segunda-feira, dezembro 31, 2007

A ESPERANÇA É A ÚLTIMA A MORRER

Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2007
Blog TIMOR LOROSAE NAÇÃO

2008: MAIS OBRA E MENOS PRESTIDIGITAÇÃO
Gonçalo Tilman Gusmão

Este é o último dia do ano de 2007 e faltam cerca de dois terços do dia para entrarmos em 2008. Talvez por isso registou-se maior agitação no Pité. Antagonismos que altos responsáveis semearam e que perduram sem se encontrar uma razão plausível.

Tirando esses dois pequenos incidentes foi uma noite como todas as outras, mais ou menos estável e silenciosa.

Daqui por umas horas este velho e horrível ano vai embora. A entrada do novo ano será recebida com esperanças e alegrias por aqueles que têm a teimosia de fazer valer este país acreditando nas nossas forças de combatentes da liberdade, da independência, do ser e fazer boas pessoas num bom país. Num país que nos mereça e com que sempre sonhámos. A maioria dos timorenses acredita em tudo isso e que o bem vencerá o mal que não está a permitir que sejamos um país como deve ser. Credível, pacífico, civilizado, autêntico e moderno.
Ainda hoje acreditamos que podemos vir a ser um pequeno país que sirva de exemplo democrático e positivo a muitos outros.

Se assim não acreditássemos de nada teriam valido tantos anos de luta e sofrimento. Como explicaríamos mais tarde, além-túmulo, aos nossos irmãos, vitimas do opressor indonésio e das lutas fratricidas, o que andámos nós a fazer para que a sua luta fosse tão inglória?!

Termina o ano e renascem esperanças novas. Sabemos o que não queremos e aquilo que queremos. Provavelmente muito melhor do que aquilo que o Presidente Horta julga. Os timorenses têm confiança neles próprios. Se assim não fosse jamais seriamos independentes e de nada serviriam Hortas, Xananas, Alkatiris e outros armados em meros Quixotes a lutar contra moinhos de vento – encontrando uns a Dulcineia del Toboso e outros não, no caso esta é australiana.

Sem a confiança e a coragem dos timorenses jamais Timor-Leste estaria agora nestas lutas intestinas criadas por elites convencidas da sua exclusiva sapiência, que nos divide para conseguir o Poder.

Exactamente por isso não entendi o que é que o Presidente Horta quis dizer no seu discurso – que Ana Loro Metan classificou de ocasião.

Para mim não passou de um discurso fútil e inútil, muito parecido aos outros discursos do Presidente Horta – que na hora se deve julgar numa sala de aula a falar com meninos mal comportados.

Aliás, é ao senhor Presidente Horta que podemos recomendar que ganhe confiança em si próprio e que de uma vez por todas se encontre.

Este ano, que vai dentro de horas começar, seria um bom ponto de partida para que o Presidente Horta decida se é na realidade Presidente, Primeiro-Ministro, Juiz, ou… o quê?!

Se o Presidente Horta é na realidade só Presidente – acho que só para esse cargo foi eleito – então que deixe de se baralhar e baralhar-nos. Que deixe de querer dar-nos lições porque não está a falar para estúpidos como julga que somos. Que deixe de se meter em tudo e com todos. Que deixe o governo governar – bem ou mal – e se não aprovar que o demita ou que se demita. Que deixe a oposição ser e fazer como acha dentro das normas legais. Que deixe os tribunais funcionarem. Que exija o estrito cumprimento das leis e da ordem, etc.

Não tem é que se meter sistematicamente em tudo, ao arrepio da Constituição da RDTL.

Muitos de nós, mais conhecedores das práticas democráticas, tanto ou mais que o Presidente Horta, não vimos com bons olhos ter um Presidente prestidigitador que, sem cartola, fez aparecer por artes mágicas uma maioria de minorias… Em que país democrático ele viu este modelo é o que estamos para saber.

Como já está, já está. Agora, aquilo que era muito importante seria o Presidente Horta ficar neste novo ano de 2008 e seguintes e cumprir a Constituição da RDTL, desempenhando o seu cargo com sabedoria, imparcialidade, sem arrogâncias e falsas modéstias.

Que este novo ano seja de mais obra e menos prestidigitação.
Feliz ano para todos!

UNMIT – MEDIA MONITORING - Monday, 31 December 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL Summary News
No broadcasting


***


PM Xanana: “Don’t politicize the IDPs”

Prime Minister (PM) Xanana Gusmão asked the members of the national parliament (MPs) not to politicize the IDP problem for the sake of individual interests, since it is genuinely a national problem.

“This is not a small issue; people should collaborate to help solve it so that people are no longer forced to live in tents,” said PM Xanana whilst celebrating Christmas with the IDPs on Tuesday (26/12) in Sional Camp, Dili.

PM Xanana also said that in the next year he will help the IDPs to return to their homes, but in the meantime will focus on improving their security situation. (STL)

NP to approve the state budget of 2008

The National Parliament (NP) has approved a US$348.1 million state budget for 2008.

Fernanda Borges of National Unity Party (PUN) said that she would abstain from the voting, since the state budget has no transparency when it comes to spending the oil money which belongs to all Timorese.

Fretilin, as the opposition, voted against the state budget for similar reasons, claiming that it is not transparent, that it is unconstitutional, and will create a situation where the Timorese learn to live in dependency.

The Alliance, which consists of CNRT, PSD, PD, ASDT and UNDERTIM, voted in favour, and stated that they trust in Prime Minister Gusmao and hope that the state budget of 2008 will solve the prevailing national problems. (STL)

Fernando Lasama: “Ashamed to see the situation of the IDPs”

The President of the National Parliament, Fernando Lasama de Araujo, said he feels ashamed at the displacement of Timorese in their own country.

“I am ashamed because when Indonesia withdrew from Timor-Leste, we loved and respected each other, and believed that we would no longer be a displaced people because we finally had our own land, but the reality of the situation is different,” said Mr. Lasama (NP) (STL)

NP accepts extra funds for RTTL: 7 days of broadcasting a week

The Corporation for Radio and Television in Timor-Leste (RTTL) received extra funding of US$7,500 to allow broadcasting to take place seven days a week in 2008.

Until now, the working status of RTTL staff has been the same as other public servants: eight hours per day and five days in a week, with no extra hours, which has restricted when RRTL can broadcast to the public.

NP on the new step towards democratization

The NP of Timor-Leste has taken a step towards creating a true democracy in the nation, since MPs all are participating in the institution, and have put together a good budget for the future of Timor-Leste.

“In the previous parliament, the opposition never cast votes in favour of any of the Government’s proposals, but now some opposition MPs vote for the Alliance and some Alliance MPs also vote for the opposition. It is a positive sign,” said Mario Viegas Carrascalão of the Social Democratic Party (PSD) on Friday (28/12) in the NP.

Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÂO DOS MEDIA – Segunda-feira, 31 Dezembro 2007

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e do seu conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou implícito de qualquer modo. A UNMIT não será responsável por quaisquer consequências resultantes da publicação ou do apoio de tais artigos ou traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL Resumo das Notícias
Não houve cobertura


***


PM Xanana: “Não politizem os deslocados”

O Primeiro-Ministro (PM) Xanana Gusmão pediu aos membros do parlamento nacional (PN) para não politizarem o problema dos deslocados em nome de interesses individuais dado que é genuinamente um problema nacional.

“Esta não é uma questão pequena; as pessoas devem colaborar para ajudar a resolver de modo a que não haja mais gente forçada a viver em tendas,” disse o PM Xanana quando celebrou o Natal com deslocados na Terça-feira (26/12) no Campo Sional, Dili.

O PM Xanana disse ainda que no próximo ano ajudará os deslocados a regressarem para casa mas no entretanto vai-se focar a melhorar a situação de segurança deles. (STL)

PN aprova o orçamento de Estado para 2008

O Parlamento Nacional (PN) aprovou o orçamento de Estado de US$348.1 milhões para 2008.

Fernanda Borges do PUN disse que se absteria na votação, dado que o orçamento não tem transparência no que respeita aos gastos do dinheiro do petróleo que pertence a todos os Timorenses.

A Fretilin, como oposição, votou contra o orçamento do Estado por razões similares, afirmando que não é transparente, que é inconstitucional, e que criará uma situação em que os Timorenses vão aprender a viver na dependência.

A Aliança, que consiste no CNRT, PSD, PD, ASDT e UNDERTIM, votou a favor, e afirmou que confiam no Primeiro-Ministro Gusmão e que esperam que o orçamento do Estado de 2008 resolverá os problemas nacionais que prevalecem. (STL)

Fernando Lasama: “Envergonhado ao ver a situação dos deslocados”

O Presidente do Parlamento Nacional, Fernando Lasama de Araujo, disse que se sente envergonhado por haver Timorenses deslocados no seu próprio país.

“Estou envergonhado porque quando a Indonésia se retirou de Timor-Leste, amávamos e respeitávamos uns aos outros e acreditávamos que não tornaria a haver deslocados porque tínhamos finalmente a nossa própria terra, mas na realidade a situação é diferente,” disse o Sr. Lasama (NP) (STL)

PN aceita financiamento extra para a RTTL: 7 dias de emissão por semana

A Corporação da Radio e Televisão de Timor-Leste (RTTL) recebeu financiamento extra de US$7,500 para poder emitir sete dias por semana em 2008.

Até agora, o estatuto de trabalho dos empregados da RTTL tem sido o mesmo dos restantes funcionários públicos: oito horas por dia e cinco dias por semana, sem horas extras, o que tem sido uma restrição quando a RRTL pode emitir para o público.

PN num novo passo para a democratização

O PN de Timor-Leste deu um passo para criar uma verdadeira democracia na nação, dado que todos os deputados participam na instituição e fizram um bom orçamento para o futuro de Timor-Leste.

“No parlamento anterior, a oposição nunca votou a favor de qualquer proposta do Governo mas agora alguns deputados da oposição votaram na aliança e alguns deputados da aliança também votaram na oposição. É um sinal positivo,” disse Mário Viegas Carrascalão do PSD na Sexta-feira (28/12) no PN.

domingo, dezembro 30, 2007

Dos leitores

Comentário na sua mensagem "LU$A REPRE$ENTA A CEGA LU$ITANEADADE":

A comunicação social portuguesa em Timor-Leste teve como pioneira a RDP através do canal Antena1 e do canal Internacional. Inicialmente, para quem desconhece a história de 1999 a Janeiro de 2006, a RDP distribuiu cinco mil rádios portáteis na totalidade dos distritos do país - uma entrega realizada pelos militares do Contingente português, coordenada pelo colaborador da Radiodifusão, José Filipe.Este foi um primeiro passo. Mas antes deste gesto, resultado do desafio aos portugueses em campanha da RDP e do seu então presidente do Conselho de Administração, José Manuel Nunes, já a RDP, na pessoa do seu à época presidente do CA, havia ofertado ao Povo de Timor-Leste, na pessoa do recém-libertado prisioneiro Xanana Gusmão, na embaixada britânica, a Rádio Nacional de Timor-Leste.

Seguiram para Díli estúdios, emissores, antenas e demais equipamentos para dar corpo à Rádio Nacional. Neste pacote foi também oferecido a Timor-Leste imensa música de expressão portuguesa - milhares de temas em centenas de autores.

Nessa época, a ONU, subjugada aos interesses anglosaxónicos (Austrália e USA) e conduzida por Sérgio Vieira de Mello (mais tarde assassinado no Iraque, dominava os jovens timorenses que entravam na rádio promovida pela ONU (UNTAET)e os mesmo recusavam-se a "passar" temas portugueses. Há inclusivamente registo de destruição dos cd's contra a parede por serem de expressão portuguesa, por parte de quem trabalhava na rádio - ali só se falava bahasa indonésio e inglês. O português era algo de muito estranho e meramente tinha registo de um noticiário curto e mal produzido em língua portuguesa. Contudo, apesar dos apertos a Sérgo Vieira de Mello e seus pares, a língua portuguesa continuava a ser registo morto. Assim continuou e pouco se alterou. Mais tarde, ja depois da era Sergio Vieira de Mello, veio a era "Restauração", mas quem dominava a rádio era uma ONG patrocinada pelos amigos australianos e americanos de agência bem conhecida. Mais uma vez o português era registo morto e inerte. Surgiu um programa em língua portuguesa pelos professores da cooperação mas em horário absurdo e nocturno.

Enquanto isso a RDP tentava a todo o custo entrar na Rádio nacional e prestar formação em técnicas de redacção e de edição de notícias, assim como na área da produção e realização de programas - sem efeito.

Perante as evidências tornou-se claro que a RDP teria de dedicar a Timor-Leste a difusão de programas a partir de estúdio independente bem no coração da cidade. Nesse estúdio de emissão com transmissão para 30 por cento do território, foram realizadas manhãs sem parar de língua portuguesa a todos os níveis com a participação de timorenses de todos os extractos sociais, funções e responsabilidades nacionais e internacionais; portugueses; professores. Porém, já a administração da RDP havia sido mudada pelo governo PSD e a rádio nacional portuguesa atirada para o limbo daquilo que é hoje a RTP em geral (misto de rádio sem expressão e de televisão de continuada ambição). O desinvestimento foi total naquilo que mais se esperava: fortalecimento da estratégia de penetração e recuperação da língua portuguesa no país, não de forma saudosa, mas sim participativa daquilo que a própria Constituição timorense refere como línguas oficiais e, em especial, o português como "Língua da Identidade" - Xanana e Ramos Horta bastas vezes o disseram para justificar o português como opção. Uma opção combatida de forma vil pelos anglosaxónicos e por alguns portugueses em serviço nas próprias Nações Unidas. Lamentável, mas em absoluto uma realidade.

Muito pode ser dito sobre esta matéria, mas coube à rádio portuguesa, a RDP, a Renascença e a TSF que ensaiaram emissões directas para Timor-Leste, mas nunca por parte do estado português houve sinal de apostar nesses veículos - pedidos pelos próprios timorenses a diversos níveis. A embaixada portuguesa esteve sempre de costas voltadas para a verdade da "luta" já não silenciosa pela afirmação da Constituição timorense. Portugal parecia,a nível formal e informal, estar a jogar no tabuleiro amglosaxónico.

A prestação dos diversos representantes diplomáticos portugueses (de agendas políticas anti governo timorense bem definidas) foi sempre de fuga às responsabilidades de Portugal no domínio da Língua.

Acharam que com o envio de professores se tapava a fome. Nunca apostaram na formação de base a partir da escolas primárias.

Eis então que três pessoas lançam o primeiro grande jornal em Língua portuguesa, projecto de seriedade e de indesmentível bem fazer para com o país. Em doze meses mereceu por parte do então presidente da República Kay Rala Xanana Gusmão, do Presidente do parlamento Nacional e do então 1º Governo Constitucional, a distinção de órgão de Interesse Nacional. Foi no hotel Timor em cerimónia pública. A partir daí o Jornal Semanário passou a chamar-se Jornal Nacional Semanário - integralmente em Língua portuguesa. Mais tarde surgiu o segundo título do grupo o Jornal Nacional Diário em Língua Tétum e em Língua Portuguesa.

O Jornal Nacional Semanário nunca mereceu o apoio da Embaixada de Portugal. Surgiu meramente um apoio de uma ex secretária de estado portuguesa para a formação de site e de um técnico em informática para o jornal. Apoio em computadores apenas da Câmara Municipal de Lisboa.

Durante este período as agencias australianas e americanas passaram a vida a subsidiar e a promover o surgimento de jornais em Língua inglesa e bahasa indonésio - todos ligados a interesses políticos, nomeadamente aos do PD de Lasama. Eram doses de cinquenta mil dolares por capas que falíam em menos de 5 edições.

De Portugal Zero, nada de apoio. Apenas criticas e desabonos. Apenas política anti-governo timorense, anti-FRETILIN. Há muito por dizer nesta matéria, inclusivamente, a prestação abusiva do ultimo adido de imprensa da embaixada de Portugal, estrategicamente colocado e mantido em Timor-Leste ao lado da então oposição ao 1º Governo Constitucional.

No entanto, as acções não se ficaram por aqui. Antes, entre 1999 e finais de 2003, a LUSA tinha uma prestação empenhada do seu delegado na promoção da língua junto dos principais jornais não publicados em língua portuguesa. António Sampaio foi mais longe e conseguiu inserções de páginas de notícias em Língua portuguesa em dois títulos "Timor Post" e "Suhara Loro Sa'e".

Depois veio Eduardo Lobão, substituir Sampaio e tudo acabou e tudo começou. Este ultimo ingeriu o mais que conseguiu na vida política interna timorense - há mais para explicar nesta área e muito mais para dizer e demonstrar, a história de Timor e da participação portuguesa irá um dia escrever-se. Basta recordar neste blog as notícias falsas da LUSA em promoção dos revoltosos e amotinados da crise de 2005/2006. Assim, como também um dia a história falará dos celebres telegramas da embaixada portuguesa, induzidos por falsas informações do seu próprio adido de imprensa - que na manifestação da igreja católica dizia para quem o podia ouvir que o governo iria cair ali! - falhou no momento, mas acertou pela persistência. A viatura da LUSA usava inclusivamente autocolantes de apoio à manifestaçao da Igreja Católica - descaramento e falta de ética.

E assim se foi perdendo a cada dia a possibilidade de dar ao timorenses aquilo que mais pretendiam: a língua portuguesa. Assim se perdeu a forma e se afirmou nao estarmos contra os interesses anglosaxonicos. Basta ver em 2006 como Freitas do Amaral teve de ser intervencionado como desculpa a mais uma afronta sua aos USA por força dos problemas de Timor-Leste. Portugal está alinhado, sempre esteve e Durão Barroso e o seu PSD da época levaram Portugal para o calendário da ocupação selvática do Iraque- As Lajes são prova documental dos sabujos portugueses.

Portugal gaba-se de envolver um esforço de milhões em Timor-Leste mas nunca teve estratégia, ou melhore teve a estratégia daqueles que sempre pretenderam apagar a presença histórica e umbilical dos dois povos irmanados por séculos de vida comum.

Portugal nunca investiu nem vai investir na língua em Timor-Leste e o silêncio dos media portugueses representados em Díli são meramente o cumprimento da participação no golpe de estado de 2006. Portugal sempre apoio os actuais pseuso líderes timorenses sabendo das suas estratégias e compromissos para com os anglosaxónicos. Portugal sempre soube dos discursos de conveniência de Xanana Gusmão e de Ramos Horta conforme as necessidades perante os interlocutores presentes.

Portugal nunca quis, nao quer e nunca irá querer uma comunicação social timorense em língua portuguesa. Jamais apoiará com coragem pois não a têm! Não faz parte da sua agenda!
Portugal teme os anglosaxónicos e deles se usa para projecção de cargos de relevo internacional, assim tem acontecido e assim continuará.

Portugal, em Timor-Leste, teve sempre representações diplomáticas medíocres e com altos representantes de sombra, sem história caracterizados por não questionarem as ordens que traziam de Lisboa. Portugal foi sempre em Timor-Leste o bobos da corte e uma decepção brutal para os timorenses.

De tal forma Portugal é ambiguo e inerte que Ramos Horta se dá ao luxo de visitar o país e ridicularizar portugueses de nível muito superior ao seu.

Portanto, lamento, mas a não língua portuguesa e o silêncio do que se passa em Timor são consequência da ineficácia propositada dos governantes portugueses afirmação da língua de Camões junto de quem um dia em Peniche a escolheu.

Termino, dizendo, que ninguém chore o que se passa em Timor-Leste, mas sim o que se passa em Portugal, país de hipócrisia reinante.
País de governantes que não governam e que apenas têm agendas próprias. O sofrimento de Timor-Leste tem um pai e uma mãe: Portugal (papá) e as mamãs Austrália e USA!

sábado, dezembro 29, 2007

Dos leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "LU$A REPRE$ENTA A CEGA LU$ITANEADADE":

Concordo com esta análise correctíssima da (in)existência de uma comunicação social decente em língua portuguesa, em Timor-Leste.

É lamentável a ausência de noticiário timorense na televisão portuguesa. E quando há uma excepção, esta nunca toca nos assuntos quentes. A maioria dos portugueses desconhece a existência da célebre "guia de marcha", do telefonema entre Longuinhos, Agio e Leandro Isaac, ou a troca de palavras entre Ivo Rosa, Ramos Horta e Hutcheson, só para dar alguns exemplos.
Na imprensa escrita a situação não é muito melhor, pois os jornais recebem normalmente as notícias da Lusa.

Este artigo de A. Veríssimo enumera os dois aspectos fundamentais para a difusão não só do Português em TL, como também para o desenvolvimento do Tétum e das capacidades comunicativas dos timorenses em geral.

O primeiro aspecto é a RTPi, que lamentavelmente orienta a sua programação para as "comunidades portuguesas" e que se deveria chamar RTS - "Rádio e Televisão da Saudade".
Incompreensivelmente, não há preocupação em posicionar este canal de TV para os povos não portugueses que têm algum tipo de relação afectiva ou histórica com Portugal, nem com os estrangeiros em geral, cuja única motivação seja a curiosidade em conhecer melhor o mundo português e dos restantes países lusófonos.

Alguns programas não têm qualquer interesse para os timorenses. Em contrapartida, é habitual que os populares jogos de futebol não se possam ver.

Não há noticiário local, nem a mínima adaptação à realidade timorense. Não há nenhum programa em Tétum, seja oralmente, seja por legendas.

A RTP África, por contraste, é o exemplo do que poderia ser a RTPi, com noticiários locais e outros programas localizados. Só que está limitada ao público-alvo africano.

Uma alternativa poderia ser a TVTL, desde que devidamente apoiada para poder ter produção própria. Falta, porém, a cobertura do sinal televisivo em todo o país.

O segundo aspecto é a imprensa, artesanal, amadora, sem meios nem dinheiro. É um autêntico milagre que um jornal consiga persistir nestas condições.

Não quero acreditar que não haja pelo menos uma empresa ou uma dessas tantas fundações que possa dispor de meia-dúzia de tostões para sustentar a imprensa timorense enquanto esta não tiver meios de subsistência. Os timorenses conseguem farão o resto, como habitualmente conseguem fazer tudo.

LU$A REPRE$ENTA A CEGA LU$ITANEADADE

Blog TIMOR LOROSAE NAÇÃO
António Veríssimo
Sábado, 29 de Dezembro de 2007

OS MAUS-TRATOS DO PORTUGUÊS EM TIMOR-LESTE

A falta de notícias em português sobre a actualidade timorense é uma constante que nos remete para os tempos coloniais anteriores aos anos sessenta e grande parte desses.

Quase no final da década de sessenta começámos a ver recrudescer uma grande vontade de produzir noticiário semanal que nem sempre cumpria a pontualidade mas que acabava por ser redigido, impresso e distribuído, gratuitamente ou quase. Havia mesmo um semanário militar, editado pelo CTIT, que incluía textos em português com a respectiva tradução em tétum.
Esse era o mais pontual e gratuito, mas em formato A4 e de baixa qualidade.

Actualmente, pelo que os meus companheiros timorenses da Fábrica informam e amigos meus dizem, aquele que poderia ser um dos maiores e melhores veículos do português em Timor-Leste, o JN Semanário, vive a balões de soro por carolice de uns quantos do mister da comunicação e de um ou outro empresário, que importa aqui louvar.

A ser assim teremos de lamentar esta realidade e devemos confrontar as grandes empresas portuguesas de comunicação social por ficarem alheias à importância de fomentar a leitura de notícias em português, preferindo serem arcaicos merceeiros e tasqueiros, exploradores, que não vêem um palmo à frente do nariz – a não ser cifrões produzidos na hora, no momento ou quase. O lucro fácil.

Podemos perguntar o que é que a Lusa-Balsemão faz pelo português e pela cultura portuguesa em Timor-Leste – que é ao que aqui me refiro.

Que se saiba nada. Quando muito dá ares de controlar os jornalistas que estão por Timor – actualmente Pedro Rosa Mendes – para que produzam notícias cuidadosas e favoráveis aos seus intentos, interesses e simpatias…

Compreende-se que os profissionais não estão em condições de darem um murro na mesa e escreverem tudo como vêem mas sim autocensurando-se e despachando a “papinha” que os “patrões” – quais censores de lápis azul – consideram por bem, por conveniente.

Até percebo que existem profissionais que negam esta realidade. Assim como percebo que todos os meses têm as contas da família para pagar.

Pois claro que assim é, senhores censores encapotados – dos patrões aos chefes servis, muitos por não terem outro remédio, os chefes, outros por viroses do passado salazarista.

Voltando à vaca quente – preferia leitão frio – era bom que aparecessem algumas almas caridosas que protegessem o propósito de divulgar o português em Timor-Leste também em letra impressa e não só através da RTPi e sua congénere do som RDPi.

Até porque se bem repararem – tenham um pouco de paciência a vê-la e ouvi-las – parece que estão a fazer rádio e televisão com alinhamentos bolorentos que rebuscaram nos arquivos de há décadas. De interesse pouco têm para as actualidades dos novos países que Portugal “deu” ao mundo por anteriormente os ter abusivamente ocupado.

A letra impressa e a produção de um semanário, pelo menos, em português correcto podiam fazer muito pelo português-idioma em Timor-Leste. Ainda mais se fosse a baixo custo, muitíssimo baixo custo, acessível, quase gratuito.

É que se ainda não repararam – por causa da cegueira do lucro fácil – daqui por uns anos poderiam começar a recuperar o investimento pelo simples facto de existirem muitos mais timorenses a ler em português.

Não tenho conhecimento de que o Estado português, nas pessoas dos governantes, alguma vez dessem importância a este facto e o devido apoio. Repito: O DEVIDO APOIO.

Se já tivessem tomado a iniciativa, a sério, certamente que a situação actual era bem diferente e nem teria razão de ser esta prosa, que acaba por chamar macacos aos macacos e ursos aos ursos, comprovando o meu “mau feitio” perante realidades inadmissíveis.

Fiquemos à espera. Se em algo erro, esclareçam-me, por favor.

Jornalismo de Guerra

Blog Comunicação na Sociedade da Informação

Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2007


“Adelino suspirou e voltou-se para os companheiros.

«Fazemos o vivo aqui», anunciou.

Herlander Mendes, o operador de câmara, passou a mão pelo rosto transpirado, afastou um mosquito e fez um gesto para o seu assistente. Manuel Patrício pegou no tripé e montou-o junto a Herlander. Jorge Teófilo, o operador de som, deu uma mão e estabeleceu a ligação entre o gravador e a máquina de filmar.

«Porra para a humidade!», praguejou Herlander, preocupado com a máquina de filmar e irritado com o calor abafado e o ar pesado.

O operador de câmara não estava habituado a trabalhar naquelas condições e agonizava com a possibilidade de a humidade lhe inutilizar o equipamento. Manuel estendeu-lhe o secador para desumidificar a máquina, mas Herlander abanou a cabeça. Não era preciso, a Harriflex funcionava.

«Estás pronto?», impacientou-se Adelino.

Jorge fez sinal que não, apesar de a pergunta não lhe ser especificamente dirigida.

«Ó Adelino, fala lá um bocado, pá», pediu, querendo acertar os níveis de som.

«Um dois três, um dois três, um dois três quatro.»

«Está bom», indicou Jorge.

Herlander fez um sinal, Adelino calou-se, concentrou-se, reviu mentalmente o sentido do seu texto e começou a falar para a câmara, fazendo um vivo ali mesmo, nas areias da praia da ilha de Ataúro, frente à cidade de Díli.”

“A entrevista com o governador, mais todas as reportagens pitorescas feitas em Ataúro, seguiram de avião para Portugal, enquanto a equipa da RTP tentava entrar em Díli.”




In Ilha das Trevas, José Rodrigues dos Santos



Os excertos acima fazem parte do livro Ilha das Trevas de José Rodrigues dos Santos. Este livro conta a história de Timor Leste deste a retirada dos portugueses em 1975 até à restauração da independência a 20 de Maio de 2002. Os horrores desta guerra em Timor são documentados nestes vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=04qNGgVhtNQ

http://www.youtube.com/watch?v=-aGL7VT1T-w

O jornalismo de guerra é uma temática que considero muito interessante. Na linha da tecnologia no jornalismo vou tentar mostrar as evoluções na cobertura de acontecimentos bélicos. Este primeiro livro fala da cobertura da guerra de Timor em 1975 aquando a retirada dos portugueses do território na sequência do 25 de Abril. Como se pode ver, os jornalistas deparam-se com problemas de ordem tecnológica. O operador de câmara teme que a humidade local impeça a gravação da peça. Esta humidade pode ser resolvida com um secador. Antes de o jornalista Adelino Gomes fazer o vivo, falar para a câmara, o operador de som tem de testar os níveis de som para que nada falhe. O segundo excerto refere de que forma as reportagens desta equipa de jornalistas chega a Portugal, à RTP em 1975.

publicado por Ana** às 21:53

SAIDA MAKA LUZOFONIA - O QUE É A LUSOFONIA

Blog TIMOR LOROSAE NAÇÃO
Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2007

Estamos crentes que os amigos que nos lêem decidiram-se a enviar-nos ofertas de natal através de textos interessantes. Valorizamos e agradecemos.
Desta vez, um anónimo enviou-nos um texto, em ambos os idiomas oficiais de Timor-Leste, que para nós tem de aqui ser exposto - nunca no TLN há quem faça tal.
Agradecemos, com a devida vénia, aos autores e a quem o enviou.
Já agora, aproveitamos para informar que por razões que ainda não conseguimos descobrir os emails constantes na barra lateral, através das ligações dos autores e da Fábrica, não funcionam. Para o caso de pretenderem contactar-nos via email basta inserirem fabricadosblogs@gmail.com e aqui chegarão.

Fiquem bem e preparem-se para a passagem de ano.

Nota explicativa:

Este é um texto originalmente publicado por duas amigas minhas - e ex-alunas - no jornal literário do Departamento de Língua Portuguesa da UNTL. Foi depois incluído por nós no nosso livro colectivo “O que é a lusofonia – Saida maka luzofonia”.

Lisensiatura kona-ba Lia-Portugés no Kultura Luzófona sira

Ita hotu hatene katak ita-nia nasaun iha lian ofisiál rua, tetun no portugés. Ne’e desizaun matenek husi ita-nia na’i-ulun sira, tanba hanesan ne’e timoroan sira ne’ebé seidauk hatene portugés mós bele komunika ho Estadu. Porezemplu, tia ida iha foho ne’ebé laeskola bele hakerek surat – ka husu ba ema ruma atu hakerek – uza de’it tetun no haruka ba Ministériu ida ka ba Tribunál kona-ba problema ruma ne’ebé nia hetan. Maibé ita mós hatene katak tetun sei tuir hela prosesu atu dezenvolve an, no lia-portugés maka nia belun istóriku no lia-portugés maka lian nasaun Timór Lorosa’e nian ne’ebé ita uza hodi hatene kultura aas. Ita seidauk bele lee ho tetun Mahabarata ka Odisseia ka testu sira husi Stephen Hawking ka António Damásio, Santu Agostiñu ka Karl Marx, Shakespeare ka Camões, José Saramago ka George Orwell. Ita seidauk bele uza tetun hodi koñese Literatura Boot husi mundu ne’e, ka hatene kona-ba siénsia foun oioin, no importante tebetebes ba intelektuál sira atu lee kona-ba buat hirak-ne’e hotu. Selae ita sei sai nasaun ida ke la iha matenek-na’in. No matenek-na’in sira de’it maka bele hatene porezemplu oinsá atu prodús eletrisidade, halo operasaun ba ema moras, ke’e mina-rai iha tasi-kidun, ka dezenvolve ita-nia ekonomia... Ita timoroan sei bele uza lia-portugés atu estuda kona-ba asuntu hirak-ne’e.

Tebes duni, ema barak seidauk hatene portugés moos. Tia husi foho ne’ebé ita temi tiha ona bele komprende fraze ida hanesan ne’e “Maria konta ke Domingu-Domingu, depoizde misa, avó bá merkadu halo kompras. Nia presiza kafé, repollu, pepinu, alfase, mostarda, agriaun, tomate, kouve, salsa, ervilla i senoura.” Maibé tia ida-ne’e la bele lee A última morte do Coronel Santiago, husi hakerek-na’in timoroan Luís Cardoso. Hanesan de’it tia mós bele ko’alia “bahasa pasaran” maibé nia la hatene lee Bumi Manusia, husi autór indonéziu Pramoedya Ananta Toer. Ema ne’ebé hakarak estuda atu hatene portugés moos iha oportunidade oioin. Labarik sira hotu oras-ne’e estuda ona iha eskola primária, profesór sira iha Dili no iha distritu tuir daudaun Baxarelatu atu aprende lian ida-ne’e, no foin-sa’e sira ne’ebé remata eskola sekundária no iha intensaun atu buka matenek bele mai estuda iha ami-nia Lisensiatura kona-ba Lia-Portugés no Kultura Luzófona sira.

Universidade Nacional de Timor Lorosa’e maka hala’o Lisensiatura ida-ne’e, iha Faculdade de Ciências da Educação, hahú tiha ona iha tinan akadémiku 2001/2002. Iha kursu ne’e ami estuda buat oioin interesante tebetebes: lia-portugés, literatura husi Portugál, Brazíl, rain oioin iha Áfrika no Timór Lorosa’e, kultura Timór nian no rain seluk nian, gramátika, linguístika, Istória Timór Lorosa’e nian no seluseluk tan. Ami-nia kursu mós fó atensaun maka’as ba lia-tetun, no ami tuir kadeira (ho lia-indonézia katak mata kuliah) hanesan Padronizasaun no Ortografia Tetun nian, no Gramátika Tetun nian. Bainhira ami-nia Lisensiatura hotu ami sei bele buka serbisu nu’udar profesór, durubasa, tradutór, sekretária, jornalista, ka funsionáriu iha fatin sira ne’ebé ezije ema atu hatene momoos lian ofisiál rua ita-nia nasaun nian. Ami-nia profesór barak mai husi Portugál no rain sira seluk ne’ebé mós iha lia-portugés nu’udar lian ofisiál, liuliu husi Instituto Camões. Ami mós hala’o atividade oioin hanesan jornál kona-ba literatura “Várzea de Letras”, teatru, tradusaun, nsst...

Joven timoroan, mai estuda ho ami!

Testu husi Icha Bossa ho Irta Araújo, publika tiha iha Várzea de Letras, Suplemento Literário mensal do jornal Semanário, nº 4 [5], Julho 2004

Licenciatura em Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas

Todos sabemos que a nossa nação tem duas línguas oficiais, o tétum e o português. Isto foi uma decisão inteligente dos nossos líderes, porque desta forma os timorenses que ainda não sabem português também podem comunicar com o Estado. Por exemplo, uma tia não-escolarizada na montanha pode escrever uma carta – ou pedir a alguém que lha escreva – usando apenas o tétum e enviá-la para um Ministério ou para o Tribunal sobre um problema qualquer que ela tenha. Mas nós também sabemos que o tétum ainda está num processo de desenvolvimento, e que o português é que é o seu aliado histórico e a língua portuguesa é que é a língua da nação leste-timorense que usamos para ter acesso à alta cultura. Ainda não podemos ler em tétum o Mahabarata ou a Odisseia ou os textos de Stephen Hawking ou António Damásio, Santo Agostinho ou Karl Marx, Shakespeare ou Camões, José Saramago ou George Orwell. Ainda não podemos usar o tétum para conhecer a Grande Literatura mundial, ou para saber sobre as ciências modernas, e é muito importante que os intelectuais leiam sobre tudo isto. Se não seremos uma nação sem intelectuais e sem especialistas. E só estes é que podem saber por exemplo como se produz electricidade, se fazem operações cirúrgicas, se extrai petróleo do fundo do mar, ou se desenvolve a nossa economia... Nós timorenses poderemos através da língua portuguesa estudar sobre estes assuntos.

Claro que é verdade que muita gente ainda não domina o português. A tia da montanha que já mencionámos pode compreender uma frase como esta “Maria konta ke Domingu-Domingu, depoizde misa, avó bá merkadu halo kompras. Nia presiza kafé, repollu, pepinu, alfase, mostarda, agriaun, tomate, kouve, salsa, ervilla i senoura” (A Maria conta que aos Domingos, depois da missa, a avó vai ao mercado fazer compras. Ela precisa de café, repolho, pepino, alface, mostarda, agrião, tomate, couve, salsa, ervilha e cenoura). Mas esta tia não pode ler A última morte do Coronel Santiago, do escritor timorense Luís Cardoso. Da mesma forma, a tia também pode falar “bahasa pasaran” (língua malaia “do mercado”), porém não é capaz de ler Bumi Manusia, do autor indonésio Pramoedya Ananta Toer. Quem quer estudar para saber português correctamente tem muitas oportunidades. Todas as crianças actualmente o aprendem na escola primária, os professores em Díli e nos distritos seguem actualmente um Bacharelato para aprenderem este idioma, e os jovens que terminaram a escola secundária e têm intenção de aprofundar os seus conhecimentos podem vir estudar connosco na nossa Licenciatura em Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas.

Esta Licenciatura foi criada na Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, na Faculdade de Ciências da Educação, no ano académico de 2001/2002. Neste curso estudamos muitas coisas interessantes: língua portuguesa, literatura de Portugal, Brasil, países africanos lusófonos e Timor-Leste, cultura timorense e de outras nações da lusofonia, gramática, linguística e história de Timor-Leste, entre outras coisas. O nosso curso também dá uma grande atenção ao tétum, e temos cadeiras como Padronização e Ortografia do Tétum, e Gramática do Tétum. No final da Licenciatura poderemos procurar trabalho como professores, intérpretes, tradutores, secretárias, jornalistas, ou funcionários em locais que exijam o domínio das duas línguas oficiais da nossa nação. Muitos dos nossos professores vêm de Portugal ou de outros países lusófonos, principalmente do Instituto Camões. Levamos também a cabo diversas actividades como o jornal literário “Várzea de Letras”, teatro, traduções, etc...

Jovem timorense, vem estudar connosco!

A versão original em tétum, de Icha Bossa e Irta Araújo, foi publicada no Várzea de Letras, Suplemento Literário mensal do jornal Semanário, nº 4 [5], Julho 2004

PN - Agenda No. 48/II

Gabinete de Relações Públicas
Plenária Extraordinária

Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007

A Sessão Plenária de hoje foi presidida pelo Presidente do Parlamento Nacional, Sr. Fernando La Sama de Araújo, coadjuvado pelos Vice-Presidentes, Sr. Vicente da Silva Guterres e a Sra. Maria da Paixão de Jesus da Costa, Secretária da Mesa Sra. Maria Terezinha Viegas e a Vice-Secretária, Sra. Maria da Costa Exposto.

Estiveram presentes na sessão, o Primeiro Ministro, Sr. Kay Rala Xanana Gusmão, os Ministros e os Secretários de Estado.

No período da ordem do dia, deu-se continuação da discussão e aprovação na especialidade do Orçamento Geral do Estado para o ano 2008.

O Presidente do Parlamento Nacional abriu a sessão plenária e deu oportunidade a cada Ministério para fazer a sua apresentação sobre as verbas que estão previstas no OGE para o ano 2008.

Foram discutidos e aprovados os seguintes artigos, constantes da Proposta de Lei em apreço:
artigo 2º “Aprovação” foi aprovado com 38 votos a favor, 14 contra e 4 abstenções.
Artigo 3.º “Receitas” foi aprovado com 42 votos a favor, 1 voto contra e 12 abstenções;
Artigo 4.º Limite Autorizado para Crédito do OGE” – foi aprovado com 41 votos a favor, 1 voto contra e 13 abstenções;
Artigo 5.º “Pagamento de impostos sobre importações do Governo” foi aprovado com 41 votos a favor, nenhum voto contra e 14 abstenções;
Artigo 6.º “Afectações orçamentais ” foi aprovado com 41 votos a favor, 1 voto contra e 14 abstenções;
Artigo 7.º “ Tranferência de verbas” foi aprovado com 44 votos a favor, nenhum voto contra e 2 abstenções;
Artigo 8.º “ Fundos ” foi aprovado com 45 votos a favor, nenhum voto contra e 10 abstenções;
Artigo 9.º “Reserva de contingência” foi aprovado com 49 votos a favor, nenhum voto contra e 13 abstenções;
Artigo 10.º “Transferências publicas”: foi aprovado com 41 votos a favor, nenhum voto contra e 15 abstenções;
Artigo 11.º “Verbas transitadas”: foi aprovado com 44 votos a favor, 1 voto contra e 10 abstenções;
Artigo 12.º “Receitas Próprias”: foi aprovado com 39 votos a favor, 3 voto contra e 14 abstenções;
Artigo 13.º “Financiamento”: foi aprovado com 41 votos a favor, 1 voto contra e 15 abstenções;
Artigo 14.º “Financiamento através de doadores independentes”: Foi aprovado com 45 votos a favor, nenhum voto contra e 15 abstenções;
Artigo 15.º “Direito subsidiário”: Foi aprovado com 45 votos a favor, nenhum voto contra e 15 abstenções.
Artigo 16º “ Entrada em Vigor ” foi aprovado com 39 votos a favor, 3 voto contra e 14 abstenções;

Depois de aprovação na especialidade, o Plenário do Parlamento Nacional, continua a fazer Votação Final Global, a Proposta de Lei n.º 3/II sobre o “Orçamento Geral do Estado para o Ano de 2008” com 38 votos a favor, 18 votos contra e 1 abstenção.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

President Condemns Ms Benazir Bhutto’s Assassination

Palácio das Cinzas

28 December 2007
Press Release

President José Ramos-Horta, Nobel Peace Prize Laureate, expressed condemnation and deep sorrow over the brutal assassination of former Prime Minister Benazir Bhutto of Pakistan by extremist elements.

“The assassination of Ms Benazir Bhutto is a cowardly act that must be condemned and I join with the international community in condemning such a barbaric act perpetrated by the enemies of democracy and freedom. I extend to the family of Ms Benazir Bhutto my sincere condolences”.

“Pakistan is facing formidable challenges and is in peril of descending into further instability with predictable consequences for peace and stability in the entire region and for the global fight against terrorism. Hence at this juncture, the political elite, military, religious leaders, intellectuals, private sector, must summon courage and wisdom to unify the nation. Now is the time for prudence and dialogue involving all in Pakistan in order to pull back from the abyss”.

“For the Pakistani community serving with the United Nations in Timor-Leste and in particular the Pakistani Formed Police Unit, and others, I extend to them all my deepest sympathies”.

END

Tradução:


Presidente Condena Assassinato da Srª Benazir Bhutto


Palácio das Cinzas
28 Dezembro 2007
Comunicado de Imprensa

O Presidente José Ramos-Horta, laureado do prémio Nobel da Paz, expressou condenação e profundo desgosto sobre o assassinado brutal da antiga Primeira-Ministra Benazir Bhutto do Paquistão por elementos extremistas.


“O assassinato da Srª Benazir Bhutto é um acto cobarde que deve ser condenado e junto-me à comunidade internacional a condenar um tão bárbaro acto perpetrado pelos inimigos da democracia e liberdade. Apresento à família da Srª Benazir Bhutto as minhas sinceras condolências”.


“O Paquistão enfrenta desafios formidáveis e está em perigo de cair em mais instabilidade com consequências previsíveis para a paz e estabilidade em toda a região e para a luta global contra o terrorismo. Por isso, nesta conjuntura a elite política, militar, líderes religiosos, intelectuais, sector privado, devem juntar coragem e sabedoria para unir a nação. Agora é tempo de prudência e de diálogo envolvendo todos no Paquistão de modo a fazer recuar o país do abismo”.


“À comunidade Paquistanesa em serviço com as Nações Unidas em Timor-Leste e em particular a Unidade Formada de Polícia Paquistanesa e outros, apresento a todos as minhas maiores simpatias”.


FIM

Exposed as a spy, then a lucky break

The Australian

Nick Cater December 27, 2007

THE shy young Timorese woman lifted her top to reveal four-year-old scars from her encounter with the SGI, the Indonesian army intelligence service.

At the age of 18, Ilisiga had spent five hours behind the unmarked gates at the SGI's Dili headquarters after the 1991 massacre at the Santa Cruz cemetery. The bruises from the kicking and punching had gone but there were deep weals on her back and legs from the thrashing she received with a barbed-wire whip.

When I met her in September 1995 she was in hiding, moving from safe house to safe house like hundreds more East Timorese who had dared stand up to the Indonesian occupiers.

I had entered occupied East Timor on a brand-new passport, giving my occupation as teacher. But, from the moment I stepped off the flight from Denpasar, the only Caucasian on board, I knew they were watching. Only later did I discover how closely.

For three days I travelled the occupied country, sometimes in the boot of a c
ar, to prearranged meetings with priests and former prisoners of the SGI, investigating the brutal repression used by the Indonesians to control the annexed state.

I heard familiar tales of torture, men and women suspended by their fingers, fingernails ripped out, electric shocks, a prisoner forced to eat his own excreta.

On my third night I dined alone at a Portuguese restaurant, savouring half a bottle of Dao, as two military men finished their meal and left without paying. "That is how they behave here," the restaurant owner said. "If we gave them a bill, there would be trouble." I left a generous tip and half a bottle of red wine, promising to return to finish it the following evening.

On the fourth day I was feeling confident, cocky even. The SGI must be stupid, I thought, if they can't spot a foreign journalist in their midst. Before breakfast I went for a stroll, planning to take a sneak picture of the SGI house of torture, the hated symbol of repression.

"Where do you come from mister? Where are you going?" It would be an innocent enough inquiry in most cities in Asia, but in occupied East Timor it was a question which invited an evasive response.

As I slipped my camera from my pocket, two men dressed in civilian clothing who had been loitering outside the SGI headquarters ran after me. You are a spy, they say. You have been taking photographs. Give me your camera.

In an inspired gesture of defiance, I opened the back of the camera and pulled the film off the spool. Photographs? No, I'm just a tourist. See for yourself. One man grabbed the camera, the other pinned me to the wall. What is your name?

"Nick," I replied. "Yes, Nicholas. Nicholas Cater."

He proceeded to tell me the name of the town I had visited the day before, making a mockery of my efforts to avoid being tailed.

For two hours they interrogated me, pushed up against the bonnet of a police vehicle in the courtyard. You are not a teacher. You are a spy. Where have you been in East Timor? Write it all down. This is big trouble for you. We can keep you here as long as we like. No one knows where you are.

I was shaking, but I kept my nerve. Eventually a man arrived with my film, back from the processor, blank of course, thanks to the sun which had erased the pictures of Ilisiga and her scarred back. Thank god.

My captors conferred. An immigration official who had been summoned to watch my interrogation said he would give me a lift. To the airport. We stopped at the Hotel Turismo to collect my bags. No time to wait for your laundry, the officer said. You have a plane to catch. Like my half-bottle of Dao at the restaurant, two T-shirts and a pair of shorts became my gift to the local economy.

On the way to the airport he introduced himself as Arief and told me his story. A civil servant from Java, Arief was missing his family.

"The Timorese call us Kapan Pulang," he told me. "In their language it means: 'When are you going home?"'

As we sat in the departure terminal, Arief produced a picture from his wallet of his pretty wife in a headscarf, with twin boys. I showed him a picture of my son and daughter, looking spruce and angelic in their Hong Kong school uniforms. By the time the flight was called I felt as if we were old friends. "This is a beautiful country," I told him. "But I will be pleased to leave."

"So will I," Arief replied. "So will I."

Nick Cater was based in Hong Kong as News Limited's Asia correspondent from 1993 to 1996.

Tradução:

Exposto como espião, depois um golpe de sorte

The Australian

Nick Cater Dezembro 27, 2007

A tímida jovem Timorense levantou o seu top para revelar cicatrizes com quatro anos do seu encontro com o SGI, o serviço de informações das forças armadas Indonésias.

Quando tinha 18 anos, Ilisiga passou cinco horas por detrás da porta não marcada da sede do SGI em Dili depois do massacre de 1991 no cemitério de Santa Cruz. As nódoas dos socos e pontapés já desapareceram mas tinha profundos vergões nas costas e pernas por causa dos golpes que recebeu de um chicote com arame armado.

Quando me encontrei com ela em Setembro de 1995 ela estava escondida, a mover-se duma casa clandestina para outra como centenas doutros Timorenses que tinham ousado enfrentar os ocupantes Indonésios.

Tinha entrado no Timor-Leste ocupado com um passaporte novo, onde constava que era professor. Mas, desde o momento em que desembarquei do voo de Denpasar, sendo o único Caucasiano a bordo, soube que estavam a vigiar-me. Apenas mais tarde descobri de quão perto.

Durante três dias viajei através do país ocupado, às vezes no fundo de um carro, para arranjos pré-combinados com padres e antigos presos do SGI, a investigar a repressão brutal usada pelos Indonésios para controlarem o Estado anexado.

Ouvi histórias familiares de tortura, homens e mulheres suspensos pelos dedos, unhas arrancadas, choques eléctricos, um preso que foi obrigado a comer os seus próprios excrementos.

Na minha terceira noite jantei sozinho num restaurante Português, saboreando metade de uma garrafa de Dão, quando dois militares acabaram de comer e partiram sem pagar. "Era assim que se comportavam aqui," disse o dono do restaurante. "Se lhe passássemos a conta, haveria problemas." Deixei uma gorjeta generosa e meia garrafa de vinho tinto, prometendo acabá-la no regresso na noite seguinte.

No quarto dia, sentia-me confiante, mesmo atrevido. O SGI deve ser estúpido, pensava, se não conseguem topar um jornalista estrangeiro no meio deles. Antes do pequeno almoço dei um passeio, planeando tirar uma foto da casa de tortura do SGI, o símbolo odiado da repressão.

"Donde é que vem, senhor? Aonde é que vai?" Seria um interrogatório suficientemente inocente na maior parte das cidades na Ásia, mas no Timor-Leste ocupado era uma pergunta que pedia uma resposta evasiva.

Enquanto escondia a minha câmara na minha algibeira, dois homens em roupas civis que andavam a rondar perto da sede do SGI correram atrás de mim. És um espião, diziam . Tens andado a tirar fotos. Dá-nos a tua câmara.

Num gesto de desafio inspirado, abri a parte detrás da câmara e tirei o filme. Fotos? Não, sou apenas um turista. Vejam vocês mesmos. Um homem agarrou a câmara, o outro puxou-me contra o muro. Como é que te chamas?

"Nick," respondi. "Sim, Nicholas. Nicholas Cater."

Prosseguiu dizendo-me o nome da cidade que tinha visitado na véspera, troçando dos meus esforços para evitar ser apanhado.

Durante as duas horas em que me interrogaram, empurraram-me contra o capô de um carro da polícia no pátio. Não é professor. Onde é que estiveste em Timor-Leste? Escreve lá tudo isso. Isso é um grande problema para ti. Podemos guardar-te aqui o tempo que quisermos. Ninguém sabe onde estás.

Estava a tremer, mas mantive a calma. Eventualmente chegou um homem com o meu filme, de volta do processador, sem nada, obviamente, graças ao sol que tinha eliminado as fotos da Ilisiga e das suas costas com cicatrizes. Graças a Deus.

Os meus captores conferiram. Um funcionário da imigração que tinha sido chamado para observar o meu interrogatório disse que me daria uma boleia. Para o aeroporto. Parámos no Hotel Turismo para recolher as minhas malas. Sem tempo para esperar pela roupa lavada, disse o funcionário. Tens que apanhar um avião. Tal como a minha meia garrafa de Dão no restaurante, duas T-shirts e um par de calções tornaram-se a minha oferta para a economia local .

A caminho do aeroporto ele apresentou-se como sendo Arief e contou-me a sua história. Um funcionário público de Java, Arief tinha saudades da sua família.

"Os Timorenses chamam-nos Kapan Pulang," disse-me. "Na linguagem deles isso significa: 'Quando é que voltas para casa?"'

Quando nos sentávamos no terminal das partidas, Arief tirou uma foto da carteira, com a sua bonita mulher com lenço na cabeça, e dois filhos gémeos. Mostrei-lhe uma foto do meu filho e filha, com ar de ajuizados e angélicos no seu uniforme escolar em Hong Kong. Na altura em que fui chamado para embarcar, senti-me como se fôssemos velhos amigos. "Este é um bonito país," disse-lhe. "Mas terei prazer em sair."

"Também eu," respondeu Arief. "Também eu."

Nick Cater esteve baseado em Hong Kong como correspondente de News Limited's Asia de1993 a 1996.

East Timor: Asian Development Bank to support Dili water supply project

[ 2007-12-26 ]

Manila, The Philippines, 26 Dec - The Asian Development Bank announced last week that it will contribute US$ 6 million to help the government of East Timor improve supply of drinking water in the capital, Dili.In a statement, the ADB said the Dili water supply scheme is budgeted at US$ 7.5 million and will supply water round the clock to around a third of the city’s homes, businesses and institutions.Dili is funding the reminder of the project, scheduled for completion within 29 months, with work due to get underway mid-2008.

The ADB said improving the quality of Dili’s water supply is considered as urgent, as the city’s population is growing rapidly and the current system has had little rehabilitation since being nearly completely destroyed in 1999. (macauhub)

Tradução:

Timor-Leste: Banco Asiático de Desenvolvimento apoia projecto de abastecimento de água em Dili

[ 2007-12-26 ]

Manila, Filipinas, 26 Dez – O Banco de Desenvolvimento Asiático anunciou a semana passada que contribuirá com US$ 6 milhões para ajudar o governo de Timor-Leste a melhorar o abastecimento de água potável à capital, Dili. Numa declaração o BDA disse que o esquema de abastecimento de água está orçado em US$ 7.5 milhões e fornecerá água a cerca de um terço das casas da cidade, negócios e instituições. Dili financia o resto do projecto, agendado para estar completo dentro de 29 meses, com os trabalhos a arrancarem em meados de 2008.

O BDA disse que é considerado urgente a melhoria do abastecimento da qualidade da água, dado que a população da cidade está a aumentar rapidamente e o sistema corrente tinha tido pouca reabilitação desde ter sido quase totalmente destruído em 1999. (macauhub)

terça-feira, dezembro 25, 2007

O NATAL DOS SUBJUGADOS

Blog PORTUGAL DIRECTO

Segunda-feira, 24 de Dezembro de 2007

...
POR TIMOR

O processo é sempre simplificado quando recrutam naturais-nacionais para lhes fazer o trabalho sujo. Nesse caso as guerras passam a ser internas e de luta pelo Poder. Quem sofre são os povos subjugados e sempre manipulados por uma facção ou outra, exceptuando os que aparte vão vendo os descalabros. Sofrendo na mesma enormes consequências pela sua independência. Muitas vezes acabam por levar dos dois lados, das duas ou mais facções.

Este é o caso de Timor-Leste, onde há muitos anos foram encontrados os algozes que fazem o trabalho sujo dos EUA usando forças repressoras australianas. Forças que no terreno ocupam-no de forma semelhante aos invasores indonésios mas de modo subtil para darem o menos possível nas vistas.

São esses ocupantes que guardam as costas de Xanana e Horta, os algozes do tal trabalho sujo começado à anos. Começado quando Xanana aceitou e negociou a sua entrega ao inimigo indonésio. Começado quando Horta assimilou as mordomias e bem-estares que lhe foram proporcionados em nome da venda da sua alma ao diabo.

O descrédito dos atribuidores de Nobel, ao mordomear Horta com o Nobel da Paz, foi tentado apagar com a dupla atribuição ao Bispo de Díli Ximenes Belo. Horta foi na leva para curricular e justificar a importância que muitos lhe dispensam por ser um dos operantes da venda do seu país e da luta do seu povo.

Ao outro, a Xanana, sai um Sakarov como prémio dentro de uma caixa de bombons - qual boneco de futebol premiado mas colado no fundo da lata pelos que também lhe compraram a alma.
...

Ano chega ao fim em Timor sem resolver heranças da guerra

25-12-2007 09:29:05

Dili, 25 dez (Lusa) - Na virada para 2008, os três problemas de resolução mais urgente em Timor Leste são a herança direta da crise política e militar de 2006: deslocados, rebeldes e o fugitivo Alfredo Reinado.

Nenhum deles parece ter, ou parece admitir, solução a curto prazo, criando bloqueios em diferentes níveis (social, econômico, institucional, político, judicial) com grande potencial desestabilizador.

Um décimo da população local continua deslocada e metade dos residentes da capital pessoas vive de ajuda humanitária.

A radiografia da situação revela uma cristalização preocupante da crise. Não apenas na topografia de uma capital favelada com 30 mil pessoas, um quinto da sua população, em 53 campos de deslocados, envolvida em crônicas disputas de propriedade e de território.

É, também, no tecido e nas dinâmicas sociais, o agravamento de situações, de conflitos e de comportamentos que, por ironia, tornaram alguns setores dos deslocados - o setor politizado, o traficante e o oportunista - na primeira preocupação de segurança nacional.

Um exército informal - 592 peticionários, a maior parte armados, segundo as últimas informações e imagens - continua escondido em algum lugar nas margens do sistema, quase dois anos depois de sua expulsão das Forças Armadas.

Em Dili, Alfredo Reinado, acusado de crimes de homicídio, rebelião e de posse ilegal de material de guerra, continua inacessível para a justiça, mas à mão para a comunicação social.

No país lusófono, Alfredo Reinado se vê e é visto como aquilo que também foi em 2006: o vértice das tensões e o nó que, supostamente, ameaça curto-circuitar as diferentes fraturas de Timor Leste.

De fora, porém, como deixou claro a delegação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon - em particular com os dirigentes partidários -, o major Reinado é apenas mais um álibi para iludir a falha consolidada do Timor Leste independente: a melhoria das condições mais básicas de uma população que vive com 50 centavos por dia, atrasada e destituída.

O balanço de 2007 e a antevisão de 2008 remetem, por isso, para uma desesperante inversão de calendário.

O Estado sobreviveu a seus erros, mas a nação, como projeto coletivo, regrediu pelo menos dois anos com a guerra civil de 2006.

O sucesso de três eleições sucessivas, a normalização da situação de segurança (o ano, convém lembrar, abriu com decapitados no Bairro Pité) e a consolidação, a pulso, do sistema judicial, importantes em uma sociedade faminta também de justiça, não apagam a constatação de que os ganhos são frágeis e superficiais.

Nenhum ganho, aliás, sobreviveria sozinho sem uma forte ajuda internacional.

"Não é inevitável que o resultado seja o mesmo, mas os ingredientes no terreno são hoje semelhantes aos que existiam antes da crise" política e militar, afirmou à Agência Lusa, sob anonimato, um alto responsável da missão internacional das Nações Unidas (Unmit).

No plano político, muitos analistas apontam para a salutar alternância do poder, o ganho de proeminência do Parlamento Nacional, a troca de cadeiras entre José Ramos Horta e Xanana Gusmão (que trocaram de cargos na Presidência da República e na chefia do governo) e a aprovação de um programa de governo e de dois orçamentos do Estado.

Todos concordam, mesmo à boca pequena, no reverso da moeda: o maior partido timorense está na oposição, ressabiado, e não reconhece legitimidade ao 4º Governo Constitucional.

"O país está dividido", constatou o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, que em 2007 foi remetido ao papel de primeiro-ministro-sombra.

A relativa normalidade, nervosa e volátil é, afinal, o verdadeiro consenso entre as declarações oficiais e oficiosas e o vox populi timorense. Os timorenses partilham do mesmo sentimento da comunidade internacional com a lentidão da reconciliação: "impaciência e frustração", avisou Ban Ki-moon em Dili.

Feliz Natal, Timor-Leste!

UNDP Justice System Programme Newsletter - November and December Edition

Highlights of this Edition:

PNTL officers receive training at the Legal Training Centre
The Prosecutor-General's Office, together with the Ministry of Justice, through the Legal Training Centre, launched a training course on the Penal Procedure Code for the National Police of Timor-Leste on 26 November.

Human Rights celebration day at Becora Prison
On 10 December Becora Prison prepared a Ceremony to celebrate Human Rights Day and to present to the guests the vocational training received by the prison population in the manufacture of several products, including carpentry, clothes and Tais confection.

District Courts Statistical Data for 2007
During 2007 the district courts of Dili, Baucau, Suai and Oecusse had been staffed with seven international and eleven national judges.


Merry Christmas and a Happy New Year!

Kind Regards,


Thaiza Castilho
Public Information Officer
UNDP Justice System Programme
E-mail: thaiza.castilho@undp.org

Phone: + (670) 727-5605

sábado, dezembro 22, 2007

President tells ETimor to forget past, unite in peace

23.12.2007
8 hours ago

DILI (AFP) — East Timor's president Jose Ramos-Horta called for the country to "forget bad things" and unite during a "Peace Concert" in the capital Dili on Saturday.

He made his plea at the city's National Stadium, where 2,000 people had gathered for a "cultural and music programme promoting peace and national unity", according to a government statement. The crowd had arrived there following a "Walk of Peace".

"Let us forget bad things that happened in the past that divide and hurt us and let us unite in peace and love so we can advance to a better future," President Ramos-Horta said in his Christmas message on stage.

During the event local bands and a group from Indonesia performed in front of thousands of people wearing white t-shirts with the word "Dame" -- meaning Peace in the local language Tetum.

Prime Minister Xanana Gusmao separately told reporters his government "promises in 2008 to overcome problems in this country and maintain stability... this is important for the success of this country".

In 2006, East Timor was rocked by clashes between security force factions which quickly degenerated into street violence involving gangs. The crisis prompted the deployment of thousands of international peacekeepers to restore calm.

East Timor, a former Portuguese colony, was separated from Indonesia following a 1999 independence vote marred by deadly violence inflicted by the Indonesian military and its militia allies.

PN - Agenda No. 45/II

Gabinete de Relações Públicas
Plenária Extraordinária

Sábado, 22 de Dezembro de 2007

A Sessão Plenária de hoje foi presidida pelo Presidente do Parlamento Nacional, Sr. Fernando La Sama coadjuvado pelos Vice-Presidentes, Sr. Vicente da Silva Guterres e Sra. Maria da Paixão de Jesus da Costa, Secretária da Mesa Sra. Maria Terezinha Viegas e a Vice-Secretária, Sra. Maria da Costa Exposto.


Todos os membros do Governo se fizeram representar, incluindo o Sr. Primeiro Ministro, Sr. Kay Rala Xanana Gusmão, os Ministros e os Secretários de Estado.

O único assunto abordado na sessão de hoje foi a Proposta de Lei no.3/II sobre o “Orçamento Geral do Estado para o ano fiscal de 2008”.

Numerosas propostas de alteração, de aditamento e de eliminação relacionadas ao artigo no. 2 da Proposta de Lei em epígrafe foram hoje apresentadas. A discussão do artigo no. 2 continua na próxima Quinta-feira, dia 27 de Dezembro de 2007.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Friday, 21 December 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL Summary News
No coverage


***


SRSG celebrates one year of leading UNMIT

The Special Representative of the Secretary General (SRSG) for Timor-Leste, Atul Khare, is celebrating leading the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) for one year.

Mr. Khare said that since his arrival the incidents of murders, fighting between martial arts groups and number of IDPs has decreased.

The SRSG also said that during his time he has instigated initiatives to meet regularly with national authorities and political leaders to discuss the security of the nation.

“I believe that Timorese people expect peace in this country and the United Nations will continue to support this. We will assist Timor-Leste as long as we are needed,” said Mr Khare at the end of the UNMIT press briefing on Wednesday (19/12) at Obrigado Barracks, Dili.

The SRSG said that currently Timor-Leste is still facing the ongoing problems of Alfredo, the petitioners’ case and IDPs. (STL and DN)

Xanana: fake IDPs

The Prime Minister (PM) Xanana Gusmão said that people posing as IDPs are joining the real IDPS in order to get government assistance.


PM Xanana said these people are creating greater challenges for rehabilitating IDPs back into their communities and are as such causing a grave injustice to real IDPs.

The government will provide options for the real IDPs to guarantee their future, dignity and rights, but will ignore the fake IDPs. (STL and TP)


Fretilin: 2008 State Budget does not reflect reality

The opposition party in the National Parliament (NP), Fretilin, claims that the state budget of 2008 does not reflect people’s lives as there is no development plan for poverty reduction.

José Luis Guterres: Government will try to Alfredo and the petitioners’ case

The Vice Prime Minister José Luis Guterres said that while Alfredo and the petitioner’s case might create political tension in the country, the current government is still committed to finding a solution for the case. (STL)

Fretilin: No reforms with Xanana centralizing the budget

Fretilin’s party strongly believes that the ambitions of the Alliance Government to create reforms in 2008 will not be realized as the budget is centralized under PM Xanana. (TP)

Government to establish anti-corruption commission in 2008

PM Xanana Gusmão promised that his government will establish for the first time an Anti-Corruption Commission to control corruption in the country.

PM also said that the commission will work upon concrete mechanisms to combat corruption effectively. (TP)

Manuel Tilman: asking the Alliance Gov to rule carefully

The Head of Commission for Economy, Finance and Anti-Corruption of NP (Commission C), Manuel Tilman, has asked the Alliance Government to rule carefully as in the state budget many important aspects of the country’s development have not been included.

“Sectoral relations, commercial and industry services, banks and objectives compatible with global results are not included,” said Mr. Tilman on Wednesday (19/12) in the NP on the debate of State Budget of 2008. (DN)

Fernanda Borges: US dollars unconstitutional

The President of National Unity Party (PUN) Fernanda Borges said that the US$381.1 million is unconstitutional and will provide no benefit to the people. The PUN is set to take this matter to the Court of Appeals.

“The state budget is unconstitutional and we will bring it to the Court of Appeals since the programs give no benefit to the people and are not based on law,” said Ms. Borges in the NP, Dili.

The opposition is claiming that the 2008 state budget does not reflect the needs of the people and gives no importance to areas of priority such as health, agriculture, education and infrastructure.

In response, NP members from the Alliance said that the 2008 state budget does indeed cover people’s needs and will be implemented in 2008. (DN)

Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Sexta-feira, 21 Dezembro 2007

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e do seu conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou implícito de qualquer modo. A UNMIT não será responsável por quaisquer consequências resultantes da publicação ou do apoio de tais artigos ou traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL Resumo das Notícias
Não houve cobertura


***


Representante Especial do SG celebra um ano de liderança da UNMIT

O Representante Especial do Secretário-Geral (SRSG) para Timor-Leste, Atul Khare, celebra a liderança da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) de um ano.

O Sr. Khare disse que desde que chegou têm diminuído os incidentes de homicídios, lutas entre grupos de artes marciais e o número de deslocados.

O SRSG disse ainda que durante este tempo tem instigado iniciativas para se encontrar regularmente com autoridades nacionais e líderes políticos para discutir a segurança da nação.

“Acredito que todos os Timorenses esperam paz no país e a ONU continuará a apoiar isso. Assistiremos Timor-Leste pelo tempo que que formos necessários,” disse o Sr Khare no final duma conferência de imprensa da UNMIT na Quarta-feira (19/12) em Obrigado Barracks, Dili.

O SRSG disse que correntemente Timor-Leste enfrente ainda os problemas em curso de Alfredo, peticionários e deslocados. (STL e DN)

Xanana: falsos deslocados

O Primeiro-Ministro (PM) Xanana Gusmão disse que pessoas que se apresentam como deslocados estão-se a juntar aos verdadeiros deslocados de modo a obterem assistência do governo.


O PM Xanana disse que essas pessoas estão a criar desafios maiores para reabilitar os deslocados de volta às suas comunidades e estão por isso a causar uma grande injustiça aos verdadeiros deslocados.

O governo dará opções aos verdadeiros deslocados para assegurar o futuro, dignidade e direitos mas que ignorará os deslocados falsos. (STL e TP)


Fretilin: Orçamento do Estado para 2008 não reflecte a realidade

O partido da oposição no Parlamento Nacional (PN), a Fretilin, afirma que o Orçamento do Estado para 2008 não reflecte as vidas do povo , dado que não tem nenhum plano de deenvolvimento para reduzir a pobreza.

José Luis Guterres: Governo tentará resolver os casos de Alfredo e dos peticionários

O Vice-Primeiro-Ministro José Luis Guterres disse que apesar do caso de Alfredo e dos peticionários poderem criar tensões políticas no país, o corrente governo ainda está comprometido a encontrar uma solução para o caso. (STL)

Fretilin: Nenhumas reformas com Xanana a centralizar o orçamento

A Fretilin acredita fortemente que as ambições do governo da aliança de criar reformas em 2008 não se realizarão dado que o orçamento está centralizado sob o controlo do PM Xanana. (TP)

Governo vai estabelecer comissão anti-corrupção em 2008

O PM Xanana Gusmão prometeu que o seu governo estabelecerá pela primeira vez uma Comissão Anti-Corrupção para controlar a corrupção no país.

O PM disse ainda que comissão trabalhará com mecanismos concretos para combater efectivamente a corrupção. (TP)

Manuel Tilman: pede ao governo da aliança para governar com cuidado

O responsável da Comissão da Economia, Finanças e Anti-Corrupção do PN (Comissão C), Manuel Tilman, pediu ao governo da aliança para governar com cuidado dado que no Orçamento do Estado não foram incluídos muitos aspectos importantes do desenvolvimento do país.

“relações sectoriais, serviços comerciais e da indústria, bancos e objectivos compatíveis com resultados globais não estão incluídos,” disse o Sr. Tilman na Quarta-feira (19/12) no PN no debate do Orçamento do Estado para 2008. (DN)

Fernanda Borges: dólares USA inconstitucional

A Presidente do PUN Fernanda Borges disse que os US$381.1 milhões são inconstitucionais e que não trarão benefícios ao povo. O PUN está determinado a levar esta questão ao Tribunal de Recurso.

“O orçamento do Estado é inconstitucional e levá-lo-emos ao Tribunal de Recurso dado que os programas não beneficiam as pessoas e não estão baseados na lei ,” disse a Srª. Borges no PN, Dili.

A oposição afirma que o orçamento do Estado para 2008 não reflecte as necessidades do povo e não dá nenhuma importância a áreas de prioridade como saúde, agricultura, educação e infra-estruturas.

Em resposta, membros do PN da aliança, disseram que o orçamento do Estado para 2008 cobre na realidade as necessidades do povo e será implementado em 2008. (DN)

DEMITAM-SE! TENHAM UM PINGO DE DECÊNCIA!

Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007
Blog TIMOR LOROSAE NAÇÃO
TIMOR TEM DOIS GRANDES VÍRUS NO SISTEMA!
Ana Loro Metan



Aqueles que nos vêm aqui ler desculpem-me mas antes de abordar a opinião que trago para vos expor tenho de assumir as minhas responsabilidades por a Fábrica dos Blogs ter sido vítima de software malicioso que nos ia pondo loucos e temerosos de que o equipamento que foi destinado ser usado - por ter defesas superiores ao normal - nunca mais recuperaria.

É que eu, principiante nas lides mais avançadas da informática, abri uma "coisa" que mandaram - contrariando as instruções - que pôs o equipamento todo maluco!

Depois foi aquilo que sabem. Esta coisa não nos obedecia e quase fazia aquilo que queria. Valeu na altura o JSP, Jaime Silva Pinto, mas todos rezávamos pelo regresso do São Veríssimo, domador dos vírus e outros terroristas destas novas tecnologias.

Pronto. Só quero aqui assumir as minhas culpas, agradecer aos meus colegas e pedir desculpas aos que estão tão habituados a visitarem os nossos blogues.

A ocorrência de que me considero responsável inspirou-me para tecer uma analogia entre os vírus informáticos e os vírus que infectam o nosso país, Timor-Leste.

Afinal é realmente o que se passa em Timor. Está gravemente infectado por vírus horrendos que o que fazem é bloquear o sistema e ordem natural do percurso que um país em formação, zelosamente apoiado pela comunidade internacional e principalmente pelos portugueses, devia ter mas não tem.

Está a ficar mais do que provado que Horta e Xanana tudo têm a ver com as manobras sujas que ceifaram tantas vidas e causaram tanta destruição - o que culminou com o golpe de Estado. Dar este crédito ás declarações de Alfredo Reinado faz todo o sentido porque todos sabemos que sem o aval destes dois perigosos vírus Reinado não tomaria iniciativas do género.

Conclui-se que, comprovadamente, estamos a ser governados por um primeiro-ministro de muito baixa índole política, social e humana. Concluímos ainda que temos um presidente da República igual ou pior que o seu par. Compreende-se porque existiu tanta resistência e obstrução à Justiça para que Reinado fosse capturado e se sentasse no banco dos réus por forma a apurar as suas culpabilidades ou inocências.

Começámos a compreender tudo muito mais claramente e agora não podem acusar-nos de meras suposições. Temos um PR e um PM políticamente desmascardos e criminalmente suspeitos que ocupam ilegalmente os seus cargos e que só foram votados por ignorarmos a verdade e aquilo que as suas facetas ocultas representavam.

Sabemos agora, ainda indelevelmente, que são tenebrosos vírus da nossa sociedade - que um São Veríssimo qualquer têm de erradicar do sistema.

Sabemos também - à luz de tudo que tem acontecido - que Atul Khare tem de ter algumas responsabilidades pelo que está a acontecer, assim como Hasegawa - o que põe os representantes da ONU muito mal conceituados e a denegrirem ainda mais a imagem das Nações Unidas.

Sabemos que o governo Howard está metido nisto até ao pescoço e que só mais não conseguiu fazer em nosso prejuízo por ter Portugal também enviado forças militares suas que discretamente exerceram alguma contra-influência que lhes barrou o caminho - vide a captura de Reinado e a sua apresentação ao tribunal de Dili entre outros acontecimentos.

Sabemos que posteriormente os militares sob o comando australiano deram a fuga a Alfredo Reinado e aos seus homens da prisão de Becora. Podemos imaginar que às ordens de Xanana e de Horta porque não o queriam ver num tribunal a dizer as verdades e a inculpá-los em sedição contra um Estado Democrático e de governo legítimo.
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Tudo aponta para que Xanana e Horta possam ser acusados de conspirarem contra o Estado de Direito Timorense e sabemos que tal depende exclusivamente de Reinado - porque Reinado falando, outros também o farão.

Aquilo em que estão envolvidos é considerado crime ao abrigo das leis vigentes em Timor e do Direito Internacional pelo que está na hora de começarmos a exigir com absoluta legitimidade que as verdades se apurem e os responsáveis se sentem no banco dos réus pelas suas manobras e por serem autores morais de dezenas de mortes e centenas de casas incendiadas e pelo descalabro em que está Timor.

Nestas circunstâncias não podem vírus destes ocupar cargos tão importantes. Não podem continuar a infectar a nossa sociedade nem o livre e acertado percurso que desejamos para o nosso país.

Horta e Xanana não são elementos de confiança para a República de Timor-Leste. Devem demitir-se dos seus cargos. Mais que não seja pelos graves indícios, declarações e suspeições que sobre eles impendem.

De que estão à espera estes tenebrosos vírus do nosso país?

Um pingo de decência é o que se lhes pede.

Parlamento aprova OGE 2008 com votos contra da FRETILIN

Notícias Lusófonas
21.12.2007

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para o ano de 2008 foi hoje aprovado pelo Parlamento Nacional Timorense, com os votos contra da Fretilin e uma divisão de voto na bancada do Partido de Unidade Nacional (PUN).


A Proposta de OGE 2008 foi aprovada com 39 votos a favor, 20 votos contra e 4 abstenções.

A votação do orçamento na especialidade ficou agendada para a próxima sexta-feira, após o feriado religioso de quinta-feira, o Idul Adha, dia do sacrifício para os muçulmanos.

A Fretilin, sem surpresa, votou contra o OGE apresentado na terça-feira ao parlamento pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

O maior partido timorense, na oposição, continua a não reconhecer a legitimidade do IV Governo Constitucional, formado pela Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) a 08 de Agosto de 2007.

Maior surpresa registou-se na bancada do PUN, partido que elegeu três deputados nesta legislatura e cuja líder, Fernanda Borges, se absteve na votação, enquanto outro deputado do partido votou a favor da Proposta de OGE da AMP.

No OGE defendido por Xanana Gusmão como o do "ano da reforma", o total estimado de receitas (petrolíferas, não petrolíferas, verbas dos parceiros de desenvolvimento e outras receitas não fiscais) é de 1.385 milhões de dólares norte-americanos (962 millhões de euros).

As dotações orçamentais totalizam um montante de 348,1 millhões de dólares (241,8 milhões de euros) e, excluindo os órgãos autónomos, de 333,7 milhões de dólares (231,9 milhões de euros).

Das diferentes dotações, 48 milhões de dólares são para Salários e Vencimentos (33,3 milhões de euros) e 144,2 milhões de dólares para Bens e Serviços (100 milhões de euros), uma fatia do OGE especialmente criticada pela oposição).

A dotação para Capital Menor é de 23,9 milhões de dólares (16,6 milhões de euros) e de 68 milhões de dólares (47,2 milhões de euros) para Capital de Investimento.

O OGE contempla ainda uma dotação de 63,8 milhões de dólares (44,3 milhões de euros) para Pagamentos de Transferências Públicas.

Para 2008, o montante de transferências do Fundo Petrolífero, outro dos pontos recorrentes do debate orçamental, não pode exceder 294 milhões de dólares (204 milhões de euros).

"Demasiada prudência é uma contradição", explicou Xanana Gusmão na abertura do debate, a propósito do Fundo Petrolífero, ao mesmo tempo que elogiou a gestão feita pelos governos anteriores dos recursos do Mar de Timor.

"Não vamos fazer do Fundo do Petróleo uma bandeira política", garantiu o primeiro-ministro, anunciando, porém, que o governo pretende introduzir em 2008 alterações às regras do fundo.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

O Orçamento 2008 - em inglês (australiano?!)

Ver aqui.

Que trapalhada!...

15 Dezembro 2007
Blog Do alto do Tatamailau!...

Parece que este governo --- e nomeadamente os seus Primeiro-Ministro (como responsável máximo do "barco") e a Ministra das Finanças --- estão a ter o seu "mês horribilis" por causa do Orçamento. Será que a falta de experiência é desculpa? Em parte será. Mas o que parece evidente é que há, aparentemente, problemas mais profundos do que a falta de experiência e cujas consequências acabam por ser reforçadas devido a esta última.

Uma coisa que me fez alguma confusão desde o início deste Governo foi o facto de ter incluído como Ministra das Finanças alguém que não tinha qualquer experiência do assunto ou da área de actuação em que se ía movimentar. O espanto foi ainda maior por ter visto que uma pessoa que esteve ligada à preparação do Plano Nacional de Desenvolvimento --- o que lhe terá dado alguma estaleca na área do planeamento --- foi nomeada para um Ministério que anteriormente se chamava "do Plano e das Finanças" e em que o "Plano" desapareceu para passar a ser apenas das Finanças. Alguma coisa não batia certo... Então aquilo em que a Ministra tinha alguma experiência foi-lhe retirado... e ela deixou?

Um segundo sinal de que alguma coisa não batia certo naquele Ministério foi aquela artimanha de fazer um Orçamento intercalar com efeitos retroactivos, uma "inventona" que não passava pela cabeça de ninguém... Os duodécimos existem para situações destas! Para quê recorrer a um artifício de legalidade mais que suspeita?

Depois foi a vez de a Ministra se ter rodeado de "n" consultores australianos (o que em si não tem nada do outro mundo e se compreende porque ela se sente melhor falando inglês que português apesar de falar perfeitamente esta última), alguns deles pagos a peso de ouro por Timor-Leste e não por nenhum doador benfeitor... Até o assessor legal veio da Austrália o que em si não tem nada de mal... excepto que a tradição legal do país, herdada da inglesa, não se articula bem com a de Timor-Leste, de raíz europeia --- mesmo que venha da Indonésia, que herdou, no direito, a tradição holandesa. Como diria o dácono Remédios: "Não havia nexexidade"!

Agora foi a vez do Orçamento para 2008. O documento entregue no Parlamento Nacional não estava completo --- nomeadamente quanto aos seus anexos ---, foi redigido em inglês e a tradução para português estava, no mínimo, "macarrónica", o que levou aos protestos de alguns deputados. Como se não bastasse o Governo (culpa do chefe...) quer fazer os deputados "pagarem as favas" do seu próprio atraso reduzindo ao mínimo possível (ou, melhor, "impossível"...) os prazos para avaliação do documento e sua aprovação. É como se o Governo dissesse alto e bom som: "para quê dar mais tempo para discutir o orçamento se temos a maioria parlamentar e os nossos deputados assinam de cruz o que lhes impingirmos?!..." (eu se fosse deputado da AMP ficava pior que estragado pela desconsideração...).

Mas não queria terminar sem uma nota final: é que daquilo que conheço da Ministra --- e confesso que não conheço muito --- ela tem (pelo menos) uma qualidade e (pelo menos) um defeito.

A qualidade é a de que é "uma moura de trabalho" e põe quem está à sua volta a trabalhar a mil à hora.

O defeito é que... a essa velocidade não se consegue ver o essencial... Por isso tende a ser melhor na forma que no conteúdo. Dá por vezes a ideia de que o que é preciso é fazer, fazer sempre, trabalhar, trabalhar muito... o que não lhe deixa muito tempo para "olhar, escutar e pensar" se está a ir ou não no caminho certo e para separar o trigo do joio nos pareceres que lhe dão da esquerda e da direita, de trás e da frente.

É aqui que entra a experiência: com o tempo vai lá. "Esperemos-t'il", como dizem os finlandeses. Ou serão os islandeses? Não! Deixem-me parar para pensar. Já sei! São os macuas do norte de Moçambique. Tenho a certeza!... :-)

Publicada por Manuel Leiria de Almeida em Sábado, Dezembro 15, 2007

EXÉRCITO DE PESO PARA CONSOLO DE XANANA

Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007
Blog Timor Lorosae Nação
O COMANDANTE DA PESADA
António Veríssimo


Em tempos idos também eu tive um exército de combatentes que integravam acções guerreiras sob as minhas ordens. Como eles eram disciplinados e obedientes… Era um exército da pesada com um comandante à altura – um comandante da pesada, como os soldados.

Recordo-me que no final de cada operação todos se reuniam em grupos de mais ou menos uma dúzia e lá os punha eu na caixa de madeira onde os 123 soldadinhos de chumbo cabiam ás mil maravilhas.

O problema era que a caixa pesava muito e tive de dividir o exército em duas caixas. Era um exército da pesada que tenho saudades de comandar, ou melhor: de voltar a essa idade e ainda comandar soldadinhos de chumbo.Recordo com saudades que quando mandava um soldado apresentar-se-me ele impressionava-me com a sua prontidão em obedecer-me. Nem sequer lhe passava pela cabeça não o fazer e muito menos pensaria em rebelar-se.

Porque essa ideia da minha meninice surgiu repentinamente achei por bem aproveitá-la e consolar de algum modo Xanana Gusmão.Posso lá vê-lo ou saber que o Comandante não está a ser respeitado pelo subordinado com que contou para fazer o golpe de estado.

Nunca gostei de Reinado e agora ainda muito menos!Imaginem a desfeita que fez ao Comandante. Fazê-lo roer as unhas quase até aos coutos naquele gabinete de primeiro-ministro ainda a cheirar a Alkatiri.

É coisa que não se faz.Afinal o Comandante só quer combinar com ele o que pode e deve dizer e o que não pode nem deve dizer.

Simples.Após isso o Reinado pode ir novamente para a montanha… Fazer o que lhe apetecer. Até iria com garantias de que nada de mal lhe vai suceder!

Que mais tarde ou mais cedo será condecorado e poderá ocupar um lugar de deputado como o Paulo Fátima da PNTL.Ingrato. Mesmo ingrato.

Com base nestas desfeitas e para consolo de Xanana pensei em lhe mandar os meus 123 soldadinhos de chumbo que guardava no sótão, nas caixas que estão impecáveis.

Estes soldadinhos de certeza que terão o comportamento que sempre tiveram quando eu era seu comandante.

Impecáveis, obedientes, disciplinados… e nunca discutem uma ordem. Nem lhes passa pela cabeça delatarem os comandantes.Penso que com este exército de peso Xanana poderá equilibrar-se emocionalmente e ser um digno Comandante da Pesada!

Bom Natal, Comandante!

E agora?...

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Reinado falou e acusou Xanana...":

Reinado já confirmou isto várias vezes: Xanana comandou toda a estratégia da "crise" de 2006.

Nesta última declaração, Reinado revela-nos a novidade de Xanana ter até sido o mentor da célebre "petição" que originou todos os restantes acontecimentos.

Acrescente-se o que já sabíamos: "guias de marcha", Balibar, pousada de Maubisse, bilhetes, obstrução da Justiça relativamente à detenção de Reinado pela GNR, telefonemas, Rai Los, etc., etc.

Por muito menos do que isto, Richard Nixon foi demitido...

Timor-Leste: Parlamento aprova OGE 2008 na generalidade (act.)

Diário Digital / Lusa 19-12-2007 16:19:00

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para o ano de 2008 foi hoje aprovado pelo Parlamento Nacional Timorense, com os votos contra da Fretilin e uma divisão de voto na bancada do Partido de Unidade Nacional (PUN).

A Proposta de OGE 2008 foi aprovada com 39 votos a favor, 20 votos contra e 4 abstenções.

A votação do orçamento na especialidade ficou agendada para a próxima sexta-feira, após o feriado religioso de quinta-feira, o Idul Adha, dia do sacrifício para os muçulmanos.

A Fretilin, sem surpresa, votou contra o OGE apresentado na terça- feira ao parlamento pelo primeiro- ministro, Xanana Gusmão.

O maior partido timorense, na oposição, continua a não reconhecer a legitimidade do IV Governo Constitucional, formado pela Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) a 08 de Agosto de 2007.

Maior surpresa registou-se na bancada do PUN, partido que elegeu três deputados nesta legislatura e cuja líder, Fernanda Borges, se absteve na votação, enquanto outro deputado do partido votou a favor da Proposta de OGE da AMP.

No OGE defendido por Xanana Gusmão como o do «ano da reforma», o total estimado de receitas (petrolíferas, não petrolíferas, verbas dos parceiros de desenvolvimento e outras receitas não fiscais) é de 1.385 milhões de dólares norte-americanos (962 millhões de euros).

As dotações orçamentais totalizam um montante de 348,1 millhões de dólares (241,8 milhões de euros) e, excluindo os órgãos autónomos, de 333,7 milhões de dólares (231,9 milhões de euros).

Das diferentes dotações, 48 milhões de dólares são para Salários e Vencimentos (33,3 milhões de euros) e 144,2 milhões de dólares para Bens e Serviços (100 milhões de euros), uma fatia do OGE especialmente criticada pela oposição).

A dotação para Capital Menor é de 23,9 milhões de dólares (16,6 milhões de euros) e de 68 milhões de dólares (47,2 milhões de euros) para Capital de Investimento.

O OGE contempla ainda uma dotação de 63,8 milhões de dólares (44,3 milhões de euros) para Pagamentos de Transferências Públicas.

Para 2008, o montante de transferências do Fundo Petrolífero, outro dos pontos recorrentes do debate orçamental, não pode exceder 294 milhões de dólares (204 milhões de euros).

«Demasiada prudência é uma contradição», explicou Xanana Gusmão na abertura do debate, a propósito do Fundo Petrolífero, ao mesmo tempo que elogiou a gestão feita pelos governos anteriores dos recursos do Mar de Timor.

«Não vamos fazer do Fundo do Petróleo uma bandeira política», garantiu o primeiro-ministro, anunciando, porém, que o governo pretende introduzir em 2008 alterações às regras do fundo.

Timor-Leste: Futura geóloga formada em Coimbra quer riquezas naturais ao serviço do país

Maria do Céu Sérgio (texto) e Paulo Novais (fotos), da Agência Lusa
Expresso, 14:26 Quarta-feira, 19 de Dez de 2007

Coimbra, 19 Dez (Lusa) - O primeiro timorense diplomado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai ser uma geóloga que sonha usar o "canudo" para que Timor-Leste beneficie do petróleo e de outras riquezas locais.

A estudar em Coimbra e sem ter voltado ao país natal há seis anos, Norberta Soares da Costa está agora a um passo de completar a licenciatura em Geologia na FCTUC, faltando-lhe apenas uma cadeira para a terminar.

Quando isso acontecer, no início de 2008, a jovem realizará o sonho que acalenta desde que decidiu tirar este curso e que a motivou na escolha de Geologia: desenvolver a sua actividade profissional em Timor-Leste, tudo fazendo para que os ganhos financeiros do petróleo e outras riquezas naturais da sua terra ali permaneçam e sejam usadas para diminuir a pobreza.

"Estou um bocado triste com a realidade actual, temo que os timorenses sejam afastados das decisões sobre a exploração dos recursos naturais do país", disse hoje a finalista da FCTUC à agência Lusa.

Sempre sorridente e bem disposta, a jovem de 26 anos refere que os recursos naturais "são muito importantes para o povo timorense e para o seu futuro".

"Há poucos timorenses a trabalhar nessas áreas, receio que essas riquezas sejam retiradas aos timorenses", referiu.

Norberta explicou à Lusa que, no início da década, a decisão sobre o curso superior que iria tirar foi inspirada numa sugestão de um seu professor do Colégio de S. José de Balide, em Dili, ao alertar, precisamente, para a escassez de timorenses no sector petrolífero.

"Fiquei com essa ideia. 'Mas como vou lá chegar?', pensei. Informei-me e, quando concorri à bolsa, Geologia foi a minha primeira opção", adiantou.

Agora, seis anos volvidos, está prestes a concretizar o sonho de obter um curso universitário e espera, com o "canudo", dar corpo a outra aspiração, que é a de pôr essa formação superior ao serviço de Timor-Leste.

Ao contrário do que se passa no país que adoptou durante estes seis anos, em que a ameaça do desemprego paira sobre os recém-licenciados, a jovem timorense acha que não vai ser difícil encontrar trabalho quando regressar a Dili, tendo em conta a falta de quadros no país.

Norberta integrou um grupo de cerca de 300 jovens timorenses que, em 2001, vieram estudar para Portugal.

"Calhou Coimbra, não foi uma escolha minha, mas fiquei contente: o meu pai conhecia a história da cidade e da Universidade", confessou.

Integrou-se num grupo de alunos que iniciou o curso de Geologia em 2002/2003 e incluía jovens de África (Angola), Ásia e Europa, o que lhe valeu a designação de "o ano dos três continentes".

Beneficiando de uma bolsa do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Norberta realizou a sua formação na FCTUC, faltando-lhe apenas a cadeira de Física I, do 2º ano, para obter a licenciatura.

"Se tudo correr bem, quero voltar para Timor-Leste", explica a jovem, que não esconde, contudo, o gosto que teria de aprofundar a sua formação fazendo, nomeadamente, o mestrado em Geologia do Petróleo, uma iniciativa pioneira da FCTUC apoiada pela empresa Petrobrás.

Prestes a abandonar Coimbra - embora não dê como garantida já a conclusão do curso - Norberta refere que a experiência na cidade universitária foi muito positiva, apesar das dificuldades iniciais relacionadas com as diferenças culturais, climáticas e gastronómicas e da barreira derivada do seu desconhecimento inicial da língua portuguesa.

"Estou muito feliz com as amizades que fiz aqui e como o apoio que tive dos colegas, professoras e pessoas mais próximas", expressou a jovem.

Ultrapassadas as dificuldades do curso e a pressão gerada pela necessidade de manter a bolsa, Norberta diz que se integrou na vida académica coimbrã com gosto e, quando sair de Coimbra, em 2008, vai deixar para trás muitos amigos e levar bastantes saudades.

Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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