quarta-feira, junho 21, 2006

Dos leitores

... não parece que seja essa a ideia adjacente à palavra despartidarizar no contexto que foi escrita. Concordo perfeitamente com o que disse da sua despartidarização citando a história mas aquela mensagem não contempla a defesa que tomou.

A questão é mesmo outra.

Soa a que era mais no sentido que foi usado na montanha... despartidarizar... se é que agora entende. E desculpe o abuso, é retórica, mas a prova dessa despartidirização até se pode ver no "abuso" que é ver-se afinal um partido que até tinha maioria de delegados ter tido a necessidade - em plena crise - de ter dentro da própria casa usado de método de votação nada mas mesmo nada democrático.

Certamente que não concorda como não concordarão todos aqueles que defendem exactamente o procedimento usado mas sinceramente, com tal acto, não acha que deixaram a porta aberta para, aí sim, aparecer a dúvida sobre a dimensão democrática dos seus intervenientes? Confesse que também aí não houve tacto político. Ou saberia a FRETILIN que adoptando tal atitude iria ter mais vantagem?

Se a teve, perguntava (embora claro isso não seja possível por nenhuma Constituição o permitir): e pedindo a um povo para votar quem quer eleger de braço no ar?

Não é possível claro. Baralharam tudo.

Quanto ao "para tudo fazer que esses golpes não se repitam.", veja lá bem como lidou a classe política com as questões internas de uma estrutura do Estado de extrema importância e como continua ela a lidar perante as vergonhosas versões e desenvolvimentos, fazendo o Governo passar a mensagem de que tudo não passa de golpistas a tentar derrubá-lo. A única coisa que se ouviu foi os "golpitas" dizerem que querem a saída do sr. Mari Alkatiri.

Ele já disse que não sairia! E agora? Haverá certamente uma solução. Impressiona é que se tenha chegado aqui... é lamentável e espera-se que se apurem responsabilidades no quadro da Constituição e os culpados devem responder através da Lei.

Não vejo, nem quero ver que a coisa seja de outro modo.

Não se esqueça é que a responsabilidade é política ao mais alto nível e aí veremos que lições se aprendem...

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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