Dissolução do Parlamento?!
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para informar.
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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6 comentários:
quando a cabeça não sabe pensar o corpo é que paga ... UMA DESGRAÇA
Fretilin e Mari Alkatiri mostram que o seu partido ainda está vivo
João Pedro Fonseca
Em Díli
Para quem tivesse dúvidas, a Fretilin provou ontem ser ainda um partido com muitos militantes e que apoiam o seu secretário-geral, Mari Alkatiri.
Ontem , em Hera, o presidente da Fretilin, Francisco Guterres (Lu- -Olo) e Mari Alkatiri provaram também que lideram o partido e que os militantes os respeitam: travaram milhares de pessoas, evitando que elas entrassem em Díli. Pelo menos, por um ou dois dias...
Mais de mil pessoas deslocaram-se de Baucau, Lospalos e Manatuto para a capital. Só para mostrarem que estão com Alkatiri.
Pararam em Metinaro, a cerca de 40 quilómetros de Díli, e ali esperaram. Com ordens para não avançarem. Mas, ontem à tarde, Lu-Olo e Alkatiri tiveram que se deslocar ali rapidamente porque aqueles milhares de pessoas (transportadas em 350 camiões) ameaçavam deslocar-se até à capital. Não é que tivessem intenções violentas, mas em Díli ainda estão talvez uns três mil manifestantes que se opõem à cúpula da Fretilin. E o cenário de confronto directo entre os dois grupos poderia ser desastroso.
O primeiro-ministro demissionário e o presidente do Parlamento subiram então para uma camioneta, pegaram no megafone e mostraram que estavam muito felizes por verificar que os militantes da Fretilin estão com o partido, e deixaram recados para todos aqueles que diziam que a Fretilin fora esvaziada. Nomeadamente após a declaração duríssima do Presidente Xanana Gusmão em que arrasou a actual classe dirigente do partido. "Há muito tempo que não conseguia estar com militantes da Fretilin, não podia trabalhar, não podia dormir, fico muito feliz por estar aqui convosco", disse Mari Alkatiri.
A multidão intercalava cada frase de Alkatiri com o grito "Vamos para Díli". O político portou-se como um estadista, apelou à calma, disse mesmo que "a Fretilin é um partido da democracia, de paz", lembrando que "os outros é que destruíram, queimaram, mataram."
Tentou também destruir essa divisão criada recentemente de lorosae/loromono. "Isso não existe, somos todos timorenses." Paralelamente, atacou aqueles que "andam a dizer que foram os loromonos que queimaram e destruíram, não é verdade, foi um pequeno grupo".
A mensagem de Alkatiri e também de Lu-Olo foi muito virada para a necessidade de se respeitar os valores democráticos. "Porque começaram com a violência? Será que estavam com medo de perder as eleições em 2007?", questionou Alkatiri, pedindo aos militantes para não terem medo, para continuarem vigilantes e para não acreditarem nos rumores mas para manterem a sua actuação sem violência. "As nossas armas são as nossa cabeças" e, por isso, a "Fretilin tem de mostrar que não é um partido violento."
Este discurso foi muito bem aceite, mas o mais difícil foi convencer o povo a voltar a Metinaro e a aguardar ali ordens para então entrar em Díli de forma pacífica. Alkatiri prometeu negociar com as forças internacionais um plano de entrada em Díli, mas que antes vai reunir todos os militantes da Fretilin da região ocidental para "mostrarmos que Timor é um só, não tem divisões" e depois, sim, avançam para a capital de forma ordeira.
Estas e outras reticências que então formulei à cobertura que a imprensa, as rádios e as televisões nacionais estavam a fazer do processo timorense foram acolhidas com o maior dos cepticismos por muitos jornalistas, como, provavelmente, por muitas das pessoas que as leram. As raras vozes que, na altura, ousaram pedir um pouco mais de informação e menos emoção foram abafadas por um coro de gente entusiasmada com a nobreza da causa timorense e, sobretudo, com a ocasião que esta representava de voltar a sentir por cá uma unidade e um patriotismo como há muito não se via. Fazer as perguntas óbvias, querer saber o que havia por detrás de uma situação que, mesmo sendo verdadeira, não podia ser senão episódica, indagar, em suma, onde assentava toda aquela ebulição, tinha o inconveniente de perturbar a unanimidade nacional e de questionar, mais do que o profissionalismo dos repórteres, a ideia que prevalecia sobre o que fosse informação.
Infelizmente, essas perguntas tinham toda a razão de ser. As notícias que nas últimas semanas têm chegado da ilha vão-se encarregando, uma após outra, de pôr a descoberto uma realidade que, há sete anos, dir-se-ia ter desaparecido, tal era a voragem de emoções e propaganda que a ameaçava engolir. Está tudo agora mais cinzento. Caiu o pano e os heróis e mártires deram lugar a gente normal. É altura, portanto, de se começar a falar de política.
Professor universitário
Diogo Pires Aurélio
Ai senhor Professor. Novos herois e martires sairam ja destadesgraca toda. Se os que foram barbaramente assasindos por ordem do governo nao sao martires entao nao o que e ser martir. Se os que recusaram seguir as ordens ilegais de um governo despota e dizer NAO ao planeado assassinio da democracia em 2007 nao sao herois entao nao sei o que e ser heroi.
Niguem diz que a fretelin esta morto mas quem esta morto é o Mari.
Se o PR dissolver o Parlamento a culpa e do Luolo. Devia estar a presidir as assembleias parlamentares e nao andar a agir como um militante comum la pra metinaro.
Quando o PR o dissolver por nao se reunir em assembleia numa altura de grande crise nao venham depois dizer que o PR e ditador.
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