quarta-feira, junho 28, 2006

Ana Pessoa "muito preocupada" com formação novo governo

Lisboa, 28 Jun (Lusa) - A número dois do governo demissionário timorens e, Ana Pessoa, manifestou-se hoje "muito preocupada" com o processo de formação do novo executivo, afirmando que "até ao momento", não houve qualquer contacto e ntre Xanana Gusmão e a direcção da FRETILIN.

"Não tem havido qualquer contacto do Presidente da República com a direcção da FRETILIN. Uma delegação nomeada pelo Comité Central está desde domingo à espera de uma reunião com o presidente Xanana Gusmão para analisar a situação a ctual", disse à Lusa.

Contactada telefonicamente em Díli, Ana Pessoa, ministra de Estado e da Administração Estatal, referiu que no domingo passado, através da missão da ONU em Timor-Leste, tinha ficado acordada a realização da reunião segunda-feira.

No entanto, referiu, apesar de numerosos contactos com a Presidência da República, esse encontro "ainda não foi agendado".

Ana Pessoa admitiu que Xanana Gusmão possa estar já a contactar individualmente membros do governo ou elementos da FRETILIN, garantindo, no entanto, que "isso não significa contactos com a direcção da FRETILIN".


"Vejo esta situação com muita preocupação, particularmente pelas declar ações do Presidente da República que aludiu à possibilidade de dissolução do Parlamento Nacional e a convocação de eleições antecipadas", afirmou.

"Do meu ponto de vista é inconstitucional agir nestes moldes e falar-se de governos de iniciativa presidencial", sublinhou.

Num comunicado divulgado hoje à noite, Xanana Gusmão defendeu que a cri se em Timor-Leste só será "completamente ultrapassada" com eleições a realizar " logo que possível" e anunciou ter iniciado diligências para a formação de um novo governo com a "maior urgência".

"Estou consciente de que a crise actual só poderá ser completamente ultrapassada através de eleições livres a realizar logo que possível", lê-se no documento da Presidência da República.

"Mas o país precisa, entretanto, de ser governado com eficácia e justiç a, no respeito pela Lei Fundamental, até estarem criadas condições para marcar a data do acto eleitoral e chamar o povo a decidir", sublinha Xanana Gusmão.

Por isso, refere, é "da maior urgência a formação de um novo governo", frisando que está a realizar diligências nesse sentido "no actual quadro parlamentar", em que a FRETILIN detém 55 dos 88 lugares do Parlamento.

Fonte oficial disse hoje à Lusa que Xanana Gusmão iniciou o processo de consultas aos partidos terça-feira, depois do Conselho de Estado, com uma reunião com o presidente da FRETILIN, Francisco Guterres "Lu-Olo".

Ana Pessoa disse que segundo os dados de que dispõe, Xanana Gusmão terá já contactado elementos do executivo demissionário, incluindo Rui Araújo (ministro da Saúde), Arsénio Bano (Trabalho e Solidariedade) e José Ramos-Horta (Negócios Estrangeiros e Defesa).

ASP.

.

Eleições na primeira semana Novembro se Parlamento for dissolvido

Díli, 28 Jun (Lusa) - Timor-Leste poderá ter eleições legislativas ante cipadas na primeira semana de Novembro, caso fracassem as diligências do Preside nte da República, Xanana Gusmão, para formar um novo governo no actual quadro pa rlamentar, disse hoje à Lusa fonte oficial.

A fonte, que solicitou o anonimato, acrescentou que Xanana Gusmão "prossegue quinta-feira o processo de consulta aos partidos políticos com representaç ão parlamentar".

Este processo, referiu, iniciou-se já terça-feira, no final do Conselho de Estado, com uma reunião com o presidente do partido maioritário, a FRETILIN, Francisco Guterres "Lu-Olo".

"A audição dos partidos políticos com representação parlamentar decorre das obrigações constitucionalmente previstas, quer para a formação de um novo governo quer para a dissolução do parlamento", adiantou a mesma fonte.

O processo corre em paralelo para que não se perca tempo e seja possível formar um novo governo ou dissolver o parlamento, tendo em conta a situação de crise que o país atravessa, acrescentou.

Caso o Presidente da República opte pela dissolução do Parlamento, o Conselho de Estado será convocado expressamente para esse efeito.

As eleições legislativas estão previstas para o primeiro trimestre de 2007.

A Presidência da República distribuiu hoje à noite (hora local) uma Declaração Presidencial, em que Xanana Gusmão defendeu que a crise em Timor-Leste s ó será "completamente ultrapassada" com eleições a realizar "logo que possível" e anunciou ter iniciado diligências para a formação de um novo governo com a "maior urgência".

"Estou consciente de que a crise actual só poderá ser completamente ult rapassada através de eleições livres a realizar logo que possível", lê-se na Declaração Presidencial.

"Mas o país precisa, entretanto, de ser governado com eficácia e justiç a, no respeito pela Lei Fundamental, até estarem criadas condições para marcar a data do acto eleitoral e chamar o povo a decidir", sublinha.

Por isso, refere, é "da maior urgência a formação de um novo governo".

"No âmbito dos poderes que me são conferidos pela (...) Constituição, j á encetei diligências adequadas para, no actual quadro parlamentar, procurarmos uma solução estável de governação que se mostre apta a restaurar a paz e a confi ança do nosso povo nas instituições democráticas por cujo funcionamento sou eu, como Presidente da República, o primeiro e último responsável", sublinha.

"A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão do Prim eiro-Ministro [Mari Alkatiri] implica, automaticamente, a queda do governo que c essa as suas funções com a nomeação e tomada de posse do novo", lê-se ainda na D eclaração Presidencial.

EL/PNG.

FRETILIN diz ter 30 mil pessoas prontas para entrarem em Díli

Díli, 28 Jun (Lusa) - Mais de 30 mil militantes e simpatizantes da FRET ILIN estão preparados para entrar em Díli, mas a chegada à capital apenas deverá ocorrer quinta-feira de manhã, disse hoje à Lusa fonte do partido maioritário e m Timor-Leste.

A decisão decorre de uma reunião realizada hoje à tarde (hora local), e m Díli, entre representantes da FRETILIN, das forças militares internacionais e da GNR, tendo ficado concertado que a entrada dos manifestantes na cidade será e nquadrada por efectivos australianos e portugueses, segundo a mesma fonte.

Os manifestantes, "que se fazem transportar em muitas centenas de viatu ras, não devem vir hoje", por ser já de noite em Díli (mais oito horas do que em Lisboa, acrescentou.

O presidente da FRETILIN, Francisco Guterres "Lu-Olo", e o secretário-g eral adjunto do partido, José Manuel Fernandes, deslocaram-se ao fim da tarde (h ora local) a Metinaro, 45 quilómetros a leste da capital, onde os manifestantes estão concentrados, para coordenar a sua partida para Díli.

Carta de um leitor ao Presidente

Tradução da Margarida:

"Apelo ao Presidente da RDTL para parar a continuação da violência em Timor"
De um leitor:

Apelo ao Presidente da RDTL para parar a continuação da violência em Timor. Ao contrário do que V. Excelência previu a resignação do Primeiro-Ministro não só não resolveu nenhuma questão em Timor-Leste como somente complicou a situação.

Continua o queimar de casas em Dili. A maioria das casas que estão a ser queimadas são, como deve estar ciente, propriedade de simpatizantes e militantes da FRETILIN. Apelo-o a não agravar a já delicada situação. Há milhares de pessoas a manifestarem-se a favor do Primeiro-Ministro a quem o Ministro dos Estrangeiros acusa de ser impopular. Vossa Excelência, por favor mostre as suas capacidades de liderança e o seu respeito pelas Democracia e não prejudique a entrada dos manifestantes que apoiam o Primeiro-Ministro. Vossa Excelência tem autorizado e apoiado as concentrações dos que reclamam acções de Vossa Excelência que podem violar a Constituição e fazer perigar a Democracia em Timor-Leste.

A FRETILIN tem mostrado tolerância, por favor não continue a testá-la no interesse da nossa nação. A FRETILIN tem mostrado que quer resolver a questão, mesmo apesar do pedido para a resignação dum legítimo Primeiro-Ministro ter sido uma decisão que Vossa Excelência tomou à margem do respeito dos limites da Constituição; O nosso Primeiro-Ministro respondeu a esse pedido no interesse da nação, por favor respeite este princípio.

Peço a Vossa Excelência que assegure que haja um diálogo adequado e consideração pela FRETILIN e que respeite o Parlamento.

Peço a Vossa Excelência que assegure que todas as facções rebeldes conhecidas como os “Peticionários” incluindo o Major Tara e as alegadas milícias sejam mantidas aquarteladas à guarda das forças de segurança estrangeiras na RDTL para que as suas queixas e alegações possam ser investigadas. Isso garantirá que as pessoas de Ermera possam ter alguma segurança e às de Dili regressarem à suas casas.

Peço ao Presidente da República que não se esqueça que a FRETILIN tem 55 membros no Parlamento. Peço ao Presidente para não se esquecer que o povo mostrou confiança nas recentes eleições locais de 2005 livres e justas onde a FRETILIN ganhou a maioria dos votos.

Bastante é bastante. Por favor aprenda e lembre-se dos erros do passado porque a violência só traz violência.

Continuo a ser um cidadão orgulhoso de Timor-Leste.

E com tanta pressa que se esqueceu de ouvir o partido mais votado e já começou a convidar ministros...


Será que Ramos-Horta já foi convidado para PM?

Será que os ministros que se demitiram também?

Será que um deles até já ligou para as direcções gerais a dizer que a partir de agora quem manda sou eu?...

Shame on you...



PR vai nomear com urgência novo governo para preparar eleições

Díli, 28 Jun (Lusa) - O presidente Xanana Gusmão declarou hoje que a cr ise em Timor-Leste só será "completamente ultrapassada" com eleições a realizar "logo que possível" e que iniciou diligências para a formação de um novo governo com a "maior urgência".
"Estou consciente de que a crise actual só poderá ser completamente ult rapassada através de eleições livres a realizar logo que possível", lê-se num co municado do presidente timorense divulgada em Díli.
"Mas o país precisa, entretanto, de ser governado com eficácia e justiç a, no respeito pela Lei Fundamental, até estarem criadas condições para marcar a data do acto eleitoral e chamar o povo a decidir", sublinha.
Por isso, refere, é "da maior urgência a formação de um novo governo".
"No âmbito dos poderes que me são conferidos pela (...) Constituição, j á encetei diligências adequadas para, no actual quadro parlamentar, procurarmos uma solução estável de governação que se mostre apta a restaurar a paz e a confi ança do nosso povo nas instituições democráticas por cujo funcionamento sou eu, como Presidente da República, o primeiro e último responsável", sublinha.
"A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão do Prim eiro-Ministro [Mari Alkatiri] implica, automaticamente, a queda do governo que c essa as suas funções com a nomeação e tomada de posse do novo", lê-se ainda no c omunicado de Xanana Gusmão.
No documento, Xanana Gusmão refere-se também às medidas de excepção que decretou a 30 de Maio, à remodelação governamental que promoveu a 3 de Junho, c om a posse de novos ministros da Defesa (José Ramos Horta, em substituição de Ro que Rodrigues) e do Interior (Alcino Baris, em vez de Rogério Lobato), e ao plan o de acção que apresentou ao Conselho Superior de Defesa e Segurança.
"Foram instrumentos indispensáveis para assegurar o mínimo de operacion alidade dos serviços públicos essenciais na resposta à situação de catástrofe so cial e política então iminente", sublinha.
"Ouvido o Conselho de Estado, no dia 27 de Junho, prorroguei por mais 3 0 dias as medidas de excepção em vigor, a fim de prosseguir a urgente reposição da ordem pública e o socorro de emergência às populações deslocadas", acrescenta .
As medidas anunciadas por Xanana Gusmão a 30 de Maio, para vigorar dura nte 30 dias, incluem "a apreensão de armas, munições e explosivos", "a vigilânci a de pessoas, edifícios e estabelecimentos" e a "exigência de identificação de q ualquer pessoa que se encontre ou circule em lugar público ou sujeito a vigilânc ia policial".
Timor-Leste vive uma situação de crise político-institucional desde o f inal de Abril, que levou as autoridades de Díli a solicitarem a intervenção de f orças policiais e militares de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia.
A violência ocorrida desde então provocou três dezenas de mortos e mais de 145 mil deslocados.
Hoje mesmo, diversas casas e lojas foram queimadas em Díli por grupos d e jovens, antes de milhares de manifestantes que exigiam a demissão de Mari Alka tiri da chefia do governo e a dissolução do Parlamento Nacional terem abandonado a cidade.
A FRETILIN, que tem a maioria no Parlamento (55 dos 88 deputados), anun ciou que 30 mil militantes e simpatizantes do partido deverão chegar quinta-feir a de manhã a Díli para expressar o seu apoio a Mari Alkatiri.
PNG/EL.

Suspensas emissões de rádio e TV após ataque a instalações RTTL

Lisboa, 28 Jun (Lusa) - A Rádio e Televisão de Timor-Leste (RTTL) suspe ndeu hoje as suas emissões por razões de segurança, na sequência de um ataque às suas instalações por um grupo de jovens, disse à Lusa o director-geral da estaç ão.

"Após um encontro entre a direcção e as redacções da televisão e da rád io, decidimos suspender as emissões, porque alguns dos nossos jornalistas e func ionários foram ameaçados e estão em pânico", disse Virgílio da Silva Guterres, c ontactado telefonicamente em Díli.

"As emissões só serão retomadas quando as forças internacionais garanti rem a segurança das instalações", referiu.

O incidente ocorreu cerca das 10:30 locais (02:30 em Lisboa), quando de zenas de jovens apedrejaram e tentaram invadir as instalações da RTTL em Caicoli , centro da cidade, aparentemente em retaliação pela transmissão, terça-feira à noite, de uma notícia sobre a concentração de milhares de apoiantes da FRETILIN nos arredores de Díli, em que alegadamente o Presidente da República, Xanana Gus mão, terá sido injuriado.

Apesar de ser uma área de actuação das tropas australianas, uma patrulh a da GNR, cujo quartel se situa nas proximidades, interveio e conseguiu dispersa r os atacantes, tendo detido o líder do grupo, segundo o comandante operacional do contingente português em Timor-Leste, capitão Gonçalo Carvalho.

Virgílio da Silva Guterres disse à Lusa que cinco pessoas que se encontravam nas instalações da RTTL durante o incidente sofreram ferimentos ligeiros, ao tentarem fugir por uma zona em que havia arame farpado.

Na altura do incidente, estavam no edifício cerca de 50 pessoas, entre jornalistas e familiares de funcionários que ali têm estado nos últimos dias, po r razões de segurança, disse.

Virgílio da Silva Guterres, que é presidente da Associação de Jornalist as de Timor-Leste, condenou o incidente, salientando que a notícia transmitida t erça-feira sobre a intervenção do líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, junto dos se us apoiantes se limitou a "relatar o que aconteceu".

"A nossa notícia não tinha qualquer comentário. Apenas imagens e o discurso de Mari Alkatiri", sublinhou.

Virgílio da Silva Guterres referiu que informou José Ramos Horta, ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, e o comando das forças australianas sobre a decisão de suspender as emissões da rádio e televisão da RT TL.

"Comunicámos a José Ramos Horta a nossa posição e também às forças aust ralianas, às quais fizemos um pedido oficial para que garantam a segurança das n ossas instalações", disse.

"Só voltaremos a emitir quando a situação estiver normalizada em Díli o u se houver segurança nas instalações", frisou.

às 19:45 locais (11:45 em Lisboa), a RTTL estava a transmitir a emissão da RTP-I, em vez da sua programação habitual.

Virgílio Guterres admitiu que a RTTL poderá retomar pontualmente as emi ssões para transmitir comunicações do Presidente da República, Xanana Gusmão, ou de quaisquer outros dirigentes timorenses, se for garantida a segurança dos fun cionários.

"Se for garantida a segurança do edifício, poderemos retomar a transmis são de programas", disse ainda, admitindo alguma dificuldade em mobilizar os jor nalistas para trabalhos no exterior.

"Alguns deles estão em pânico", justificou.

A suspensão das emissões afectará a transmissão dos jogos do campeonato mundial de futebol a decorrer na Alemanha, porque os técnicos da RTTL não compa recerão nas instalações da televisão, acrescentou Virgílio da Silva Guterres.

A RTTL tem cerca de uma centena de funcionários, incluindo 36 jornalist as de televisão.

...
PNG/EL.

Violência de gangs ataca Dili

Tradução da Margarida:

Jane Holroyd
Junho 28, 2006 - 1:08PM

Um gang violento em Dili atacou mulheres e crianças num campo de deslocados perto do porto principal da cidade.

Um grupo de cerca de 70 ou 80 homens atirou pedras e ameaçou matar os deslocados, que se abrigaram debaixo de um muro baixo enquanto as tropas Australianas tentavam manter os seus atacantes à distância.

O correspondente do The Age em Timor-Leste Lindsay Murdoch, disse que a violência tinha rebentado em Dili, durante a noite depois do deposto Primeiro-Ministro Mari Alkatiri ter feito um discurso inflamatório a milhares dos seus apoiantes que se juntaram no exterior da capital, ontem.

O discurso do Sr Alkatiri foi passado na televisão, e agora milhares de manifestantes anti-Alkatiri estão a lançar o caos em Dili.

A estação de televisão que transmitiu a reportagem foi atacada, enquanto cerca de 20 casas pertencentes a políticos e outros associados do Sr Alkatiri foram alvo de incendiários durante a noite e esta manhã.

Alkatiri, que resignou como primeiro-ministro esta semana, debaixo de intense pressão política e pública, disse a cerca de 2,000 apoiantes perto da cidade, hoje, que deviam ser mais fortes e melhores que os seus detractores, a quem acusou de pilhagens e de queimarem casas durante violentos levantamentos na capital no final de Maio.

"Eles destruíram a cidade de Dili, queimaram, pilharam e mataram a nossa gente, e depois eles acusaram-me de ser um terrorista, comunista e um assassino," disse.

Murdoch disse que o gang que tacou o campo de deslocados acreditavam que as mulheres e as crianças eram do leste do país, onde a maioria dos apoiantes do Sr Alkatiri estão localizados.

"É uma coisa terrível ver mulheres e crianças com medo," disse Murdoch, que estava a metros de distância quando começou o atirar das pedras.

"Algumas choravam. Estavam realmente assustadas. Estavam lá garotos pequenos e mães com bébés ao colo."

Ontem ao fim do dia Alkatiri pediu aos seus apoiantes para se manterem for a da cidade pelo menos até Sexta-feira quando vai ser interrogado por procuradores.

...
Entre as casas incendiadas esta manhã está a de José Reis, um dos ajudantes mais próximos de Alkatiri.

A resignação de Alkatiri na Segunda-feira foi vista por muitos como uma chave para acalmar meses de tensões politicas e desassossego na mais jovem nação da Ásia.

O Presidente Xanana Gusmão anunciou ontem planos para formar um governo interino mas não disse quem substituiria Alkatiri. Muitos acreditam que José Ramos Horta, o vencedor do prémio Nobel da paz e ministro dos estrangeiros, será nomeado para o cargo.

Gusmão disse que os poderes de emergência serão prolongados às forças de segurança por um mês para prevenir grandes ajuntamentos, perseguir suspeitos e confiscar.

Como cumpriram para entrar...

Manifestantes cumprem ordens de Xanana e saem de Díli


Díli, 28 Jun (Lusa) - Os manifestantes que desde quinta-feira passada s e concentraram em Díli para exigir a demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri e a dissolução do Parlamento saíram da capital timorense cumprindo ordens do pr esidente Xanana Gusmão, disse o líder dos contestatários.

Segundo o major Alves Tara, coordenador-geral da autodenominada Frente Nacional Justiça e Paz, que falava em conferência de imprensa, a saída dos manif estantes correspondeu a "ordens do Presidente".

Sobre o que vai fazer a seguir, o major Alves Tara disse que vai aguard ar 30 dias, o novo prazo que deu para que a dissolução do Parlamento Nacional de Timor-Leste seja concretizada.

"Recebemos uma declaração do Presidente sobre a formação do novo governo, do governo transitório, e vamos esperar 30 dias para saber o resultado", afir mou.

Relativamente aos actos de violência registados terça-feira à noite e hoje tarde em Díli, o major Alves Tara ilibou os seus manifestantes.

"Nenhum dos meus homens esteve envolvido. Ontem à noite houve alguns di stúrbios em Díli. Não sei qual foi o grupo, mas correram informações que o prime iro-ministro [Mari Alkatiri] foi atiçar o grupo de FRETILIN e muita gente ficou descontente", explicou.

O major Alves Tara referia-se à ida de Mari Alkatiri, que é também secr etário-geral da FRETILIN, acompanhado do presidente do partido, Francisco Guterr es "Lu-Olo", a Hera, a 12 quilómetros de Díli, para dissuadir os seus militantes e simpatizantes de entrarem na capital.

"Muita gente ficou descontente com as palavras do primeiro-ministro, qu e disse que os 'loromonu' (naturais dos 10 distritos mais a ocidente do país) é que tinham queimado as casas", acrescentou o major Alves Tara.

A saída dos manifestantes contribuiu para fazer diminuir o clima de ten são na capital, marcada durante a noite de terça-feira e a manhã e tarde de hoje (hora local), com confrontos entre grupos rivais, pró e contra Mari Alkatiri, e a destruição de cerca de 20 casas e lojas, maioritariamente pertencentes a timo renses "lorosae", ou naturais dos três distritos da parte leste do país (Baucau, Lospalos e Lautém).

Destes incidentes resultaram mais de 20 detenções.

EL.

Vergonhoso! Desinformação. Hasegawa mente. (tradução da Margarida)

Tradução:

AVISO DE SEGURANÇA DA ONU – QUARTA-FEIRA 28 JUNHO

Conforme se temia ontem no relatório de Segurança, a entrada de um grande número de simpatizantes pro-Alkatiri resultou em numerosos incidentes de segurança durante a noite incluindo um número de ataques incendiários.

Esta manhã foral relatados distúrbios violentos no campo de deslocados no Aeroporto e perto do Hotel Timor o que indica que o potencial para confrontos entre grupos rivais permanece elevado.

São repetidos os avisos anteriores para limitar viagens essenciais somente, para combinar movimentações com a SOD e para evitar multidões. Em adição, lembra-se aos membros do pessoal que devem regressar às suas casas antes da noite e lá permanecer e somente fazerem deslocações essenciais durante a noite.

Foi-nos dito pelo CTF que ontem à noite um veículo ou veículos da ONU, foi observado com condução irregular na vizinhança dos manifestantes localizados perto do CPA e, como resultado, foi apedrejado. Parece que o veículo estava sem autorização e que o comportamento do condutor foi tal que causou uma reacção adversa e violenta do grupo.

Tal comportamento é perigoso, pode resultar num assalto ou num acidente de carro que tenha o potencial de causar estragos nas relações entre a ONU e a população de Timor-Leste, e assim pôr em perigo todos os membros do pessoal.

É provável que os distúrbios continuem por alguns dias. Lembra-se aos membros do pessoal que Timor-Leste está na Fase Três, que devem tomar muita atenção com a sua segurança pessoal e seguir todas as orientações de segurança.


.

Todo Timor estava ocupado. Todo, não...

No ano de 2006, quando todo o Dili estava em caos, tomado pelas tropas australianas, um cantinho da cidade resistia agora e sempre ao invasor... a aldeia da GNR...

Nessa aldeia, onde todos viviam felizes, comiam o seu arroz e descansavam a sombra dos coqueiros havia um grupo de guerreiros IRREDUTIVEIS!!!!! que so tinham medo de uma coisa: que um helicóptero australiano lhes caísse na cabeça! Por TOUTATIS!!!!

.

120 GNR fazem 7 detenções. Milhares de polícias e militares australianos fazem... 6.


13 detidos nos actos de violência registados hoje

Díli, 28 Jun (Lusa) - Treze pessoas foram detidas no âmbito dos confrontos e saques verificados registados hoje em Díli, em que há a registar incêndios que destruíram pelo menos seis casas e duas lojas.

Os actos de violência ocorreram sobretudo no centro da cidade, embora se tenham iniciado logo de manhã (hora local) junto à rotunda de Comoro, com a destruição pelo fogo de três casas, entre as quais a sede da Fretilin, partido governamental, do "suco" (aldeia) de Comoro.

A meio da manhã a violência surgiu junto ao campo de refugiados instalado no Jardim dos Heróis, a cerca de 50 metros do Hotel Timor e defronte do porto de Díli.

Grupos de jovens, que gritavam palavras de ordem contra Mari Alkatiri, arremessaram pedras contra outros jovens apoiantes do primeiro-ministro demissionário, que se encontravam no interior do campo, que ripostavam igualmente com pedras.

A chegada de militares australianos e malaios permitiu interromper as h ostilidades, que cerca de duas horas depois se repetiram no mesmo local.

Nesta ocasião, os militares australianos detiveram seis pessoas envolvidas na troca de pedras e reforçaram o cordão de segurança para prevenir que centenas de pessoas, concentradas defronte da Igreja de Motael, voltassem a atacar o campo de refugiados.

Depois, ao final da manhã, foram registados focos de incêndio na avenid a Nicolau Lobato, que liga a rua Agapito José de Carvalho, no bairro de Lecidere , ao Palácio do Governo, em três casas e duas lojas pertencentes a timorenses na turais da parte leste do país, e a cerca de 150 metros da Embaixada de Portugal.

As restantes detenções, sete, foram efectuadas pelos militares da GNR.

Segundo o comandante operacional do subagrupamento Bravo, capitão Gonçalo Carvalho, numa das intervenções foi detido o líder do grupo de dezenas de jovens que tentava assaltar as instalações da Rádio e Televisão de Timor-Leste, no bairro de Caicoli, numa área de acção das tropas australianas.

As restantes detenções foram feitas na zona controlada pelos militares portugueses, com quatro pessoas a serem detidas no mercado de Comoro, por se ter em envolvido numa rixa, e dois porque foram encontrados no interior de uma casa, preparando-se para a saquear.

EL.

Nota: E segundo o aviso da UN são manifestantes pró-Alkatiri. Os tais que não entraram na cidade... e que queimaram casas dos membros da Fretilin.

Está na hora de Kofi Annan ter um representante especial à altura.

.

SENEC João Gomes Cravinho acredita que desacatos vão terminar

Díli, 28 Jun (Lusa) - A instabilidade em Timor-Leste deverá terminar em breve, dado o compromisso dos líderes timorenses em acabar com a actual situaçã o de desordem pública, afirmou hoje em Díli o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal.

O optimismo de João Gomes Cravinho, que hoje deixa Díli após uma visita de trabalho de quatro dias, foi todavia desmentido nas ruas, com a repetição do s incidentes ocorridos a meio da manhã no centro da capital timorense.

Pelo segundo dia consecutivo, grupos de jovens arremessaram pedras uns aos outros e, noutros pontos da capital, registaram-se focos de incêndio em casa s e lojas pertencentes a timorenses naturais dos três distritos da parte leste (Baucau, Viqueque e Lautém).

O governante português comentou os acontecimentos de hoje em declarações à imprensa, na unidade hoteleira em que ficou alojado, a cerca de 50 metros da área que foi palco de confrontos.

"Estou convencido que os desacatos que vimos ontem (terça-feira) à noite e hoje vão rapidamente terminar. São os momentos finais de uma desordem pública que vivemos nos últimos dias, nas últimas semanas", sustentou.

João Gomes Cravinho reconhece que a existência de um "grande número de jovens desempregados (...) facilmente mobilizáveis" ajuda a explicar a instabilidade em curso, e que é a mais grave das últimas duas semanas.

O trabalho de manutenção da ordem pública que está a ser efectuado pelo s militares da GNR foi, por outro lado, elogiado pelo governante.

"Na zona em que está a actuar a GNR, no bairro de Comoro, estes desacatos foram muito rapidamente dominados. A GNR está a fazer um excelente trabalho e conseguiu dominar a situação de uma forma extremamente rápida", afirmou.

João Gomes Cravinho notou que fora da zona da GNR existem apenas forças armadas (da Austrália, Malásia e Nova Zelândia), que disse não terem os mesmos meios de intervenção, dada a natureza diferente da sua missão.

EL.

Vergonhoso! Desinformação. Hasegawa mente.

UN SECURITY ADVISORY – WEDNESDAY 28 JUNE

As feared in yesterday’s Security Update, the entry of large numbers of pro-Alkatiri sympathizers resulted in numerous security incidents during the night including a number of arson attacks.

This morning violent disturbances have been reported at the IDP Camp at the airport and near the Hotel Timor which indicates that the potential for clashes between the rival groups remains high.

Earlier warnings to limit travel to essential journeys only, check movement with the SOC and to avoid crowds are repeated. In addition, staff members are reminded that they should return to their homes before dark and remain there with only essential night-time movement to be undertaken.

We have been advised by the CTF that late last night a UN vehicle, or vehicles, was observed driving recklessly in the vicinity of the demonstrators located near the CPA and, as a result, was stoned. It would appear that the vehicle was present without authority and the behaviour of the driver was such as to cause an adverse and violent reaction from the group.

Such behaviour is dangerous, could result in an assault or a vehicle accident which has the potential to damage the relationship between UN and the population of Timor-Leste, and thus endanger all staff members.

It is likely that disturbances may continue for several days. Staff members are reminded that Timor-Leste is in Phase Three, that they must be very aware of their personal security, and follow all security directives.

.

Fresh violence erupts in Dili

By Jill Jolliffe
June 28, 2006

RENEWED violence was sweeping East Timor's capital with sporadic shooting, hit-and-run arson raids and attacks on minority ethnic groups from its east.
Around 26 buildings have been destroyed in Dili since last night.

Stone-throwing mobs have also attacked with refugee camps sheltering easterners also being attacked.

They also attacked the national television station but were quickly repelled by Australian and Portuguese peacekeepers.

Anger at a television broadcast showing outgoing prime minister Mari Alkatiri meeting several thousand supporters yesterday at Hera, 10km east of Dili, sparked the attacks.

He asked them to abandon immediate plans to enter the capital, where peacekeepers feared clashes with anti-Alkatiri forces, but told them to return in one or two days.

The demonstrators bore banners describing president Xanana Gusmao as communist and accusing Australia of being behind Dr Alkatiri's fall.

The incidents come only two days after Dr Alkatiri said in his resignation speech he would work to calm the current situation.

Minutes after the broadcast shots rang out round Dili and some residences of leaders of Alkatiri's Fretilin Party and people of eastern origin were torched.

Peacekeepers were kept busy throughout the night chasing arsonists.

An Australian foot patrol in the central Kampung Alor district called in support from a Black Hawk helicopter which hovered overhead until four suspects it was chasing were seized and paraded ostentatiously through the neighbourhood.

The house of Jacob Fernandes, a Fretilin official who was with Dr Alkatiri at Hera was in flames minutes after the broadcast ended.

Soon after daybreak today the residence of Jose Reis, another senior party leader, was also torched.

A mob later burned down a Fretilin suburban headquarters and four houses at Comoro near Dili airport, where Australian Federal Police charged a youth with arson.

Bystander Carlos Fernandes said the Comoro attack occurred because "we don't want communists in this country. A lot of people are going crazy about the news broadcast. It attacked Australia and praised Dr Alkatiri."

This morning anti-Alkatiri demonstrators threw rocks at eastern refugees sheltering in Dili port area, following a similar incident at Fatu-Meta seminary the evening before.

.

Escandalosa desinformação australiana!

Mob rampage rocks Dili
Jane Holroyd
June 28, 2006 - 1:08PM

An angry mob in Dili has attacked women and children at a refugee camp near the city's main port.

A group of about 70 or 80 men threw rocks and threatened to kill the refugees, who huddled behind a low fence while Australian troops attempted to keep their attackers at bay.

The Age's East Timor correspondent Lindsay Murdoch said violence had erupted in Dili overnight after deposed Prime Minister Mari Alkatiri made an inflammatory address to thousands of his supporters who assembled on the outskirts of the capital yesterday.

Mr Alkatiri's address was televised, and now thousands of anti-Alkatiri protesters are wreaking havoc in Dili.

The television station that aired the footage was attacked, while about 20 houses belonging to politicians and others associated with Mr Alkatiri were targeted by arsonists overnight and this morning.

Alkatiri, who resigned as prime minister this week, under intense political and public pressure, told about 2,000 supporters in a nearby city today that they should be stronger and better than his detractors, whom he accused of looting and burning homes during a violent uprising in the capital in late May.

"They destroyed Dili town, burned, looted and killed our people, and then they accuse me of being a terrorist, communist and a killer," he said.

Murdoch said the mob attacking the refugee camp believed the women and children to be from the east of the country, where most of Mr Alkatiri's supporters are based.

"It's a terrible thing to see women and children cowering," said Murdoch, who was just metres away when the rock throwing began.

"Some of them are sobbing. They are really frightened. There are young kids and mothers holding babies."

Late yesterday Alkatiri called on his supporters to stay out of town at least until Friday when he is to be questioned by prosecutors.

...
Among houses set on fire this morning was Jose Reis, one of Alkatiri's closest aides.

Alkatiri's resignation on Monday was seen by many as a key to easing months of political tensions and unrest in Asia's newest nation.

President Xanana Gusmao yesterday announced plans to form a caretaker government but did not say who would replace Alkatiri. Many believe that Jose Ramos Horta, the country's Nobel prize-winning foreign minister, will be nominated for the office.

Gusmao said emergency powers would be extended to security forces for one month to prevent large gatherings, search suspicious persons and confiscate weapons.

theage.com.au, with AAP


ESCÂNDALO!
.

Até já.

.

Why are Xanana's supporters burning and attacking people?

Xanana please control them they were at your rally to support your request for the PM's resignation. You have it Please stop burning and the violence.

People have seen already who attacked the refugees.

.

Conferência de Imprensa - Vicente Maubesse Ximenes

Vicente Maubesse Ximenes, do grupo de dissidentes no último congresso da Fretilin dá conferência de imprensa no Hotel Timor.

.

RTTL em perigo de parar transmissão

Colaboradores da RTTL (Rádio Televisão de Timor-Leste) estão reunidos para decidirem se podem continuar a trabalhar dadas as precárias condições de segurança garantidas pelos militares australianos.

.

A estratégia das ultimas horas...

Recebido do Cacau Branco:

Dissolução à vista... destruição total para a provocar

O Presidente da República, disse ontem que só não dissolverá o Parlamento Nacional se não o conseguir.

Xanana Gusmão não quer um governo FRETILIN, pese embora ter dado na sua curta comunicação que privilegia um Governo de iniciativa parlamentar. Mas está incontactável para receber a proposta que a FRETILN lhe tem para apresentar. O presidente não quer mais governos da FRETILIN - daí toda esta situação de caos provocado. Xanana Gusmão quer a iniciativa presidencial...

Xanana Gusmão e José Ramos Horta têm tudo definido e pode perceber-se mais uma vez nas declarações do seu porta-voz - também ministro da Defesa, também ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação -, à infame ABC australiana.

Confrontados com a mobilização da FRETILIN, às portas da cidade, partiu-se para a estratégia da queimada geral e do caos social nas ruas da capital. Tudo isto serve para responsabilizar a FRETILIN a não levar os militantes a entrar na cidade.

No entanto, os militantes vão entrar e fazer a entrega do documento com as suas exigências ao presidente da república. Na nossa opinião devem ficar em Dili, tal como os outros, mas sem praticar a violência. As tropas internacionais só terão que garantir a ordem e a separação dos grupos criando perímetros de segurança. Aí a cidade acalmará.

Neste momento Xanana Gusmão não consegue aos olhos do mundo esconder a sua incapacidade (ou estratégia) de não controlo dos grupos que já assumiu como sendo "do seu lado" e organizados por pessoas que estão como desertores e como tendo praticado crime de lesa pátria.

Resta a Xanana Gusmão, para dissolução do parlamento Nacional, a promoção deste ambiente que se vive em Dili com as queimadas, os ataques e as provocações. Desta forma as instituições ficam em definitivo paralisadas e o país espreita um clima de confrontação virtual apenas e só na cidade de Dili - aliás como tem vindo a acontecer nas ultimas semanas. Mas este ambiente na cidade, com a ajuda de alguma comunicação social, com a Agência LUSA e a ABC participantes activos - a passar a ideia de confrontos entre apoiantes de um e outro lado -, vai acabar por assumir internacionalmente a proporção de pré-guerra civil, ou já em marcha. Não é verdade.

A Mari Alkatiri e a Francisco Lu'olo resta-lhes neste momento a coragem e determinação na defesa da Constituição da República, através da afirmação da FRETILIN, do governo e do Parlamento Nacional.

A Mari e a Lu'olo resta-lhes a obrigação de informar os países amigos do que realmente se passa em Timor-Leste, a nível político e a nível social.

Importa neste momento que os países amigos, na esfera da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e no circuito asiático façam sentir à ONU que sabem e se preocupam com a participação australiana em todo este processo e a forma como as suas tropas se comportam - cumprindo ordens claras - no terreno.

Estes países têm de fazer sentir que sabem que a integridade física dos membros do Governo, nomeadamente, de Mari Alkatiri e família, correm riscos sérios, apesar da "protecção" dos militares australianos - assim como o povo indefeso nos campos do medo e os militantes e simpatizantes da FRETILIN.

A saída para esta crise passa por um elemento chave: o respeito pela Constituição da República.

Mas a verdade é outra, a Constituição da República está a ser violada de forma vil e ultrajante, para o Povo de Timor-Leste, desde a primeira hora deste golpe de Estado anedótico - seria assim se o povo não estivesse a sofrer tão intensamente as consequências do mesmo.

Não vale a pena apelar mais a Xanana Gusmão ou a José Ramos Horta, a agenda está assinada pelos dois. Há um fim a alcançar e os dados estão lançados, assim como os posicionamentos.

Neste momento a inviabilidade do Estado começa a ser evidente, parece-nos que a não haver uma acção determinada na correcção da situação, então aí o melhor será a anulação do país enquanto isso mesmo e começar de novo. E começar de novo significa na nossa opinião não devolver ao Povo o país nos próximos vinte anos. Mas esta leitura última é a útopia a funcionar. Claro que essa não é a saída. Timor-Leste é um Estado Soberano e Independente que está a sofrer as consequências da ambição desmedida de líderes de frustração ao limite.

A saída é devolver a palavra ao Povo e imediatamente.

As nações Unidas devem entrar já para preparar com carácter de urgência eleições antecipadas.

Aí, em segurança, o povo irá dizer uma vez mais o que quer. O depois, bem, depois a segurança terá de ser praticada e assegurada internacionalmente, mas nunca com a coordenação dos australianos, pois estes já deram provas bastas das suas intenções para com o "sonhado protectorado".

Que possa valer a Xanana Gusmão um relampo de racionalidade que lhe corrija o rumo.

.

E Timor's 'wrong kind of leader'

E By Jonathan Head
South East Asia correspondent, BBC News


It was with a characteristically unemotional performance that Mari Alkatiri announced the end of his - and East Timor's - first prime ministerial term.

Mari Alkatiri has been blamed for all that has gone wrong"Having reflected deeply on the present situation prevailing in the country, assuming my own share of responsibility for the crisis, I am ready to resign from my position as prime minister," he told a press conference in Dili.
This, after weeks of pressure, during which he had repeatedly insisted his resignation would solve nothing, and had received the full backing of his party, Fretilin, which holds a majority of the seats in parliament.

So why the change of heart?
Mr Alkatiri referred to his desire to avoid a threatened resignation by President Xanana Gusmao - but that threat was made last week, and then withdrawn, so it is difficult to understand why it would have changed his mind now.
More likely it was the continued discussions with his colleagues in government on how to get East Timor out of the mess it is in that persuaded Mr Alkatiri to go.
He has long been indifferent to his own unpopularity, but in the current chaos the country needs a less divisive leader.
There was jubilation over the decision across the capital, Dili, and probably in many other areas of East Timor.
Mr Alkatiri has become a hate-figure, blamed for everything that has gone wrong in the country, and it was hard to see how rebuilding confidence and stability after the traumatic events of the past few weeks could start while he remained in office.

But was he really so bad?

Brusque manner You hear many complaints about Mr Alkatiri, some of them obviously
unjust.
I have often heard young people complain that he is a Muslim, as though that is a crime in a supposedly democratic and tolerant country.

President Gusmao has a popularist touch

They also accuse him of being a communist, because of his left-wing views and his long years living in Mozambique.
But these may at times have served East Timor well. His instinctive mistrust of Western help led him to drive a very hard bargain with Australia over East Timor's rights to oil and gas in the Timor Sea, helped by his skills as a negotiator.
It is unlikely anyone else could have done as well for the country.
He also has a deep personal commitment to the sustainable development of his country, and has tried hard to avoid too much aid dependency - ideas formed during his African exile.
Much of his unpopularity is due to his brusque, business-like manner.
He is an intellectual, impatient with people who express poorly thought-out ideas.
He has never seemed able to empathise with the suffering experienced by much of the population during the Indonesian occupation, or to find the right words to comfort those who are often unable to articulate what they feel about those years.
By contrast, President Gusmao is a master of the art of healing.
With a few simple words, or just a hug, he can move crowds to tears.

Shortage of talent

The two men who have been running the country since independence could hardly have more different styles, and they have had a very uneasy relationship with each other.
Much of that goes back to Mr Gusmao's distrust of the Fretilin party, which he blames for harsh treatment of its rivals during the bitter struggle against Indonesian rule.
Mr Alkatiri is a consummate party man - Fretilin reaffirmed its backing for him three times in recent weeks, the last time less than 24 hours before he resigned.
The party remained loyal to the end, but he was arguably the wrong kind of leader for a country as traumatised as East Timor.

Crowds have been calling for Mr Alkatiri to go for weeks

More serious are the charges against Mr Alkatiri of corruption, and abuses of power.
Some of these will now be examined by an internationally-supervised investigation, as East Timor's infant judiciary is not up to the job.
Some corruption is perhaps inevitable, given the traditions of patronage and money-politics that prevail elsewhere in the region, but the charges of abusing his power are more serious.
A documentary by the Australian Broadcasting Corporation's Four Corners programme claims to have documentary evidence that Mr Alkatiri tacitly approved of the distribution of police weapons to civilians - a charge that has already led to the arrest of former
Interior Minister Rogerio Lobato, at one time an ally of the prime minister.
Mr Alkatiri has denied the charges, and the prosecutor-general says he has not yet uncovered any evidence against him. Certainly the murky events leading up to and after the fateful decision by Mr Alkatiri to endorse sacking more than a third of the army earlier this year need more investigation.
The fact that he was re-elected at the Fretilin party congress last month by a show of hands, rather by a secret ballot, does not reflect well on his democratic values.
But it is also worth remembering that East Timor has few capable leaders.
Education levels are among the world's lowest, and the long years of conflict under Indonesia's occupation, and Indonesia's chaotic withdrawal in 1999, left few local people with experience of government.

Mari Alkatiri is among the best they have. The country can ill-afford the loss of his abilities.


.

Mais uma casa a arder.



Entre o campo de refugiados em frente à sede da UN e Vila Verde.


Militares australianos só chegam agora.

.

E onde estão os senhores organizadores e líderes partidários que organizaram a manifestação anti-Alkatiri?

Depois de terem organizado uma manifestação tão organizada, onde não faltaram meios e recursos, onde se meteram eles?

Porque não controlam agora os seus manifestantes???

.

Onde estão os milhares de militares australianos e as centenas de polícias australianos?

Comoro:

Manifestantes pró-Xanana atacam homem, que se encontra gravemente ferido, perto do mercado de Comoro. GNR procedeu a detenções.

Centro da Cidade:

Deflagraram dois incêndios na rua do City Café e ouviram-se tiros. Será que houve distribuição de armas aos manifestantes anti-Alkatiri?

.

Fretilin e Mari Alkatiri mostram que o seu partido ainda está vivo

DN

João Pedro Fonseca
Em Díli

Para quem tivesse dúvidas, a Fretilin provou ontem ser ainda um partido com muitos militantes e que apoiam o seu secretário-geral, Mari Alkatiri.

Ontem , em Hera, o presidente da Fretilin, Francisco Guterres (Lu- -Olo) e Mari Alkatiri provaram também que lideram o partido e que os militantes os respeitam: travaram milhares de pessoas, evitando que elas entrassem em Díli. Pelo menos, por um ou dois dias...

Mais de mil pessoas deslocaram-se de Baucau, Lospalos e Manatuto para a capital. Só para mostrarem que estão com Alkatiri.

Pararam em Metinaro, a cerca de 40 quilómetros de Díli, e ali esperaram. Com ordens para não avançarem. Mas, ontem à tarde, Lu-Olo e Alkatiri tiveram que se deslocar ali rapidamente porque aqueles milhares de pessoas (transportadas em 350 camiões) ameaçavam deslocar-se até à capital. Não é que tivessem intenções violentas, mas em Díli ainda estão talvez uns três mil manifestantes que se opõem à cúpula da Fretilin. E o cenário de confronto directo entre os dois grupos poderia ser desastroso.

O primeiro-ministro demissionário e o presidente do Parlamento subiram então para uma camioneta, pegaram no megafone e mostraram que estavam muito felizes por verificar que os militantes da Fretilin estão com o partido, e deixaram recados para todos aqueles que diziam que a Fretilin fora esvaziada. Nomeadamente após a declaração duríssima do Presidente Xanana Gusmão em que arrasou a actual classe dirigente do partido. "Há muito tempo que não conseguia estar com militantes da Fretilin, não podia trabalhar, não podia dormir, fico muito feliz por estar aqui convosco", disse Mari Alkatiri.

A multidão intercalava cada frase de Alkatiri com o grito "Vamos para Díli". O político portou-se como um estadista, apelou à calma, disse mesmo que "a Fretilin é um partido da democracia, de paz", lembrando que "os outros é que destruíram, queimaram, mataram."

Tentou também destruir essa divisão criada recentemente de lorosae/loromono. "Isso não existe, somos todos timorenses." Paralelamente, atacou aqueles que "andam a dizer que foram os loromonos que queimaram e destruíram, não é verdade, foi um pequeno grupo".

A mensagem de Alkatiri e também de Lu-Olo foi muito virada para a necessidade de se respeitar os valores democráticos. "Porque começaram com a violência? Será que estavam com medo de perder as eleições em 2007?", questionou Alkatiri, pedindo aos militantes para não terem medo, para continuarem vigilantes e para não acreditarem nos rumores mas para manterem a sua actuação sem violência. "As nossas armas são as nossa cabeças" e, por isso, a "Fretilin tem de mostrar que não é um partido violento."

Este discurso foi muito bem aceite, mas o mais difícil foi convencer o povo a voltar a Metinaro e a aguardar ali ordens para então entrar em Díli de forma pacífica. Alkatiri prometeu negociar com as forças internacionais um plano de entrada em Díli, mas que antes vai reunir todos os militantes da Fretilin da região ocidental para "mostrarmos que Timor é um só, não tem divisões" e depois, sim, avançam para a capital de forma ordeira.

.

What's next? Estado de sítio?

Dissolução do Parlamento?!

.

"I appeal to the President of RDTL to stop to the continuance of violence in Timor"

De um leitor:

I appeal to the President of RDTL to stop to the continuance of violence in Timor. Contrary to your Excellency’s predicament the resignation of the Prime Minister has not any resolved issues in Timor Leste but has only complicated the situation.

There continues to be the burning of houses in Dili. Most of the houses being burned down are as you should be aware property that is owned by sympathisers and militants of FRETILIN. I appeal to you not to aggravate the already delicate situation. There are thousands of people rallying behind the Prime Minister whom the Foreign Minister claimed to be unpopular. Your Excellency please show you leadership skills and your respect for Democracy and do not hinder the entrance of the rally in support of the Prime Minister. Your Excellency has allowed and supported the rally by those who are requesting actions by your Excellency that may further violate the Constitution and hinder Democracy in Timor Leste.

FRETILIN has showed tolerance please do not continue to test it in the interest f our Nation. FRETILIN has shown that it is willing to resolve the issue even though requests for the resignation of a legitimate Prime Minister were of your Excellency’s own doing outside the confines of respecting the Constitution; our Prime Minister complied with those requests in the interests of the Nation please respect this principle.

I urge your Excellency to ensure that there is proper dialogue and consideration of FRETILIN and to respect for the Parliament.

I urge your Excellency to ensure that all rebel factions known as the “Petitioners” including Major Tara and the alleged armed Militia to be held under encampment in the guard of foreign security forces in RDTL so that their grievances and allegations may be investigated. This will ensure that the people of Ermera can have some security and those in Dili to return to their homes.

I ask the President of the Republic not to forget that FRETILIN has 55 members inn Parliament. I ask the President not to forget that the people have shown confidence in recent 2005 free and fair local elections, FRETILIN won majority of the votes.

Enough is enough. Please learn and remember the mistakes of the past because violence would only beget violence.

I continue to be a proud citizen of Timor Leste.

.

ABC mente descaradamente. Camberra rules.

By foreign affairs editor Peter Cave and wires (ABC NEWS)

East Timor's former Prime Minister Mari Alkatiri has driven out of the capital Dili to speak to more than 1,000 supporters gathered on the eastern outskirts.

The demonstrators, chanting "viva Alkatiri" and "viva Fretilin", gathered at Metinaro during the morning and began their push into the capital late this afternoon, before being stopped about 20 minutes out of town.

Dr Alkatiri addressed the protesters, telling them to go home and return in two days, which is when he will face prosecutors.

He has been summonsed to answer questions later this week about his role in, or knowledge of, the recruitment of hit squads to attack government opponents.

"We must enter Dili - but not today," Dr Alkatiri said from the back of a truck to shouting supporters.

"We are people who don't want violence and want to win again in 2007," he said, referring to elections due to be held next year.

Hundreds of Australian and New Zealand troops have sealed off all roads between Dili and the east of the country, to keep apart thousands of rival protesters.

Troops have been stopping and searching vehicles travelling to and from the east.

In the centre of the capital, thousands of protesters have again taken to the streets to celebrate the demise of Dr Alkatiri, who resigned yesterday.


ESCÂNDALO

.

Australian government presses ahead with plans to dominate East Timor

by Peter Symonds via sam Wednesday June 21, 2006 at 12:53 PM

Neither Horta nor his Australian backers want to test this “tremendous support” at elections due next year. “The problem is, obviously, can the country afford the next six months, the next nine months of this continued pressure on the prime minister to resign?” Horta asked. “Can we afford this increasing loss of credibility of the government and the poor image of the country? Or should the prime minister say, ‘Well, I step aside in the interests of my own party. It seems that I am a liability to my own party, if not the country’.” The threat of criminal charges is obviously designed to compel Alkatiri to make that decision.

Having established an army of occupation in East Timor, the Australian government is engaged in ongoing political warfare on several fronts to ensure its predominance over the half-island. In the United Nations, Australian diplomats are pressing to ensure that Canberra retains control over any new UN mission. As part of this offensive, the Australian media is conducting an unrelenting campaign against Prime Minister Mari Alkatiri, who is regarded as too close to rival Portugal and thus an obstacle to Australian interests.

Murdoch’s Australian has again outlined the agenda most openly. In a comment on Saturday, foreign affairs editor Greg Sheridan argued that while other countries needed to contribute to the reestablishment of a police force in East Timor, Canberra had to retain overall control. “The UN Security Council is considering East Timor and its future policing requirements right now. It is a vital task for Australian diplomacy to get the form of this right,” he stated.

Sheridan declared it was vital that “Australian do the job alone” in police training. “The UN in Timor has been a route to confusion and dysfunction. In particular it has been a route to Portuguese influence, a baneful business indeed.” Early this month, Sheridan branded Portugal as “Australia’s diplomatic enemy in East Timor” and identified Alkatiri as “the key to their influence”.

While the Howard government cannot afford to be so open, with the backing of Washington, it is involved in a diplomatic offensive to guarantee that Australia leads any UN operations in East Timor. The push is particularly cynical as the US and Australia have consistently opposed calls by the UN, East Timor and Portugal for an extended UN presence in the country. As recently as early May, Canberra and Washington vigorously opposed any extension of the UN mission.

Differences surfaced openly in the UN Security Council last week when Australian ambassador Robert Hill opposed a proposal by UN Secretary General Kofi Annan for a formal peace-keeping operation to take over from the present Australian-led military force. The Howard government’s plan, modelled on the Australian-led occupation of the Solomon Islands, is to retain exclusive military control, while at the same time presiding over a multi-national police force and installing Australian officials in key administrative posts. Hill argued for a foreigner to be put in charge of the East Timorese police force, privately suggesting former Australian Federal Police Commissioner Mick Palmer for the post.

Portugal and Malaysia, both of which have police contingents in East Timor, backed Annan’s call for the UN to take full control of the military and police presence. Portugal’s ambassador Joao Salgueiro told the Security Council: “Timor-Leste is a child of the United Nations. So it needs the universality and impartiality of the United Nations, which must once again take a leading role.”

A meeting of foreign ministers from the Community of Portuguese-Speaking Countries on Sunday decided to send a mission to East Timor to assess the situation. Portuguese Foreign Minister Diogo Freitas declared: “East Timor is not a failed state. We have to defend the necessity of sending a United Nations force in which all member nations participate actively.” Last week the European Commission, which has backed Portugal’s ambitions in East Timor, signed an agreement with the Alkatiri government to provide 18 million euros in aid with a focus on “institutional capacity building,” as well as poverty alleviation.

Yesterday US ambassador John Bolton stepped into the diplomatic arena to back Canberra’s bid for control. Opposing “a UN presence forever” in East Timor, he argued it was necessary “to support the Australians and New Zealanders who are there”. Of course, if the Solomon Island intervention is any guide, the Howard government intends to stay in East Timor not just for months, but years.

This diplomatic arm-wrestling reflects sharpening inter-imperialist antagonisms, not just over East Timor, but internationally. At stake is control over significant oil and gas reserves in the Timor Sea as well as East Timor’s strategic position in South East Asia, astride key naval routes. The Howard government exploited factional conflict in the East Timor’s government and security forces to begin dispatching 1,300 Australian troops to the island on May 24. The last concern of any of the competing powers is the plight of the poverty-stricken East Timorese, many of whom have fled to refugee camps.

Campaign against Alkatiri
The divisions in the UN are paralleled in the factional struggle in East Timor itself, where Australian allies—President Xanana Gusmao and Foreign Minister Jose Ramos Horta—are engaged in a barely veiled campaign to oust Alkatiri. Under the country’s constitution, the president does not have the power to sack the prime minister without a vote of no confidence in parliament, where Alkatiri’s Fretilin party has the overwhelming majority. As a result, the Australian media has been seeking to dredge up the basis for criminal charges against Alkatiri, which would force him to step aside.

The latest shot in the campaign was fired last night on the Australian Broadcasting Corporation’s “Four Corners” program. In a shameless piece of propaganda, ABC reporter Liz Jackson sought to demonstrate that Alkatiri, in league with former interior minister Rogerio Lobato, had supplied weapons to former Fretilin fighters to form a hit squad against his political opponents. Openly contemptuous of Alkatiri and his denial of any wrongdoing, Jackson presented, unchallenged, a patchwork of comments and documents, all fed to her by the prime minister’s political enemies and torn out of context.

It should be recalled that the alleged misdeeds took place amid incipient factional fighting, in which 600 rebel soldiers, joined by sections of the police force, were threatening to wage civil war if Alkatiri did not immediately step down. Even if completely true, all the “evidence” demonstrates is that Alkatiri and Lobato, like the rebels, were arming their supporters. The ABC program’s partisan approach verged on the farcical as Jackson pressed Alkatiri on the illegality on “arming civilians,” while ignoring the fact that those she painted as “the heroes of the anti-Alkatiri struggle” were, in strict legal terms, guilty of mutiny and treason.

In its efforts to present Horta as the popular prime minister in waiting, “Four Corners” perhaps revealed more than was intended. Horta has tried to present himself as above political infighting—the man to bring all the factions together. But the ABC’s coverage of his meeting with rebel leaders in Gleno, immediately prior to an opposition rally in Dili on June 6, showed Horta openly factionalising with anti-Alkatiri forces. Asked about this activity, Horta declared unabashed: “Everywhere I have been to—Baucau and everywhere—and I have had tremendous sympathy, support, warmth from the people by the thousands, by the hundreds. And I feel overwhelmed, maybe because they are desperately looking for leadership, looking for people they can trust.”

Neither Horta nor his Australian backers want to test this “tremendous support” at elections due next year. “The problem is, obviously, can the country afford the next six months, the next nine months of this continued pressure on the prime minister to resign?” Horta asked. “Can we afford this increasing loss of credibility of the government and the poor image of the country? Or should the prime minister say, ‘Well, I step aside in the interests of my own party. It seems that I am a liability to my own party, if not the country’.” The threat of criminal charges is obviously designed to compel Alkatiri to make that decision.

According to the Melbourne-based Age newspaper on Monday, President Gusmao is considering using his constitutional powers to launch a judicial inquiry into the allegations unearthed by the ABC and other Australian media. Horta was considering a visit to the alleged leader of the Fretilin hit squad, Vincente “Railos” do Concecao, to gather evidence and report back to Gusmao. “The president is not indifferent, quite the contrary. He is attentive to these allegations, and... he’s garnering whatever information is available, and he will take action in due course if he has to,” Horta explained.

These sordid political machinations highlight the absurdity of the so-called independence proclaimed in 2002 as a step forward for the East Timorese people. In the era of globalised production, the tiny half island was never going to be independent of the global and regional powers, or the institutions of international finance capital such as the World Bank and IMF. Far from enjoying peace and prosperity, East Timor has become another arena for imperialist rivalries, in which each local clique seeks to secure its political position by obtaining the backing of one or other of the competing powers. Far from ending conflict in East Timor, the Australian intervention is laying the basis for a future civil war as Canberra seeks to install its own clients.

http://www.melbourne.indymedia.org/news/2006/06/115261.php

Entre apoiantes e adversários de Alkatiri??? Já começou. Lusa no seu melhor.

Novos confrontos entre apoiantes e adversários de Alkatiri

Díli, 28 Jun (Lusa) - Uma sede da Fretilin em Díli e duas casas das proxim idades foram hoje incendiadas, desencadeando confrontos entre grupos de jovens p ró e contra Mari Alkatiri, o primeiro-ministro demissionário.

Os confrontos alargaram depois ao centro da cidade, junto ao campo de refu giados frente ao porto da capital timorense.

Efectivos militares australianos e malaios conseguiram entretanto separar os dois grupos de manifestantes, com os apoiantes de Mari Alkatiri no interior d o campo de refugiados e os seus adversários no exterior.

Pouco depois chegaram também forças da GNR portuguesa para controlar a sit uação, enquanto os apedrejamentos continuavam.

As instalações da televisão de Timor-Leste foram igualmente apedrejadas po r jovens que se opõem a Mari Alkatiri, aparentemente em retaliação pela transmis são, terça-feira, de imagens dos cerca de dez mil apoiantes da Fretilin, nas qua is alegadamente o presidente Xanana Gusmão terá sido injuriado.

EL.


Os apoiantes de Alkatiri são os refugiados, na sua maioria crianças que estão nos campos de refugiados? Ou as instalações da RTTL?

Correcção:

Manifestantes pró-Xanana atacam instalações da Fretilin, RTTL e refugiados indefesos. Tropas australianas não evitam ataques.

Distúrbios por toda a cidade

Toda? Quase toda... Uma pequena zona da cidade, parte do bairro de Comoro, resiste a esta vaga de assaltos e violência.

A zona da GNR.


.

Segurança do Primeiro-Ministro

A casa do Primeiro-Ministro é guardada por militares australianos.


Estará segura até quando?


.

Militares australianos não protegem refugiados!

Grupo de 50 manifestantes ataca refugiados que estão no jardim em frente do Hotel Timor e em frente ao porto de Dili que é o quartel general das forças australianas.


ESCÂNDALO!
.

Comunicado Conselho de Estado - PR

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

COMUNICADO DE IMPRENSA

Terça-Feira, 27 de Junho de 2006

O Conselho de Estado, reunido no Palácio das Cinzas no dia 27 de Junho de 2006, concluiu os trabalhos sobre a situação nacional. No fim desta reunião, o Conselho de Estado pronunciou-se a favor de estender o período das medidas de emergência para ultrapassar a crise para mais trinta dias, prorrogável caso seja ainda necessário.

Assim, a Presidência da República informa que a Declaração Presidencial ‘Medidas de Emergência para Ultrapassar a Crise’ de 30 de Maio de 2006 que mereceu o apoio, por unanimidade, do Parlamento Nacional, será prorrogada até o próximo dia 30 de Julho de 2006, prorrogável caso necessário.

A fim de responder adequadamente às dificuldades excepcionais que o país neste momento enfrenta, o Presidente da República vai iniciar imediatamente diligências, para a formação de um Governo, no âmbito do actual quadro parlamentar.

Se, apesar de tudo, não for possível um Governo, o Presidente da República considerará a possibilidade de dissolver o Parlamento e antecipar as eleições gerais.


Para mais informações:
Agio Pereira
+670 7230011, E-mail: agio@presidente-tl.org

Dos leitores. Tradução da Margarida.

Conheço Xanana pessoalmente e aos que o acusaram de tentar dividir o governo ou tentar dividir o povo, posso assegurar que ele não é o tipo de pessoa que tenha coração para isso. Xanana chora quando vê Finding Nemo e Hotel Rwanda. Ele até chora quando um animal é torturado à sua frente. É um homem muito emotivo, mas não é um homem fraco emocionalmente. As suas emoções representam a sua natureza protectora e o seu desejo por paz e prosperidade não somente para os Timorenses mas para as pessoas do mundo. Alguns disseram que ele não é Nelson Mandela e têm razão. Penso que é diferente de Nelson Mandela de muitas maneiras. Uma delas é que enquanto Nelson Mandela é rápido a eliminar os seus opositores políticos, e pode com confiança identificar quem são os seus opositores e se essas pessoas o estão a usar, Xanana faz o contrário devido ao seu carácter pessoal inato. Xanana escolheria em vez disso ficar perto dos seus opositores e tentar trabalhar com eles e em muitas ocasiões, deixou-se usar pelos seus opositores. Mas ambos Xanana e Mandela têm uma coisa que ambos partilham, o desejo de lutar por justiça, o desejo por paz e a sua força interior para mostrar ao mundo que se preocupam.

O Presidente Xanana está a fazer o melhor para evitar que Timor-Leste se torne num Estado falhado, um Estado minado com conflitos armados. Ele está a fazer o melhor que sabe fazer. A sua confiada mulher está lá sempre ao lado dele. Um bom sinal que a sua família está unida em tempo de grave crise pessoal. Infelizmente as pessoas estão a tirar vantagens da sua corrente vulnerabilidade emocional para levar mais longe as suas próprias ambições politicas. Estão a sacrificar Xanana sem misericórdia.

Se quer ajudar Timor-Leste, deve ajudar Xanana. As pessoas amam-no tanto como ele ama as pessoas. Mande-lhe cartas de apoio. Diga-lhe quem são os seus inimigos reais. Diga-lhe quem são os seus amigos reais. Não é tarde demais. Ajude Xanana para ajudar Timor-Leste.



Desculpem eu queria saber se os media Australianos foram a Metinaro para ver se estes relatos dum protesto são reais ou não. Quero ver isso na Televisão. Vamos lá ABC, onde estão vocês companheiros?

.

Sede da Fretilin do suco de Comoro está a arder

A sede da Fretilin do suco de Comoro está a arder.

.

Direcção da Fretilin tenta contactar PR sem sucesso

A direcção da Fretilin tenta contactar com o Presidente da República sem sucesso para ser ouvida na escolha do novo Primeiro-Ministro.

Continua a aguardar resposta do Chefe de Gabinete do Presidente que transmite desde há dias que têm de aguardar.

.

.

GNR evita assalto à RTTL. Militares australianos onde estavam?

Por acaso, quando ia a passar, uma patrulha da GNR assistiu à tentativa de assalto da Televisão timorense que devia estar a ser guardada pelos militares australianos.

Cerca de 100 manifestantes tentaram assaltar e destruir as instalações da RTTL sendo repelidos pela GNR que fez deslocar uma das suas patrulhas do outro lado da cidade, chegando ainda antes dos militares australianos que já tinham sido chamados.

Provavelmente, daqui a pouco, os militares australianos retiram e a RTTL vai ficar novamente desprotegida.

Será incompetência ou é de propósito?..


.

Apoiantes manifestam-se por Alkatiri

Tradução da nossa Margarida:

BBC
27.06.2006

A mostra desencadeou preocupações de mais tensões

Milhares de apoiantes do antigo PM de Timor-Leste Mari Alkatiri manifestaram-se fora de Dili na Terça-feira, dizendo que querem marchar até à capital.

Mas o Sr Alkatiri, que resignou entre criticismo crescente da sua gestão de semanas de desassossego, pediu-lhes para esperarem "um dia ou dois " antes de entrarem na cidade.

A mostra de apoio veio, quando o Presidente Xanana Gusmão se reuniu com conselheiros para discutir quem devia substituir o Sr Alkatiri.

Sob a constituição, é o partido no poder do Sr Alkatiri' quem deve decidir.

Mas notícias vindas de Dili sugerem que o Sr Gusmão queria nomear alguém de fora dos partidos.

Desassossego

O Sr Alkatiri resignou na Segunda-feira, depois de um finca-pé com o Sr Gusmão.

Mas na Terça-feira, o Sr Alkatiri parecia insinuar um possível regresso.

"Somos gente que não quer a violência e quer ganhar outra vez em 2007," disse, referindo-se às eleições previstas para o próximo ano.

Timor-Leste tem sido cercado por desassossego desde que o Sr Alkatiri despediu 600 soldados desgostados em Março.

Tiroteios entre soldados rebeldes e leais ao governo emergiram, com jovens armados de machetes a forçarem milhares a fugirem das suas casas em pânico.

O desassossego transformou-se na pior das violências desde que Timor-Leste votou pela independência da Indonésia em 1999, e levou à nova nação a pedir por forças estrangeiras para virem em seu socorro.

Os opositores do Sr Alkatiri não só o acusam por desencadear a violência, como o acusam de ter formado um esquadrão de ataque para matar os seus rivais politicos – uma acusação que ele nega firmemente.

Milhares juntam-se para apoiar o líder de Timor-Leste desapropriado

Tradução da nossa Margarida:

The Washington Post
By David Fox
Reuters
Terça-feira, Junho 27, 2006; 7:32 AM

DILI (Reuters) – Milhares de apoiantes do desapropriado Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri juntaram-se fora da capital na terça-feira, um dia depois do Primeiro-Ministro ter resignado no seguimento de uma semana de protesto contra a sua governação.

As esperanças para o fim dos dois meses de violência foram-se quando se espalharam notícias da concentração dos apoiantes do partido Fretilin.

O Conselho de Estado, um órgão de nomeados para aconselhar o Presidente Xanana Gusmão, reuniu-se antes para discutir quem deveria substituir Alkatiri, mas a reunião acabou sem resolução aparente.

Uma declaração do Gabinete de Gusmão dizia que ele consideraria dissolver o parlamento se um candidato adequado não se conseguisse encontrar.

"Se, mesmo assim, se tornar impossível formar um governo, o presidente da república considerará a dissolução do parlamento para permitir a realização de eleições antecipadas," disse.

A Fretilin tem 55 dos 88 lugares do parlamento e, de acordo com a constituição, tem o direito de nomear o próximo primeiro-ministro. Contudo, é entendimento geral que Gusmão procura um candidato de unidade não partidário.

Numa mostra de força, a Fretilin juntou milhares de apoiantes cerca de 16 km (10 milhas) a leste da capital para marchar para Dili. Alkatiri dirigiu-se à multidão, mas poucos o ouviram porque o megafone estava sempre a falhar.

Eles aclamaram-no desvairadamente, de qualquer maneira, cantando "Viva Fretilin" e "Viva Alkatiri."

"O que se está a passar, passa-se de modo anti-democrático e contra a constituição," disse Alkatiri à multidão. "Devemos mostrar que somos o partido da força."

Ele chegou no carro oficial de primeiro-ministro, rodeado de guarda-corpos.

Foi a primeira aparição pública de Alkatir em semanas no seguimento de protestos espalhados desde que Timor-Leste se tornou uma nação independente em 2002.

São cinco e vinte e amanhã, mais uma vez, aguardamos

Aguardamos o desenrolar das negociações entre a Fretilin e o Presidente da República.

Esperamos que a manifestação da Fretilin, caso entre em Díli amanhã, decorra pacificamente.


E ainda temos esperança que:

AS FORÇAS AUSTRALIANAS CUMPRAM AS SUAS RESPONSABILIDADES GARANTINDO A SEGURANÇA NECESSÁRIA PARA QUE A MANIFESTAÇÃO DECORRA SEM INCIDENTES.
Porque sabemos que a GNR cumpre.
.

De um leitor. Sobre "Howard fica de coração destroçado perante derrota equipa australiana"

E não se lhe parte o coração Senhor Ministro por ver o povo timorense a viver abaixo do limiar da miséria e o Senhor roubar-lhes descaradamente e de forma continuada biliões de dólares.

E não se lhe parte o coração por o pouco que resta ao Povo Timorense o Senhor também querer roubar?

E não se lhe parte o coração por ter dado ordem aos seus militares em Timor para nada fazerem perante a destruição e violência?

Sim , Senhor Ministro!

.

Escândalo. Tropas australianas deixaram mais uma vez queimar...

Durante a tarde o aparato de carros blindados e de helicópteros, as barreiras militares australianas e neo-zelandeses, era visível em todas as entradas de Díli. Desapareceram ao fim do dia.

Quando começaram a incendiar as casas de militantes e dirigentes da Fretilin, parecia não haver tropas na cidade.

Na noite em que se reacenderam os distúrbios em vários bairros da cidade, provocados pelos manifestantes pró-Xanana, as tropas australianas desapareceram de circulação.

Apenas depois de verem a presença de jornalistas na cidade, começaram a aparecer nas zonas com conflitos.

Um armazém a poucos metros de casa do Primeiro-Ministro foi incendiada sem que aparecessem militares australianos. Apenas o carro de bombeiros escoltado por dois jipes que o acompanham.

Pelo contrário, a GNR esteve sempre presente na sua zona de Comoro, tendo feito cerca de dez detenções.

.

Dos leitores. Sobre a violência de hoje

Aqui está o outro lado da bandeira australiana que os manifestantes apoiantes de Xanana transportam.
O que não se consegue com a "esperteza" consegue-se com a violência.

.

Coitadinhos...

(http://www.maismundial2006.iol.pt/noticia.php?id=700682&div_id=2714):

"Mundial 2006: apoio de Timor Leste aos «Socceroos» depois da eliminação

[ 2006/06/27 16:49 ] Redacção MaisFutebol

O ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros e da Defesa de Timor-Leste, José Ramos Horta, afirmou que o futebol praticado pela selecção Austrália no Mundial 2006 conquistou a admiração de todo o mundo.

«Eles não perderam, na verdade, ganharam a admiração e o coração de milhões de adeptos por todo o mundo», disse o político à estação televisiva ABC.

«Quero oferecer a minha compaixão e tremenda admiração pelos jogadores australianos, os «Socceroos». Fiquei muito, muito impressionado com o profissionalismo e excelência [dos australianos]», salientou o Prémio Nobel da Paz em 1996. Ramos Horta já havia enviado os parabéns à selecção portuguesa após a passagem de Portugal aos oitavos-de-final.

...

O primeiro-ministro australiano, John Howard, afirmou estar «com o coração partido» depois da eliminação nos oitavos-de-final do Mundial 2006.

...

Thousands gather to support ousted East Timor leader

The Washington Post
By David Fox
Reuters
Tuesday, June 27, 2006; 7:32 AM

DILI (Reuters) - Thousands of supporters of ousted East Timor prime minister Mari Alkatiri gathered outside the capital on Tuesday, a day after the premier resigned following a week of protests against his rule.

Hopes for an end to over two months of violence fizzled out as news of the gathering by Fretilin party supporters spread.

The State Council, an appointed panel which advises President Xanana Gusmao, met earlier to discuss who would replace Alkatiri, but the meeting ended without apparent resolution.

A statement from Gusmao's office said he would consider dissolving parliament if a suitable candidate could not be found.

"If, even so, it becomes impossible to form a government, the president of the republic will consider the dissolution of the parliament to allow for early general elections," it said.

Fretilin holds 55 of parliament's 88 seats and, according to the constitution, has the right to nominate the next prime minister. However, Gusmao is widely believed to be seeking a non-partisan unity candidate.

In a show of strength, Fretilin rallied thousands of supporters around 16 km (10 miles) east of the capital to march on Dili. Alkatiri addressed the crowd, but few could hear him as his megaphone kept breaking off.

They cheered wildly anyway, chanting "Viva Fretilin" and "Viva Alkatiri."

"What is going on is going on by undemocratic means and is against the constitution," Alkatiri told the crowd. "We must show we are still the party of strength."

He had arrived in the official prime minister's car, surrounded by bodyguards.

It was Alkatiri's first public appearance in weeks following widespread protests w East Timor became a fully-fledged nation in 2002.

.

Democracia... não?

No Triumvirato:

Não gosto muito de Mari Alkatiri e, de certa forma, admiro Xanana Gusmão. Mas não posso deixar de criticar este último.

Xanana Gusmão devia assumir-se em Timor-Leste como o garante da Democracia. Tem formação para isso e, certamente, candidatou-se à Presidência da República para fazer esse papel num estado novo e pouco habituado a esta forma de estado.
Mas desiludiu-me com a declaração da passada sexta-feira. A Democracia não consiste em levar a cabo manobras políticas de tal envergadura completamente à margem (não é contra, mas à margem) da constituição. Pode dizer-se que a constituição timorense não é a ideal, mas dá competências ao Presidente para demitir o Primeiro-Ministro quando esteja em causa o regular funcionamento das instituições democráticas (art. 106º, nº2), situação que, inegavelmente, se verifica. Para se ver a gravidade deste comportamento, imagine-se que Jorge Sampaio, em Novembro de 2004, em vez de dissolver a Assembleia, ameaçava demitir-se se Santana Lopes não se demitisse até ao dia seguinte...
O resultado deste comportamento de Xanana Gusmão é que, a partir de agora, já mais ninguém se vê obrigado a seguir estritamente a constituição e o caminho para uma situação de guerra civil está aberto. É que, ao contrário do que até aqui a imprensa fazia parecer, também há muitos timorenses que apoiam Alkatiri e estão dispostos a manifestar-se activamente.


.

Supporters rally behind Alkatiri

BBC
27.06.2006

The display prompted worries of further tensions

Thousands of supporters of East Timor's former PM Mari Alkatiri rallied outside Dili on Tuesday, saying they wanted to march into the capital.

But Mr Alkatiri, who resigned amid mounting criticism of his handling of weeks of unrest, urged them to wait "a day or two" before entering the city.

The show of support came as President Xanana Gusmao met with advisers to discuss who should replace Mr Alkatiri.

Under the constitution, Mr Alkatiri's ruling Fretilin party should decide.

But news reports from Dili suggested Mr Gusmao wanted to appoint someone from outside the party.

Unrest

Mr Alkatiri resigned on Monday, after a show-down with Mr Gusmao.

But on Tuesday, Mr Alkatiri appeared to hint at a possible come-back.

"We are people who don't want violence and want to win again in 2007," he said, referring to next year's scheduled election.

East Timor has been beset by unrest since Mr Alkatiri sacked 600 disgruntled soldiers in March.

Gun battles between the rebel soldiers and those loyal to the government then broke out, with machete-wielding youths forcing thousands to flee their homes in fear.

The unrest turned into East Timor's worst violence since it voted for independence from Indonesia in 1999, and led to the young nation asking foreign peacekeepers to come to its aid.

As well as blaming him for triggering the violence, Mr Alkatiri's opponents also allege that he formed a hit squad to kill his political rivals - a charge he firmly denies.

.

Timor-Leste: "Tarefa do novo chefe de Governo não vai ser fácil"

RR
O vice-secretário geral da FRETILIN reconhece que a tarefa do novo chefe de Governo não vai ser fácil
O vice-secretário geral da FRETILIN reconhece que a tarefa do novo chefe de Governo não vai ser fácil. José Reis garante, no entanto, que Mari Alkatiri está disponível para ajudar.

27/06/2006

Declarações de José Reis e João Cravinho

(16:22) "Ao fazer a declaração de resignação de posto, Mari Alkatiri disponibilizou-se para ajudar", assegura José Reis.

O Ministério Português dos Negócios Estrangeiros remete para o secretário de Estado da Cooperação qualquer comentário sobre a situação em Timor-Leste.

De visita a Díli, João Gomes Cravinho limita-se a considerar positivo que as instituições políticas estejam a funcionar com normalidade.

.

Noite provocatória

No Timor Verdade:

Manisfestantes pró Xanana estão a queimar a cidade e as casas de elementos e de simpatizantes da FRETILIN

Os manifestantes a favor de Xanana Gusmão e de José Ramos Horta, organizados pelos desertores, estão a atacar casas de militantes da FRETILIN,

Esta é uma acção de desespero, a política da terra queimada, e é também o seguimento de uma estratégia de provocação aos membros do maior partido timorense.

Não admira estes ataques e provocações, mas a FRETILIN vai saber esperar para continuar a mostrar que é o garante da democracia, da estabilidade, da soberania, da independência nacionais.

Dos leitores

Durante anos aprendi a respeitar a Dra. Ana Gomes. Presentemente as suas afirmações deixam-me preplexo. Porque o que tenho visto é: o golpe militar dos Taras e quejandos, e o apoio do Xanana a esse golpe? o pedido que o Xanana fez da vinda dos Australianos? as pequenas manifestações contra o governo eleito democraticamente, onde o Xanana discursou? E uma grande manifestação, a de hoje, dos apoiantes da Fretilin.

Em Timor há pessoas interessadas em acabar com a criação dum estado democrático e instituir um governo fantoche ao serviço dos australianos. Xanana Gusmão, como tantos antigos dirigentes africanos das lutas de libertação, parece não aceitar um papel menor no novo estado timorense e pactua ou é agente de tentativas golpistas. Parece que quem tem tido a cabeça fria neste processo têm sido os dirigentes da Fretilim e muito particularmente o primeiro-ministro. É triste que venha o antigo presidente indonésio, pedir aos timorenses que resolvam os seus problemas pelas vias institucionais, melhorando a constituição, se consideram que ela não é perfeita?

Senhora Embaixadora? quem serve a senhora? não é o povo concerteza.

……….

Com o tal governo de iniciativa presidencial a língua portuguesa acabará em Timor-Leste...
Ainda ontem, José Ramos Horta dava o mote quando destacava as capacidades de Arsénio Bano como sendo um bom falante de língua inglesa... mas Arsénio Bano não se deixa comprar...

……….

Também duvido que, sem Xanana e Ramos-Horta, Timor tivesse conquistado a independência. Mas receio que, com o comportamento seguido nas últimas semanas, Timor se mantenha... de facto... um país independente, em vez de se tornar numa espécie de protectorado australiano!
Não acredito que Xanana esteja a seguir interesses estrangeiros. Acredito que ele considera que está a fazer o melhor para o país! Mas... mesmo inconscientemente... está a favorecer a estratégia australiana de incluir Timor-Leste na sua esfera de influência. Os planos para a construção de um aquartelamento permanente para 3.000 soldados são um passo decisivo nessa estratégia. Ai Timor... calam-se as vozes dos teus avós...


………

JRH and me



Fotografia de José Ramos Horta com a embaixadora australiana, Margaret Twomey, na noite do dia em que Mari Alkatiri apresentou a demissão.

Dos leitores:

Hi, you might be interested in this email with photos, which is circulating around Dili after the party the Australian Ambassador to East Timor set up at short notice with Jose Ramos Horta Monday night – once Alkatiri had resigned that afternoon. I gather Twomey sent this email to her local staff - pretty good timing, huh? I think that "Bad result" means Australia lost to Italy - definitely not referring to the political events of the day.

You might think she would have some decency to be a bit more subtle, given the criticisms out there about meddling with Timorese politics, the constitutional crisis, and that Horta was pivotal in bringing about Alkatiri's resignation.




Margaret Twomey/People/DFATL
27/06/2006 11:05 AM
Cc Dili A-Based
Subject Bad result, but good party!

A couple of photographic souvenirs from last night....

And many thanks to those who organised things so quickly!


.

Bandalheira...

Dos leitores:

Noticia -Portugal Diario
Ramos Horta admite regressar à FRETILIN

José Ramos Horta comunicou aos diplomatas em Díli que Mari Alkatiri «decidiu resignar» ao cargo de primeiro-ministro, e que ele próprio admite regressar à FRETILIN para que o partido «reconquiste a confiança», segundo um documento oficial.

A informação foi dada pelo chefe da diplomacia de Timor-Leste durante um encontro com o corpo diplomático acreditado em Díli, segundo um documento distribuído pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense a que Lusa teve acesso.

No mesmo documento, escreve a Lusa, é referido que José Ramos Horta, um dos fundadores da FRETILIN, mas que abandonou o partido mais tarde, se declara preparado para regressar à principal força partidária timorense.

«Com a mesma motivação com que aceitou a pasta de Ministro da Defesa, JRH considerará um regresso à FRETILIN se isso significar ajudar o partido a reconquistar confiança, reforçar a sua moral», diz o texto.

«A FRETILIN, disse o ministro Horta, é demasiado importante e não deve ser partida. Dentro da FRETILIN há alguns grandes desafios internos como negócios, nem sempre transparentes, problemas éticos, etc. Esses problemas têm que ser resolvidos», acrescenta a nota.

O documento, enviado por e-mail para embaixadas em Díli, embaixadas timorenses no exterior e organizações internacionais em Timor-Leste, é da autoria do «Gabinete do Secretário-Geral», Nelson Santos, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

Dos leitores

I watched SBS Australia newscast on East Timor. It showed Lu Olo and Alkatiri walking through crowds of FRETILIN supporters. FRETILIN supporters could be seen cheering as the two men approached. However SBS did not mention that these were the FRETILIN crowd marching to Dili in protest at Alkatiri's resignation. Instead it focused on the meeting of the State Council and the call made by the Prossecutor General for Alkatiri to testify. I wonder why SBS did not mention the FRETILIN supporters?

………

Tradução da Margarida:

Vi o noticiário da SBS Australia sobre Timor-Leste. Mostrava Lu Olo e Alkatiri a andarem no meio da multidão dos apoiantes da FRETILIN. Podia-se ver os apoiantes da FRETILIN a aclamá-los quando os dois homens se aproximavam. Contudo a SBS não mencionou que essa era uma multidão da FRETILIN a marchar para Dili em protesto pela resignação de Alkatiri. Em vez disso focalizou na reunião do Conselho de Estado e na chamada do Procurador-Geral a Alkatiri para testemunhar. Pergunto-me porque é que não mencionaram os apoiantes da FRETILIN?

……….

SBS, like the other Australian media, follows John Howard and the Australia governments approach to East Timorese politics. Like the Australian government (lets keep the Australian people separate) the media never really supported our liberation struggle until public opinion was aroused in 1999. Until then the Australian government and the media were (on the whole) supporting the Indonesian regime. Now they want to remove a government which, although it has made some mistakes, has genuinely got the interests of the East Timorese at the forefront of their agenda.

As for the interests of the advisers to President Xanana- well after the recent events you really have to question what their motives are.

………


Tradução da Margarida:

A SBS, como o resto dos media Australianos, segue a orientação de John Howard e do governo da Austrália para a política de Timor-Leste. Tal como o governo Australiano (deixemos de for a as pessoas da Austrália) os media nunca apoiaram realmente a nossa luta de libertação até que a opinião pública se levantou em 1999. Até lá o governo Australiano e os media estavam (todos) a apoiar o regime Indonésio. Agora querem remover um governo que, apesar de ter feito alguns erros, colocou genuinamente os interesses dos Timorenses em primeiro lugar na sua agenda.

Quano aos interesses dos conselheiros do Presidente Xanana- bem, depois dos recentes eventos cada um tem que questionar quais são os seus motivos reais.

……….

O trabalho do Presidente da República, o Chefe de Estado, está aí para quem quiser ver.

Um Chefe de Estado que permitiu a destruição e paralisação de um país para satisfazer os seus objectivos pessoais não é de certeza um Chefe de Estado.

Um Chefe de Estado que ignora que os Tribunais são os orgãos de soberania para administrar a justiça em nome do povo não é de certeza um Chefe de Estado.

Um Chefe de Estado que mantém um Procurador Geral que viola a lei em funções e só se preocupa com a demissão dos seus inimigos politicos pessoais não é de certeza um Chefe de Estado.

Um Chefe de Estado é muito mais.

Um Chefe de Estado não emite opiniões favoráveis ou desfavoraveis sobre partidos politicos.

Um Chefe de Estado não se rodeia de seguidores.

Um Chefe de Estado é o Chefe dos seus seguidores e dos seus opositores.

Um Chefe de Estado não discute ou presta declarações em praça pública sobre questões de Estado.

Um Chefe de Estado não proclama vitórias quanto a guerras internas.

Um Chefe de Estado é sempre um moderador.

Um Chefe de Estado envia para os Tribunais todas as suspeitas de crime sobre qualquer cidadão.

Um Chefe de Estado não dá sentenças ou condenações.

Um Chefe de Estado houve o povo através de eleições ou de referendos.

Um Chefe de Estado garante a unidade nacional.

Um Chefe de Estado é o Chefe de todos os cidadãos sem excepção.

……….

Isto é que é imaginação. O correspondente do The Age até já diz que o Mari Alkatiri já não é líder da Fretilin... que mais inventarão?

………

Inventam tudo para conseguirem fazer vingar o seu tenebroso plano.
Não têm escrúpulos não têm honra.

Obrigada aos criadores do blog assim permitem a todos que se preocupam com timor ir sabendo a situação que aí se vive.
……….

Ana Gomes quer ser mais timorense do que os proprios timorenses. E' uma senhora muito metedica. O facto de ter apoiado a luta do povo timorense, isso nao lhe da o direito de se imiscuir nos assuntos que nao lhe dizem respeito. Todos nos apoiamos este povo, mas nao temos o direito de dizer que se demita este ou aquele...eles sao soberanos. A senhora nao venha agora dar licoes de democracia a sua maneira.

Dos leitores

Todos que estão a fazer um golpe de estado em Timor adoravam que os apoiantes da FRETILIN entrassem em Dili , respondessem às provocações dos golpistas, entrando em confronto. Aí tinham pretexto para dissolverem o parlamento. Era muito fácil, assim nomeavam um governo de fantoches dizendo que era um governo de "salvação nacional". Só que esse filme já foi visto, subestimaram a inteligência do partido maioritariamente votado nas urnas. Para os senhores do golpe a democracia só é democrática quando os deles ganham.

……….

Inteligência deverá ser a palavra de ordem em Timor.

Parem com o lavar de roupa suja dos tempos da resistência onde todos cometeram erros graves e foram simultaneamente protagonistas da história da libertação.
A história da resistência pertence ao passado.

Parem com os protagonismos de líderes de resistência e de Prémios Nóbeis.
Porque lideres foram todos os que morreram e lutaram pela independência.

Prémios Nobeis todos deveriam ter recebido porque todos lutaram contra a violência indonésia e pela paz em Timor.

Agora trata-se do presente e do futuro de Timor-leste e de assegurar a soberania, a paz e estabilidade pela qual tanta gente morreu e vocês os lideres, os prémios nobeis continuam vivos e mostram-se actualmente incapazes de honrar os mortos.

……….

Ainda ontem falava com J Luandino V à noite e desabafámos os dois como estória é injusta e se repete! Na nossa Terra, em Angola, vimos nascer a Nação e vimos acontecer a guerra e esperamos, eu e ele, que isto não se repita em Timor Leste que também amamos por escolha consciente de que qualquer Povo e a sua independência é amável.
Lamento que tantas pessoas, anonimamente, se deixem levar por más palavras e publiquem coisas tão impertinentes neste blog. Contudo malai azul, talvez sejas também um malai mutin, continuas a fazer um bom trabalho (nunca temas o contrditório mas despreza a falta de humanidade] e isso já serve de consolo para quem espera que a arma mais segura, mais certeira seja mesmo a inteligência e o sentido de Estado que Mari Alkatiri tem demonstrado.
A estória toda está por contar mas o que interessa mesmo, ao contrário da Angola que eu vi nascer, é que Timor não renasça cinzas e morte. Para tal é preciso manter acima de tudo o essencial: o respeito pelo Povo e pelo seu bem-estar.
Acredito na democracia sobretudo quando ela salvaguarda as memórias, as culturas e ajuda a cumprir as expectativas dos Povos. Esta foi sempre a lição que recebi das mulheres de Timor, saber usar a paciência e a determinação porque como uma delas um dia me disse, 'a paz é sagrada e com ela tudo corre bem'.
Porque não vão à procura e não ouvem a sério estas Mata Dalan e esquecem o desvario dos que se querem ver heróis [do nada]?

……….

O desespero dos manifestantes vadios e de organizadores acéfalos está a demonstrar a sua potência pelas chamas e perseguições a casas de elementos e simpatizantes da FRETILIN.

Resta saber o que dirá, logo mais, pela manhã, Xanana Gusmão, relativamente ao comportamento dos homens do Tara e do Railos...

Quem sabe se faz parte do plano de destruição da cidade velha e degradada para se avançar com o plano urbanístico do GERTIL... ainda vamos descobrir que este é mais um acto bom em nome da democracia "à la Xanana" e por Xanana.

As queimadas cirúrgicas e as provocações continuadas serão mais uma prova da "esperteza" dos amigos do presidente?

……….

Prezada Ana Gomes,Quem diz o que não sabe, ouve (e vê) o que não quer.

……….

continuam a chegar a Metinaro...

A Metinaro estão a chegar mais camionetas e mais uns quantos milhares de pessoas.

Há um movimento social em marcha imparável... a noite está calma por lá e até divertida.

É bonito de ver, dizem-nos.

……….

Xanana fala em guerra!

Com quem pensa que a fará, depois de andar anos a dizer que o Povo quer a Paz!

Fará com gangsters?

Xanana Gusmão perdeu a noção da realidade, até a imprensa brasileira diz que ela está "adoecido"!

Para Xanana Gusmão pouco importa se são 3 mil ou dez mil ... já só se vê a si próprio ... O Estado é Ele!

Pouco ou nada valerá, agora, a racionalidade, a razão, os princípios, a legalidade, a ordem constitucional e tantos outros valores que pautaram a acção deste homem no passado!

Em África foram muitos os lideres de movimentos de libertação que não souberam adaptar-se a uma situação de Paz e de reconstrução nacional/construção do Estado.

No passado, Xanana Gusmão referiu que esse erro nunca seria cometido por ele próprio ... cometeu esse erro ... deixou de ter contacto com a realidade ... diz que está com o Povo, sem ter já a noção da realidade que o envolve, sem revelar qualquer respeito pelo Povo ao atropelar e rasgar a Constituição.

Senhor Presidente da República, ACORDE para a realidade.

Tenha a humildade de fazer o exame de consciência que apela a outros para fazer.

Tenha a hulmildade de derrubar os muros dentro de si, que tão veementemente apelou a outros a derrubarem, no passado.

Seja coerente com o seu passado e livre-se da tentação de tudo dominar de ser um caudilho absolutista. O resultado seria ainda mais trágico do que tudo o que Timor-Leste viveu nestes últimos dois meses, e ainda vive, para além dos 24 anos de luta.

.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.