sexta-feira, junho 23, 2006

Sócrates confia nas instituições timorenses para resolver a crise

Lisboa, 22 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro afirmou hoje que Portugal conf ia que as instituições timorenses encontrarão uma solução para a crise política actual e sublinhou que a missão da GNR no país se manterá nos moldes definidos p elo mandato internacional.

"Temos confiança que os órgãos políticos timorenses vão saber encontrar um a solução para a crise política no respeito pela ordem constitucional do país", declarou José Sócrates, depois de assistir à sessão de abertura de uma interpela ção parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) ao Governo.

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro disse que tem estado e m permanente contacto com o Presidente da República, Cavaco Silva, e com as auto ridades políticas timorenses.

Sobre a possibilidade de o Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão, se demitir, caso o seu primeiro-ministro, Mari Alkatiri, insista em mant er-se em funções, José Sócrates afirmou que acompanha a crise política timorense "com preocupação".

"Mas a crise política em Timor-Leste deve ser resolvida pelos timorenses. Temos confiança que os órgãos institucionais timorenses encontrem uma solução", disse.

O primeiro-ministro referiu depois que, apesar da crise política em Díli, a missão do contingente da GNR em Timor-Leste "manter-se-á nos mesmos moldes".

"Estamos a ajudar a repor a ordem pública em Timor-Leste, o que é também u m contributo para a solução política neste país", afirmou o chefe do Governo por tuguês.

Interrogado sobre a possibilidade de a diplomacia portuguesa ter sugerido a Xanana Gusmão para não demitir o seu primeiro-ministro, Mari Alkatiri, José Só crates negou e apelou para que "não se confie em boataria".

"O Governo português não se mete nas questões internas dos timorenses. O p ior que o Governo português podia fazer era dar conselhos em público, interferin do nos assuntos próprios dos timorenses", declarou ainda José Sócrates.

Segundo o primeiro-ministro, o "o principal auxílio que Portugal pode dar é respeitar a independência de Timor-Leste"

PMF Lusa/fim

4 comentários:

Anónimo disse...

Os portugueses tem de aprender analisar as situacoes e ver quem eh que esta do seu lado. Nao vale a pena apoiar o Alkatiri, pois todos sabem que ele gosta mais da China e de Mocambique do que de portugal.

Anónimo disse...

Os portugueses apoiam o povo de Timor, as suas gentes, com fraternidade. Dos líderes não interessa quem gosta mais de Portugal ou mais da China. Esse é o esquema de outros. Eu, por exemplo, que sou português, gosto mais do Brasil.
Agora, uma coisa é certa, Portugal deve apoiar o respeito pela lei e pelo direito, pelas liberdades e garantias dos cidadãos. Nesse quadro, deve falar baixinho, ao ouvido. E deve também, mas noutro quadro, legal, procurar defender os seus interesses, seja com que partido ou líder for que esteja no poder em Timor! É assim quando se respeita os outros países, e não promovendo ou apoiando golpes sujos!
À maioria dos portugueses preocupa a vida dos timorenses, disso podem ter a certeza! Assim como também será o que acontece com os australianos! E outros povos, certamente, como os da CPLP. Mas o Governo da Austrália tem tido uma posição nada boa para Timor, e basta ver a negociação do petróleo, entre outras.
Desejamos todos e muito que as instituições funcionem em Timor, apenas isso. Timor não pode cair nas mãos de qualquer um.
Tem faltado bom senso, mas também é difícil fazer uma análise sem os dados todos. Vamos acreditar que os líderes timorenses mais carismáticos estão preocupados com o bem do povo e da nação! Dessa forma, talvez se encontre uma solução mais equitativa e justa para todos, e que responsabilize quem não se portou bem, que também parece haver...
Haja paz!
Um abraço fraterno ao povo de Timor!
AEF, Pantalassa

Anónimo disse...

"...Portugal confia que as instituições timorenses encontrarão uma solução para a crise política actual"

Será que o Major Alfredo Reinaldo e os outros vão confiar no seu novo Presidente e Comandante Supremo, Luolo?

xatoo disse...

como é?
já há uma série de horas que não "postam" nada?
"os da nova democracia"
já implementaram a censura?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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