Dez anos se passam hoje, 10 de Março, sobre o prematuro desaparecimento de Konis Santana.
Esta figura da Resistência Timorense, é abordada pelo professor José Mattoso no seu livro “A Dignidade – Konis Santana e a Resistência Timorense”.
Deixo aqui, algumas passagens desta obra, para que reflictamos um pouco sobre esse povo que tanta tinta em feito correr...
“...o respeito timorense não envolve subserviência, nem implica adulação. Inversamente, o respeito não exclui a amizade, o carinho, o afecto ou a familiaridade. Pelo contrário: percebi que pouco e pouco que o afecto cresce, até, na mesma medida que o respeito. Também não exclui a rudeza nem sequer agressão ou a violência, se alguém pensa que não está a ser tratado como devia. (...) De qualquer maneira, o sentido da dignidade, no seu aspecto de independência e de pouca consideração pela hierarquia europeia, foi considerado por um bom observador do fim do século XIX como uma característica peculiar dos Timorenses”.(pág.10)
“O sentido da dignidade é, pois, um dado fundamental da mentalidade timorense” (pág. 12).
“ Os Timorenses podiam suportar tudo, menos o desprezo. Nesse sentido, a resistência não podia ter nenhum desfecho senão a independência.”(...) “ Pátria ou morte,” (...) (pág.13)
Um povo pobre, sem dinheiro, em armas, sem poder, convenceu o mundo inteiro acerca da justiça que lhe assistia, e obrigou os poderosos que o oprimiam a aceitar a sua libertação.”(pág.14)
“Mas não foi pelas armas que venceram. Foi pela determinação, a persistência, a persuasão”. (pág. 15).
Fítun Taci
domingo, março 09, 2008
Konis Santana - 10 anos depois da sua morte
Por Malai Azul 2 à(s) 19:52 2 comentários
MAE TIMORENSE
O TEU SORRRISO LINDO
O TEU DON MATERNAL
INAGUALAVEL E SIMPLISTA
MULHER TIMOR E BESTIAL
FAZES DAS TRIPAS CORACAO
FAZES MILAGRES DE ROSA
MERECES TODO O NOSSO CARINHO
MUITO VERSO E MUITA PROSA
NAO HA PALAVRAS QUE PAGUEM
NEM VERSOS PARA DESCREVER
A TUA PACIENCIA E RESISTENCIA
O TEU TAO MERECIDO SER
UM BEIJO
MAU DICK
Por Malai Azul 2 à(s) 01:07 4 comentários
Mãe, mulher, mulher timorense
Blog Olhó lafaek!...
Sábado, 8 de Março de 2008
Hoje é o Dia Internacional da Mulher e se a minha mãe fosse viva faria hoje anos! Sei que não foi por causa do seu aniversário que este dia foi escolhido para homenagear as mulheres... mas para mim é como se fosse. A cada um a sua mentirinha...
E ao lembrar-me da minha mãe ('tá quieta, lágrima!...) lembro-me também das mães de Timor e, em geral, das mulheres timorenses, essas grandes heroínas, a maior parte anónimas, da resistência e da luta pela independência ao sofrerem o que sofreram no corpo e na alma (porque não ficaste onde estavas, lágrima?!...) ao verem os seus filhos "triturados" pelo monstro da repressão indonésia.
Que todas as outras me perdoem --- principalmente as que sofreram na carne ainda mais que ela --- mas para mim há uma que será sempre a "mãe", a "mulher" timorense: aquela a quem eu costumo chamar "senhora professora", a Olandina Caeiro.
Ela recusa sempre o "epíteto" mas eu insisto: filho e neto de professores do ensino primário, habituei-me a ver nestes uma referência. E professor uma vez, professor se fica para toda a vida. Ser professor é uma função, não uma "mera" profissão. E a Olandina, agora com a sua ONG timorense, que outra coisa tem sido que professora toda a vida? Os livros é que são diferentes!
O meu primeiro encontro com ela marcou-me para sempre (lembras-te, António? Até lhe beijei as mãos!): a visão de uma mulher cheia de marcas de queimaduras de cigarros era coisa que até então me era completamente estranha e foi ao vê-la que passei a fazer dela a minha heroína "secreta"...
Em si, Olandina, no Dia da Mulher e no dos anos da minha mãe, presto a minha homenagem à Mulher Timorense! (bolas! Porque insistem em sair todas ao mesmo tempo?!... Não podiam ter ficado simplesmente a bailar onde estavam?!...)
Publicada por Euzinho
Por Malai Azul 2 à(s) 00:00 1 comentários
Traduções
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "