quarta-feira, março 21, 2007

Igreja, Mediador do Diálogo Entre Alfredo e o Estado - Pedro da Costa : “Resolver Em Primeiro Lugar a Questão Política”

Jornal Nacional Semanário - 18 de Marco de 2007 (colocado online a 20 Março 2007)

O Chefe da Bancada PST, Pedro da Costa afirma que como representante do Povo do PST no Parlamento Nacional concorda com a iniciativa da Igreja ser mediador do diálogo entre o Major Alfredo Alves Reinado e o Estado, mas antes de chegar ao diálogo deve resolver em primeiro lugar a questão política militar, questão institucional que ocorreu até a data. Se estas questões não forem resolvidas, o diálogo não vai decorrer e os problemas continuarão a surgir.

Pedro da Costa falou sobre este assunto ao Jornal Nacional Diário, no Parlamento Nacional, sexta-feira (9/3) ao pedir o seu comentário sobre a iniciativa da Igreja mediar o diálogo entre Alfredo Reinado e o Estado.

Pedro salienta que para obter uma solução justa, o primeiro a resolver é a questão política, militar e institucional para depois entrar na fase de diálogo. O diálogo aberto entre o grupo Major Alfredo Reinado e o Estado deve colocar o interesse nacional acima de interesses individuais e dos grupos, entrando numa nova fase para determinar a vida da Nação, da instituição militar, e de decisões políticas e assim com o apoio da Igreja Católica e da sociedade poderemos restaurar a paz e a estabilidade no País.

Segundo Pedro, o uso de força para aniquilar o Alfredo não irá resolver problemas. O Alfredo tem vontade para dialogar com o Estado e procurar uma solução aceitada por ambas as partes, colocado acima de tudo os interesses do Estado. “Se o problema do Alfredo for resolvido através de decisão militar, ou perdoar o Alfredo, essas condições não irão resolver problemas que estão a suceder,” salienta Pedro.

O Membro do Parlamento Nacional da Bancada PST afirma que a iniciativa da Igreja mediar o diálogo é positivo mas depende da boa vontade do Alfredo para se entregar e responder no Tribunal e entornar todas a exigências sobre a justiça que deseja implementar neste País. Se isto for concretizado significa que o número dos seus simpatizantes vão aumentar e ao mesmo tempo deverá vir a ocupar uma posição neste Estado.

Segundo Pedro, o diálogo ainda não é tarde quando toda a gente tem consciência e deseja resolver problemas. Cada cidadão tem os seus princípios para anunciar a verdade e a justiça. “O Governo deve continuar a abrir o caminho para o diálogo evitando o uso de força o que não irá resolver problemas. O Alfredo é um homem, tem posse de armas, tem os seus simpatizantes, portanto as operações das FSI poderão aumentar problemas,” defendeu Pedro.

No mesmo local o Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Jacob Fernandes afirma que nessa Nação o diálogo é um meio para resolver problemas que acontecem e há possibilidades quando todas as partes demonstram boas intenções para evitar derramamento de sangue. O Vice-Presidente do Parlamento Nacional advertiu que para resolver os problemas o Alfredo deve ser capturado mas caso for morto não irá resolver nada.

Explicou ainda que o diálogo não pode acabar com o diálogo mas deve ter a continuação no processo legal para formalizar este diálogo. Para obter uma continuação o diálogo é um mecanismo para obter a solução.

PSD e PD Abandonaram a Plenária

Jornal Nacional Semanário - 18 de Marco de 2007 (colocado online a 20 Março 2007)

O Presidente do Parlamento Nacional explica que ao longo da discussão e aprovação do projecto de resolução, o PSD e o PD decidiram abandonar a plenária e não puderam participar no processo de votação, as restantes bancadas continuaram a permanecer até a aprovação do referido projecto, afirmando que esta resolução poderá salvar o povo e o País, em essencial os que morreram e sofreram.

Segundo Lú-Olo, mesmo que a aprovação do projecto de resolução é tarde mas é uma manifestação de vontade política por parte dos Órgãos de Soberania apresentar uma decisão política a uma decisão já tomada pelo Presidente da República.

Questionado sobre a aprovação do projecto de resolução encerrado ao público incluindo os média, Lú-Olo respondeu que a decisão foi tomada com base no regimento do Parlamento Nacional. Se segundo o regimento é fechado ao público naturalmente que deve ser fechado ao público, quando abrimos ao público depende também do regimento.

No mesmo local o Deputado do Parlamento Nacional, da Bancada PSD, João Gonçalves afirma que a sua Bancada decidiu abandonar a plenária para evitar uma confrontação armada que causará mais sofrimentos do povo. “Apelo aos nossos governantes para não tomar emocionalmente qualquer decisão mas com cabeça fria e baseada pela lei em vigor, procurar meios adequados para uma solução pacífica. Evitar confrontos armados e derramamento de sangue, sofrimentos e mortes. Quantas viúvas e órfãos sofreram a causa de confrontos armados? questiona João Gonçalves.

O Governo devia utilizar meios disponíveis que não os utilizou para resolver a situação, como a iniciativa da Igreja para ser mediador do diálogo. João Gonçalves acredita que os Bispos da Diocese de Díli e de Baucau têm capacidade para convencer o Alfredo para praticar o que é justo sem causar confrontos armados ou derramamento de sangue.

João Gonçalves revelou que no projecto de resolução consta alguns pontos que não são justos. Portanto o PSD deseja que o Parlamento Nacional não pode apenas imaginar e apoiar as decisões do Estado dando competência às Forças Militares para capturar o Major Alfredo Alves Reinado. “Segundo a Oposição a questão não refere ao Alfredo se é culpado ou não é culpado, isto compete ao Tribunal para tomar uma decisão do Tribunal, incluindo as suas actuações. Mas o que a Oposição deseja é procurar um meio pacífico evitando um confronto armado,” admitiu.

Ainda há tempo para o Governo fazer aproximações ao Alfredo Reinado através da Igreja para obter uma solução adequada por toda a gente.

Aprovada a Resolução da Captura de Alfredo Reinado

Jornal Nacional Semanário - 18 de Marco de 2007 (colocado online a 20 Março 2007)

O Parlamento Nacional, segunda-feira (12/3) aprovou o projecto de resolução n.º 8/I/5ª e n.º 88/I/5ª relativamente a localização e a captura do cidadão Alfredo Alves Reinado e a declaração Presidencial sobre medidas excepcionais de segurança. A sessão de discussão e aprovação do projecto de resolução presidido pelo Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lú-Olo” e pelo Secretário da Mesa, Francisco Carlos e Vice-Secretária, Maria Avalziza foi encerrado ao público, incluindo os média.

Falando aos jornalistas, o Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lú-Olo” declarou que como Órgão de Soberania competente na tomada de decisões políticas com a aprovação da resolução para apoiar as decisões do Chefe do Estado, Kay Rala Xanana Gusmão relativamente à captura do Major Alfredo Reinado. “O conteúdo do projecto de resolução é para afirmar a decisão do Estado para capturar o Major Alfredo Alves Reinado e entregar aos Órgãos Judiciários, segundo a declaração do Presidente da República ao público,” explicou Lú-Olo.

O Chefe do Órgão Legislativo admitiu que o projecto de resolução foi aprovado no Parlamento Nacional através do processo de votação com 41 votos a favor, contra 1 e abstenções 3 votos. O projecto de resolução será publicado no Diário da República, mas desejo afirmar que a referido projecto de resolução foi aceite pela maioria dos deputados.

O Presidente do Parlamento Nacional afirma que o Parlamento Nacional tomou esta decisão política para aprovar este projecto de resolução com o objectivo de afirmar e assegurar princípio do Estado de Direito Democrático e salvar o povo e o Estado e garantir segurança e a paz a todos os cidadãos desse País.

A captura do Alfredo é da competência dos militares, mas em princípio as Forças Internacionais continuam a fazer esforços para capturar o Alfredo.

Arão Amaral : “Não Estive Envolvido No Grupo do Alfredo”

Jornal Nacional Semanário - 18 de Marco de 2007 (colocado online a 20 Março 2007)

Arão Amaral, Deputado do Parlamento Nacional, da Bancada FRETILIN do Distrito de Manufahi rejeitou totalmente rumores ocorridos no seio da comunidade sobre o seu envolvimento no grupo do Major Alfredo Reinado.

Ao Jornal Nacional Diário, segunda-feira (12/3), na sua residência em Palapaço, Arão Amaral rejeitou totalmente rumores que o acusavam sobre o seu envolvimento no grupo do Major Alfredo Reinado e classificou esses rumores como “rumores baratos”.

“Desloquei-me a Same, não foi com intenção de aderir ao Grupo do Major Alfredo mas apenas para visitar a minha família, relativamente a este assunto não tenho qualquer envolvimento, porque a distância entre a minha casa e acampamento do Major Alfredo e do seu grupo é por volta de 10 Km, não só isto, quando ouvimos o ruído dos helicópteros que sobrevoavam em vai-vem a zona de Same tivemos medo, assustámos e ficámos preocupados se irá surgir algum problema,” narrou Arão. Segundo Arão, a sua visita à Same não foi por objectivo de apoiar o Major Alfredo Reinado ou o seu grupo. Como representante do povo, do Partido FRETILIN do Distrito de Manufahi como é possível estar envolvido num grupo para criar instabilidade em Timor-Leste.

Quando as Forças de Estabilização Internacional chegaram a Same, Distrito de Manufahi para a operação de captura ao Major Alfredo e o seu grupo, houve rumores sobre o seu envolvimento nesse grupo.

Arão desmentiu as informações, mostrando a sua insatisfação sobre o assunto. Por sua parte enviou uma mensagem ao Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Jacob Fernandes e o Vice-Presidente Francisco Xavier do Amaral explicando sobre o objectivo da sua estadia em Same/ Manufahi.

“Desejo afirmar que quando as Forças Internacionais atacaram o Major Alfredo alguns médias nacional e internacional, fizeram a cobertura deste confronto armado e souberam que não estive ali presente ou envolvido no grupo do Major Alfredo,” garantiu Arão. “Clarifico aos autores de tais rumores que a distância entre a minha casa e o acampamento do Major Alfredo é por volta de 10 Km, portanto considero “rumores baratos” com o objectivo de prejudicar o meu estatuto,” acrescentou.

Arão exige aos autores de rumores para apresentarem provas, se não algum dia o povo não vai acreditar neles.

Revela que a sua clarificação não é apenas para se defender mas é para falar a realidade, se no futuro houver alguma evidência sobre o seu envolvimento no grupo do Major Alfredo Reinado, estará disponível para responder no Tribunal. “Declaro factos para me defender e caso no futuro houver evidências sobre o meu envolvimento no grupo do Major Alfredo estarei pronto 100 por cento para responder perante o Tribunal,” admitiu.

Não Há Relações com Leandro Isac

Questionado sobre o envolvimento do Deputado Leandro Isac no Grupo do Major Alfredo, Arão respondeu que desconhece o envolvimento de Leandro Isac no Grupo do Major Alfredo, porque a distância da sua casa com o acampamento do Major Alfredo é por volta de 10 Km e ele próprio soube da notícia quando foi publicada nos média internacionais. Não sei do envolvimento do Deputado Leandro Isac, isto cabe a perspectiva política de cada um,” afirma Arão.

Não Organizou o Partido CNRT

Mencionando sobre o seu envolvimento na Organização do Partido CNRT (Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste) em Same, o mesmo lamenta que são rumores para desacreditar a sua função como Deputado do Partido FRETILIN.

“Não organizei nem sou membro do Partido CNRT. Estive em Same, não para organizar o Partido CNRT, são notícias falsas. São informações falsas fora daquilo que fiz em Same e tem como objectivo manchar o meu nome como deputado. Quando tiver conhecimento dos autores dos tais rumores falsos, apresenta-los-ei no Tribunal para reabilitar o meu bom nome. Li as notícias sobre este assunto que não citaram nomes daqueles que me acusaram, mas quando eu pessoalmente os descobrir e se não apresentarem evidências, exigirei-os para reabilitar o meu nome,” concluiu Arão.

"O gatilho é crime" - Cornélio Gama, líder da Sagrada Família


Timor, 21 Mar (Lusa) - Cornélio Gama, líder da Sagrada Família, um grupo religioso com base em Laga, no leste de Timor-Leste, que apoia Ramos Horta, disse à Lusa que é preciso disciplina e garante que não se encontra armado.


"Eu não tenho armas. Tinha 50 mas assaltaram-me em 2000 em Aileu, e por isso, fiquei chateado. Não tenho nem sequer pistola, só espada. Mas agora não quero nada. A guerra já acabou e é preciso deixar o gatilho, é preciso pegar na enxada. O gatilho é crime", disse à Lusa Cornélio Gama.

Antigo comandante das FALINTIL, Cornélio Gama conhecido como Comandante L7, vive em Laga onde se instalou com a Sagrada Família, um grupo religioso que surgiu em 1989 e que integra igualmente outros antigos guerrilheiros da resistência timorense.

Após a saída dos militares indonésios, em 1999, Cornélio Gama que se encontrava no acantonamento de Aileu, admitiu não entregar o armamento de que dispunha o que fez com que as FALINTIL lhe tivessem retirado as armas durante uma operação militar. Desde então dedica-se à Sagrada Família, em Laga a 140 quilómetros a leste de Díli.

"A Sagrada Família é um povo, uma só família, de Los Palos até à fronteira. Respeitamos uma só ideia, uma só língua, um só pensamento. Não matar nem bater uns nos outros e não fazer mal uns aos outros", explicou Cornélio Gama que acrescentou que formou igualmente um movimento para poder intervir na vida política timorense.

"Como nós não queremos cometer erros contra o nosso Estado eu formei um partido chamado União Nacional Democrática da Resistência Timorense, com veteranos e 600 pessoas em todo o país".

A Sagrada Família de Cornélio Gama apoia a candidatura de José Ramos-Horta à Presidência da República, que apresentou em Laga a sua corrida às eleições do dia 9 de Abril. "Conheço bem o Ramos-Horta, e é melhor ele ficar como Presidente e salvaguardar a nação e trazer fábricas para Timor", diz Cornélio.

Instalado em Laga, Cornélio Gama defende que as Forças de Defesa de Timor-Leste devem intervir para evitar eventuais momentos de violência, sobretudo provocados pelos jovens que vivem nos bairros da capital.

"Todo o país está calmo mas Díli é confusão porque o governo não usou a força. É um problema. O Estado devia bater com o punho e o governo podia utilizar as forças de timorenses, das FDTL (Forças de Defesa de Timor Leste), porque eles conhecem quem faz confusão e depois entregar esses homens ao tribunal".

Em Díli, os deslocados mantêm-se instalados em tendas improvisadas, sobretudo junto ao aeroporto, ao porto, e ao edifício do hospital. O número excessivo de deslocados na capital preocupa Cornélio Gama que considera que é preciso uma solução para fazer com que as pessoas regressem às casas onde viviam.

"Quem vai resolver o problema do povo que está debaixo das barracas? É preciso mandar todo esse povo para as suas casas anteriores e depois começar a procurar e a apanhar todos aqueles que estragam e entregá-los à Justiça porque se não os entregam, eles estragam a nação".
Apesar dos acontecimentos provocados pelo major Alfredo Reinado, militar fugitivo e que se evadiu de uma prisão de Díli em 2006 e que se encontra armado na região de Same, Cornélio Gama afirma que existem condições para a realização da campanha eleitoral que começa na próxima sexta-feira.

Mesmo assim pediu a Alfredo Reinado para se entregar e dialogar com as autoridades. "Eu fui até lá no mês de Fevereiro e encontrei-me com o Alfredo da Mata (Reinado) e disse-lhe para haver diálogo mas vim-me embora para não dizerem que quero confusão e que sou mau".
Cornélio Gama, que recorda constantemente os tempos da guerrilha, diz ainda que as armas devem estar com os militares das FDTL.

"Comprar armas para quê? Nós anteriormente tínhamos Mauser, G 3 e pistolas FBP e depois capturávamos armas aos indonésios e agora compram armas para estragar a nação. É perigoso. Podiam ter comprado as armas durante a guerra para as FALINTIL e mandar para o mato, no tempo indonésio. Agora comprar armas é para os irmãos se matarem uns aos outros, parece-me perigoso".

Cornélio Gama, tem 58 anos foi comandante das FALINTIL. Várias vezes ferido em combate acredita que foi o respeito pelo catolicismo e pelos valores tradicionais timorenses o que o salvou das balas do exército indonésio durante os 24 anos de ocupação.

"Muitas balas entraram no corpo mas não mataram. Por todo o corpo, e não mataram porque respeitei os valores sagrados de Timor e as orações. O Pai Nosso três vezes, a Avé Maria três vezes, e o Salvé Rainha três vezes, e basta. Depois, é preciso pôr nove velas no bolso da direita. É preciso fazer todas as orações, todos os dias".

PSP Lusa/Fim

Novo embaixador Timor-Leste entrega quarta-feira cartas credenciais

Lisboa, 20 Mar (Lusa) - O novo embaixador de Timor-Leste, Manuel Abrantes, apresenta quarta-feira as cartas credenciais ao chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, anunciou hoje a Presidência da República.
Manuel Abrantes, que desempenhou no primeiro governo constitucional timorense (2002-2006) o cargo de vice-ministro da Justiça, substitui agora Pascoela Barreto, que irá representar Timor- Leste na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).


Na cerimónia, a realizar como é habitual no Palácio de Belém, mais seis embaixadores entregarão ao Presidente Cavaco Silva as respectivas cartas credenciais.

Trata-se de Omer Kaya Turkmen (Turquia), e dos embaixadores não-residentes Soutsakhone Pathammavong (Laos), Federico Edjo Ovono (Guiné Equatorial), Dato Subramaniam (Malásia), Hassan Kibelloh (Tanzânia) e Mohamed Jaham Al-Kuwari (Qatar).

EL-Lusa/Fim

Cinco candidatos acusam Fretilin de manipulação eleitoral

Díli, 21 Mar (Lusa) - Cinco dos oito candidatos às eleições presidenciais timorenses acusaram hoje a Fretilin de "mentir, analfabetizar e manipular" os eleitores, ao permitir a introdução de símbolos partidários nos boletins de voto.
"Poremos em causa os resultados das eleições e solicitaremos a renovação das eleições" se os boletins de voto mostrarem bandeiras de partidos, avisam os cinco candidatos.


O Parlamento Nacional aprovou terça-feira uma alteração legislativa que permite a cada um dos candidatos fazer acompanhar de símbolos partidários o seu retrato no boletim de voto.

O documento aprovado pelo Parlamento, onde a Fretilin tem maioria absoluta, é o Projecto de Lei de Alteração da Lei 7/2006.

"Existe, nos últimos dias, grande tendência por parte de individualidades sem idoneidade política, sem maturidade jurídica, movidos pela louca ambição de poder, de ganhar as eleições presidenciais", acusam os candidatos.

A posição dos candidatos consta de um parecer jurídico apresentado hoje em conferência de imprensa.

O parecer alude a "sistemáticas acções junto do STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral) e da CNE (Comissão Nacional de Eleições) para impor o uso ilegal de bandeiras ou símbolos partidários nos boletins de voto".

"As emendas que o Fantoche Parlamento está introduzindo não respeitam os princípios universais e são violadoras da Constituição", acrescenta o documento, lido pelo candidato Avelino Coelho.

Além do líder do Partido Socialista de Timor (PST), apresentaram o parecer jurídico os representantes das candidaturas de José Ramos-Horta, Fernando Lasama de Araújo, Lúcia Lobato e Francisco Xavier do Amaral.

Os cinco candidatos apoiados por partidos da oposição consideram que a alteração legislativa viola a Constituição da República de Timor-Leste.

Avelino Coelho aludiu a "legisladores descontrolados" e referiu, com ironia, que, se a alteração legislativa for mantida, se estará "a iniciar uma nova teoria do Direito Constitucional". "Compete-nos denunciar ao público, de uma forma legal e jurídica, todo o processo e a tentativa que está ganhando forma, para uma vez mais mentir, analfabetizar, manipular e explorar a consciência do povo de Timor-Leste", diz o documento dos cinco candidatos.

A questão foi discutida hoje de manhã numa audiência com o Presidente timorense, Xanana Gusmão, que decidiu enviar o Projecto-Lei ao Tribunal de Recurso, afirmou à Lusa um dos candidatos presentes. "O Presidente da República mostrou-se muito preocupado", acrescentou o mesmo candidato, sublinhando que Xanana Gusmão "apenas não vetou o Projecto-Lei porque o texto aprovado inclui muitas outras matérias além do uso dos símbolos partidários".

Os cinco candidatos que se opõem ao uso de símbolos partidários referem que a candidatura à chefia do Estado é individual e apresentada por um mínimo de cinco mil eleitores. Citam, a propósito, os artigos da Constituição que "bloqueiam oportunidades de os candidatos às presidenciais serem propostos por partidos políticos".

Para os candidatos, conforme foi repetido na conferência de imprensa, "não está em causa ganhar ou perder, mas sim dar corpo ao exercício da democracia e cumprir a lei que é nossa".

PRM-Lusa/Fim

NOTA DE RODAPÉ:

Impressionante o pânico da oposição em relação à FRETILIN...

504 Estação de Votos no Território de Timor-Leste

Jornal Nacional Semanário - 18 de Marco de 2007 (colocado online a 20 Março 2007)

O número de Estação de Votos para a eleição presidencial dia 9 de Abril, no total de 504 em todo o território nacional.

O Director do STAE, Tomás do Rosário Cabral falou sobre esta questão, aquando do lançamento da lista de Estação de Votos, no Escritório do STAE , Caicoli, Díli, sexta-feira (9/3).

Tomás afirma que segundo a lei eleitoral, o STAE tem que publicar a lista dos Centros de Votação 30 dias antes da votação.

Nesse lançamento, o STAE publicou a estimação de votantes para a eleição presidencial no total de 510.408 votantes e de Estação de Votos no total de 705, estimação de “Polling Staf” no total de 3.525 e boletim de votos 612.489.

Tomás Cabral acrescenta que os Centros de Votação a ser publicados serão distribuídos pelos 442 sucos, 65 Subdistritos e 13 Distritos e por sua vez serão publicados pelos líderes comunitários à população e eleitores residentes na base.

Tomás realça que a mesma publicação será facultada pelos média nacional e local, como a rádio comunidade que funciona nos Distritos.

Na oportunidade o Director do STAE pede aos médias nacional e local para se registarem no STAE a fim de adquirem a carta de credência.

“Vamos aprovar um código de conduta destinado aos média que irão dar cobertura às eleições, para este efeito os média devem preencher um formulário sediado pelo STAE para adquirirem a carta de credência,” admitiu Tomás Cabral. “Muita gente fala de independência, de imparcialidade, transparência, mas devem ter uma carta de credência, uma norma comum para que todos possam cumprir, dou conhecimento aos média que a segurança dos centros de votação não irão autoriza-los para efectuar cobertura nos Centros de Votação sem carta de credência,” explicou.

Para todos os observadores de partidos políticos, observadores internacionais e os média, o importante é ter uma carta credencial e assim poderão ter oportunidade para participar no processo eleitoral.

O importante a toda a gente, incluindo os média devem respeitar as normas em vigor. “Neste momento em Timor-Leste toda a gente grita pela transparência, mas para chegar até lá, essa transparência deverá sair de nós próprios,” advertiu Tomás.

Dos leitores

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "A Diferença":

Num e-mail que lhe enviei confessei ao Provedor do leitor do Público que depois das explicações confusas dadas por Adelino Gomes (AG) sobre a questão pertinente levantada pela leitora Maria Santos, que fui obrigada a reconhecer que o objectivo dessa peça de AG foi tão somente de transmitir a mensagem que “Ramos-Horta está à frente nas ‘sondagens’”, como Maria Santos assinala.

Achei ‘confusas’ as explicações de AG, nomeadamente estas:
1º -Na versão “Três perguntas a…” se escrevesse ‘Inquérito’ teria que acrescentar “telefónico feito por um jornal local, o que se tornaria impossível, dado o limite de caracteres da entrada”.

2º Na versão ’Entrevista com’ (conforme publicado) isso implicou “graficamente, a necessidade de fazer uma entrada com menos de metade dos caracteres da anterior, seguida de um pequeno texto introdutório”.

É pois o próprio que nos explica candidamente que afinal na entrada tinha que constar obrigatoriamente a mensagem que “Ramos-Horta está à frente nas ‘sondagens’” sendo que estas afinal não passavam de…um inquérito telefónico feito por um!

E não bastando isto, AG ainda piora as coisas ao chamar às tais ‘sondagens’ que afinal eram ‘inquéritos’, ‘trabalho’, ‘este tipo de informação’ e até ‘curiosidade’ ao concluir a sua peça: “São evidentes as limitações deste tipo de trabalho. (…) Mas penso que, não há possibilidade de lhe escapar, em termos jornalísticos. Nem em Timor-Leste, nem aqui. Com a vantagem, no que respeita a Portugal, de este tipo de informação, dada a distância, funcionar mais como uma curiosidade.”

E depois do que sabemos ter acontecido, nem há tanto tempo como isso, em locais tão diferentes como a Jugoslávia, Geórgia, Ucrânia, Bielorrússia, Kyrgyzstão (só para mencionar uns tantos), e do papel central nesses acontecimentos das ‘sondagens’, ‘inquéritos’, ‘trabalhos’, ‘este tipo de informação’, ‘curiosidades’, como AG lhe queira chamar, não terei a notável contenção da Maria Santos e não acho nem que AG é um profissional “exemplar” e muito menos que se distraiu. E lamento-o.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Wednesday, 21 March 2007

National Media Reports

Three Presidential Candidates haven’t submitted their Campaign Schedules

In three days the candidates to be President of RDTL will start their
campaign. Until yesterday the CNE received only five campaign schedules of
five candidates. The other three candidates, Lucia Lobato, Manuel Tilman
and Avelino Coelho haven’t submitted or represented their campaign
schedules to CNE yet.

CNE had not announced the campaign schedule of the presidential candidates
because of the three candidates. The other five campaign schedules of
presidential candidates at CNE are therefore considered as temporary
schedules. (STL)

Horta: the situation benefits the election process

According to the meeting of High Level Committee, the security situation in
the country before the presidential election will enable all the Timorese
to give their votes on the Election Day.

The high level weekly meeting held at Palacio das Cinzas (20/3) was
participated in by SRSG Atul Khare and his Deputy Fin Rieske Nielson,
Brigadier Taur Matan Ruak, Brigadier General Mal Rerden, Prosecutor General
Longuinhos Monteiro, Prime Minister Jose Ramos Horta and President Republic
Xanana Gusmão.

The spokesman of High Level committee, Jose Ramos Horta reportedly said
that the meeting was talking about logistical assistance which prepared for
the elections. The upcoming election is the great preoccupation of the
Electoral Commission. He said that each Ministry has to send an officer to
assist CNE to work on the process.

Answering to the additional security and situation, he added that the State
and government are evaluating the reinforcement of UNPol in Dili. To ensure
the upcoming election is well organized it needs collaboration among PNTL,
UNPol and F-FDTL. (STL)

PSHT and 77 in conflict again, 3 houses burnt, 1 destroyed

The members of PSHT and 77 (seti-seti) were in conflicts\ again yesterday
afternoon at 1:00 pm in Kampung Baru, Comoro. Three 3 houses of PSHT were
burnt and 1 house and 2 kiosks in front of the Comoro church were
destroyed. The initial conflict came from provocation between members of
two groups by throwing stones at each other. None of the suspects were
arrested. (STL)

Timorese Overseas have right to vote

The Chairperson of East Timor People Actions (ETPA) Cecílio Caminha Freitas
reportedly said that East Timorese who live overseas have the right to
vote. Furthermore, he said according to article 35 law of presidential
election, they have right to vote. In fact, the Government and STAE have to
give them a means to vote by creating polling stations via all embassies
abroad. (STL)

Horta: “The state decision in capturing Alfredo is not changed.”

In the 6th High Level meeting at Palacio das Cinzas, which also discussed
Reinado, Ramos Horta said that the decision has not changed. If Alfredo
does not submit himself and give up the weapons, the ISF will continue
searching for him. (DN)

Local Electoral Observers Getting Training

Officers of the Provedor de Direitos Humanos e Justisa (PDHJ), other civil
societies and university students took the training to be observers on the
presidential and parliamentary elections that was held in the PDHJ office,
Caicoli Dili from 15 to 21 March 2007. This information was gathered by DN
on Tuesday 20/03 through a press conference.

The training was aimed at improving the knowledge of the local observers
during their monitoring of the elections. (DN)

President Xanana’s Party going to have its National Conference on 28 March

The Congresso Nacional Reconstrução Timor (CNRT) is planning to hold its
national conference on 28 March 2007.

Duarte Nunes, Secretary of National Committee of CNRT (20/3), at his office
in Bairo dos Grilhos, said that on 26/3 the Committee will present a
proposal to Kayrala Xanana Gusmão to resign as president and become the
president of CNRT to compete in the parliamentary elections. They will ask
Xanana to run the party mutually. (TP)

Horta: will reinforce Security in Capital

UNPOL reported that the volume of violence from 17/03 has decreased
significantly.

Ramos Horta said that Timor Leste will reinforce security in the country,
especially in Dili for the upcoming presidential election on 09/04/2007 in
order to avoid provocations and disturbances. (TP)

President Candidates can utilize any symbols

The Vice President of NP, Jacob Fernandez said that all presidential
candidates can utilize any symbols in their campaigns for democratic
competition in the upcoming presidential election 09/04/2007.

TVTL- News Headlines
Monday, 20 March 2007

F-FDTL Likely to Support ISF

Support from the Unidade Intervenção Rapida (UIR) and F-FDTL during the
presidential elections was one of the topics discussed during the high
level weekly meeting today between the government of Timor-Leste, the UN,
the ISF, the Presidents of the Republic and the National Parliament. Prime
Minister Ramos-Horta said discussion is still in process about F-FDTL
assistance during the presidential elections as UNPOL and over 700 PNTL
officers are already active. (RTTL)

Electoral Law Revised

Articles 1, 2 and 3 of the electoral law no. 7/2006 in relation to the
counting of votes, registration of votes and votes verification was
reviewed in the Parliament today and passed with 61 votes in favor. The
Commissão Nacional Eleitoral (CNE) requested the review. (RTTL and STL)

Baucau Diocese Celebrates 10th Anniversary

The Diocese of Baucau celebrated its 10th anniversary today with a mass
attended by the Bishop of Dili Diocese, Bishop Ricardo, Prime Minister
Ramos-Horta, some members of the Diplomatic Corps and the people from
different districts. Following the mass, Prime Minister Ramos-Horta, the
Bishop of Baucau Diocese Basilio do Nascimento and Bishop of Dili planted a
tree as a symbol of peace. Soils from various districts were brought by the
community representatives specifically to plant the tree. (RTTL)

Ramos-Horta Rejects Accusations

Presidential candidate, Ramos-Horta has rejected accusation by another
candidate, Lucia Lobato (PSD) that he has already started his campaign,
adding that the population is aware that the presidential campaign is only
starting on March 23, hence there is no point campaigning now. (RTTL)

Youth Support Amaral

Associação Social Democrata Timorense (ASDT) youth organization appealed to
all the youth to support presidential candidate Francisco Xavier do Amaral
as he can help resolve the situation of the country if he becomes the
president. (RTTL)

Report on Corruption in Some Government Ministries

The Provedor of Human Rights and Justice has a report ready to be presented
to some government ministries including the ministry of natural resources
and the ministry of finance. The report will be presented to the respective
ministries for further actions.
Jose Teixeira, Minister for Natural Resources and Energy, has welcome the
report saying his ministry will cooperate with the office of the Provedor,
carefully study the report and take appropriate measures. (RTTL)

Environment Protection

A National NGO, Fundasaun Haburas, together with youths from Lecidere,
Bidau and the Florets Department have planted over 100 trees along the
ocean front in as a way to educate the youth and protect the environment.
(RTTL)

Fretilin Launches Information Centre

Fretilin Central Committee today launched the party information center in
Comoro, Dili. The center has also established the party’s website which is
in three languages; Tetum, Portuguese and English. (RTTL)

Foi hoje lancada a Equipe de Comunicacao Social da FRETILIN para a Campanha Presidencial

20.03.2007
FRETILIN

Hoje, cerca das 15 horas, na sede do Comite Central da FRETILIN (CCF), em Comoro, realizou-se uma conferencia de imprensa para o lancamento da Equipe de Comunicacao Social da FRETILIN para a Campanha Presidencial.Estiveram presentes varios jornalistas, timorenses e estrangeiros, assim como militantes do partido.

A abertura da conferencia de Imprensa foi feita pelo Camarada Arsenio Bano, membro do CCF e da Comissao Politica Nacional (CPN).

Como introducao, foram apresentados os porta-vozes da Equipe, nomeadamente Camarada Jose Manuel Fernandes (Secretario-Geral Adjunto e Membro do CCF), Camarada Filomeno Aleixo (Membro do CCF e do CPN), Camarada Cipriana Pereira (membro do CCF), Camarada Rui Castro e Camarada Sahe da Silva, fornecerao informacoes em Tetum, Portugues, Ingles e Indonesio.

Apresentou-se um slideshow como amostra do que sera apresentado durante a Campanha para as Eleicoes Presidenciais, que tera inicio na proxima sexta feira, dia 23 de Marco de 2007.A Equipe de Comunicacao Social, composta pelos porta-vozes, e outros militantes, irao trabalhar com o objectivo de transmitir aos meios de comunicacao social e a qualquer organizacao ou individuo interessado (sendo ou nao militante ou simpatizante do partido), as informacoes relacionadas com a campanha e as eleicoes presidenciais.

Podem igualmente ter acesso as informacoes consultando os websites:
www.luolobapresidente.blogspot.com, www.luolo.blogspot.com, www.timortruth.com .

A sede do Centro de Informacao da FRETILIN para Campanha Presidencial, esta localizada na sede do CCF, em Comoro, Dili. Serao realizadas conferencias de imprensa, duas vezes por semana, as tercas e sextas (horas a serem indicadas oportunamente) e, extraordinariamente, sempre que for necessario.

Os membros desta equipe irao trabalhar durante todo o periodo da campanha e eleicoes presidenciais, 24 horas por dia, 7 dias por semana, estando alguns permanentemente em Dili e outros nos distritos, e poderao ser contactados via telefone, emails e directamente no Centro de Informacao da FRETILIN.

Portuguesa será conselheira da ONU

Diário de Notícias, 20/03/07

Sónia Neto irá ocupar o cargo de "conselheira" do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas em Timor- -Leste, o posto mais elevado que um português irá ter na estrutura internacional que acompanha o actual processo eleitoral.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, para quem Sónia Neto trabalha como assessora política, autorizou o pedido de deslocação formulado pelo chefe da ONU em Timor- Leste, Atul Khare.

Ao serviço das Nações Unidas, Sónia Neto passou por vários países africanos de língua oficial portuguesa antes de ser nomeada directora do Centro de Apoio aos Partidos Políticos de Timor- -Leste durante as primeiras eleições, em 2001.

De 2001 a 2006, foi chefe de gabinete do então ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste Ramos Horta. Desde Junho do ano passado é assessora no Gabinete de Conselheiros Políticos de Durão Barroso.

A 9 de Abril realizam-se as eleições presidenciais em Timor- Leste, as primeiras organizadas pelas autoridades timorenses desde a independência, e imediatamente a seguir será agendada a data das eleições legislativas. Ambos os sufrágios também vão ser acompanhados por uma missão de observação da União Europeia, a convite das autoridades de Díli.

Entretanto, a Indonésia vai reforçar as suas patrulhas ao longo da fronteira com Timor-Leste antes e depois das eleições para antecipar quaisquer eventualidades.

O chefe do Comando Militar de Wirasaki, coronel Ariel Rachman, indicou que os militares montaram 38 novos postos de controlo na linha de fronteira que, na ilha de Timor, separa a parte oriental, timorense, e ocidental, indonésia.

"Esperamos que não haja qualquer incidente ou problemas que afectem a nossa soberania, por isso apostamos na prevenção", sublinhou Ariel Rachman.

Dos leitores

Comentário na sua mensagem "Editorial JN Semanário":

Não votaria Ramos-Horta

Um homem sem valores e que não sabe pedir desculpa quando erra. Um prepotende sem memória e cheio de traições ao longo da sua vida. Um nunca jornalista armado em herói e salvador quando se apresenta um ser vazio sem conteúdo.
Ramos-Horta é o mais alto traidor do povo de Timor-Leste e um dos únicos responsáveis pela crise que o país atravessa.

Foi ele e há provas bastas para o provar, que encaminhou o país para a crise e que praticou alta traição para com Marí Alkatiri. Ramos-Horta é conhecido pela mão estendida e esquecimento do gesto. É o homem que resolve e nada resolve, diz e pensa que o faz. Usa e abusa dos outros para alcançar os seus fins. Há um livro de uma jovem australiana, levada para Timor-Leste por Ramos-Horta que fala do homem por detrás da capa.

Muitos exemplos se poderiam dar. Ramos-Horta tem negócios com a Tailândia, interesses na Austrália e património de duvidosa proveniência em vários países. Viveu de esmola de vários países, nomeadamente, Portugal, Estados Unidos, Moçambique e Austrália. Agradecer nunca o soube.

É homem dos discursos de circunstância e não é coerente com o seu próprio discurso. É tão mentiroso que até usa a palavra católica em vão ao seu serviço.

Está fotografada a sua depravação. Há fotografias que dentro em breve surgirão na Net do verdadeiro Ramos-Horta. Fotografias choque, "vibrantes" literalmente.

Ramos-Horta encarna em si a figura do ditador. Usou sempre da retórica para se sobrepor aos outros.

Tem alianças verdadeiramente mafiosas um pouco por todo o mundo mas com incidência especial na Ásia, Oceânia e Américas. Um verdadeiro "afilhado".

Ramos-Horta tem todo o perfil de ditador. Quem com ele trabalhou confirma e não desmende o aqui escrito. Ramos-Horta é um bélico, homem de guerra. Um homem que dá bofetadas nas crianças em plena rua. Um homem que grita e desautoriza os seus colaboradores a toda a hora. Um homem que escraviza os seus às suas vontades.

Ramos-Horta é o perigo de Timor-Leste, o pai do golpe de Estado na forma tentada e ainda por alcançar.

Um dia a história encarregar-se-á de escrever sobre o homem cuja sede de poder o levará ao abismo.

Por estas e outras razões, jamis votaria Ramos-Horta!

A Diferença

Público, 18/03/07
Por: Rui Araújo, Provedor do Leitor

Há muito que tenho o jornalista Adelino Gomes como um exemplo profissional – como haverá poucos, deixe-me sublinhar. Por isso, quando os jornalistas exemplares cometem deslizes custa-nos a todos muito mais.

Na edição do dia 6 de Março, Adelino Gomes publicou uma entrevista com o primeiro-ministro de Timor-Leste, Ramos Horta (pág. 13). E creio que cometeu o erro de ter bebido excessivamente das palavras do seu entrevistado – na linguagem popular dir-se-ia que foi mais papista que o Papa. Na entrada da entrevista, o jornalista escreve: “À frente nas sondagens, Ramos-Horta desvaloriza as manifestações de apoio da juventude ao major rebelde Alfredo Reinado”. Ora, ao escrever que o actual primeiro-ministro estará à frente das “sondagens”, o jornalista remete-nos para um universo no qual haveria uma série de institutos de sondagens, credíveis, em Timor-Leste, a tentar antecipar o resultado das eleições de Abril. Tal, como creio que o Provedor do Leitor saberá, não existe em Timor-Leste.

É o próprio Ramos-Horta que refere, no último parágrafo da entrevista, que até agora foi feita apenas uma sondagem (e será que um conjunto de perguntas – e a quantas pessoas? – faz uma sondagem?; para o jornalista Adelino Gomes não existem diferenças entre uma sondagem, de base científica, e um inquérito, feito pela própria redacção?) e que foi feita telefonicamente. Atrever-me-ia a dizer que, em Timor-Leste, 80 por cento da população não tem telefone; que no interior do país apenas uma pequeníssima minoria o tem; e que é este sector da população, o tal desprovido de telefone, que vota de olhos fechados no candidato da Fretilin.

Caro Provedor, considero pois que tal afirmação carece de confirmação e considero um manifesto exagero que o Público assuma que o Ramos-Horta está à frente nas “sondagens” (como foi feito por Adelino Gomes na entrada do seu texto). Para mais, para o leitor médio português, o que ficará desta entrevista (quantos leitores não lêem apenas as entradas?) é que Ramos-Horta se prepara para ganhar as eleições. É que, ainda por cima, a entrada conjugada com o título possibilita a leitura de que o próprio Ramos-Horta está a falar da sua eventual vitória eleitoral, concluindo que a sua eleição a Presidente não corre riscos – “Eleições não estão necessariamente em perigo”.

Perdoe-me a ousadia, caro Provedor, mas às vezes até os jornalistas exemplares se distraem excessivamente. Parece-me uma evidência afirmar que os jornalistas devem sempre confirmar as informações dos seus entrevistados, sobretudo quando depois decidem assumi-las em discurso afirmativo do seu próprio jornal. Neste caso, isso não aconteceu e enganou-se os leitores”, escreve Maria Santos, uma leitora de Torres Novas.

Os reparos são pertinentes. Solicitei, portanto, um esclarecimento a Adelino Gomes.

“A leitora tem razão. Errei ao escrever sondagens. ‘Inquérito’ estaria mais certo. Mas essa opção obrigar-me-ia a acrescentar ‘telefónico feito por um jornal local’, o que se tornaria impossível, dado o limite de caracteres da entrada. De qualquer modo a minha obrigação era encontrar a palavra mais adequada, o que, manifestamente, não fiz. Agradeço a chamada de atenção. Mesmo achando que a leitora exagera nos considerandos sobre o ‘leitor médio’ e na sofisticada ‘leitura’ que entendeu fazer de que o trabalho poderia passar a mensagem de que aleição de Ramos-Horta não corre riscos”, respondeu o jornalista.

Pedi a Adelino para explicitar as condições em que foi elaborado o referido texto.

“Tratava-se de uma entrada para uma rubrica chamada “Três perguntas a…”. Por razões de espaço (neste caso - algo de raro -, dispunha, no total, de mais caracteres, o que só vim a saber já sobre a hora de fecho) tornou-se necessário aproveitar não três mas as quatro perguntas que eu fizera originalmente a Ramos-Horta.

Ao fazê-lo, porém, tivemos que transformar as ‘Três perguntas a’ em…’Entrevista com’. E isso implica, graficamente, a necessidade de fazer uma entrada com menos de metade dos caracteres da anterior, seguida de um pequeno texto introdutório.

Ora, este serve, numa entrevista, para dar ao leitor certas informações que relevam da observação directa do entrevistador – entre outros dados, o local onde decorreu, a forma como o entrevistado se apresenta, etc. – questões que não poderia incluir pois as respostas haviam-me chegado por e-mail.

A solução acabou por ser ditada pela urgência: entrada brevíssima e o tal texto introdutório um pouco mais longo. Este, porém, voltou a não me sair isento de crítica. Embora deva dizer que a formulação – ‘Na bolsa das sondagens presidenciais, feita por um jornal de DÍli’ – corresponde mais à ideia que faço e julgo que (não é piada à leitora…) que o ‘leitor médio’ fará deste tipo de duelo político: uma espécie de bolsa em que diferentes factores, nem sempre os mais recomendáveis, vão determinando as posições relativas dos candidatos.

Em resumo: entrada e texto introdutório (alguns voltam a chamar-lhe, pelo seu carácter um pouco vago e subjectivo, ‘nariz de cera’, como antigamente se designavam os textos gongóricos com que abriam as reportagens) ficaram muito aquém do que eu gostaria agora de estar aqui a defender. Pela criticada falta de rigor e, no caso do segundo, porque resultou num produto algo repetitivo em relação à entrada.

Nem de propósito: há minutos, fui informado de que o mesmo jornal (Suara Timor Lorosae, acabei de saber) fez manchete, hoje, sexta-feira (09/03/2007), com o resultado de novo inquérito telefónico. Resultado que desta vez, a fazer fé na fonte, (o jornal em questão escreve quase toda a sua edição em língua indonésia), inverteu os números de há uma semana: Lu-Olo esmagadoramente à frente de Ramos-Horta…

São evidentes as limitações deste tipo de trabalho. O próprio Horta, de resto, falava delas na entrevista, comobem assinala a nossa leitora. Mas penso que, não há possibilidade de lhe escapar, em termos jornalísticos. Nem em Timor-Leste, nem aqui. Com a vantagem, no que respeita a Portugal, de este tipo de informação, dada a distância, funcionar mais como uma curiosidade.”

Nada a acrescentar.

Dos leitores

Comentário na sua mensagem "Blog da Candidatura de LU-OLO":

Enquanto Ramos Horta está comprometido com os Australianos (como o demonstra designadamente o episódio da fuga de Reinado da prisão, da sua não captura durante meses, e do triste episódio de Same), Lu-Olo está comprometido com a independência nacional, como o demonstram os 24 anos de resistência à brutal ocupação indonésia.Enquanto Ramos Horta é um oportunista como o demonstra (e poderia fazer uma lista bem longa) o rosto de Cristo estampado na camisola do lançamento da sua candidatura em Laga, Lu-Olo é um homem sério, de carácter e de fortes convicções patrióticas.Enquanto Ramos Horta é vaidoso e pretensioso, Lu-Olo é humilde e sensato.Enquanto Ramos Horta viveu desde os anos setenta fora de Timor Leste, e enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros faltava sistematicamente aos Conselhos de Ministros porque queria passar longas temporadas fora do país,em "contactos", e como primeiro ministro realizou em oito meses de mandato cerca de uma viagem ao estrangeiro por mês (mesmo com a crise de segurança e militar em curso no país), Lu-Olo toda a vida viveu em Timor Leste e conhece o coração do povo timorense como ninguém.Enquanto Ramos Horta não quer ser presidente (e ele é que se referiu ao cargo como "o fardo), e vê a presidência da república como um trampolim para a sua tão ansiada carreira internacional, Lu-Olo pretende ser presidente para servir o povo, a nação, o Estado Timorense.Pela seriedade, pela independência nacional epelo trabalho voto Lu-Olo.

Novas tropas australianas patrulham ruas de Díli

Díli, 20 Mar (Lusa) - Os novos efectivos australianos das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) estão desde segunda-feira em patrulha nas ruas de Díli, afirmou à Agência Lusa fonte oficial do contingente.
Elementos do 1º Batalhão do Real Regimento Australiano (1-RAR) iniciaram segunda-feira operações de patrulhamento nas ruas de Díli como parte do reforço da segurança para o período de campanha eleitoral.


O 1-RAR é considerada a unidade de infantaria com mais preparação das Forças de Defesa Australianas (ADF), com um nível de exigência próximo do das tropas especiais e que tem como lema "Vencer a Batalha Terrestre".

As novas patrulhas fazem parte da recente rotação do contingente das ADF em Timor-Leste, onde a Austrália mantém cerca de 800 militares.

Os elementos do 1-RAR iniciaram as patrulhas a pé e em viatura na capital depois de uma semana de habituação ao terreno com o anterior contingente australiano.

Estas operações de patrulhamento são feitas pela Companhia Charlie, uma das quatro de infantaria do Grupo de Combate ANZAC (da Austrália e Nova Zelândia).

As patrulhas integram "elementos com muita experiência em situações anteriores de crise nas ilhas Fiji e Salomão, na Papua-Nova Guiné e no Afeganistão", adiantou a fonte das ISF à Lusa.

Inserido nas ISF sob comando australiano está também um contingente de 180 soldados da Nova Zelândia.

Também segunda-feira, o governo neo-zelandês anunciou o envio de mais 32 militares para Timor-Leste, bem como dois helicópteros das Forças de Defesa da Nova Zelândia, que chegaram hoje a Díli para aumentar a capacidade das ISF durante a campanha eleitoral e ao longo dos próximos meses.

As ISF não divulgam o número ou o horário das patrulhas em Díli mas o 1-RAR, segundo a mesma fonte oficial, "estará na rua muitas horas, a qualquer hora".

PRM-Lusa/Fim

NOTA DE RODAPÉ:

1. Segundo o protocolo trilateral assinado entre os governos de Timor-Leste, Austrália e as Nações Unidas, APENAS a UNPOL pode fazer policiamento ou actividades relativas ao mesmo.

2. Em vez de patrulharem as ruas de Díli porque é que não estão a TENTAR capturar Alfredo Reinado?

3. As tropas australianas são uma vergonha como instituição militar...

Políticas agrícolas devem prioritárias, defende bispo de Baucau

Baucau, Timor-Leste, 20 Mar (Lusa) - O bispo de Baucau disse à agência Lusa que as políticas agrícolas devem ser implementadas em Timor-Leste porque considera que a instabilidade social é provocada pela falta de emprego e pela escassez de meios de subsistência.
"Com o estômago cheio, a cabeça funciona e a pessoa é capaz de pensar com serenidade e equilíbrio a sua própria existência. Neste momento, uma das grandes lacunas é exactamente esta falta de meios", disse D. Basílio do Nascimento, numa entrevista à Lusa.


A este propósito, o bispo de Baucau recordou a recente crise vivida em Timor-Leste devido à falta de arroz.

"Ultimamente houve falta de arroz. Sabendo que o arroz é a base de alimentação deste povo e falhar no fornecimento de arroz é um dos erros mais fundamentais que o nosso Governo estava a cometer", sublinhou.

Para solucionar o problema, o bispo de Baucau propõe a aplicação de políticas agrícolas que possam ajudar a criar condições para fornecer as populações do país.

"Se fosse eu a mandar, dava prioridade à agricultura. Penso que, em termos agrícolas, este povo é capaz de ser auto-suficiente", afirmou D. Basílio do Nascimento, que assinalou segunda-feira os dez anos da Diocese de Baucau.

Sobre os momentos de violência que se registaram nas últimas semanas na capital de Timor-Leste, o bispo de Baucau referiu que a "insegurança tem sido um cavalo de batalha e um cavalo de imaginação de muita gente, por causa das contradições em que Díli vive".

"Com tanta força de segurança internacional e com tantos meios, porque que é que a nível de segurança todas essas forças não foram capazes de se impor ou de criar um clima de segurança em Timor-Leste?", questionou.

As eleições presidenciais estão marcadas para 09 de Abril próximo, mas o bispo de Baucau só espera estabilidade política depois das legislativas previstas para Junho, defendendo que Timor-Leste "é vítima do passado".

"Aquilo por que Timor-Leste está a passar é uma situação de crescimento natural para um país que não tem hábitos democráticos, que nunca teve uma prática democrática na vida e para quem a democracia é um conceito muito novo de sociedade e de existência. Estamos a começar em tudo. Timor-Leste está a viver uma novidade", sustentou.

PSP-Lusa/Fim

Xanana precisa de mais preparação para cargos políticos - Igreja

Baucau, Timor-Leste, 20 Mar (Lusa) - O bispo de Baucau disse hoje à agência Lusa que Xanana Gusmão ainda tem "um capital de simpatia" junto da população, mas que lhe falta uma equipa e preparação para assumir um cargo de Estado.

"Ninguém nasce ensinado. Uma coisa é a gente ter intuições e outra é ter preparação teórica e direi mesmo académica, porque, hoje, a vida moderna tem muito instrumento para tocar. Não é que ele não seja capaz. Acho que ele tem o segundo ano do liceu, é um homem que a vida preparou para assumir, de um ponto de vista da liderança, a situação nas fases por que Timor passou", disse D. Basílio do Nascimento.

O bispo de Baucau considera que Timor precisa de quadros e políticos com preparação e que os guerrilheiros não devem ser necessariamente políticos e governantes.

"Uma coisa é ser comandante de guerrilha e outra coisa é ser chefe de Governo ou presidente da República. Enquanto o chefe de guerrilha depende da sua oposição da sua intuição e do seu sentido de oportunidade, o chefe de um Governo ou presidente de uma nação já tem de jogar com muitos equilíbrios para os quais muitas vezes os guerrilheiros não estão preparados", sustentou.

Xanana Gusmão, presidente cessante de Timor-Leste, prepara-se para oficializar um partido político, mas ainda não revelou se vai candidatar-se às eleições legislativas previstas para Junho próximo.

"Creio que, a nível de individualidade, Xanana ainda tem um capital de simpatia bastante grande. Comparado com todos os chefes políticos timorenses, Xanana ainda goza de muita simpatia a nível interno", insistiu o bispo de Baucau, reiterando que o líder histórico timorense "precisa de preparação para assumir cargos políticos".

"Parece que ele quer assumir o poder, o governo, de uma forma um bocado mais interventiva. Reconheçamos, e ele não me leva a mal, que, a nível de preparação, ele não a tem, mas também um grande chefe vale pela sua equipa", disse.

Para o bispo de Baucau, Xanana Gusmão, para assumir um novo cargo, terá de preparar-se e contar com apoios.

"Se ele for capaz de encontrar uma equipa que seja capaz de o assessorar, penso que Timor-Leste pode começar a entrar num caminho de estabilidade e de equilíbrio, condições necessárias para o crescimento que, esperamos, venha a ser grande".

Apesar de referir a falta de preparação académica de Xanana Gusmão, o bispo de Baucau refere que o líder histórico timorense não encontrou alternativas e teve, por isso, de assumir o poder.

"Depois daqueles anos que passou no mato, atiraram-no para a presidência da República porque tinha que ser e ele não teve tempo para se preparar", admitiu.

PSP-Lusa/Fim

Bispo de Baucau critica falta de preparação política da Fretilin

Pedro Sousa Pereira (texto) e António Cotrim (fotos), da Agência Lusa Baucau, Timor-Leste, 20 Mar (Lusa) - D. Basílio do Nascimento considera que, politicamente, os últimos cinco anos do país ficaram marcados sobretudo pela inexperiência da Fretilin que, segundo o bispo de Baucau, cometeu erros porque os dirigentes desconhecem o país e estão pouco preparados.
"Para uma grande parte dos nossos governantes, o primeiro emprego que tiveram na vida foi ser ministro. Estas coisas aprendem-se, só que, de um momento para o outro, ser ministro de um país onde não há nada é um bocado temerário", disse D. Basílio do Nascimento à agência Lusa.

Segundo o bispo de Baucau, o principal erro da Fretilin foi "não conhecer o país" e referiu-se, sem apontar nomes, à "classe política que veio de fora, que imaginou Timor-Leste parado no tempo".

Para D. Basílio do Nascimento, depois da independência, em 2002, os políticos da Fretilin "não souberam adaptar-se à realidade".

"Para eles, o Timor ainda era o Timor de 1975. A maior parte da classe dirigente não acompanhou esta evolução de Timor ao longo de 24 anos e teve surpresas", acrescentou.
Segundo o responsável pela Diocese de Baucau, o Governo da Fretilin, liderado por Mari Alkatiri, não soube adaptar-se à realidade de Timor-Leste.

"Nos primeiros três anos de governação acho que não acertaram e quando quiseram acertar já tinham criado muitos anticorpos e muitas reacções hostis, de maneira que o bem que, porventura, tenham feito nos últimos tempos não conquistou o coração das pessoas", frisou.
D. Basílio do Nascimento reconhece o papel histórico da Fretilin durante a ocupação indonésia, mas afirmou que a mensagem política do partido está esgotada e que a falta de quadros não permite a aplicação das políticas.

"Até aqui funcionava a afectividade histórica, mas o partido maioritário encarregou-se de mostrar que não tinha capacidade. Tinha nome, criou muita simpatia do ponto de vista afectivo mas as pessoas foram aprendendo que, se calhar, o partido tem o seu lugar na história. O partido não tem quadros para implementar aquilo que porventura se criou como uma expectativa desenvolvida e dinamizada pelo partido", disse.

D. Basílio, que assinalou na segunda-feira os 10 anos da criação da Diocese de Baucau, disse à Lusa que a proposta do Governo da Fretilin, apresentada em Novembro 2005, sobre o fim das aulas de religião e moral nas escolas timorenses, o que provocou na altura manifestações por parte da igreja, foi um exemplo daquilo que aponta como o desconhecimento que os dirigentes têm sobre a população timorense.

"Isso foi uma ponta do iceberg. O que nós tínhamos intuído era que se tratava de um conceito de sociedade que, a nosso ver, não tinha nada a ver com a maneira de ser, de agir e de pensar deste povo", afirmou D. Basílio do Nascimento.

"Há um reconhecimento da parte da população em relação à igreja, em certos parâmetros da vida em que só a igreja está a intervir. Refiro-me à educação e refiro-me à assistência social".
Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, disse hoje, em entrevista à Lusa, que espera " que a igreja não seja política e que seja igreja, porque senão há duas facções políticas com os mesmos militantes".

"Católicos são 95 por cento da população e a Fretilin é o partido maioritário deste país, também são católicos, tirando eu e poucos mais", disse à Lusa Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e fundador do maior partido de Timor-Leste.

Lusa/Fim

NOTA DE RODAPÉ:

Impressionante o pânico da Igreja em relação à mais que prevista vitória da FRETILIN. A Igreja não se candidata mas faz campanha. Contra a FRETILIN, sempre...

Alkatiri diz que sigla CNRT foi usada "abusivamente" por Xanana

Díli, 20 Mar (Lusa) - Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e secretário-geral da Fretilin, afirmou hoje à Agência Lusa que a sigla CNRT foi "abusivamente usada" pelo novo partido do presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão.
"Vai ser interessante (a luta entre a Fretilin e o CNRT para as eleições legislativas). É pena que tenham usado um nome que não deviam, até porque o CNRT (Conselho Nacional da resistência Timorense) nasceu com uma Magna Carta e o autor dessa Magna Carta sou eu", afirmou.


O novo partido do Presidente da República cessante, ainda não apresentado oficialmente, usa a mesma sigla que o Conselho Nacional da Resistência Timorense, mas o nome está ainda por oficializar.

No passado, a CNRT foi o órgão histórico formado para aglutinar todas as forças políticas da Resistência timorense.

Para Alkatiri, o uso da mesma sigla por um partido político "é muito enganador, pouco honesto e esconde atrás disso uma intenção desmedida". "Nunca pensei", sublinhou Mari Alkatiri, afirmando-se "magoado" com a coincidência de nomes.

"Acho que Xanana tem envergadura suficiente para iniciar uma nova sigla", adiantou o ex-primeiro-ministro, levado a demitir-se a 26 de Junho de 2006 após a crise política e militar.

"Xanana Gusmão tem um passado que pode até dar-lhe mais credibilidade. Não precisa de ir à procura de siglas que são de todos para se apropriar" delas", insistiu.

Sobre o seu próprio partido, Mari Alkatiri defendeu que a Fretilin "tem energia e capacidade e, já o demonstrou durante a luta, em ir-se renovando".

"Povos como os nossos jogam muito com capitais simbólicos. Uma morte precoce de um capital simbólico contribui muito negativamente para a consolidação da nação e do Estado", analisou o secretário-geral do maior partido timorense.

Para Mari Alkatiri, "a Fretilin é um capital simbólico deste país, não é só uma instituição como qualquer outra".

"Por isso eu vou terminar a carreira política na Fretilin e depois serei um advogado de causas justas", concluiu.

Sobre a acusação de ser líder de um partido comunista, Mari Alkatiri diz que, "no mundo de hoje", já não sabe o que isso significa.

"Eu ainda sei o que significa ser capitalista. Agora, ser comunista já não sei. Mesmo os capitalistas, o que falam é em acabar com a pobreza, em saúde para todos, até já falam em água potável e electricidade. Mesmo o Banco Mundial. Portanto, estamos todos no mesmo barco", sublinhou.

Questionado sobre o papel da Igreja Católica, que liderou em vários momentos a oposição ao governo da Fretilin, Mari Alkatiri espera que "não seja uma força política" nas próximas eleições.

"Senão, há duas facções políticas com os mesmos militantes", afirmou o ex-primeiro-ministro.

"Os católicos são 95 por cento da população e a Fretilin é o partido maioritário deste país. Também são católicos, tirando eu e poucos mais.

Significa que são duas forças políticas com os mesmos militantes", adiantou.

"A igreja não se candidata, penso eu", disse ainda o fundador da Fretilin, rindo.

"A verdade é que a militância por uma religião tem por objectivo conquistar o reino dos céus. A militância por uma organização política tem por objectivo fazer da terra o céu", sustentou Mari Alkatiri.

PRM-Lusa/fim

"Polícia sim, tropas estrangeiras não" - Mari Alkatiri


Díli, 20 Mar (Lusa) - O secretário-geral da Fretilin e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, afirmou hoje à Lusa que as tropas estrangeiras "não são, nem nunca foram, necessárias em Timor-Leste".

Sobre o major Alfredo Reinado, perseguido por tropas australianas no sul do país desde 03 de Março, Mari Alkatiri considera que o militar deve "responder pelos seus actos" e "defender-se nos tribunais".
"Nunca achei que era necessário as tropas" estrangeiras em Timor-Leste, mesmo na crise de 2006. Polícia de intervenção sim, mas tropas não. O pedido de tropas era só para equilibrar para não dizerem que pedíamos de um lado e não do outro", explicou.
As Forças de Defesa Australianas desembarcaram em Díli em Maio de 2006, no auge da crise política e militar, a pedido do I Governo Constitucional, chefiado por Mari Alkatiri.
Posteriormente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu criar uma missão internacional de paz (UNMIT), que integra forças policiais próprias com cerca de 1.600 elementos.
Mais de 800 militares australianos e 180 neozelandeses constituem actualmente as Forças de Estabilização Internacionais (ISF) em Timor-Leste, com um comando próprio fora da UNMIT.
"Dizem e acredito que a Austrália está aqui para ajudar e, por isso mesmo, se esta ajuda se tornar desnecessária, (os seus militares) têm outros trabalhos para fazer no seu próprio país", afirmou Mari Alkatiri. "A Austrália deve entender que a melhor forma de se relacionar com Timor-Leste é respeitar Timor-Leste como país diferente, soberano e amigo", sublinhou.
Sobre Alfredo Reinado, o secretário-geral da Fretilin referiu que o major fugitivo "é um cidadão, com os mesmos deveres e direitos que os outros".
"Começou por ser utilizado e agora pensa que é uma figura", afirmou Mari Alkatiri sobre Alfredo Reinado, que fugiu de uma prisão de Díli em Agosto de 2006 e é alvo de uma operação de captura desde o início deste mês.
"Sabe, há pessoas que pensam que podem entrar na História a golpes de martelo", frisou.
PRM-Lusa/fim

"Timor perdeu credibilidade", diz Mari Alkatiri

Pedro Rosa Mendes, Agência Lusa Díli, 20 Mar (Lusa) - O ex-primeiro-ministro e secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, considerou hoje numa entrevista à Agência Lusa que "Timor-Leste perdeu credibilidade" com os acontecimentos de 2006.

"A nível regional e internacional, Timor-Leste perdeu um pouco de credibilidade e tem de voltar a ganhá-la. A nível doméstico, interno, todos perderam" com a crise política e militar de Abril e Maio de 2006 e "quem mais perdeu foi o povo", afirmou Alkatiri.

A crise, desencadeada pela exoneração, em Março de 2006 de cerca de 600 elementos das Falintil/Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), culminou com a queda do I Governo Constitucional liderado por Mari Alkatiri, a 26 de Junho.

"O último ano foi extremamente melancólico e triste para todos nós. É importante que cada líder reflicta sobre a sua contribuição para empurrar de novo o país para trás não sei quantos anos", afirmou Mari Alkatiri.

O ex-primeiro-ministro insistiu, no entanto, que a crise "é fruto de um golpe não concluído, de uma conspiração muito bem montada".

"Timor-Leste estava a ser um "mau exemplo" para a região, particularmente para o lado do Pacífico. É um país pequeno, que aparece a querer ser independente e a defender os seus recursos, com todas as suas forças, usando o Direito. Nós habituámo-nos a isso quando lutámos pela independência nacional durante 24 anos", explicou.

Sobre o partido que lidera, Mari Alkatiri disse não encontrar reflexos negativos da crise para a Fretilin, sobretudo num ano de eleições presidenciais (marcadas para 09 de Abril) e legislativas.

"O que se pretendeu com esta crise foi descredibilizar a Fretilin e a sua liderança. Como quem o fez não conseguiu credibilizar-se, antes pelo contrário, quem mais ganhou foi a Fretilin e a sua liderança", sustentou Mari Alkatiri.

O ex-primeiro-ministro garantiu, nesse sentido, que a direcção da Fretilin "não perdeu autoridade" junto dos seus militantes.

"De outro modo, não teríamos tido capacidade de controlar os militantes e exigir deles tolerância e contenção", sublinhou Mari Alkatiri.

A Comissão Especial Independente de Inquérito aos acontecimentos de 2006 recomendou a abertura de um processo contra Mari Alkatiri, suspeito de envolvimento na entrega de armas a civis pelo então ministro do Interior timorense, Rogério Lobato.

O arquivamento do processo por falta de provas foi anunciado no início de Fevereiro.

Mari Alkatiri afirmou que o caso o afectou "a título pessoal, sobretudo familiar, e também a nível do partido".

Ressalvou, no entanto, que as "dúvidas de algumas franjas dentro da Fretilin" ficaram esclarecidas.

Mari Alkatiri defendeu também que os acontecimentos e as decisões de 2006 devem ser "contextualizados" numa perspectiva política e não apenas jurídica.

"Estávamos na altura numa situação de desordem pública, não de ordem pública", explicou o ex-primeiro-ministro, aludindo ao colapso da Polícia Nacional.

"A Polícia é uma instituição recente. Se não houve implosão nas Forças Armadas, isso deve-se à sua própria história. De onde vieram as F-FDTL? Há uma certa solidez institucional por parte do comando que veio do tempo da guerrilha", justificou.

Para o secretário-geral da Fretilin, as instituições herdadas da Resistência são as que funcionam no pós-independência.

"Num país que se torna independente através de uma luta prolongada, as instituições ligadas à luta são vitais nos primeiros anos da independência para consolidar o resto do Estado", explicou o ex-primeiro-ministro.

"A comunidade internacional tem a tendência de ver sempre o contrário. Quer desligar o país da sua história de luta", concluiu Mari Alkatiri.

PRM-Lusa/fim

Timor-Leste: Deputado Leandro Isaac regressa a Díli "depois das eleições"

Díli, 19 Mar (Lusa) - O deputado independente Leandro Isaac, um dos que acompanha o líder rebelde Alfredo Reinado, disse hoje à Agência Lusa que admite regressar à capital de Timor-Leste mas só depois das eleições presidenciais de 09 de Abril próximo.

"Penso voltar a Díli dentro em breve, mas só depois das eleições", afirmou Leandro Isaac, contactado por telefone, indicando que não revela o local onde se encontra actualmente.

Leandro Isaac disse apenas que está no interior do país na companhia do major Alfredo Reinado.

O deputado independente estava "por acaso" com o major fugitivo em Same, no sul do país, segundo disse à Lusa na altura em que a localidade foi, há cerca de duas semanas, cercada por tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF).

As ISF lançaram um ataque para a captura de Alfredo Reinado na madrugada de 04 de Março e Leandro Isaac continua fugido desde esse dia.

"Continuo no interior, seguido pela tropa australiana e com a cabeça a prémio, porque exprimi a minha opinião", disse o deputado no contacto telefónico.

O Procurador-Geral da República timorense, Longuinhos Monteiro, afirmou a 16 deste mês à Lusa que, até àquela data, não existia nenhum mandado contra Leandro Isaac.

Longuinhos Monteiro explicou que o Ministério Público recebeu "um pedido oral" por parte das forças de segurança para que fosse emitido um mandado de busca à casa de Leandro Isaac, nos arredores de Díli.

"Respondemos que esse pedido tem de ser apresentado por escrito, mas até agora não recebemos" uma solicitação formal.

Sobre a questão da imunidade de Leandro Isaac como deputado ao Parlamento Nacional, o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, explicou à Lusa que o parlamentar "pode ter ou não ter".

"Normalmente, a imunidade só pode ser invocada no exercício das actividades de deputado. Fora disso, não a pode alegar", acrescentou o primeiro-ministro.


"Não penso entregar-me aos australianos e não posso deixar este povo", declarou hoje Leandro Isaac.

In East Timor: A Litmus Test for the Judicial System

Asia Foundation – 15/03/2007

By Katherine Hunter

Fairly or unfairly, the trial of former East Timorese Minister of Interior, Rogerio Lobato, is a litmus test for East Timor’s beleaguered judicial system. Indicted for misappropriation of public property, murder — and the unauthorized importation or use of firearms to disrupt public order — Mr. Lobato is the first senior government official to be tried in the aftermath of the violence in May 2006. This violence led to the government’s request for intervention by more than 3,000 security forces from Australia, Malaysia, New Zealand, and Portugal and subsequently to an expanded United Nations mission including 1,600 UN Police.

After much anticipation, the three-judge panel delivered the verdict to a packed courtroom on March 7, 2007. Mr. Lobato received a sentence of 7.5 years for arming civilian hit squads and for exceeding his authority. Due to heavy presence of UN Police outside the courthouse, pro- and anti-Lobato demonstrators remained calm, thus alleviating concern that the verdict would spark greater violence. Public reaction to the verdict was muted, though many citizens were disappointed by the light sentence: they expected up to 32 years imprisonment for Mr. Lobato’s role in last year’s unrest. Mr. Lobato remains under house arrest pending the filing of an appeal by his lawyer.

Much rests on the outcome of the Court of Appeal’s decision. The choices before the court include overturning or reaffirming the verdict, as well as reduction or increase of the sentence. Each decision has pitfalls in a country with an omnipresent rumor mill and where continuing unrest and the election campaign season are fueling ever-changing alliances.

For the judiciary, it’s a key test of the fledgling and struggling system, and a chance for the rule of law to take firmer root. There are widely held perceptions of impunity in East Timor due to both an overburdened and weak judicial system, and citizens’ poor understanding of judicial procedures. Since the “court of public opinion” has already tried and judged Mr. Lobato, any reduction of his sentence – or overturning of the verdict itself - will fuel more rumors of political interference in the judicial process as well as reaffirming the weakness of the system and reinforcing the perception of impunity. More importantly, Mr. Lobato’s fate is the proxy for a nation wanting someone to blame for last year’s events. Mr. Lobato’s imprisonment will thus be seen as a key sign of “justice” – a high-level official facing consequences for acting against the interests of all of those harmed and made more vulnerable from the widespread burning, looting, and violence in Dili that led more than 150,000 citizens (15% of the total population) to flee their homes to displaced persons camps.

As the campaign for the presidential election on April 9th gets underway and citizens worry about the search for military police deserter Alfredo Reinado in the rugged hills south of Dili, the nation waits for news of Mr. Lobato’s fate and wonders whether the rule of law will prevail.

Watch Indonesia! - Information & Analysis, 06 March 2007

Dili Update Notes from my visit to Dili February/March 2007
By Henri Myrttinen

Overall Situation

The situation in Dili continues to be defined by the on-going violence, which tends to fluctuate in terms of its intensity and the stated reasons for it seem to change with time. What a year ago was a conflict within the security forces became a sectarian loro monu/loro sa’e conflict, this then morphed into fights between various gangs, most notably PSHT vs. 7-7. During the course of the approximately 3 weeks which I recently spent in Dili, the ‘justifications’ for the violence underwent several more changes, from internecine gang warfare to demands for rice to anti-Australian demonstrations (following the airport IDP camp killings) to pro-Reinado riots to a mixture of the two latter points.


These conflicts are of course were complimented and partially also influenced by the ongoing struggles within the power elites. During the past few weeks, for example, pro-Fretilin groups, attacked Lasama’s convoy and anti-Fretilin groups attacked participants of the Fretilin congress in Gleno. At the moment, of course, the case of Major Alfredo Reinado and its impacts are the main causes of concern.

On the whole, the level violence seems to have intensified over the past few weeks, with record numbers of government and UN vehicles attacked, several government ministries attacked and burned, record numbers of arrests by UNPOL, numerous deaths and an additional 5 000 IDPs seeking refuge in the camps over the past few weeks.

The recent violence seems to have climaxed last Saturday/Sunday (3.3.-4.3.2007) with widespread and sustained fighting across Dili (and of course in Same) but things are expected to take another turn for the worse in the very near future. Possible triggers are the expected sentencing of ex-interior minister Rogerio Lobato on 7 March which will be accompanied by a demonstration of the pro-Reinado MUNJ a day later; a capture and/or killing of Reinado by the ISF and the heating up of the presidential elections scheduled for April 9. Australia has begun a partial evacuation of its nationals from Timor Leste.

The violence has led to its own peculiar kind of time/space-continuum of fear: people restrict their movement around town to daylight hours and to certain parts of town as well as certain routes, adapting these as necessary as rumours of clashes and roadblocks are spread, mostly by SMS or word-of-mouth. Needless to say, this is extremely disruptive to people’s everyday lives and hampers not only the social fabric of the city (and by extension the nation) and the economy but also the work of the government and administration. Many civil servants in fact live in IDP camps, commuting to work in the ministries when the situation allows them to.

The UNMIT SRSG Khare has made it a point that he wishes to show that he is able to go anywhere in Dili at anytime, meaning that he pops up at random trouble spots at 3 in the morning or goes to a market at noon. In that sense he seems at times to be more visible than the government. For example when the MUNJ descended upon Dili end of February, it was Khare who went to meet them to convince them to return home, not the RDTL government. I did however occasionally get the impression that UNMIT was not quite on top of things, especially when it comes to the issue of trying to tackle the widespread violence. In terms of dealing with the violence, this impression of impotence 1 also applies to the ISF.

The Airport IDP camp seems to be fast becoming the most politicised, organised and vocal IDP camp, following the killings of three IDPs (one in October, two last week) by Australian ISF members. The Airport IDPs formed an informal coalition, including representatives of several other IDP camps and three martial arts groups (all three of which are theoretically in conflict with each other), which signed a joint declaration denouncing ISF actions. I think it is quite possible that the IDP camps, above all the one at the airport which is also geographically closer to Delta, Comoro, Kampung Baru, etc., might become the locus for new forms of political activities and coalitions, bypassing the traditional party-political structures and civil society organisations.

The Rice Crisis

Before Alfredo grabbed the headlines, one of the main issues affecting people’s lives was the rice crisis. During the Indonesian occupation, rice became the staple food, replacing locally grown foods such as yams, sweet potatoes, bananas or cassava. This is in fact a regional phenomenon and can be seen across the eastern part of Indonesia. As in other parts of South-East Asia, the rains in Timor Leste have been erratic this rainy season. The local shortfall in produce is exacerbated by a regional one: rice is scarce across the region and the major exporters’ harvests are late. Thus the rice stocks were depleted across the country and the rice price tripled or quadrupled, making it impossible for the average Timorese family to purchase their staple food.

In the short-term handling of the crisis, one might criticise both the government and the UN agencies for being a bit slow on the uptake but this was a matter of a delay of a few days rather than weeks. In the longer term, of course, a more sustainable approach to the rice issue needs to be found. Relying on WFP food stocks and imports or donations from abroad are not an optimal solution. Instead, there should, in my opinion, be a long-term policy of moving away from imported rice to favouring the above-mentioned local staple food alternatives.

The Rice Crisis was actively used by various groups to attack the government, amongst them the MUNJ (‘we demand rice and justice for the people’ was the slogan of their spokesperson Agusto Jr.Trinidade when I interviewed him in Dili Stadium, where a large banner of Alfredo as a kind of ‘patron saint of justice’ had been hung), student groups, opposition parties and members of the clergy.

The Role of the Church and the Media

Unfortunately, the roles of two of the main opinion-making institutions, the Catholic Church and the national media, have not always been very helpful in the current situation. Instead of working constructively towards resolving the crisis, they, along with the political parties, have often tended to exacerbate differences with partial, biased or plainly wrong information. The somewhat renegade priest Domingo Soares (also known as ‘Maubere’), who led the anti-government protests in 2005 over the issue of making religious education in schools optional, claimed for example during the rice crisis that the government was giving rice only to Fretilin members and their families. Supporters of Fretilin, especially those more in line with Alkatiri’s visions, have frequently complained of members of the clergy inciting people against Fretilin.

Having had neither a radio nor TV at my disposal this time, my superficial media critique this time around will mostly concentrate on the print media I was able to access. Both Timor Post and Suara Timor Leste (STL) seem to have a tendency to give priority to sensationalist headlines over balanced reporting, which of course is by no means a phenomenon limited to Timor Leste. One example that springs to mind was when after the stoning of Lasama’s car by Fretilin supporters, STL had a headline along the lines of ‘UNPOL biased in its protection of politicians.’ Only much later in the article does it become clear that this was merely an opinion expressed by a PD member and countered by UNPOL in the same article. Given a volatile situation already fraught with rumours, this kind of reporting tends to be rather unconstructive.

STL is also openly supporting the presidential bid of Jose Ramos Horta (JRH). When announcing the names of the presidential candidates, for example, STL added ‘Ramos Horta for President’ into its front page headline and had two full pages of commentary in support of JRH inside. When announcing the candidate numbers of the presidential candidates the next day, JRH (number 6) was mentioned first in STL’s article, only then followed by Fretilin’s Lu-Olo (number 1) and the other five candidates.

As mentioned, I did not systematically follow radio or TV broadcasts but I did notice than unlike from what I was able to gather of the coverage of TVTL in October/November 2006, this time TVTL actually did report about the crisis.

The foreign media coverage of events in Timor Leste tends to be limited to Indonesian, Portuguese and above all Australian coverage. I unfortunately did not have the time to monitor Indonesian media but have been receiving (thanks to mailing lists) relatively extensive coverage of Australian and European press reports. As noted by more than one international observer, Portuguese reporting often has had a pro-Fretilin bias while Australian media has often been biased against Fretilin, especially against Alkatiri and what Australian media has started to call the ‘Maputo Group,’ with all its shady insinuations. Australian media’s coverage of and role in the April/May 2006 crisis has raised a number of questions, not just in conspiracy buff circles.

It is also interesting to see how many of the Australian media outlets and political pundits take a victory for JRH in the presidential elections followed by a victory of Xanana Gusmao’s new CNRT in the parliamentary elections for granted. From my personal observations, this may not be such a foregone conclusion. It does not seem to me that JRH has actually been able to build all that much of a grassroots support basis, though this is just my personal impression. In general, his persona does not seem to raise as much discussion, be it either pro or contra, as contrasted for example with Xanana, Alkatiri or, the most controversial of them all at the moment, Alfredo Reinado.

Xanana seems to have lost political and moral capital due to what are perceived as his political power games and behind-the-scenes dealings. Several relatively high-ranking F-FDTL members I talked to were openly dismissive of their commander-in-chief, as were several of the proverbial ‘women/men on the street’ in Dili. The gravest gamble for Xanana was, however, to move against Alfredo, who was thought (at least by his supporters and his opponents) to have at least the tacit support of the president.

The Case of Alfredo

The series of events surrounding Reinado over the past few days the raiding of the border posts, Xanana publicly turning against him, the stand-off in Same and the botched Australian capture attempt have inevitably spawned endless speculations, rumours and theories. For Xanana, it definitely was a major political gamble, as those supporting Alfredo tended, from my observations, to regard Xanana as their natural ally. It is hard to imagine an outcome of the crisis through which Xanana would be able to regain the support of Alfredo’s supporters. Xanana’s sisters houses have already been attacked by Reinado supporters and they have issued death threats against Xanana and his family.

Based on my random discussions in Dili, there tends to be a majority ‘conspiracy consensus’ that Reinado will not be captured alive as he is regarded as being too much of a liability to Xanana, to the ISF and the opposition parties, perhaps even to the government. This of course goes into the realm of rumours and speculation but it is exactly these kinds of rumours and speculations which form opinions and shape political responses. When the street violence last weekend spread to the otherwise quiet Audian neighbourhood where I was staying, the reason I was given was that Alfredo had been shot by the ISF, prompting fire-fights in central, western and southern Dili until sunrise. In an environment where ‘objective’ information is hard to come by and few people trust the messengers, reality is shaped by the way people react to rumours and speculation.

The motivations for Reinado’s actions remain somewhat sketchy. He tends to cast himself as a ‘defender of the people,’ fighting for ‘truth and justice.’ A group of the border police unit (BPU) who joined Alfredo was more specific: they had given the requested weapons to Reinado and joined his group „reason being that we did not want that these weapons to end up in the hands of the radical Maputo group to be used to kill people.” (João Martinho, 27.02.2007).

Thus the ‘anti-communist’ rhetoric which members of the clergy, amongst others, have been spreading has also been taken up by Reinado and his followers:

”Ramos Horta and Mari Alkatiri are the founders of the Fretilin communist government,” he says. „They have been communists since 1975, but they wear a democratic mask. The East Timorese government is supporting communism -- it still continues to this day.” (Alfredo Reinado, interview with The Bulletin, 01.03.2007)

Much has been made in the Australian media of his ‘taunting of Australian soldiers’ and his ‘threat to kill Australian soldiers,’ even though the transcripts of his interviews do not in my view fully justify these headlines. He has said he will fight if attacked (i.e. be it by Timorese, Australians, New Zealanders, or Malaysian or Bangladeshi UNPOL), but I so far have not seen any specific death threat against Australians. He has a penchant for bravado („Tell the Australian troops to stick surrender up their arse,” The Age, 01.03.07) but has actively sought to negotiate his way out of situations if and when possible, as was the case in Same as well.

When talking to Alfredo’s supporters, the standard answer is that he is ‘seeking/defending justice.’ The exact definition of what is meant by this justice remains, as it maybe must, somewhat vague to say the least. His persona and his struggle with the authorities have perhaps become a canvas upon which to project the feelings of injustice; of economic, social and political marginalisation; of a sense of betrayal by the political elites and hopes for a better, ‘just,’ future for those who feel that independence has not been what they expected. Personally I am of the opinion that these feelings, which I fully respect as being genuine and in many ways legitimate, are being manipulated, perhaps not so much by Alfredo himself but by more savvy political animals, such as in the MUNJ and in some of the opposition parties.

The Australian media has taken to calling Major Reinado ‘the renegade soldier and folk hero’ or ‘a cult hero wanted for murder and rebellion’ (The Age, 01.03.07) I think this needs to be qualified, as at least as many people ‘on the street’ that I spoke to who supported Alfredo were opposed to him, often violently (one comment was ‘he is a terrorist and should be shot’) . What is, however, obvious is that almost all imaginable outcomes for this current crisis seem unfortunately to point to an increase in violence, especially in Dili.

1 - I use impotence in full realisation of its sexual connotations, which I feel are appropriate here, given the conspicuous macho swagger of patrolling ISF units flaunting their hi-tech ‘gear’ (light machine guns, APCs with mounted 30 mm cannons, grenade launchers, etc) which they and the Timorese know will not be put to use against teenage rioters

Timor-Leste: Centro Tecnológico de Madeiras de Baucau na Rota dos Móveis

Pedro Sousa Pereira (texto) e António Cotrim (fotos), da Agência Lusa Baucau, Timor-Leste, 19 Mar (Lusa) - O Centro Tecnológico de Madeiras, uma parceria entre a autarquia de Paredes e a diocese de Baucau, foi inaugurado hoje naquela cidade timorense, tendo por objectivo formar profissionais e, a longo prazo, a comercialização de mobiliário.

"O projecto começou por chamar-se «Uma fábrica para Timor» e o objectivo era criar aqui uma fábrica para produção de mobiliário. No entanto, e dada a adesão dos empresários, foi possível alargar o âmbito tecnológico", disse à Agência Lusa, em Baucau, o presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira.

"Por isso, o projecto foi repensado para envolver também a formação nas tecnologias da madeira", acrescentou o edil de Paredes, que, ao longo dos quatro últimos anos, organizou um processo que envolve 28 empresários portugueses.

Celso Ferreira explicou que a diocese de Baucau forneceu o local e construiu as instalações, a Câmara de Paredes participou com 60 mil euros e cada um dos 28 empresários portugueses ofereceu uma máquina.

No total, o projecto representa um investimento de 900 mil euros.

"Estamos a falar de cooperação, de um projecto da Lusofonia e de responsabilidade social e ainda a falar de um projecto para valorizar um país irmão porque, ao lado do lucro, também pode haver cooperação", disse Celso Ferreira.

Para o presidente da Câmara de Paredes, os empresários portugueses têm, neste projecto, uma oportunidade de investimento, por se tratar de um país que precisa de indústrias de transformação de madeiras.

"Estamos a falar de dotar Timor de indústria transformadora, que não tem, e criar condições para que possam acrescentar valor às madeiras preciosas que aqui têm. O país tem teca, tem pau-rosa e tem sândalo. São madeiras muito valiosas no mercado internacional e, mais ano menos ano, acabariam por sair daqui sem valor acrescentado, caso não se proporcionem condições para a transformação em Timor-Leste", sublinhou.

Nesse sentido, os empresários de Paredes apostam na formação de 25 novos carpinteiros timorenses, através da aprendizagem apoiada por três técnicos portugueses.

Os três técnicos vão ficar em Baucau para formar os trabalhadores que poderão, em breve, começar a operar os equipamentos que foram enviados e que já se encontram instalados no centro.

"São máquinas de corte, moldagem e de métodos de encaixe e que pretendem fazer tudo em carpintaria e construção de mobiliário", disse à Lusa o presidente da Câmara de Paredes.

A montagem do centro está concluída e, a partir de Abril, arranca o período de formação de carpinteiros timorenses que vão estar, mais tarde, envolvidos na produção de mobiliário para comercialização.

Segundo o autarca português, o concelho de Paredes - conhecido como a "Rota dos Móveis" por representar actualmente 65 por cento da produção do mobiliário em Portugal, onde estão instaladas 1.268 fábricas -, quer ajudar a aplicar em Timor-Leste o modelo que foi utilizado na região, do distrito do Porto, há mais de seis décadas.

Na altura, explicou, as máquinas eram colocadas à disposição da população, ou alugadas por baixo custo, para a execução de simples trabalhos de carpintaria.

Como consequência, os pequenos artesãos, por terem tido acesso aos equipamentos que lhes permitiram a realização de trabalho, acabaram por progredir. O mesmo vai ser tentado em Timor-Leste durante a primeira fase do projecto.

"O facto de nós termos transformado a carpintaria de Baucau em centro tecnológico vai permitir que qualquer artesão timorense poderá utilizar as máquinas", frisou o autarca luso.

Para se aceder ao equipamento terá de se pagar uma renda à diocese, cujo objectivo não é o lucro, ou então pagar para que lhe sejam feitas as operações mecânicas para a produção de móveis, portas e janelas.

A ideia da construção de uma carpintaria partiu de um padre natural de Paredes que visitou Timor-Leste em 2000 e que acabou por promover a ligação entre a Câmara Municipal de Paredes e o bispo D. Basílio do Nascimento.

Para a diocese de Baucau, parceira da CM de Paredes neste projecto, o novo centro é sobretudo uma oportunidade para os jovens da cidade.

"Espero que venha beneficiar as gentes daqui. Estou a pensar nos carpinteiros, nos jovens que vão ter uma possibilidade de adquirir uma formação numa arte que vai ser uma espécie de instrumento nas mãos para eles poderem viver. Pode contribuir para que Baucau possa vir a ter alguma influência a nível da produção local", disse à Lusa D. Basílio do Nascimento.

O primeiro-ministro timorense, José Ramos Horta, que esteve presente na cerimónia de inauguração das instalações, referiu à Lusa que Timor-Leste precisa de captar investimento e que é possível, no futuro, fazer exportar os produtos, como os móveis a fabricar em Baucau, sobretudo para a Austrália.

O Centro Tecnológico, ou a "carpintaria", como lhe chamam em Baucau, está instalado numa das muitas entradas de uma cidade que conta com cerca de 30 mil habitantes.

Lusa/Fim

Timor-Leste: O sonho do padre carpinteiro no Mundo Perdido

Pedro Sousa Pereira (texto) e António Cotrim (fotos), da Agência Lusa Baucau, Timor-Leste, 19 Mar (Lusa) - Um homem pequeno de calções, sapatilhas e uma camisola do FC Porto anda de um lado para o outro de martelo na mão, arrasta máquinas, sobe escadas, ajuda a soldar tubos no tecto e a cortar toros de teca.

O equipamento está a funcionar na nova oficina de Baucau, entre as montanhas do Mundo Perdido e o mar, sob as ordens do padre Feliciano Garcês, do seminário de Rio Tinto, filho de um carpinteiro de Paredes, vestido como um operário, de camisola do Futebol Clube do Porto, e que diz adormecer embalado ao som das plainas.

"Eu nasci numa carpintaria. O meu pai é carpinteiro, os meus irmãos trabalham na mesma actividade e eu desde muito novo aprendi o ofício a ajudar o meu pai. Lembro-me de adormecer ao som da plaina. Embala-me. Para mim é quase música", diz o padre Feliciano à agência Lusa, em Baucau.

O ruído das máquinas e o barulho da chuva são tudo menos música. Mais, não deixam dormir ninguém.

Com a chegada do equipamento terminam quatro anos de trabalho que envolveu o bispo D. Basílio do Nascimento, a Câmara Municipal de Paredes e Governo português.

A ideia de construir uma carpintaria surgiu em 2000, altura em que o padre Feliciano se encontrava em Baucau.

"Um dia, na companhia do bispo D. Basílio, vi que um padre que visitamos fora da cidade só tinha uma cadeira de plástico e uma porta improvisada. O bispo explicou-me que era o que tinham. De regresso a Baucau fomos falando e eu foi-lhe dizendo que, em Paredes, de onde sou natural, não teria qualquer dificuldade em conseguir apoios para fazer uma carpintaria", recorda o padre Feliciano.

O sacerdote do seminário de Rio Tinto entrou então em contacto com o município de Paredes, que já tinha um projecto para ajudar a montar uma fábrica em Timor.

De carpintaria, o projecto passou a fábrica e, depois, a Centro Tecnológico.

"Esta fábrica pretende formar carpinteiros e criar também uma política de replantação de teca na ilha, através de uma mensagem muito simples: por cada árvore cortada devem-se plantar três, para abastecer a população de mobiliário essencial, sobretudo as escolas", disse o padre Feliciano enquanto ajudava os trabalhadores timorenses.

Jaime Soares, natural de Baucau, 41 anos, vai ser o chefe da carpintaria. "Tenho experiência do tempo indonésio como carpinteiro, em Fatumaka, e agora vou ajudar os outros a serem homens, aqui", disse.

Jaime Soares vai ganhar 155 dólares por mês (cerca de 120 euros) e dirigirá uma equipa de 25 homens, 18 dos quais já têm alguma experiência como carpinteiros.

O padre Feliciano Garcês tem 38 anos e pertence à congregação dos padres Dehonianos, com seminário em Rio Tinto, distrito do Porto, onde se encontra quando não está em Timor-Leste.

Nos anos 90 do século passado foi missionário em Madagáscar, onde colaborou igualmente na edificação de estruturas.

Em Timor-Leste, depois do sonho da carpintaria, o padre Feliciano quer partir para a recuperação de casas, sobretudo das antigas construções coloniais portuguesas da região.

"Gostava, dentro de ano e meio, ter por cá fornos para cozer barro e fazer telhas de meia-cana e máquinas para construir tijolos. Gostaria também que em Baucau surgisse uma pequena barragem para a produção de energia para ajudar a implementar um projecto agrícola, porque o solo é fértil e a chuva ajuda. Mas agora não há nada", afirma.

De acordo com o padre Feliciano, é possível fazer com que as populações sejam auto-suficientes no que diz respeito a produtos agrícolas mas, em Baucau, uma cidade que desce de um planalto até à praia, as hortas são pobres e não existem sistemas de regadio ou mesmo pequenas albufeiras para a rega durante os meses mais secos.

Chove em Baucau desde a semana passada mas a água da chuva passou pelas hortas desordenadas, frente à nova carpintaria, e perde-se em mil riachos pela encosta a baixo.

Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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