terça-feira, janeiro 22, 2008

Ana Gomes, também em silêncio?...

A eurodeputada Ana Gomes que se exaltava contra o então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, exigindo que o Xanana Gusmão o demitisse, agora não exige a Ramos-Horta que demita, pelas mesmas razões, o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão?

Pois não. Fica silenciosa...

Mais dois pesos e duas medidas?

E Reinado que denunciou o PM Xanana Gusmão não é notícia?

A LUSA continua sem fazer uma notícia sobre a denúncia que Reinado fez contra o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, acusando-o de ser o responsável pela crise de 2006 e de ter criado grupos que fomentaram a violência.

Ao contrário da imprensa presente em Timor-Leste e da imprensa australiana. E, ao contrário das acusações de Railos contra o ex-Ministro do Interior e o ex-Primeiro-Ministro, em 2006.


Mais dois pesos e duas medidas?

Timor-Leste: Médicos cubanos denunciam "tirania" de Havana em Díli

Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa, em Díli

Díli, 22 Jan (Lusa) - A brigada médica cubana em Timor-Leste reproduz no país o controlo e repressão do regime de Havana, afirmaram à Agência Lusa em Díli quatro médicos que pretendem fugir para os Estados Unidos.

Os médicos, que há três meses vivem escondidos em locais diferentes em Díli, acusam a sua embaixada de gerir a "exportação da tirania" de Cuba para Timor-Leste.

"O Partido Comunista Cubano (PCC) funciona em Timor-Leste", acusam os médicos, que citam um funcionário da embaixada cubana, também anestesista no Hospital Central Guido Valadares, em Díli, como o secretário do PCC no país.

"O Partido tem controlo absoluto sobre a brigada, incluindo a vida pessoal de cada médico", declararam à Lusa os quatro cubanos.

Um contingente de quase 230 médicos, a que Havana dá o nome de brigada, está desde 2005 em Timor-Leste, constituindo o pilar do sistema de saúde do país.

Do quotidiano da brigada fazem parte sessões de autocrítica, fixadas em acta, avaliações ideológicas permanentes e uma reunião mensal do PCC em Lahane, na periferia da capital.

"Chamam-lhe a reunião do Imortal para que os timorenses não percebam do que se trata", explicou o médico Alexis Oriol Caceres.

A reunião realiza-se no terceiro domingo de cada mês.

"Cuba reduz a sua estrutura de maioria silenciosa em cada brigada médica. É simples", explica Alexis Oriol Caceres sobre a lógica de reprodução do "totalitarismo".

"É muito eficiente e quase perfeito. Não deixa nenhuma liberdade. Todos nós somos jubilados no `Big Brother`", acrescentou o médico cubano

Alexis Oriol Caceres continua à espera dos documentos de viagem que pediu na embaixada dos Estados Unidos em Díli.

Como todos os cooperantes cubanos, teve que entregar o seu passaporte à embaixada de Cuba assim que chegou a Timor-Leste.

"No Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense disseram-me que eu sou um `indocumentado`", contou Alexis Oriol Caceres à Lusa.

"Eu não existo. A embaixada até fez desaparecer os meus registos do hospital".

"Limbo é uma palavra demasiado bonita para descrever a minha situação", concluiu o médico, especialista em bioinformática e ex-responsável (até cair em desgraça) pelas tecnologias de informação da embaixada de Cuba.

"Deixei de merecer confiança quando, em 2006, a embaixada descobriu que eu tinha um blogue", contou.

Outros três médicos cubanos vivem na clandestinidade em Díli. Comparando com Alexis Oriol Caceres, estão "um pouco melhor" face à burocracia.

Raidén López Carrillo, a sua mulher, Irina Valdés Pérez, e Miriela Llanes Martínez já obtiveram os documentos de viagem norte-americanos, mas falta-lhes uma autorização de saída do Governo timorense.

Todos, porém, vivem em condições dramáticas desde que abandonaram a brigada médica.

Os quatro têm uma história semelhante: vieram para um país de que mal tinham ouvido falar.

"Mandam-te e tu vens porque afinal é uma grande oportunidade", resume Irina Valdés Pérez.

Em Timor-Leste, cada brigadista ganha 250 dólares mensais (cerca de 173 euros).

"É muito", comparando com o ordenado mensal de um médico em Cuba: 25 dólares (menos de 18 euros).

De qualquer modo, não há escolha, explicam os médicos: "Quem recusa a mobilização já não tem carreira".

No melhor dos cenários, o cooperante cubano é colocado em Díli.

Miriela Llanes Martínez não teve tanta sorte. Foi colocada directamente num subdistrito de Covalima, sudoeste do país, "sozinha, sem saber falar tétum, sem água corrente, sem carro, sem televisão, sem cobertura de telemóvel e com uma bateria que só dava 4 horas de luz por dia".

Só depois de três meses foi colocado outro colega cubano nessa aldeia.

"Passava os dias a chorar. Não tinha com quem falar nem quem visitar. A única ajuda para os casos graves era chamar a Igreja", resumiu a médica.

As "penalizações" são de vária ordem: o não recebimento dos 4.800 dólares pelos dois anos de serviço, ou represálias sobre familiares.

Raidén López Carrillo foi insultado numa reunião do "Imortal", conta o médico, que teve a sua roupa e objectos pessoais "retirados do quarto sem autorização e queimados por ordem da embaixada".

Raidén López Carrillo recebeu o diploma das mãos do próprio líder cubano, Fidel Castro, em 2005, por ter sido o melhor aluno de Medicina da sua província.

Os quatro médicos afirmam que Timor-Leste "ignora" os contornos da repressão comunista na brigada médica.

Salientam, no entanto, que "não é uma coincidência que o embaixador de Cuba, Ramón Hernández Vásquez, membro do Comité Central do PCC, tenha visitado Timor-Leste pela primeira vez como convidado ao congresso da Fretilin em 2006".

Meses depois, apresentava as suas credenciais no Palácio das Cinzas.

"Sobre essa situação, já dissemos tudo o que havia a dizer", respondeu à Lusa o embaixador cubano em Díli, que a semana passada afirmou que a situação dos médicos que pretendem fugir para os Estados Unidos é "apenas um caso de emigração económica".

Lusa/Fim

Parabéns!

Ao blog TIMOR LOROSAE NAÇÃO pelo vosso primeiro aniversário!

Um abraço,

Malai Azul

TÃO GRANDE DOR

Timor fragilíssimo e distante
Do povo e da guerrilha
Evanescente nas brumas da montanha

Em frente ao pasmo atento das crianças
Assim contava o poeta Rui Cinatti
Sentado no chão
Naquela noite em que voltara da viagem

Timor
Dever que não foi cumprido e que por isso dói

Depois vieram notícias desgarradas
Raras e confusas
Violências mortes crueldade
E anos após ano
Ia crescendo sempre a atrocidade
E dia a dia - espanto prodígio assombro
Cresceu a valentia
Do povo e da guerrilha
Evanescente nas brumas da montanha

Timor cercado por um bruto silêncio
Mais pesado e mais espesso do que o muro
De Berlim que foi sempre falado
Porque não era um muro mas um cerco
Que por segundo cerco era cercado

O cerco da surdez dos consumistas
Tão cheios de jornais e de notícias

Mas como se fosse o milagre pedido
Pelo rio da prece ao som das balas
As imagens do massacre foram salvas
As imagens romperam os cercos do silêncio
Irromperam nos écrans e os surdos viram
A evidência nua das imagens.

Sophia de Mello Breyner, 20-09-99

(enviado por Fítun Taci)

Prime Minister Xanana Gusmao accused of instigating 2006 political crisis in East Timor

World Socialist Web Site

By Patrick O’Connor
22 January 2008


Former East Timorese major Alfredo Reinado has accused Prime Minister Xanana Gusmao of directly instigating the 2006 military mutiny, which triggered the political and social unrest that forced more than 100,000 people—10 percent of the population—to flee their homes. The violence was seized upon by Canberra as the pretext for dispatching an Australian-led military intervention and muscling former Fretilin prime minister Mari Alkatiri out of office.

The 2006 events unfolded as part of a “regime change” operation orchestrated by the former Australian government of John Howard and by Fretilin’s domestic political opponents. Canberra regarded the Alkatiri administration as being too closely aligned to strategic rivals, Portugal and China, and resented the concessions it had been forced to make during negotiations over the exploitation of the Greater Sunrise oil and gas field. Fretilin, a bourgeois nationalist organisation, was also opposed by rival sections of the Timorese elite. Its limited promises of social reform were viewed with hostility by business and landowning interests, particularly those with connections to the former Indonesian occupying forces, while the powerful Catholic Church resisted the Alkatiri government’s support for a separation between church and state.

Gusmao has long played a leading role in the political manoeuvres of these right-wing forces. But his public response to the 2006 crisis was particularly provocative. On March 23 he delivered a nationally televised speech in which he denounced Fretilin as corrupt and dictatorial, and stoked up regional resentments by accusing the government of favouring people from the eastern districts where Fretilin draws most of its support. The speech sparked widespread violence, marking a critical turning point in the crisis. The unrest became the pretext in May for the dispatch of Australian troops. In June, Gusmao—utilising a scurrilous documentary produced by the Australian ABC program “Four Corners” that falsely accused Alkatiri of arming a “hit squad” to assassinate his political opponents—then publicly threatened to resign as president unless Alkatiri stepped down. When Alkatiri eventually obliged, he was succeeded as prime minister by Gusmao’s close ally Jose Ramos-Horta.

Gusmao now stands accused not just of exploiting the soldiers’ mutiny for his own ends, but of direct responsibility for the crisis. Alfredo Reinado was one of the central figures in the military split. In April and May 2006, violent protests erupted in Dili in support of nearly 600 soldiers (known as the “petitioners”) who had abandoned their barracks after accusing the Alkatiri government of discriminating against Timorese from the western regions of the country. Reinado, the commander of East Timor’s military police, participated in some of the most violent clashes, including an unprovoked ambush on government soldiers and police. Currently facing eight murder charges and ten counts of attempted murder, Reinado and his armed followers have based themselves in the regional western districts and refused to accede to Gusmao’s demands to turn themselves in.

Negotiations between the East Timorese government and Reinado over the terms of the former major’s surrender appear to have broken down, provoking the public allegations against Gusmao.

Reinado recently recorded a video message that has been circulated on DVD in East Timor and released, in part, on the Internet. “I give my testimony as a witness, that Xanana is the main author of this crisis, he cannot lie or deny about this,” the former major declared. “Many things will happen backstage and he knows about that, it’s his responsibility and his links. He calls us bad people, but it’s him that created us, turned us to be like this—he is author of the petition. He was behind all of this... He turns against us, those ordered and created by him. It’s with his support that the petition exists in the first place, it’s his irresponsible speeches to the media that made people to be fighting and killing each other until this moment and he knows many more things—we will talk about this.”

Reinado is a dubious figure and his statement certainly cannot simply be taken on face value. He is yet to provide any supporting evidence. Nevertheless, his allegation dovetails with already-known information indicating that Gusmao was the leading Timorese figure in the calculated coup d’état against the democratically elected Fretilin administration.

Reinado is not the first person to have accused Gusmao of orchestrating violence. Former vice-commander of Dili’s district police, Abilio “Mausoko” Mesquita issued a statement after his arrest in 2006 alleging that Gusmao had ordered him to attack a house belonging to army Brigadier Taur Matan Ruak on May 25. Mesquita claims to have repeatedly told UN mission head Sukehiro Hasegawa that Gusmao was the author of the political crisis. Mesquita was sentenced to four years jail last August for his role in the attack on Brigadier Ruak’s house, despite Ruak asking the court to grant clemency and release him.

There is already evidence that Reinado had maintained communications with Gusmao as the crisis deepened in May 2006. On May 14 the two men met in Dili. On May 29—three days after the 1,300 Australian-led soldiers landed in East Timor—Gusmao sent Reinado a letter written on presidential letterhead which began with the greeting “Major Alfredo, Good Morning!” and encouraged him to pull back from the hills around the capital. “We have already combined with the Australian forces and you have to station yourself in Aileu,” it declared. Gusmao concluded with “embraces to all” and his signature. Senior staff at the Poussada lodge, where Reinado stayed for six weeks, told the Australian that Gusmao later paid Reinado’s hotel bill.

Significantly, Gusmao has refused to deny Reinado’s latest allegations. “I do not want to respond to this issue because there are legal implications and I do not want to engage in a war of words,” he declared on January 10. “Let whoever wants to scream about it scream... I am not paying any attention because I see it as irrelevant.”

The prime minister later issued an extraordinary threat to journalists in Dili covering the story. “You have to exercise more responsibility towards the environment of stability or instability,” he said last Tuesday. “We close our eyes when in the case of small and big things you go and interview Alfredo [Reinado]. Perhaps because of these things instability may emerge in the country—because of you—[so] we will arrest you.”

Former Prime Minister Alkatiri has demanded that Gusmao resign. “I never had any doubts that Xanana was behind, or in front of the crisis, and it was because of this that I have been saying right from the beginning that this has been a big conspiracy,” he said. “Now, because they are upset with one another Alfredo has revealed that this was in fact the case.”

These remarks stand in stark contrast to the way Alkatiri conducted himself during the 2006 crisis. The former prime minister then made no genuine attempt to expose the conspiracy against him, acquiesced to the Australian intervention, and resigned just as large numbers of Fretilin supporters began demonstrating in defence of his government. For Alkatiri and the Fretilin leadership, the prospect of a mass movement mobilised in defence of democratic rights developing beyond their control terrified them far more than a Gusmao-led right-wing coup.


Canberra’s role

The Australian media have buried Reinado’s allegations. The story was completely ignored for more than a week; only when the blackout could no longer be sustained did the broadsheet newspapers publish short reports describing Alkatiri’s demand that Gusmao resign and the prime minister’s threat to arrest Timorese journalists. Beyond this, however, there has been no detail and no analysis. This is certainly no accident or oversight. Almost every section of the media was complicit in Canberra’s destabilisation campaign against the Alkatiri administration. The press is now seeking to evade any serious examination of Gusmao’s role in the 2006 events because to do so would raise embarrassing questions about the former Howard government’s, and their own, involvement.

Gusmao has long-standing and close connections with Canberra. It is highly unlikely he would have moved against the Alkatiri administration without prior backing from Howard.

It is equally unlikely that Canberra was caught unaware by the split within the Timorese military. As the World Socialist Web Site noted in July 2006: “Given its long record of intrigue, there is no doubt that Australia had a direct hand in the political events leading up to its May 24 military intervention. The Howard government’s close relations with Gusmao and Ramos-Horta were undoubtedly augmented by a network of contacts established by Australian diplomatic staff, military personnel and intelligence operatives in Dili with opposition politicians, rebel soldiers and police, and even gang leaders. Canberra not only knew who was involved in the army protests in March, but, in all likelihood, encouraged them.”

Reinado’s claim that Gusmao was behind the “petitioners” uprising again raises questions regarding the former major’s Australian connections. Reinado lived in Australia in the 1990s, and his wife and children still reside in Perth. He returned to East Timor in 1999, and after joining the country’s armed forces, received military training in Canberra.

When Australian troops landed in Timor in May 2006, they made no effort to detain Reinado. SAS forces accompanied him to the hotel outside Dili where he stayed for six weeks, issuing regular denunciations of the Fretilin government and public messages of support for the Australian-led intervention force. In July, Portuguese police arrested Reinado in Dili on weapons charges. The illegal arms were being stored in a house directly opposite an Australian military base. A month later Reinado somehow managed to walk out of the Dili prison, which was being guarded by Australian and New Zealand forces.

After negotiations between Reinado and Ramos-Horta faltered over the terms of the former major’s surrender, Horta authorised an Australian military raid. The Howard government dispatched an additional 100 SAS troops for the operation on March 4, 2007 in which Australian and New Zealand forces attacked the former major’s base in the central mountain town of Same. Five of his followers were shot dead, although Reinado and the rest of his men somehow managed to escape. It has never been explained how the elite forces failed to apprehend Reinado. The only plausible explanation is that the operation was never aimed at capturing him.

In the aftermath of the raid, Australian military spokespeople ludicrously declared that the SAS remained “on the hunt” for Reinado but were unable to locate him. The former major meanwhile continued to grant interviews to TV crews and other media personnel. Remarkably, he declared that he did not blame Australian forces for killing five of his men and still supported the foreign military presence in East Timor.

Australian commander of the International Stabilisation Force (ISF) in East Timor, John Hutchison, confirmed last Wednesday that his forces would not arrest Reinado. Hutchison reportedly told a press conference in Dili that the Australian military does “not want to intervene in the internal problems” of East Timor. This remark merely underscores the depth of Canberra’s cynicism. The Fretilin leadership has complained that the ISF’s refusal to move against Reinado violates an active arrest warrant issued by the courts and rests on nothing but an arbitrary order of President Ramos-Horta, who has called for further negotiations.

The standoff is heightening opposition towards the Australian-led occupation within the East Timorese population. Australian Catholic priest Father Frank Brennan, a former director of the Jesuit Refugee Service in East Timor, warned last month: “There is a growing perception among local critics of the Timor government that the Australian troops are the personal troops of the president given their presence without full constitutional mandate and their ready response to Horta’s arbitrary command, which showed little respect for the traditional separation of powers between the executive and the judiciary.”

Popular hostility will only increase as the neo-colonial character of the Australian-led intervention becomes ever more apparent. Newly-elected Labor Prime Minister Kevin Rudd visited East Timor last month and pledged to maintain the Australian presence until at least 2009. However, the operation will almost certainly last much longer. President Ramos-Horta told the Australian that he expects the UN mission, backed by the Australian military, to continue until at least 2011.

The Australian Strategic Policy Institute has encouraged the Rudd government to go even further and look to install Australian personnel directly into East Timor’s state apparatus, as Canberra has done in other South Pacific countries. A report issued last November titled “After the 2006 Crisis: Australian interests in Timor-Leste” stated: “Expatriates in critical posts like chief of police, prosecutor general, and senior court appointments could provide a circuit-breaker from political interference as well as promote professional development and an ethos of public service complementing the political and economic advice and audits provided by UN missions and the IMF.”

That the prospect of an Australian takeover of East Timor’s police force and judiciary is now being actively discussed serves to demonstrate the real character of the tiny impoverished country’s so-called “independence”.

The WSWS invites your comments.

TRADUÇÃO:

Primeiro-Ministro Xanana Gusmão acusado de instigar a crise política de 2006 em Timor-Leste

World Socialist Web Site

Por Patrick O’Connor
22 Janeiro 2008


O antigo major Timorense Alfredo Reinado acusou o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão de ter instigado directamente o motim militar de 2006, que desencadeou o desassossego político e social que forçou mais de 100,000 pessoas—10 por cento da população—a fugir das suas casas. A violência foi aproveitada por Canberra como o pretexto para despachar uma força de militar de intervenção liderada pelos Australianos e remover pela força o antigo primeiro-ministro da Fretilin Mari Alkatiri.

Os eventos de 2006 desdobraram-se como parte duma operação de “mudança de regime” orquestrada pelo antigo governo Australiano de John Howard e pelos opositores políticos domésticos da Fretilin. Canberra considerava a administração Alkatiri como estando alinhada demasiado próxima de rivais estratégicos, Portugal e China, e ressentiu as concessões que fora forçada a fazer durante as negociações da exploração do campo de gás e petróleo do Greater Sunrise. A Fretilin, uma organização nacionalista pequeno-burguesa, era também oposta por facções rivais da elite Timorense. As suas promessas limitadas de reforma social eram vistas com hostilidade pelos interesses dos negócios e dos proprietários de terras, particularmente os que tinham conexões com as antigas forças ocupantes Indonésias, com a poderosa igreja católica a resistir ao apoio do governo de Alkatiri à separação entre a igreja e o Estado.

Gusmão há muito tempo que tinha um papel de líder nas manobras políticas dessas forças da ala direita. Mas foi particularmente provocador na sua resposta à crise de 2006. Em 23 de Março ele fez um discurso à nação pela televisão no qual denunciou a Fretilin como corrupta e ditatorial, e aumentou ressentimentos regionais ao acusar o governo de favorecer as pessoas dos distritos do leste onde a Fretilin tem a maioria do seu apoio. O discurso desencadeou violência alargada, marcando um ponto sério de viragem na crise. O desassossego tornou-se o pretexto em Maio para o destacar das tropas Australianas. Em Junho, Gusmão — utilizando um indecente documentário produzido pelo programa “Four Corners” da ABC Australiana que falsamente acusou Alkatiri de armar um “esquadrão de ataque” para assassinar os seus opositores políticos — ameaçou então publicamente resignar do cargo de presidente anão ser que Alkatiri saísse. Quando Alkatiri eventualmente condescendeu, foi sucedido no cargo de primeiro-ministro por Jose Ramos-Horta, aliado chegado de Gusmão.

Gusmão é agora acusado não apenas de explorar o motim dos soldados para benefício próprio, mas de responsabilidade directa na crise. Alfredo Reinado foi uma das figuras centrais da divisão militar. Em Abril e Maio de 2006, irromperam protestos violentos em Dili em apoio de quase de 600 soldados (conhecidos como os “peticionários”) que tinham abandonado os seus quartéis depois de acusarem o governo de Alkatiri de discriminar contra os Timorenses das regiões do oeste do país. Reinado, o comandante da polícia militar de Timor-Leste, participou nalguns dos confrontos mais violentos, incluindo uma emboscada não provocada a soldados e polícias do governo. A enfrentar correntemente oito acusações de homicídio e de dez tentativas de homicídio, Reinado e os seus seguidores armados acantonaram-se eles próprios nos distritos da região oeste e recusam ceder aos pedidos de Gusmão para se entregarem.

Negociações entre o governo Timorense e Reinado sobre os termos de rendição do antigo major parecem terem-se quebrado, provocando as alegações públicas contra Gusmão.

Reinado gravou recentemente uma mensagem em video que tem andado a circular em DVD em Timor-Leste e emitido, em parte, na Internet. “Dou o meu testemunho, como testemunha, que Xanana é o autor principal desta crise, ele não pode mentir ou negar isto,” declarou o antigo major. “Muitas coisas aconteceram nos bastidores e ele sabe disso, a responsabilidade e as ligações são suas. Ele chama.nos pessoas más, mas foi ele quem nos criou, que nos transformou naquilo que somos — é ele o autor da petição. Ele esteve por detrás disto tudo... ele virou-se contra nós, estes a quem ele deu ordens e que foram criados por ele. Foi com o seu apoio que petição existiu em primeiro lugar, foram os seus discursos irresponsáveis para os media que fizeram com que muita gente fosse lutar e matar-se uns aos outros até esta altura e ele sabe de muitas mais coisas — havemos de falar disso.”

Reinado é uma figura dúbia e as suas declarações não podem ser certamente tomadas como valor nominal. Ele não apresentou ainda evidência que as suporte. Contudo, as suas alegações juntamente com informações já bem conhecidas indicam que Gusmão foi a figura Timorense de topo do golpe de Estado planeado contra a administração da Fretilin eleita democraticamente.

Reinado não é a primeira pessoa a ter acusado Gusmão de ter orquestrado a violência. O antigo vice-comandante da polícia do distrito de Dili, Abilio “Mausoko” Mesquita emitiu uma declaração depois da sua prisão em 2006 alegando que Gusmão lhe tinha dado ordens para atacar a casa que pertence ao Brigadeiro da força armada Taur Matan Ruak em 25 de Maio. Mesquita afirma ter ditos repetidamente ao responsável da missão da ONU Sukehiro Hasegawa que Gusmão for a o autor da crise política. Mesquita foi condenado a quatro anos de prisão em Agosto passado pelo seu papel no ataque à casa do Brigadeiro Ruak, apesar de Ruak ter pedido ao tribunal para lhe perdoar e libertar.

Há já evidência que Reinado tinha mantido comunicações com Gusmão quando a crise se aprofundou em Maio de 2006. Em 14 de Maio os dois homens encontraram-se em Dili. Em 29 de Maio — três dias depois de 1,300 soldados liderados pelos Australianos terem aterrado em Timor-Leste — Gusmão mandou uma carta a Reinado em papel com timbre presidencial que começava com a saudação “Bom dia Major Alfredo!” e o encorajava a sair dos montes à volta da capital. “Já combinámos com as forças Australianas e deve acantonar-se em Aileu,” dizia. Gusmão concluiu com “abraços para todos” e a sua assinatura. Pessoal de topo da Pousada, onde Reinado ficou durante seis semanas, disseram ao The Australian que foi Gusmão quem mais tarde pagou a conta de hotel de Reinado.

Significativamente, Gusmão tem-se recusado a negar as últimas alegações de Reinado. “Não quero responder a essa questão porque há implicações legais e não quero engajar-me numa guerra de palavras ,” declarou ele em 16 de Janeiro. “Deixemos gritar sobre isso quem quiser gritar... não presto nenhuma atenção a isso porque vejo que isso é irrelevante.”

Mais tarde o primeiro-ministro emitiu uma ameaça extraordinária contra os jornalistas que em Dili cobriam a história. “Têm de exercer mais responsabilidade em relação a um ambiente de estabilidade ou instabilidade,” disse na Terça-feira passada. “fechamos os olhos no caso de coisas pequenas e grandes quando vão entrevistar Alfredo [Reinado]. Se talvez por causa destas coisas a instabilidade emergir no país — por causa de vocês—[então] prendê-los-emos.”

O antigo Primeiro-Ministro Alkatiri pediu que Gusmão resigne. “Nunca tive qualquer dúvida que Xanana estava por detrás, ou à frente da crise, e é por causa disso que tenho estado a dizer desde o princípio que isto tem sido uma grande conspiração,” disse. “Agora, como estão aborrecidos um com o outro Alfredo revelou que este era de facto o caso.”

Estes comentários estão em total contraste com o modo como Alkatiri se conduziu ele próprio durante a crise de 2006. Então, o antigo primeiro-ministro não fez nenhuma tentativa genuína para expor a conspiração contra ele, aceitou a intervenção Australiana, e resignou logo que um grande número de apoiantes da Fretilin começaram a manifestar-se em defesa do seu governo. Para Alkatiri e para a liderança da Fretilin, a perspectiva de um movimento de massas mobilizado em defesa de direitos democráticos se desenvolver para além do seu controlo aterrorizou-os mais do que o golpe da direita liderado por Gusmão.


Papel de Canberra

Os media Australianos enterraram as alegações de Reinado. A história foi completamente ignorada durante mais de uma semana; apenas quando não se pode aguentar mais o silenciamento é que os jornais publicaram relatos curtos descrevendo a exigência de Alkatiri para Gusmão resignar do cargo de primeiro-ministro e a ameaça de prender jornalistas Timorenses. Para além disto, contudo, não tem havido nem detalhes nem análises. Isto não acontece nem por acidente nem por descuido. Quase todas as secções dos media foram cúmplices com a campanha de desestabilização de Canberra contra a administração de Alkatiri. Agora a imprensa está a procurar evadir-se de qualquer exame sério ao papel de Gusmão nos eventos de 2006 porque fazê-lo levantaria questões embaraçosas acerca do antigo governo de Howard e do seu próprio envolvimento.

Gusmão tem conexões com Camberra desde há muito e estreitas . É altamente improvável que tivesse agido contra a administração de Alkatiri sem respaldo prévio de Howard.

É igualmente improvável que Canberra tenha sido apanhada desprevenida pela divisão no seio das forças militares Timorenses. Como World Socialist Web Site anotou em Julho de 2006: “Dado o seu longo historial de intriga, não há dúvida de que a Austrália teve uma mão directa nos eventos políticos que levaram à sua intervenção militar em 24 de Maio. As relações estreitas do governo de Howard com Gusmão e Ramos-Horta eram sem dúvidas aumentadas por uma rede de contactos estabelecidos por pessoal diplomático Australiano, pessoal militar e operacionais dos serviços de informações em Dili com políticos da oposição, soldados e polícias amotinados e mesmo líderes de gangues. Canberra não apenas conhecia quem estava envolvido nos protestos das forças armadas em Março, mas, com toda a probabilidade encorajou-os.”

A afirmação de Reinado de que Gusmão estava por detrás do levantamento dos “peticionários” levanta mais uma vez questões sobre as conexões Australianas do antigo major. Reinado viveu na Austrália nos anos 1990s, e a sua mulher e filhos residem ainda em Perth. Regressou a Timor-Leste em 1999, e depois de se juntar às forças armadas do país, recebeu formação militar em Canberra.

Quando as tropas Australianas aterraram em Timor em Maio de 2006, não fizeram nenhum esforço para deter Reinado. Forças SAS acompanharam-no no hotel for a de Dili onde esteve alojado durante seis semanas, emitindo denúncias regulares contra o governo da Fretilin e mensagens públicas de apoio à força de intervenção liderada pelos Australianos. Em Julho, a polícia Portuguesa prendeu Reinado em Dili com acusações de armas. As armas ilegais estavam armazenadas numa casa mesmo em frente à base militar Australiana. Um mês depois Reinado conseguiu sair pelo seu pé da prisão de Dili, que estava a ser guardada pelas forças Australianas e da Nova Zelândia.

Depois de negociações entre Reinado e Ramos-Horta falharem por causa dos termos para a rendição do antigo major, Horta autorizou que um assalto pelos militares Australianos. O governo de Howard despachou mais 100 tropas SAS para a operação em 4 de Março de 2007 onde forças Australianas e da Nova Zelândia atacaram a base do antigo major na cidade de Same nas montanhas do centro. Cinco dos seus seguidores foram mortos a tiro, apesar de Reinado e do resto dos seus homens terem conseguido escapar. Nunca foi explicado como é que as forças de elite falharam em apanhar Reinado. A única explicação plausível é que a operação nunca visou capturá-lo.

Depois do assalto, o porta-voz militar Australiano declarou enganosamente que as SAS se mantinham “na perseguição” a Reinado mas que eram incapazes de o localizar. Contudo o antigo major continuou a dar entrevistas a equipas de TV e a outro pessoal dos media. Extraordináriamente, ele declarou que não culpava as forças Australianas por terem matado cinco dos seus homens e que apoiava ainda a presença militar estrangeira em Timor-Leste.

O comandante Australiano da Força Internacional de Estabilização (ISF) em Timor-Leste, John Hutchison, confirmou na Quarta-feira passada que as suas forças não prenderiam Reinado. Disse Hutchison numa conferência de imprensa em Dili que os militares Australianos “não querem intervir nos problemas internos” de Timor-Leste. Este comentário apenas ressalta a profundidade do cinismo de Canberra. A liderança da Fretilin tem-se queixado que a recusa do ISF em agir contra Reinado viola um mandato de captura emitido pelos tribunais e repousa em nada a não ser numa ordem arbitrária do Presidente Ramos-Horta, que tem pedido mais negociações.

O finca-pé tem aumentado a oposição contra a ocupação liderada pelos Australianos no seio da população Timorense. O padre católico Australiano Frank Brennan, um antigo director do Jesuit Refugee Service em Timor-Leste, avisou o mês passado: “Há uma percepção crescente entre os críticos locais do governo de Timor que as tropas Australianas sãs as tropas pessoais do presidente dada a sua presença sem mandato constitucional e a sua resposta pronta ao comando arbitrário de Horta, que mostrou pouco respeito pela tradicional separação de poderes entre o executivo e o judicial.”

A hostilidade popular apenas aumentará à medida que o carácter neo-colonial da intervenção liderada pelos Australianos se tornar cada vez mais aparente. O acabado de eleger Primeiro-Ministro do Labor Kevin Rudd visitou Timor-Leste no mês passado e prometeu manter a presença Australiana até pelo menos 2009. Contudo, quase de certeza que a operação durará muito mais. O Presidente Ramos-Horta disse ao The Australian que espera que a missão da ONU, respaldada pelos militares Australianos, continue até 2011 pelo menos.

O Instituto Australiano de Política Estratégica encorajou o governo de Rudd a ir ainda mais longe e tentar instalar pessoal Australiano directamente no aparelho de Estado de Timor-Leste, como Canberra tem feito noutros países do Sul do Pacífico. Um relatório emitido em Novembro passado com o título “Depois da Crise de 2006: interesses Australianos em Timor-Leste” afirmava: “Expatriados em cargos críticos como chefes da polícia, procurador-geral, e nomeações de topo nos tribunais podem pôr um travão na interferência política e promover o desenvolvimento profissional e uma ética de serviço público completando os conselhos políticos e económicos e as auditorias providenciadas pela ONU e pelo FMI.”

Que a perspectiva duma tomada de poder Australiana da força da polícia e do sector judicial de Timor-Leste não estejam a ser discutidas activamente serve para demonstrar o carácter real da chamada “independência” do pequeno país empobrecido.

O WSWS convida-o a fazer comentários.

Desculpe?! Mas desde quando um governo prende alguém?

“…the NP member from the Social Democratic Party (PSD) said that Fretilin are just ‘playing politics’ and Fretilin should only complain if the Alliance Government starts putting journalists in jail or sanctioning them.”

Tradução:

“…o deputado do PN do Partido Social Democrático (PSD) disse que a Fretilin está apenas a ‘fazer política’ e que a Fretilin deve apenas queixar-se se o governo da Aliança começar a pôr os jornalistas na cadeia ou a castigá-los.”

(DN and TP)

NOTA DE RODAPÉ:

Impressionante a ignorância deste deputado do PSD. Continua a pensar que o governo detém o poder judicial e não entende a função fiscalizadora da oposição.

Afirmações como esta denunciam a falta de cultura democrática da maioria AMP.

E pensar que os mesmos diziam que o Governo da FRETILIN tinha défice democrático...

Cabo Verde: País "é principal parceiro da cooperação portuguesa" - João Gomes Cravinho

Cabo Verde: País "é principal parceiro da cooperação portuguesa" - João Gomes Cravinho
2008-01-21 20:33:56

Cidade da Praia, 21 Jan (Lusa) - Cabo Verde é o principal parceiro da cooperação portuguesa, que representa "um volume considerável" de dinheiro, sem contar com a colaboração em termos de recursos humanos, disso hoje o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, João Cravinho.

No primeiro dia de uma visita Cabo Verde, o secretário de Estado português lembrou que na quarta-feira será assinado o programa de cooperação para os próximos quatro anos, de 70 milhões de euros, e que foi recentemente acordado outro financiamento por parte do Ministério das Finanças que ascende a 140 milhões de euros.

A isto acrescenta-se o apoio a nível de pequenos projectos e o apoio técnico dado por Portugal, pelo que, reconheceu o responsável, "é difícil fazer a contabilização de tudo" mas que, quando se fazem contas, "fazem-se sempre pelo mínimo".

A ministra das Finanças de Cabo Verde, Cristina Duarte, assina em Lisboa, no próximo dia 31, um acordo de cooperação técnica entre os dois ministérios das Finanças, segundo o qual Portugal vai dar assistência técnica a todas as direcções-gerais deste ministério cabo-verdiano, estando envolvida uma verba de cerca de dois milhões de euros.

"Nos últimos dois anos a cooperação entre os dois ministérios tem sido muito significativa", disse Cristina Duarte hoje, depois de um encontro com João Cravinho.

Ao nível dos pequenos projectos, João Cravinho presidiu hoje também à cerimónia de entrega de cinco bibliotecas a outros tantos municípios de Cabo Verde, num total de 2.000 livros.

Serão beneficiadas, disse à Lusa o adido cultural da embaixada de Portugal na Cidade da Praia, João Neves, as câmaras de Santa Catarina (Santiago) e do Tarrafal e Ribeira Brava (S. Nicolau), e ainda as escolas de Praia Baixo e Santa Cruz (Santiago).

Paralelamente serão distribuídos centenas de livros escolares, resultado de uma recolha feita pelos alunos do Colégio Militar, em Lisboa.

"Entre o muito que nos une a língua portuguesa está em primeiro lugar", frisou o secretário de Estado português, afirmando que se sente gratificado por saber que, "com este pequeno gesto", milhares de páginas escritas em português serão lidas por jovens e adultos do interior de Cabo Verde.

As cinco bibliotecas contêm livros didácticos, como dicionários, mas também literatura estrangeira traduzida, livros juvenis (Harry Potter, por exemplo), livros infantis e também livros de escritores portugueses.

Já na tarde de hoje João Cravinho se tinha comprometido com a ministra da Educação, Filomena Martins, a apoiar Cabo Verde no ensino do português nas escolas primárias e na revisão curricular a nível do ensino universitário.

FP.

NOTA DE RODAPÉ:

Até há bem pouco tempo, o Secretário de Estado João Cravinho dizia o mesmo de Timor-Leste.

Finalmente assume o afastamento e o desinteresse por Timor-Leste...

EAST TIMOR: UN scaling down food distribution

ABC Radio Australia
22/01/2008

And now to East Timor where the UN is planning to scale down its food distribution programme for the tens of thousands of displaced people who are still living in camps throughout the country.

Presenter - Stephanie March Speaker - Finn Reske-Nielsen is the UN's Deputy Special Representative for the Secretary General; Jose Monteiro, camp resident.

Tradução:

TIMOR-LESTE: ONU reduz distribuição de comida

ABC Radio Australia
22/01/2008

E agora para Timor-Leste quando a ONU está a planear reduzir o seu programa de distribuição de alimentos para as dezenas de milhares de deslocados que vivem ainda em campos no país.

Apresentador - Stephanie March


Orador - Finn Reske-Nielsen é o Vice-Representante Especial do Secretário-Geral da ONU;

José Monteiro, residente no campo.



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Benedict XVI meets with presidents of Togo and East Timor

Vatican

Vatican City, Jan 21, 2008 / 10:40 am (CNA).

- In the past few days, the Holy Father has been engaged in diplomatic meetings with the presidents of the Republic of Togo and East Timor to discuss the happenings in their respective countries.

While meeting with Faure Gnassingbe, the president of the Republic of Togo on Saturday, the Pontiff discussed the strong relations “that exist between the Holy See and Togo, with particular emphasis on the contribution Catholics make to the integral progress of the Togolese people. The need to achieve complete national reconciliation was underlined as was the urgent importance of bringing aid to the numerous refugees and victims of last October's floods.”

Pope Benedict also met with the President of the Republic of East Timor Jose Manuel Ramos-Horta to discuss the “cooperation between the Catholic Church and the State in the fields of education, healthcare, and the struggle against poverty.”

“The political and social situation of the country was also examined, with particular emphasis given to the process of national reconciliation and to the support of the international community for the consolidation of democratic institutions.”

Tradução:

Bento XVI encontra-se com os presidentes do Togo e de Timor-Leste

Vaticano

Cidade do Vaticano, 21 Jan, 2008 / 10:40 am (CNA).

- Nos últimos dias, o Santo Padre tem estado engajado em encontros diplomáticos com os presidentes da República do Togo e de Timor-Leste para discutir os acontecimentos nos seus respectivos países.

Quando do encontro com Faure Gnassingbe, o presidente da República do Togo no Sábado, o Pontífice discutiu as fortes relações “que existem entre a Santa Sé e o Togo, com particular ênfase na contribuição que os católicos dão ao progresso integral do povo Togolês. A necessidade de alcançar a total reconciliação nacional foi sublinhada bem como a importância urgente de levar ajuda aos numerosos refugiados e vítimas das inundações de Outubro.”

O Papa Bento encontrou-se ainda com o Presidente da República de Timor-Leste José Manuel Ramos-Horta para discutir a “cooperação entre a igreja católica e o Estado nos campos da educação, cuidados de saúde e luta contra a pobreza.”

“A situação política e social do país foi também examinada, com ênfase particular dado ao processo de reconciliação nacional e ao apoio da comunidade internacional para a consolidação das instituições democráticas.”

UNMIT – MEDIA MONITORING - Tuesday, 22 January 2008

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any consequence resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

SRSG Atul Khare: the Timorese should be responsible for their environment: The Special Representative of Secretary-General (SRSG) for Timor-Leste, Atul Khare, said that Timorese people should be environmentally responsible to help avoid natural disasters.

“We can only assist you for a short time. You have to be responsible for the environment,” said SRSG Khare when participating in the ceremony of planting seedlings on Monday (21/1) in Bonuk sub-village, Ainaro District.

It is expected that the planting programme may help avoid natural disasters in the next five to ten years in Timor-Leste.

To protect the environment, UNDP is giving 7000 seedlings to the community in sub-village Bonuk, Leolima village, sub-district Hatu-Udo in Ainaro District, to be planted in the seven-hectare community planting fields.

RTL news coverage

The President of the National Parliament (NP) appeals to all sectors of society to contribute to solving the problems of the country: The President of the National Parliament (NP) has appealed to all sectors of society to contribute towards solving the problems of the country.

The problems of Alfredo Reinado, the petitioners and IDPs are national problems that require the conscience and contribution of all sectors, including political parties.


* * *


SRSG Atul Khare: the Timorese should be environmentally responsible

The Special Representative of the Secretary-General (SRSG) for Timor-Leste, Atul Khare, said that Timorese people should be environmentally responsible in order to help avoid natural disasters.

“We can only assist you for a short time. You have to responsible for your environment. We have to force ourselves to end the problem of deforestation,” said SRSG Khare while participating in the ceremony of planting plants on Monday (21/1) in Bonuk sub-village, Ainaro District.

It is expected that the planting programme may help Timor-Leste avoid natural disasters in the next five to ten years. (TP)

UN raises US$22M for Timor-Leste

The Deputy Special Representative of the Secretary-General (DSRSG) of the United Nations Mission in Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, said that in 2007 UN organizations in Timor-Leste raised US$22M for the development of the country.

DSRSG Finn also said that US22M was provided by the international community.

“The fund has enabled the government to provide food and humanitarian assistance to the Internally Displaced People (IDPs) …,” said DSRSG Finn on Thursday (17/1) in Obrigado Barracks, Dili.

DSRSG Finn was responding to a journalist’s question about UN support in 2007. (DN)

Screening of the F-FDTL is a positive step

The decision of President (PR) José Ramos-Horta to screen the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL) is a positive step that will help solve the political and military crisis of the country.

“… PR Ramos-Horta, as the Supreme Commander of F-FDTL, has made this decision to help find a solution to the problems of the petitioners, including Alfredo Reinado,” said Duarte Nunes, a member of the National Parliament (NP). (DN)

Branco: “Threatening journalists reveals a dictator’s attitude”

From a political statement in the NP, a NP member from Fretilin, Francisco Miranda, stated that the attitude of Prime Minister (PM) Xanana Gusmão is similar to that of a dictator who intends to curb press freedom, in light of his threatening comments to journalists.

“If he feels offended by a media publication, any citizen of this country may bring such a case to the court, but threatening is not acceptable,” said Mr. Miranda on Monday (21/1) in the plenary session of NP in Dili.

However, the NP member from the Social Democratic Party (PSD) said that Fretilin are just ‘playing politics’ and Fretilin should only complain if the Alliance Government starts putting journalists in jail or sanctioning them. (DN and TP)

Alfredo Reinado: “People can decide whether I’m a rebel or not”

Alfredo Reinado said that only the Timorese people can decide whether he is a rebel or not, not internationals, since he has never stood against them or their nations.

According to Reinado, contextually the internationals are the rebels because they have exploited the opportunity presented by the crisis.

Alfredo declared that he is not a rebel as long as he has not committed any action against the people. (STL)

Tilman: NP may invite Xanana to give his opinion on Alfredo’s CD

A member of the NP from KOTA, Manuel Tilman, said that he is asking the NP through the President of the NP Fernando Lasama to invite PM Xanana Gusmão to give his opinion on Alfredo’s CD which has spread widely in Dili and in which the PM was accused of being the author of the 2006 crisis.

“We all know that Xanana used to be the leader of the army, the clandestine movement and the diplomatic front, and then brought us a referendum to achieve independence. That’s why I request through the NP President that we invite PM Xanana to explain the political truth,” said Mr. Tilman on Monday (21/1) in the NP, Dili.

The Vice President of the NP, Maria Paixão, said that the suggestion will be discussed.

“There are many CDs from Alfredo’s, not only accusing Xanana, but also accusing other people, including PM Mari Alkatiri. We might ask all of them to come and explain the truth to the NP,” said Ms. Paixão. (DN)

Administrative reform: government signing an accord with UNDP

PM Xanana Gusmao on Monday (21/1) signed an accord with the United Nations Development Program (UNDP) to support the Ministry of State Administration in their project to reform public functions.

“We are working on a program and need to improve the capacity of public servants.

The accord is signed so that UNDP could assist the government’s work,” said PM Xanana in Dili.

The project is signed for five years, between the government of Timor-Leste and UNDP, until 2012 and entails supervising public servants to help them to deliver give good services to the people and the nation. (DN, TP and STL)

Tradução:

UNMIT – MONOTORIZAÇÃO DOS MEDIA - Terça-feira, 22 Janeiro 2008

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e o conteúdo deles não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou implícito. A UNMIT não sera responsável por qualquer consequência que resulte da publicação de, ou pela confiança em tais artigos e traduções."

Relatos dos Media Nacionais

SRSG Atul Khare: os Timorenses devem ser responsáveis pelo ambiente:
O Representante Especial do Secretário-Geral (SRSG) para Timor-Leste, Atul Khare, disse que o povo Timorense deve ser responsável pelo ambiente para ajudar a evitar desastres naturais.

“Só os podemos assistir por um curto período de tempo. Têm de ser responsáveis pelo ambiente,” disse o SRSG Khare quando participava na cerimónia de plantação de mudas na Segunda-feira (21/1) na sub-aldeia Bonuk, Distrito de Ainaro.

Espera-se que o programa de plantação possa ajudar a evitar desastres naturais nos próximos cinco a dez anos em Timor-Leste.

Para proteger o ambiente, o UNDP está a dar 7000 mudas à comunidade na sub-aldeia Bonuk, aldeia de Leolima, sub-distrito Hatu-Udo no Distrito Ainarot, para serem plantados nos campos comunitários de sete hectares.

RTL cobertura de notícias

O Presidente do Parlamento Nacional (PN) apela a todos os sectores da sociedade para contribuírem para resolver os problemas do país:
O Presidente do Parlamento Nacional (PN) apelou a todos os sectores da sociedade para contribuírem para resolver os problemas do país.

Os problemas de Alfredo Reinado, peticionários e deslocados são problemas nacionais que requerem a consciência e a contribuição de todos os sectores, incluindo dos partidos políticos parties.


* * *


SRSG Atul Khare: Os Timorenses devem ser responsáveis pelo ambiente

O Representante Especial do Secretário-Geral (SRSG) para Timor-Leste, Atul Khare, disse que os Timorenses devem ser responsáveis pelo ambiente de modo a poderem evitar desastres naturais.

“Apenas podemos assistir por um curto período de tempo. Têm de ser responsáveis pelo vosso ambiente. Temos de nos forçar nós próprios a acabar com o problema da deflorestação,” disse o SRSG Khare quando participava numa cerimónia de plantação de plantas na Segunda-feira (21/1) na sub-aldeia de Bonuk, Distrito de Ainaro.

É esperado que o programa de plantação possa ajudar Timor-Leste a evitar desastres naturais nos próximos cinco a dez anos. (TP)

ONU angaria US$22 M para Timor-Leste

O Vice-Representante Especial do Secretário-Geral (DSRSG) da ONU em Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, disse que em 2007 as organizações da ONU em Timor-Leste angariaram US$22 M para o desenvolvimento do país.

O DSRSG Finn disse também que US22 M foram doados pela comunidade internacional.

“O fundo permitiu que o governo desse alimentação e assistência humanitária aos deslocados …,” disse o DSRSG Finn na Terça-feira (17/1) em Obrigado Barracks, Dili.

O DSRSG Finn estava a responder a uma pergunta de um jornalista sobre o apoio da ONU em 2007. (DN)

Escrutínio das F-FDTL é um passo positivo

A decisão do Presidente (PR) José Ramos-Horta tde escrutinar as Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) é um passo positivo que ajudará a resolver a crise política e militar do país.

“… O PR Ramos-Horta, como Comandante-Supremo das F-FDTL, tomou a decisão de ajudar a encontrar uma solução para os problemas dos peticionários, incluindo Alfredo Reinado,” disse Duarte Nunes, um deputado do PN. (DN)

Branco: “ameaçar jornalistas revela uma atitude de ditador”

O deputado da Fretilin, Francisco Miranda, afirmou que a atitude do Primeiro-Ministro (PM) Xanana Gusmão é similar às de um ditador que tem a intenção de limitar a liberdade de imprensa, à luz do seu comentário a ameaçar os jornalistas.

“Se se sente ofendido por uma coisa que os media publicaram, qualquer cidadão deste país pode levar um tal caso a tribunal, mas as ameaças não são aceitáveis,” disse o Sr. Miranda na Segunda-feira (21/1) na sessão plenária do PN em Dili.

Contudo, um deputado do PSD disse que a Fretilin está apenas a “fazer política” e que a Fretilin deve apenas queixar-se se o Governo da Aliança começar a pôr jornalistas na prisão ou a castigá-los. (DN e TP)

Alfredo Reinado: “As pessoas podem decidir se eu sou amotinado ou não”

Alfredo Reinado disse que apenas o povo Timorense pode decidir se ele é ou não amotinado, não os internacionais, visto que ele nunca se levantou contra eles nas suas nações.

De acordo com Reinado, contextualmente são os internacionais que são os amotinados porque exploraram a oportunidade oferecida pela crise.

Alfredo declarou que não é um amotinado visto que não cometeu nenhuma acção contra o povo. (STL)

Tilman: PN pode convidar Xanana a dar a sua opinião sobre o CD de Alfredo

O deputado do KOTA, Manuel Tilman, disse que vai pedir ao PN através do Presidente do PN Fernando Lasama para convidar o PM Xanana Gusmão a dar a sua opinião sobre o CD de Alfredo que se espalhou por Dili e no qual o PM foi acusado de ser o autor da crise de 2006.

“Todos sabemos que Xanana costumava ser o líder das forças armadas, do movimento clandestino e da frente diplomática, e depois trouxe-nos um referendo para alcançarmos a independência. É por isso que peço através do Presidente do PN que ele convide o PM Xanana para explicar a verdade política,” disse o Sr. Tilman na Segunda-feira (21/1) no PN, Dili.

A Vice-Presidente do PN, Maria Paixão, disse que a sugestão será discutida.

“Há muitos CDs de Alfredo, não apenas o que acusa Xanana, mas que acusa também outras pessoas, incluindo o PM Mari Alkatiri. Podemos pedir a todos eles para virem explicar a verdade ao PN,” disse a Srª. Paixão. (DN)

Reforma Administrativa: governo assina um acordo com o UNDP

O PM Xanana Gusmão na Segunda-feira (21/1) assinou um acordo com o Programa de Desenvolvimento da ONU (UNDP) para apoiar o projecto de reforma das funções públicas do Ministério da Administração do Estado.

“Estamos a trabalhar num programa e precisamos de melhorar a capacidade dos funcionários públicos.

O acordo é assinado para que o UNDP possa assistir ao trabalho do governo,” disse o PM Xanana em Dili.

O projecto é assinado por cinco anos, entre o governo de Timor-Leste e o UNDP, até 2012 e engloba a supervisão dos funcionários públicos para ajudá-los a desempenhar bons serviços ao povo e à nação. (DN, TP e STL)

O Programa da Educação Cívica na Rádio RTL

Parlamento Nacional

Informa-se que amanhã, dia 23 de Janeiro de 2008, pelas 10h00, será transmitido pela Rádio Timor-Leste (RTL) o programa de Educação Cívica do Parlamento Nacional sobre o assunto seguinte " Uma Abordagem Geral ao Parlamento Nacional".

Este tema vai ser apresentado por Sua Exa. O Presidente do Parlamento Nacional, Sr. Fernando Lasama de Araújo.

Dili bishop stresses peace, unity for 2008

January 21, 2008
Indian Catholic

DILI (UCAN): Bishop Alberto Ricardo da Silva of Dili has invited Catholics to reflect and be grateful to God as they welcomed in the New Year, even though they suffered badly from violence in 2007.

"We need to reflect on the negative things we have done due to our ego, which have to be thrown away, and immediately apologize and ask for God's pardon," Bishop da Silva said. He also expressed hope that the good things they experienced in 2007 would continue into 2008.

Self-reflection, peace and unity were the themes the bishop emphasized to about 2,500 Mass goers at Immaculate Conception Cathedral here in the capital of Timor Leste, or East Timor, on New Year's Eve.

In his homily just before the clock struck 12 a.m. on Jan. 1, he also stressed the importance of family in pursuing peace and lifting the country from the quagmire of violence. "The family has the biggest role in forming a person to be a good person," he said. All members of local society, he continued, must live as one family in one home, Timor Leste, so they should start the year by renewing their commitment to live peacefully.

"Let's shake hands and forgive each other in order to find a way to return to justice and peace, which is needed in building a peaceful life," he said.

Maria De Jesus Barreto, a 32-year-old mother, told UCA News at the cathedral, "I am still grateful to God, though my house was burnt down during the riots, because I still have my life to do my daily duty as a teacher better."

Barreto is one of thousands who live in refugee camps in the Dili area, where violence the last two years was concentrated. The Ministry of Social Affairs, Labour and Solidarity reports 64,367 people remain in 44 refugee camps. Barreto and her family live with 1,000 other displaced people in the compound of St. Joseph College in Dili. Like most, she said she was still too afraid to leave, and like some others, she has no home to return to.

Communal violence erupted in Timor Leste in April 2006 in the wake of the dismissal of more than one-third of the army. The dismissed soldiers, from the western part of the country, alleged discrimination by easterners, who claims to have been the backbone of the resistance against Indonesian rule during the 1980s and 1990s.

Tensions sparked by the soldiers' dismissal degenerated into clashes between groups claiming to represent easterners and westerners. At least 20 people died and more than 100,000 were displaced at the height of the crisis. They took refuge in camps, many of which were set up in Catholic churches and centers. Riots continued to break out sporadically during 2007.

Also in 2007, youths in the Baucau area went on a rampage after the party they supported won the most seats in parliament but the second-place party formed a coalition government. They burned homes and attacked Church and government buildings Aug. 7-9. Then, on Aug. 10, a gang raped nine young girls at the Salesian-run convent school in Baguia subdsitrict. More than 3,000 people fled their homes.

Timor Leste, which gained full independence in 2002, after more than two years under a transitional administration set up by the United Nations, has a population of about 1 million, more than 90 percent of whom are Catholics.

Tradução:

Bispo de Dili sublinha paz, unidade para 2008

Janeiro 21, 2008
Indian Catholic

DILI (UCAN): O bispo Alberto Ricardo da Silva de Dili convidou os católicos a reflectires e a estarem gratos a Deus quando saúdam o Ano Novo, mesmo apesar de terem sofrido bastante da violência em 2007.

"Precisamos de reflectir nas coisas negativas que temos feito devido aos nossos egos, que têm de ser atirados fora, e pedir imediatamente desculpa e pedir o perdão de Deus," disse o bispo da Silva. Expressou também esperança que as coisas boas de 2007 possam continuar em 2008.

Auto-reflexão, paz e unidade foram os temas que o bispo enfatizou a cerca de 2,500 assistentes na Missa na Catedral da Imaculada Conceição aqui na capital de Timor-Leste, na noite de Ano Novo.

Na sua homilia mesmo antes do relógio tocar as 12 badaladas em Jan. 1, sublinhou também a importância da família para prosseguir a paz e levantar o país do pântano da violência. "A família tem o papel maior na formação duma pessoa para ser boa pessoa," disse. Todos os membros da sociedade local, continuou, devem viver como uma família numa casa, Timor-Leste, assim devem começar o ano renovando os seus compromissos para viverem pacificamente.

"Apertemos as mãos e perdoemos uns aos outros de modo a encontrar um caminho para regressar à justiça e à paz, que são necessárias para construir uma vida pacífica," disse.

Maria De Jesus Barreto, uma mãe de 32 anos, disse à UCA News na catedral, "Estou ainda grata a Deus, apesar da minha casa ter sido queimada durante as desordens, porque tenho ainda a minha vida para fazer a minha tarefa diária como uma professora melhor."

Barreto é uma das milhares que vivem em campos de deslocados na área de Dili, onde se concentrou a violência dos últimos dois anos. O Ministério dos Assuntos Sociais, Trabalho e Solidariedade noticia que 64,367 pessoas continuam em 44 campos de deslocados. Barreto e a sua família vivem com outros 1,000 deslocados no complexo do Colégio de S. José em Dili. Como a maioria, ela disse que tem ainda demasiado medo para se mudar, e como alguns outros, ela não tem casa para onde voltar.

A violência comunitária irrompeu em Timor-Leste em Abril de 2006 no início da demissão de mais de um terço das forças armadas. Os soldados demitidos, da parte oeste do país, alegaram discriminação pelos do leste, que afirmam terem siso a espinha dorsal da resistência contra o domínio Indonésio nos anos 1980s e 1990s.

Tensões desencadeadas pela demissão dos soldados degeneraram em confrontos entre grupos que clamam representar os do leste e os do oeste. Pelo menos morreram 20 pessoas e mais de 100,000 foram deslocadas no pico da crise. Refugiaram-se em campos, muitos dos quais montados em igrejas católicas e centros. Desordens continuaram a rebentar esporadicamente durante 2007.

Também em 2007, jovens da área de Baucau entraram numa fúria depois do partido que apoiavam ser o que ganhou mais lugares mas o que ficou em segundo lugar formou um governo de coligação. Queimaram casas e atacaram edifícios da igreja e do governo em 7-9 de Agosto. Depois, em 10 de Agosto, um gang violou nove raparigas na escola do convento gerido por Salesianos no sub-distrito de Baguia. Mais de 3,000 pessoas fugiram das suas casas.

Timor Leste, que ganhou a independência total em 2002, depois de mais de dois anos sob a administração provisória montada pela ONU, tem uma população de cerca de 1 milhão, dos quais mais de 90 por cento são católicos.

Timor-Leste: Terceira diocese criada ainda este ano - PR José Ramos-Horta

Lisboa, 21 Jan (Lusa) - A terceira diocese de Timor-Leste deverá ser criada ainda este ano, disse hoje à Lusa o Presidente timorense José Ramos-Horta.

Contactado telefonicamente pela Lusa a partir de Lisboa, o chefe de Estado timorense, que iniciou hoje uma visita oficial de dois dias a Itália, foi recebido de manhã em audiência, no Vaticano, pelo Papa Bento XVI.

Foi a segunda vez que Ramos-Horta foi recebido por Bento XVI, tendo o primeiro encontro decorrido em Novembro de 2006, quando Ramos-Horta era chefe do governo timorense.

"Informei Sua Santidade sobre a situação em Timor-Leste e o Papa Bento XVI ficou bastante agradado pelo facto desta ter melhorado e encorajou Timor-Leste a continuar o processo de diálogo e reconciliação nacional", disse Ramos-Horta à Lusa.

Depois da audiência papal, Ramos-Horta reuniu-se com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, que informou o presidente timorense da intenção da Santa Sé de abrir em Díli uma representação permanente, para o que será nomeado um encarregado de negócios.

"Timor-Leste continuará dependente da Nunciatura em Jacarta, mas a nomeação de um encarregado de negócios já é um passo importante", considerouo Presidente.

Relativamente à criação da terceira diocese em Timor-Leste, condição imprescindível para a constituição de uma Conferência Episcopal, Ramos-Horta disse à Lusa que só falta o Vaticano escolher o futuro bispo.

A criação da terceira diocese, que segundo Ramos-Horta "provavelmente deverá ficar no Suai", distrito de Covalima, sul do país, está demorada devido aos atrasos das autoridades timorenses em avançarem com a nova divisão administrativa do país.

"A demora tem sido mais pelo facto da igreja católica não querer avançar com a terceira diocese enquanto do lado do governo de Timor-Leste não for feita a nova divisão administrativa do país. Penso que será ainda este ano que a terceira diocese será criada", disse.

Timor-Leste tem actualmente duas dioceses, Díli e Baucau.

Ramos-Horta, que foi também hoje recebido pelo seu homólogo italiano Giorgio Napolitano, tem agendado para terça-feira encontros com o primeiro-ministro, Romano Prodi, com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Franco Danieli, e a presidente da Câmara Municipal de Milão, Letizia Moratti.

O presidente timorense disse à Lusa que espera destes contactos um reforço da ajuda que a Itália presta actualmente a Timor-Leste.

"Espero que a Itália aumente a sua ajuda a Timor-Leste. Neste momento a ajuda é extremamente modesta", considerou.

Ramos-Horta adiantou que o aumento da ajuda italiana deverá concretizar-se no apoio ao Parlamento Nacional e aos sectores da agricultura e segurança alimentar.

De concreto, Ramos-Horta conseguiu já nesta deslocação a oferta de um unidade móvel de cinema, por parte da Câmara de Milão.

"Trata-se de um projecto meu, a que chamei Cinema Paradiso e que visa levar o cinema às aldeias remotas do país", acrescentou.

Ramos-Horta termina na terça-feira a visita a Itália, viajando à noite para a Suíça, para uma estada privada, após o que seguirá para o Brasil, onde inicia no próximo dia 26 uma visita oficial.

Integram a comitiva do chefe de Estado timorense o ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias da Costa, o ex-ministro da Defesa e assessor presidencial para a reestruturação das forças de segurança, Roque Rodrigues, e João Carrascalão, membro do Conselho de Estado, órgão consultivo do Presidente de Timor-Leste.

EL.

Lusa/Fim

OLHA O CHEIRETE DO PEIXE PODRE!

Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008
BlogTIMOR LOROSAE NAÇÃO

OLHA O PEIXE PODRE!
Ana Loro Metan


Poderão estranhar imenso o título desta prosa mas compreenderão que este era o pregão proclamado por um amigo “peixeiro” nos comentários do TLN. Acho que agora já não o faz.

Pois, mas o certo é que achei graça e ao princípio, quando com aquilo deparei, ainda dei umas risadas. De salientar que sempre que a Margarida escrevia nos comentários algo que o amigo “peixeiro” não gostava, discordava, ele respondia no comentário seguinte: “Olha o peixe podre! Quem quer o peixe podre da Margarida!”.

Estou para aqui a explicar isto e vocês sabem-no ainda melhor que eu. Sempre fica a valer para os que possam não saber.

Agora sinto que é a minha vez de usar o pregão, por via de Ramos Horta, o caixeiro-viajante, andar por cá pela Europa novamente, desta vez não se sabe bem por onde mas hoje esteve logo cedinho no Vaticano, desconhecendo-se se tomou o pequeno almoço com o Papa Bento XVI.

Pedincha como ele é foi provável que fosse à copa deliciar-se com umas iguarias de doces conventuais regados com água benta.

Segundo o comunicado da Santa Sé, “falaram da situação política e social do país, destacando a necessidade de apoio, por parte da comunidade internacional, à consolidação das instituições democráticas” de Timor.

Então não é caso para apregoar olha o peixe podre!?

Mas se as instituições democráticas estão a ser arrasadas por Horta e Xanana Gusmão como é possível que este hipócrita vá aborrecer o Papa Bento XVI com tamanha prosápia!?

Não têm sido Horta e Xanana que têm violado constantemente a Constituição? Como pode existir democracia se as violações vêm de quem vêm?

Se bem me recordo, Horta intrometeu-se e desautorizou o Tribunal de proceder à recaptura de Alfredo Reinado, deu mais “corda” ao foragido, deu-lhe tempo e espaço para se organizar ainda mais. Obviamente que Xanana também estava neste barco.

Muito mais se poderia dizer sobre estas conversas de vitimação que Horta foi ter com Bento XVI, mas já cheira mal andarmos sempre a constatar que temos por presidente da República um caixeiro-viajante que usa do engano – como manda a profissão - para vender o seu peixe podre.

Olha o peixe podre! Quem quer o peixe podre do Horta!

Bento XVI fala com presidente timorense sobre reconciliação no país

21/01/2008 - 12h55
EFE

Cidade do Vaticano, 21 jan (EFE).- O Papa Bento XVI recebeu hoje em audiência o presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, com quem falou sobre o processo de reconciliação no país, informou em nota o escritório de imprensa do Vaticano.

Durante a reunião, falaram "sobre a situação político-social do país, e em detalhe, sobre o processo de reconciliação nacional, assim como o apoio da comunidade internacional à consolidação das instituições democráticas".

Bento XVI e Ramos Horta também evocaram as "cordiais relações" entre os dois Estados, assim como a cooperação existente entre a Igreja Católica e o país asiático no âmbito da "educação, saúde e luta contra a pobreza".

O presidente do Timor-Leste, que chegou ao Vaticano acompanhado por uma delegação de 9 pessoas, deu ao Papa uma tecido com enfeites dourados confeccionado por artesãos do país, e o Papa, por sua vez, lhe presenteou com as medalhas de seu Pontificado Assim como outros líderes que visitam o Vaticano, o católico Ramos-Horta também se reuniu posteriormente com o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, que estava acompanhado pelo secretário para as Relações com os Estados, Dominique Mamberti.

Lisboa, 21 Jan (Lusa) - Hoje é notícia:

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se hoje para apreciar o relatório elaborado pela Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT), documento que foi alvo de um primeiro debate no passado dia 13 de Dezembro de 2007.

O relatório foi elaborado por uma missão do Conselho de Segurança, que se deslocou a Timor-Leste em Novembro para avaliar a situação no país, e que concluiu que "muitas das causas da crise de 2006 permanecem por resolver", bem como "algumas das consequências" dessa crise.

Lusa/Fim

Reunião bilateral

2008-01-19 - 00:00:00
Correio da Manhã

O ministro da Justiça, Alberto Costa, recebeu ontem a sua homóloga timorense, Lúcia Lobato, para uma reunião bilateral no Ministério da Justiça.

Foi discutida a cooperação desenvolvida entre os dois países, onde se destaca a elaboração do Código Penal e projectos futuros na área da Justiça.

REINADOS PREPARAM-SE PARA “NOS DEFENDER…”

Blog Timor Lorosae Nação
Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2008

PARA ONDE CAMINHAMOS, SENHORES BAZÓFIAS?

Tibério Lahane

As movimentações militares que estão a ocorrer no território pretendem ser discretas mas a descrição não passa despercebida aos que se começavam a habituar a serem donos do seu país e não se sentirem ocupados por tropas estrangeiras. Esse é um trauma que compreensivelmente carregamos.

Enquanto o presidente Horta pratica o seu “desporto” favorito e passeia pelo mundo, banhando-se na modernidade, no desenvolvimento, no progresso, no cosmopolitismo, na civilização, etc, em Timor-Leste contam-se armas e espera-se que não aconteça o pior.

Inexorável, o tempo continua a avançar ao ritmo da distribuição das tropas australianas pelo país sob a observação atenta dos que se estão a considerar ocupados e apoiam secretamente as posições de Alfredo Reinado para “nos defender…”

Timor caminha para uma fase desconhecida das nossas expectativas. Uma fase que pode ser a que nos transportará ao tal país ingovernável que interessa a uns quantos e também talvez ao primeiro-ministro e ao presidente errante que elegemos.

Sabe-se que está para breve mais uma divulgação de Alfredo Reinado sobre o que pensa fazer com quase duas centenas de homens armados e mais algumas por armar convenientemente.

Alfredo prometeu-o e irá fazer o que diz – pelo que consta – se não vier uma resposta que se coadune com as promessas anteriores de muitos e principalmente de Xanana Gusmão. Está provado que os peticionários não reconhecem a autoridade de Horta ou de Xanana mas sim a de Reinado. Isso mesmo se verificou quando Xanana quis reunir-se com os peticionários.

O que fazer? O que esperar? Vamos ter um novo “figurino de luta de libertação”? Libertação de quem? Para onde caminhamos?

Só nos resta pôr questões e esperar? Esperar pelo quê? Por Maio? Acreditar nas bazófias do actual primeiro-ministro e do presidente da República? Os que Reinado acusa de não cumprirem com as suas promessas? Os que passam o tempo dizendo que estão a resolver a situação com Alfredo e está para breve encontrarem uma solução?

Diz Ramos Horta que até Maio deverá ser encontrada uma solução? Maio de que ano?

É que Ramos Horta ainda não cumpriu uma única promessa das que fez desde que foi empossado primeiro-ministro, em 2006, nem como presidente da República, nem como cidadão. É preciso ter muito descaramento para continuar prometendo mas nada cumprir, não é?

Com irresponsáveis destes é natural que Timor-Leste esteja a reviver nos limbos da negritude, das novas desgraças, que para nós já são conhecidas e muito antigas.

Para onde caminhamos, senhores bazófias?

Os dois pesos e duas medidas de Ramos-Horta

June 2006 on Four Corners Program.

DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR DEFENCE SPEAKING ON ALKATIRI ALLEGATIONS):

Even if I feel in my conscience that I am innocent, even if or... in my conscience as well, you know, these allegations are not all 100 per cent true but are 10 per cent true, I would have stepped down, you know? My own honour, my own dignity, my own pride would not, keep me, you know, in office.


January 2008 on ABC TV.

On Allegations against Xanana Gusmão by Alfredo Reinado:

Dr Ramos Horta says he will not be calling for the Prime Minister's resignation.” I cannot do it because these are allegations by one individual in a very vague manner."

Tradução:

DR JOSE RAMOS HORTA, (MINISTRO DA DEFESA FALANDO SOBRE AS ALEGAÇÔES CONTRA ALKATIRI):

Mesmo se eu sentir na minha consciência que estou inocente, mesmo se ou... na minha consciência também, você sabe, estas alegações não forem todas 100 por cento verdadeiras mas são 10 por cento verdadeiras, eu teria saído, sabe? A minha própria honra, a minha própria dignidade, o meu orgulho próprio não me deixaria, ficar, você sabe, no cargo.

Janeiro 2008 na ABC TV.

Sobre Alegações contra Xanana Gusmão por Alfredo Reinado:

Dr Ramos Horta diz que não pedirá a resignação do Primeiro-Ministro. ”Não posso fazer isso porque são alegações feitas por um indivíduo de um modo muito vago."

Só Horta finge não acreditar...

Bishop Basilio: “People need unambiguous leaders”

Bishop Basilio Nascimento of Baucau Diocese said that if the accusation of Alfredo Reinado has enough truth to remove current Prime Minister (PM) Xanana Gusmao then it would be good to establish a new government to avoid ambiguity in the running of the country.

Bishop Basilio said that it is better to live in an atmosphere with no ambiguity because otherwise Timor-Leste could fall into another crisis. (DN)

Tradução:

Bispo Basílio: “Povo precisa de líderes sem ambiguidade”

O Bispo Basílio Nascimento da Diocese de Baucau disse que se a acusação de Alfredo Reinado tem suficiente verdade para remover o corrente Primeiro-Ministro (PM) Xanana Gusmão então será bom estabelecer um novo governo para evitar ambiguidades na condução do país.

O bispo Basilio disse que é melhor viver numa atmosfera sem ambiguidade porque de outro modo Timor-Leste pode cair noutra crise. (DN)

Em audiência Papa e Horta Ramos fala sobre situação do País

Segunda-feira, 21 de janeiro de 2008, 11h20
Da Redação, com Ecclesia
Reuters

Encontro entre Bento XVI e presidente do Timor-Leste

Bento XVI recebeu esta manhã, no Vaticano, o presidente timorense José Ramos Horta, com quem falou do “processo de reconciliação nacional”.

Segundo comunicado oficial da Santa Sé, ambos falaram da “situação política e social do país”, destacando a necessidade de apoio, por parte da comunidade internacional, “à consolidação das instituições democráticas” de Timor-Leste.

Ramos Horta encontrou-se ainda com o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, e com o Secretário do Vaticano para as relações com os Estados, Arcebispo Dominique Mamberti.

Ambas as partes evocaram as “relações cordiais” entre a Santa Sé e Timor, para além da “cooperação existente entre Igreja e Estado nos setores da educação, da saúde e da luta contra a pobreza”.

O pedido de ajuda à comunidade internacional surge no dia em que o militar rebelde Alfredo Alves Reinado ameaçou desdobrar no oeste do país as suas forças de 600 ex-soldados caso o Governo não escute suas reivindicações de se reintegrar às Forças Armadas.

Em entrevista à Agência Efe, Reinado, que atualmente tem a sua base de operações no distrito de Ermera, indicou que se o Estado não ouvir estas reivindicações, será estabelecida uma nova força militar, porque "as províncias do oeste também precisam de proteção".

Segundo um relatório do International Crisis Group, Timor corre o risco de novos confrontos se não resolver rapidamente as divergências entre polícia e exército.Uma crise semelhante provocou 30 mortos, em Abril e Maio de 2006, e forçou a fuga de outras 150 mil pessoas.

Rebeldes ameaçam desdobrar forças no oeste do Timor-Leste

O Globo Online

Plantão Publicada em 21/01/2008 às 02h28m
EFE

DÍLI - O militar rebelde Alfredo Alves Reinado ameaçou nesta segunda-feira desdobrar no oeste do país suas forças de 600 ex-soldados caso o Governo não escute suas reivindicações de se reintegrar às Forças Armadas.

Em entrevista por telefone à Agência Efe, Reinado, que actualmente tem sua base de operações no distrito de Ermera, indicou que se o Estado não ouvir estas reivindicações, será estabelecida uma nova força militar, porque "as províncias do oeste também precisam de protecção".
- Não importa de qual país vamos conseguir as armas, mas nós nos armaremos para que o Estado escute nossas reivindicações - sentenciou o líder militar.

No entanto, Reinado indicou que antes de recorrer à força espera que o presidente, José Ramos Horta, resolva o conflito de "um modo pacífico".

Em um encontro com ONG’s em Díli, Ramos Horta disse na semana passada que a data limite para resolver o problema de Reinado e dos militares rebeldes expulsos foi fixada para Maio.
O presidente do Timor-Leste manifestou que "o Governo está tratando de resolver o problema de forma pacífica, sem violência e procurando evitar mais derramamento de sangue".

Alfredo Alves Reinado dirige os ex-militares que foram expulsos das Forças Armadas do Timor-Leste em Março de 2006 por insubordinação, quando realizaram um protesto por melhoras trabalhistas e contra o nepotismo na instituição.

A expulsão, que custou às Forças Armadas timorenses um terço de seu pessoal, desencadeou a crise de maio de 2006, na qual o país esteve à beira da guerra civil.

A onda de violência no país entre Abril e Maio desse ano deixou 30 mortos e forçou a fuga de outras 150.000, além de provocar o enviou de forças internacionais de paz ao país.
Após a crise, Reinado foi detido, mas em Agosto de 2007 ele fugiu da prisão e desde então permanece foragido.

Horta: Indonesia will close Embassy in Timor-Leste if an international tribunal is established.

Timor Post 18 January 2008
Dili

Nobel Peace Prize Laureate maintains his strong opposition and will not accept the recommendations made by organizations who have requested the state to seek the establishment of an international tribunal in Timor-Leste to try cases from 1999.

He said that the recommendations and the “CHEGA” report, are the joint responsibility of parliament, government and the President to implement.

“I can tell you (organizations) now that some recommendations seeking the establishment of an international tribunal, I have not agreed with from the time since I was the Minister for Foreign Affairs, even though you may step over me and stamp on me until I am dead I will not accept them,” said President Horta Thursday (17 January) when he held a dialogue session with disabled or physically challenged person at the FONGTIL office Caicoli Dili.

Horta said that it will be impossible to establish this because there is no one member of the security council of the UN who will support it. Also, we must relate it to the fragile situation in our country, said Horta.

The Head of State stated that if and when Timor-Leste requests that an international tribunal be established, Indonesia will retaliate against this country. He said Indonesia would close their Embassy, close the borders and Merpati airlines would not come to Timor.

This may happen because President SBY will be strongly pressured by the military and other observers. Indonesia is still very unstable today and where military power is still strong.

“If we cannot have an understanding for their situation, we will damage our relationship with Indonesia because we will contribute to its destabilization. For these reasons I do not accept these recommendations,” said Horta.

From his point of view, the establishment of an international tribunal in a poor country such as ours is unrealistic. But he said recommendations seeking compensation for the victims are a responsibility of the state.

He said that during his time as President of the Republic there will be no international tribunal because it will not be him who will lobby for it.

“If I was to lobby, I’d tell you that many things that though I was able to achieve many things in 30 something years, this I am telling you right away I would not be able to achieve,” indicated Horta.

Tradução:

Horta: Indonésia fechará a embaixada em Timor-Leste se for estabelecido um tribunal internacional

Timor Post 18 Janeiro 2008
Dili

O laureado do Nobel da Paz mantém a sua forte oposição e não aceitará as recomendações por organizações que pediram ao Estado para ver o estabelecimento de um tribunal internacional em Timor-Leste para julgar os casos de 1999.

Ele disse que as recomendações e o relatório “CHEGA”, são da responsabilidade conjunta do parlamento, governo e do Presidente para implementar.

“Posso dizer-lhes (organizações) agora que há algumas recomendações para tentar o estabelecimento de um tribunal internacional, que não concordei com isso desde a altura em que era Ministro dos Estrangeiros, mesmo que me pisem e me espezinhem até morrer que não as aceitarei,” disse o Presidente Horta na Quinta-feira (17 Janeiro) quando teve uma sessão de diálogo com pessoas deficientes no gabinete do FONGTIL Caicoli Dili.

Horta disse que será impossível estabelecer isso por causa de não haver um único membro do Conselho de Segurança da ONU que apoie isso. Também devemos relacionar isso com a frágil situação no nosso país, disse Horta.

O Chefe do Estado afirmou que se e quando Timor-Leste pedir o estabelecimento de um tribunal internacional, a Indonésia retaliará contra este país. Disse que a Indonésia fechará a embaixada, fechará as fronteiras e que os aviões da Merpati deixarão de vir a Timor.

Isto pode acontecer porque o Presidente SBY será fortemente pressionado pelos militares e outros observadores. A Indonésia está ainda muito instável hoje e o poder military é ainda forte.

“Se não tivermos uma compreensão com a situação deles, estragaremos a nossa relação com a Indonésia porque contribuiremos para a sua desestabilização. Por estas razões, não aceito estas recomendações,” disse Horta.

Deste ponto de vista, o estabelecimento de um tribunal internacional num país pobre como o nosso não é realista. Mas disse que as recomendações para se procurar compensação para as vítimas são uma responsabilidade do Estado.

Disse que durante o seu mandato de Presidente da República não haverá nenhum tribunal internacional porque não será ele que fará pressão por isso.

“Se fizer pressão, dir-lhes-ia muitas coisas que consegui alcança, muitas coisas em 30 e tal anos, mas isto digo.lhes já não serei capaz de alcançar,” indicou Horta.


NOTA DE RODAPÉ:

Vale a pena ameaçar o Presidente Ramos-Horta. Seja o Reinado ou os militares indonésios, basta ameaçar que Horta cede...

UNMIT – MEDIA MONITORING - Monday, 21 January 2008

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

No broadcasting


RTL news coverage
No related news covered

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Alfredo Reinado: UNMIT has no right to interfere in TL’s internal problems

Alfredo Reinado said that the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) has no right to intervene in the internal problems of Timor-Leste as the nation has its own laws and appropriate models to solve problems.

“UNMIT has no right to condemn me as a Timorese because Timor-Leste is a democratic nation which has its own law to implement, it is not made by internationals,” said Alfredo on Thursday (17/1) in Suai in responding to an UNMIT statement that suggests that Alfredo should submit himself to the justice. (STL)

Reinado was responding to the comments made by UNMIT, which asked that he submit himself to the justice.

Basic Training for F-FDTL to NATO’s standards

The Department of Defence (DD) has decided that the basic training for the F-FDTL will follow NATO’s standards.

State Secretary for Defence Julio Thomas Pinto said that in conducting the basic training, the DD will look at the countries belonging to NATO.

“We will use NATO’s standards as Timor-Leste is familiar with the standards used by Portuguese forces,” said Mr. Pinto on Saturday (19/1) in his office in Dili. (STL)

Bishop Ricardo: the Church will not get involved in the Task Force

Bishop Ricardo from the Diocese of Dili said that the Church will not be involved with the government Task Force to solve Alfredo’s problem as it is considered a political problem. (STL)

Salsinha: Ramos-Horta pledges a screening of the petitioners

The Spokesperson of the petitioners Gastao Salsinha stated that President of the Republic Jose Ramos-Horta has agreed with the Petitioner's proposal to have a screening for the petitioners.

“… the decision is the President’s as the Supreme Commander of the F-FDTL; if he accepts that we are to have a screening as military people then we will take it a sign that we are still regarded as military,” said Salsinha on Thursday (17/1) in Suai. (STL)

Bishop Basilio: “People need unambiguous leaders”

Bishop Basilio Nascimento of Baucau Diocese said that if the accusation of Alfredo Reinado has enough truth to remove current Prime Minister (PM) Xanana Gusmao then it would be good to establish a new government to avoid ambiguity in the running of the country.

Bishop Basilio said that it is better to live in an atmosphere with no ambiguity because otherwise Timor-Leste could fall into another crisis. (DN)

DSRSG Finn Reske-Nielsen: hard work is needed if the IDPs are to go home

The Deputy Special Representative of Secretary-General (DSRSG) of United Nations in Timor-Leste Finn Reske-Nielsen said that returning the IDPs to their homes or community will be very difficult.

DSRSG Finn said that it would require a long period of time.

“On the humanitarian aspect, the United Nations Development Program (UNDP) will give strong support to the government plan to bring the IDPs back home,” said DSRSG Finn on Thursday (17/1) in Obrigado Barracks, Dili.

DSRSG Finn also said that in 2008, the priority will also give to support the government’s national recovery plan. (DN)

Nelson Martins: political drama; leaders make people lazy

The President of Socialist Party (PST) Nelson Martins said that the political drama of the leaders makes the Timorese people lazy throughout the country.

Mr. Martins said that the accusations levelled at each other by the leaders makes the people know that the crisis is caused by the failure of leaders. (DN)

IDPs returning homes: security to be provided 24/7

The Commander of the National Police of Timor-Leste (PNTL) of Dili District, Pedro Belo, said that PNTL Dili district will provide 24 security when the IDPs return home.

Commander Belo said that the most affected areas in Dili will be prioritized and there will be no tolerance to criminals and those who hide them. (DN)

Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Segunda-feira, 21 Janeiro 2008

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e o conteúdo deles não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou implícito. A UNMIT não sera responsável por qualquer consequência que resulte da publicação de, ou pela confiança em tais artigos e traduções."

Relatos dos Media Nacionais
Não houve cobertura

RTL cobertura de notícias
Não houve notícias relacionadas

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Alfredo Reinado: UNMIT não tem o direito de intervir nos assuntos internos de TL

Alfredo Reinado disse que a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) não tem o direito de intervir nos problemas internos de Timor-Leste dado que a nação tem as suas próprias leis e modelos adequados para resolver problemas.

“A UNMIT não tem o direito de me condenar como Timorense porque Timor-Leste é uma nação democrática que tem a sua própria lei para implementar, não a que é feita por internacionais,” disse Alfredo na Quinta-feira (17/1) em Suai ao responder a uma declaração da UNMIT que sugere que Alfredo se deve submeter ele próprio à justiça. (STL)

Reinado estava a responder a comentários feitos pela UNMIT, que pediu que ele se submeta ele próprio à justiça.

Formação básica para as F-FDTL com padrões da NATO

O Departamento da Defesa (DD) decidiu que a formação básica para as F-FDTL seguirão os padrões da NATO.

O Secretário de Estado da Defesa Júlio Thomas Pinto disse que na condução da formação básica, o DD terá em consideração os países que pertencem à NATO.

“Usaremos os padrões da NATO dado que Timor-Leste está familiarizada com os padrões usados pelas forças Portuguesas,” disse o Sr. Pinto no Sábado (19/1) no seu gabinete em Dili. (STL)

Bispo Ricardo: a igreja não se envolverá no Grupo de Trabalho

O bispo Ricardo da Diocese de Dili disse que a igreja não se envolverá com o Grupo de Trabalho do governo para resolver o problema de Alfredo por ser considerado um problema político. (STL)

Salsinha: Ramos-Horta promete um escrutínio dos peticionários

O porta-voz dos peticionários Gastão Salsinha afirmou que o Presidente da República José Ramos-Horta concordou com a proposta dos peticionários para haver um escrutínio para os peticionários.

“… a decisão do Presidente como Comandante Supremo das F-FDTL; se ele aceitar que devemos ter um escrutínio como militares então teremos isso em conta como um sinal que ainda somos considerados como militares” disse Salsinha na Quinta-feira (17/1) em Suai. (STL)

Bispo Basilio: “Povo precisa de líderes sem ambiquidades”

O bispo Basílio Nascimento da Diocese de Baucau disse que se as acusações de Alfredo Reinado tiverem suficiente verdade para remover o corrente Primeiro-Ministro (PM) Xanana Gusmão então isso será bom para estabelecer um novo governo para evitar ambiguidades na condução do país.

O bispo Basílio disse que é melhor viver-se numa atmosfera sem ambiguidades porque de outro modo Timor-Leste pode cair noutra crise. (DN)

DSRSG Finn Reske-Nielsen: é preciso muito trabalho para os deslocados regressarem a casa

O Vice-Representante Especial do Secretário-Geral (DSRSG) da ONU em Timor-Leste Finn Reske-Nielsen disse que o regresso dos deslocados para as suas casas ou comunidades será muito difícil.

O DSRSG Finn disse que isso precisará de um longo período de tempo.

“No aspecto humanitário, o Programa de Desenvolvimento da ONU (UNDP) dará um apoio forte ao governo para levar os deslocados de volta às casas,” disse o DSRSG Finn na Quinta-feira (17/1) em Obrigado Barracks, Dili.

O DSRSG Finn disse também que em 2008, será dada prioridade a apoiar o plano de recuperação nacional do governo. (DN)

Nelson Martins: drama político; líderes fazem as pessoas preguiçosas

O Presidente do Partido Socialista (PST) Nelson Martins disse que os dramas políticos dos líderes fazem os Timorense preguiçosos no país.

O Sr. Martins disse que as acusações atiradas pelos líderes uns contra os outros fazem as pessoas saberem que a crise é causada pelos líderes. (DN)

Deslocados regressam a casa: segurança vai ser dada 24/7

O Comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) do Distrito de Dili, Pedro Belo, disse que a PNTL do distrito de Dili dará segurança 24 horas quando os deslocados regressarem a casa.

O Comandante Belo disse que as áreas mais afectadas em Dili terão prioridade e que não haverá tolerância para criminosos e os que os esconderem. (DN)

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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