros, francamente, discriminar estrangeiros para quê? Então não é melhor discriminar os timorenses?

Exactamente para salvaguardar essa condição, “sine-qua-non”, é que também é afirmado no comunicado: “Apelo ao Parlamento Nacional e ao Governo para nem sequer sonharem em introduzir medidas discriminatórias. O que o senhor Alfaro disse é muito perigoso dado que pode levar a começar a acusar estrangeiros se perderem um contrato para um projecto. Isso aconteceu no regime de Suharto – ele discriminou contra os Chineses, e isso aconteceu no Uganda, onde sob Idi Amin perseguiram os Indianos e expulsaram centenas de milhares do dia para a noite. Isso não acontecerá cá.”

É um prazer, ter o prazer, de ver o prazer com que este presidente primeiro-ministro dos negócios estrangeiros brinca, fazendo lembrar a velhota máxima que fala de cães a ladrar e caravanas a passar, ou seja: “os representantes dos órgãos sociais timorenses falam mas a elite imposta através de descarados expedientes vai brincando como quer”.

Pois claro, macacos me mordam se não é cada macaco no seu galho… que o respeito pelas elites perversas e absolutas tem de ser observado…. Nem que para isso seja necessário recorrer a tropas estrangeiras… amigas.

Tão amigas que foram quem também contribuiu para pôr esta elite no poder desta república.

Sweden aims to offer bilateral aid to fewer countries

Deutsche Presse-Agentur - Aug 27, 2007, 15:36 GMT
By Lennart Simonsson

Stockholm - The Swedish centre-right government that took office a year ago said Monday it aimed to halve the number of countries that receive bilateral aid to increase efforts to combat poverty, phasing out aid to Vietnam and China.

International Development Cooperation Minister Gunilla Carlsson cited 'better efficiency' as one of the arguments for reducing the number of bilateral aid recipients from the current 70 to 33.
Future bilateral recipients were grouped according to three categories.

One category included 12 countries - mainly in Africa - that Sweden has had long-term development cooperation with and included Tanzania, Ethiopia and Bangladesh, she said when presenting the proposal.

Another group of 12 countries or regions were those impacted by conflict - recent or ongoing - and included Liberia, Somalia, Sudan, Afghanistan, East Timor, Iraq, the West Bank and Gaza, while nine countries mainly in Eastern Europe would receive support to shore up democratic reforms, Carlsson said.
About a third of Sweden's annual aid budget, worth some 30 billion kronor (4.3 billion dollars), is earmarked for bilateral aid.
Along with its Nordic neighbours Norway and Denmark, Sweden is one of five countries that has committed more than 0.7 per cent of its gross national income to aid, according to the OECD Development Assistance Committee.

On Africa, the minister said 'the needs to combat poverty were the greatest on that continent,' citing challenges like conflicts, HIV/AIDS and the risk of famine.

Countries that would be dropped from bilateral aid programmes such as Sri Lanka, Nicaragua, South Africa or Namibia would receive Swedish funding via the UN, the European Union or other multilateral agencies, Carlsson said, adding that the transition period would likely take up to five years.

Anders Forsse, former head of the government aid agency SIDA, welcomed the initiative, saying 'development aid is not just a matter of sending money to poor countries with incomplete administrations and quite extensive corruption.'

Forsse said he even favoured reducing the number of bilateral aid recipients to some 20 countries to ensure a proper overview.

Reactions from non-governmental aid agencies were cooler.

Birgitta Silen of the Olof Palme International Centre that has close ties with the country's opposition Social Democrats said the reductions could weaken support for generous development aid among the Swedish public.

Bulletin Sued For Defamation By Former Director Of Australian Defence Intelligence Organisation

Lawfuel.com/ABC – Monday, August 27, 2007

Legal Newswire - Australian law news - The ABC reports that a former director of the Defence Intelligence Organisation is suing the publisher of The Bulletin magazine for defamation, over articles published in 2004.

Frank Lewincamp has told the ACT Supreme Court the most damaging allegation made by the magazine is that he intentionally cut off the flow of intelligence to Australian troops serving in East Timor.

Mr Lewincamp's lawyers say that ACP Publishing used the defence of truth when the proceedings began about three years ago, but have abandoned that defence in the lead-up to the trial.

Prominent members of Australia's defence community are expected to give evidence, including former armed forces chief General Peter Cosgrove.

Indonesia to send combat troops to East Timor border in November - agency

BBC Monitoring Asia Pacific - August 27, 2007

Source: Kompas Cyber Media website, Jakarta, in Indonesian 25 Aug 07
[Report attributed to Antara new agency headlined: "Udayana Military Area Command Readies Combat Troops to be Sent to NTT-East Timor Border"]

This item reported that IX Military Area Command (MAC)/Udayana is currently preparing to send combat troops to the East Timor-Indonesia border at the beginning of November.
According to the article, 743 Infantry Battalion/Pradya Samapta Yhuda, which is part of 161 Military Sub-area Command/Wirasakti, will replace 742 Infantry Battalion/Satya Wira Yhuda from Lombok, West Nusa Tenggara.

The 660 troops in 742 Infantry Battalion have been serving along the border since 13 November 2006. Some of these troops were based in Belu District, which borders Cova Lima District in East Timor, whereas others were in North Central Timor District, which borders the Oecussi enclave.

"Their assignment along the border will be a combat operation and so preparations also need to combat orientated," said IX MAC Commander Major General Syaiful Rizal, after presiding over a roll call of troops in 743 Infantry Battalion in Naibonat, Kupang District on 25 August.

He added that in order to carry out a combat operation along the border, troops needed to be equipped with the appropriate kit. "The weapons and munitions they will take are for combat purposes, and this is why I am checking on their readiness," Rizal was quoted as saying.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.