22.06.2006 - 11h56 Lusa
O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, reiterou hoje que não se demitirá da chefia do governo apesar de o Presidente da República, Xanana Gusmão, o ter responsabilizado pela crise vivida em Timor e ter ameaçado demitir-se.
"Não, de modo algum", respondeu Mari Alkatiri ao ser questionado pela Lusa se reconsiderará a sua decisão de se demitir do cargo de primeiro-ministro, face à posição hoje anunciada por Xanana Gusmão de resignar à chefia do Estado.
"A situação está tão complexa que uma decisão precipitada pode complicar ainda mais as coisas", afirmou Alkatiri, contactado telefonicamente em Díli.
Mari Alkatiri reagia assim a uma declaração em tétum feita hoje pelo Presidente da República, que anunciou a intenção de se demitir amanhã do cargo se o primeiro-ministro não assumir as suas responsabilidades pela actual crise em Timor-Leste.
"Peço responsabilidades ao vosso camarada Mari Alkatiri pela crise que estamos a viver, relativamente à sobrevivência do Estado de direito democrático, ou amanhã [sexta-feira] eu vou mandar uma carta ao Parlamento Nacional, para informar que me demito de Presidente da República", disse Xanana Gusmão numa mensagem ao país.
"Tenho vergonha pelo que o Estado está a fazer ao povo e eu não tenho coragem para enfrentar o povo", afirmou o presidente timorense, justificando a sua decisão.
Segundo os serviços da Presidência da República, a mensagem é dirigida "ao povo e aos membros da Fretilin", o partido no poder em Timor-Leste.
Mari Alkatiri criticou a declaração do Presidente da República, afirmando que surge num momento pouco oportuno e numa altura em que ainda está por ocorrer um encontro, pedido pelo primeiro-ministro, com Xanana Gusmão e com o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo".
"Acho que não tem lógica nenhuma estar a fazer uma declaração ao público quando tínhamos uma reunião marcada para amanhã [sexta-feira]", afirmou Alkatiri.
"A vontade de resolver esta questão nunca deixou de existir, por isso mesmo pedimos ainda ontem [quarta-feira] a reunião [com Xanana Gusmão]. Acho que esta declaração veio simplesmente complicar ainda mais a situação", acrescentou.
sexta-feira, junho 23, 2006
Alkatiri reitera que vai continuar como primeiro-ministro e critica Xanana
Por Malai Azul 2 à(s) 02:52
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
O ditadorzinho xanana, está a querer usar o povo e a reputação que os internacionais lhe atribuiram para desgovernar o país e ter uma justificação para a continuidade no poder.
A democracia faz com que perca o controlo, e agora até já se habituou a uma vidinha confortável, ao contrário do povo de timor que continua a viver em sofrimento.
PR Xanana dá cara ao Golpe em curso e quem mobiliza a "população" é Secretário Geral do PD... conta com apoio dos peticionários, G. Salsinha, Tara, Marcus, Reinado e Railos...
Xanana esteve este tempo todo, (o silêncio durante a crise), orquestrar este momento...
Por isso, para dar início ao golpe, em vez de tocarem a canção "Grândola Vila Morena", substituiram-na por uma mensagem longa em Tetum 24 antes. Está tudo perfeito...
Os australianos amanha ficam nos quarteis... vão ver! Quando a confusão reina nas ruas de Dili Xanana será transportado para Austrália para se juntar a mulher e os filhos.
Xanana tinha saudade aqueles momentos em que mandava mensagem ao Fernando para organizar manif nas ruas de Jakarta e agora estão a faze-lo contra governo do seu próprio país.
Quando puderem, pedem as igrejas para tocarem sinos e música de "requiem".
Enviar um comentário