sexta-feira, junho 23, 2006

Substituição Alkatiri é uma das soluções, reunião sábado - FRETILIN

Lisboa, 23 Jun (Lusa) - A renúncia de Mari Alkatiri à chefia do governo e a sua substituição por outro dirigente da FRETILIN é "uma das soluções" que está a ser equacionada pelo partido e deverá ser decidida sábado, indicaram fontes partidárias.

Segundo várias fontes da Comissão Política Nacional (CPN) e do Comité Central da FRETILIN contactadas telefonicamente pela Lusa, a possível substituição de Mari Alkatiri "está a ser estudada" como uma saída para a crise, devendo a decisão ser tomada na reunião de sábado do Comité Central do maior partido timorense.

Entre as outras opções estão a demissão em bloco de todo o governo e a proposta já confirmada quinta-feira pelo próprio Mari Alkatiri, da sua permanência no governo e a nomeação de dois vice- primeiro-ministros, disseram as fontes.

"São soluções para a crise. A reunião do Comité Central vai decidir. O PR tornou a sua posição muito clara e o CC amanhã (sábado), vai decidir", afirmou um responsável da Comissão Política Nacional do partido, que pediu o anonimato.

O cenário da renúncia de Mari Alkatiri parece, no entanto, ser o que "tem mais pernas para andar", segundo a mesma fonte.

Dois dos responsáveis máximos da FRETILIN, o presidente Francisco Guterres (Lu'Olo) (também presidente do Parlamento Nacional) e o membro do Comité Central Estanislau da Silva (ministro da Agricultura) estiveram hoje reunidos com Xanana Gusmão para analisar a situação.

Segundo uma fonte do partido, nesta reunião "não foi apresentada nenhuma solução como certa", mas os dois responsáveis apelaram "à compreensão de Xanana Gusmão" para que este deixe que "o Comité Central analise a situação e decida o que fazer".

"O encontro foi muito bom, sem hostilidades. O PR quer uma decisão clara da FRETILIN e essa foi a mensagem que foi transmitida", explicou a fonte.

"Ficamos muito satisfeitos pelo facto de ele ter recebido muito bem o presidente do partido, da conversa ter decorrido muito bem", sublinhou a mesma fonte.

A agência Lusa não conseguiu contactar Lu'Olo e Estanislau da Silva recusou qualquer comentário sobre o encontro ou sobre a posição do seu partido "até à reunião do Comité Central".

Depois da reunião com Xanana Gusmão, Lu'Olo esteve reunido com o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, na sua residência no bairro do Farol em Díli.

O cenário da renúncia de Alkatiri e da sua substituição por um outro dirigente do partido foi hoje dada como certo pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos-Horta, numa reunião com o corpo diplomático acreditado em Díli, segundo uma fonte diplomática.

Em declarações à Lusa, a fonte afirmou que José Ramos-Horta, comunicou que há um entendimento político sobre a demissão do primeiro- ministro, Mari Alkatiri.

"O ministro Ramos-Horta comunicou ao corpo diplomático que há um entendimento para a renúncia do primeiro-ministro", disse a fonte, que solicitou o anonimato.

Uma segunda fonte diplomática contactada pela Lusa reiterou a informação, afirmando que o cenário da renúncia de Mari Alkatiri "não foi apresentado como alternativa, mas como a única solução".

O secretário-geral dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Nelson Santos, afirma, no entanto, que o cenário da demissão de Mari Alkatiri não foi apresentado como certo pelo chefe da diplomacia timorense.

Segundo Nelson Santos, que participou na reunião de hoje de José Ramos-Horta com o corpo diplomático, "falou-se da situação em geral e de todos os cenários possíveis para resolver a crise".

"Esse cenário foi um dos apresentados como possível para resolver a crise", disse à Lusa.

ASP.

Solução adiada..

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Amanhã depois da reunião do Comité Central, saberemos qual a solução para este impasse.

Confiamos no sentido de responsabilidade de Mari Alkatiri.


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Manifestantes dispersam

Os manifestantes começam a sair da frente do Palácio do Governo.

Chefe missão da ONU em Díli apela a Xanana para não se demitir

Lisboa, 23 Jun (Lusa) - O chefe da missão da ONU em Timor- Leste (UNOTIL) apelou hoje ao presidente timorense, Xanana Gusmão, para não se demitir, afirmando que a sua permanência no cargo é "indispensável para a manutenção da paz e estabilidades" no país.

Em comunicado, Sukehiro Hasegawa explica que comunicou esse apelo directamente a Xanana Gusmão num encontro que mantiveram hoje à tarde (hora local), no Palácio das Cinzas, sede da Presidência timorense.

"O presidente expressou a sua apreciação pelo apelo (Ó) e por um telefonema que recebeu hoje de manhã do secretário-geral da ONU, mas reiterou a sua intenção firme de apresentar uma mensagem de demissão ao Parlamento Nacional se o PM, Mari Alkatiri, não se demitir", lê-se no comunicado divulgado na página da UNOTIL na Internet.

Numa mensagem preparada por Hasegawa para ser difundida na Rádio Nacional de Timor-Leste, o chefe da ONU no país apela a todos os timorenses para que "rejeitem tentativas de dividir a nação".

"A manutenção da unidade nacional é vital", diz Hasegawa na mensagem.

Xanana Gusmão, numa mensagem ao país na quinta-feira, ameaçou demitir-se hoje se o primeiro-ministro não o fizer, mas Mari Alkatiri mostrou-se irredutível na sua decisão de se manter na chefia do Governo.

Na mensagem ao país, Xanana Gusmão responsabilizou Alkatiri pela crise que o país atravessa, considerando que está em causa a sobrevivência do Estado de direito democrático, e afirmou que sente "vergonha" pelo que o Estado está a fazer ao povo.

Em reacção à posição assumida pelo Presidente da República, Mari Alkatiri rejeitou peremptoriamente a possibilidade de se demitir, justificando em declarações à Lusa que, perante uma situação "tão complexa", "uma decisão precipitada pode complicar ainda mais as coisas".

ASP.

Lusa/Fim

"Ganhámos esta guerra", afirma Xanana sem adiantar solução crise

Díli, 23 Jun (Lusa) - O presidente timorense disse hoje a milhares de manifestantes concentrados em frente ao Palácio do Governo em Díli que a "esperteza" do povo permitiu ganhar "esta guerra", mas sem precisar ou adiantar qualquer solução para a crise.
"Falhámos em garantir a vossa estabilidade, mas com a vossa esperteza ganhámos esta guerra", afirmou Xanana Gusmão, perante o entusiasmo dos manifestantes, que exigem a demissão do primeiro- ministro, Mari Alkatiri.

No entanto, Xanana Gusmão não avançou qualquer solução para a crise política em Timor-Leste, nem se referiu à ameaça, feita quinta- feira, de resignar hoje ao cargo se Mari Alkatiri não se demitir.
EL.
Lusa/

Manifestantes passam por casa do PM Alkatiri exigindo demissão

Díli, 23 Jun (Lusa) - Manifestantes em caravanas automóveis, vigiados p or militares australianos, dirigiram-se hoje para a zona da residência do primei ro-ministro timorense, Mari Alkatiri, no bairro do Farol, em Díli, para exigir a sua demissão, mas sem registo de incidentes.

A passagem das caravanas começou a fazer-se a partir da parte da tarde (hora local), mas cerca de 3 mil pessoas continuam concentradas defronte do Palá cio do Governo.

Os manifestantes que durante a manhã se tinham concentrado defronte do Parlamento, passaram da parte da tarde para a frente do Palácio do Governo, tent ando aumentar a pressão sobre o governo e onde efectivos australianos asseguram a segurança da área.

A marginal defronte da entrada principal do parque que conduz ao Paláci o do Governo está praticamente lotada com os manifestantes, que empunham cartaze s com dizeres anti-governamentais, na maioria, mas também com inscrições a sauda r Xanana Gusmão e a presença no país das forças militares internacionais.
EL.

Xanana fala a milhares manifestantes junto Palácio Governo

Díli, 23 Jun (Lusa) - O presidente timorense, Xanana Gusmão, deslocou-s e hoje ao Palácio do Governo, em Díli, para falar a milhares de manifestantes qu e ali se encontram a exigir a demissão do governo.

Acompanhado pela mulher, Kirsty, e pelos seus seguranças, Xanana Gusmão foi saudado efusivamente pelos manifestantes.

EL.

Entendimento para demissão de Alkatiri - fonte diplomática

Díli, 23 Jun (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, J osé Ramos-horta, comunicou hoje ao corpo diplomático em Díli que há um entendime nto político sobre a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, disse à Lusa fonte diplomática.

"O ministro Ramos-Horta comunicou ao corpo diplomático que há um entend imento para a renúncia do primeiro-ministro", disse a fonte, que solicitou o ano nimato.

A decisão só deverá ser formalizada sábado, depois de uma reunião do co mité central da Fretilin, com o partido maioritário a indicar um novo nome para a chefia do governo, acrescentou a mesma fonte, citando a informação transmitida por Ramos-Horta.

A reunião de José Ramos-Horta com o corpo diplomático decorreu no Palác io do Governo.
EL.

Do Bloguitica

Sexta-feira, 23 de Junho de 2006. O dia mais longo das suas vidas. Mais um. Ao ponto a que a situação chegou já pouco espaço resta para que se possa recuar salvando a face. Infelizmente, o braço de ferro só terá vencidos. Mesmo o vencedor, seja ele quem for, já perdeu. Espaço político. Credibilidade.

Austrália, Indonésia e Portugal repetem até à exaustão que deverão ser os timorenses a encontrar uma solução para os seus problemas. Sim, é verdade. Mas não sei se não seria útil equacionar também a possibilidade de se enviar um mediador internacional de reconhecido prestígio e acima de qualquer suspeita de favorecimento de uma das partes. A ONU facilmente encontraria uma mão cheia de nomes que seguramente aceitariam o desafio. Bill Clinton, por exemplo, seria uma excelente opção.

Dos leitores

Kofi Annan está «decepcionado»

Kofi Annan admite enviar uma missão reforçada da ONU para Timor-Leste. Koffi Annan voltou a afirmar-se muito desiludido com este país que as Nações Unidas ajudaram a nascer. Um jurista da Plataforma de Juristas para Timor fala em «choque de legitimidades» e pede que se respeite a democracia no país.

( 17:59 / 22 de Junho 06 )


O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, afirmou hoje em Genebra que «o que se passou em Timor-Leste foi uma grande decepção para todos», indicando que a organização poderá enviar uma missão reforçada para aquele país asiático.

O secretário-geral considera que esta crise tem sido mal gerida, não só pelas entidades governamentais mas também pela polícia. Annan considera ainda que houve um choque de personalidades.

«A ONU ajudou a criar uma nova Nação», disse Annan durante uma conferência de imprensa em Genebra, onde assistiu à abertura das sessões do novo Conselho dos Direitos Humanos e a uma reunião da Conferência do Desarmamento.

Também José Manuel Pureza, da Plataforma de Juristas para Timor, fala em choque de legitimidades. Este jurista teme que este confronto profundo entre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri possa conduzir novamente à violência.

«Receio que este confronto venha a assumir, como assumiu recentemente, um rosto violento. E é muito importante arranjar mecanismos de arbitragem», afirmou.

«Mas a questão mais importante e saber se neste choque de legitimidades se vai optar por esmagar uma em favor da outra, ou se se vai respeitar a democracia e o voto do povo que tanto votou no Presidente como no Primeiro-ministro», acrescenta Manuel Pureza.

Dear Friends of East Timor

We have received over the past 2 days some very disturbing reports from Timor-Leste regarding the Australian Government's deployment of our Defence forces throughout Timor-Leste.

It appears that our government has decided without explanation to us or indeed the Timorese people that our troops are now to undertake roles outside of their original PEACEKEEPING role.

It is important for all parties to the conflict and for the ADF's reputation as peacekeepers that they remain neutral and not be used for political purposes.

Minister Nelson and Minister Downer it seems need to be reminded that we strongly oppose the politicisation of our ADF and we demand honest answers to questions concerning their role in Timor-Leste eg:

* how many ADF personel are currently in Timor -Leste and for what purposes?
* did the government of Timor-Leste request the Australian Government to build a base in Timor to station 3000 of our forces for the next 2 years?

* why is it taking so long for the various rebel groups to be disarmed and what is the ADF relationship with these armed rebels?

* why is the coalition of international peacekeepers under ADF command unable to stop the burning of homes and government buildings in Dili ?

* is it true that ADF is now stationed in the district of Los Palos? If so,why and under whose authorisation? and why are our soldiers currently patrolling villages in Los Palos?

* is it true that ADF is attempting to influence local politics eg questioning Timorese citizens about their support for FRETILIN including referring to PM Alkatiri as the "ex-PM" and treating citizens in a rough and intimidatory manner?

* why was the Timorese flag replaced by the Australian flag at Ministry of Education compound in Vilaverde?

* is it true that the Australian government does not support the deployment to Timor-Leste of an UN multinational peacekeeping force which is not under ADF command?

For your information I'm attaching a letter sent to politicians yesterday regarding Australia's role in Timor- Leste. Should you wish to add your voice to growing community of concern please contact your local Federal MP and Ministers:

Minister Nelson: B.Nelson.MP@aph.gov.au
Minister Downer: A.Downer.MP@aph.gov.au


With thanks

in solidarity for an independent, democratic and peaceful Timor-Leste
Deborah Durnan
Email: djdurnan@bigpond.com



22 June 2006

Hon Dr Brendan Nelson MP
Minister for Defence
Parliament House
Canberra ACT

Dear Dr Nelson

I am deeply disturbed about Australia’s role in the current crisis in East Timor.

My concern was first sparked by the Prime Minister’s assertion that the Timor L’este Government had been ‘poorly governed’. This is despite many accolades for the Timor L’este Government’s performance from the donors group and even the World Bank, amongst others.

My understanding of their achievements include setting up the Petroleum Fund in a way that minimises the risk of plunder (something I though the Australian Government would support), negotiating international deals to ensure the training of significant numbers of doctors in Cuba at Cuba’s expense, avoiding the third world economic trap of debt, etc. Where the poor governance has been is a mystery to me. Maybe you can provide specific details that warranted the Prime Minister’s comments?

My second wave of concern was seeing Australian military personnel watch whilst looters took goods from a government warehouse – it was only when Portuguese police appeared that the looting was stopped – but mostly too late.

Thirdly, has been the way the rebel soldiers have been treated by the Australian media, and some well informed sources have claimed that this is coming from the Australian embassy briefings to them.

Now it has been alleged (by an observer in Dili) that the Australian military are playing an active role in encouraging people to oppose the Prime Minister, Dr Mari Alkatiri, and even referring to him as the ‘ex-Prime Minister’. These reports were current as of yesterday.

What were two Australian helicopters doing visiting Lospalos on June 9th this year? Reports from locals say that they tried to tell people there to oppose the Prime Minister.

What other places have Australian personnel visited?

Why have they visited?

Is it true that they have been attempting to influence local East Timor politics?

Further, why did Australia (along with the US) oppose the extension of UN role in Timor L’este as requested by the Alkatiri Government a matter of days before you sent troops to Darwin in case they were needed in Dili?

Why has the Australian Government failed to call for rebel soldiers to disarm and return to barracks, and for all parties to support the constitutional and democratic processes in this fledgling democracy? For the Australian Government to support any other position risks creating a country that flares into violence whenever someone dislikes a Government decision or policy.

It will be a very sad day for Australia and our region if we end up behaving like the bully boy ugly Australian in the image of the USA in central and South America over the years.

I look forward to your response.


Yours sincerely
Ben Bartlett

Cc
Hon Alexander Downer, Minister for Foreign Affairs
Hon Kim Beazley, Opposition Leader
Kevin Rudd, Shadow Minister for Foreign Affairs
Robert McClelland, Shadow Minister for Defence
Warren Snowden MP Shadow Parliamentary Secretary for Northern Territory & Indigenous Affairs
Senator Bob Brown, Leader of Australian Greens
Senator Kerry Nettle, Australian Greens

Dos leitores

I think I have made it quite clear why it is in my opinion in the best interest of Timor that the Prime Minister should not resign or even be forced to resign in such circumstances as mentioned before.
You insist that the PM should resign as to allow for an investigation to run its course and in due time should he be cleared of allegations be reinstated. This is undoubtedly impractical as any investigation will be made into the crisis. This investigation should look into allegations of a coup, into why Alfredo instigated the confrontations between the rebels and FFDTL. So there runs the risks of a gross miscarriage of justice should the PM resign for an investigation that until now has no basis.

If you did not read my previous statement one reason I gave for the PM not to step down for an investigation at this time being is that allegations in Timor are quite dubious in nature if you consider there was allegations of 60 bodies buried in Tasi Tolu to which no evidence exist to substantiate this claim.

If the PM stood down for that allegation then reinstated and now he will have to step down and later be reinstated should these allegation turn out to be false.

The country faces serious problems and it needs the cooperation of all sides of the issue and if the President insists on the PM’s resignation without any real principle authority, Timors democracy and constitution will be futile.

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Blocked by the Australian military

Australia - Peacekeeper or Petroleum Predator
Kalinga Seneviratne , Jun 23, 2006 @ 02:36 GMT


In 2005, the Alkatiri government was reported to have entered into negotiations with Petro China to build oil refining facitilies in East Timor, which would undermine Australian plans to build a refinery in the northern Australian city of Darwin to process all Timor Sea oil from both sides of the border. East Timor president Xanana Gusmao was to visit China this month to cement the deal, but this has been blocked by the Australian military.
SYDNEY, Jun 22 (IPS) - A two month old rebellion by sacked army officials and police deserters in East Timor, one of the world's newest and poorest countries, has resulted in an Australian-led "peacekeeping" force arrival in its capital Dili, and a media-supported push for ‘regime change'.

Prime Minister Mari Alkatiri, a Muslim leading a predominantly Catholic country, is the leader of the Fretilin Party which fought for independence from Indonesia for over two decades, and which won a landslide victory in the first legislative elections in 2001.

In Australian media reports, which in turn influence regional and international reporting of the issue, the crisis in East Timor is painted as an internal power struggle where an "unpopular" Prime Minister is opposed by a peoples' movement. The words "oil" and "gas" are hardly mentioned in these reports, even though this is at the heart of the Australian intervention.

The history of East Timor independence is also the history of Australian policy flip-flops and attempts to lay hands on the vast oil deposits in the surrounding seas, now valued at over 30 billion US dollars. Yet, Australia has always painted its support for East Timorese independence as a "human rights" or "humanitarian" mission. Even today the media reporting here reflects that.

Speaking on ABC Radio recently, James Dunn an advisor to the United Nations Mission in East Timor (UNMET) in 1999, described Alkatiri as a "politician who had close relations with the people" and added that he is also an efficient worker and a good bureaucrat, but not an "easy person to deal with".

It is his tough stance negotiating East Timor's rights to its oil and gas reserves with Australia over the past 5 years which has earned him the wrath of the Australian government -- which has tried to bully its poor neighbour into submitting to Canberra's ambitions to control exploration and exploitation of these natural resources.

Rob Wesley-Smith, spokesman for a Free East Timor believes that Alkatiri has dictatorial tendencies and Fretilin has become corrupted, but, he blames the government of Australian Prime Minister John Howard for precipitating the crisis by "abrogating since 1999 all the disputed oil revenue of around 1.5 billion dollars to Australia".

"Despite this area being disputed, almost certainly under UNCLOS (UN Commission for the Law of the Sea) rules, it belongs to East Timor" he told IPS, adding that television images of Australian troops who arrived in Dili where they stood by watching as looting and burning went on made him wonder, if it was a part of a sinister plot by Canberra to declare East Timor a failed state "so that they could control the Timor Sea (oil) theft".

Wesley-Smith pointed out that while Australia took almost 1.5 billion dollars in royalties from the disputed oil fields in the Timor seas since 1999, they have given back approximately 300 million dollars in aid over the same period, thus making it dependent.

Australian academic Helen Hill, author of ‘Stirring of Nationalism in East Timor", argued in a recent newspaper article that the reason Alkatiri is hated by the Canberra establishment is because, while being the only East Timorese leader standing up to Australian government bullying tactics, he has also been building links with Asian countries like China and Malaysia, Cuba, Brazil and former colonial power Portugal to help diversify East Timor's economic ties.

"He is an economic nationalist," notes Hill. "He hopes a state-owned petroleum company assisted by China, Malaysia and Brazil will enable Timor to benefit from its own oil and gas, in addition to revenue it will raise from the areas shared with Australia"..

Alkatiri has also spoken out against privatisation of electricity and managed to set up a "single desk" pharmaceutical store, despite opposition from the World Bank. He has also refused to take conditional aid from the World Bank and the IMF, invited Cuban doctors to serve in rural health centres and help in setting up a new medical school, abolished primary school fees and introduced free mid-day meals for children. All these, and the fact that he was educated and spent 24 years in exile in Marxist Mozambique have been cited by opponents in Australia as hallmarks of a communist leader.

In contrast, the rebel leader Major Alfredo Reinado, a former exile in Australia is believed to have been trained at the national defence academy in Canberra, and Australia's preferred candidate for the prime ministership foreign minister Ramos Horta set up the diplomatic training programme in Sydney during his years of exile in Australia.

Speaking on ABC-TV this week, Horta argued that East Timor cannot "afford this increasing loss of credibility of the government and poor image of the country", thus Alkatiri should step aside in the interests of his own party. Dismissing allegations made in the same programme that he has armed Fretilin members to eliminate his opponents, Alkatiri said he is under no pressure to resign and he will not do so.

The current campaign against Alkatiri reeks of policy flip-flops of successive Australian governments on East Timor since 1975 attributed to its desire to control the Timor Gap oil and gas resources.

After supporting the Indonesian annexation of 1975, in 1989 Australia and Indonesia signed the Timor Gap Treaty (TGT) to share the resources in the area. The UN Transitional Authority in East Timor declared the TGT illegal and in 2001, Australia signed a MOU with the UN authority to allow continued oil exploration in the region.

But, just before East Timor became full a independent state in 2002, the Howard government announced that it would no longer submit to maritime border rulings by the World Court an act which Alkatiri described at the time as "unfriendly" and "tying the hands" of the incoming government.

Since then, Alkatiri has had a series of heated arguments with Australia's foreign minister Alexander Downer over the issue. After bitter negotiations, in January Alkatiri was able to get Canberra to agree to a 90-10 share in East Timor's favour, of the proceeds from the Greater Sunrise field. That was after agreeing not to proceed for at least 40 years with East Timor's claim to the disputed sea under the UNCLOS convention, by which time most of the oil and gas in the area would be exhausted.

In 2005, the Alkatiri government was reported to have entered into negotiations with Petro China to build oil refining facitilies in East Timor, which would undermine Australian plans to build a refinery in the northern Australian city of Darwin to process all Timor Sea oil from both sides of the border. East Timor president Xanana Gusmao was to visit China this month to cement the deal, but this has been blocked by the Australian military.

Sydney University political scientist Tim Anderson believes that the Howard government plans to impose a "junta' on East Timor led by Horta and an ailing Gusmao, which would also include Catholic bishop nominees. "Presence of occupying (Australian) troops till next year's election might seriously undermine Fretilin's dominant position" he notes.

(END/2006)

Renúncia de Xanana pode provocar uma guerra civil

DN
23.06.06
Armando Rafael

Timor-Leste pode estar à beira de uma guerra civil. É isto que resulta das declarações que ontem foram proferidas pelos principais dirigentes timorenses. A começar por Xanana Gusmão, que, aparentemente, só se antecipou àquilo que a Fretilin se preparava para lhe dizer. Ou seja, que não cederia às suas pressões e que o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, iria continuar. Com ou sem o beneplácito do Presidente.

Encostado à parede pelas declarações que José Reis fez no final da Comissão Política Nacional da Fretilin e que depois foram de alguma forma repetidas pelo próprio Alkatiri, Xanana passou ao ataque, dirigindo-se ao país pela rádio e pela televisão. Tendo, previamente, feito distribuir duas versões do seu discurso: uma em português e a outra em tétum. Só que a versão em tétum é a que contém a sua ameaça de renunciar hoje ao cargo de Presidente da República, caso o primeiro-ministro não tome a iniciativa de se demitir, uma hipótese que Mari Alkatiri já recusou por diversas vezes. Contando, para o efeito, com o apoio do seu partido, que é largamente maioritário no Parlamento.

Seja como for, a opção do Presidente só contribuiu para radicalizar - ainda mais - as posições dos principais protagonistas desta crise. Sem que se perceba quais são as saídas que ainda restam e quem é que poderá assumir o papel de mediador.

Com a Igreja Católica e o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Ramos-Horta, remetidos ao silêncio, o que pode querer dizer tudo ou nada, restam os estrangeiros.

Nomeadamente Portugal, a Austrália e a ONU, numa altura em que Kofi Annan se prepara para enviar novamente Ian Martin a Díli.

Mas quando Xanana diz, como fez ontem no seu discurso, que não reconhece legitimidade aos dirigentes eleitos pelo recente congresso da Fretilin, que saídas é que ainda existem? E quando o Presidente acusa o primeiro-ministro e o Governo de instrumentalizarem a polícia e de terem tentado fazer o mesmo com as forças armadas, o que se pode esperar? E que dizer da expressão - "os esfomeados do poder" - que Xanana Gusmão utilizou para designar quem exerce a acção governativa?

As próximas horas serão por isso decisivas. Com centenas de armas à solta, qualquer incidente pode, de um momento para o outro, transformar o país num caos. Sem que se perceba o que sucederá depois.

Se Xanana Gusmão renunciar hoje ao cargo de Presidente da República, será substituído pelo presidente do Parlamento. E da Fretilin. Ou seja, um dos tais "ilegítimos".

Se o Presidente optar por demitir Alkatiri, já sabe, à partida, que a Fretilin chumbará todos os governos de iniciativa presidencial. O que poderia levar à dissolução do Parlamento e à convocação de eleições sem que exista legislação adequada ou ambiente para campanhas eleitorais.

Como sair deste impasse sem que a Constituição seja suspensa?

Será que a reunião que Xanana e Alkatiri tinham marcada para hoje ainda se concretizará?

Todos os manifestantes vão dar a Díli.

Malásia vai enviar mais 250 polícias para o país

Kuala Lumpur, 23 Jun (Lusa) - O governo malaio vai enviar mais 250 polícias para Timor-Leste na próxima semana para ajudar a manter a ordem pública no país, abalado por uma crise política, revelou hoje a agência oficial de notícias "Bernama".

O envio de mais agentes de segurança, a maioria dos quais pertence às Forças de Operações Gerais e ao departamento especializado em controlar distúrbios, terá lugar na próxima quinta-feira, segundo o inspector-geral da polícia malaia, Mohamed Bakri Omar.

"Vamos ajudar de todas as formas necessárias. É nossa missão fazer funcionar de novo a polícia timorense em Díli e tornar a capital segura", explicou Mohamed Bakri, após uma reunião conjunta entre as Forças Armadas e a Polícia.

Os polícias vão juntar-se aos 333 efectivos já destacados na capital timorense, assinalou o inspector-geral.

LMP.

Dos leitores

A minha oração em têtum para os padres de Dili...

Amu-lulik sira iha igreja

Amu-lulik sira iha Igreja
Tulun ema atu hahii paz iha rai-laran
Halo Ita-nia matenek to'o mai ami
Haraik tulun ba ema atu tuir Cristo nia hakarak
Iha Delta-Comoro nu'udár iha Motaél
Ohin ne'e haraik ai-han loroloron nian mai ami
Haraik paun-fuan ruma mai ami kabun
Nu'udár ami fó-ezmola domingu-domingu iha igreja
Labele mete resik iha polítika
Maibé hasai ami srani sira husi buat aat
Amen...

Dos leitores

Reacções à hipótese de Xanana se demitir

Já muitas personalidades se manifestaram contra a hipótese avançada por Xanana Gusmão de se demitir, já amanhã, se o Primeiro-ministro não assumir as suas responsabilidades.

22-06-2006/15:03

O antigo comissário para o apoio à transição do país mostra apreensão pela situação no território. O Padre Vítor Melícias sublinha que a demissão do Presidente seria, neste momento, o pior dos cenários em Timor-Leste.

Também Mário Carrascalão, líder do principal partido da oposição timorense (PSD), considera que Xanana Gusmão não pode sair da presidência, pois isso significaria o desmoronar do país.

Na opinião de Ângelo Correia, comentador de política internacional, o Presidente timorense está a avançar por um caminho que não terá resultados práticos. O poder de Xanana Gusmão em Timor é, para Ângelo Correia, diminuto, pois quem domina o território é a FRETILIN. O Presidente apenas conseguiria alterar o actual estado das coisas, através de uma mudança significativa da Constituição.

Por cá, o Governo português recusa comentar a situação, dizendo o gabinete do Ministério dos Negócios Estrangeiros que essa é uma questão interna timorense, na qual o Portugal não deve imiscuir-se.

Recorde-se que o Primeiro-ministro Mari Alkatiri já garantiu na Renascença que não tenciona demitir-se. As próximas horas dirão se Xanana avança com a ameaça de ele próprio abandonar a presidência da República de Timor-Leste.

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Link desta notícia:
http://www.rr.pt/noticia.asp?idnoticia=168564

Embaixada de Portugal reiterou conselhos de prudência

Díli, 23 Jun (Lusa) - A Embaixada de Portugal em Díli reiterou hoje, num SMS enviado aos cidadãos portugueses, os conselhos para serem prudentes na circulação na capital timorense, e exortou ainda a que se afastem dos locais e arredores das manifestações em curso.
"Mantém-se recomendação último SMS. Reitera-se cuidados (na) circulação nocturna, redução ao indispensável e afastamento (de) locais e arredores de manifestações", é a informação enviada por SMS aos cerca de 200 cidadãos portugueses registados no Consulado de Portugal que se encontram em Timor-Leste.
O SMS deve-se à realização de manifestações na capital timorense, designadamente junto ao Palácio do Governo e Parlamento, onde estão concentrados cerca de 4 mil pessoas que exigem a demissão do primeiro- ministro Mari Alkatiri.
Desde a tarde de quinta-feira e até hoje de manhã, entraram em Díli cerca de 150 viaturas, provenientes de distritos do interior para apoiar o Presidente Xanana Gusmão e pressionar o primeiro-ministro Mari Alkatiri a demitir-se do cargo.
O SMS hoje enviado aos cidadãos portugueses recorda que se mantém em vigor o que foi enviado a 27 de Maio, que aconselha as pessoas a permanecer nas respectivas residências.
A Lusa testemunhou hoje a acção das tropas australianas frente ao Palácio do Governo, onde tentam manter os manifestantes no perímetro exterior.
Muitos cartazes insistem na exigência da demissão do governo e, nalguns casos, escritos em inglês, saúdam as forças internacionais.
Num deles, pode ler-se "We are ready to die if Xanana resigns" (Estamos prontos a morrer se Xanana se demitir).
As ruas de acesso ao local são controladas por jovens do serviço de ordem da manifestação.
Numa mensagem quinta-feira ao país, e também dirigida aos "membros da FRETILIN", o partido maioritário no parlamento timorense, Xanana Gusmão anunciou que apresentará hoje a sua demissão se o primeiro-ministro e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, não se demitir.
EL.

Primeiro-Ministro reune-se com seus ministros

.O Primeiro-Ministro está reunido com os seus ministros.

Xanana demands that the people choose between himself and FRETILIN

Today the FRETILIN National Political Commission with 15 members met in the morning at the Government Palace in Dili to develop a response to President Gusmao's demand yesterday and the day before for the Prime Minister to resign. A meeting scheduled for the afternoon, between Dr Alkatiri and Lu-Olo for FRETILIN and President Gusmao, was postponed until tomorrow morning, at the request of the President, to allow him more time to consider the FRETILIN proposal. This proposal was to adopt ideas put forward the previous day by Foreign Minister Horta to create two Deputy Prime Ministers, but for Mari Alkatiri to continue as Prime Minister, addressing concerns about maintaining a competent government.

There were two media conferences – one by FRETILIN at 4pm, and one by President Gusmao at 5pm, where the President spoke for 90 minutes in what was an address to the nation. The address completely changed the agenda for the three person meeting planned for tomorrow morning, and probably cancelled it.

FRETILIN view

The FRETILIN NPC held a media conference at 4pm at its Comoro Headquarters, where Deputy General Secretary Jose Reis, Secretary of State for Region I, and Filomeno Aleixo, presented the broad views of FRETILIN on the crisis, but not the negotiating proposal put to the President.

The FRETILIN statement was a strong endorsement of Prime Minister Alkatiri and a strong call on President Gusmao to do more to unite the nation and support the government.

The statement began by asserting that Mari Alkatiri is the Prime Minister because he was elected to be FRETILIN General Secretary and because FRETILIN won a majority of votes and seats in the 2001 elections.

It asked all elements of Timor-Leste's sovereignty to uphold the sovereignty of Timor-Leste and its Constitution and to defend the dignity of the people of Timor-Leste, the 'Maubere people'.

It asserted that the institutions of sovereignty – the President, the Parliament, the Government and the Courts – have to resolve the crisis in a constitutional way.

FRETILIN asked the President as the Supreme Commander to guarantee the unity and stability of the nation through a constitutional solution that safeguards the fundamental democratic institutions of Timor-Leste.

FRETILIN said it would contribute to the solution by asking the President to work with them and all elements of the Democratic Republic of Timor Leste and all political forces in the country to:

disarm all civilian groups that have guns

suspend demonstrations

stop all types of violence

give political support to the government to carry out all institutional activities to guarantee that the 2007 elections take place.

FRETILIN rejects all allegations that guns were distributed to its Congress delegates, or were given to FRETILIN members.

FRETILIN did not accept political persecution of activists as happened under the Indonesian regime and says that Rogerio Lobato is being persecuted, despite all the sacrifices of his family, including the recent burning of five family members. FRETILIN, with all the people, asked all component institutions of the state not to mix up legal and political processes, as happened under the Indonesian regime.

It noted that there are several armed civilian groups, but in the media they only hear about the Rai'los group.

FRETILIN committed to work fully with the international investigation team.

It appealed to all members not to listen to rumours that divide the people of Timor-Leste and can destroy the nation all have built on so much blood and bones. It asked people to remain calm in all Districts, Sub-Districts, Sucos and villages.

President Xanana Gusmao's view

At his media conference, President Gusmao made a very long speech about FRETILIN and its history, speaking like an all-wise grandfather scolding a naughty child and denouncing the naughty child to the world. He covered very many points in the history of FRETILIN, but the hard points were stories of FRETILIN leaders fighting each other for power in the liberation war, and fighting for power and money now. He said that the election at the FRETILIN Conference for the positions of General Secretary and President by show of hands, was illegal and therefore undemocratic. He accused Mari Alkatiri of buying votes at the Congress. He gave FRETILIN one week to hold a special conference to properly elect a new leadership. This shifts the ground for the resignation demand from the untenable arms distribution charges against the Prime Minister, and makes it into a demand to the people to choose between him as the personification of national independence, and FRETILIN.

In the concluding paragraphs of his speech President Gusmao said that if FRETILIN did not make Mari Alkitiri take responsibility for the huge crisis in the country, then tomorrow he would send his resignation letter to parliament. This contradicts the call for a special conference of FRETILIN within one week. Then he said with bitterness, that if he resigned then Lu-Olo would be president and sign the laws which he and FRETILIN would then break. He sarcastically said that the government would go on repairing the holes in Dili's streets, and the Members of Parliament would go on voting to feed their own families.

This speech is in many ways a tragic performance by a leader destroying the roots of his own leadership. In practical politics it is a major escalation of the political combat between the President and FRETILIN, following the President's failure to obtain the Prime Minister's resignation in the last two days.

FRETILIN now has to regroup to focus on this new line of criticism and attack and new level of demand, and devise a response that involves its large membership in a process which holds on to the fundamental gains of the Constitution and democratic practice. The expected schedule of Cabinet meeting and FRETILIN Central Committee meeting and ongoing talks with the President will be adjusted, but provide some process for the collective response and hard talking which the President's speech requires. The one week deadline for a special FRETILIN conference provides a timetable.

This stand-off is likely to cause even greater fear among the population, which has been reassured enough in recent days to begin to slowly return from displaced peoples centres to homes. This is a people who should not and cannot be asked to choose themselves or themselves – Xanana or FRETILIN. Where the President has so publicly rejected FRETILIN, there is a real need to find a way for FRETILIN to engage with and somehow unite with Xanana again, a way which upholds the basic values of the national liberation struggle in this phase of national construction.

Peter Murphy
Dili, June 22, 2006

Dos leitores

Howard says Gusmao is "A Galvanising force". Howard has no idea. Yesterday's speech by President Gusmao has clearly made President Gusmao a divisive force. What a weak President.

He can't negotiate his way through a crisis so he has a tantrum and threatens to resign. East Timor is no longer in an independence struggle and as a result the President can't expect that his orders would be followed automatically. Now the East Timorese are trying to build a democratic society and the President needs to respect the constitution and the rule of law. He also has to recognise the authority of the elected Government of the People.

He can't just simply demand that a PM resign. One person should never have this right. To do this is undemocratic.

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Dos leitores

Howard says Gusmao is "A Galvanising force". Howard has no idea. Yesterday's speech by President Gusmao has clearly made President Gusmao a divisive force. What a weak President.

He can't negotiate his way through a crisis so he has a tantrum and threatens to resign. East Timor is no longer in an independence struggle and as a result the President can't expect that his orders would be followed automatically. Now the East Timorese are trying to build a democratic society and the President needs to respect the constitution and the rule of law. He also has to recognise the authority of the elected Government of the People.

He can't just simply demand that a PM resign. One person should never have this right. To do this is undemocratic.

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Howard defende que Xanana Gusmão é imprescindível para o país

Sydney, 23 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro australiano, John Howard, assinalou hoje que "é difícil acreditar que (o presidente) Xanana Gusmão não continue a ser o centro dos acontecimentos políticos de Timor-Leste", depois do chefe de Estado ter ameaçado demitir-se.
Xanana Gusmão ameaçou demitir-se caso o primeiro-ministro Mari Alkatiri não abandone o seu cargo.
"Gusmão conta com muito apoio em Timor-Leste e é uma personagem muito popular", afirmou Howard, em declarações à cadeia de televisão "Channel Nine".
O chefe do governo australiano, que destacou mais de 1.400 agentes da polícia e soldados para Timor-Leste, indicou que a crise timorense é agora de carácter político.
"A forma como (Gusmão) vai resolver as divergências com Alkatiri é um assunto que determinará o processo da democracia timorense, mas Gusmão foi uma figura com liderança que estimulou os assuntos do país durante muitos anos", manifestou Howard.
Depois de Xanana Gusmão ter ameaçado demitir-se, caso Alkatiri não o faça, milhares de manifestantes concentraram-se frente ao Palácio do Governo exigindo a demissão do primeiro-ministro.
A crise em Timor-Leste começou em Março após o afastamento de 600 militares - um terço de todos os efectivos -, que se manifestaram para pedir o fim de uma discriminação étnica no exército.
A impopularidade de Alkatiri acentuou-se após as denúncias de que depois desse protesto organizou uma milícia armada para eliminar os seus inimigos políticos, uma das razões pelas quais Xanaga Gusmão exige a sua demissão.
LMP.

Gusmao 'a galvanising force'

June 23, 2006
This article from : AAP

PRIME Minister John Howard has described East Timor's president Xanana Gusmao as a galvanising force across the troubled nation.

"Gusmao has a lot of support in East Timor, he's a very popular figure," Mr Howard told Channel 9 today.

Mr Gusmao has said he will resign today unless Prime Minister Mari Alkatiri steps down from office following riots and killings in the capital Dili.

"How he (Mr Gusmao) resolves his differences with Dr Alkatiri is a matter for the processes of East Timorese democracy but Gusmao has been a galvanising leadership figure in the affairs of that country for a very long time and I find it very hard to believe that he won't remain at the centre of political events," Mr Howard said.

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Dos leitores

Well done Martinkus.

Thank for telling the truth. This a rare quality within the australian media.
It'disgusting that Australian media has been playing his important role in this attempt of coup d'etat.

Conselho Ministros só voltará a reunir quando acabarem manifestações

Díli, 23 Jun (Lusa) - O Conselho de Ministros de Timor-Leste só voltará a reunir quando acabarem as manifestações junto ao Palácio do Governo, revelou à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro, que anunciou a anulação da reunião extraordinária prevista para hoje.

A reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que foi agendada quarta-feira, deveria ter começado às 09:00 horas de hoje (01:00 em Lisboa).

A Lusa testemunhou hoje de manhã que tanto o Palácio do Governo como o Parlamento, situado numa rua paralela, em frente à Universidade Nacional, estão rodeados de manifestantes, que controlam a entrada e saída de viaturas e motociclos no perímetro envolvente.

Militares australianos montaram um cordão de segurança aos dois edifícios, reforçado com patrulhas a pé.

EL.

Obrigado, Margarida.

Tradução:

The New Zealand Herald

Junho 22, 2006 Quinta-feira

John Martinkus: De conspirações de golpes e estrangeiros sombrios

O Primeiro Ministro de Timor-Leste acrescentou à escuridão que envolve a descida do país na violência a acusação de grupos da oposição apoiados por estrangeiros conspirando para derrubar o seu Governo num golpe armado.

E as suas acusações foram suportadas por fontes seniores da Força de Defesa, que dizem ter havido três conspirações de golpes nos últimos 18 meses.

Mari Alkatiri, ele próprio acusado de arranjar um esquadrão de ataque para eliminar os seus críticos, deu pela primeira vez a sua versão do que levou ao caos de Dili no final de Maio.

A quebra da lei e da ordem levou a 130,000 deslocados e ao destacamento de 2200 tropas da Austrália, Nova Zelândia e Malásia.

Acusou grupos da oposição e os seus apoiantes estrangeiros de repetidamente tentarem convencer proeminentes comandantes das forças armadas de Timor-Leste a derrubarem o seu Governo.

"Estavam sempre a tentar obter o comando da Falintil (antigos guerrilheiros), F-FDTL [forças de defesa. Tentaram convencer o comando a ordenar e a participar num golpe. Falharam."

Acusou que os seus opositores depois tentaram enfraquecer a influência dos militares.

"Tentaram quebrar a Falintil e fizeram-no tirando dos quartéis quase 600."

Diz que os seus opositores políticos exploraram divisões étnicas no seio da força policial (PNTL) para criar desassossego.

"Tiveram sucesso em dividir as pessoas no seio da PNTL. Esta é a estratégia completa. Depois puseram grupos de polícias contra grupos de soldados em confronto. E tiveram sucesso outra vez. Foi por isso que requeri assistência do exterior," disse.

Fontes seniores do comando das forças armadas confirmaram que foram feitas, não uma mas três separadas tentativas para a sua liderança orientarem um golpe contra Alkatiri nos últimos 18 meses.

Posso confirmar que no seguimento das semanas de manifestações de massas contra o governo de Alkatiri em Abril de 2005, o comandante da Força de Defesa, Brigadeiro Taur Matan Ruak, foi sondado para liderar um golpe.

Ele rejeitou a oferta. Outra vez, no princípio deste ano ele foi sondado e pediram-lhe para liderar um golpe numa reunião com dois proeminentes líderes de Timor-Leste e dois estrangeiros. Outra vez ele recusou, alegadamente dizendo-lhes que isso era contra a constituição e abriria um precedente inaceitável.

Um dos seus vice-presidentes principais o Tenente Coronel Falur Rate Laek, um antigo comandante regional da Falintil e um veterano da guerra contra a Indonésia, também foi sondado pelos mesmos dois líderes locais e estrangeiros. Ele também recusou e reportou o incidente ao seu comando.

Devido à sensibilidade da informação e às implicações na corrente situação, as nacionalidades dos estrangeiros não foram reveladas.

As forças armadas acreditam que as ilegalidades do mês passado foram uma tentativa paras as dividir e destruir e uma vingança por causa da recusa do comando das forças armadas a participar num golpe.

O Primeiro Ministro estava convicto que a violência era orquestrada e parte dum programa para derrubar o seu Governo.

"Têm de ser instituições, algumas organizações, internas assistidas por outras externas," disse. "Penso que há grupos externos, da Austrália talvez da Indonésia mas não dos Governos. Não estou a acusar o Governo da Indonésia ou o Governo da Austrália.
Mas contudo acredito que há grupos externos. Precisamos de algum tempo para investigar isto mas o plano completo foi muito bem feito e muito bem executado."

Não é a primeira vez que Alkatiri chamou às tentativas para o derrubar uma tentativa de golpe. Continua a negar as acusações dum esquadrão de ataque contra ele e o seu Governo e descarta-as como parte duma campanha de má informação dirigida pela sua oposição.

Disse que a campanha está a ser dirigida por "elementos conservadores em instituições" em Timor-Leste e no estrangeiro.

As Alegações contra o Governo de Alkatiri são difíceis de verificação.

As acusações de que pelo menos 60 pessoas foram mortas pelas forças Armadas no seguimento das manifestações no final de Abril e enterradas numa vala comum no oeste da cidade não se puderam conferir. O padre que reclamava ter uma lista com 67 nomes, negou que tinha a lista.

Depois houve a e alegação de Vicente "Rai Los" da Conceição, o líder de um grupo armado de guerrilheiros da resistência, que diz que as odens de Alkatiri foram executadas pelo antigo Ministro Rogério Lobato, um aliado próximo do PM.

Disse-se que os 30 lutadores de Da Conceição estavam aquartelados nas montanhas acima da cidade de Liquica ae equipados com espingardas automáticas. Ele reclamou ter recebido as espingardas de Alkatiri e Lobato, que agora está em prisão domiciliária.

Os Jornalistas que foram para se encontrarem com ele ficaram surpreendidos por serem conduzidos para a casa da família Carrascalão nas montanhas acima de Liquica.

Disseram que ele lhes contou que lhe entregaram as armas para matarem os opositores do partido dominante de Alkatiri, a Fretilin.

A família Carrascalão tem uma história de oposição à Fretilin que vem desde a liderança do partido UDT que lutou na guerra civil contra a Fretilin em 1975.

Alkatiri disse que conheceu três dos homens envolvidos no grupo "Rai Los" quando eles atenderam a conferência da Fretilin em Maio e com quem se encontrou por breves minutos. Disse que falaram somente para reforçar a segurança e não para matar opositores como eles acusam.

Fontes das forças armadas dizem que os homens de Rai Los participaram no ataque ao quartel das forças armadas em Tacitolu. Os soldados dizem que da Conceição foi um antigo guerrilheiro da Falintil que tinha sido despedido em 2004 por ter desencaminhado cheques de ordenados.

Antes das alegações acerca de fornecer armas a da Conceição serem públicas Alkatiri despachou-as como mais má informação da oposição.

"A melhor maneira de derrubar alguém do poder é demonizá-lo. É exactamente o que estão a tentar fazer e como fazê-lo? Passando para os media informação como esta que este homem tem um exército secreto com o objectivo de eliminar outros ... em vez de terem morto alguém da oposição o que fizeram é somente lutar contra as forças armadas.

"Lutaram contra as forças armadas em 24 de Maio em. Que tipo de grupo secreto da Fretilin é este que também está a lutar contra as forças armadas. Isto é contraditório," diz Alkatiri.

Enquanto as frustrações no seio das forças armadas de Timor inflamaram a última crise, foi precedida por tumultos contra a liderança de Alkatiri em Dezembro de 2002 e um prolongado protesto liderado pela Igreja contra o Governo em Abril de 2005.

Em Fevereiro último um grupo de soldados do oeste do país – que cresceu de 140 para 591 – assinou uma petição queixando-se de discriminação no interior das forças armadas de 1300 homens. Em Março foram despedidos das forças armadas.

Contudo, quando os eventos se começaram a desenrolar a disputa rapidamente tornou-se o começo de uma série de pedidos para Alkatiri resignar. O Primeiro Ministro não teve dúvidas do que se estava a passar. Continuou a referir-se a isso como uma tentativa de golpe.

A manifestação dos peticionários tornou-se violenta em 28 de Abril 28 quando ele ordenou às forças armadas para tomarem o controlo. Os oficiais da polícia fugiram e nalguns casos juntaram-se à violência. Os peticionários regressaram para oeste de Dili e foram lá mantidos pelas forças armadas. Foram mortas três pessoas no tiroteio e a violência começou a espalhar-se.

Na semana passada, recordando-se da sua chegada a Dili, o comandante das forças Australianas, o Brigadeiro Mick Slater, disse que houve dois tipos de violência de gangs.

"Houve definitivamente os ladrões oportunistas ... penso que foram provavelmente a maior fonte de violência na cidade. Houve
definitivamente grupos, chamemos-lhe gangs, que foram definitivamente sendo manipulados e coordenados por outra gente de fora do ambiente dos gangs. Tenho a certeza que foi esse o caso."

O Ministro dos Estrangeiros José Ramos Horta diz que as acusações de golpe de Alkatiri são "disparate". "Se houve uma tentativa de golpe o Primeiro Ministro deve explicar. Uma tentativa de golpe por quem?"

Esta é uma questão que ninguém no momento, desde a liderança militar, o Primeiro Ministro, o comandante da força de intervenção Australiana e o próprio Presidente está disposto a responder.

* O correspondente do Herald, John Martinkus esteve em Dili a semana passada.

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Bispo de Díli defendeu demissão de Mari Alkatiri



Díli, 23 Jun (Lusa) - O bispo de Díli, D. Alberto Ricardo da Silva, defendeu hoje na capital timorense que o primeiro-ministro Mari Alkatiri "deve ouvir a voz do povo e apresentar a demissão".

D. Alberto Ricardo falou à Agência Lusa à saída de um encontro, a seu pedido, com o presidente da República Xanana Gusmão a quem pediu para não se demitir.

"Vim pedir ao Sr. Presidente para não se demitir e ele respondeu- me que vai esperar mais algum tempo", disse.

Numa mensagem quinta-feira ao país, Xanana Gusmão anunciou que resignará hoje do cargo, se o primeiro-ministro e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, não se demitir.

Questionado sobre a concentração de milhares de pessoas junto ao Palácio do Governo e Parlamento, o bispo de Díli saudou essa iniciativa, que disse representar a vontade de mudança.

No Palácio das Cinzas, sede da presidência da República, encontram-se neste momento o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa José Ramos Horta e Sukehiro Hasegawa, representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste.

EL.

Dos leitores

Fretilin is not creating instability, Xanana is creating instability by further dividing the country with his demand for the PM to resign or be sacked. What he is doing is unconstitutional and undemocratic.... He is killing democracy!

Of coup plots and shadowy foreigners

The New Zealand Herald

June 22, 2006 Thursday

John Martinkus:

The East Timorese Prime Minister has added to the murk surrounding
the country's descent into violence by accusing opposition groups
backed by foreigners of conspiring to overthrow his Government in an
armed coup.

And his claims have been backed by senior sources within the Defence
Force, who say there have been three coup plots in the past 18 months.

Mari Alkatiri, himself accused of arranging a hit squad to eliminate
his critics, has for the first time given his version of what led to
the Dili chaos in late May.

The breakdown of law and order led to 130,000 internal refugees and
the deployment of 2200 troops from Australia, New Zealand and Malaysia.

He accused opposition groups and their foreign supporters of
repeatedly trying to convince prominent commanders in the East
Timorese armed forces to overthrow his Government.


"They were always trying to get the command of [former guerrilla
fighters] Falintil, F-FDTL [defence forces]. They tried to convince
the command to order and participate in a coup. They failed."

He claimed his opponents then tried to weaken the influence of the military.

"They tried to break Falintil and they did it by bringing out of the
barracks almost 600."

He says his political opponents exploited ethnic divisions within the
police force (PNTL) to create unrest.

"They succeeded in dividing the people within the PNTL. This is the
whole strategy. Then they put groups of [police] against groups of
[soldiers] in confrontation. And they succeeded again. This is why I
requested assistance from outside," he said.

Senior sources within the armed forces command confirmed that not one
but three separate approaches had been made to its leadership to lead
a coup against Alkatiri in the past 18 months.


I was able to confirm that following the weeks of mass demonstrations
against Alkatiri's Government in April 2005 the Defence Force
commander, Brigadier Taur Matan Ruak, was approached to lead a coup.

He rejected the offer. Again early this year he was approached and
requested to lead a coup in a meeting with two prominent East
Timorese leaders and two foreign nationals. Again he refused,
reportedly telling them it was against the constitution and would set
an unacceptable precedent.

One of his leading deputies, Lieutenant Colonel Falur Rate Laek, a
former regional commander from Falintil and a veteran of the war
against Indonesia, was also approached by the same two local leaders
and foreign nationals. He also refused and reported the incident to
his command.


Due to the sensitivity of the information and the implications for
the current situation, the nationalities of the foreigners were not revealed.

The armed forces believe that last month's lawlessness was an attempt
to divide and destroy them as retribution for the Army's command
refusing to take part in a coup.

The Prime Minister was adamant the violence was orchestrated as a
part of a programme to topple his Government.

"It has to be institutions, some organisations, inside assisted by
others outside," he said. "I think there are outside groups from
Australia maybe from Indonesia but not the Governments. I am not
accusing the Government of Indonesia or the Government of Australia.
But still I do believe there are outside groups. We need some time to
investigate this but the whole plan was very well done and very well executed."

It's not the first time Alkatiri has called the attempts to oust him
an attempted coup. He continued to deny the accusations of a hit
squad against him and his Government and dismissed them as part of a
misinformation campaign run by his opposition.

He said the campaign was being run by "conservative elements in
institutions" in East Timor and abroad.

Allegations against the Government of Alkatiri proved difficult to verify.

The claims that at least 60 people were killed by the Army following
demonstrations in late April and buried in a mass grave to the west
of the city could not be checked. The priest who had claimed to have
a list with 67 names on it denied he had a list.

Then there was the allegation about Vincente "Rai Los" da Concecao,
the leader of a group of armed resistance fighters, who says
Alkatiri's orders were carried out by former Interior Minister
Rogerio Lobato, a close ally of the PM.

Da Concecao's 30 fighters were said to be based in the mountains
above the town of Liquica and equipped with automatic rifles. He
claimed to have received the rifles from Alkatiri and Lobato, who is
now under house arrest.

Journalists who went to meet him were surprised to be directed to the
house of the Carrascalao family in the hills above Liquica.

They said he had told them he was issued the weapons to kill
opponents of Alkatiri's ruling Fretilin Party.

The Carrascalao family have a history of opposition to Fretilin going
back to a leadership role in the UDT party which fought a civil war
against Fretilin in 1975.

Alkatiri said that he knew three of the men involved in the "Rai Los"
group as they had attended a Fretilin conference in May and he had
briefly met them. He said he told them only to enforce security and
not to kill opponents as they claimed.

Sources in the armed forces said the Rai Los men had participated in
the attack on the Army base in Tacitolu. Soldiers said da Concecao
was a former Falintil fighter who had been sacked in 2004 for
embezzling pay cheques.

Before the allegations about supplying weapons to da Concecao were
made public Alkatiri said he dismissed them as more opposition misinformation.

"The best way to overthrow somebody from power is to demonise them.
That is exactly what they are trying to do and how to do it? [By]
passing to media information like this that this man has a secret
army with the objective to eliminate others ... instead of having
killed someone from the opposition what they have done is really just
to fight against the [Army].

"They fought against the [Army] on May 24 in Tacitolu. What kind of
secret Fretilin group is this that they are also fighting against the
[Army]. This is contradictory," said Alkatiri.

While frustrations within the Timorese armed forces ignited the
latest crisis, it was preceded by riots against Alkatiri's leadership
in December 2001 and a prolonged protest led by the church against
his Government in April 2005.

Last February a group of soldiers from the country's west - which
grew from 140 to 591 - signed a petition claiming discrimination
inside the 1300-strong Army. In March they were dismissed from the
armed forces.

However, as events began to unfold the dispute quickly became the
start of a series of calls for Alkatiri to resign. The Prime Minister
was in no doubt what had taken place. He kept referring to it as an
attempted coup.

The petitioners' demonstration turned violent on April 28 when he
ordered the Army to take control. Police officers ran away and in
some cases joined the violence. The petitioners marched back to the
west of Dili and were kept there by the Army. Three people were
killed in fighting and the violence began to spread.

Last week, recalling his arrival in Dili, the commander of the
Australian forces, Brigadier Mick Slater, said there were two types
of gang violence.

"There were definitely the opportunistic gutless thugs ... I think
they were probably the major source of violence in town. There were
definitely groups, let's call them gangs, that were definitely being
manipulated and co-ordinated by other people from outside that gang
environment. I feel very, very strongly that that was the case."

Foreign Minister Jose Ramos Horta says Alkatiri's claims of a coup
are "nonsense". "If there was a coup attempt the Prime Minister
should elaborate. A coup attempt by who?"

That is a question that no one at the moment, from the military
leadership, to the Prime Minister, to the commander of the Australian
intervention force and the President himself, is willing to answer.

* Herald correspondent John Martinkus was in Dili last week.

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Está quase a amanhecer em Díli

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer..."

E assim era. E assim deixamos ficar para nunca nos esquecermos.

Agora, nesta madrugada, esperamos o que vai acontecer durante o dia de hoje. Ontem foi a derradeira jogada, a jogada do desespero, para derrubar Mari Alkatiri e a Fretilin do poder, que alcançou por vias democráticas nas primeiras eleições de Timor-Leste.

Facilmente, amanhã pode começar o fim da independência de Timor-Leste e a sua transformação num Estado falhado.

Os ódios que nasceram na violência entre Lorosaes e Loromonos, a desintegração das forças militares e de segurança, o exôdo da população de Díli, a demonização, como o próprio afirma, da pessoa de Mari Alkatiri, a importância e autoridade que deram a desertores e bandidos, a falta de respeito pela Constituição, a exploração da imaturidade política da maior parte dos políticos e da falta de cultura democrática, tudo isto, pode ter como resultado o fim do caminho que Timor-Leste seguia, como jovem nação independente.

E porquê? Interesses económicos de alguns, fogueira de vaidades de outros, incompetência de agências internacionais, a lista não acaba.

Amanhã, ou nos próximos dias, a história pode repetir-se no seu pior.

Desde o princípio desta crise, acreditámos que enquanto Xanana Gusmão e Mari Alkatiri se suportassem mutuamente, havia a esperança do povo decidir em 2007, novamente, qual o caminho a seguir.

Somos testemunhas dos esforços que Mari Alkatiri fez nos últimos anos para estabelecer essa harmonia institucional entre o Governo e a Presidência, notado diversas vezes pelo próprio Presidente.

A ruptura parte agora do lado de Xanana Gusmão que nunca perdoou a Mari Alkatiri não lhe ter dado os poderes presidenciais que ambicionava, quando a maioria da Fretilin aprovou uma Constituição que não previa um regime presidencialista. O seu discurso de ontem não foi digno do seu passado nem do Homem que é.

Mari Alkatiri tem mostrado sentido de Estado e capacidade executiva, infelizmente nem sempre acompanhado à altura. Hoje, como nos últimos anos, cabe-lhe a ele decidir o futuro de Timor-Leste.

Do Presidente já vimos o que podemos esperar.




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Dos colegas do Timor Verdade

Não vale a pena comentar mais... está tudo dito e visto

Aconteça o que acontecer a partir de agora, a responsabilidade maior é de quem lançou o caos para derrubar o governo.

Da nossa parte é tudo ou quase tudo, não vale a pena prosseguir mais.

O último golpe para a consumação do golpe está dado, a colocação no campo partidário.

Agora, quem conseguir que sustenha as emoções... 1975 parecia esquecido, parecia...

Tristeza, meus amigos, tristeza...

.

Dos leitores

Kofi Annan disse:
Timor foi uma grande desilusão para todos.

Alguns analistas internacionais disseram que a comunidade internacional ajudou a construir edificios hoje novamente destruidos mas não ajudou a construir mentalidades.

O discurso de Xanana Gusmão provou que não passa de um guerrilheiro.
Pode realmente voltar a vestir a farda porque é o Comandante de um golpe institucional que choca qualquer pessoa civilizada.

O que se passa não sabemos mas sabemos que o povo se exprime por eleições e que Xanana quase parece mais um dos militares desertores...

Choro pelo POVO DE TIMOR.

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De golpe em golpe

Ai Timor!

João Paulo Guerra, Diário Económico, 22/06/06

Afinal, ainda não tinha acontecido tudo em Timor-Leste.

Já tinha havido os militares “peticionários” ameaçando avançar sobre Díli, os “rebeldes” com treino militar na Austrália, as novas milícias semeando de novo o terror agora sob novo comando, as casas de novo incendiadas, a população de novo refugiada nas montanhas, as manifestações conjuntas de “rebeldes” e das milícias exigindo a demissão do primeiro-ministro, a arrogância do novo ocupante que se exerceu inclusive sobre a força portuguesa enviada para o território, a abertura do “diálogo” com os revoltosos e a deposição das armas, as notícias de fontes australianas acirrando os ânimos e reacendendo as fogueiras da desestabilização cada vez que a situação parecia acalmar, apesar de tudo alguma esperança de que a situação se resolvesse e a paz regressasse enfim a Timor.

Não tinha acontecido tudo mas agora aconteceu. Aconteceu um programa do canal de televisão australiano ABC contendo “graves denúncias” contra o primeiro-ministro timorense. E foi com base no conteúdo de um programa da televisão australiana que o presidente Xanana Gusmão perdeu a confiança no primeiro-ministro Mário Alkatiri e lhe escreveu uma carta exigindo-lhe a demissão.

Ainda ontem, numa entrevista publicada no Diário de Notícias, Alkatiri reafirmava a sua convicção de que “há alguém por trás” de todos estes acontecimentos, há “interesses”, há uma “interferência internacional” E, com efeito, em toda esta cronologia de incidentes houve mais alguma coisa. Houve a exclusão das companhias australianas no concurso para novas concessões de exploração do petróleo do Mar de Timor. E agora, por fim, houve um programa da televisão australiana.

E há mais “alguém”, que sai muito mal visto para a História, embora certamente com um próspero futuro à sua frente.

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De golpe em golpe

Ai Timor!

João Paulo Guerra, Diário Económico, 22/06/06

Afinal, ainda não tinha acontecido tudo em Timor-Leste.

Já tinha havido os militares “peticionários” ameaçando avançar sobre Díli, os “rebeldes” com treino militar na Austrália, as novas milícias semeando de novo o terror agora sob novo comando, as casas de novo incendiadas, a população de novo refugiada nas montanhas, as manifestações conjuntas de “rebeldes” e das milícias exigindo a demissão do primeiro-ministro, a arrogância do novo ocupante que se exerceu inclusive sobre a força portuguesa enviada para o território, a abertura do “diálogo” com os revoltosos e a deposição das armas, as notícias de fontes australianas acirrando os ânimos e reacendendo as fogueiras da desestabilização cada vez que a situação parecia acalmar, apesar de tudo alguma esperança de que a situação se resolvesse e a paz regressasse enfim a Timor.

Não tinha acontecido tudo mas agora aconteceu. Aconteceu um programa do canal de televisão australiano ABC contendo “graves denúncias” contra o primeiro-ministro timorense. E foi com base no conteúdo de um programa da televisão australiana que o presidente Xanana Gusmão perdeu a confiança no primeiro-ministro Mário Alkatiri e lhe escreveu uma carta exigindo-lhe a demissão.

Ainda ontem, numa entrevista publicada no Diário de Notícias, Alkatiri reafirmava a sua convicção de que “há alguém por trás” de todos estes acontecimentos, há “interesses”, há uma “interferência internacional” E, com efeito, em toda esta cronologia de incidentes houve mais alguma coisa. Houve a exclusão das companhias australianas no concurso para novas concessões de exploração do petróleo do Mar de Timor. E agora, por fim, houve um programa da televisão australiana.

E há mais “alguém”, que sai muito mal visto para a História, embora certamente com um próspero futuro à sua frente.

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Dia longo. Amanhã é outro dia.

Xanana Gusmão esqueceu-se que é Presidente da República e faz discurso surrealista de ataque à Fretilin, porque o partido e a maioria parlamentar não aceitam a demissão do Primeiro-Ministro, Mari Alkatiri.

O líder do PD, o maior partido da oposição (7 dos 88 deputados do Parlamento, contra 55 da FRETILIN) que se manifesta ilegalmente em frente ao Palácio do Governo, apela à ocupação do Palácio do Governo e do Parlamento, para entregar as chaves do poder absoluto a Xanana Gusmão, que ficaria responsável pelos 3 orgãos de soberania.

Militares australianos desaparecem das ruas de Díli, depois de terem deixado entrar camiões de manifestantes na cidade, o que estava proibido pelo Presidente da República.

Fretilin à beira de uma ataque de nervos. FDTL nervosa. Ramos-Horta em silêncio. Salsinhas e Reinados idem.

Depois de amanhã, Sábado, chega o Ministro da Administração Interna português.

Portugal critica Austrália pela forma como está a gerir situação

Lisboa, 22 Jul (Lusa) - Portugal voltou hoje a criticar de forma indirecta a Austrália pela forma como este país está a gerir a situação em Timor-Leste, através de declarações do secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Fernando Neves.

à entrada da Comissão de Assuntos Europeus da Assembleia da República, Fernando Neves afirmou que "a Austrália não se deve imiscuir nos assuntos internos de Timor-Leste. Nem Austrália, nem Portugal", esclareceu.

"As questões institucionais em Timor-Leste devem ser resolvidas pelos timorenses", sublinhou ainda o governante.

O secretário de Estado garantiu que o governo Português está a acompanhar de muito perto a situação em Timor-Leste e o ultimato apresentado hoje pelo presidente timorense, Xanana Gusmão, ao primeiro- ministro, Mari Alkatiri.

"O facto de o governo português estar a acompanhar com muito interesse a situação em Timor-Leste é que fez com que o senhor ministro (dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral) me pedisse para o substituir", disse Fernando Neves que fará na Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus um ponto da situação sobre a Cimeira da União Europeia de quinta e sexta-feira passadas.

Fernando Neves aproveitou a oportunidade, dada pela questão de um jornalista, para frisar que o Governo português considera que os problemas actuais de Timor-Leste se devem ao facto das Nações Unidas terem saído cedo demais do território.
"É essa a opinião do Governo", declarou.

O secretário de Estado considerou ainda que a alegação de que o Estado timorense é um Estado falhado "é injusta".
"Julgo que Timor-Leste não é um Estado falhado. A visibilidade que os acontecimentos estão a ter deve-se apenas às vicissitudes que com que o país chegou à independência. Portanto, esta é uma questão injusta", concluiu.

AR.

Dos leitores. Contra Alkatiri. Palavras para quê?..

voces sao todos uns grandes comunas da laia do Alkatiri.

Foi o comunismo que forneceu a indonesia a desculpa de que estavam a espera em 75 e sao os comunas que mais uma vez querem trazer o sofrimento ao povo timorense.

O povo timorense nao vai permitir!

Anúncio de Xanana «não tem lógica nenhuma»

22.06.2006 11:09
Alkatiri classifica as declarações do presidente de «precipitadas»

O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, reiterou hoje que não se demitirá da chefia do governo apesar de o Presidente da República, Xanana Gusmão, o ter responsabilizado pela crise e ter ameaçado demitir-se.

«Não, de modo algum», respondeu peremptoriamente Mari Alkatiri, ao ser questionado pela Lusa se reconsiderará a sua decisão de se demitir do cargo de primeiro-ministro, face à posição hoje anunciada por Xanana Gusmão de resignar à chefia do Estado.

«A situação está tão complexa que uma decisão precipitada pode complicar ainda mais as coisas», afirmou Alkatiri, contactado telefonicamente em Díli.

Mari Alkatiri reagia assim a uma declaração em tétum feita hoje pelo Presidente da República, que anunciou a intenção de se demitir sexta-feira do cargo se o primeiro-ministro não assumir as suas responsabilidades pela actual crise em Timor-Leste.

Mari Alkatiri criticou a declaração do Presidente da República, afirmando que surge num momento pouco oportuno e numa altura em que ainda está por ocorrer um encontro, pedido pelo primeiro-ministro, com Xanana Gusmão e com o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres «Lu-Olo».

«Acho que não tem lógica nenhuma estar a fazer uma declaração ao público quando tínhamos uma reunião marcada para amanhã [sexta-feira]», afirmou Alkatiri.

«A vontade de resolver esta questão nunca deixou de existir, por isso m esmo pedimos ainda ontem [quarta-feira] a reunião [com Xanana Gusmão]. Acho que esta declaração veio simplesmente complicar ainda mais a situação», acrescentou.

Mari Alkatiri afirmou hoje que apresentou à direcção da FRETILIN uma proposta que passa pela nomeação de um ou dois vice-primeiros-ministros e por ele próprio abandonar a pasta de Recursos Energéticos. Contactado telefonicamente pela Lusa, Mari Alkatiri disse que apresentou a proposta na reunião de hoje da Comissão Política Nacional (CPN) da FRETILIN e que o órgão de direcção do partido a aceitou.
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Dos leitores

E se o governo cair e Alkatiri for eleito novamente? Já pensaram nisso?
Que vão inventar a seguir?

Dos leitores

Não sei porquê mas cheira muito mal tudo isto. Afinal já só falta utilizar o método guerra civil como tão claramente ameaçou a FRETILIN. De facto toda a política da mesma está sem a menor dúvida a envidar em tal esforço. Ai timor...

Vislumbrando-se a demissão, de um dia para o outro, do Presidente da República Democrática de Timor-Leste. Que vai acontecer a seguir? A demissão do Primeiro Ministro da República Democrática de Timor-Leste?

O que se vislumbra é um reforço da posição do Governo subindo o Presidente do Parlamento a PR... está então montado um Estado, o mesmo que antes não resolveu a crise ou as crises que desembocaram nesta realidade. Apenas com uma única diferença - o sacrifício daquele que nunca arredou pé à Reconciliação, ao diálogo das partes fossem elas quais fossem, à tentativa constantes de manter os extremos em diálogo! Estranho mas entranha-se. Isso perde-se a olhos vistos pois a balança pende.

É demasiado estranho e vergonhoso sim!

Mas entretanto onde estará o povo de Timor-Leste? Onde estará a Igreja? Que será de Ramos Horta?

Qual é o passo seguinte?

Dos leitores

O ditadorzinho xanana, está a querer usar o povo e a reputação que os internacionais lhe atribuiram para desgovernar o país e ter uma justificação para a continuidade no poder.A democracia faz com que perca o controlo, e agora até já se habituou a uma vidinha confortável, ao contrário do povo de timor que continua a viver em sofrimento.

Dos leitores

PR Xanana dá cara ao Golpe em curso e quem mobiliza a "população" é Secretário Geral do PD... conta com apoio dos peticionários, G. Salsinha, Tara, Marcus, Reinado e Railos...
Xanana esteve este tempo todo, (o silêncio durante a crise), orquestrar este momento...

Por isso, para dar início ao golpe, em vez de tocarem a canção "Grândola Vila Morena", substituiram-na por uma mensagem longa em Tetum 24 antes. Está tudo perfeito...

Os australianos amanha ficam nos quarteis... vão ver! Quando a confusão reina nas ruas de Dili Xanana será transportado para Austrália para se juntar a mulher e os filhos.

Xanana tinha saudade aqueles momentos em que mandava mensagem ao Fernando para organizar manif nas ruas de Jakarta e agora estão a faze-lo contra governo do seu próprio país.

Quando puderem, pedem as igrejas para tocarem sinos e música de "requiem".

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Líder do Partido Kota critica Xanana Gusmão. E bem.

Povo vai levantar-se para apoiar Xanana - Mário Carrascalão

Lisboa, 22 Jun (Lusa) - O líder do PSD timorense, Mário Carrascalão, admitiu hoje um "levantamento popular" de apoio ao Presidente da República, mas discordou da decisão de Xanana Gusmão de se demitir se Mari Alkatiri recusar deixar a chefia do governo.

"Isto não pode ficar assim. Não concordo com a decisão de Xanana Gusmão. Não é ele que tem de se demitir, mas demitir o primeiro- ministro imediatamente. Já o devia ter feito há mais tempo", afirmou Mário Carrascalão, contactado telefonicamente pela Lusa em Díli.

O líder do PSD, partido que conta com seis deputados ao Parlamento Nacional (88 lugares, 55 dos quais da FRETILIN), disse que "o povo vai levantar-se para apoiar o Presidente da República contra o primeiro-ministro e a FRETILIN".

"Se Xanana sair, Francisco Guterres 'Lu-Olo' [presidente do Parlamento] sobe a Presidente da República e isto fica a ferro e fogo.

Pode ser muito complicado", alertou o antigo governador de Timor-Leste durante a ocupação indonésia.

Numa comunicação ao país, Xanana Gusmão anunciou hoje que apresentará sexta-feira, em carta a enviar ao Parlamento Nacional, a sua demissão do cargo de Presidente da República, se Mari Alkatiri persistir em manter-se à frente do governo.

Xanana Gusmão tinha exigido a demissão do primeiro-ministro, mas a FRETILIN manteve o apoio ao seu líder na chefia do governo e Mari Alkatiri já reiterou que se manterá no cargo.

Contactado também por telefone pela Lusa, o presidente do KOTA (dois deputados), Manuel Tilman, considerou que a ameaça de Xanana Gusmão de se demitir é uma "táctica perigosa".

Para Manuel Tilman, Xanana Gusmão "tem o sentimento de que o povo e a comunidade internacional estão do lado dele", mas optou por atacar a FRETILIN, o que considerou "perigoso".

"É mais lógico responsabilizar política e administrativamente o primeiro-ministro do que mexer na FRETILIN. É muito perigoso pôr partidos contra partidos, ou povo contra a FRETILIN. Por isso, não concordo muito com a declaração do Presidente da República", afirmou.

"Pode haver questões internas entre Xanana (Gusmão) e o Mari (Alkatiri) e outros fundadores da FRETILIN. Eles que resolvam isso entre si, mas evitando pôr povo contra povo, povo contra FRETILIN.

Isso pode causar a guerra civil", alertou.

Manuel Tilman criticou Xanana Gusmão por ter acusado a direcção da FRETILIN de ter comprado os delegados ao recente congresso do partido e sido eleita por votação de braço no ar, violando a lei dos partidos políticos.

Para Tilman, ainda que "se reconheça uma ilegalidade no congresso da FRETILIN", qualquer queixa deve partir apenas dos delegados do partido.

"Os delegados da FRETILIN podem questionar o que se passou no congresso, mas eu ou o senhor Presidente da República ou outros não podem, nem devem fazer isso. A lei dos partidos diz que pode ter havido alguma ilegalidade, mas cabe aos delegados contestar isso nos tribunais", afirmou.

O líder do KOTA considera, igualmente, que Xanana Gusmão, "não tem razão nenhuma para se demitir", devendo antes olhar para os artigos 74º e 82º da Constituição, que, "tendo em conta a calamidade que o país atravessa e o anormal funcionamento das instituições democráticas", lhe permitem "demitir o primeiro-ministro".

"O que vejo nisto é uma táctica do senhor Presidente da República de dramatizar a situação e ao mesmo tempo, e como está a chegar muita gente a Díli para apoiar o senhor Presidente da República, penso que amanhã [sexta-feira] ele vai demitir o primeiro- ministro", disse.

Tilman considera que há amplos argumentos para justificar que Mari Alkatiri "falhou politicamente e administrativamente", já que o chefe do governo não está a conseguir preservar a lei e ordem ou a garantir o gozo da liberdade dos cidadãos, com a administração "totalmente paralisada".

Independentemente do que possa acontecer, Tilman manifesta-se "apreensivo" sobre o futuro imediato, nomeadamente a reacção da FRETILIN, incluindo da facção mais moderada que pode sentir-se "englobada" nos ataques e críticas de Xanana Gusmão ao partido.

"Se começa a haver caça às bruxas, ataques e perseguições individualizadas, será muito grave. Por isso não percebo muito bem esta estratégia do senhor Presidente da República. Não importa esquecer que há uma facção moderada da FRETILIN que agora é posta no mesmo saco", acrescentou.

PNG/ASP.

Dos leitores

Cuidado GNR!...
Se se concretizar a manifestação a que apela o Fernando Araújo do PD, os "aussies" são suficientemente sacanas para "tirarem o cavalinho da chuva" e dizerem que se trata de um caso de alteração da ordem pública e, por isso, um caso para a GNR resolver...
E vai ela (e nós) ficar com o "odioso" (?) de aparecer a defender o Governo, enquanto que os australianos aparecerão a defender o PR.
Todo o cuidado é pouco. Espero que já estejam preparados para esta eventualidade.

Alkatiri reitera que vai continuar como primeiro-ministro e critica Xanana

22.06.2006 - 11h56 Lusa

O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, reiterou hoje que não se demitirá da chefia do governo apesar de o Presidente da República, Xanana Gusmão, o ter responsabilizado pela crise vivida em Timor e ter ameaçado demitir-se.

"Não, de modo algum", respondeu Mari Alkatiri ao ser questionado pela Lusa se reconsiderará a sua decisão de se demitir do cargo de primeiro-ministro, face à posição hoje anunciada por Xanana Gusmão de resignar à chefia do Estado.

"A situação está tão complexa que uma decisão precipitada pode complicar ainda mais as coisas", afirmou Alkatiri, contactado telefonicamente em Díli.

Mari Alkatiri reagia assim a uma declaração em tétum feita hoje pelo Presidente da República, que anunciou a intenção de se demitir amanhã do cargo se o primeiro-ministro não assumir as suas responsabilidades pela actual crise em Timor-Leste.

"Peço responsabilidades ao vosso camarada Mari Alkatiri pela crise que estamos a viver, relativamente à sobrevivência do Estado de direito democrático, ou amanhã [sexta-feira] eu vou mandar uma carta ao Parlamento Nacional, para informar que me demito de Presidente da República", disse Xanana Gusmão numa mensagem ao país.

"Tenho vergonha pelo que o Estado está a fazer ao povo e eu não tenho coragem para enfrentar o povo", afirmou o presidente timorense, justificando a sua decisão.

Segundo os serviços da Presidência da República, a mensagem é dirigida "ao povo e aos membros da Fretilin", o partido no poder em Timor-Leste.

Mari Alkatiri criticou a declaração do Presidente da República, afirmando que surge num momento pouco oportuno e numa altura em que ainda está por ocorrer um encontro, pedido pelo primeiro-ministro, com Xanana Gusmão e com o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo".

"Acho que não tem lógica nenhuma estar a fazer uma declaração ao público quando tínhamos uma reunião marcada para amanhã [sexta-feira]", afirmou Alkatiri.

"A vontade de resolver esta questão nunca deixou de existir, por isso mesmo pedimos ainda ontem [quarta-feira] a reunião [com Xanana Gusmão]. Acho que esta declaração veio simplesmente complicar ainda mais a situação", acrescentou.

É isto que quer, Senhor Presidente? São estas as alternativas a Mari Alkatiri?...

Timor-Leste: População vai "ocupar" Palácio do Governo e Parlamento - PD

Lisboa, 22 Jun (Lusa) - O líder do maior partido da oposição em Timor-Leste afirmou hoje que manifestantes vão tentar ocupar sexta- feira as sedes do Parlamento e do Governo para entregar "as chaves" dos poderes legislativo e executivo ao Presidente da República.

"Isto não é um golpe de Estado. A população quer apenas recolher as chaves e entregar todo o poder, o executivo e o legislativo, ao Presidente da República", disse Fernando Araújo "Lasama", líder do Partido Democrático (PD), indicando que dezenas de camiões com manifestantes já chegaram hoje a Díli.

O PD foi o segundo partido mais votado nas eleições de 2001, elegendo sete dos 88 deputados do Parlamento, contra 55 da FRETILIN.

Contactado telefonicamente pela Lusa em Timor-Leste, Fernando Araújo explicou que o protesto é de "cariz popular", não sendo organizado por qualquer partido, e pretende ser "um sinal de apoio" ao Presidente da República, Xanana Gusmão.

Numa mensagem hoje ao país, Xanana Gusmão anunciou que resignará sexta-feira ao cargo, se o primeiro-ministro e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, não se demitir. O conselho de ministros timorense deverá reunir-se sexta-feira tendo como único ponto da agenda a demissão do executivo, segundo fonte governamental.

Fernando Araújo - que em Maio foi acusado por Mari Alkatiri de instigar a crise para derrubar o governo da FRETILIN - disse também que os sete deputados do PD deverão formalizar sexta-feira a renúncia aos mandatos no Parlamento Nacional.

Terça-feira passada, a União Democrática Timorense (UDT), o mais antigo partido político de Timor-Leste, anunciou a suspensão da sua participação no Parlamento, onde tem dois deputados, "por falta de condições de estabilidade, segurança e psicológicas".

Sobre a jornada de apoio a Xanana Gusmão sexta-feira, Fernando Araújo disse que dezenas de camiões com manifestantes chegaram já hoje a Díli oriundos dos distritos de Maliana, Liquiçá, Ainaro, Suai, Aileu e Same, todos distritos a sul ou sudoeste da capital.

"Estão a descarregar pessoas em Díli e voltam para ir buscar mais aos distritos. Vão ainda chegar mensagens de representantes legítimos dos habitantes de Lautem, Baucau e Viqueque [na parte leste da ilha]", referiu.

"A massa popular vai ocupar o Parlamento e o Palácio do Governo e vai fechar as portas para que o Mari [Alkatiri] e o [Francisco Guterres] 'Lu-Olo', os dois criminosos, não entrem. É o povo em geral que vai fazer isto", afirmou.

"As pessoas não estão a olhar para os partidos políticos, os partidos estão de fora, isto é a população que está muito preocupada com a situação que vive", sublinhou, referindo que ele não deverá participar no protesto.

O líder do PD garantiu que a vontade dos participantes na manifestação é de que esta se desenrole "sem violência", afirmando que espera que os efectivos de segurança internacionais nos dois órgãos de soberania vejam o protesto com "olhos democráticos".

"É o povo que detém o poder. Se eles fecharem as entradas, quando o Mari e o Lu'olo não conseguirem entrar, então isso significa que estas duas instituições já não funcionam normalmente e podem ser dissolvidas", disse.

"Os timorenses estão fartos da violência. Este protesto não vai ser violento. O povo quer ocupar as duas instituições de forma pacífica", sublinhou.

ASP/PNG.

Mensagem de S. Ex.a O Presidente da República

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
MENSAGEM
Dili, 22 de Junho de 2006

Povo doben no terus nain Líderes no Membros Fretilin nian

Ha’u husu lisensa ba Maluk sira, atu koalia oitoan kona ba Fretilin, tamba ha’u conhece Fretilin, liu Delegados sira balun ka sira hotu nebé iha Congresso foin liu ba né, hatene foti deit liman, tamba tauk lakon serbisu, hodi fo han fen no oan, i tamba simu osan hosi kotuk (ha’u hatene ema ida ke simu
100.000 dólares atu sosa kotu Delegados sira seluk, la hatene nia fahe lolós ka... fo lima ratus, lima ratus ba delegados sira, i nia ta’u osan né hotu iha nia bolso). Maibé, la buat ida, nia atu riku to’o iha nebé, né asuntu privadu, ne duni la os problema povo nian, tamba osan né Partido nian. Doben sira
Ha’u uluk, Membro Comité Central Fretilin nian, to’o ha’u sai iha 1986. Se la fosse crise no violência nebé mosu, tuir kedas Congresso Fretilin nian, tamba nudar Presidente da Republica, ha’u tenki tau matan ba instituições democráticas nia vida, ha’u atu hasai critica nebé maka’as kona ba Congresso, loron 17 to’o loron 19 Maio foin liu ba né. Congresso ida né viola alínea c), artigo 18º, Lei nº 3/2004, kona ba Partidos Políticos, nebé dehan: Titulares (katak ema nebé kaer ka hetan knar, iha) orgauns direksaun (partidu) nian, hotuhotu, tenki hili, liu husi voto directo no secreto ba filiados sira ka ba assembleia ida nebé representa filiados sira ne’. Artigo 46.º Constituição RDTL, iha nia n.º 3, dehan nuné: ‘Lei sei regula atu forma no organiza Partidos Politicos sira’. Lei né, mak Lei n.º 3/2004.
Lei qualquer ke mosu iha ita nia Rain, labele viola Constituição. Organizasoens hotu-hotu nebé Lei ida regula, labele viola lei né. Né, principio elementar Direito nian, e Governo iha barak liu mak Doutores no Doutoras, nebé halo tiha lei, hafoin sira viola ba interesses sira nian.
Tan sira maka hatene liu, iha mundu rai klaran, ema seluk mesak ‘supermi’, Congresso Fretilin nian foin dadauk né, bele viola lei, nebé sira mak halo, ho maioria iha Parlamento no matenek tomak iha Governo nebé hakerek lei ne, hodi halakon tiha sistema ‘voto secreto’ ba fali ‘voto foti liman’, halo povo tomak hamnasa ho triste, ba comédia Partido boot no histórico halo hela, atu rai ba ita nia história, loron ikus nian. (Tamba sei rai ba história, ha’u mos sarani GMT – Gedung Matahari Terbit, ba GAT – Gedung Angkat Tangan, hodi nuné la iha tan Partido ida iha ita nia rain, atu halimar fali ho povo, hodi viola uluk lei nebé sira, politicos nain sira, mak hakerek no aprova).
Doben sira
Fretilin, Partido histórico ida, ita hotu hatene. Iha 20 de Maio tinan 1974, mosu ASDT (Associação Social-Democrata de Timor). Ho influencia maluk estudantes universitários Timor oan, nebé estuda iha Portugal tempo nebá, nebé inclui mos Abílio Araújo, maka, iha 11 de Setembro tinan ida nebá duni, mosu ASDT/FRETILIN, to’o ikus mai sai deit ona Fretilin.
Jovens universitários sira nebá hatama, ba ASDT/Fretilin, orientação revolucionária, nebé sira aprende iha tempo fascista no colonial Salazar no Marcelo Caetano nian.
Ita hotu bele haré: FRETILIN, katak, Frente Revolucionária. Iha Maio 1977, iha Laline, iha reunião Comité Central Fretilin nian, adopta tiha ideologia marxista-leninista. Ha’u mos participa, nudar membro Comité Central. Maluk balun sei moris, mos participa, nudar membro Comité Central, hanesan Abel Ximenes Lari Sina, Filomeno Paixão, Feliciano de Fátima no Má Huno.
Maibé, ha’u bele dehan ba imi katak, iha 1975, Timor atrasado liu. Tecnologia, iha mundu mos, so ikus né ona fo hakat boot tebes ida, halo mundu sai kiik tiha. Ha’u fiar, ho ha’u nia laran tomak, katak se Nicolau Lobato, Sahe, Carvarino, Hamis Basarewan, César Mau Laka, Hélio Pina no Inácio Fonseca no seluk tan, mak moris to’o 2006, iha era pós-guerra fria nia laran, era globalização nia laran, era teconologia nia laran, sira hotu sei haré katak, ba Timor nebé sira hadomi tebes, hodi fo sira nia an ba mate, ideologia uluk nian la serve ona.
Ohin, grupo kiik-oan ida, nebé mai husi liur, hakarak repete fali, hahalok nebé ita liu tiha ona iha 1975 to’o 1978.
Tuir ita hotu temi, iha Agosto 1975, katak UDT halo golpe atu duni sai comunista sira husi ita nia rain, hodi hahú funu entre Timor-oan. Iha 2006, Fretilin hakarak halo golpe atu oho democracia, nebé sira rasik hakerek iha Constituição. Problema fahe kilat, la os ba situasaun nebé ita liu dadauk, iha tiha ona sira nia plano, fahe duni atu hasoru eleições 2007 nian. Tamba né mak ita rona beibeik, sira dehan: Fretilin deit mak bele kria estabilidade ka instabilidade.
Bain-hira Bases de Apoio hotu rahun, iha 1978, maluk sira iha ponta leste ho atan-oan ha’u, buka organiza-an hodi mos buka maluk sira nebé sei iha sector sira seluk, hodi hetan malu ho sira housi Bazartete/Likisa nian, Same no Ainaro. La fiar karik, husu ba maluk Veteranos sira nebé iha F-FDTL, tan ba, lae, imi bele hanoin katak ha’u mai inventa, hodi loko-an deit, hanesan ema balun nebé ha’u conhece, foin tama iha Partido Fretilin, haré fali ba ita ho matan sorin, hanesan sira mesak deit mak halo funu.
Maluk doben sira tomak Membros Fretilin nian
Iha Março 1981, iha Conferência iha Laline, reorganiza fali Resistencia, i tuir ami kostuma dehan, passa ba fase de guerrilha. Hanesan iha crise nebé ita hetan daudauk né, iha Conselho de Estado fo sai katak, haré didiak ba prioridade problemas sira nian, tamba ita la iha kbit atu resolve buat hotu dala ida deit; nuné, iha 1981 mos, ami nia prioridade, reorganiza uluk.
Tan ne, ami mos, iha 1981, sei kaer ‘orientação ideológica’ nebé ami simu husi matenek sira no ulun sira. Iha 1983, durante período ‘cessar-fogo’ ho TNI, husi Março to’o Agosto, ami komesa koalia daudaun kona ba demokrasia. Tan né, iha 1984, atu corrige falhas housi EMG-Falintil nian, iha Região Central, mosu ‘CC Hudi Laran’ nebé lakohi simu mudança política nebé, ami haré katak sei diak liu ba ita nia processo Resistência. Kona ba ida ne, maluk barak sei moris bele konta diak liu tan, ho ‘rendarenda, biku-biku’, lae, sira bele hanoin katak, ha’u mesak deit mak hatudu-an hanesan fali ha’u mesak mak hakerek ita nia história.
Ha’u hahú haruka surat ba liur, ba DFSE (Delegação da Fretilin em Serviço no Exterior) – bele husu ba Sr. Abílio Araújo, nebé ami hili, iha Março 1981, nudar Presidente FRETILIN no, tuir Estatuto Partido nian, sai mos nudar Presidente RDTL.
Ha’u mos dehan ba liur katak, iha ita nia rai laran, Unidade Nacional metin tiha ona, husi Tutuala to’o Fronteira, liu husi Oe-kusi no Jako, katak Igreja mos hamutuk ona, katak ema partidos seluk mos participa daudaun iha resistencia. Tan né, ha’u hakerek ba maluk sira iha liur atu tur hamutuk ho UDT, bele hakoak malu fali.
Iha liur nebá, iha Portugal, iha Moçambique no iha Austrália, kala ‘intel’ mos hafuhu namanas timor oan sira iha nebá, hodi bok-an ladiak, kala ‘mau-hú’ tuituir hela sira nia lalatak iha liur nebá, kala tamba né, kleur tebes duni mak sira hasoru malu, hodi hamosu ‘Convergência Nacionalista’, nebé mos hetan problema barak – bele husu Fretilin nia ema sira iha liur, no Sr. João Carrascalão no Sr. Vicente Guterres.
Ha’u temi sira nia naran, só para dehan katak, se hanoin ha’u bosok karik, husu ba sira.
Maibé, kala lia anin to’o maluk sira iha liur nebá katak Gadapaksi iha ita nia rain laran, hurlele jovens sira tasak diadiak. Nuné mak, iha Moçambique, Rogério tenta atu ‘hetan pengalaman’ hodi halo sira rasik mak tá malu e Ramos Horta mos sai tiha sira nia dadur. Presidente Chissano, tempo nebá sei
Ministro Negocios Estrangeiros, mak ba liberta Ramos Horta. Ha’u bosok karik, husu ba sira, tamba sira mak hela hakmatek, estuda sai doutor, iha tinan ruanulu resin hat nia laran, iha Moçambique.
Harí tiha Convergencia Nacionalista, iha Lisboa, iha ai-laran, ha’u kontenti tebe-tebes, hodi fo tan hakat ida ba oin. Iha Dezembro 1986, ha’u hamosu CNRM, ha’u husik Fretilin, tamba nudar Comandante Falintil Aswain ha’u tenki lori FALINTIL sai husi Partido ida nia okos.
FALINTIL sai, hodi nuné, nudar Forças Libertação Povo tomak nian, partidos tomak nian, ema hotu nian, loro-monu, lososa’e, tasifeto, tasimane, hodi hatutan Ramelau ba Matebian.
Ha’u dehan ba sira iha liur, katak, nudar Comandante FALINTIL, ha’u mak kaer funu. Katak mos, ha’u respeita nafatin FRETILIN, i membros CC nian hamutuk ho ha’u iha ai-laran, tama iha CNRM nia laran.
Lu Olo, dehan katak, iha tinan 24 nia laran, nia lori bandeira Fretilin iha nia kohe laran; kala tebes duni, maibé ha’u nunka haré. Bain-hira ha’u la’o, nudar membro Comité Central Fretilin, mai to’o raiklaran, hodi organiza fali Resistência, ha’u lembra katak nia, Lu Olo, subar hela iha Builó. Karik, suku hela kohe, hodi tau bandeira Fretilin nian.
Lu Olo dehan mos katak, sé mak sai husi FRETILIN, traidor no la iha história. Liafuan mamuk no beikten, tamba sé traidor, ha’u traidor uluk, ha’u traidor boot liu ba Povo ida né, no Rai ida né. Ha’u husik Fretilin, atu liberta ita nia Rain no Povo tomak. Tamba ha’u la oho Fretilin e respeita nafatin Fretilin, mak Lu Olo bele sai Presidente, hodi sai matenek foti uluk kartaun iha Parlamento Nacional, hodi maioria tuir, vota contra ka vota a favor.
Ha’u mak sinti-an hanesan traidor ka la iha história, hodi fila fali ba Fretilin, dala ruma Lú Olo la sai Presidente Fretilin.
Maluk sira tomak Membros Fretilin nian
Hanesan ha’u dehan iha kotuk, iha protesto maka’as tebe-tebes husi liur, dehan katak ha’u oho Fretilin. Abílio Araújo hakerek mai maluk sira Fretilin, atu reorganiza-an fila fali. Ami reune. Ma Huno, Mau Hodu, Konis Santana, nudar membro Comite Central Fretilin ho ha’u, ami decide atu hatún Abílio Araújo, tamba iha funu laran, ami labele simu ordem husi liur, tamba, husi liur, sira mak tenki tuir orientações husi laran.
Tamba, iha ai-laran mos, ami simu jornais husi Portugal, informações oioin, no rona mos radio, ami hatene katak, sira iha liur, iha rasik Fretilin nia laran, haré malu la diak, la hamutuk. Husu ba José Luis Guterres, Ramos Horta no Abílio Araújo, se buat sira nebé ha’u dehan, los ka lae.
Ami haré katak, keta em vez de tau sira nia hanoin ba Povo nia terus, sira bele han malu hodi hadau kadeira Presidente Fretilin nian e depois tenta comanda fali funu husi liur. Tamba, iha ai-laran, la iha ida buka kadeira, buka deit atu servi, hodi lori funu ba oin, sira nain tolu hateten mai ha’u katak, la iha ida husi sira hakarak sai Presidente Fretilin.
Nuné, ami decide atu cria CDF (katak, Comissão Directiva da Fretilin), hodi evita katak matenek sira, iha liur nebá, han malu buka sai Presidente Fretilin. Se maluk sira la fiar, husu ba Lu Olo, momento ne, nia iha nebé? Se nia iha Reunião ida nebá, nia sei bele dehan katak ha’u bosok karik, katak buat sira né ha’u inventa, tamba la lós.
Husu mos ba Lu Olo, tan sa mak ikus tiha, nia mesak mak kaer Comissão Directiva Fretilin nian, iha ai laran. La os, tamba Ma Hunu no Mau Hodu captura tiha no Konis mate tiha? Iha mundu né, ema balun haluha lalais tiha ema seluk nia ruin no ran nebé fakar ba ‘Ukun Rasik An’ i, at liu, bele tafui fali ba sira nia rate.
Iha ailaran, ami mos lê acusações husi Amnestia Internacional no Organizações Direitos Humanos, katak Fretilin mos comete crimes. Ha’u haruka mensagem ida ba liur, hodi reconhece duni katak Fretilin oho duni ema, tamba problema ideologia, hodi arrepende ba ida né. Iha liur, sira hotu hirus ha’u tebe-tebes, Abílio Araújo sai kedas deklara katak lae, buat nebé ha’u dehan, ne bosok.
Hahú iha né, ha’u mos taka dalan ba sira, tamba hodi relatorios no informasoens nebé ha’u haruka, mak sira mos koalia ba mundo. To’o 1989, ha’u haruka fali informações no relatorios sira ba CDPM (Comissão para os Direitos do Povo Maubere) nebé belun portugueses sira mak kaer.
Maluk sira hotu Maluk membros Fretilin nian
Iha 1989, ha’u iha Ainaro, ha’u simu surat ida husi Rogério Lobato, acusa sira hotu iha liur, katak sira la halo buat ida, dehan mos katak funu hotu tiha, hotuhotu tenki simu justiça popular. Rogério mak fo hatene mai ha’u, iha surat né, katak Mari Alkatiri hakiak hela coelho no manu iha Maputo.
Ha’u simu, iha 1990, surat ida husi Ramos-Horta oferese-an atu sai nudar ha’u nia representante espesial no representante CNRM nian iha liur. Ha’u subar hela iha Becora, ha’u hakerek ba nia, katak ha’u hatán, maibé tenki tuir prinsipius no orientasoens politicas nebé CNRM nian, no haktuir ha’u nia liafuan. Nia mos hatán fila fali, hodi dehan katak nia mos ‘sai husi Fretilin’ atu serbi ba funu. Se maluk sira la fiar karik, husu ba Ramos-Horta.
Iha 1991, iha Novembro iha Santa Cruz, maluk balun conta lori liu ba Fretilin. Ha’u respeita imi nia terus, maibé labele soe tiha ema seluk nia hanoin no hahalok, ba fali tahu laran. Hanesan né, ita la iha honestidade política. Labele temi Fretilin nia bandeira deit, tamba ha’u mak fo orientações atu lori mos UDT nia bandeira no bandeira Portugal, tamba tuir Resolução ONU nian, Portugal sei sai hela hanesan ‘potência administrante’.
Manifestação atu husu ‘solução pacífica’, iha ONU nia mahon, ho participação mos husi Portugal no Partidos Politicos sira. Husu boot, labele dehan iniciativa Fretilin nian, tamba la os, tamba iha Comando da Luta ida, husi CNRM.
Iha fins 1998, ha’u fo kbit ba Manuel Tilman, Pe. Francisco Fernandes, Pe. Domingos Maubere no Pe. Filomeno Jacob, ba to’o Portugal hodi ajuda Ramos-Horta no Fretilin no UDT, hala’o Conferência hodi muda CNRM ba CNRT, nuné halibur Timor oan tomak iha laran. Tamba UDT la simu liafuan Maubere i hakarak ‘T’ ba Timorense. La fiar, husu ba Sr. João Carrascalão no sira seluk nebé, uluk iha liur.
Doben sira Maluk Fretilin nia membros sira
Iha 1998, se ha’u la sala, iha ona Reformasi nia laran, iha Indonesia, ha’u mak haruka Mau Hodu ba to’o Sydney e ha’u hakerek ba Fretilin atu organiza-an nudar Partido, hodi hatudu mos sira nia orientação político-ideológica.
Iha CNRM no CNRT nia mahon, mak Povo manán iha Agosto 1999. Ne mak história, história resistencia nian, história terus nian, história ran nian. Ohin loron, ita rona, Fretilin mesak mak halo funu. La buat ida, imi deit mak Funu nain, né ami simu, naran keta mai soe fali rai henek iha Povo nia matan, tamba povo tomak mak ba vota, la os Fretilin deit.
Iha Maio 2000, Fretilin convida ha’u ba koalia iha sira nia Conferência, iha GMT, agora sarani ona ba GAT. Ha’u husu buat tolu ba Fretilin:
- ida, revê, katak haré fila fali, kazu Xavier do Amaral nian, tamba nia la os traidor ba ita nia rain, maibé la simu ideologia nebé, iha Laline, Maio 1977, Comité Central hasai. - rua, ba ema hotu nebé Fretilin oho, tamba considera nudar traidor, maibé sira la os traidor, sira la simu deit mak ideologia marxista-leninista, ba sira né, hamós tiha sira nia naran, hodi família sira tur hakmatek. - tolu, Fretilin tenki husu deskulpa ba Povo, liuliu ba familiares vítimas sira nian. Iha Conferência ida nebá, ha’u hatete nuné: ‘Nudar, membro Comité Central Fretilin nian, iha tempo hahú funu to’o funu nia klaran, buat diak hotu nebé Fretilin halo, ha’u mos halo parte, buat at nebé Fretilin halo karik, ha’u mos simu responsabilidade. La os katak ha’u sai ona husi Fretilin, mak ha’u hakarak atu fase liman.
Ha’u husu mos katak, naran Fretilin hasai tiha desizaun politica ida kona ba ne, ha’u rasik sei tun ba povo hodi husu deskulpa, hodi explica tan sa, hodi husu família sira compreende sala nebé halo tiha ona.
Liu tiha loron hirak, iha Fretilin nia festa, iha 20 de Maio 2000, iha Estádio, sira convida ha’u ba e, depois de Lu Olo, fo sai nia discurso, ha’u husu ba nia no Mari, kona ba ha’u nia pedidos nebé ha’u fo hela iha Conferência. Sira hatán katak sira harí tiha ona Comissão atu haré ba ida né.
Iha Agosto 2000, iha Congresso CNRT, Fretilin dada-an ketak tiha, hodi sai husi CNRT. Ami hakmatek nafatin, serbisu nafatin tuir processo polìtico nebé UNTAET mos kaer hela, to’o Junho 2001, CNRT dissolve tiha, tamba nia missão hotu tiha ona.
Iha Janeiro 2001, Ramos Horta fo hatene ba diak liu ha’u koalia ho Mari. Ha’u hatán katak, Fretilin mak loke CNRT nia odamatan atu sai, ema ida seidauk taka, hakarak mai, mai deit. Mari ba koalia ho ha’u, iha CNRT/Balide.
Nia dehan sira sai, tamba hirus ha’u, tamba ha’u husik fali ema balun ba koalia iha Congresso nia laran, hodi hamonu Fretilin nia naran. Ema sira né, mak familiares vítimas violência política FRETILIN nian iha ai-laran.
Ha’u hatán ba nia, ho hirus oitoan: ‘Ita boot haluha tiha ona, imi nia Conferência iha Maio, nebé ha’u husu buat tolu ba imi. Hamós vítimas sira nia naran, ka husu deskulpa ba Povo, la os hatún Fretilin, maibé hadia ka hamós Fretilin nia naran’.
Ha’u dehan mos ba nia: ‘Ita boot la iha liu razaun atu tauk, tamba ita boot bele dehan ba povo nuné: Ha’u, Mari, ha’u la iha buat ida ho hahalok sala nebé mosu iha ita nia rai laran. Ha’u, Mari, iha Maputu, terus tinan sanulu resin hat, maibé ha’u fase ha’u nia liman, loroloron, ho sabaun. Ha’u, Mari, nia liman mos. Se imi hakarak husu, imi husu ba Xanana, nia liman mak foer, nia liman mak ran’.
Ha’u dehan nafatin ba nia: ‘Se ita boot koalia hanesan ne mos, ha’u simu, i ha’u sei ba husu desculpa ba Povo, bain-hira Fretilin halo decisão política ida kona ba ida né’.
‘Lapangan Pramuka’ muda ba ‘Campo da Democracia’, tamba Partidos hotu-hotu assina katak, sei harí Governo Unidade Nacional. Fretilin manán tiha, sira sés-an ba ‘compromisso político’ ida nebé sira simu. Se lakohi simu, lalika ba, do que ba tiha, assina tiha, no fim sé kotuk ba lia fuan nebé temi. Hanesan los Constituição nebé sira halo, Leis nebé sira halo. Sira halo tiha, fila kotuk, la kumpre tuir.
Povo nebé ha’u respeita tebes
Membros Fretilin nian
Hotu-hotu hatene no aceita, Fretilin manán iha Agosto 2001. Ita koalia lolós karik, ho respeito tomak ba Partidos oposição sira, maioria Fretilin nian mak halo Constituição RDTL, hodi define Estado de Direito Democrático.
Iha Estado de Direito Democrático, tuir Constituição, Forças Armadas no Polícia tenki apartidárias, labele defende partido ida.
Maibé, sa ida mak ita haré, Polícia iha Governo nia ókos, atu moris fo han fen ho oan, ladun brani atu dehan ‘lae’, ba ordem nebé mai husi Ministro Interior e, dala ruma, husi Primeiro Ministro rasik.
Iha dia 2 de Junho foin daudauk né, antes de reunião Conselho Superior de defesa e segurança, Brigadeiro Taur mai koalia ho ha’u e nia dehan: Presidente, ha’u dehan ba Dr. Roque Rodrigues, ‘Imi nia sala boot, mak imi tenta atu lori fali F-FDTL ba Fretilin nia ókos’. Iha momento ida né, ha’u haksolok tebes, tamba ha’u hasoru fila fali ha’u nia Alin, nebé ha’u lakon tiha.
Serviços Informação ka Inteligência, sai fali inteligência partido nian, hodi rona tuir Presidente nia koalia iha Lospalos, ‘sms’ kedas ba Primeiro Ministro, hodi acompanha Partidos oposição sira nia actividades, mos ‘sms’ ba Primeiro Ministro. Jovens balun, iha Farol, haré buat ruma mós, ‘sms’ ba Primeiro Ministro. Ohin loron, tamba servisu la iha, ita hotu buka moris. Se mak iha osan, ita hakbesikan ba sira.
Ema hotu haré katak buat ida né akontese iha ita nia rain.
Foin daudauk né, reunião iha Baukau, balun dehan nunè: ‘Xanana, nuné duni, iha funu, fahe ita, funu hotu tiha mos fahe nafatin ita’.
Ha’u compreende liafuan ‘fahe’ nia sentido. Nia sentido katak, ba sira politico no matenek boot sira né, lolós, povo ne tenki tama tomak ba Fretilin, Polícia, FDTL, funcionários, bisnis, suco, aldeia, karau, nehek, ai, du’ut, buat hotuhotu tenki tama iha Fretilin. Timor-Leste mak Fretilin, Fretilin mak Timor-Leste. Labele iha tan buat seluk, labele iha tan ema seluk. Né mak explika katak ‘Xanana fahe Timor’, tamba né, ‘Xanana mak tenki tun’. Temi hanesan fali, ha’u hakarak ukun to’o tinan 50 nia laran.
Balun, uluk, iha 1991, ha’u hasoru sira iha Dili, fo parabéns mai ha’u, tamba hasai estratégia política nebé los, iha 1986, hodi hamoris CNRM. Ohin, hetan ona cadeira iha Governo, hodi hein, aban bain rua, sai Ministro, dehan fali ona katak, ha’u fahe Povo.
Povo doben no terus nain
Tamba né, mak liu tiha Congresso Fretilin nian, iha Maio kotuk, delegados barak ka balun simu kilat. Administrador Distrito no Subdistrito sira mos, rona dehan balun simu kilat. Tamba né mak, ita haré iha televisão, rona iha rádio, lê iha jornais sira, politico nain, matenek sira nebé kaer kuda talin nia tutun, dehan beibeik: ‘Mari tun, ran sei nakfakar!’, ‘Mari tun, Timor rahun!’, ‘Mari tun, funu mosu!’
Comandante kala mak Rogério. Membros Comité Central sira kala sai hanesan Conselheiro Político, ba ideologia ‘Ran Nakfakar’, no ideologia ‘Timor Rahun’! Vice-Presidente Parlamento mos gosta ona temi funu. Eh, osan barak ona, temi lerek funu.
História la’o daudauk, la’o nafatin, ita hotu nia hahalok mak hakerek história. Eurico Guterres, mundu tomak conhece, temi nudar assassino ho buat seluk tan i nia hetan prisão, i ita hotu temi nia
naran, tamba, iha Timor-Leste, ita hotu mesak santo deit, ita mesak heróis da Libertação, ita mesak político ukun nain nian. Maibé, interessante tebe-tebes!!!
Enquanto Eurico Guterres, iha 26 de Maio, haruka ‘sms’ ida mai, hodi husu ba ukun-nain sira atu labele halo povo sofre hanesan né, ita nia ukun-nain sira temi, ho kontenti, ´ran sei nakfakar’, ´Timor sei rahun’ no ‘ita sei funu’.
História la’o daudauk, la’o nonok, la’o nafatin, hodi hakarek hela ita nia hahalok, diak ka at, mos ka foer.
La iha ema ida sei inventa história, ita mak halo daudauk ita nia história nebé triste no halo ita moe, no povo sofre.
Sira kala konta hela nafatin ho F-FDTL. Hodi sira nia hahalok, F-FDTL naran foer tiha ona. I ha’u fiar, F-FDTL, ohin loron, hein ha’u, atu ami koalia. F-FDTL, sala duni, maibé tamba ba rona fali ema-at, ba rona fali ema ke la hadomi povo, ba rona fali ema ke hakarak sosa povo nia klamar. Uluk, iha funu laran, ita dehan beibeik: Kilat musan la oho karik, fos ho super-mi bele oho. Katak, kilat musan bele oho deit mak isin, rupia, fos ho supermi oho klamar hotu dala ida.
Ha’u sei hatais fali farda, hodi foti fali F-FDTL nia naran. Ha’u sei la’o fali ho Falintil sira, nebé Povo Timor nia Aswain, nebé ohin loron tanis, tamba sira arrepende, lakohi rona sira nia Maun, ba se tilun fali ba ema hamrok-ran. Iha 2000, ha’u husik tiha FALINTIL, tamba ha’u hatene, sira kumpre tiha ona sira missão lulik atu liberta Pátria, sira boot hotu ona, ha’u bele husik sira la’o mesak. Hanesan CNRT, iha 20001, ami taka tiha, hodi ida-idak buka fatin iha processo foun, ukun-an nian.
Mas, ha’u pronto atu la’o fali ho sira, ba husu desculpa ba Povo. Ikus tiha, F-FDTL tomak, husi Brigadeiro-General to’o soldado foin tama, sei halo Juramento ba Povo, katak, nudar militar, sei hakru’uk ba Constituição, no respeita Leis sira, sei la depende ba Partido ida, no sei fo garantia ba liberdade no fo segurança ba população, no sei respeita ordem constitucional.
Ba PNTL, nebé, ema hamrok-ran buka fahe no soran, sei mos halo juramento ba Povo, katak, sei haku’uk deit ba Constituição, sei defende legalidade democrática no fo garantia ba segurança interna povo tomak nian e sei la tuir partido ida.
Iha loron 11 fulan Maio, Mari dehan ba ha’u katak nia desconfia Rogério, mak iha kotuk, iha 28 de Abril, tamba la cumpre nia ordem atu haruka kedas UIR ba hodi tahan manifestantes sira.
Semana rua liu tiha, Rogério ba mos Kaikoli e ba koalia ho ha’u. Ha’u dehan ba nia: ‘Rogério, atu temi Nicolau Lobato, ha’u bele dehan ba o, katak ha’u hamutuk ho Nicolau iha momentos balun mais dificeis iha funu. Ema acusa o katak o fahe kilat. Fiar netik ha’u ba. Hanoin didiak ba, tamba iha funu, ha’u la lakon ema ruma husi ha’u nia familia, o lakon o nia família tomak. Nicolau ho o nia alin sira, haré hela ita, tanis hela, tamba buat sira nebé acontece daudauk. Ha’u hatene, sira lakohi ida né’.
Maluk sira
História boot ema hamrok-ran ne sei boot, sei naruk. Tamba, iha fatin-fatin, mosu comandantes kiik-kiik, namkari iha Timor tomak, hodi halo tarutu, hodi hatauk ema. Ema balun, kala husi Departamento Comunicação Comité Central nian, haruka beibeik ‘sms’ ba delegados sira, administrador sira.
Mas ho ansia, buti sala número, ema hotu hetan, e ‘sms’ husu atu lori ‘povo rihun 10 husi distrito ida ne, rihun lima husi distrito ida nebá, atu apoia camarada Lu Olo no camarada Mari’.
Ohin, se mak atu sai funcionário, ka sai ministro, tenki prepara-an oho nia klamar rasik, tamba dolar kolu molik tiha ona princípios nebé sira iha karik, ita la hatene.
Ita haré momós, ema sira ne, halimar ho povo nia terus, usa povo atu defende sira nia kadeira, sira nia naran no sira nia bolso.
CAVR nia Relatório husu atu PÁRA HO VIOLÊNCIA POLÍTICA, hodi Povo labele terus tan dala ida. Foin, iha Janeiro kotuk nebá, mak ha’u lori Relatório né ba entrega ba Secretário-Geral ONU nian. La to’o fulan nén deit, kilat tarutu, ahi suar, ema mate fali iha Dili laran.
Jovem ida iha Lospalos, dehan ha’u traidor, tamba la defende Tribunal Internacional. Ohin loron, nia tur la hakmatek, loko-an los, iha Lospalos nebá, fiar katak Fretilin iha kilat atu halo funu.
Ha’u ba Lospalo, iha tinan kotuk, ha’u koalia ho sira, e ha’u dehan Fretilin tenki husu desculpa. Sira ‘sms’ kedas ba Mari. Iha reunião ida nia laran, Mari hatudu ‘sms’ né ba ha’u, hanesan kontenti tamba nia rede informações Partido nian, namkari iha Timor tomak, atu informa Presidente nia koalia ka oposição sira nia actividades.
Ha’u bele dehan ba jovem ida né, katak ha’u, agora, lakohi sai tan traidor ba Povo. Tamba sa? Bain-hira, Tribunal começa tesi kona ba crimes sira nebé akontese daudauk, ha’u sei husu ba Tribunais sira atu considera se bele hamamuk tiha Prisão Becora, Baukau no Ermera hodi simu bainaka foun. Sira hotu, nebé oras ne dadur, sira nia sala kiik, se ita compara ho ida nebé acontece daudauk. Crime contra Estado de direito democrático, crime contra povo ida ke terus tiha ona iha funu, durante tinan 24 nia laran. Becora, Baucau no Ermera sei simu bainaka oi-oin deit, corruptos lubuk ida mos, sei ba iha nebá e tenki ba iha nebá.
Comisaun Investigasaun Internasional sei mai, atu ajuda ita tomak, atu haré ba violência polìtica nebé mosu iha ita nia rain.
Buat hotu nebé CAVR halo no hato’o, hodi rona povo nia halerik, povo nia husu, povo nia exigência, ba políticos sira atu labele tan halo povo sofre, atu evita violência politica, buat sira né hotu, liderança Fretilin lakohi rona, la halo kazu.
Liderança Fretilin hatudu katak, halerik né, la os sira nia problema, tanis né, la os sira nia problema, povo terus mos la os sira nia problema, povo mate mos la os sira nia problema. Sira nia problema boot mak, halo oinsá deit, bele ukun nafatin. Liderança Fretilin nian, hatene deit acusa ema seluk, tamba sira nia arrogância, sira lakohi simu katak sira halo sala. Ba sira, sala la iha, buat nebé sira halo iha ona objectivo ida: kaer ukun.
Sira tenki hanoin deit mak funu, atu kaer ukun, tamba ukun fo buat hotu-hotu, osan, uma diak iha rai seluk, bisnis nebé hatama osan ba sira no ba partido, maibé partido né mak sira lubuk oan nebé kaer ukun.. Povo terus hela iha Dili laram, sira seidauk be haré Povo, seidauk ba koalia netik ho Povo. Sira hanoin deit mak atu mobiliza ema husi interior, atu hatudu katak Fretilin tomak hakru’uk ba sira, hodi re’i sira nia futar liman ho ain. Povo nebé mobiliza atu apoia sira, koitadu, kala sa’e kareta de graça, mai Dili, hakilar oitoan ‘Viva ida n’e, Viva ida nebá’, han tiha, fila ba uma, ke’e rai nafatin, oan atu ba escola mos, osan la iha, iha uma hamalaha hela deit.
Iha mensagem fim-do-ano, 2005, ha’u fo apelo ba jovens no povo tomak, atu labele fiar políticos sira nebé temi ‘violência’, dudu sira ba violência. Ita lakohi rona malu, ita hotu fiar katak, matenek boot liu iha mundu rai klaran, mak sira nebé, ho sira nia hahalok, bele fo osan ba sira, hodi hafoer Fretilin nia imagem, hodi hamate Fretilin nia naran no Fretilin nia história.
Ha’u hatene, Nicolau Lobato triste. Nicolau Lobato sei la husu, atu tau nia naran iha kintukantu. Nia la precisa. Buat nebé nia husu, mak ida deit: Respeita nia luta, atu liberta Rai né ho Povo né, respeita netik nia ran!
Lulik no Matebian sira, hadér ba, hodi haré povo ida né! Ruin nebé namkari lemorai, hamrik fali ba, Ran nebé nakfakar lemorai, hamutuk fila ba, hodi haré sira nebé hakarak estraga povo, hakarak halo povo terus beibeik, hakarak halo povo mate beibeik. Hatudu imi nia-an ba, hatudu imi nia kbit ba! Imi nia oan ha’u, mak né, sadik daudauk imi, hodi tau matan ba Povo né, hodi liberta tiha Povo né husi ema hamrok-ran nia okos.
Povo terus nain Membros Fretilin nian
Iha política, bain-hira ita halo sala, bele kiikoan ida, maibé ita la reconhese katak sala, ita sei halo sala barak no boot liu tan. Tamba la reconhece katak, iha 1975 to’o 1978, Fretilin oho membros Fretilin rasik no seluk nebé la aceita ideologia sira nian, ohin loron, buat oho ne, ba lideransa Fretilin la os problema. Oho, ba sira, katak, ema ida ka rua, ka sanulu, ka atus, ka rihun, mak mate. Buat nebé importante ba sira, Partido tenki maka’as, tamba sira tenki ukun nafatin.
Partido hanesan né, Partido ida ke lakohi democracia, partido ida ke hakarak impõe nia hakarak mai ita tomak.
Ha’u respeita Fretilin, tamba Fretilin mak hanorin ha’u hadomi Rai no servi ba Povo.
Povo tomak respeita Fretilin, tamba Fretilin iha História Timor-Leste nia laran. Maibé, Povo tenki hakribi ema balun nebé hakarak hamate Partido ida né, hodi halo mos Povo tomak terus.
Ema sira hanesan né, la merece iha Fretilin nia laran. Ha’u fiar, Partido sira seluk mos, sei la simu sira, tamba ema sira ne, hakarak susu fali povo nia ran, hakarak haré povo nia terus, atu sira ukun ba beibeik, hodi hetan diak. Partido ida nebé simu sira, Povo tenki cuidado, tamba Partido né, keta ikus mai sai hamrok fali karik, hodi husu hemu povo nia ran.
Rogerio sai husi Ministro, Mari foti nia ba Vice-Presidente Fretilin. Halo ita hotu mak moe ba politica foer né. Rogério ba Quartel Polícia nian, husu combustível ba kareta nebé sei iha nia. Encarregado Logística PNTL dehan: Ita boot la os Ministro Interior, labele hetan ona combustível husi PNTL. Rogério hatán, hodi tolok tan: Likrauk, ha’u agora boot liu Ministro, o hatene ka lae?
Iha 28 Novembro 2002, ha’u husu atu hasai tiha nia, tamba informações husi fatin hotu-hotu dehan katak, em vez de hala’o nia serbisu, ba organiza povo, atu tá ai, nia mak sei fa’an, kuda aifarina, nia mak sei fa’an, halo tua, nia mak sei fa’an, kaer ikan, nia mak sei fa’an. Ha’u koalia ho Mari, nudar Primeiro Ministro ho Ministro Horta, iha ha’u nia uman, antes de 28 de Novembro, 2002 né, kona ba Rogério. Ikus mai, tamba ha’u husu atu hasai nia, ha’u mak sala i 4 de Dezembro akontese, dun fali mai ha’u.
Ema hotu hatene kuak sira nebé ke’e hela iha Tibar, no fatin seluseluk, tamba Rogério buka osan mean, nebé nia rona katak Japoneses sira hakoi hela. Ita lalika admira ba hahalok nebé Rogério halo. Bain-hira, ita funu no terus daudauk, iha ita nia Rai-laran, Rogério, nudar Ministro de Defesa, hela iha Angola i aproveita halo tráfico diamantes, sai ema kaer tiha nia, hodi ba dadur. E Fretilin, tamba nia naran Lobato, ou tamba ema balun mos kanek, foti nia hanesan Vice-Presidente Fretilin nian.
Iha posse ba Ministro do Interior, ha’u kaer liman ho nia i ha’u dehan: ‘Rogério, labele hanoin ha’u atu respeita ó, tamba o nia naran Lobato. Nicolau mos Lobato, mas nia Nicolau, ó, naran Rogério. Ha’u sei respeita ó, se ó nia hahalok hatudu mai ha’u atu bele respeita, mas la os tamba ó Lobato.’ Investidores balun mai i buka hasoru ha’u i sira dehan: ‘Presidente, imi nia sistema né oin seluk liu, atu investe iha imi nia rain, iha dalan rua: ida, tenki liga ba Agencia Investimento nebé Ministro Rogério mak kaer, ida seluk ba langsung ba ema boboot sira.
Empresários Timor oan balun ba dehan ba ha’u ho triste: Presidente, ha’u hetan tiha ona licença ba ha’u nia Companhia, maibé ami hetan pressão, osan balun tenki tama ba Fretilin. Ha’u husu ba sira,
‘hakarak ha’u koalia sai?’, i sira hatán ‘ Maun, ami hein tinan hirak kedas, osan mos lakon barak ona, husik ami recupera fali ami nia osan lai’.
Maluk Fretilin nia membros sira
Povo doben, terus nain
Tamba né, mak, nudar Presidente da República, nebé la aceita resultado Congresso loron 17 to’o 19, Maio kotuk ba, ha’u exige ba Comissão Política Nacional Partido Fretilin nian atu hala’o, lalais kedas, Congresso Extraordinário ida, atu hili, tuir Lei nº 3/2004, kona ba Partidos Políticos, Direcção Foun Partido nian. Ha’u dehan, tuir Lei, né katak, muda ‘eleição foti liman’ husi Estatuto Fretilin nian, hodi nuné eleição Direcção foun, tuir voto directo no secreto. Ha’u fo prazo to’o semana ida né, atu hala’o Congresso Extraordinário né, tamba actual Direcção Fretilin nian, Direcção ida que ilegítima.
Presidente Fretilin, Lu Olo, Vice-Presidente Fretilin, Rogério Lobato no Secretário-Geral Fretilin, Dr. Mari Alkatiri, sira né, tuir Lei Partidos Políticos nian, ilegítimo hotu.
Labele dehan Fretilin la iha osan, tamba Fretilin iha osan barak.
Até osan resto husi Congresso nian, Rogério sosa kareta rua ba grupo Rai Lós nian.
Iha tiha Direcção Foun, mak ha’u bele discute Crise agora né husu sa ida ba Estado atu decide. Tamba la os Fretilin mak sala, maibé ema matan-luan ba osan no ambisaun boot atu sa’e povo nia kotuk sira nia hahalok.
Sa ida mak Estado de direito democràtico? Artigo 1 ita nia Constituição dehan: ‘Repúblika Demokratika Timor-Leste katak Estado ida nebé demokrátriku.... no iha respeito ba dignidade ema moris idaidak nian’. Ohin loron, ita temi ‘funu’, temi ‘ran nakfakar’, katak ita haluha tiha tolerância política. Uku nain sira hatudu katak, la iha respeito ba dignidade ema idaidak nian, hodi konsente ba violência, no destruição nebé halo ema lakon vida no sasán.
Iha artigo 6, Constituição dehan: Objectivo fundamental (katak ‘dasar’) Estado nian mak: alínea b) garante no promove sidadaun sira nia direitu no liberdade fundamental, no respeito ba Estado nia prinsipiu kona ba direito demokrátiku; alínea c) defende no garante demokrasia política. Iha crise né nia laran, ita rona mak ameasas oi-oin. Ukun nain sira ajuda viola daudauk objectivo sira nebé Estado nian rasik.
Iha artigo 29º, Constituição dehan: N.º 1 – labele viola ema ida nia vida; n.º 2 - Estado reconhece no garante direito ba vida.
Sa ida mak ita haré? Husik ema tiru malu, ema mate, povo sofre. Ukun nain sira ajuda viola Estado nia obrigação, la kumpre nia dever atu garante ba sidadaun idaidak, direito ba vida.
Buat sira né hotu mak halibur malu, fo sentido ba liafuan ‘Estado de direito democrático’.
Povo, agora, enfrenta problema boot tebetebes ida: kilat iha ema civil nia liman, kilat taruto iha fatin barak. No mos, ha’u hakarak informa, Forças Intervenção, kaer kilat barak nebé la os PNTL nian ka F-FDTL nian.
Estado labele konsente buat ida né, terus ida né ba Povo. Ema balun temi katak ‘ita lakon daudauk ita nia soberania’. La os tamba Forças Internacionais mai ita nia rain, mak ita sei lakon soberania, tamba ita mak husu i, liuliu, tamba ita mak hatudu, ita la iha kbit atu resolve problemas sira nebé mosu, hodi hamosu fali problemas boot liu.
Estado de direito democrático la os deit òrgãos soberania tur hamutuk, hamnasa ba malu, sai iha TV, koalia ba jornais sira, katak ami hamutuk. Unidade Nacional la os, ita rabat ba malu, hodi hatudu ita nia nehan ba povo. Unidade Nacional atu metin, metin husi ita nia hanoin no ita nia hahalok, metin husi rona ba povo nia lian, rona ba povo nia halerik. Ami ukun nain sira sempre haluha katak: povo bele terus, ami diak nafatin, iha careta Estado, iha uma Estado, povo terus, ami simu osan nafatin, povo hamalaha, ami bolu malu han diak deit, hemu tan tua, povo tauk tiru, ami la’o ho segurança maka’as.
Tamba ida né, ami costuma mos la rona povo nia halerik, tamba ami dok husi imi. Povo terus daudauk, balun sei brani dehan ‘Funu!’ Em vez de ami, Ukun nain sira moe, ami hatudu katak, povo nia sofrimento né la kona liu ba ami nia kulit.
Estado labele konsente ida né. Estado mós labele konsente katak iha kilat ilegal iha ita nia rai laran. Ha’u fiar, Fretilin mós labele konsente buat ne hotu. Se Fretilin konsente, Fretilin hakarak halo história foun iha ita Rai doben né.
Responsabilidade sé nian lós? Justiça sei haré, sé nia responsabilidade! E buat sira né hotu, grave tebetebes! I, ohin loron, ida né mak Povo preokupa! E Fretilin rasik tenki preocupa ho ida né.
Tamba né, ha’u fo APELO ida ba hotu-hotu nebé ohin loron kaer hela kilat, atu ba entrega ba Forças Internacionais sira, hodi hateten se mak fahe. Imi la iha culpa, tamba ema seluk mak lohi imi atu tama iha rai kuak. Se la entrega kilat sira ne, mak Forças Internacionais mak ba hetan, ne significa katak imi hakarak rai hela kilat atu oho ema. Diak liu, hotu-hotu nebé simu kilat, ba kedas ona entrega ba Forças Internacionais sira. Labele haluha, tenki dehan se mak fo ba imi no atu halo sa ida.
Inquérito komesa la’o daudauk ona kona ba fahe kilat ba civis sira no mos atu hatene kilat ilegal sira né, mai husi nebé no ba sé, sé mak husu, sé mak simu, sé mak iha alfândega husik sai. Imi hotu nia naran, ema sei temi.
Ema sira nebé kaer Fretilin, ikus ne, costuma hakilar nuné: vigilância máxima.
Agora, tempo ha’u mak husu fali ba povo atu halo vigilância maka’as iha Distritos no Subdistritos, ba sira nebé kaer no fahe kilat ba delegados sira, ka ba ema seluk. Se imi hatene ka haré ema balun iha hela kilat, maibé rai subar tiha ona, fo hatene ba Forças Internacionais ba hasai, se nia lakohi entrega. Se entrega agora kedas, sira fila kedas ba uma. Se ulun fatuk tós, subar hela ka hakoi hela kilat, sira sei responde iha Tribunal, kona ba, ho misaun sa-ida mak sira simu kilat né, i rai subar hela né, atu halo sa ida, atu oho sé.
Maluk sira tomak Povo doben, terus nain
Ha’u fiar tebetebes katak, ita hotu haré ona, ita tenki hanoin uluk liu mak povo nia terus. Nudar Presidente da República, bain-hira ha’u sai ba liur, ha’u sempre koa’lia hanesan né: Timor, caso sucesso duni, maibé sucesso né to’o deit, 20 de Maio 2002.
Processo ukun-an iha ita nia rai laran mak sei hatudu katak ita sucesso nafatin ka seidauk.
Ha’u fiar, ho crise boot tebes ida né, nebé la fo garantia ba Estado de direito democrático atu moris, ita sei hakat liu mota merak né, hodi harí duni buat foun iha ita nia rai, hodi haburas direitos humanos, haburas democracia, haburas domi no dame.
Membros Fretilin nian Povo doben, terus nain
Ha’u husu ba Primeiro-Ministro se nia hatene kona ba ema fahe kilat ba delegados Fretilin nian balun, nia dehan nia la hatene. Maibé, ikus ona, nia hatene tiha, nia haruka beibeik Rogério atu desarma. I Rogério haruka ‘sms’ ba Rai Los, atu para tiha iha dalan, manifestantes nebé contra Governo, hodi sunu tiha kareta sira no mos ‘sms’ atu halo ‘operações comando’ kalan i subar loron.
Iha reuniões nebé ha’u iha ho nia, Primeiro Ministro koalia kona ba grupos armados, dehan tenki desarma, i nunka dehan mai ha’u katak, pelo menos, grupo Rai Los nian, nia hatene Rogério mak arma.
Primeiro Ministro informa mai ha’u katak, depois de tiru malu iha Tasi Tolo, iha 24 de Maio, nebé FDTL captura polícia nia kilat hat, Rogério fo hatene ba nia katak kilat ho ema nebé mate ne, grupo Rai Los nian, nebé Rogério rasik mak koloka iha nebá.
Lolós, Primeiro Ministro informa ba Brigadeiro Taur Matan Ruak kona ba ida né, katak kilat polícia nian né, la Comando polícia mak fahe kilat, tamba Rogério mak fahe. Ha’u hanoin, karik Primeiro Ministro informa ba Brigadeiro Taur, Brigadeiro kala la bolu civis atu fo kilat hodi mai Dili, ho FDTL, buka tuir policia sira atu oho.
Ha’u husu ba nia, Primeiro Ministro, se nia hatene kona ba kilat ilegal nebé tama iha ita nia rain, nia dehan nia la hatene.
Problema hotu-hotu nebé mosu, la os tamba nia. Sira nia koalia, mak dun deit ema seluk. Antes de ha’u ba Portugal, ha’u husu atu resolve problema peticionário sira nian, iha uma laran, katak iha quartel laran, hodi evita ‘lorosae loromonu’ nakfera ba liur, atu estraga estabilidade no Unidade Nacional.
Nia dehan los duni, problema né problema político, i promete katak nia sei halo buat hotuhotu atu resolve. Ha’u to’o tiha Portugal, iha Internet, sai katak Primeiro Ministro dehan nia ‘labele resolve, tamba petição l aba nia’, hodi fo apoio ba decisão atu hasai peticionários sira.
Maibé, loron hahú manifestação peticionários sira, Antoninho Bianco lê comunicado ida, katak, ‘agora, Primeiro Ministro bele ona resolve, tamba primeira vez, mak oficialmente, simu petição’.
Problema hotu-hotu nebé mosu, ema seluk mak halo, ema selu mak hakarak, hodi estraga nia imagem, hodi hatún Fretilin iha eleições 2007.
Como ukun na’in sira, iha Órgãos soberania sinti no hatudu katak, problema sira nebé mosu la os sira nia responsabilidade, ha’u dehan ba Povo tomak no ba Fretilin.
1. Ema hotu tauk se Mari tun, funu fila fali no ran nakfakar fali. 2. Ema barak preocupa, se Mari tun, Governo sei la funciona, ema la simu osan i buat oi-oin. No mos, se Mari tun,bancada maioria sei resigna hotu e Parlamento mos la funsiona. 3. Balun dehan mai ha’u katak, ita tenki hatudu ba Comunidade Internacional, katak iha normalidade institucional ka constitucional, lae ita moe boot, se interrompe tiha instituições sira né nia servisu. Ha’u, Povo mak hili. Tamba hili, ha’u tenki presta contas ba Povo. Ha’u, antes de atu buka satisfaz comunidade internacional, ha’u tenki hakruuk ba povo, terus na’in, nebé hili ha’u. Povo husu daudauk mai ha’u, nudar Presidente da República, ha’u nia responsabilidade iha nebé, kona ba ‘garante
Unidade Nacional’ nebé nakfera tiha, ‘garante estabilidade’ nebé rahun tiha, ‘garante normal funcionamento instituições democráticas’, nebé paralisado tiha.
Nudar Presidente da República, nebé Povo hili, la os foti liman, maibé ho voto directo no secreto, ha’u moe tebes, tamba ha’u la kaer didiak ha’u nia responsabilidade. Né duni, ha’u pronto atu assume responsabilidade ida né.
Presidente da República mak órgão soberania. Ema ida deit, ha’u mesak deit, mak Órgão Soberania né.
Tuir Constituição, se Presidente República resigna-an, Presidente Parlamento, Lú Olo, mai tur fali hanesan Presidente da República, hodi promulga lei, atu sira bele viola diak liu tan.
Buat hotu bele funciona nafatin. Governo ukun nafatin, hodi taka tiha estrada kuak barak iha cidade Dili e Parlamento mós bele foti liman nafatin, hodi fo han fen ho oan. Iha Parlamento, la iha problema: Jacob Fernandes sei la hanoin funu, tamba sa’e ba Presidente Parlamento.
Buat importante boot ida, mak ne: atan oan ha’u, nunka dehan katak, ha’u tun karik, povo sei terus ka Timur sei belar tiha. Né duni, estabilidade sei maka’as nafatin e, ha’u fiar, ho òrgãos Soberania unidos nafatin, Timor sei la’o ba oin.
Nuné, Fretilin mak hili. La os Direcção Fretilin nian, nebé ilegítima, tamba viola Lei no Constituição.
Ou husu responsabilidade ba imi nia camarada Mari Alkatiri kona ba Crise boot ida né, kona ba sobrevivência Estado de direito democrático nian ou, aban, ha’u mak haruka surat ida ba Parlamento Nacional, hodi informa katak ha’u sai husi Presidente da República, tamba ha’u moe ba hahalok at nebé Estado halo ba Povo e ha’u la brani atu haré ba povo nia oin.
Ikus liu, hau husu ba hot-hotu atu tur hakmatek, tanba momentu susar ida ne’e, ita hotu tenki halo refleksaun didiak hodi labele mosu tan violensia no destruisaun iha ita nia rain laran !

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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