Ribeiro de Castro afirma não estar obcecado com vida interna do CDS-PP
Díli, 08 Out (Lusa) - O presidente do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, escus ou-se hoje a comentar a disponibilidade de Luís Nobre Guedes em disputar a liderança, considerando que "não está obcecado com a vida interna" do partido.
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Ribeiro e Castro chegou a Díli proveniente da Austrália, onde participou n os trabalhos do Comité Executivo da União Democrática Internacional (UDI), organ ização que agrupa 80 partidos do centro-direita de todo o Mundo, e que marcou o regresso do CDS-PP àquela "família política". O CDS-PP foi um dos partidos fundadores da UDI, em 1983. "Há cerca de 13 anos o partido foi excluído da organização, mas agora, com a minha liderança, fomos readmitidos como membros de pleno direito", afirmou.
A UDI é actualmente presidida pelo líder do Partido Liberal australiano, John Howard, que chefia o governo, e entre os partidos que fazem parte da organização figuram o Partido Republicano (Estados Unidos), Partido Popular (Espanha) e o Partido Conservador (Reino Unido).
Além do CDS-PP, a RENAMO, da oposição em Moçambique, é outra formação partidária dos países lusófonos que faz parte da UDI.
"Vindo à Austrália não poderia deixar de vir a Timor-Leste. Seguimos com muita preocupação, e também com muito carinho, a situação em Timor-Leste", salientou.
Ribeiro a Castro destacou o "grande passado (do CDS-PP) no apoio à causa da independência e, agora, da democracia e da construção do Estado de Direito".
"Queremos que a experiência de Timor-Leste corra bem. A causa de Timor uni u Portugal. Quero recolher informação, mais extensa e mais vasta, actuando com sentido de estado, como é próprio de um partido de governo, do arco da governabilidade, como o CDS, hoje na oposição", acrescentou Ribeiro e Castro.
O programa da estada de Ribeiro e Castro inclui visitas ao quartel da GNR e à Escola Portuguesa de Díli, e um encontro com os efectivos do Grupo de Operações Especiais da PSP estacionados em Díli.
Quanto à agenda política prevista, José Ribeiro e Castro tem encontros marcados com o antigo primeiro-ministro, e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, com líderes dos partidos com representação parlamentar, e ainda com o Presidente Xanana Gusmão, com o primeiro-ministro José Ramos-Horta e com o comandante das forças armadas timorenses, brigadeiro-general Taur Matan Ruak.
Estão igualmente agendadas reuniões de trabalho com o representante em funções de Kofi Annan em Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, com o representante da Comissão Europeia, Giuglielmo Colombo, e com o reitor da Universidade Nacional de Timor LoroSae, Benjamim Corte-Real.
EL-Lusa/Fim
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domingo, outubro 08, 2006
Declarações à chegada a Díli
Por Malai Azul 2 à(s) 17:30 5 comentários
Comunicado - FRETILIN - Português, Tetum e Inglês
FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
Rua dos Mártires da Pátria, Comoro, Dili, Timor-Leste, e: mail: staccfretilin@yahoo.com. Tel/fax 3317219
Comunicado de Imprensa
Outubro 8, 2006
12.45 am
RENEGADO RAI’LÓS ATERRORIZA PESSOAS, A 30 KMS A OESTE DE DILI
O renegado Rai'lós lançou o pânico em Maubara - distrito de Liquiçá, precisamente a uma semana da data prevista para a divulgação do relatório elaborado pela Comissão Internacional de Inquérito sobre os actos violentos ocorridos em Abril e Maio deste ano e que causaram a deslocação de milhares de timorenses.
De acordo com o relatório assinado pelo Sr. Félix da Costa, Administrador do Sub-Distrito de Maubara, localizado a 30 kms a oeste de Dili, na madrugada do dia 29 de Setembro, Rai’Lós, armado e acompanhado de polícias locais, proferiu ameaças de violação sexual à esposa do Sr. Mariano caso não colaborassem com os seus intentos.
Sob pressão do Rai’Lós, o Sr. Mariano foi forçado a acordar o Sr. Félix da Costa com o pretexto de que havia pessoas que precisavam da sua ajuda. Rai’Lós acusou o Sr. Félix e outras autoridades locais de terem distribuído armas para assassiná-lo assim como aos soldados peticionários. A esposa do Sr. Félix negou categóricamente esta acusação e o Rai’Lós espancou-a na cabeça com a pistola que empunhava.
Ainda de acordo com o relatório do Sr. Félix, Rai’Lós para alem de proferir palavras obscenas ameaçou ainda aniquilar o Administrador do distrito de Liquiçá e o Sr. Felix se os resultados do relatório da Comissão Internacional de Inquérito não resultassem na prisão de Mari Alkatiri.
Rai’Lós ameaçou ainda a esposa do Sr. Félix dizendo que voltaria ao local para a violar e incendiar a sua residência.
Segundo o relatório do Sr. Félix, Rai’Lós disse em tom provocador: “Podes queixar-te aos teus ministros. Não tenho medo porque tenho as “costas quentes”, o número um apoia-me e tenho a polícia de Liquiçá nas minhas mãos.” Rai’Lós continuou a ameaçar dizendo que uma nova onda de violência começaria novamente, com duração de dez meses se o Alkatiri não fosse punido.
O Administrador do sub-distrito de Maubara quer que o Rai’Lós e o seu grupo sejam desarmados. Quer também saber se o Rai’Lós está a seguir instruções de algum líder timorense e pede a intervenção e protecção da policia das Nações Unidas no sentido de proteger o seu distrito e, que esta protecção seja implementada antes da divulgação dos resultados de investigação feita pela Comissão Internacional de Inquérito.
A divulgação do relatório elaborado pela Comissão Internacional de Inquérito poderá ocorrer dentro do mês de Outubro. A entrega do relatório ao Presidente do Parlamento e ao Secretário Geral das Nações Unidas estava originalmente prevista para ontem, dia 7 de Outubro.
De referir que o Dr. Mari Alkatiri foi forçado a resignar-se em Junho na sequência de alegações feitas pelo Rai’Lós ao programa “Four Corners” da estação australiana, ABC.
O relatório do Administrador do Sub-Distrito de Maubara, datado 2 de Outubro , foi entregue às autoridades timorenses no dia 6 de Outubro de 2006.
Para mais informação:
Dili: Mr Filomeno Aleixo +670 729 1644
Melbourne: Mr Alex Tilman +61 419 281 175
Sydney: Mr Sahe da Silva +61 414 807 824
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Komuikadu bá Media
Outubru 8, 2006
12.45 am
Renegadu Railós hatauk ema , besik hela Díli Km 30 deit
Vicente Railós hatauk ema iha Timor-Leste, bainhira falta deit ona semana ida ba Komisaun Iketritu hosi Nasoens Unidas atu fosai ninia rezultadu investigasaun konabá krise nebé mosu iha fulan Abril no Maiu tinan ida né, nebé halo mós ema rihun ba rihun mak sai hosi sira nia hela fatin baibain.
Tuir surat ida ható husi Felix da Costa, Administrador sub-distritu Maubara nian, dok kilpmetru 30 hosi Díli, iha loron 29 Setembru dader nakukun, Railós kaer kilat iha liman no lao hamutuk hó polisia iha nebá, ameasa atu viola ema rainain ida, se nia hó nia kaben Mariano la kopera hó nia.
Mariano hó tauk tuir deit Railós hó nia grupu nia liafuan, sira ba baku oadamatan Felix da Costa nia uma, hodi hakfolik dehan ba sira katak ema balu presiza sira nia ajuda. Railós kaer ninia pistola hodi tama deit hó forsa iha senhor da Costa nia uma, no akusa nia no autoridade local sira seluk katak sira fahe kilat ba ema atu oho nia no mos soldadu petisionáriu sira. Bainhira senhor da Costa nia fen nega akuzasaun sira hosi Railós, nia lori nia pistola hodi baku senhora né nia ulun.
Tuir da Costa nia liafuan, Railós hakilar ba sira katak mak Mari Alkatiri la tama kadeia bainhira relatoriu ONU nain hasai, nia sei fila fali para oho tia Administrador Liquiçá nian no mos Administrador sub-distritu, senhor da Costa. Nia fihir lós ba senhor da Costa nia fén nia oin hodi dehan, nia sei fila bá atu abuza nia no sei sunu tiha sira nia uma.
Tuir senhor da Costa nia relatóriu, Railós mós dehan ba sira molok fila kotuk, “Imi bele ható keixa bá imi nia ministru sira. Hau la tauk tamba númeru um iha hau nia kotuk no mós polísia Liquiçá iha hau nia liman”. Nuné nia mós ameasa katak violénsia foun sei mosu no sei kontinua tó fulan sanulu, mak Alkatiri la tama kadeia karik.
Administrador Liquiçá, Felix da Costa husu atu dezarma tia Railós hó nia grupu. Nia hakarak hatene karik lider ruma nasaun né nian mak fó autorizasaun bá Railós atu halobuat sira né, nomos nia hakrak Polísia ONU nian atu proteje ninia Distritu no nia hakarak protesaun né metin duni molok hasai relatóriu internasional bá ema hotu hatene.
Relatóriu ONU nian konabá violénsia nebé mosu iha Timor-Leste, fulan Abril no Maiu liubá, sei hasai iha fulan Outubru nia laran. Fofoun né, relatóriu atu sai iha loron 7 fulan Outubru. Dr. Alkatiri obrigadu husik nia kargu Primeiru-Ministru iha fulan Juñu tamba Rai’lós nia alegasaun hasai iha televizaun Austrália nian, programa ABC, hanaran 4 korners. Señor da Costa hakerek ninia liafuan sira né iha loron 2 fulan Outubru no autoridade sira simu relatoriu né iha loron 6 Outubru.
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Media Release
October 8, 2006
12.45 am
Renegade Rai'los terrorises people, only 30 kms west of Dili
Vicente Rai'los terrorised people in Timor-Leste, just a week before the expected release of the report of the United Nations investigation into who was behind the violent events of April and May this year, which displaced thousands of Timorese.
According to a signed statement by Felix da Costa, the Administrator of sub-district Maubara, 30 kms west of Dili, at dawn on September 29, an armed Rai'los, accompanied by local police, threatened to rape a local citizen, unless she and her husband Mariano cooperated.
A fearful Mariano was forced by Railos and his group to knock at the door of Felix da Costa, under the pretext that there were people needing his help. Using his pistol Railos then violently entered Mr da Costa’s house, and accused him and other local authorities of distributing weapons with the intention of killing him and the petitioning soldiers. When Mr da Costa's wife denied Railos' accusation, he hit her in the head with his pistol.
According to da Costa's statement, Railos screamed that if Mari Alkatiri doesn’t go to prison when the UN report is released, he would return to kill both the district administrator of Liquiçá and the sub-district administrator, Mr da Costa. Looking at Mr da Costa’s wife, he told her he would also return to rape her and burn her house.
According to Mr da Costa’s report, a defiant Rai'los said, “You can complain to your ministers. I am not afraid because I have the number one behind me and I have the local Liquica police in my hands”. He then threatened that a new wave of violent conflict would begin and would continue for at least ten months, if Alkatiri isn’t punished.
Administrator Felix da Costa has called for Rai'los and his group to be disarmed. He wants to know if any of the nation's leaders have authorized Rai'los' actions, and he wants UN police to protect his district and for this protection to be effective before the publication of the international findings.”
The report by the UN investigators regarding the violent events of April and May is now expected by the end of October. The report was originally expected to be made on October 7. Dr Alkatiri was forced to resign in June following allegations by Rai'los on ABC TV program 4 Corners. Mr da Costa wrote his statement on October 2 and Timorese authorities had it by October 6.
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Por Malai Azul 2 à(s) 16:42 18 comentários
Acusações sobre a violência em Timor
Tradução da Margarida.
The Age
Tom Hyland
Outubro 8, 2006
Um inquérito das Nações Unidas sobre a violência em Timor-Leste este ano vai servir para anunciar cerca de 100 pessoas, incluindo políticos de topo e figuras das forças de segurança, em descobertas danificadoras que recomenda que alguns deve enfrentar acusações criminais.
A saída iminente do relatório tem levantado receios de mais violência na capital, Dili, levando a um apelo à calma pelo Presidente Xanana Gusmão, que prevê que as suas descobertas serão "fardo pesado " para toda a nação.
Um painel de três membros de peritos da ONU completou o relatório ontem. Espera-se que seja entregue ao Parlamento de Timor-Leste tão cedo quanto esta semana.
O Sunday Age acredita que o inquérito acusa políticos de topo e figuras das forças de segurança pela violência que irrompeu em Abril, levando ao destacamento de Australianos e outras tropas. Num desafio aos líderes de Timor-Leste e à fortaleza do seu sistema judicial, acredita-se que o relatório anuncie 100 figuras chave, e recomenda que muitas sejam responsabilizadas.
Os nomes são de todos os lados da política Timorense, minando teorias de que a violência foi orquestrada por uma mão escondida — seja o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, que resignou sob pressão em Junho, ou pelo Presidente Gusmão como parte do golpe apoiado pelos Australianos contra o Sr Alkatiri.
"Vai desapontar seriamente os teóricos da conspiração," disse uma fonte bem -informada. "Qualquer noção de que de algum modo havia um manipulador de marionetas sentado no palácio Presidencial ou no Gabinete do Primeiro-Ministro a puxar as cordas não existe." O relatório diz-se, vai iluminar falhanços de instituições importantes e de pessoas chave nessas instituições, particularmente na polícia e nas forças armadas.
A violência, que reclamou 40 vidas, expõe profundas divisões no seio das forças armadas e entre as forças armadas e a polícia. Irrompeu em Abril quando tropas "leais" dispararam contra uma manifestação em apoio de 600 soldados que tinham desertado em Março, alegando discriminação. Em Maio, a força da polícia em Dili desintegrou-se quando as tropas dispararam e mataram nove polícias desarmados.
Entre alegações que facções políticas rivais estavam a formas esquadrões de ataque, distúrbios e fogos postos irromperam em Dili, forçando 150,000 pessoas das suas casas.
O inquérito, ordenado pelo Secretário-Geral da ONU Kofi Annan em Junho a pedido do governo de Timor-Leste, acredita-se que vai expor o colapso total do controlo do governo, sem ninguém responsável por instituições chave na altura em que o tiroteio começou.
O seu mandato era estabelecer os factos à volta da violência, clarificar os responsáveis e recomendar medidas para garantir que os responsáveis por crimes sejam responsabilizados.
As suas recomendações criarão o maior desafio aos líderes de Timor-Leste e ao seu inexperiente sistema judicial.
O apelo à calma do Sr Gusmão foi feito juntamente com o Sr Ramos Horta e o Presidente do Parlamento.
Enfatizando receios de um retrocesso violento ao inquérito, pediram às pessoas para aceitarem o relatório com "dignidade, força e coragem ". "O relatório da comissão e as suas recomendações podem vir a ser um fardo pesado para muita gente," disseram.
2006: Um ano em crise
Março: O Governo de Timor-Leste despede 600 soldados quando desertaram, alegando discriminação.
Abril 28: Tropas abrem fogo e matam cinco quando uma manifestação dos soldados despedidos se transforma num motim.
Maio 11: A Austrália põe barcos com tropas em estado de alerta.
Maio 25: As primeiras tropas Australianas chegam depois de Timor-Leste requerer assistência estrangeira.
Maio 26: A ONU confirma nove polícias desarmados mortos baleados por tropas Timorenses.
Maio 31: O Presidente Gusmão toma o controlo das forças armadas, declara o estado de emergência.
Junho 21: O antigo ministro do interior Rogério Lobato é colocado sob prisão domiciliária sobre alegações de que armou um grupo de milícia.
Junho 8: O Ministro dos Estrangeiros pede à ONU para abrir um inquérito à violência.
Junho 26: O Primeiro-Ministro Mari Alkatiri resigna.
Junho 29: Kofi Annan forma uma comissão independente de inquérito.
Julho 8: José Ramos Horta nomeado como o novo Primeiro-Ministro.
Out 7: Relatório completo do inquérito.
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Por Malai Azul 2 à(s) 10:13 4 comentários
A paz sem vencedor e sem vencidos
Dai-nos senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja novo
Recomeço de esperança e de justiça
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos.
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos.
Sophia de Mello Breyner Andreson
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Por Malai Azul 2 à(s) 09:58 4 comentários
Charges over Timor violence
The Age
Tom Hyland
October 8, 2006
A UNITED NATIONS inquiry into the violence in East Timor this year is set to name up to 100 people, including senior political and security force figures, in scathing findings that recommend some should face criminal charges.
The imminent release of the report has raised fears of more violence in the capital, Dili, prompting an appeal for calm by President Xanana Gusmao, who predicted its findings would be a "heavy burden" for the entire nation.
A three-member panel of UN experts completed the report yesterday. It is expected to be tabled in East Timor's Parliament as early as this week.
The Sunday Age believes the inquiry blames senior political and security force figures for the violence that erupted in April, leading to the dispatch of Australian and other peacekeepers. In a challenge to East Timor's leaders and the strength of its judicial system, the report is believed to name 100 key figures, and recommend many be held accountable.
Those named are from all sides of East Timorese politics, undermining theories that the violence was orchestrated by a hidden hand — either former prime minister Mari Alkatiri, who resigned under pressure in June, or by President Gusmao as part of an Australian-backed coup against Mr Alkatiri.
"It's going to seriously disappoint the conspiracy theorists," a well-informed source said. "Any notion that somehow there was a puppeteer sitting in the President's palace or the Prime Minister's office pulling all the strings is sort of out to lunch." The report is said to highlight failures by major institutions and key people in those institutions, particularly in the police and military.
The violence, which claimed up to 40 lives, exposed deep divisions within the army and between the army and the police. It erupted in April when "loyal" troops fired on a protest staged in support of 600 soldiers who had deserted in March, alleging discrimination. In May, the police force in Dili disintegrated when troops shot and killed nine unarmed police.
Amid allegations that rival political factions were forming hit squads, rioting and arson erupted in Dili, forcing 150,000 people from their homes.
The inquiry, set up by UN Secretary-General Kofi Annan in June at the request of East Timor's Government, is believed to expose a total collapse of government control, with no one in charge of key institutions by the time the shooting started.
Its mandate was to establish the facts surrounding the violence, clarify who was responsible and recommend measures to ensure those responsible for crimes are held accountable.
Its recommendations will create the biggest challenge for East Timor's leaders and its inexperienced judiciary.
Mr Gusmao's call for calm was made in a joint appeal with Mr Ramos Horta and the president of the Parliament.
Underlining fears of a violent backlash to the inquiry, they called on the public to accept the report with "dignity, strength and courage". "The commission's report and its recommendations may turn out to be a heavy burden for many people," they said.
2006: A year in crisis
March: East Timor Government sacks 600 soldiers when they desert, alleging discrimination.
April 28: Troops open fire and kill five when a rally for the sacked soldiers turns into a riot.
May 11: Australia puts troop ships on stand-by.
May 25: First Australian troops arrive after East Timor requests foreign assistance.
May 26: UN confirms nine unarmed police shot dead by East Timorese troops.
May 31: President Gusmao takes control of armed forces, declares state of emergency.
June 21: Former interior minister Rogerio Lobato placed under house arrest over allegations that he armed a militia group.
June 8: Foreign Minister asks the UN to set up an inquiry into the violence.
June 26: Prime Minister Mari Alkatiri resigns.
June 29: Kofi Annan forms independent commission of inquiry.
July 8: Jose Ramos Horta named as new Prime Minister.
Oct 7: Inquiry completes report.
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Por Malai Azul 2 à(s) 09:54 10 comentários
Ex-primeiro-ministro alerta para ‘estratégia de tensão’
Expresso - 7 de Outubro de 2006
Nicole Guardiola
As causas do incêndio que deflagrou na madrugada de segunda-feira na sede da Fretilin em Díli estão a ser investigadas pela polícia timorense. Mas para o secretário-geral do partido do Governo, Mari Alkatiri, não há dúvidas de que foi fogo posto: ‘Recebemos ameaças anónimas e instalámos um piquete. O fogo começou ao amanhecer, quando o piquete foi descansar’, explicou ao Expresso.
A pronta intervenção dos bombeiros - ‘uma das poucas corporações que funciona bem aqui’ ironiza o ex-primeiro-ministro - limitou os estragos: só a cafeteria foi destruída.
Não é o primeiro incidente deste tipo contra edifícios ou membros do Governo, mas o ataque à sede principal da Fretilin tem uma carga simbólica reforçada. ‘Estão a provocar a Fretilin para desencadear reacções e uma espiral de violência’, opina Alkatiri, que se recusa a precisar quem são os supostos autores materiais e/ou morais desta ‘estratégia da tensão’. O ex-PM refere que a única solução é reforçar a autoridade do Estado e acabar com a impunidade, para o que a nova missão da ONU e a presença de uma polícia internacional capaz de ajudar a reorganizar e treinar as forças de segurança timorenses serão preciosas.
‘Infelizmente, nem todos os responsáveis políticos o entendem assim’, diz Alkatiri. Estas divisões terão estado na origem da renúncia do ex-Presidente de Cabo Verde, Mascarenhas Monteiro, ao cargo de representante do secretário-geral da ONU em Timor-Leste: ‘Compreendo a sua decisão, mas lamento-a. Perdemos um amigo dedicado e empenhado’.
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Por Malai Azul 2 à(s) 09:47 13 comentários
Traduções
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "