Díli, 21 Jun (Lusa) - A FRETILIN vai propor a Xanana Gusmão uma "soluçã o de compromisso" que respeite o quadro constitucional existente, resultante das eleições de 2001, em que o partido obteve 57,37 por cento dos votos, disse hoje fonte partidária à Lusa.
Segundo Estanislau da Silva, membro da comissão política nacional da FR ETILIN, é possível "fazerem-se arranjos aceites por todas as partes e prosseguir com a governação".
Questionado sobre que tipo de "arranjos", Estanislau da Silva respondeu que a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, exigida pelo Presidente da República, é uma das várias opções em análise.
"Vamos ter de ver as vantagens e as desvantagens [da demissão de Alkati ri]. Mas vamos, com certeza, optar por uma solução que sirva a maioria do povo d e Timor-Leste", frisou, sem especificar opções para a "solução de compromisso" q ue será proposta pela FRETILIN.
O presidente timorense, Xanana Gusmão, exigiu terça-feira, em carta env iada a Mari Alkatiri, a sua demissão da chefia do governo, face a acusações de q ue estaria envolvido numa alegada distribuição de armas a civis para eliminação dos seus adversários políticos.
Mari Alkatiri tem repetidamente negado as acusações, feitas por um vete rano da resistência à ocupação indonésia, e admitiu que apenas consideraria demi tir-se se fosse esse o desejo da FRETILIN, partido de que é secretário-geral.
Estanislau da Silva considerou que "não se pode deixar cair" o mandato recebido pela FRETILIN nas eleições de 2001 e o trabalho dos últimos quatro anos de governação.
"Não podemos deixar este país cair, depois do trabalho que se fez nos ú ltimos cinco ou seis anos e particularmente nos últimos quatro anos de governaçã o", vincou.
Estanislau da Silva, que detém a pasta da Agricultura, Florestas e Pesc as no executivo liderado por Mari Alkatiri, insistiu que é possível encontrar-se uma "solução de compromisso".
A "solução de compromisso" deverá ter em conta o "respeito pelas instit uições eleitas democraticamente" e ainda o facto de "nos próximos oito meses" se realizarem eleições legislativas, disse.
"Hoje temos uma situação em que se diz que a maioria das pessoas está c ontra o governo, mas se virmos bem as manifestações, eles são poucos", sustentou .
"A FRETILIN, se quiser, pode trazer, como o primeiro-ministro já disse várias vezes, dezenas de milhares de pessoas a Díli. Nós não fazemos isso para n ão deteriorar [a situação] e não criar mais problemas além daqueles que já temos ", disse Estanislau da Silva.
"Felizmente, temos conseguido convencer os nossos militantes a não reag irem a uma série de provocações que têm tido lugar e que contribuiu para de uma forma ou outra não precipitar os acontecimentos de uma forma mais drástica", acr escentou o dirigente do partido governamental.
A comissão política nacional da FRETILIN reúne-se quinta-feira, e à tar de Mari Alkatiri e Francisco Guterres "Lu-Olo", presidente do partido e do Parla mento Nacional, serão recebidos por Xanana Gusmão, "a quem comunicarão formalmen te qual a decisão da FRETILIN", concluiu Estanislau da Silva.
Relativamente ao Conselho de Ministros, inicialmente marcado para quint a-feira de manhã, Estanislau da Silva revelou que a reunião extraordinária do ex ecutivo se realizará apenas sexta-feira de manhã.
Outra fonte governamental contactada pela Lusa disse que a agenda de tr abalhos desta reunião extraordinária tem apenas um único ponto: demissão do gove rno.
A FRETILIN venceu as eleições de 2001 para a Assembleia Constituinte, q ue redigiu e aprovou a Constituição da República, com 57,37 por cento dos votos, elegendo 55 dos 88 deputados.
Posteriormente, a Assembleia Constituinte votou a sua transformação no actual Parlamento Nacional, do qual saiu o governo liderado por Mari Alkatiri, c uja posse ocorreu a 20 de Maio de 2002, dia em que o país se tornou independente EL.
Lusa/Fim
quarta-feira, junho 21, 2006
FRETILIN vai propor "solução de compromisso" a Xanana Gusmão
Por Malai Azul 2 à(s) 21:51 1 comentários
East Timor President orders PM to resign
By Jenny Booth and agencies
Times Online
The President of East Timor has asked Mari Alkatiri, the tiny nation's controversial Prime Minister, to resign after weeks of disorder and violence.
"I can confirm the letter that President Xanana Gusmao sent yesterday to Prime Minister Alkatiri. The letter is asking him to step down from office," said a close aide in Mr Alkatiri's office.
He said that Mr Alkatiri would meet his council of ministers tomorrow to discuss what the Cabinet thinks about the President’s request. Asked if the Prime Minister would go, he said: "Most probably, he will resign."
Many East Timorese blame Mr Alkatiri for weeks of unrest in the capital, Dili. They say that his decision to fire 600 disgruntled soldiers in March was to blame for the subsequent clashes and gang warfare that has left at least 30 people dead and sent nearly 150,000 people fleeing from their homes.
The violence is the worst to hit the nation since it voted for independence from Indonesia seven years ago, sparking bloody rampages by militias seeking revenge.
Until now President Gusmao - a hero to most in East Timor - has been standing by the elected premier, but today it emerged that Mr Alkatiri has lost the confidence of many of East Timor’s ruling party, who accuse him of lying about distributing weapons to civilians.
"We asked the president to suspend him as prime minister and form a transitional government while waiting for next year’s election," said Vicente Maubucy Ximenes, who said he was acting as a spokesman for most of the ruling Fretilin party.
Mr Alkatiri’s critics have also accused him of forming a hit squad to kill his political opponents. Independent UN and Australian police investigations into the claims are ongoing.
Longuinhos Monteir, East Timor's Prosecutor-General, told the AP news agency today that there was no evidence to support the allegations, but the Prosecutor's decision yesterday to order the arrest of the country’s former Interior Minister for allegedly giving guns to Vincente "Railos" da Concecao - the self-proclaimed leader of the hit squad - has nonetheless added to the pressure on Mr Alkatiri.
The Prime Minister has so far resisted the calls to quit, and said earlier this month he would resign only if Fretilin voted him out of office - an option that had been considered unlikely after his re-election as leader in May.
Mr Ximenes claimed to represent party members from ten of East Timor’s 13 districts, but that could not be immediately confirmed.
"He was involved in the distribution of arms, however he lied to the people saying he was not involved," Mr Ximenes said, adding that even if Mr Alkatiri did not distribute the weapons himself , "he was fully aware of what went on".
The United Nations Security Council, meanwhile, has extended the mandate of the UN office in East Timor for a further two months, and has urged all parties in the beleaguered nation to refrain from violence and take part in the democratic process.
About 100 men today staged a loud but orderly protest demanding that Mr Alkatiri resign, the second day the capital has seen demonstrations against him.
"We came to force Xanana to please make a decision and to hear the people," thre protest's organiser, Augusto Junior Tridade, said, before leading the protesters through the midday heat to the UN headquarters.
Sukehiro Hasegawa, a UN special representative, greeted the men and urged them to express their opinions peacefully. "The UN is here to stay to help your country to get over this crisis," he said.
"The UN and the international community will remain impartial and independent in carrying out the investigations and finding out just what happened here so that justice for all will prevail."
Por Malai Azul 2 à(s) 21:45 9 comentários
Xanana ameaçou demitir-se durante reunião do Conselho de Estado
Lisboa, 21 Jun (Lusa) - O presidente timorense, Xanana Gusmão, ameaçou demitir-se durante a reunião de hoje do Conselho de Estado se o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, não aceitasse deixar a chefia do governo, disse à Lusa um dos participantes no encontro.
Segundo a fonte contactada telefonicamente em Díli e que solicitou o anonimato, Xanana Gusmão alegou que a crise política não se pode prolongar por mais tempo e que teria de dar uma satisfação ao povo timorense.
Já perto do final da reunião, e porque Maria Alkatiri se mantinha "fechado em copas", segundo a expressão usada pela mesma fonte, Xanana Gusmão insistiu que tinha de "enfrentar" a população e que não lhe restava outra hipótese senã o demitir-se.
Perante esta reacção, Mari Alkatiri disse então que avaliava a posição e o papel do Presidente da República como "mais importantes" no contexto da actual crise, pelo que comunicou que iria consultar a direcção da FRETILIN sobre a sua possível demissão.
Na reunião do Conselho de Estado, em que participaram 10 dos 12 conselheiros, cada um dos membros daquele órgão de consulta do Presidente da República pronunciou-se sobre a crise política, disse ainda a fonte contactada pela Lusa.
Quatro dos conselheiros defenderam a demissão de Mari Alkatiri, três (incluindo o próprio primeiro-ministro) manifestaram-se contra, dois deixaram a decisão ao chefe de Estado e um não se pronunciou sobre a questão, não tendo havido qualquer votação acrescentou a mesma fonte.
Após a reunião, que decorreu no Palácio das Cinzas (sede da Presidência da República) durante cerca de seis horas, Mari Alkatiri reuniu-se com o "núcleo duro" do governo e da FRETILIN para consultas sobre uma possível demissão.
Um porta-voz de Mari Alkatiri admitiu, entretanto, que o primeiro-ministro "muito provavelmente" irá demitir-se.
A demissão de Mari Alkatiri foi exigida por Xanana Gusmão terça-feira, numa carta que endereçou ao primeiro-ministro, a propósito de um programa transmitido por uma televisão australiana sobre a alegada distribuição de armas a civis.
Na carta, Xanana Gusmão refere que no programa são feitas "graves denúncias" sobre o alegado envolvimento de Mari Alkatiri na entrega de armas a civis.
"Tendo visto o programa 'Four Corners', que me chocou imensamente, só m e resta dar-lhe oportunidade para decidir: ou resigna ou, depois de ouvido o Con selho de Estado, o demitirei, porque deixou de merecer a minha confiança, enquan to Presidente da República", escreveu Xanana Gusmão.
"Espero uma resposta sua até às 17h00 de hoje, 20 de Junho de 2006", lê -se na missiva assinada por Xanana Gusmão.
A acusação de que Mari Alkatiri ordenou a distribuição de armas a civis para eliminar os seus adversários políticos foi feita por Vicente da Conceição "Railos", um veterano da resistência contra a ocupação indonésia que afirma lide rar um grupo de "segurança interna" da FRETILIN, de cerca de 30 homens.
Mari Alkatiri tem repetidamente negado as acusações de "Railos" e, face a sugestões para que se demita, admitiu fazê-lo apenas se fosse esse o desejo d a FRETILIN, partido de que é secretário-geral.
A FRETILIN venceu as eleições de 2001 para a Assembleia Constituinte, q ue redigiu e aprovou a Constituição da República, com 57,37 por cento dos votos, elegendo 55 dos 88 deputados.
Posteriormente, a Assembleia Constituinte votou a sua transformação no actual Parlamento Nacional, do qual saiu o governo liderado por Mari Alkatiri, c uja posse ocorreu a 20 de Maio de 2002, dia em que o país se tornou independente .
PNG/EL/ASP.
Por Malai Azul 2 à(s) 21:34 2 comentários
Dos leitores
Não sei se Xanana Gusmão está à altura de cargos de Estado mas teve de se meter ao caminho pois vislumbrava-se quem melhor que ele para ser PR? Havia? Se havia não apareceu porque quem apareceu não o venceu. Foi o povo que escolheu.
Se ele resigna? Não sei, mas certamente vontade para bater com a porta não lhe falta e essa história já não é nova pois fez isso mesmo quando andava a lutar de armas na mão enquanto outros pelos vistos, noutras paragens, não aprenderam o suficiente para hoje terem evitado o caos que se formou. Xanana Gusmão vem da guerrilha por muito que venham agora dizer o que quer que seja de ele ser mau PR. Releiam tudo o que ele escreveu e aprendam pois ele colocou bem acessível tudo o que pensava.
Agora há algo que julgo ele jamais fará - abandonar o povo à sua sorte!
A diferença aí, entre aqueles que têm o dever de o servir (ao povo) é de facto abismal.
Xanana Gusmão não queria ser Presidente.
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Por Malai Azul 2 à(s) 21:33 0 comentários
Dos leitores
Para informacao, o Primeiro-Ministro nao se candidata... mas e sim indicado pelo partido que ganhe... e portanto, demonstra a confianca dos militantes, e assim do povo que vota para o partido...
Se o actual PM tivesse algum receio, de certeza que ja teria resignado... mas ao que parece, sao outros a exigir tal resignacao... ate da para pensar: sera que nao sao os verdadeiros culpados a tentar arranjar um bode expiatorio?
Por Malai Azul 2 à(s) 21:30 1 comentários
Breaking News - A carta que inspirou Xanana Gusmão
Presidência da República
Palácio de Belém
Para:
Primeiro-Ministro
Dr. Santana Lopes
Assunto: Envio de um “spot” do Caras TV
Tendo sido transmitidas no programa “Gente Gira” do Caras TV da passada sexta-feira, e alegações no mesmo teor ecoadas na edição de hoje do 24 Horas, graves denúncias sobre o seu envolvimento na distribuição de cocktails e beijos a uma série de tias, junto lhe envio o vídeo para a sua apreciação.
Tendo visto o programa “Gente Gira”, que me chocou imensamente – até por inveja, porque a Maria Rita nunca me leva a estas coisas – só me resta dar-lhe oportunidade para decidir: ou se resigna ou, depois de ouvido o Conselho de Estado, o demitirei, porque deixou de merecer a minha confiança, enquanto Presidente da República.
Espero uma carta de resposta sua, até às 17h00, de hoje.
Os meus melhores cumprimentos
Palácio de Belém
O presidente da República
Jorge Sampaio
P.S. Aproveito para lhe enviar, com a cassete, uma caixa de pasteis.
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Por Malai Azul 2 à(s) 21:28 3 comentários
Dos leitores
Claro que tudo isto é uma manobra e "uma maquinação para impedir o Povo Soberano de Timor-Leste a pronunciar-se sobre o seu passado, no presente, escolhendo em consciência o seu futuro", como se interrogam. O que é preciso é manterem a coerência, sensatez, sentido de responsabilidade, firmeza e principalmente o sentido de Estado que a Fretilin e os seus líderes têm demonstrado e que lhes tem permitido manterem o rumo nestas águas que outros agitam. Muita força, amigos!
Por Malai Azul 2 à(s) 21:25 0 comentários
Dos leitores
Unidade Nacional? mas isso e que e democracia? entao os partidos que nunca fizeram nada para o bem deste pais, e nao tem representatividade nenhuma, tem direito ao mesmo que aos partidos que sempre estiveram a lutar e em quem o povo confia??? em ingles existe uma expressao muito propicia para este tipo de situacao: "GET REAL!!!"
Por Malai Azul 2 à(s) 21:20 2 comentários
Dos leitores
AI MALAI AZUL
Na política temos que estar preparados para tudo.
O Xanana foi encostado à parede, não teve outra saída...
A maior injustiça do mundo, para quem trabalhou tanto, mas também muita ingenuidade e falta de cuidado com os "amigos" que o rodeavam (ou não havia melhor!... acaba tudo por ser soluções de compromisso...esse é também um dos grandes problemas de Timor ... onde estão os Homens em valor e em número suficiente?)
Passamos à terceira fase, a construção de um governo presidencial... se os Australianos entenderem que há ESTADO em Timor Leste, senão não passará de um governo de protecção ... por isso é que aquele tal senhor já dizia que o chefe da polícia nacional deve ser um internacional e certamente também o PM?...
Nota: A Fretilin declarou hoje através do seu porta-voz que não aceitará um candidato de iniciativa presidencial ou de transicção...
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Por Malai Azul 2 à(s) 20:14 4 comentários
AI MALAI AZUL
Na política temos que estar preparados para tudo.
O Xanana foi encostado à parede, não teve outra saída...
A maior injustiça do mundo, para quem trabalhou tanto, mas também muita ingenuidade e falta de cuidado com os "amigos" que o rodeavam (ou não havia melhor!... acaba tudo por ser soluções de compromisso...esse é também um dos grandes problemas de Timor ... onde estão os Homens em valor e em número suficiente?)
Passamos à terceira fase, a construção de um governo presidencial... se os Australianos entenderem que há ESTADO em Timor Leste, senão não passará de um governo de protecção ... por isso é que aquele tal senhor já dizia que o chefe da polícia nacional deve ser um internacional e certamente também o PM?...
Nota: A Fretilin declarou hoje através do seu porta-voz que não aceitará um candidato de iniciativa presidencial ou de transicção...
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Por Malai Azul 2 à(s) 20:14 0 comentários
Obrigado, Margarida.
Não há evidência contra Alkatiri sobre armas, diz o procurador
ABC News
Por Anne Barker em Dili
O procurador de topo de Timor-Leste diz que não tem evidências para ligar o Primeiro Ministro Mari Alkatiri com um alegado esquadrão de ataque com armas ilegais, a quem foi ordenado eliminar os seus rivais.
O escândalo de armas levou à prisão do seu antigo ministro do interior, Rogério Lobato, que está sob prisão domiciliária sobre alegações de ter ilegalmente armado um grupo de milícia de civis.
Grupos da oposição alegaram que o Sr Alkatiri também estava envolvido, uma acusação que ele tem negado persistentemente.
O Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, disse ao The World Today que ainda não viu qualquer evidência para suportar a acusação e que o Dr Alkatiri não é provável ser preso.
"Tenho a certeza e é claro que neste caso particular até à data, não temos evidências contra o Primeiro Ministro e não temos qualquer ideia ainda acerca do seu envolvimento neste caso particular," disse.
Tem sido alegado que uma carta do Comissário da Polícia de Timor-Leste, Paulo Martins, para o Dr Alkatiri avisando-o de que o Sr Lobato estava a armar civis, implicou o Primeiro Ministro no escândalo.
O Sr Monteiro diz que isso pode ter várias interpretações.
"Depende de como aproximamos o nosso ponto de vista neste caso particular," disse.
"Obviamente de um ponto de vista politico, as pessoas interpretarão isso doutras maneiras, mas na justiça, significa que Paulo Martins executou a sua tarefa de informar de qualquer coisa que sabe ao seu patrão.
"O Primeiro Ministro tem de saber tudo neste país. Agora a questão de qual será o próximo passo que o Primeiro Ministro dará, isso não é o nosso problema."
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Por Malai Azul 2 à(s) 20:12 1 comentários
Dos leitores
A FRETILIN está unida e começa a perder a paciência...
Ora bem, acham mesmo que a FRETILIN vai permitir a sua própria queda? Vamos lá ver aqui uma pequena coisinha.
Toda a questão tem sido encaminhada para a demissão de Mari Alkatiri. mas ninguem duvide que há um verdadeiro assalto ao poder por parte de que não o ceonsguiu nas urnas e por vontade popular.
As minorias que até hoje se têm manifestado contra Mari Alkatiri, apagando os crimes de lesa Pátria cometidos por todos os desertores e seus mentores, estão à espera de um lugar num tal governo de inclusão de renovação, seja lá o que for.
A democracia e o pensamento democrático destes senhores é de tal ordem que até já começaram a fazer convites para secretários de Estado, vice-ministros e directores-gerais. O "Governo sombra" dos opositores à FRETILIN já é do tempo da manifestação da Igreja Católica. Os nomes todos nós os conhecemos, foge-lhes o tempo...
Naturalmente, que a FRETILIN, não deixará que Mari Alkatiri se demita, ao fazê-lo o secretário-geral da FRETILIN, estaria a dar cobertura a todo o golpe perpetrado contra o seu partido. A FRETILIN é que formou governo, ninguém esqueça.
Quanto às chantagens de Xanana Gusmão, quanto às exigências de Xanana Gusmão, nesse ponto a história ditará a razão das coisas. O ser-se impulsivo como Xanana Gusmão o é não serve altos cargos de Estado.
A frustração vem de longe. Tentaram fragilizar a FRETILIN nas eleições de há quatro anos. A criação do PD e do PSD - há muito boa gente que pode falar sobre a forma/autoria e apadrinhamento na fundação desses partidos. Basta recuperar declarações nos jornais timorenses ao longos dos ullimos anos.
Basta pedir à AUSAID e à USAID que jornais financiaram em Timor-Leste... e por aí já perceberá mais alguma coisa.
Quanto à FRETILIN, Xanana Gusmão parece estar a esquecer que ao pedir a demissão e ameaçando com a sua própria demissão que não lhe resta outro caminho senão o que da sua própria resignação.
Mas estará Xanana Gusmão preparado para resignar? A ver vamos...
Terá Xanana Gusmão coragem de fazer ainda hoje aquilo que ameaçava ontem por carta dirigida ao primeiro-ministro? demiti-lo?
Mari Alkatiri e Lu'olo têm o apoio máximo do partido FRETILIN, este partido tem estado a ser posto à prova e tem dado mostras de garante paciência e de maturidade democrática - mesmo quando os pressuspostos básicos da mesma estão constantemente a ser ultrapassados.
Mas até quando os militantes anónimos e pacientes da FRETILIN vão esperar? Ficarão sossegados com a saída de mari Alkatiri. Ficarão quietos com a afirmação de uma culpa que não é a deles, não é a do partido? Não é a do secretário-Geral, nem a do Presidente do partido?
A corda está a esticar... talvez Xanana Gusmão tenha de entender que mais uma vez deve fazer da sua própria palavra letra morta e encarar os factos deixando a demcoracia seguir o seu rumo.
Afina, 2007 e as eleições estão aí. O Povo de Timor-Leste saberá dizer o que quer.
Será que estão com medo que o ovo diga o que quer, que reafirme o que quer?
Será que esta manobra toda é uma maquinação para impedir o Povo Soberano de Timor-Leste a pronunciar-se sobre o seu passado, no presente, escolhendo em consciência o seu futuro?
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Por Malai Azul 2 à(s) 20:10 9 comentários
PR acredita mais na TV australiana do que no seu Procurador-Geral da República
PGR diz que não foi aberto processo contra PM Alkatiri
Díli, 21 Jun (Lusa) - O Procurador-Geral da República (PGR) de Timor-Le ste, Longuinhos Monteiro, afirmou hoje que não foi aberta qualquer investigação sobre o envolvimento do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, numa alegada distribui ção de armas a civis.
"Ainda não abrimos nenhum processo de averiguações contra o primeiro-mi nistro Mari Alkatiri", declarou longuinhos Monteiro à Agência Lusa.
Questionado sobre o andamento do processo de averiguações aberto terça- feira contra o ex-ministro do Interior, o PGR frisou que Rogério Lobato "ainda n ão foi ouvido".
"Rogério Lobato está em sua casa guardado a partir do exterior por mili tares australianos", disse Longuinhos Monteiro, esclarecendo que o ex-ministro e vice-presidente do partido governamental FRETILIN "não está sob prisão domicili ária, porque ainda não foi ouvido pelo Ministério Público".
A alegada distribuição de armas a civis foi denunciada por Vicente da C onceição "Railos", líder de um alegado "esquadrão da morte" que estaria ao servi ço da FRETILIN.
As acusações de Vicente da Conceição "Railos" estão na base da abertura do processo de averiguações instaurado pelo Ministério Público de Timor-Leste c ontra Rogério Lobato.
"Railos" acusa designadamente o primeiro-ministro, Mari Alkatiri de ter dado instruções a Rogério Lobato para armar grupos de segurança da FRETILIN, fo rmados por civis veteranos da resistência contra a ocupação indonésia, com a mis são de eliminar adversários políticos.
Segundo a imprensa australiana, Rogério Lobato terá tentado sair do paí s segunda-feira, num voo para Darwin, o que terá sido inviabilizado por não lhe ter sido concedido um visto de entrada na Austrália.
Terça-feira, o Ministério Público emitiu um mandado de detenção contra Rogério Lobato, que será accionado se o ex-ministro tentar abandonar o país, seg undo explicou à Lusa fonte judicial.
O Presidente da República, Xanana Gusmão, convocou para hoje uma reuniã o do Conselho de Estado, em que esta questão está a ser analisada.
EL/PNG.
Por Malai Azul 2 à(s) 20:01 2 comentários
Dos leitores
Desculpem lá meus amigos, mas desde quando os órgãos constitucionais de um País se devem reger pelo que visionam num único programa televisivo?
Quantos Governos sobrariam no Mundo depois de os respectivos Presidentes verem documentários/etc demolidores para os respectivos Governos?
O que seria do pobre Sarkozy neste momento (caso Mainstream)? Estaria em Santa Helena numa masmorra?
Desculpe Sr. Presidente, mas se o noticiado for verdade, tudo indica que se encontra muito mal assessorado...
Sr. Presidente, se me permite o conselho, pare cinco minutos por favor, respire fundo e pense sem ninguém em seu redor.
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Por Malai Azul 2 à(s) 20:00 0 comentários
Temos juiz supremo...
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Como é que um Presidente da República diz que exige a demissão do Primeiro-Ministro quando se baseia num programa de televisão australiano que mantém há muito uma campanha contra este PM e depois dos investigadores e procuradores internacionais terem dito publicamente que não existe nenhuma ligação entre as armas entregues ao tal grupo do Railos e o PM?
Condenado à partida em vez de inocente até prova em contrário?
Ou será que o PR pretende deter o poder judicial também? Juiz supremo?
Que falta de sentido de estado...
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Por Malai Azul 2 à(s) 19:51 3 comentários
Dos leitores
Independentemente da verdade, e ela existirá, nunca se viu um Presidente de um país democrático, por mais deficitária que seja essa democracia, demitir um governo por causa de um documentário de cadeias noticiosas que asseiam apenas o lucro.
Mesmo antes do poder judicial decidir.Xanana, será que as lágrimas que verti por ti, foram em vão? Será que me vou arrepender do que sofri por ti?
Por Malai Azul 2 à(s) 19:50 1 comentários
Dos leitores
O que fará o Xanana se, chegadas as próximas eleições, a FRETILIN (com Alkatiri) tiver a maioria dos votos?Ou será que dos actuais actores alguns vão "desaparecer" entretanto?Palpita-me que o próximo passo é alterar a lei de modo a permitir que ele próprio concorra às eleições legislativas de 2007. Será?
Por Malai Azul 2 à(s) 19:39 6 comentários
Xanana Gusmão exige demissão Mari Alkatiri (actualizada)
Lisboa, 21 Jun (Lusa) - O presidente timorense, Xanana Gusmão, exigiu a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, por considerar já não merecer a s ua confiança, numa carta enviada terça-feira ao chefe do governo e a que a Lusa teve hoje acesso.
Na carta, Xanana Gusmão refere-se a um programa da série "Four Corners" transmitido pelo canal televisivo australiano ABC, explicando a Mari Alkatiri q ue no documentário são feitas "graves denúncias sobre o seu envolvimento na dist ribuição de armas a civis".
"Tendo visto o programa 'Four Corners', que me chocou imensamente, só m e resta dar-lhe oportunidade para decidir: ou resigna ou, depois de ouvido o Con selho de Estado, o demitirei, porque deixou de merecer a minha confiança, enquan to Presidente da República", escreve Xanana Gusmão.
"Espero uma resposta sua até às 17h00 de hoje, 20 de Junho de 2006", lê -se na missiva assinada por Xanana Gusmão e que tem como assunto "envio de um d ocumentário do programa "Four Corners".
O documentário de 45 minutos investigou a alegada formação de um grupo armado que terá sido criado pelo ex-ministro do Interior Rogério Lobato, sob ins truções de Mari Alkatiri, para que eliminasse alegados opositores do governo.
A ABC teve acesso a vários documentos confidenciais, incluindo listas d e armas alegadamente entregues ao grupo que é liderado por Vicente da Conceição "Railos" e uma carta do comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), Pa ulo Martins, a Mari Alkatiri, em que o primeiro alerta, com preocupação, para a distribuição de armas.
O comandante "Railos", veterano da luta de resistência contra a ocupaçã o indonésia, alega ter recebido armas e fardas de uma das unidades de elite da P olícia Nacional, e a missão de eliminar adversários políticos de Mari Alkatiri.
As armas e a missão terão alegadamente sido dadas ao grupo em três ocas iões por Rogério Lobato mediante indicações nesse sentido de Mari Alkatiri, segu ndo "Railos".
O primeiro-ministro timorense tem repetidamente negado as alegações de "Railos", e esta semana, em entrevista à Lusa e RTP, reafirmou a sua posição.
"Eu nunca dei ordens para matar ninguém, antes pelo contrário. Nunca de i armas a ninguém. Tenho a consciência tranquila", afirmou Mari Alkatiri na entr evista.
A questão da alegada distribuição de armas a civis foi analisada hoje n a reunião do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.
Um dos conselheiros, que solicitou o anonimato, disse à Lusa que alguns dos participantes na reunião se pronunciaram a favor da demissão de Mari Alkati ri, que tem afirmado que só o fará se for esse o desejo da FRETILIN, partido de que é secretário-geral.
Face às intervenções dos conselheiros, Xanana Gusmão considerou, segund o a fonte contactada pela Lusa, que não podia deixar de apresentar à população u ma solução clarificadora da crise.
Perante a posição de Xanana Gusmão, Mari Alkatiri reconheceu a importân cia acrescida do Presidente da República comparativamente ao do chefe do governo e anunciou que iria avaliar junto da direcção da FRETILIN a sua continuidade co mo primeiro-ministro, acrescentou a fonte contactada pela Lusa.
ASP/EL/PNG.
Lusa/Fim
Por Malai Azul 2 à(s) 19:19 13 comentários
Dos leitores
Xanana Gusmão... o que dirá a história sobre ele?
Xanana Gusmão deu o pontapé de saída para toda esta crise, cabia-lhe a ele resolver os problemas militares e nunca o fez.
Quando os outros o fizeram veio dizer que estava mal feito. Morreram pessoas, muitas pessoas.
Agora, Xanana vem com base num programa de televisão da ABC exigir a demissão do primeiro-ministro. É ridículo, é o desespero de quem até deixou a sua mulher - australiana - tecer comentários e acusações graves ao Governo de Timor-Leste.
Perguntem ao Pedro Bacelar Vasconcelos se era ou não intenção do Presidente da República demitir Mari Alkatiri quando se analisou a Constituição e a possibilidade de dissolução do Parlamento Nacional.
Perguntem ao Chefe de Gabinete de Xanana Gusmão se não era esse o objectivo, que gorado nessa altura se avançou para novas formas de pressão.
A história da RDTL vai parecer, neste capítulo um livro de anedotas...
tenham juízo de uma vez por todas.
Por Malai Azul 2 à(s) 19:17 6 comentários
Mari Alkatiri reúne-se com núcleo duro governo e partid
Díli, 21 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense reuniu-se hoje em D íli com o núcleo duro do governo e da FRETILIN após o Conselho de Estado, em que foi posto perante o cenário de se demitir por exigência do Presidente da Repúbl ica.
Fonte governamental disse à Lusa que Mari Alkatiri iniciou contactos co m os membros do executivo e do partido governamental sobre a sua possível demiss ão.
A mesma fonte indicou que Mari Alkatiri também convocou uma reunião ext raordinária do Conselho de Ministros para quinta-feira, às 09:00 locais (01:00 e m Lisboa), para ouvir a opinião dos membros do governo quanto à continuidade do executivo.
O primeiro-ministro e o presidente do Parlamento Nacional e da FRETILIN , Francisco Guterres "Lu-Olo", vão reunir-se quinta-feira à tarde (hora local) c om Xanana Gusmão no Palácio das Cinzas, disse a fonte.
Nesse encontro com o Presidente da República, Alkatiri e "Lu-Olo" vão c omunicar a posição do governo e da FRETILIN sobre a exigência de Xanana Gusmão d e demissão do primeiro-ministro, acrescentou a fonte governamental.
Fonte partidária assegurou à Lusa que a FRETILIN recusará integrar qual quer governo de iniciativa presidencial na eventualidade de Mari Alkatiri deixar o executivo, no que seria acompanhado por todos os membros do partido.
Em carta enviada terça-feira a Alkatiri, a que a Lusa teve hoje acesso, Xanana Gusmão exigiu a demissão do primeiro-ministro por considerar que já não merece a sua confiança.
"Ou resigna ou, depois de ouvido o Conselho de Estado, o demitirei, por que deixou de merecer a minha confiança, enquanto Presidente da República", escr eveu Xanana Gusmão.
Na reunião do Conselho de Estado, segundo um conselheiro que preferiu o anonimato, Mari Alkatiri comunicou que iria consultar a FRETILIN sobre esta exi gência do Presidente da República para que se demita.
Mari Alkatiri tem afirmado que só consideraria demitir-se da chefia do governo se fosse esse o desejo da FRETILIN, partido de que é secretário-geral e que tem a maioria no Parlamento Nacional.
EL/PNG/ASP.
Por Malai Azul 2 à(s) 19:15 0 comentários
Obrigado, Margarida.
Tradução:
Gusmão pede a resignação de Alkatiri
Por Anne Barker em Dili21.06.2006O Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão escreveu formalmente ao Primeiro Ministro Mari Alkatiri pedindo-lhe que se demita.
Sabe-se que a carta do Presidente foi entregue por mão a noite passada no gabinete parlamentar do Primeiro Ministro.
Nela o Sr Gusmão pedia ao Dr Alkatiri para se demitir, e juntava à carta uma gravação em videotape do programa desta semana do ABC's Four Corners.
O programa esboçava as alegações que o Sr Alkatiri pelo menos soube que o seu então ministro do interior ministro, Rogério Lobato, tinha armado uma milícia civil para eliminar os seus rivais politicos.
Por Malai Azul 2 à(s) 19:12 0 comentários
Decisão amanhã
Acabou a reunião da Fretilin. A Fretilin manifestou o seu apoio a Mari Alkatiri.
Amanhã à tarde haverá uma reunião com os três responsáveis dos orgão de soberania, Presidente Xanana, Presidente LuOlo e Primeiro-Ministro.
Após essa reunião será tomada uma decisão por parte do Primeiro-Ministro Alkatiri.
Por Malai Azul 2 à(s) 18:47 0 comentários
Obrigado, Margarida.
Tradução:
Não há evidência do “esquadrão de ataque” do PM de Timor
The Age
Junho 21, 2006 - 3:49PM
Investigadores de Timor-Leste dizem que não têm evidência para ligar o primeiro ministro com um esquadrão de ataque que ele alegadamente formou para visar os seus opositores.
Entretanto, juntaram-se manifestantes pelo segundo dia consecutivo, a exigir a demissão do PM e o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro emitiu um pedido de detenção contra o antigo Ministro do Interior Rogério Lobato com a acusação de entregar armas ao esquadrão.
O auto-proclamado comandante do grupo alegou que o grupo foi constituído por ordem do Primeiro Ministro Mari Alkatiri para eliminar os seus críticos. Alkatiri nega as alegações, dizendo que são parte de um complot para o deitar abaixo.
"Eu tenho a certeza e é claro que ... até hoje não temos evidências contra o primeiro ministro e ainda não temos qualquer ideia acerca do seu envolvimento neste caso particular," disse à The Associated Press.
Cerca de 100 pessoas encenaram um vocal mas ordeiro protesto pedindo a resignação de Alkatiri, no segundo dia em que a capital tem visto anti-Alkatiri demonstrações.
"Demite-te Alkatiri!," gritam no exterior do palácio do Presidente Xanana Gusmão, onde Alkatiri e ministros do governo estavam em reunião.
"Viemos para forçar Xanana por favor a tomar uma decisão e a ouvir o povo," disse o organizador Augusto Junior Tridade.
© 2006 AP DIGITAL
Por Malai Azul 2 à(s) 18:45 5 comentários
Alkatiri demite-se?
Segundo um observador atento, tudo aponta para que a decisão de Mari Alkatiri seja apresentar a demissão.
O Presidente Xanana gostaria que apenas o Primeiro-Ministro se demitisse e que fosse sustituido por Ramos-Horta.
O Presidente, segundo o mesmo observador atento, terá ameaçado demitir-se caso o Primeiro-Ministro não o fizesse.
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E um observador atento disse-nos que o Presidente da República
Por Malai Azul 2 à(s) 18:24 3 comentários
Dos leitores
Por acaso o pessoal já deu uma vista de olhos nos ditos documentos secretos (as tais provas que Xanana usou para basear tais decisoes?? do four corners) (http://www.abc.net.au/4corners/content/2006/s1666349.htm). Bem se documentos que foram claramente forjados são suficientes para que o Presidente perca a confiânça no PM, bem, bem..
Deiam uma vista olhos nos documentos que a RENETIL, tem estado incessantemente a enviar para as caixas de correio de alguns de nós:
http://abc.net.au/4corners/content/2006/20060619_timor/timor_docs_5B.jpg
Acham isto real? E que tal este:
http://abc.net.au/4corners/content/2006/20060619_timor/timor_docs_5A.jpg
quem nota as linhas no canto inferior esquerdo? Hum um ctrl+x mal feito no photoshop acho eu…Por amor de deus cabe na cabeça de alguém acreditar que tais documentos são verdadeiros?
Enfim, cada um é como cada qual, e cada qual com as suas opiniões, mas valha me deus…
Por Malai Azul 2 à(s) 18:22 3 comentários
Dos leitores
O Xanana é (não é não!...) uma caixinha de surpresas!
Agora exige a demissão de um Primeiro-Ministro eleito com base num programa de televisão australiano!...
Ou tem dados factuais mais concretos --- diga quais são --- ou então cobre-se de ridículo!
Tudo isto cheira cada vez pior!...
Coitados dos timorenses!... Que mal terão feito a Maromak?
O que lhes havia de sair na rifa!...
Receio bem que o "fundo" do poço ainda esteja longe...
Finalmente começa a estar claro o sentido das palavras de um deputado de um partido superminoritário quando, em Novembro, me dizia que o Governo não ía chegar ao fim da Legislatura, tudo isto dito com um ar que me deixou um friozinho no estômago!
Quantos mais timorenses vão morrer? Quantos mais milhões vão pedir à comunidade internacional para reconstruir o que ela reconstruiu e eles destruiram?
Triste! Tudo muito triste!...
A ver vamos, como diz o cego... Deus queira que me engane rotundamente.
Por Malai Azul 2 à(s) 18:21 6 comentários
Não há declaração do PR por enquanto
Presidente Xanana ainda não fez declaração pública. Aguarda decisão do Primeiro-Ministro?
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Por Malai Azul 2 à(s) 18:16 3 comentários
Alkatiri vai consultar FRETILIN sobre a sua continuidade como PM
Díli, 21 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, dev erá iniciar hoje consultas com a direcção da FRETILIN sobre a sua continuidade à frente do governo, disse à lusa um dos participantes na reunião do Conselho de Estado.
Falando no final da reunião, que terminou cerca das 16:30 locais (08:30 em Lisboa), a mesma fonte, que solicitou o anonimato, frisou que o único ponto da agenda de trabalhos era a análise da situação em Timor-Leste.
De acordo com a fonte, o Presidente da República, Xanana Gusmão, pediu aos conselheiros de Estado que se pronunciassem sobre a situação de crise que se vive em Timor-Leste.
Face às intervenções dos conselheiros, alguns dos quais defenderam a de missão do primeiro-ministro, Xanana Gusmão considerou, segundo a fonte contactad a pela Lusa, que não podia deixar de apresentar à população uma solução clarific adora da crise.
Perante esta análise, Mari Alkatiri reconheceu a importância acrescida do Presidente da República comparativamente ao do chefe do governo e anunciou qu e vai avaliar junto da direcção da FRETILIN a sua continuidade como primeiro-min istro.
Mari Alkatiri tem afirmado que só consideraria demitir-se da chefia do governo se esse fosse o desejo da FRETILIN, partido de que é secretário-geral.
EL/PNG.
Por Malai Azul 2 à(s) 18:10 0 comentários
Dos leitores
...a ministra ana pessoa acaba de declarar na tsf que de facto o PR pede a esclarecimentos e a demissao do PM.
Por Malai Azul 2 à(s) 18:06 1 comentários
Xanana Gusmão exige demissão Mari Alkatiri por "perda confiança"
Lisboa, 21 Jun (Lusa) - O presidente timorense, Xanana Gusmão, exigiu a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, por considerar já não merecer a s ua confiança, numa carta enviada terça-feira ao chefe do governo e a que a Lusa teve hoje acesso.
Na carta, Xanana Gusmão refere-se a um programa da série "Four Corners" transmitido pelo canal televisivo australiano ABC, explicando a Mari Alkatiri q ue no documentário são feitas "graves denúncias sobre o seu envolvimento na dist ribuição de armas a civis".
"Tendo visto o programa 'Four Corners', que me chocou imensamente, só m e resta dar-lhe oportunidade para decidir: ou resigna ou, depois de ouvido o Conselho de Estado, o demitirei, porque deixou de merecer a minha confiança, enquan to Presidente da República", escreve Xanana Gusmão.
"Espero uma resposta sua até às 17h00 de hoje, 20 de Junho de 2006", lê -se na missiva assinada por Xanana Gusmão e que tem como assunto "envio de um do cumentário do programa "Four Corners".
ASP.
Por Malai Azul 2 à(s) 18:04 2 comentários
PR vai exigir demissão do PM
Daqui a pouco, o Presidente da República vai exigir a demissão do Primeiro-Ministro em declaração no Palácio das Cinzas.
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Por Malai Azul 2 à(s) 17:57 3 comentários
Acabou o Conselho de Estado
PR aconselha Primeiro-Ministro Alkatiri a demitir-se?
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Por Malai Azul 2 à(s) 16:43 11 comentários
Entrevista CM Ministra Ana Pessoa
CM
21.06.2006
"HÁ FORÇAS QUE NÃO QUEREM QUE O PAÍS SEJA SOBERANO" (ANA PESSOA, MINISTRA TIMORENSE DE ESTADO E ADMNISTRAÇÃO ESTATAL)
Correio da Manhã – Qual é o objectivo da missão da CPLP?
Ana Pessoa – A missão vai fazer a avaliação da situação em Timor--Leste e aferir das necessidades do país no que toca à assistência para a estabilidade e para o desenvolvimento. A missão surge numa altura oportuna porque está em discussão ao nível das Nações Unidas o envio de uma nova missão da ONU. A CPLP poderá integrar essa missão da ONU, sendo que a sua deslocação antecipada a Díli poderá contribuir com informações para a futura missão da ONU. A missão da CPLP comporta a vertente política, defesa, segurança, eleitoral e administração pública.
– Que papel cabe à GNR?
– Tem havido alguma especulação sobre o papel da GNR e das forças militares. Está acordado que a GNR vai restabelecer a lei e a ordem e formar a Polícia. A GNR está actuar numa determinada área de Díli e vai avançar gradualmente para outras zonas da capital. Queremos a GNR com comando próprio porque assim foi acordado e porque tem uma boa imagem. As forças internacionais devem ficar no país até às eleições de 2007.
– Porquê da divisão na Polícia?
– Porque a nossa Polícia teve na sua génese formadores de mais de 40 países. Isto fez com que não haja uma filosofia própria, criando problemas na instituição. Queremos agora Portugal na formação das forças policiais e de segurança e Angola nas Forças Armadas. Este processo de construção do Estado e de Nação não é fácil num país pós-conflito.
– Quem comanda os rebeldes?
– Há forças na região que não estão interessadas que Timor-Leste seja um país soberano e independente e ainda mais agora com a exploração do petróleo. Sabemos que os interessados na instabilidade não vão desarmar à primeira. Cabe-nos trabalhar para garantir a paz e progresso.
GNR ACTUA EM TODA A CAPITAL
Os 127 efectivos da GNR já estão preparados, em termos de coordenação com as forças militares internacionais, para actuar em toda a cidade de Díli, disse ontem o seu comandante operacional. Segundo o capitão Gonçalo Carvalho, “a operacionalidade da GNR tem agora um mandato alargado a toda a capital do país para manutenção da ordem pública”. A GNR tem feito exercícios conjuntos com os militares da Austrália, Malásia e Nova Zelândia, para testar a sua capacidade de reacção e de contenção. Os exercício não estão relacionados com os rumores de novas manifestações previstas para o Palácio do Governo contra o primeiro-ministro Mari Alkatiri.
Por Malai Azul 2 à(s) 16:33 0 comentários
Comunista por ter cão, fascista por não ter.
Está a decorrer no Hotel Timor uma conferência de imprensa dos "dissidentes" da Fretilin afectos à antiga lista de José Luís Guterres. Estão presentes Egídio de Jesus e Jorge Teme.
Há pouco, Mari Alkatiri foi apelidado de... fascista.
Por Malai Azul 2 à(s) 16:22 1 comentários
No evidence on Timor PM's 'hit squad'
The Age
June 21, 2006 - 3:49PM
East Timor investigators say they have no evidence linking the prime minister with a hit squad he allegedly formed to target opponents.
Meanwhile, protesters have rallied for a second day to demand the PM resign and Prosecutor-General Longuinhos Monteir issued an arrest warrant for former Interior Minister Rogerio Lobato on charges of supplying weapons to the squad.
The group's self-declared commander has alleged the group was formed on the orders of Prime Minister Mari Alkatiri to eliminate his critics. Alkatiri denies the allegations, saying they are part of plot to topple him.
"I'm sure and I'm clear that ... to date we have no evidence against the prime minister and we have no idea yet about his involvement in this particular case," told The Associated Press.
About 100 men staged a loud but orderly protest demanding Alkatiri resign, the second day the capital has seen anti-Alkatiri demonstrations.
"Step down Alkatiri!," they shouted outside President Xanana Gusmao's palace, where Alkatiri and government ministers were meeting.
"We came to force Xanana to please make a decision and to hear the people," organizer Augusto Junior Tridade said.
© 2006 AP DIGITAL
Por Malai Azul 2 à(s) 16:21 1 comentários
Gusmao asks for Alkatiri's resignation
By Anne Barker in Dili
21.06.2006
East Timor's President Xanana Gusmao has formally written to the Prime Minister Mari Alkatiri asking him to resign.
It is understood the President's letter was delivered in person last night to the Prime Minister's parliamentary office.
In it Mr Gusmao asked Dr Alkatiri to resign, and included with the letter a videotape of the ABC's Four Corners program this week.
The program outlined allegations that Mr Alkatiri at least knew his then interior minister, Rogerio Lobato, had armed a civilian militia to eliminate his political rivals.
Dr Alkatiri has repeatedly denied he was involved, but Mr Lobato is now effectively under house arrest.
The ABC has been told the President's letter gave Mr Alkatiri a deadline of 5:00pm last night to resign, with the implication he could be sacked.
But it is unclear whether Mr Gusmao has such a power.
Por Malai Azul 2 à(s) 16:17 2 comentários
Dos leitores
Será que é hoje, no Conselho de Estado, que, "katuas" de 60 anos, o Presidente Xanana começa a catarse da situação pedindo desculpa pela "boca" que disse quando chegou a Dili, ido de Portugal e da Suiça, sobre a solução encontrada para o problema dos "peticionários" pelas hierarquias competentes?
Será que ele ainda não se apercebeu de que foi ele que deu ao problema "étnico" uma visibilidade que foi aproveitada por outros para fazerem o que fizeram?!...
Quando é que ele vem a público dizer que não deveria ter dito o que de facto disse numa das suas manifestações de "boca desvairada"?!... (Que um PR está PROIBIDO de ter! Ele que aprenda com o Sampaio! Peça-lhe para lhe dar explicações!)
Talvez se deva começar por aqui, não?
Quem semeia ventos...
Por Malai Azul 2 à(s) 16:16 1 comentários
Dos leitores
ENFIM, ALGUEM DÁ NOME AOS BÚFALOS!
Aos amigos do Blog Malai Azul
Encontrei esta preciosidade no Korea Times, mas deve ter saído em vários jornais.
Atenção onde o autor quer chegar. Ele começa analisando o Imério Otomano, passa pelo Congo Belga, Palau, Japão, dá uma voltinha pelo Iraque e a Somália para finalmente revelar:
Would not Australian administration be preferable to anarchy in East Timor?
Voila enfin que c´est dit! Enfim, alguém dá claramente o nome aos búfalos! ( Ou seria aos Kangurus?)
Não se trata mais nem de "neo-colonialismo" mas de "protetorado" australiano, como nos bons e velhos tempos da colonização.
Nós aprendemos também que os vizinhos regionais são culturalmente mais próximos. Quem já viu um país e um povo mais parecido com a Austrália que o Timor e os timorenses? Somos nós que erramos de país esses anos todos...
Quem sabe quem é esse Brendan Howe? Ele ainda é pago para ser professor de "Relações Internacionais"!
Pronho que ele ganhe o que no Brasil seria o "Troféu Cara de Pau do Ano". Em madeira australiana, please. Not sandalo :-))
Rosely
http://times.hankooki.com/lpage/opinion/200606/kt2006062017574854060.htm
Failed States and Mandates
By Brendan Howe
Following their defeat in the First World War (1914-1918), the former colonies of Germany and the Ottoman Empire (Turkey) were handed over to the victors. However, although these territories were not considered to be sufficiently developed economically, politically or socially to gain immediate independence, they were also not to continue as colonies (at least in theory), subject to the whims and exploitation of the colonial powers. Rather, the newly formed League of Nations, founded after the Paris Peace Conference of 1919 which formally ended the ``Great War,¡¯¡¯ entrusted these territories to the victorious powers in the form of ``Mandates¡¯¡¯ in accordance with Article 22 of the League of Nations Covenant. This new status entitled the peoples of these entities to protection from the colonial powers and made the new rulers answerable for their treatment in annual reports to the world body.
This was the first instance under international law where the rulers were to be held directly accountable for the treatment of those they ruled, and marked the beginning of an international humanitarian legal tradition under which human rights are often seen as being rights held by individuals against states, rather than being embodied within states. Although treatment of citizens within mandated territories varied according to location and administrator, there can be little doubt that on the whole it was better than that meted out to the citizens of regular colonies, of which Belgium¡¯s exploitation of the Congo was only the most visible and horrific example. Mandates generally experienced greater concern for education, development, and local governance by the colonial powers than the same powers were likely to demonstrate towards other territories under their sway.
One example of the paternal concern exercised by colonial powers towards their League of Nations¡¯ Mandates is that carried out by Japan (not generally known for its benevolent imperial administration elsewhere in the Asia-Pacific region) towards the Mandate of the Pacific Islands. On a recent trip to Palau this author uncovered not only a lack of hostility towards Japanese rule, but also glowing first-hand testimonials to its benefits, including good treatment, good working conditions, improved education, and non-discriminatory high wages. These are backed by official statistics, which show a 93% enrollment of students in schools, a growth in exports from less than 5,000,000 Japanese Yen in 1922 to more than 45,000,000 in 1938, appointment of local chiefs as Mayors and Mayor-Generals, and the introduction of a land tenure system _ still in use today _ to resolve property disputes.
After the Second World War, and with the demise of the League of Nations, Mandates became United Nations Trust Territories, often administered by the same colonial powers, (although Japan was stripped of its overseas possessions and some former British Dominions, such as Australia, New Zealand and South Africa found themselves administering nearby territories) but with a new imperative _ the administering powers now had a duty not only to run the territories in the interests of the indigenous peoples (under the supervision of the UN Trusteeship Council), but also to prepare them for independence and majority rule. So successful was this process that with the independence of Palau, the last of the Territories for which it was responsible, the Council suspended operations in 1994. It now exists in limbo and although some have proposed to make it responsible for the global commons of the oceans, the atmosphere, outer space and Antarctica, others, including the current secretary General, Kofi Annan favor its complete elimination.
However, Annan¡¯s predecessor, Boutros Boutros Ghali appeared to favor an increased role by the UN in the domestic affairs of states that had failed or become ungovernable. It is not too great a leap to envisage the return of some form of UN Mandate for territories that face a collapse of domestic governing authority, displaced populations or gross violations of human rights, or when developments within the failed state pose a threat to international peace and stability. Indeed, there would appear to be much to recommend such a state of affairs, especially given the alternatives. Failed states do not miraculously heal themselves. Rather, they pose a continuing, and often increasing threat to their neighbors and their own people. If the UN, with the legitimacy that comes with being the embodiment of world opinion does not act, then states with the greatest interest in, or who feel most threatened by the failed state may well act. In doing so, the rights and wellbeing of the citizens of the failed state are not likely to be highest on their list of priorities.
As with previous mandates and trusteeships, actual administration of these territories could be handled by neighboring countries, under UN supervision. Would not Australian administration be preferable to anarchy in East Timor? Alternatively, regional organizations seen as more culturally attune to local interests could play the administrative role, but again under UN supervision. Imagine Iraq being administered by the Arab League under UN auspices rather than the motley ``Coalition of the Willing.¡¯¡¯ Likewise, would not Somalia benefit from African Union administration under the UN? It seems to me that in these countries a UN mandate could scarcely do a worse job in protecting the innocent and promoting the wellbeing of the citizens than the current state of affairs, especially if the rules of the old Trusteeship Council were followed with regard to eventual independence and majority rule. At the very least, careful thought should be given to whether the Council is truly redundant.
The writer is assistant professor at the Ewha Graduate School for International Studies.
06-20-2006 17:57
Por Malai Azul 2 à(s) 16:14 0 comentários
No evidence against Alkatiri over weapons, prosecutor says
ABC News
By Anne Barker in Dili
East Timor's top prosecutor says he has no evidence to link the Prime Minister Mari Alkatiri with an alleged hit squad armed with illegal weapons, which had been ordered to eliminate his rivals.
The weapons scandal has led to the arrest of his former interior minister, Rogerio Lobato, who is under house arrest over allegations he illegally armed a civilian militia group.
Opposition groups have alleged that Mr Alkatiri was also involved, a claim he has persistently denied.
East Timor's senior prosecutor, Longuinhos Monteiro, has told The World Today he has not seen any evidence yet to support the opposition claims and Dr Alkatiri is unlikely to be arrested.
"I'm sure and clear from this particular case to date we have no evidence against the Prime Minister and we have no idea yet about his involvement in this particular case," he said.
It has been alleged that a letter from the East Timorese Police Commissioner Paulo Martins to Dr Alkatiri warning him that Mr Lobato was arming civilians implicates the Prime Minister in the scandal.
Mr Monteiro says that is open to interpretation.
"It is depending on how we approach our point of view on this particular case," he said
"Of course, as a politics point of view, of course people will interpret it in other ways, but in justice, it means that Paulo Martin has executed his task to inform what else that he know to his boss.
"The Prime Minister have to know everything in this country. Now the issue that, what will be the next step the Prime Minister will be taking, that is not our problem."
The militia's leader, Colonel Railos, has accused the Prime Minister of making the order to hand over the weapons.
The prosecutor general's office has issued an arrest warrant for Mr Lobato, saying there is strong documentary evidence he supplied the weapons.
Mr Monteiro does say that more charges will be laid against Colonel Railos and his militia group, for possessing illegal weapons.
Por Malai Azul 2 à(s) 14:18 1 comentários
Comandante "Railos" e os seus homens chegaram hoje a Díli
Díli, 21 Jun (Lusa) - Vicente da Conceção "Railos", o líder de um alegado "esquadrão da morte" chegou hoje a Díli, acompanhado dos seus 30 homens, que estão armados, disse o próprio à Agência Lusa, em contacto telefónico.
Escusando-se a explicar as razões que o levaram a descer das montanhas até à capital timorense, "Railos" disse apenas que a sua presença está relacionada com a reunião de hoje do Conselho do Estado de Timor-Leste.
"Vim a Díli por causa da situação", respondeu o comandante "Railos" à Lusa, quando questionado sobre os motivos da sua visita à capital timorense.
As acusações de Vicente da Conceição "Railos" estão na base da abertura de um processo de averiguações instaurado pelo Ministério Público de Timor-Leste contra o ex-ministro do Interior, Rogério Lobato, que também desde hoje de manhã se mantêm na sua residência, em Díli, acompanhado no exterior por militares australianos.
"Railos" acusa designadamente o primeiro-ministro Mari Alkatiri de ter dado instruções a Rogério Lobato para armar grupos de segurança da FRETILIN, formados por civis veteranos da resistência contra a ocupação indonésia, com a missão de eliminar adversários políticos.
Mari Alkatiri tem repetidamente negado as acusações, considerando que se tratam de uma campanha para fragilizar o governo e a FRETILIN para as eleições de 2007.
Terça-feira, em entrevista à Lusa, o primeiro-ministro salientou que aqueles que o querem derrubar não vão ficar por aqui.
"Como se utilizaram todos os argumentos para tentar denegrir alguém, para tentar endemoninhar alguém, agora têm que utilizar mais um. Depois disto não sei o que virá. Estou convencido que não vão ficar por aqui", vincou Mari Alkatiri.
Entretanto, no Palácio das Cinzas, sede da Presidência da República, continua a decorrer a reunião do Conselho de Estado, convocada para debater a situação no país e os novos desenvolvimentos relacionados com a alegada distribuição de armas a civis.
EL.
Por Malai Azul 2 à(s) 13:44 0 comentários
Radio
Australian Broadcasting Corporatio
FOUR CORNERS TRANSCRIPT
Program Transcript
Read the full program transcript of Liz Jackson's report "Stoking the Fires".
Reporter: Liz Jackson
Date: 19/06/2006
LIZ JACKSON: As international forces assist East Timor emerge from violence and mayhem, the political push is now on to force the country's Prime Minister, Dr Mari Alkatiri, to stand down. Alkatiri is a terrorist, a communist, a Muslim, say the men at this rally up in the hills to Foreign Minister Ramos Horta. The rumours about Dr Alkatiri are many and wild. But evidence is thin on the ground. It's here we're told, for the first time, that Alkatiri ordered his Minister for the Interior to hand over weapons to a secret civilian security team.
MAJOR TARA, F-FDTL (TRANSLATION): These weapons were given by Rogerio Lobato but were authorised by Mari to give to the members of Fretilin Congress.
LIZ JACKSON: This is what you believe?
MAJOR TARA, F-FDTL (TRANSLATION): This happened. It happened many times over.
LIZ JACKSON: Tonight East Timor's Commissioner of Police reveals to Four Corners documentary evidence that the Prime Minister Mari Alkatiri knew one of his ministers was arming civilians. He knows how damaging this could be.
LIZ JACKSON: Are you fearful of the consequences?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Consequences, yeah. Maybe they have to make some trouble with me.
LIZ JACKSON: While life is returning to the streets of Dili, thousands of refugees are still too scared to return to their homes. They don't trust that it's over yet. The threats, the rivalries, the political intrigues that enflamed the violence, all remain unresolved. Tonight on Four Corners we seek to uncover how it could come to this. It's around 8am at police headquarters in the East Timorese capital of Dili. Every morning now, the police who have not abandoned their jobs put on their uniforms and go through the motions of pretending they still have authority and a job they can do. The reality is they're not allowed out on the streets for fear of provoking further violence and mayhem. But it's important for morale to keep up the parades. Inspector Afonso de Jesus is today the senior officer of the PNTL, as the Timorese Police Force is known. It's just over three weeks since seven of his colleagues were shot dead in cold blood after a gun battle with the country's army - the FDTL.
LIZ JACKSON: Why was the army opening fire on the police?
INSPECTOR AFONSO DE JESUS, PNTL: I don't know the reason why they are firing on us.
LIZ JACKSON: The bloodstains are still on the stairwell where police were hit by the incoming fire. It's not the first time that rivalry between the police and the military has erupted into violence. The army has increasingly resented the aid money, weapons and resources poured into establishing a police force when it was members of the army who fought for Timor's independence. On the morning when the gun battle was raging, Inspector Afonso got a call from the Prime Minister Mari Alkatiri.
INSPECTOR AFONSO DE JESUS, PNTL: He called me by phone and said, "It's OK. Afonso, you should stop the firing". But I responded to the Prime Minister, "OK, we are not firing but the FDTL still keep attacking us in this building." After that...
LIZ JACKSON: So the Prime Minister rang you and said, "Could the police stop firing?"
INSPECTOR AFONSO DE JESUS, PNTL: Stop the firing. And they think that we are the ones who are firing. But as I said, we are not firing.
LIZ JACKSON: The gun battle was being observed with mounting alarm by United Nations police and military advisors. At around 11am two of them made a fateful plea to their boss, head of the UN mission, Sukehiro Hasegawa.
SUKEHIRO HASEGAWA, UN SPECIAL REPRESENTATIVE, TIMOR-LESTE: They came to me and they felt very strongly that they have the ability to stop the firing. Both sides, they know FDTL officers and also PNTL officers.
LIZ JACKSON: The UN officials talked with the head of the military and with senior police. Assurances were given, a deal was made - if the police surrendered their weapons, the army would allow the unarmed officers safe passage out of their compound under UN escort. Many of the police were reluctant. It was inspector Afonso's job to persuade them. You personally asked three police officers to give up their weapons?
INSPECTOR AFONSO DE JESUS, PNTL: Yeah, weapons. All our weapons we surrendered to Mr Fernando Reis and also the other friends from the UNPOL.
LIZ JACKSON: Within minutes of emerging, the police officers were gunned down. This was the aftermath. Four people were shot dead on the road. Three died later in the UN compound. 25 were wounded. Witnesses say two or three men in army uniforms had been waiting for them down at the corner of the road. No-one is officially saying who gave the order to shoot but this shocking event revealed to the world how close East Timor was to a bloody collapse into a failed state.
SUKEHIRO HASEGAWA, UN SPECIAL REPRESENTATIVE, TIMOR-LESTE: They shot at Timorese police officers and they carefully avoided the UN police officers. It was incredible that UN police officers were not shot to death.
LIZ JACKSON: So it was not random?
SUKEHIRO HASEGAWA, UN SPECIAL REPRESENTATIVE, TIMOR-LESTE: No. It was very well... In fact, perhaps a planned attack.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: I was very clear to Mr Hasegawa that as a government we are open for investigation, to investigate all the situations, including this one.
LIZ JACKSON: You will investigate all the situations that have occurred?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Yes.
LIZ JACKSON: Prime Minister Alkatiri arrives at the National Parliament building under the protection of Australian soldiers. Even with protection he can no longer mix with the people he governs. He was never a popular figure before and now given the chaos in the country, his leadership is under siege. Prime Minister Alkatiri, I'm from Four Corners. Alkatiri spent the 25 years of the independence struggle in exile, mostly in Marxist Mozambique. He returned at the end of 1999.
LIZ JACKSON: People say of the Prime Minister that he has an arrogant and aloof style and is a Marxist. Are they right?
DR JOSE TEIXEIRA, DEPUTY MINISTER FOR NATURAL RESOURCES, MINERALS AND ENERGY POLICY: I think he's far from being a Marxist. I work closely with him. If you look at the policies that the government has adopted in terms of developing the private sector, driven, policies driven largely also by the Prime Minister. So I think that that accusation, that he's a Marxist, falls very, very foul.
LIZ JACKSON: Jose Teixeira is the PM's spokesman. A former Brisbane lawyer, he left East Timor when he was 11, returning in 2002. Work today is organising last-minute details for a visit from Foreign Minister Alexander Downer. Teixeira believes that Dr Alkatiri's tough stance in the negotiations over oil and gas rights in the Timor Gap won him no friends in Canberra. Do you feel that there's been pressure from the Australian Government in terms of who should run this country?
DR JOSE TEIXEIRA, DEPUTY MINISTER FOR NATURAL RESOURCES, MINERALS AND ENERGY POLICY: Look, I'm sure that this Prime Minister and this government are not the favourites of people in Canberra, and I don't just mean the political personalities in Canberra, but others that form part of the Canberra establishment.
LIZ JACKSON: Alexander Downer arrives half an hour late. He and his entourage had gone to see one of the Prime Minister's political rivals, Foreign Minister Jose Ramos Horta, first. So Dr Alkatiri keeps them waiting now.
ALEXANDER DOWNER: Oh, hello, Prime Minister.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Foreign Minister.
LIZ JACKSON: Alkatiri was not as keen as Ramos Horta to seek international military assistance, but he signed on the dotted line. He says he's getting no foreign pressure to resign before elections scheduled in six to nine months time.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: No, up to now, I haven't got any pressure from any governments. Of course, some people have been... delivered some statements that it will be better for the solution of the conflict if the Prime Minister stepped down, but I think that this is, is not a... It's unfair, but I don't really consider it as a pressure.
LIZ JACKSON: Who are you singling out, then?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: You know very well who I am singling out.
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR FOREIGN AFFAIRS: The problem is, obviously, can the country afford the next six months, nine months of this continued pressure on the Prime Minister to resign? Can we afford this increasing loss of credibility of the government and poor image of the country? Or should the Prime Minister say, "Well, I step aside in the interests of my own party. It seems that I am liability to my own party, if not to the country."
LIZ JACKSON: The pressure began two months ago. There was a 5-day demonstration by 600 sacked army officers - known as the petitioners - and their supporters. They claim they suffer discrimination because unlike most of the senior army officers, they came from the west of the country, near the Indonesian border. They say they're portrayed as collaborators with Indonesia, while the easterners take all the credit for the independence struggle. By the middle of the day, hooligans had swelled the crowd and it turned ugly. Rocks were thrown, cars were torched, the regular police lost control, and the riot police in black opened fire. By late in the day, the mayhem had spread. The Prime Minister called in the army. By nightfall, 60 people had been shot. Five people were dead.
LIZ JACKSON: Did you authorise those troops to fire on the demonstration?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: No. One thing is to call the troops to help police to control the situation. The other thing is to fire against the demonstration. I made it clear, the instructions were clear, to control, to get them away and not to follow...to go after them.
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR FOREIGN AFFAIRS: The Defence Force must not be brought to, uh... prevent or to stop civil unrest, because they are not trained for that. And you never know for sure the consequences when they enter in the city. And without consulting the head of state - particularly someone like Xanana Gusmao, who has an exceptionally good political instinct, that is, yes, a grave error of judgement.
LIZ JACKSON: Over the following the days, warring factions of the security forces turned on each other. Gangs of hooligans roamed the streets, 45 homes were burnt to the ground. People were shot and stabbed, some were burnt alive. More than 14,000 people fled their homes in terror and camped in the grounds of churches, embassies and out near the airport. 70 per cent of police deserted their posts and a rebel army faction took their cars and their guns to the hills in solidarity with the petitioners. Their leader, Major Alfredo Reinado, remains there still, demanding that Alkatiri resigns.
MAJOR ALFREDO REINADO, MILITARY POLICE, F-FDTL: I think he has to step back from the position and face their investigation, and if they prove he did do anything wrong with his leadership, he will go and face the court then.
LIZ JACKSON: Two weeks ago, Foreign Minister Ramos Horta arrives at the presidential office to be sworn in as the new Minister for Defence. Following the violence, the Interior Minister and the Minister for Defence have both been pressured to stand down. Is that fair?
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR FOREIGN AFFAIRS: Yes, that's absolutely fair, because ministers in other countries stand down for minor offences, so that as a first step, that is fair.
LIZ JACKSON: On that basis, should the Prime Minister, as the head of the government, resign for precisely the same reasons?
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR FOREIGN AFFAIRS: I knew if I had answered this question, your next question would be precisely...that one. So, I prefer to abstain from responding to this question.
LIZ JACKSON: Foreign ambassadors and the United Nations crowd into a small backroom to witness the swearing in. Everyone is waiting for the President Xanana Gusmao to arrive, including, at the back, Prime Minister Mari Alkatiri. Three days before, the President publicly announced that he was assuming principle responsibility for security issues.
LIZ JACKSON: Has the actions of the President undermined any authority that the Prime Minister has in terms of his capacity to govern this country?
DR JOSE TEIXEIRA, DEPUTY MINISTER FOR NATURAL RESOURCES, MINERALS AND ENERGY POLICY: I'm not going to comment on that.
LIZ JACKSON: No comment?
DR JOSE TEIXEIRA, DEPUTY MINISTER FOR NATURAL RESOURCES, MINERALS ANDENERGY POLICY: No comment, no.
LIZ JACKSON: Has the President placed any pressure on you to resign?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Who?
LIZ JACKSON: The President.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: No, never. The President is one of the stronger defender of the Constitution here in this country.
LIZ JACKSON: President Xanana Gusmao arrives. While publicly maintaining a semblance that they're working together, it's widely known that Xanana Gusmao has sought legal advice about whether under Timor's constitution he has the power to sack Alkatiri. The short answer is no - not without a parliamentary vote of no confidence. And in the parliament, Alkatiri's Fretilin Party has the numbers. The only provision that would force the Prime Minister to stand aside is if he were charged with a serious criminal offence. The rift between the Prime Minister and the President goes back 20 years, when Gusmao left the Fretilin Party to adopt a more centrist, more inclusive, less hardline stance.
XANANA GUSMAO IN PARLIAMENT: Dear friends, ladies and gentlemen, it was not supposed to be so solemn ceremony. But we must recognise that, because of the situation, it is a special one.
LIZ JACKSON: Would you describe the relationship between the President and the Prime Minister as the President being very supportive of the Prime Minister?
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FORFOREIGN AFFAIRS: Well, I would not say that the President is very supportive of the Prime Minister. I would say that the President is very mindful of his responsibility, particularly in times of crisis, but also in normal times, to ensure that the institutions of the state, the democratic institutions of the state, do function normally.
LIZ JACKSON: Two days later, we hear that new defence minister, Jose Ramos Horta, has headed south-west of Dili to meet with rebel soldiers and their supporters, who've rallied in the township of Gleno. As we arrive, Ramos Horta is telling the rally that he's asked for an international inquiry into who's behind the violence and killings between the warring security factions.
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR FOREIGN AFFAIRS: Regarding the investigation, it will go ahead as planned, but I can't comment any further because it would be disrespectful to the international commission.
LIZ JACKSON: The people here have brought their banners and trucks because they're planning to demonstrate in Dili tomorrow, calling on the Prime Minister to resign. Ramos Horta tells them this is their democratic right.
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR FOREIGN AFFAIRS: I said, "It is your right to demonstrate. And...I do not necessarily...am going to say you should not or should not, that's not my responsibility."
LIZ JACKSON: Would you describe those people in Gleno as your supporters?
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR DEFENCE: Well, it seemed like, it seemed like, as many of them said, I should be the Prime Minister... ah, yes, in many places. To drive, just now, I came from Maliana. Everywhere I have been to - Baucau, everywhere - and I have had tremendous sympathy, support, warmth from the people by the thousands, by the hundreds. And I feel overwhelmed, maybe because they are desperately looking for leadership, looking for people they can trust.
LIZ JACKSON: Major Tara, in the baseball cap, is the leader of this group. He's still officially in the Timorese army but deserted to the rebels after April 28th. We asked him why the Prime Minister should stand down now. Why not wait for elections?
MAJOR TARA, F-FDTL (TRANSLATION): There's too much evidence. We can't wait till the next election, because some members of Fretilin already have guns and they are threatening people so that people will vote for Alkatiri.
LIZ JACKSON: Later we're taken further into the hills to meet up with Lieutenant Salsinha - head of the group of so-called petitioners. He's supposed to have the evidence - documentary evidence - that the Prime Minister has given weapons to ministers of the Fretilin Party. This is a serious allegation - maybe, if true, enough to force Alkatiri to stand down.
LT GASTAO SALSINHA, F-FDTL (TRANSLATION): In the documents there are listed which district... how many weapons in every district. Who responsible for these weapon and who carry these weapon. All in document. Name included.
LIZ JACKSON: And these are civilians?
LT GASTAO SALSINHA, F-FDTL (TRANSLATION): Civilian and some of Fretilin militant.
LIZ JACKSON: But it turns out the documents are not available.
LT GASTAO SALSINHA, F-FDTL (TRANSLATION): At the moment I don't have, but...
LIZ JACKSON: It is possible for us to see them later?
LT GASTAO SALSINHA, F-FDTL (TRANSLATION): It's still not possible because these document... they keep not in this place. Somewhere else.
LIZ JACKSON: You keep them somewhere else. Is it possible for you to introduce us to the three civilians who have made the statements? Is it possible for us to talk with them?
LT GASTAO SALSINHA, F-FDTL (TRANSLATION): No. They are hiding somewhere.
LIZ JACKSON: The following day, a long convoy of trucks heads down from the hills and from the far-western border towns into the capital of Dili. They were stopped at the outskirts for 30 minutes or so, but after a few calls on the mobile phone Major Tara accepts the deal put to him by Jose Ramos Horta. The demonstrators can come into the capital, they can deliver their demands to President Xanana Gusmao himself and then leave but keep it under control. There's a little bit of rock-throwing but that's about it as the convoy slowly wends its way to the President's office. About 2,000 people have come to demand that Prime Minister Alkatiri stand down.
LIZ JACKSON: Do you think you've lost the support of the people?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: This country is not a country of 2,000 people. This country - a country of one million people. That's why 2,000... 2,000 is your number. My number is even much less than 2,000. I have put people counting one-by-one and it's...not more than 1,000 people.
LIZ JACKSON: You've had people counting one-by-one?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Yeah.
LIZ JACKSON: And you put it at 1,000?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Yeah.
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR DEFENCE: The fact there is 2,000 or 1,000 - it's small for the scale of Dili and East Timor but it is true - the depth of dissatisfaction and criticism of the government as a whole and in particular the Prime Minister is much more widespread than the number of people demonstrating the other day - 1,000 or 2,000. It is widespread sentiment.
LIZ JACKSON: President Gusmao thanks the crowd for coming and reminding him of his responsibilities but makes no mention of their central demand that Alkatiri should stand down. He appeals for calm and promises he'll address the many crises that face the country.
XANANA GUSMAO: I promise. After this crisis, people will no longer continue to suffer.
LIZ JACKSON: Does there come a point where unpopularity alone is a good enough reason for a Prime Minister to stand down?
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR DEFENCE: Well, let me tell you one thing. No-one has asked me, personally, to step down. If I were to receive just 10 per cent of the criticisms that the Prime Minister has received - all kinds of invitations to step down - well, I would have stepped down long ago.
LIZ JACKSON: The following night we get a message. The group of men who claim they were given weapons on the orders of Alkatiri are ready to meet us. The meeting place is Liquica - an hour's drive west of Dili. Their leader, Commander Rai Los, is there when we arrive but before we talk we must wait for the rest of the group.
MAN: He has to wait for the coming of other members so that we can report in full with the other members.
LIZ JACKSON: I understand. Thank you very much.
LIZ JACKSON: We'll wait till the other people arrive. They're travelling on bad roads from various locations - they could be some time. While we wait, we're given a document that purports to be a memo written to the then Interior Minister Rogerio Lobato - dated 20 May 2006. It's headed 'Fretilin Secret Security Team' and attached is a list of 30 names whom we're told are all the members of the team. There's a further list of the serial numbers of 16 weapons next to the names of the men who were given them. The memo says that Commander Rai Los was asked by Minister Lobato six weeks ago to recruit and arm a team of former resistance fighters because "the situation in the country has been threatened by an opposition party." It reports a claimed meeting on 8 May where Mari Alkatiri speaks with Commander Rai Los about how to settle the issues that have arisen between east and west. But nothing more specific than that. 90 minutes later we drive to a new location. The team is assembled and they've brought their guns. Commander Rai Los has put on a uniform as well. But he and his men are not soldiers - they're civilians.
LIZ JACKSON: Can we come inside and talk?
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO, 'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM: OK.
LIZ JACKSON: Once inside, Commander Rai Los made a series of allegations about the purpose of this team - some far more serious and sinister than in the document we'd read. He spoke about a 30-minute meeting with Mari Alkatiri.
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO,'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM (TRANSLATION): In this meeting he instructed Comrade Rogerio to distribute the weapons to the Fretilin Secret Security Team.
LIZ JACKSON: He alleged he was told the team's secret mission over the next 12 months was as follows...
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO,'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM (TRANSLATION): Firstly, to eliminate petitioners - totally destroy petitioners. Secondly, to terminate opposition leaders. Thirdly, to exterminate the military leaders like Major Alfredo, Major Tara, Major Tilman and their men who have taken weapons into the mountains. And finally to eliminate any Fretilin members who oppose the the policy of Mari and of Fretilin.
LIZ JACKSON: Rai Los says his team had used their weapons in a gun battle with the regular army - in the so-called Tibar incident. This is footage of his men in action. He says four people were killed, and this is why he decided to abandon his loyalty to Mari Alkatiri.
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO,'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM (TRANSLATION): Then I realised maybe I should be on the side of the petitioners against the FDTL. At that point, I realised Mari wanted to divide the people and keep control of the government.
LIZ JACKSON: Rai Los makes what seems an unlikely claim. But though he's now telling the rest of the world, he has not informed President Gusmao.
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO,'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM (TRANSLATION): We haven't informed the president. Mari ordered that.
LIZ JACKSON: When we asked how he could prove any of this, Rai Los put on an unexpected show. He lined up his men with their weapons - safety catches off - and then dialled what he said was former minister Lobato's mobile phone. Rai Los had told him the petitioners were around and now he gives his men the signal.
GUNFIRE
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO, 'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM (ON PHONE): There's a lot of shooting. They just hit one of our men. One of our soldiers. They're taking cover.
MAN ON PHONE: How many are there?
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO, 'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM (ON PHONE): There are too many brother.
MAN ON PHONE: OK, take cover and defend yourselves.
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO, 'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM (ON PHONE): OK, but brother, you need to contact comrade Mari.
MAN ON PHONE: I've contacted him already. You have to fire back and defend yourselves.
COMMANDER VINCENTE DA CONCEICAO, 'RAI LOS', FRETILIN SECURITY TEAM (ON PHONE): OK, that's good.
LIZ JACKSON: We checked the mobile number the following day, and Rogerio Lobato did indeed answer the phone. Rai Los then produced more evidence. He'd saved the former minister's text messages as well. He showed us this one sent from Lobato's mobile phone, dated June 4th. That's two days before the anti-Alkatiri rally was headed for Dili. "To Rai Los. Opposition will come from Emera intending to demonstrate in Dili to put down the government. Why not stop them at the coffee plantation in Rai Laku and burn all 26 trucks?" Rai Los had no proof of his allegations against the Prime Minister. Just one text message from Alkatiri's mobile, date - June 1. All it said was, "Where are you going?"
LIZ JACKSON: Are you aware of a group called the Fretilin Secret Security Team?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: This is wrong, there is no Fretilin Secret Security for sure. Are you aware of that title?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Yes, one of the rumours, yes.
LIZ JACKSON: One of the rumours?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Yeah.
LIZ JACKSON: We met a group of 30 armed men last night who said they were the Fretilin Secret Security Team.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Yeah?
LIZ JACKSON: And they also said they were recruited and armed by your former interior minister, Rogerio Lobato, under your orders.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Yeah, no, no, they...you, you will even really identify others. 30, or 50, or 60, and tried to...to, the groups who tried to accuse, ah, the former minister or also current ministers or myself, but this doesn't mean that there is not a manipulation of others. I do believe that there is no civil... not regular armed peoples that were armed by the government.
LIZ JACKSON: The Prime Minster agreed that he did have a meeting with Commander Rai Los - Rai Los is a fellow member of the Fretilin Party - but Alkatiri says all the allegations that Rai Los makes are false.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: People are now looking to really, to demonise my image. This is the only thing I can say.
LIZ JACKSON: Where do you imagine they got their guns from?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Please, it's better to ask them.
LIZ JACKSON: Well, I did ask them...
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: I, I never...I never...
LIZ JACKSON: ..and they said it was from you.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: I never had one guns in my hands. I am not police, I am not armed force - I am Prime Minister.
LIZ JACKSON: The following day, we called at Rogerio Lobato's house.
LIZ JACKSON: Good morning.
MAN: Good morning.
LIZ JACKSON: My name is Liz Jackson, from Australian television
MAN: You want to Mr...
LIZ JACKSON: Yeah, Mr Rogerio Lobato.
MAN: Mr to talk for TV come?
LIZ JACKSON: Yes, please.
MAN: OK, wait.
LIZ JACKSON: Thank you.
LIZ JACKSON: We wanted to ask the former minister some questions, and he was no longer answering his mobile phone.
MAN: Sorry, Mr Rogerio, call to phone for - he come? No. Mr Rogerio, no.
LIZ JACKSON: He's not here, or he doesn't want to speak to us?
MAN: No, no. He not, no maybe sleeping.
LIZ JACKSON: He's sleeping?
MAN: Yeah.
LIZ JACKSON: Oh, we're, we're happy to wait, we'll just wait then.
MAN: No, no, I talk Mr Rogerio, Mr Rogerio no talk.
LIZ JACKSON: What, you spoke with him?
MAN: Yeah.
LIZ JACKSON: So, he's not asleep?
LIZ JACKSON: We're not getting anywhere, so decide instead to call the head of the Board of Police, Antonio de Cruz. According to the document we got from Rai Los, he was actually the person who gave him the guns, at 10pm at night in a cemetery at Lauhata. We track him down in the border town of Maliana.
ANTONIO DA CRUZ: This is Antonio da Cruz speaking.
LIZ JACKSON: This is Antonio da Cruz speaking? Good morning, sir.
ANTONIO DA CRUZ: Good morning, madam!
LIZ JACKSON: Good morning.
ANTONIO DA CRUZ: How are you?
LIZ JACKSON: I am very good. My name is Liz Jackson from ABC TV.
ANTONIO DA CRUZ: Oh, ABC TV , yes! I am the National Commander of the Border Patrol Unit.
LIZ JACKSON: Good to speak with you, sir. Commander Rai Los says that on the 8th of May, you were at the Lauhata cemetery, near Liquica, and that you gave him 10 AK weapons, and 6,000 rounds of ammunition.
ANTONIO DA CRUZ: Ah, yes, ah, you, you already confirmed this information from who?
LIZ JACKSON: Commander Rai Los.
ANTONIO DA CRUZ: Yes.
LIZ JACKSON: And it's true?
ANTONIO DA CRUZ: Yes, it's true.
LIZ JACKSON: It's true.
LIZ JACKSON: Who told you to give those guns and ammunition to Commander Rai Los?
ANTONIO DA CRUZ: This is from, from, our... I'm receiving an order from the our Interior Minister.
LIZ JACKSON: Rogerio Lobato, the Interior Minister, told you to give, told you to give Commander Rai Los the guns and the ammunition, yes?
ANTONIO DA CRUZ: Yes.
LIZ JACKSON: Do you know for what purpose?
ANTONIO DA CRUZ: I don't know, I don't know, I don't know exactly what, what kind is, he is thinking about that, but I'm the one of the member of the police in Timor-Leste, and I'm the responsibility for the Border Patrol Unit and refer the order to the question our long guns to the ...this matter directly to the our minister and our minister say that he has to give this for the Commander Rai Los and I am just doing...
LIZ JACKSON: Just following orders?
ANTONIO DA CRUZ: Yes.
LIZ JACKSON: Do you know if the Prime Minister Mari Alkatiri gave those orders to the Interior Minster, do you know if Mari Alkatiri knew that you were giving weapons to Commander Rai Los.
ANTONIO DA CRUZ: Ah, I'm not sure and I'm never listened together with the our Prime Minister, 'cause I'm the...just member for the national police.
LIZ JACKSON: Rogerio Lobato's security guard has appeared, so it's time to wind up. But Antonio da Cruz tells us he'll fax us the dispatch records he prepared that list the serial numbers of all the weapons, and to whom they were sent. Two pages arrive. The first page shows 15 HK33 weapons dispatched to His Excellency, the Minister of the Interior on the 8th of May, 2006. The second, a further eight guns dispatched to the minister on the 21st of May. We check the serial numbers of this list of weapons against the serial numbers we got from Rai Los. 15 out of the 16 of Rai Los's guns are listed here. The two we filmed in Liquica were in the first dispatch. We put this to Jose Ramos Horta.
LIZ JACKSON: What does it suggest to you that the head of the border police is asked to give weapons to the Minster of the Interior which end up in an armed civilian group?
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR DEFENCE: Well, obviously, that is an... a very grave, ah, breach, a very grave offence. It would be understandable if the Interior Minister order the weapons away from a sensitive area to be locked away. But when the weapons are returned to him and, ah, re-assign them to, ah, civilians, that is an absolutely grave matter. I'm not saying that this is a fact but if this is what happened, is a very grave matter.
LIZ JACKSON: Arming civilians is a serious offence, yes?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Of course. I'm aware myself.
LIZ JACKSON: A sacking offence?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Mmm. Arming a civilian is against the whole policy of this government.
LIZ JACKSON: And it would be a sacking offence?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: Yeah.
LIZ JACKSON: The Prime Minister has already told us that he believes no civilians were armed by his government but just as we're leaving, we get information that suggests this isn't true. We've driven up into the hills behind Dili to Police Commissioner Paulo Martins' house. After the attacks on police, it was no longer safe for him in Dili, and here he has armed protection. We want to show the Commissioner a handwritten letter that we believe he wrote to the Prime Minister Mari Alkatiri, dated 19 May.
LIZ JACKSON: Sir, we have come to see you because we want to be absolutely sure that this is the letter... you wrote to the Prime Minister.
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Yes.
LIZ JACKSON: The letter informs the Prime Minister of an urgent matter, that on 8 May, the Commissioner of Police for Suai saw a person by the name of Arakat, and eight of his colleagues, with HK33 weapons that belonged to the border police. Arakat is a senior member of Commander Rai Los' group.
LIZ JACKSON: So in your letter to the Prime Minister, you told him that the weapons had gone to a member of Commander Rai Los' group?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: I told this letter is a...a members of the name Arakat.
LIZ JACKSON: Arakat?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Arakat.
LIZ JACKSON: A member of Commander Rai Los' group?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Yeah.
LIZ JACKSON: The letter goes on to state that Arakat's weapons were, "the 17 weapons that had been handed over to the Minister of the Interior". It concludes, "If this was done with the knowledge of Your Excellency, I will not do anything to the contrary. But the population is panicking, and if these measures continue, there will not be a way to put an end to the current problems." Paulo Martins did not give the letter directly to the Prime Minister in person.
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: No, I give to through the secretary of the Prime Minister, Dr Guterres.
LIZ JACKSON: And what did you say to Dr Guterres about this letter?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: I tell him that the letter is very top secret and he will have to deliver the letter when the Prime Minister stay alone.
LIZ JACKSON: When he's by himself?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Yes, yes.
LIZ JACKSON: Three days later, the Commissioner of Police asked to see Mari Alkatiri.
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Ah, on 21 May, in the morning, I called the Prime Minister that I have a meeting with the Minister of Interior. And after that meeting, I will, um... if I have possibility to have a meeting with the Prime Minister. But the Prime Minister tell me that, "You can come to see me, but don't speak about the weapon."
LIZ JACKSON: He directly asked you not to talk to him about these weapons that you'd drawn his attention to?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Yes.
LIZ JACKSON: So as far as you know, nothing was ever done after you sent the letter?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Yes.
LIZ JACKSON: The Prime Minister definitely knew?
PAULO MARTINS, COMMISSIONER OF POLICE, PNTL: Yes.
LIZ JACKSON: If the Prime Minister had just an awareness that a group of people were being armed, Fretilin group of people were being armed, to ensure security, is that serious?
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR DEFENCE: Of course, that alone is serious. You know, we have enough police in this country. Now why having, you know, thousands of police that have more weapons than the army and we still need to arm civilians? And, this is just mind-boggling. I just don't understand why, ah... if these were the fact, why he would condone it why, being who he is - Prime Minister but a very legal-minded person - he would not stop it right away.
LIZ JACKSON: We went back to the Prime Minister, seeking his response to these further allegations, but we've had no reply. We can only assume he'll give the same response as before, that all the allegations about him are just slurs by his political rivals both inside and outside the Cabinet room.
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: The situation here in this country now is a very complex one...as you know.
LIZ JACKSON: And will you be investigating your former interior minister?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: They...I'm open for... I told already today the international community, the United Nations to come and to investigate...everything.
LIZ JACKSON: If it were true, would you stand down?
DR MARI ALKATIRI, PRIME MINISTER: This is always your target this, how...stand down or step down or not. I've made it clear that I will never step down.
DR JOSE RAMOS HORTA, MINISTER FOR DEFENCE: Even if I feel in my conscience that I am innocent, even if or... in my conscience as well, you know, these allegations are not all 100 per cent true but are 10 per cent true, I would have stepped down, you know? My own honour, my own dignity, my own pride would not, keep me, you know, in office.
LIZ JACKSON: While the political games and the power plays continue, those with no power have just modest demands. Beatrice de Jesus lost her husband Santiago in the slaughter of the unarmed police on the road to the UN compound. She wants to know who was responsible. Who ordered the troops, or were they civilians, to open fire? She's hoping for justice, but just a sign that someone cared would help.
BEATRICE DO REGO DE JESUS: (TRANSLATION): No-one has come to see us about his death. Since his death, no-one from his force came to see us. Not even his commanders have come. We called to ask them if we can have his body back, but we've been told that we cannot remove his body until further notice.
Por Malai Azul 2 à(s) 13:32 2 comentários
Entrevista DN a Mari Alkatiri
21.06.2006
Ex-ministro impedido de sair de Timor-Leste
Armando Rafael *
O ex-ministro do Interior timorense Rogério Lobato está impedido de sair do país. A decisão foi ontem tomada por dois procuradores do Ministério Público de Timor-Leste na sequência da abertura de um inquérito às acusações sobre uma alegada distribuição de armas a civis.
Ao que tudo indica, os dois procuradores receiam que o ex-ministro possa sair do país, evitando ter de prestar declarações no âmbito das averiguações às acusações do "comandante Railós" (nome de guerra de Vicente da Conceição), segundo as quais Rogério Lobato teria armado vários "esquadrões da morte" com o objectivo de eliminar adversários políticos da Fretilin e do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.
Confrontado pelo DN com a decisão dos procuradores António Osório e Luís Mota Carmo, Rogério Lobato foi peremptório: "Não é verdade que tenha tentado fugir do país. Depois de ouvir as declarações de "Railós", estou pronto para colaborar com os investigadores a fim de se apurar a verdade nas acusações que me são imputadas."
Uma declaração feita ao princípio da tarde em Lisboa (já noite em Díli), e que pôs termo a mais um dos boatos em que Timor-Leste é fértil: o de que Rogério Lobato teria sido impedido de abandonar a capital quando procedia já ao check-in em pleno aeroporto. Que, por sinal, ostenta o nome do seu irmão Nicolau, primeiro presidente da Fretilin, antigo presidente da República e um dos grande heróis da resistência timorense.
Só que o ex-ministro do Interior não terá tentado sequer sair do país, mantendo-se por casa, como o DN constatou. Sempre que bateu à sua porta, no bairro do Farol, os guardas respondiam que Rogério Lobato não estava. Até que um deles se enganou, e entrou na residência para transmitir ao actual vice-presidente da Fretilin que estava um jornalista à sua espera. Mas, entretanto, surgiu um outro guarda que manteve a versão inicial, apesar de o número de carros estacionados à porta do ex-ministro parecer indiciar o contrário.
Minutos depois, o DN conseguiu, finalmente, entrar em contacto telefónico com Rogério Lobato. Numa altura em que o mandado dos dois procuradores - que terá surpreendido o próprio procurador-geral da República de Timor-Leste, Longuinhas Monteiro - já fora comunicado a todos os postos fronteiriços do país.
Com ou sem razão, já que em Timor-Leste tudo parece ser sempre relativo, não é de excluir, no entanto, que os rumores em torno da suposta fuga de Lobato estejam relacionados com a reunião do Conselho de Estado que hoje se efectua em Díli para debater a alegada distribuição de armas por civis. Um tema que poderia ser usado por quem tenta forçar o Presidente Xanana Gusmão a demitir Alkatiri.
Com João Pedro Fonseca, em Díli
"A minha demissão só piorava a crise"
Quer clarificar a sua relação com Ramos-Horta?
Quem tem assistido às declarações do ministro pode ficar com dúvidas. Também tenho visto declarações que não me agradam. Se ele acha que não pode defender o Governo, também não deve ajudar a deitar abaixo...
Quando não gosta, diz-lhe?
Ele diz sempre que faz isso para manter o equilíbrio... Costumo dizer que Ramos-Horta tem três personalidades: o ministro, o homem e o Nobel da Paz. Nunca sabemos qual é o Ramos-Horta que está a funcionar.
Mas tolera esse comportamento?
Às vezes é importante para permitir que não estique a corda.
Como é a sua relação com o Presidente Xanana?
É normal. No início foi difícil. Sobretudo nas presidenciais, quando decidi não apoiar nenhum candidato. A Fretilin estava dividida e eu quis uni-la. Depois melhoraram, quando iniciámos encontros semanais. Neste momento, quando muitos me vêm dizer que é o Presidente quem quer provocar agitação, nunca acredito. Conheço-o. E sei que muitos vão dizer ao Presidente que estou contra ele. Mas ambos temos o mesmo objectivo: a lei e a ordem no País.
Receou que Xanana o demitisse, apesar de legalmente não ser fácil?
Não é fácil. Naturalmente, as pessoas dizem que eu deveria ter facilitado... Se chegasse à conclusão de que a minha saída resolvia o problema, demitia-me.
Está convencido que não?
Pode até piorar a situação.
E o Presidente alguma vez lhe sugeriu que se demitisse?
Nunca. Que isso fique claro.
Mas foi crítico da sua actuação?
Acha que poderia ter-se evitado esta crise...
Como decorrem as negociações para a revisão constitucional?
Segundo a lei, só seis anos depois: em 2008.
Defende a possibilidade de o Presidente poder demitir o Governo?
Quando o sistema democrático estiver consolidado, acho que sim!
Para esta crise, qual é a solução?
Não há varinhas mágicas. É preciso esforço conjunto dos órgãos de soberania, partidos, Igreja. Esta situação não serve a ninguém. Se o Governo cair, o que vier também vai sujeitar-se a nova queda. Os partidos devem entender isto. Se me demitisse criava um precedente.
Admite cedências?
São correcções, não são cedências. Se verificámos que certas coisas correram mal, devemos estudar caminhos alternativos. Nomeadamente a polícia, as forças armadas.
Vão acabar com as forças armadas?
Seria pior a emenda que o soneto.
Que espera da investigação internacional aos crimes desta crise?
Deve investigar tudo, mas deve compreendê-la no seu contexto. Se se retirar do contexto, não ajudará nada. Só vai agravar.
Numa análise contextuada, não lhe parece que poucas instituições ficarão de fora? Foi tudo muito complexo...
E é bom que envolva todos. Para que não haja aqui diabos e santos.
A reconciliação é a solução?
Não há outro caminho. Se defendemos a reconciliação com todos os que não defendiam a independência, então não podemos impedi-la agora.
Mas isso não pode adiar novos problemas? Deixar feridas abertas?
Reconciliação não significa ignorar o crime praticado, a justiça. Sempre defendi que a justiça é o melhor caminho para reconciliar. Agora estou mais convencido disso. Isto que vivemos agora resulta também da reconciliação que fizemos. Criámos instituições e não fomos suficientemente rigorosos nas admissões das pessoas. Que somos todos iguais, que somos todos do mesmo gabarito. E não somos.
O fenómeno "lorosaes" contra "loromonos" é um fenómeno novo?
Não tem qualquer fundamento histórico...
Então alguém alimenta isso?
Para criar instabilidade...
A Fretilin fica prejudicada com esta crise?
A Fretilin aproveitou esta oportunidade para afirmar que se opõe a qualquer distribuição de armas.
A oposição diz que já não há Fretilin nas montanhas, que com esta crise todos estão contra o Governo.
Isso são wishfull thinkings.
"Há alguém por trás destas histórias"
João Pedro Fonseca, em Díli
Tem sofrido muita pressão popular. Mantém que não se demite?
As pessoas que insistem na minha demissão são pessoas bem identificadas. Há eleições em 2007 e querem ferir a imagem do Governo, com o objectivo de adiar as eleições.
Adiar? Não querem a demissão para antecipar eleições?
Eu próprio defendia a antecipação, mas não há condições. Não há quadro legal, nem comissão nacional de eleições, nem recenseamento.
Impende sobre si uma acusação grave: a de que terá permitido a distribuição de armas a civis por parte de um ministro.
Ainda hoje vi um programa de grande audiência que passou na [televisão da] Austrália. Pensei que o programa pudesse transmitir alguma verdade. Mas do princípio ao fim, qualquer juiz que visse o programa via uma campanha: nada indica que eu seja autor de tudo o que me acusam. Tenho a consciência tranquila.
Há vários testemunhos e provas de que o ex-ministro Rogério Lobato armou civis e acusam o primeiro-ministro de não o ter travado ...
Quando me querem atingir dizem que tenho conhecimento de tudo o que se passa nos ministérios. É verdade que recebi "Railós", que era delegado ao congresso da Fretilin. Ele e mais dois...
Falaram de armas?
É claro que não. Falámos de que os membros da Fretilin estavam a ser perseguidos por peticionários, em Liquiçá. Disse-lhes que se organizassem para não se deixarem apanhar e que falassem com a polícia.
Aconselhou que se defendessem de uma forma legal?
Claro, enquadrando-se com a polícia, informando as autoridades quando existissem ameaças. Essas histórias de que foi o primeiro-ministro, que não foi a Fretilin... Isso cheira a esturro. Há alguém por trás...
Quem?
Não sei. Tentaram usar os peticionários, acabou. Usaram os majores Alfredo [Reinado], [Marcos] Tillman e [Alves] Tara, e esse trunfo acabou também. Depois foi a equipa secreta da Fretilin. Tudo isto é uma maquinação. Querem envolver-me, mas não encontram provas...
Leu a entrevista do ex-ministro Lobato ao Expresso? Ele assume que mandou entregar as armas a civis...
Li. Falei com ele e disse-me que sim, que de facto queria enquadrá- -los na Unidade de Reserva da polícia.
Mas num quadro legal?
Naturalmente que enquadrado numa força de apoio à polícia pode existir. Não digo que seja legal, mas o objectivo seria uma força que não visa provocar distúrbios. Mas não quero defender esta medida...
Sabe quantas armas estarão desaparecidas?
Nas forças armadas fez-se um levantamento e parece que já estão quase todas as armas no quartel. Mas há uma informação que tenho e que, se se confirmar, é grave, de que ainda há um pequeno grupo chefiado por um polícia, de Manufahi, em Alas, que continua armado. Mas não posso confirmar.
Há um mandado de detenção para Rogério Lobato caso tente fugir do país. Que diz disso?
É normal. Se há uma investigação, tem de ser ouvido.
Aconselhou-o a não fugir?
Ele vai. Não tem qualquer problema. É um princípio básico. Há alegações graves contra ele, vai ter de responder.
Não receia que envolva o primeiro- -ministro nestes crimes?
Não quero influenciar ninguém. Ele sabe que sou muito cuidadoso a tomar decisões. Baseio-me muito na lei para tomar decisões.
Quando Rogério Lobato subiu a vice- -presidente da Fretilin quis mostrar que, apesar dos problemas, confiava nele?
Ele foi eleito pelo Comité Central, não por mim.
Mas é da sua confiança?
Não tenho razões para desconfiar de Rogério Lobato.
Mesmo que se provem as alegações?
Se se provar, claro que tudo terá de ser revisto.
O caso dos peticionários parecia simples de resolver. Porque não o fez?
Bem, agora parece que estou a descartar as responsabilidades. Mas quem sempre tratou dos problemas dos militares foi o Presidente da República. Eu estava em Lisboa quando o problema começou. E sempre acreditei que o Presidente resolvesse a questão. Quando cheguei, a coisa estava pior, e os próprios peticionários pediam para tratar do assunto com o Presidente. A verdade é que a comissão investida não mereceu confiança dos peticionários. Podia ter-se criado outra comissão. Mas se o Presidente já tratava, o Governo sentiu-se inibido. Aqui, houve um erro do Governo. Assumo: foi um erro. A comissão acabou por ser criada e foi investida na véspera da confusão. Dia 27 de Abril...
Qual a solução agora para a crise?
Recolher as armas. Os deslocados voltarem para as suas casas. O Estado vai ajudar a reconstruir casas destruídas. A comissão deve então trabalhar para resolver o problema. Os majores têm que resolver os seus problemas com os seus comandos. Os polícias serão chamados. E o que for de natureza política será discutido.
No início da crise disse que há aqui interferência internacional. Ainda tem a mesma ideia?
Ainda. Mas nunca acusei a Indonésia. Nunca falei em milícias indonésias, disse ex-milícias indonésias, que são timorenses, como sabe.
Já tentou clarificar a interpretação errada das suas palavras?
Xanana levou uma carta minha ao Presidente indonésio, e enviei outra ao Governo. Nunca acusei qualquer outro governo. O que eu digo é que há uma certa imprensa australiana que está a tentar diabolizar a minha pessoa. Alguém está a alimentar essa informação. Há interesses, de algum grupo conservador, não sei!
O primeiro-ministro timorense está a ser acusado de ter distribuído armas por civis. Para já, a acusação é apenas indirecta. Mas o objectivo das denúncias em torno do ex-ministro Rogério Lobato parece visar, acima de tudo, Mari Alkatiri.
Entrevistado na véspera do Conselho de Estado que hoje se reúne em Díli, o secretário-geral da Fretilin mostra-se apostado em resistir.
Por Malai Azul 2 à(s) 13:28 2 comentários
Traduções
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "