sexta-feira, novembro 09, 2007

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "O Fundo de Petróleo criado pelo Governo de Alkatir...":

Ora aí está uma prova da BOA GOVERNAÇÃO de MARI: lutando contra muitas privações e incompreensões Governo FRETILIN deixou no "ranking" o "Fundo do Petróleo de TIMOR-LESTE" em 3º lugar (tendo à sua frente apenas a Nova Zelândia e a Noruega).

Atrás de TIMOR-LESTE, segue-se o Canadá, Estados Unidos, Austrália e por aí abaixo, num universo de 28 países analisados!

Mas não esqueçam que na questão de transparência e prestação de contas, Timor, classificou-se em 2º lugar!! Isto quer dizer alguma coisa, não acham???

Fitun Taci

O Fundo de Petróleo criado pelo Governo de Alkatiri que Xanana e Ramos-Horta querem dar cabo...

Notícias Lusófonas
09 Novembro 2007

Fundo Petrolífero em 3º lugar em avaliação internacional

O Fundo Petrolífero de Timor-Leste obteve o terceiro lugar num "ranking" elaborado por uma instituição de pesquisa norte-americana, afirmou fonte oficial da Autoridade Bancária e de Pagamentos (ABP).

A avaliação que elogia o Fundo Petrolífero timorense foi publicada pelo Peterson Institute for International Economics, um instituto de pesquisa privado com sede em Washington, Estados Unidos, num relatório que analisa 32 fundos em 28 países.

O Fundo Petrolífero de Timor-Leste obteve o terceiro lugar nessa avaliação, obtendo 21,75 pontos num total possível de 25.

O Fundo timorense "obteve a pontuação máxima para a estrutura e perdeu apenas 0,25 pontos (para o máximo possível de 12 pontos) em transparência e prestação de contas, classificando-se em segundo lugar", disse fonte da ABP, futuro Banco Central de Timor-Leste.

O topo do índice do Peterson Institute para os fundos petrolíferos soberanos é ocupado pela Nova Zelândia (24 pontos) e pela Noruega (23 pontos).

Nas posições abaixo do Fundo Petrolífero timorense surgem os fundos do Canadá, EUA e Austrália.

O índice foi elaborado segundo critérios combinados de estrutura, governação, transparência e prestação de contas e comportamento.

NOTA DE RODAPÉ:

E ainda há quem acuse o Governo de Alkatiri de corrupção ou de falta de transparência?!

De notar que os próprios Estados Unidos e a Austrália ficaram atrás nesta classificação...

Entrevista a Reinado na íntegra

http://www.abc.net.au/rn/backgroundbriefing/stories/2007/2075594.htm#transcript

Jornalista testemunha que foi Reinado quem disparou primeiro contra F-FDTL

In the middle of last year, SBS-Dateline journalist, David O'Shea and his Timorese colleague, Jose Belo were caught in the middle of a gun battle between Alfredo's men and government soldiers - the F-FDTL ...

Alfredo shouting at FFDTL soldiers ... then gunfire

David O'Shea: Reinado insisted he'd fired in self defence, but I was there and I clearly saw and heard him shoot first. The soldiers who were fired on that day said the attack against them came out of the blue.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"

Tradução:

Em meados do ano passado, o jornalista da SBS-Dateline, David O'Shea e o seu colega Timorense, José Belo foram apanhados no meio de um tiroteio entre os homens de Alfredo e os soldados do governo – as F-FDTL ...

Alfredo a gritar para os soldados das FFDTL ... depois disparos de armas

David O'Shea: Reinado insistiu que disparou em auto-defesa, mas eu estava lá e vi e ouvi claramente ele a disparar primeiro. Os soldados sobre quem ele disparou nesse dia disseram que o ataque contra eles veio do nada .

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

Como as ISF abriram a porta da prisão de Becora a Reinado

Chris Bullock: How did you get out of jail in Dili?

Alfredo Reinado: I just walk out from the door that I get in, I didn't do anything wrong.

Chris Bullock: People will find it very strange that you can just walk out of a prison door?

Alfredo Reinado: Very strange because this is a public prison and you put military, more than 10 military that are well trained, MP, and you put inside, we can teach them how to arrest people and look after people, but they can't look after us.

The New Zealand military always have security outside and checking me all the time, hour after hour, always check me in my jail, but somehow you manage it, without harming anyone, without threatening anyone, nothing.

I just tell them that I want to go out. They let me go ...

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"

Tradução:

Chris Bullock: Como é que saíu da prisão em Dili?

Alfredo Reinado: Limitei-me a sair a pé pela porta por onde entrei, não fiz nada de errado.

Chris Bullock: As pessoas acharam muito estranho que se limitasse a sair a pé pela porta da prisão?

Alfredo Reinado: Muito estranho porque esta é uma prisão pública e põem mais de 10 militares que são bem treinados, PM, e pôem-nos dentro, podemos ensiná-los como prender pessoas e tratar das pessoas, mas não podem tratar de nós.

Os militares da Nova Zelândia têm sempre segurança no exterior e vigiavam-me todo o tempo, a todas as horas, vigiavam-me sempre na minha prisão, mas de certo modo, conseguiu-se, sem ferir ninguém, sem ameaçar ninguém, nada.

Disse-lhes apenas que queria sair. Deixaram-me ir ...

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

O que diz Reinado sobre Xanana

Alfredo Reinado: I never surrender to anyone. The day they arrest me on the 25th of June it is because I had been authorised by the president to go down to Dili to see how to solve the crisis, because the President guarantee before that to me in writing that when I hand over my weapon maybe will guarantee to solve this crisis, even though he know that not me the one pulling the trigger to start this crisis. I go there and they arrest me one day later.

And the president didn't say anything about that. So you can see how we can trust anyone at the moment, even the leader of the nation.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007 "

Tradução:

Alfredo Reinado: Nunca me entregarei a ninguém. No dia em que me prenderam em 25 de Junho foi porque tinha sido autorizado pelo presidente a descer para Dili para ver como resolver a crise, porque o Presidente me garantira antes por escrito que quando entregasse as minhas armas talvez me garantisse resolver esta crise, mesmo apesar de saber que não fui em quem puxou o gatilho para começar esta crise. Fui para lá e eles prenderam-me um dia mais tarde.

E o presidente não disse nada sobre isso. Portanto podem ver como podemos confiar em alguém na altura, mesmo o líder da nação.

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

Reinado implica não só Alkatiri mas Ramos-Horta, Xanana e Longuinhos Monteiro

Alfredo Reinado: I go there voluntarily, but I not go alone, because those leaders have the responsibility also, to go one by one, and confess. Don't blame me.

You think Mr Xanana innocent, Mr Ramos Horta innocent, Alkatiri innocent and his group innocent, you think prosecutor is innocent? So he thinks innocent we go there and answer one by one then.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"

Tradução:

Alfredo Reinado: Fui lá voluntariamente, mas não fui sozinho, porque estes líderes não têm responsabilidade também, ir um a um e confessar. Não me culpem a mim.

Pensa que o Sr Xanana é inocente, (que) o Sr Ramos Horta (é) inocente, Alkatiri (é) inocente e o seu grupo (é) inocente, pensa que o procurador é inocente? Assim ele pensa inocente e vamos lá e responder um a um então.

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

As mentiras do brigadeiro australiano John Hutcheson e a prova da impunidade de Alfredo

John Hutcheson: I'm not engaged in any operations against Alfredo. Alfredo of course will be treated like any other East Timorese citizen and at the end of the day, if he is found to be carrying weapons and so on, he will be detained and disarmed at that point, the same as any other citizen would be.

But he still refuses to put down his weapon, and he mocks the notion that he is in hiding. He says he goes down to the capital, Dili, often ...
...

Alfredo Reinado: I can go to Dili any time I like.

Chris Bullock: Do you?

Alfredo Reinado: Why not, I always there. Sometimes go and have a fun, have a coffee.


Alfredo Reinado: Am I in the mountain, you see more people live up there in the mountain higher than me. You want me to order a pizza for you, I can order from here (laughs) or you want to have a cappuccino, I can have it up here. I have more better life up here and who those politician down there, because they scared, they threat, they always hide.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"

Tradução:

John Hutcheson: Não estou engajado em nenhumas operações contra Alfredo. Alfredo obviamente será tratado como qualquer outro cidadão Timorense e no fim do dia, se for encontrado com armas etc., e tal, será detido e desarmado nessa altura, da mesma maneira como qualquer outro cidadão seria.

Mas ele continua a recusar baixar as suas armas, e ele troça da nação e anda escondido. Diz que desce à capital, Dili, muitas vezes ...
...

Alfredo Reinado: Posso ir a Dili sempre que quero.

Chris Bullock: Pode?

Alfredo Reinado: Porque não, estou sempre lá. Às vezes vou para me divertir, beber um café.




Alfredo Reinado: Se estiver nas montanhas, vê mais gente a viver nas montanhas mais altas do que eu. Se quiser que eu encomende uma pizza para si, eu posso encomendar daqui (risos) ou se quiser beber um cappuccino, posso encomendá-lo para aqui. Tenho uma vida melhor aqui do esses políticos lá em baixo, porque eles estão cheios de medo, eles ameaçam, eles escondem-se sempre.

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

As mentiras do Presidente Ramos-Horta

Jose Ramos Horta: He is now extremely quiet, I have engaged a Timorese NGO, engaged a Swiss based group, NGO, to engage him in dialogue and to bring him into a cantonment, and then he said emphatically to me and to his lawyers, to the Swiss NGO, that he is ready to then surrender the weapons and surrender to justice.
...

Chris Bullock: I think the change is that the government is taking a more conciliatory approach to you ... Xanana Gusmao as prime minister has set up a task force to deal with your issues, the president has asked a Timorese NGO and a Swiss based organisation to continue dialogue with you ... what more can the government do, the two leaders are coming very much towards you?


Alfredo Reinado: No, if you say a local NGO, it not exist, that group is created by us and I'm a part of it. And about the Geneva team that come in, they been getting 5 million dollars to pay for them to do this dialogue and the only thing they done is my meeting with the president, that's all.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"


Tradução:

José Ramos Horta: Ele agora está extremamente quieto, eu engajei uma ONG Timorense, engajei uma ONG, um grupo com base na Suiça, para o engajar no diálogo e trazê-lo para um acantonamento, e depois ele disse enfaticamente a mim e aos seus advogados, à ONG Suiça, que ele está pronto a render-lhes as armas e a render-se à justiça.
...

Chris Bullock: Penso que a mudança é que o governo está a ter uma abordagem mais conciliatória consigo ... Xanana Gusmão como primeiro-ministro montou um grupo de trabalho para lidar com a sua questão, o presidente pediu a uma ONG Timorense e a uma organização com base na Suiça para continuar o diálogo consigo ... o que mais é que pode o governo fazer, os dois líderes aproximaram-se muito de si?

Alfredo Reinado: Não, se fala numa ONG local, isso não existe, esse grupo foi criado por nós e eu faço parte dele. E sobre a equipa de Geneva que cá veio, eles estão a obter 5 milhões de dólares para lhes pagar para fazerem este diálogo e a única coisa que eles fizeram foi o meu encontro com o presidente, foi tudo.

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

08/11/2007 - 14h46Indicações de três diplomatas para embaixadas do Brasil recebem pareceres favoráveis da CRE


Senado.gov.br


COMISSÕES / Relações Exteriores

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, nesta quinta-feira (8), por ampla maioria, pareceres favoráveis a três mensagens presidenciais que indicam nomes de diplomatas de carreira para exercerem o cargo de embaixador do Brasil. As proposições seguem para exame e votação no Plenário do Senado.

A primeira indicação aprovada foi a do nome do ministro de primeira classe Carlos Augusto Rego Santos Neves para preencher o cargo de embaixador do Brasil junto ao Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.

O relator dessa mensagem, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), classificou de "excelente" a indicação, pela carreira brilhante que o indicado teve no Itamaraty. Nos diversos postos que ocupou, lembrou o senador, Santos Neves demonstrou reconhecida habilidade e competência. Por isso, disse ainda, as relações entre o Reino Unido e o Brasil, que já são especiais, certamente serão ampliadas e desenvolvidas.

Desde 2003, Santos Neves vinha exercendo o cargo de embaixador brasileiro em Moscou (Rússia) e, cumulativamente, em países limítrofes como Geórgia, Turcomenistão, Belarus, e Casaquistão. Anteriormente, foi embaixador em Ottawa (Canadá) e cônsul-geral em Houston (EUA), onde presidiu a Câmara de Comércio Brasil-Texas.

Conforme informações divulgadas pelo Itamaraty, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte representa um dos grandes parceiros comerciais do Brasil. Em 2006, o fluxo comercial bilateral foi de US$ 4,2 bilhões, sendo bastante superavitário para o Brasil, com US$ 2,8 bilhões em exportações e US$ 1,4 bilhão em importações. Em termos de investimentos diretos no Brasil, o Reino Unido ocupa a 15ª posição.

Segundo Santos Neves, o Reino Unido é feliz e próspero, e servirá de experiência para o Brasil.

- Ampliar o comércio e os investimentos, que não fazem jus ao nosso peso econômico, será uma das prioridades do meu trabalho - disse o diplomata.

Suriname
Outra indicação que teve parecer favorável da CRE foi a do ministro de segunda classe José Luiz Machado e Costa para exercer o cargo de embaixador do Brasil junto à República do Suriname. No momento, ele exerce o cargo de ministro-conselheiro em Assunção (Paraguai).

Segundo afirmou o senador Marco Maciel (DEM-PE), durante a avaliação da indicação na CRE, José Luiz Machado e Costa tem grande experiência no Itamaraty e no Ministério da Defesa. O parlamentar disse que, em tempos de integração regional, as relações Brasil-Suriname representarão prioridade importante, porque, segundo Marco Maciel, a tendência do Mercosul é englobar toda a América do Sul, como aconteceu com o Mercado Comum Europeu.

O diplomata indicado observou que o Suriname é um país limítrofe, mas "está de costas para o Brasil" porque suas relações, nos dias de hoje, são especialmente com a Holanda e a Comunidade Caribenha.

Destacou, ainda, que o Suriname não possui rodovias ligando-o ao Brasil, por isso sua integração somente será possível mediante a construção do chamando Arco Norte - interconexão rodoviária que ligará Macapá a Boa Vista, passando por Caiena (Guiana Francesa), Paramaribo (Suriname) e Georgetown (Guiana).

José Luiz Machado e Costa disse que esse complexo de rodovias será muito importante para combater o narcotráfico e outros ilícitos que têm prosperado na região. Lembrou ainda que o Suriname tem grande interesse na cooperação militar com o Brasil, em especial para obter acesso aos dados do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), exatamente para que possa patrulhar melhor seu território.

Moçambique

A terceira mensagem presidencial que teve parecer favorável aprovado pela CRE indica o ministro de segunda classe Antonio José Maria de Souza e Silva para exercer o cargo de embaixador do Brasil junto a Moçambique e, cumulativamente, junto ao Reino de Suazilândia e às Repúblicas de Seicheles e de Madagascar.

Souza e Silva afirmou ter sido uma grande satisfação representar o Brasil em Dili (Timor Leste), país que tem significação especial para os brasileiros, segundo o diplomata, por ser mais um país de língua portuguesa no mundo. O indicado disse que sua missão em Moçambique será semelhante, porque considera que as relações com a África detêm grande importância para a formação histórica e cultural do Brasil.

Na avaliação de Souza e Silva, o continente africano, com seus 54 países, está encontrando seu caminho de pacificação e reconciliação nacional, porque, lembrou, a luta armada foi trocada pelo pluripartidarismo político. Informou ainda que, em cinco anos, o comércio do Brasil com os países africanos triplicou, atingindo US$ 5 bilhões por ano.

- Em relação a Moçambique, o fator cultural será muito favorável, facilitando nossas relações. A Embrapa e a Fiocruz já estão presentes, a Vale do Rio Doce explora minas de carvão, e a Camargo Corrêa constrói uma hidrelétrica. Há, também, em andamento, vários projetos em Educação e na área do Judiciário - disse Souza e Silva.

Laura Fonseca / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Um exemplo

h correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor-Leste: Processo do massacre de Caicoli: "Um ...":

Este julgamento constitui um marco na História de Timor-Leste por várias razões.

Nem a Defesa nem o Ministério Público comungam do pessimismo da UNMIT, que refere a "fraqueza do sistema de justiça" no seu relatório.

Pelo contrário, este julgamento é uma das muitas pedras basilares com que o esforço de muitos homens e mulheres vai construindo o grande edifício da Justiça timorense e é uma pena que a UNMIT não reconheça o mérito dessas pessoas.

O Procurador Bernardo Fernandes leu as alegações finais em Tétum, confirmando a maturidade desta língua oficial timorense e que, ao contrário das sentenças que emanam de certas cabeças, Timor-Leste não precisa de mais línguas oficiais.

A "fraqueza", se é que existe, estará mais para outros lados...

Woman fails to take 23 kids from Timor

November 9, 2007 - 6:29PM

Authorities have stopped a woman from leaving East Timor with 23 children from an orphanage run by an Australian, after a UN agency raised serious concerns.

Police descended on Dili airport on Thursday after the woman approached immigration officials seeking to have the children board a flight to Malaysia.

Authorities had been contacted by the international child rights agency UNICEF about the plan to take the children abroad.

"UNICEF suspected the project's intentions could be shady," said Inspector Elias Mendonca, an immigration adviser to East Timor's State Secretary for Security.

"So a team of UN police was deployed, with UNICEF people."

The woman who sought to take the children out of East Timor was questioned but has since been released. She has been identified as an Indonesian employee of the Eastern Petroleum company.

Authorities are continuing to scrutinise the documents she presented to immigration officers.

The children involved - ranging in age from 10 into their teens - were from the Hadomi Timor Orphans' Foundation.

The orphanage director is Indonesian-born Australian Lala Noronha who was waiting in Malaysia for the children. A priest with the group said an agreement had been signed between the orphanage and a school in Malaysia.

Social Welfare Minister Maria Domingas Fernandes Alves said the children were stopped from leaving East Timor in compliance with laws on the rights of the child.

"The East Timorese government has ratified the Convention on the Rights of the Child ... and will ensure that the situation is resolved accordingly," she said.

Authorities were carefully assessing documents associated with the trip, she said.

An immigration official said the documents showed that not all the children were orphans.

"Timorese law is very clear. Children under 17 cannot travel abroad without parental consent or without being properly accompanied," the official said.

During the years of Indonesian occupation, East Timorese families had bitter experiences of children taken abroad for education with parental agreement.

Some became estranged from their natural parents after being raised as Muslims. Others have remained with 'adoptive' families who deny access to their birth parents.

Attempts to gain comment from the orphanage were unsuccessful.

© 2007 AAP

TRADUÇÃO:

Mulher falha em levar 23 garotos de Timor-Leste

Novembro 9, 2007 - 6:29PM

As autoridades impediram uma mulher de sair de Timor-Leste com 23 crianças dum orfanato dirigido por Australianos, depois duma agência da ONU levantar preocupações sérias.

A polícia foi ao aeroporto de Dili na Quinta-feira depois da mulher ter abordado os funcionários da imigração tentando pôr as crianças a bordo dum voo para a Malásia.

As autoridades foram contactadas pela agência dos direitos das crianças UNICEF acerca do plano para levar as crianças para o estrangeiro.

"A UNICEF suspeitou que as intenções do projecto pudessem ser sombrias," disse o Inspector Elias Mendonça, um conselheiro para a imigração do Secretário de Estado para a Segurança de Timor-Leste.

"Assim foi destacada uma equipa da polícia da ONU, com gente da UNICEF."

A mulher que procurava levar as crianças para fora de Timor-Leste foi questionada mas desde então foi libertada. Foi identificada como uma empregada Indonésia da companhia Eastern Petroleum.

As autoridades continuam a examinar os documentos que ela apresentou aos funcionários da imigração.

As crianças envolvidas – que têm idades que variam entre 10 e para cima – eram da Hadomi Timor Orphans' Foundation.

A directora do orfanato é a Australiana nascida na Indonésia Lala Noronha que estava na Malásia à espera das crianças. Um padre do grupo disse que tinha sido assinado um acordo entre o orfanato e uma escola na Malásia.

A Ministra da Segurança Social Maria Domingas Fernandes Alves disse que as crianças foram impedidas de sair de Timor-Leste em cumprimento das leis sobre os direitos das crianças.

"O governo Timorense g ratificou a Convenção sobre os Direitos das Crianças ... e asseguraremos que a situação se resolverá de acordo," disse.

As autoridades estão a analisar com cuidado os documentos associados com a viagem, disse.

Como disseram os funcionários da imigração os documentos mostravam que nem todas as crianças são órfãs.

"A lei Timorense é muito clara. As crianças com menos de 17 anos não podem viajar para o estrangeiro sem autorização dos pais ou sem serem devidamente acompanhadas," disse o funcionário.

Durante os anos da ocupação Indonésia, famílias Timorenses tiveram experiências amargas de crianças levadas para o estrangeiro para educação com acordo dos pais.

Algumas tornaram-se estranhas dos seus pais naturais depois de serem criadas como muçulmanas. Outras continuam com as famílias 'de adopção' que negam o acesso aos pais de nascimento.

Não tiveram sucesso tentativas para obter um comentário do orfanato.

© 2007 AAP

Voice in the wilderness

South China Morning Post - Nov 07, 2007

East Timor's former prime minister reflects on his ousting from office, writes Fabio Scarpello

He is one of the founders of Fretilin, the largest party in Asia's newest and poorest nation. He also spent 24 years in exile during the Indonesian occupation of his homeland East Timor. And while considered by many to be arrogant, out of touch and manipulative, deposed prime minister Mari Alkatiri is seen by others as the only man who can ensure a viable future for his fledgling country.

Mr Alkatiri was forced to step down from the role of East Timor's prime minister after violence flared last May in the streets of the former Portuguese colony. Last year's military mutiny and gang clashes effectively marginalised him in the June elections, although he is still secretary-general of Fretilin.

Despite leading his country's first post-independence government and being credited with securing a better future for his nation by forcing Australia to share disputed oil and gas reserves, Mr Alkatiri is still labelled as manipulative, arrogant and a communist.

He has been blamed for failing to alleviate poverty, of having established an autocratic system and of having, last year, led the country to the brink of civil war. He was also accused, and cleared, of having helped form a hit squad to eliminate rivals. He is demonised by most foreign media, and many at home would like him to quit politics altogether.

Over coffee at his house in East Timor's capital, Dili, Mr Alkatiri gave the South China Morning Post a glimpse of his side of the story and his hopes for the future.

Talking in a light-hearted manner, he acknowledged that his gruff personality had created a barrier with the East Timorese people, but pointed a finger of blame at those who had ostracised him because of his faith as a Muslim in a devoutly Catholic nation.

"Cultural difference has been a problem. I cannot deny that it has created difficulties," said Mr Alkatiri, who can trace part of his hereditary from Yemenite traders who settled in East Timor more than a century ago. "For the East Timorese, it is important to smile always, even if you may not act accordingly. I'm completely against this. I prefer to be open, direct and smile only when I really want to."

Mr Alkatiri was born in Dili in 1949. Besides his family roots, his personality was shaped by the long time he spent abroad.

He left East Timor in 1970 to study in Angola, but returned in 1975 when East Timor's colonial power, Portugal, announced its intention to leave. He was one of the founders of the Timorese Social Democratic Association (ASDT), which later became Fretilin.

He was also among those who unilaterally declared independence on November 28, 1975. As the Fretilin leadership feared an Indonesian invasion, he was dispatched with Jose Ramos Horta and Jose Lobato to look for diplomatic support overseas. Indonesian troops entered East Timor in December of that year and, unable to return home, Mr Alkatiri and his colleagues established the headquarters of Fretilin External Delegation in Mozambique.

"Mozambique was the only country that offered us support at that time. For 15 years it was the largest financial supporter of the East Timorese cause. Without it, little could have been achieved. I have fond memories of Mozambique," said Mr Alkatiri.

He also said his Islamic beliefs often played a role in the way he was perceived in East Timor. "Being Muslim has always been very difficult for me here. I understood that already when I was part of the small group who established ASDT," said Mr Alkatiri. "During one of the first meetings, very influential people questioned whether I should be there, since I am not Catholic."

Mr Alkatiri cited his religion as the main reason for his sour relationship with East Timor's Catholic Church, the country's most influential institution, an allegation denied by the Bishop of Dili, Alberto Ricardo da Silva.

The first major public protest against his government came in April 2005, when hundreds of people heeded the call of a local Catholic radio programme asking Catholics to "protest against Alkatiri and kick him out".

The call followed disagreement between the church and the government over the school curriculum. The church wanted the Catholic faith to be compulsory in schools, but the government insisted East Timor was a secular state and no one faith could be imposed on everyone. The protest rocked the government, which then backed down.

Mr Alkatiri also suggested the church played a role in last year's crisis, which led to his resignation in June that year. As the nation descended into chaos, international peacekeeping troops were deployed.

The former prime minister said he dreamed of an East Timor developed in a sustainable way and of eradicating poverty in a country where 40 per cent of its 1 million people were illiterate and survived on US 50 cents a day. He also said he dreamed of an East Timor that produced talented people who could make a difference. As a model for his East Timor he mentioned a mixture of Norway, Cuba and Singapore. "I am firmly convinced that it can all be achieved. I have no doubts about that," he said.

He also talked at length about the decades he spent abroad after Indonesia invaded the former Portuguese colony. "I spent 24 hours a day for 24 years working for independence," said Mr Alkatiri, who was also a chartered surveyor and a senior legal consultant in Angola and Mozambique. "I was very active in bilateral diplomacy with African countries. It was thanks to the African vote that East Timor got a resolution from the United Nations General Assembly condemning the Indonesian invasion in 1982," he said.

Mr Alkatiri's contribution to independence has often been overshadowed by Xanana Gusmao and Mr Ramos Horta. The former led the jungle-based resistance for almost two decades and is considered a hero in East Timor, where he became the country's first post-independence president and is now prime minister.

The latter, recently elected president, won the Nobel Peace Prize for roaming the world while in exile and keeping the plight of East Timor alive. Only last May, in the midst of the crisis, was Mr Alkatiri awarded East Timor's highest award, the Dom Boaventura medal, in recognition of his contribution to the struggle for independence. Soon after, Mr Gusmao belittled Mr Alkatiri's contribution to the independence cause, saying on TV that "he doesn't have blood on his hands" and "he always washed his hands with soap".

The political rivalries and mutual dislikes that separated him from Mr Gusmao and, to a lesser extent, from Mr Ramos Horta, surfaced as he talked about the two men. "I respect Gusmao as a commander of the guerilla. I have no doubt in him as the person who struggled for independence and led the resistance in the most difficult times," said Mr Alkatiri. "But I don't respect Gusmao as a statesman or president of this country, where the rule of law has to prevail, because Gusmao thinks he is above the law."

Mr Alkatiri blamed Mr Gusmao for last year's crisis, accusing him of siding against Fretilin and of having split the country into east and west factions with two inflammatory speeches broadcast on national TV. The speeches were also criticised by some neutral observers. The International Crisis Group said that "by legitimising western grievances, [the speeches] seem to have led to attacks on easterners".

East Timor's 2006 crisis stemmed from the grass roots discontent with poverty and perceived injustices from the government. It exploded after Mr Alkatiri's hasty sacking of half the army, which had gone on strike claiming ethnic discrimination. The crisis eventually took the shape of regional fighting between easterners and westerners, and it also became a political battle between Mr Gusmao and Mr Alkatiri. Then foreign minister Mr Ramos Horta sided with long-time ally Mr Gusmao.

"It is different with Jose Ramos Horta," said Mr Alkatiri. "Horta's main problem is that he is very superficial. He never goes in depth on any issue and if he keeps doing that it will be very dangerous because now he is the head of state," he added, almost with contempt.

Although he has said repeatedly he does not plan to run for prime minister again, Mr Alkatiri acknowledged that his position as Fretilin secretary-general kept him politically very busy and was likely to do so for the foreseeable feature.

"One day I would like to teach. I also like gardening and reading, but I have no time. Now, the only hobby I have time for is working," he said.

TRADUÇÃO:

Voz na imensidão

South China Morning Post - Nov 07, 2007

O antigo primeiro-ministro de Timor-Leste reflecte sobre a sua saída do gabinete, escreve Fabio Scarpello

É um dos fundadores da Fretilin, o maior partido do mais novo país na Aásiae a nação mais pobre. Passou 24 anos no exílio durante a ocupação Indonésia da sua terra natal Timor-Leste. E conquanto seja considerado por muitos como arrogante, retraído e manipulador, o deposto primeiro-ministro Mari Alkatiri é visto por muitos como o único homem capaz de garantir um futuro viável para o seu país nascente.

O Sr Alkatiri foi forçado a sair do cargo de primeiro-ministro de Timor-Leste depois da violência ter rebentado em Maio do ano passado nas ruas da antiga colónia Portuguesa. O motim militar do ano passado e os confrontos de gangues marginalizaram-no efectivamente nas eleições de Junho, apesar de ser ainda o secretário-geral da Fretilin.

Apesar de ter liderado o primeiro governo pós-eleições do seu país e de lhe ter sido creditado garantir um melhor futuro para a sua nação ao forçar a Austrália a partilhar as disputadas reservas do petróleo e do gás, p Sr Alkatiri é ainda rotulado de manipulador, arrogante e comunista.

Foi acusado por ter falhado no alívio à pobreza, de ter estabelecido um sistema autocrático e de ter, no ano passado, liderado o seu país à beira da guerra civil. Foi ainda acusado, e inocentado, de ter ajudado a formar um esquadrão de ataque para eliminar rivais. É demonizado pela maioria dos media estrangeiros, e muitos em casa gostavam que simplesmente desistisse da política.

À volta dum café na sua casa na capital de Timor-Leste, Dili, o Sr Alkatiri deu ao South China Morning Post uma imagem do seu lado da história e das suas esperanças para o futuro.

Falando de coração aberto, reconheceu personalidade difícil criou uma barreira com o povo Timorense, mas apontou a culpa aos que o tinham ostracizado por causa da sua fé como muçulmano numa nação devotamente católica.

"A diferença cultural tem sido um problema. Não posso negar que isso tem criado dificuldades," disse o Sr Alkatiri, que consegue traçar a sua hereditariedade de comerciantes Yemenitas que se estabeleceram em Timor-Leste há mais de um século. "Para os Timorenses, é importante estar sempre a sorrir, mesmo se não se actua de maneira correspondente. Sou totalmente contra isso. Prefiro ser aberto, directo e sorrir apenas quando realmente quero."

O Sr Alkatiri nasceu em Dili em 1949. Além das suas raízes familiares, ele foi modelado pelo longo tempo que passou no estrangeiro.

Deixou Timor-Leste em 1970 para estudar em Angola, mas regressou em 1975 quando a potência colonial de Timor-Leste, Portugal, anunciou a sua intenção de partir. Foi um dos fundadores da Associação Social Democrática Timorense (ASDT), que mais tarde se tornou a Fretilin.

Esteve também entre os que declararam unilateralmente a independência em 28 de Novembro de 1975. Como a liderança da Fretilin receava a invasão Indonésia, foi despachado com José Ramos Horta e José Lobato para procurar apoio diplomático além-mar. As tropas Indonésias entraram em Timor-Leste em Dezembro desse ano e incapaz de regressar a casa, o Sr Alkatiri e os seus colegas estabeleceram a Delegação Externa da Fretilin em Moçambique.

"Moçambique foi o único país que nos ofereceu apoio nessa altura. Durante 15 anos foi o maior apoiante financeiro da causa Timorense. Sem isso, pouco se podia alcançar. Tenho profundas memórias de Moçambique," disse o Sr Alkatiri.

Disse ainda que as suas crenças Islâmicas tiveram muitas vezes um papel sobre como era percepcionado em Timor-Leste. "Ser muçulmano tem sido sempre muito difícil para mim aqui. Compreendi isso já quando fazia parte do pequeno grupo que criou a ASDT," disse o Sr Alkatiri. "Durante um dos primeiros encontros, gente muito influente questionou se devia estar lá, visto não ser católico."

O Sr Alkatiri citou a sua religião como a razão principal para as suas relações azedas com a igreja católica de Timor-Leste, a mais influente instituição do país, uma alegação negada pelo Bispo de Dili, Alberto Ricardo da Silva.

O primeiro grande protesto público contra o seu governo ocorreu em Abril de 2005, quando centenas de pessoas responderam à chamada dum programa duma rádio Católica local que pedia aos católicos para "protestarem contra Alkatiri e correrem com ele".

A chamada seguiu-se a desacordos entre a igreja e o governo por causa do curriculum das escolas. A igreja queria que a fé católica fosse obrigatória nas escolas, mas o governo insistia que Timor-Leste era um Estado secular e que nenhuma fé se devia impor a ninguém. O protesto abalou o governo, que então recuou.

O Sr Alkatiri sugeriu que a igreja teve também um papel na crise do ano passados, que levou à sua resignação em Junho do ano passado. Quando a nação caía no caos, foram destacadas tropas internacionais.

O antigo primeiro-ministro disse que sonhou um Timor-Leste desenvolvido de maneira sustentável e da erradicação da pobreza no país onde 40 por cento dos seus 1 milhão de habitantes eram analfabetos e sobreviviam com US 50 cêntimos por dia. Disse ainda que sonhava com um Timo-Leste que produzia gente com talentos e que podiam fazer a diferença. Como modelo para o seu Timor-Leste mencionou uma mistura de Noruega, Cuba e Singapura. "Estou firmemente convencido que isto se pode alcançar. Não tenho nenhumas dúvidas acerca disto," disse.

Falou também bastante sobre as décadas que passou no estrangeiro depois da Indonésia ter invadido a antiga colónia Portuguesa. "Passei 24 horas por dia durante 24 anos a trabalhar para a independência," disse o Sr Alkatiri, que foi ainda um sobrevivente diplomado e um consultor legal de topo em Angola e Moçambique. "Fui muito activo na diplomacia bilateral com países Africanos. Foi graças ao voto Africano que Timor-Leste obteve uma resolução na Assembleia Geral das Nações Unidas a condenar a invasão Indonésia em 1982," disse.

A contribuição do Sr Alkatiri para a independência tem sido muitas vezes ofuscada por Xanana Gusmão e pelo Sr Ramos Horta. O primeiro liderou a resistência com base nas montanhas durante quase duas décadas e é considerado um herói em Timor-Leste, onde se tornou no primeiro presidente do país pós-independência e é agora primeiro-ministro.

O último, recentemente eleito presidente, ganhou o Prémio Nobel da Paz por andar pelo mundo enquanto estava no exílio e manter viva a luta de Timor-Leste. Apenas em Maio passado no meio da crise, foi o Sr Alkatiri agraciado com a mais alta condecoração de Timor-Leste, a medalha de Dom Boaventura, em reconhecimento da sua contribuição para a luta pela independência. Pouco depois o Sr Gusmão desvalorizou a contribuição do Sr Alkatiri para a causa da independência, dizendo na TV que "ele não tem sangue nas mãos" e "ele lavou sempre as mãos com sabão".

As rivalidades políticas e a antipatia mútua que o separaram do Sr Gusmão e em menor extensão do Sr Ramos Horta, vieram à superfície quando falou dos dois. "Respeito Gusmão como comandante da guerrilha. Não tenho dúvidas dele como uma pessoa que lutou pela independência e liderou a resistência nos tempos mais difíceis," disse o Sr Alkatiri. “Mas não respeito Gusmão como estadista ou presidente deste país, onde tem de prevalecer o primado da lei, porque Gusmão pensa que está acima da lei."

O Sr Alkatiri culpou o Sr Gusmão pela crise do ano passado, acusando-o de tomar o lado contra a Fretilin e de ter dividido o país em facções do leste e do oeste com dois discursos inflamatórios transmitidos na TV nacional. Os discursos foram também criticados por alguns observadores neutros . O International Crisis Group disse que "ao legitimar as queixas do oeste, [os discursos] parecem ter levado a ataques contra os do leste ".

A crise de 2006 em Timor-Leste nasceu do descontentamento das bases com a pobreza e com a percepção de injustiças do governo. Explodiu depois do apressado despedimento pelo Sr Alkatiri de metade das forças armadas, que tinha entrado em greve queixando-se de discriminações étnicas . Eventualmente a crise tomou a forma de lutas regionais entre os do leste e os do oeste, e tornou-se também uma batalha política entre o Sr Gusmão e o Sr Alkatiri. O então ministro dos estrangeiros Sr Ramos Horta tomou o lado do seu aliado de há longo tempo Sr Gusmão.

"É diferente com José Ramos Horta," disse o Sr Alkatiri. "O maior problema do Horta é que é muito superficial. Nunca entra em profundidade em nenhuma questão e se continuar a fazer isso será muito perigoso porque é o chefe de Estado," acrescentos, quase com desdém.

Apesar de ter dito vezes repetidas que não planeia concorrer a primeiro-ministro outra vez, o Sr Alkatiri reconheceu que a sua posição como secretário-geral da Fretilin o mantém muito ocupado politicamente e que é provável que o mantenha no futuro previsível.

"Um dia gostaria de ensinar. Gosto também de jardinagem e de ler, mas não tenho tempo. Agora, o único passatempo para que tenho tempo, é para trabalhar ," disse.

Timor-Leste: ONU preocupada com deslocados - relatório

Lusa - 08 Novembro 2007, 13:32

Díli - O Relatório de Direitos Humanos da missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) manifesta "preocupação" pela "falta de progresso para uma solução durável" da questão dos deslocados internos.

O relatório, elaborado pela Secção de Direitos Humanos e Justiça Transitória da UNMIT, foi apresentado hoje em conferência de imprensa pelo chefe da missão, Atul Khare.

O "grande número" de deslocados da crise de 2006 é uma das preocupações manifestadas no relatório, que indica outros "desafios importantes de direitos humanos".

"A violência de género continua a ser comum e um projecto-lei contra a violência doméstica continua pendente há vários anos", refere o documento.

"O acesso efectivo à justiça continua a ser constrangido pela fraqueza do sistema de justiça, sobretudo nos distritos", acrescenta o relatório, que cobre o período de Agosto de 2006 a Agosto de 2007.

O documento assinala, porém, que "a situação de segurança está largamente sob controlo" desde a crise de 2006, "embora picos ocasionais de violência ocorram ainda, como foi o caso de Agosto de 2007".

O relatório assinala também que "os cidadãos de Timor-Leste gozam de um leque de direitos humanos incluindo liberdade de expressão, liberdade de criticar o governo, liberdade de reunião e liberdade de religião".

O ano eleitoral, com presidenciais e legislativas realizadas entre Março e Junho, é assinalado positivamente pelo relatório, que sublinha o "ambiente livre de violência e intimidação" que, em geral, caracterizou as três campanhas.

"Timor-Leste enfrenta ainda desafios consideráveis", afirmou Atul Khare, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.


"Porém, o compromisso da liderança timorense com os direitos humanos ajudará a criar um ambiente de que todos os timorenses beneficiarão", considerou.

PRM-Lusa/fim

Timor-Leste: Oficial português recorda "corpos a ser fuzilados"

Lusa - 07 Novembro 2007, 14:04

Díli - O coronel português Fernando Reis, ex-chefe dos observadores militares internacionais em Timor-Leste, recordou hoje o massacre dos polícias em 2006 como "um amontoado de corpos a ser fuzilados".

"Foi tudo tiro a tiro e o primeiro disparo sobre a coluna foi para um alvo seleccionado", sublinhou o coronel Fernando Reis, no testemunho que prestou no âmbito do processo do massacre de oito polícias a 25 de Maio de 2006.

Elementos das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) dispararam sobre um coluna desarmada da Polícia Nacional (PNTL) sob escolta das Nações Unidas, em Caicoli, Díli.

O coronel Fernando Reis, que liderava a coluna dos PNTL empunhando uma bandeira da ONU, reafirmou hoje que tinha conseguido um cessar-fogo com o comando das F-FDTL, momentos antes do incidente.

O acordo, porém, não foi respeitado pelos militares.

À passagem da coluna pelo Ministério da Justiça, em Caicoli, o coronel Fernando Reis viu "um de três elementos fardados olhar alguém na coluna, levantar a arma e disparar".

O coronel Fernando Reis identificou hoje um dos doze arguidos do processo, um elemento das F-FDTL, como o autor do primeiro disparo.

"É o mais semelhante com aquele que iniciou o tiroteio", afirmou, depois de perguntar se o referido arguido "é major ou capitão".

"Não sou capaz de garantir que seja ele. Já lá vai um ano. Mas a minha memória, o que tenho cá dentro, são imagens que ficam", respondeu o coronel Fernando Reis ao juiz presidente, quando interrogado sobre a certeza da identificação.

"Fomos flagelados pelos militares", resumiu o oficial português, ouvido através de videoconferência entre as instalações da Universidade Aberta, em Lisboa, e as instalações do Banco Mundial, em Díli.

Ao longo do testemunho, o coronel português insistiu no acordo inequívoco para cessar-fogo, obtido junto do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior das F-FDTL, que se encontrava em Caicoli com outros oficiais superiores.

"A palavra do brigadeiro faz fé", explicou o coronel Fernando Reis.

"Também acredito que nem o brigadeiro nem o coronel Lere deram ordem para abrir fogo", acrescentou Fernando Reis.

No seu testemunho no mesmo processo, o comandante das F-FDTL declarou que não houve acordo para cessar-fogo nessa manhã.

"Pode ser que o brigadeiro Ruak esteja baralhado ou esquecido", comentou hoje o coronel Fernando Reis.

"Os incidentes nesse dia foram muitos, e também na véspera, quando atacaram a sua residência e puseram em risco os seus filhos", recordou o oficial português para justificar a versão contraditória do brigadeiro-general Taur Matan Ruak.

"Mas ele e o meu adjunto sabem muito bem que ele aceitou um cessar-fogo para que fosse ao quartel-general da PNTL e retirasse de lá os polícias timorenses e internacionais", frisou o coronel português.

O coronel Fernando Reis tinha como assistente o tenente-coronel australiano David Mann.

Após o tiroteio, o coronel Fernando Reis regressou às instalações onde se encontrava o comando da F-FDTL.

"O brigadeiro Ruak estava muito consternado", recordou o oficial português.

Os três militares que tinham disparado sobre a coluna de polícias foram chamados ao local.

"O brigadeiro Ruak disse-lhes que nunca deviam ter aberto fogo contra homens desarmados".

"A nós, disse-nos que podíamos levá-los connosco, o que não aconteceu porque não seria bom levar os autores dos disparos para as mesmas instalações onde estavam os sobreviventes", explicou o coronel Fernando Reis.

"Eu confiava inteiramente no brigadeiro Ruak para que ele apresentasse os três militares quando fosse necessário comparecer perante a justiça", adiantou também o oficial português.

"Ficaram à guarda dele e ele sabia quem eram", concluiu Fernando Reis.

O testemunho do coronel Fernando Reis custou 1.200 dólares (816 euros), afirmou à Agência Lusa fonte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que pagou a transmissão.

O julgamento dos doze arguidos tem quinta-feira as alegações finais.

PRM-Lusa/fim

Timor-Leste: Arguidos lamentam que "apenas os pequenos" respondam por morte de polícias

Lusa - 08 Novembro 2007, 07:53

Díli - Os militares acusados do massacre de polícias timorenses em Caicoli, Díli, lamentaram hoje em tribunal que "apenas os pequenos estejam a ser julgados" e acusaram "os governantes" de terem causado a crise de 2006.

"Nós, os pequenos, estamos a ser julgados mas nenhum dos grandes foi presente à justiça", acusou Armindo da Silva "Maukade", um dos arguidos do processo do massacre de 25 de Maio de 2006.

Quase todos os 12 arguidos do processo fizeram, com veemência, alguns em tom zangado, declarações semelhantes nas alegações finais, perante o colectivo de juízes presidido pelo magistrado português Ivo Rosa.

Onze militares e um elemento da Polícia Nacional são acusados pela morte de oito polícias e por crimes de homicídio na forma tentada.

Elementos das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) dispararam sobre uma coluna de polícias, sob escolta das Nações Unidas, junto ao Ministério da Justiça, em Caicoli, no incidente mais grave da crise política e militar de 2006.

"Estive 24 anos no mato a defender o Governo e no fim estou sentado neste tribunal, a ser julgado", lamentou Armindo da Silva "Maukade".

"Nós somos os acusados e sofremos aqui, enquanto os grandes procuram cadeiras e lugares", acusou o veterano das Falintil, o mais velho dos 12 arguidos.

O único arguido da PNTL, o inspector José Maria Neto Mok, perguntou mesmo ao juiz presidente por que não foi chamado a tribunal, "para responder", o ex-comandante da Polícia timorense, Paulo Fátima Martins.

José Maria Neto Mok sublinhou que "deviam ser julgados os nomes indicados no relatório da Comissão Especial Independente de Inquérito, para que não haja outra crise" como a de 2006.

A leitura do acórdão foi marcada para 29 de Novembro.

PRM-Lusa/fim

Timor-Leste: Coronel português diz que conseguiu cessar-fogo antes de massacre de polícias em 2006

Lusa - 07 Novembro 2007, 12:15

Díli - O coronel português Fernando Reis, ex-chefe dos observadores militares internacionais em Timor-Leste, reafirmou hoje que conseguiu negociar um cessar-fogo, mas que não foi suficiente para evitar o massacre de oito polícias em Maio de 2006.

O oficial português, que testemunhou hoje no processo do tiroteio sobre polícias timorenses por elementos das Forças Armadas, afirmou hoje que confiou "plenamente" no brigadeiro-general Taur Matan Ruak, com quem se encontrou minutos antes do massacre de 25 de Maio.

"O que o brigadeiro-general Taur Matan Ruak me disse foi que aceitava o cessar-fogo", minutos antes do massacre, afirmou hoje o oficial português, através de videoconferência.

"Disse-me também que eu podia dirigir-me ao quartel-general da Polícia Nacional (em Caicoli) e tirar de lá os elementos nacionais e também os cinco elementos da Polícia das Nações Unidas", acrescentou o coronel português.

Oito polícias morreram no tiroteio de Caicoli, quando elementos das F-FDTL dispararam sobre uma coluna da Polícia Nacional, desarmada e sob escolta das Nações Unidas.

PRM-Lusa/fim

Timor-Leste: Processo do massacre de Caicoli: "Um julgamento histórico"

Lusa - 08 Novembro 2007, 08:48

Díli - O processo do massacre de polícias em Maio de 2006, que teve hoje as alegações finais no Tribunal de Recurso, em Díli, foi considerado pelo Ministério Público e pela defesa "um julgamento histórico" e "muito importante".

"É um processo especial, que vai servir de lição para todos os responsáveis das instituições e para o país, mostrando que existe lei e que todos são iguais perante a lei", afirmou o advogado José Guterres à Agência Lusa.

José Guterres liderou a defesa dos 12 arguidos no processo dos polícias mortos em 25 de Maio de 2006, em Caicoli, Díli.

O procurador Bernardo Fernandes afirmou também em tribunal que se trata de "um julgamento muito importante para Timor-Leste".

Defesa e acusação concordaram também, na última sessão antes da leitura do acórdão, que "não estão aqui em julgamento as Forças Armadas nem a Polícia Nacional".

De resto, Ministério Público e defensores mantiveram versões opostas ou leituras divergentes do que aconteceu junto ao Ministério da Justiça.

Onze militares das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e um inspector da Polícia Nacional (PNTL) são acusados do tiroteio sobre uma coluna de polícias desarmados, sob escolta das Nações Unidas.

"Não foi possível apurar quem iniciou o ataque" na manhã de 25 de Maio, declarou o procurador Bernardo Fernandes, que leu as alegações finais em tétum.

"Tanto agentes da PNTL como arguidos e testemunhas afirmam que o seu quartel foi atacado com tiros de arma pesada", acrescentou o magistrado português ao serviço do Ministério Público timorense.

O combate entre F-FDTL e PNTL em Caicoli foi "um confronto com origem em várias causas", incluindo "o mal-estar entre elementos que se generalizou às instituições a que cada um pertencia", recordou o procurador.

Bernardo Fernandes notou também que "não foi totalmente acordado um cessar-fogo e os termos do mesmo", quando elementos das Nações Unidas se encontraram em Caicoli com o comando das F-FDTL.

O procurador recordou que "cerca de 46 segundos" de disparos deixaram 8 polícias mortos e 25 feridos, incluindo elementos da Polícia das Nações Unidas.

Os restantes, parte de uma coluna com mais de cem pessoas, "salvaram-se com vida por mero acaso".

Bernardo Fernandes repetiu também as questões sobre o tiroteio levantadas durante o julgamento: "Tiro a tiro ou de rajada? De onde vieram os tiros? Para onde dispararam os militares?"

Para o Ministério Público, "a defesa diz que houve provocação dos polícias, ao cantarem o hino nacional, ou ao fazerem um gesto obsceno ou ainda que alguém na coluna disparou primeiro".

"Esta defesa não tem o menor sentido", considerou o procurador Bernardo Fernandes.

O Ministério Público referiu a existência de 8 homicídios e de 115 homicídios na forma tentada, puníveis, respectivamente, com 15 anos e com 10 anos de prisão.

"Os arguidos dispararam sobre pessoas desarmadas, a pé, sob protecção da bandeira da ONU", alegou o procurador.

"A coluna da PNTL não constituía nenhum perigo, sem que houvesse qualquer provocação".

"Os arguidos não estavam em guerra e deviam saber controlar-se", concluiu o procurador, que não considera atenuante a notícia da morte de um elemento das F-FDTL momentos antes do tiroteio de Caicoli.

O Ministério Público pediu a condenação de quatro arguidos das F-FDTL, a absolvição de um outro e do inspector da PNTL, "com algumas dúvidas", "e também dos outros" seis.

José Guterres fez uma longa análise dos factos e das "declarações que se contradizem", entre mais de 120 testemunhas ouvidas pelo tribunal.

A defesa insistiu que "os polícias não foram revistados" antes de iniciarem a marcha sob bandeira da ONU, que "o primeiro tiro saiu da coluna da PNTL" e que os elementos das F-FDTL "cumpriram o dever militar de defesa do Estado e das suas instituições" naquela manhã.

"Não se sabe quem matou quem e não é possível identificar quem disparou", concluiu José Guterres, insistindo que os arguidos que dispararam o fizeram por "pressões psicológicas", "provocações" e "desconfiança".

A leitura do acórdão foi marcada pelo presidente do colectivo de juízes, Ivo Rosa, para dia 29 de Novembro.

PRM-Lusa/fim

Timor-Leste: Da resistência ao tribunal, acusados de massacre falam em "injustiça" e "insulto"

Lusa - 08 Novembro 2007, 12:12
Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa

Díli, 08 Nov (Lusa) - Entre os arguidos do massacre de Caicoli estão dois veteranos com 24 anos de resistência no mato. Estão prontos para a prisão mas consideram "uma injustiça e um insulto" responderem, dizem, "por defender o Estado e a nação".

Passa do meio-dia no discreto Bairro do Farol, Díli, domicílio dos titulares timorenses. Doze homens - onze fardas verdes e uma farda azul - saem de um minibus militar à porta da residência do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).

São os arguidos no processo dos oito polícias mortos a 25 de Maio de 2006, em Caicoli, quando militares das F-FDTL dispararam sobre uma coluna da Polícia Nacional (PNTL) sob escolta das Nações Unidas.

"O general", como os militares se referem ao seu comandante, ainda não chegou.

É hora de almoço. O grupo de arguidos está nervosamente bem disposto: à mesa, depois de uma manhã no banco dos réus do Tribunal de Recurso, haverá frustração e incerteza.

O juiz do processo marcou a leitura da sentença para 29 de Novembro.

"Durante 24 anos, lutámos segundo o princípio da independência e da defesa de todo o povo. Sempre foram essas as minhas funções", afirmou à Agência Lusa o segundo-sargento Paulo da Conceição "Maucana".

O militar, natural de Quelicai, Baucau (leste), pertence à escolta pessoal do brigadeiro-general Ruak.

"Estava com ele na manhã do tiroteio, na mesma sala" das antigas instalações da força internacional de paz (PKF), em Caicoli, onde era o comando das F-FDTL, mesmo atrás do quartel-general da PNTL.

"Quando a PNTL disparou para a sala, os estilhaços da janela que havia por cima de mim caíram-me na cabeça", recordou hoje o sargento "Maucana", no alpendre do seu comandante.

"A intenção era matar o general Ruak e o coronel Lere (Anan Timur)", garante o escolta do brigadeiro-general.

"Maucana", que empunha uma M16 no início do filme do tiroteio visionado durante o julgamento, afirmou à Lusa que não disparou sobre a coluna de polícias porque nem sequer saiu da ex-PKF.

"As acusações são falsas. Eu estive no mato e tenho princípios. É um insulto estar a ser tratado como um criminoso", declarou à Lusa.

O sargento "Maucana" traz a braçadeira da Polícia Militar, que, até à crise de 2006, era comandada pelo major Alfredo Reinado.

O grupo do major Reinado atacou elementos das F-FDTL em duas ocasiões. Numa delas, "Maucana" foi ferido num dedo por um estilhaço de granada.

"Talvez tenha sido atacado" pelo seu ex-comandante, evadido de uma prisão de Díli desde 30 de Agosto de 2006.

O sargento "Maucana" carrega outra cicatriz, na perna esquerda, de quando foi atacado pelos indonésios em 1991, "depois de escoltar o comandante Xanana Gusmão para a região de Ainaro".

Também Armindo da Silva "Maukade", a completar 50 anos, fez a vida na resistência e junto dos chefes máximos da guerrilha: era escolta do coronel Lere.

Para o veterano "Maukade", estar no banco dos réus é "estranho".

É, no entanto, um dos três arguidos que admitiu ter disparado "uma rajada" em Caicoli.

"Sou um homem humilde e lutei por todo o povo. Não defendi a minha família, o meu pai ou a minha mulher. Depois da independência, tenho que defender o governo e as F-FDTL", resumiu à Lusa.

"Não vou sair das Forças a não ser que me digam que já não precisam de mim", garante.

Chega, entretanto, o brigadeiro-general Ruak, descontraído. Ao pedido de entrevista da Lusa, aponta para o advogado José Guterres: "Fale com ele!"

O soldado "Maukade" explica que, a 25 de Maio, "não houve uma ordem de cessar-fogo por rádio", mas que "passou de homem em homem uma ordem vinda do comando" para que parassem os tiros.

"Maukade" estava no exterior da ex-PKF "em autodefesa".

Para o mais velho dos arguidos, "houve uma falha das Nações Unidas".

"O cessar-fogo tem que ser coisa clara, com termos definidos. Nós parámos os tiros porque ouvimos que a ONU ia entrar" na PNTL para evacuar os polícias.

"Mas as negociações para cessar-fogo têm que seguir termos e fases bem definidas", o que, segundo "Maukade", não aconteceu.

O soldado insiste também que "a coluna não fez nada para respeitar a bandeira da ONU" e repete que "os polícias foram indisciplinados ao fazer 'manguitos' e a cantar o hino nacional".

O Ministério Público pediu a condenação do soldado "Maukade" e a absolvição, "com algumas dúvidas", do sargento "Maucana".

"Não somos loucos para nos matarmos uns aos outros entre militares e polícias", alega o sargento "Maucana".

"Se for para a prisão, a instituição continuará a cuidar de mim", conclui o veterano "Maukade".

"Estamos prontos para cumprir a lei. E as ordens do comando".

Lusa/fim

Timor-Leste: Filha de ex-MNE australiano confirma encobrimento sobre Balibó

Lusa - 07 Novembro 2007, 15:36

Díli - A filha do ex-chefe da diplomacia australiana em 1975 revelou hoje que o pai teve conhecimento e encobriu o massacre de cinco jornalistas em Balibó, Timor-Leste.

Geraldine Willesee, filha do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros australiano Don Willesee, contou hoje ao jornal The Australian que o pai soube da morte dos "5 de Balibó", a 18 de Outubro de 1975.

"Nos seus últimos dias de agonia, em 2003, o meu pai falou outra vez, de forma amargurada e sem desculpas, do papel da Austrália na invasão de Timor-Leste", escreveu Geraldine Willesee, num longo artigo intitulado "Ferido pela culpa de Balibó".

Num "momento emotivo" de conversa com a filha, Don Willesee contou-lhe "dois segredos do governo".

O primeiro é que decidiu informar as famílias das vítimas de Balibó, contrariando ordens do governo trabalhista.

Don Willesee, informado da morte dos jornalistas, tinha ordens para manter segredo até à semana seguinte, mas "não podia suportar a ideia de as famílias passarem todo o fim-de-semana sem saber".

"Por isso, discretamente, garanti que as famílias receberiam a notícia", recorda Geraldine Willesee das palavras do pai.

"O outro segredo que o meu pai me contou é que os indonésios tinham morto os cinco australianos", escreveu a filha do ex-ministro no artigo do Australian.

A versão oficial, mantida até hoje por Jacarta, é que os jornalistas foram mortos em fogo cruzado.

Geraldine Willesee, ex-jornalista política em Camberra, procurou vários antigos colaboradores do pai quando um inquérito à morte de uma das vítimas de Balibó, Brian Peters, foi aberto por um tribunal australiano.

A demanda confirmou que o governo e o ministro sabiam a verdade sobre Balibó.

Um dos antigos colaboradores de Don Willesee contou à filha: "Sim, o seu pai fez parte da operação de cobertura… Com uma arma apontada à cabeça".

Outro ter-lhe-á confirmado que o chefe da diplomacia pensou seriamente em pedir a demissão devido ao incidente de Balibó.

"Outro dos ex-colaboradores confirmou ter visto o infame telegrama dos serviços de informação (australianos) contando do assassínio deliberado dos jornalistas pelos indonésios", escreveu Geraldine Willesee.

A ex-jornalista refere que, "apesar de terem passado mais de 30 anos", não conseguiu ter acesso a todo o arquivo ministerial do pai.

Don Willesee foi ministro dos Negócios Estrangeiros australiano apenas por mais 26 dias após a morte dos jornalistas em Balibó.

PRM-Lusa/fim

'Heroes get people killed'

Sydney Morning Herald - November 8, 2007 - 11:27AM

Craig Skehan and Ben Cubby

The Australian soldier killed by a gunshot to his head, and found in his barracks room in East Timor on Monday, was 19-year-old Ashley Baker, from Gladstone in Queensland.
Private Baker had been in East Timor with the Second Battalion of the Royal Australian Regiment for less than a month.

A memorial service was held in Dili yesterday morning.
"2 RAR has lost a fine soldier, the members of his platoon have lost a good mate and the Baker family have lost a son and brother," said Private Baker's commanding officer, Lieutenant Colonel Ben James.

"The thoughts of all members of 2 RAR are with the Baker family at this difficult time."
Private Baker joined his battalion last November and was deployed to Dili four weeks ago.
The investigation into his death continued yesterday. The Chief of the Defence Force, Air Chief Marshal Angus Houston, said there would be a commission of inquiry.

Private Baker is thought to have died from a single bullet fired from his own Steyr rifle. Sources said the main lines of inquiry suggested an accident or suicide.

Days before his death, Private Baker made entries on his MySpace page, describing patrols he had undertaken in East Timor. He described himself as a Scientologist and a fan of heavy metal bands including AC/DC, Metallica and Ramstein. His favourite films were listed as Romper Stomper and American History X.

Under "heroes" on the website, he wrote the phrase "heroes get people killed".

He was the second Australian soldier to die on operations in East Timor. In 2000, Corporal Stuart Jones was killed by an accidental discharge from a Steyr rifle.

Private Baker is the third Australian serviceman to die on active overseas service in recent weeks.
Trooper David Pearce was killed by a roadside bomb in Afghanistan on October 8. Sergeant Matthew Locke of the SAS was shot dead in a skirmish with Taliban fighters, also in Afghanistan, on October 25.

"Heróis matam as pessoas"

Sydney Morning Herald - Novembro 8, 2007 - 11:27AM

Craig Skehan e Ben Cubby

O soldado Australiano morto com um tiro na cabeça e encontrado na sala do quartel e Timor-Leste na Segunda-feira era Ashley Baker de 19 anos, de Gladstone em Queensland.
O soldado Baker tinha estado em Timor-Leste no Segundo Batalhão do Real Regimento Australiano há menos de um mês.

Uma cerimónia foi realizada ontem de manhã em Dili.
"2 RAR perdeu um bom soldado, os membros deste batalhão perderam um bom colega e a família Baker perdeu um filho e um irmão," disse o oficial comandante do soldado Baker, Tenente Coronel Ben James.

Os pensamentos de todos os membros do 2 RAR estão com a família Baker nesta altura difícil."
O soldado Baker juntou-se a este batalhão em Novembro passado e foi destacado para Dili há quatro semanas atrás.
Continuava ontem a investigação à sua morte. O Chefe da Força de Defesa, o Marechal da Força Aérea Angus Houston, disse que haverá uma comissão de inquérito.

Pensa-se que o soldado Baker morreu duma única bala disparada da sua própria espingarda Steyr. Fontes sugerem que as principais linhas de inquérito sugerem acidente ou suicídio.

Dias antes da sua morte, o soldado Baker fez entradas na sua página MySpace, descrevendo patrulhas onde tinha participado em Timor-Leste. Descreveu-se a ele próprio como um Cientologista e um fã de bands de heavy metal incluindo AC/DC, Metallica e Ramstein. Os seus filmes favoritos foram indicados como sendo Romper Stomper e American History X.

Sob "heróis" no website, ele escreveu a frase "heróis matam as pessoas".

Foi o segundo soldado Australiano a morrer em operações em Timor-Leste. Em 2000, o cabo Stuart Jones foi morto numa descarga acidental duma espingarda Steyr.

O soldado Baker é o terceiro militar Australiano a morrer em serviço activo além-mar nas semanas recentes.
O paraquedista David Pearce foi morto por uma bomba na beira da Estrada no Afeganistão em 8 de Outubro. O sargento Matthew Locke das SAS foi morto a tira numa luta com guerrilheiros Talibans, também no Afeganistão, em 25 de Outubro.

Prémio "Tiro no pé"

ISF rejects arrest warrant to Alfredo

The Spokesperson for the International Security Forces, Robert Barnes said that the Prosecutor General has sent an arrest warrant to the ISF, without the support of the Government.

“Last week the General Prosecutor sent us an arrest warrant to capture Reinado, but the president of the republic asked ISF not to do so,” said the spokesperson. (DN)

E o prémio vencedor...

Se alguém tinha dúvidas acerca do que os militares australianos fazem em Timor-Leste aqui está. Estão-se nas tintas para um Estado de Direito. Recebem ordens do Ramos-Horta e do Xanana.

Que se lixem os tribunais... O que é isso? Isso é só lá para a terra deles em que se alguma dissessem uma barbaridade destas, no minímo caia o governo.

Mas em Timor-Leste, onde não respeitam os órgãos de soberania, ainda têm a arrogância de o dizer a alto e bom som.

Desde quando os mandados de captura dos tribunais não se executam porque um Presidente da República ou um Governo o diz para não fazer?! Ninguém está acima dos tribunais, expressamente estipulado pela Constituição.

E as Nações Unidas? E as tais preocupações do Sr. RESG Atul Khare? É que o acordo trilateral que estipula o mandato das ISF, também foi assinado pelas Nações Unidas.

Mais um silêncio cúmplice. E depois as Nações Unidas vêm apresentar relatórios sobre os direitos humanos dizendo que os responsáveis dos crimes de 2006 têm de ser julgados? Os tais que foram indicados pela Comissão Independente das Nações Unidas? Como o Alfredo Reinado?

Bandalheira.

E Portugal o que faz como um dos principais doadores do sistema judicial? Nada. Não convém "incomodar" os amigos australianos a quem entregou Timor-Leste.

Prémio "Devias falar com o Casimiro"

Duarte Nunes: never questioning again the presence of ISF

Duarte Nunes, a member of the national parliament said that it is not the time to continually question the presence of the ISF, as Timor-Leste is still unable to provide security by itself.

Mr. Nunes also said that sometimes unwanted incidents by ISF occur, because they are asked by UNPol and PNTL to give assistance. (DN)


Duarte Nunes: nunca questionar outra vez a presença das ISF

Duarte Nunes, um deputado do parlamento nacional disse que não é altura para questionar continuadamente a presença das ISF, visto que Timor-Leste está ainda incapz de assegurar a sua própria segurança.

O Sr. Nunes disse ainda que às vezes ocorrem incidentes não desejados pelas ISF, porque é-lhes pedido pela UNPol e PNTL para darem assistência. (DN)


Aqui está um caso em que já é válida a presença das ISF.

E é mentira a referência a pedidos de ajuda da UNPOL, porque no caso dos campos de refugiados os militares australianos vão por iniciativa própria e nunca porque foram chamados pela UNPOL.

Ou como no caso em que um militar australiano quis interromper uma reunião de trabalho dos deputados da Comissão de Defesa e Segurança, com o chefe da Polícia, insultando os deputados. Também terão sido chamados para dar "apoio" à UNPOL?

Ao contrário, para cumprirem os mandados de captura de Reinado e sus bandidos, está quieto...

Prémio "O incompetente ou o vendido de serviço..."

"The Vice Director of Judicial System Monitoring Program (JSMP), Casmiro dos Santos said that according to the Penal Code of Timor-Leste only the police can capture members of the public, not the military.

Mr. Dos Santos also said that the request of Judge Ivo of the Dili District Court to International Security Forces (ISF) to arrest Reinado needs clarification.

“The mandate issued to ISF to arrest Reinado has no transparency; JSMP has no information about the bilateral accord between the government and ISF.

Many people know that the bilateral accord has not been ratified by the national parliament,” said Mr. Dos Santos. (TP)"


"O Vice-Director do Programa de Monitorização do Sistema Judicial (JSMP), Casimiro dos Santos disse que de acordo com o Código Penal de Timor-Leste apenas a polícia pode prender pessoas, não os militares.

O Sr. Dos Santos disse também que o pedido do Juiz Ivo do Tribunal do Distrito de Dili para as Forças Internacionais de Segurança (ISF) prenderem Reinado precisa de clarificação.

“O mandato emitido pelas ISF para prender Reinado não tem transparência; o JSMP não tem informação acerca do acordo bilateral entre o governo e as ISF.

Muita gente sabe que o acordo bilateral não foi ratificado pelo parlamento nacional,” disse o Sr. Dos Santos. (TP)"



O acordo trilateral foi asinado entre o Governo Timorense, Australiano e as Nações Unidas há mais de um ano, e inclui a obrigação das Forças de Estabilização Australianas, leia-se militares australianos, em apoiar a UNPOL, nas situações em que seja necessário intervenção militar, como o é para capturar Reinado.

Das duas uma, ou este senhor, Casimiro dos Santos anda muito distraído, ou a JSMP anda a fazer "favores" a Ramos-Horta e a Xanana Gusmão, o que parece mais provável.

Este senhor acaba de prestar um péssimo serviço a esta ONG, levantando dúvidas muito credíveis acerca das intenções destas declarações.

Umas vezes, o acordo e a presença dos militares australianos é válida, como quando serve para justificar que entrem nos campos de refugiados e matem civis, noutras, quando é para cumprirem o mandato que é descrito no acordo, como capturar bandidos armados com armas de guerra, não.

Mais uns vendidos?

Shame on you, JSMP.

Haja quem não abandone Timor-Leste

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Resposta do Tribunal à carta da UNMIT que dizia qu...":

Provavelmente o Sr. juíz Ivo Rosa não lerá estas linhas, mas quero felicitá-lo por se manter fiel à Lei e à sua consciência.

Espero que ele se mantenha firme na defesa dos mais elementares princípios conquistados ao longo da História da Civilização humana.

Que ele tenha força de carácter suficiente para não vender a alma ao diabo nem, "pragmaticamente", virar as costas a esse povo "longínquo" de um país tão pequeno, o povo timorense.

A História há-de dar-lhe razão e render-lhe justa homenagem. Entretanto, ele não está sozinho, pois pode contar com o apoio silencioso do povo timorense, um povo irmão indefeso que está tão próximo do nosso coração e não esquece aqueles que o ajudam.

Bem-haja!

UNMIT – MEDIA MONITORING - Thursday, 8 November 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any consequence resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL Summary News
No related news covered

Alfredo Reinado: asking people to be calm

Alfredo Reinado has asked people to remain calm and wait for the information and dialogue throughout the districts.

“It is my moral responsibility going to go districts and inform people that they should wait for the process of dialogue,” said Mr. Reinado on Friday (2/11) in Same. (STL)

IDPs protesting: distribution of expired food

IDPs in the Arte Moris, Comoro on Wednesday (7/11) strongly protested against the United Nations agency, World Food Program (WFP) stating the food it distributes is passed its use-by date.

According to the camp manager, Augusto Soares, the oil and beans are expired. (TP)

Issuing arrest warrant: the task of police

The Vice Director of Judicial System Monitoring Program (JSMP), Casmiro dos Santos said that according to the Penal Code of Timor-Leste only the police can capture members of the public, not the military.

Mr. Dos Santos also said that the request of Judge Ivo of the Dili District Court to International Security Forces (ISF) to arrest Reinado needs clarification.

“The mandate issued to ISF to arrest Reinado has no transparency; JSMP has no information about the bilateral accord between the government and ISF.

Many people know that the bilateral accord has not been ratified by the national parliament,” said Mr. Dos Santos. (TP)

Jose Luis Guterres: audit to previous government to be clarified

The Vice Prime Minister Jose Luis Guterres has endorsed the international audit of the previous government.

According to Mr. Guterres, an audit is a normal procedure when requested by the president

”The audit will clarify information about the truth, rather than just accusing others.” said Mr. Guterres on Wednesday (7/11) in Dili. (DN)

ISF rejects arrest warrant to Alfredo

The Spokesperson for the International Security Forces, Robert Barnes said that the Prosecutor General has sent an arrest warrant to the ISF, without the support of the Government.

“Last week the General Prosecutor sent us an arrest warrant to capture Reinado, but the president of the republic asked ISF not to do so,” said the spokesperson. (DN)

Duarte Nunes: never questioning again the presence of ISF

Duarte Nunes, a member of the national parliament said that it is not the time to continually question the presence of the ISF, as Timor-Leste is still unable to provide security by itself.

Mr. Nunes also said that sometimes unwanted incidents by ISF occur, because they are asked by UNPol and PNTL to give assistance. (DN)

TL to participate in the General Assembly of UN

A delegation consisting of eight Timorese people will take part in the UN General Assembly (GA) of 2007.

The importance of taking participation in the debate in the GA is to provide assistance to other countries when needed; and also knowing the working mechanisms of the United Nations. (DN)

TRADUÇÃO:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Quinta-feira, 8 Novembro 2007

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e o seu conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou implícito. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência que resulte da publicação de, ou das consequências de tais artigos e traduções."

Relatos dos Media Nacionais
TVTL Resumo das Notícias

Não relacionadas com as notícias cobertas

Alfredo Reinado: pede às pessoas para estarem calmas

Alfredo Reinado tem pedido às pessoas para estarem calmas e esperarem por informações e diálogo nos distritos.

“É uma obrigação moral minha ir aos distritos e informar as pessoas que devem esperar pelo processo do diálogo,” disse o Sr. Reinado na Sexta-feira (2/11) em Same. (STL)

Deslocados protestam: distribuição de comida fora do prazo

Deslocados no Arte Moris, Comoro na Quarta-feira (7/11) protestaram fortemente contra a agência da ONU, do Programa Mundial da Alimentação (WFP) afirmando que a comida que estão a distribuir está fora de prazo.

De acordo com o gestor do campo, Augusto Soares, o prazo do óleo e dos feijões expirou. (TP)

Emitir mandatos de prisão: tarefa da polícia

O Vice-Director do Programa de Monitorização do Sistema Judicial (JSMP), Casmiro dos Santos disse que de acordo com o Código Penal de Timor-Leste apenas a polícia pode prender as pessoas, não os militares.

O Sr. Dos Santos disse também que o pedido do Juiz Ivo do Tribunal do Distrito de Dili para as Forças Internacionais de Segurança (ISF) para prenderem Reinado precisa de clarificação.

“O mandato emitido pelas ISF para prenderem Reinado não tem transparência; o JSMP não tem informação sobre o acordo bilateral entre o governo e as ISF.

Muita gente sabe que o acordo bilateral não foi ratificado pelo parlamento nacional,” disse o Sr. Dos Santos. (TP)

José Luis Guterres: auditoria ao governo anterior tem de ser clarificada

O Vice-Primeiro-Ministro José Luis Guterres endossou a auditoria internacional do governo anterior.

De acordo com o Sr. Guterres, uma auditoria é um procedimento normal quando pedida pelo presidente

”A auditoria clarificará a informação acerca da verdade em vez de apenas acusar outros.” disse o Sr. Guterres na Quarta-feira (7/11) em Dili. (DN)

ISF rejeita mandato de captura ao Alfredo

O porta-voz das Forças Internacionais de Segurança, Robert Barnes disse que o Procurador-Geralenviou um mandato de captura às ISF, sem apoio do Governo.

“A semana passada o Procurador-Geral enviou-nos um mandato para capturar Reinado, mas o presidente da república pediu às ISF para não o fazerem,” disse o porta-voz. (DN)

Duarte Nunes: nunca questioner outra vez a presença das ISF

Duarte Nunes, um deputado do parlamento nacional disse que não é altura para questionar continuadamente a presença das ISF, visto que Timor-Leste está ainda incapaz de assegurar a sua própria segurança.

O Sr. Nunes disse ainda que às vezes ocorrem incidentes não desejados pelas ISF, porque é-lhes pedido pela UNPol e PNTL para darem assistência. (DN)

TL participa na Assembleia Geral da ONU

Uma delegação de oito Timorenses participará na Assembleia Geral (AG) da ONU de 2007.

A importância de participar no debate na AG é para dar assistência a outros países quando for necessário; e conhecer também os mecanismos de trabalho da ONU. (DN)

Book Reviews: Shakedown: Australia's Grab for Timor Oil

Far Eastern Economic Review - November 2007

by Paul Cleary
Allen & Unwin Academic, 336 pages, $19.95

Reviewed by Jeff Kingston

In late 2006 while walking home one starry night, stupidly ignoring warnings about the dangers on Dili's streets after dark, I was accosted by several youths who asked in menacing tones if I was Australian. I set them straight and they let me pass, making me wonder just how many places in the world these days it is better to be an American than from Down Under….not many I suppose.

So how did things go so wrong for Australia, erstwhile savior of East Timor? After all, Australian troops were the first to arrive after the Indonesian military and their militia thugs laid waste to Dili in 1999-just after the courageous vote for independence by U.N.-administered referendum. Since then, Australia has been at the forefront of nations seeking to rebuild East Timor with generous assistance and the commitment of much needed security personnel. Paul Cleary helps us understand why a nation that has given so much inspires more resentment than gratitude. The Australian government's checkered record on East Timor-a case of greed trumping principle-causes many Timorese (and Australians) to feel an acute sense of betrayal.

Certainly this sordid chapter in Australian diplomacy is one that Canberra's diplomats will rue, but it should be required reading for new recruits so that they can learn the folly of arrogance, duplicity and hypocrisy. East Timor, the first nation born in the 21st century, is one of the poorest nations in the world and has been plagued by a host of problems as it emerges from 24 years of brutal Indonesian occupation from 1975-1999. Mr. Cleary makes a compelling case that Australia, its wealthy and powerful neighbor, has much to answer for by trying to plunder Timor's oil and gas resources and deny this impoverished nation its rightful revenues.

Bullying Australian diplomats were determined to seal a deal that would leave East Timor destitute and dependent on external assistance. The resource curse-the sudden gushing of revenues that get squandered or pocketed-has long plagued developing nations and many have little to show for their windfall. Perhaps Team Australia was trying to help East Timor solve the paradox of plenty by robbing them of their resources.

Shakedown details the extortionate tactics that Australian diplomats deployed to deny East Timor its legal share of oil and gas resources in the seabed of the Timor Sea that divides the two countries. Mr. Cleary takes us back to the decision by Canberra to recognize Indonesian sovereignty over East Timor back in 1978.

After Indonesian troops invaded in 1975, Richard Wolcott, then ambassador to Indonesia, advised then Prime Minister Gough Whitlam that a better deal for seabed resources could be struck with Indonesia than an independent government, helping explain why Australia was the only Western nation to recognize Indonesian sovereignty over East Timor. Canberra managed to cut an extremely favorable deal with Jakarta, a shady quid pro quo that did little to burnish Australian honor.

East Timor's leaders, however, made it clear early on in the negotiations that began in 2001 that it was not going to allow Australia to profit from this criminal deal with its former occupier. As an advisor to the East Timor government, Mr. Cleary gives us an insider's account of the negotiations, providing some lessons about maritime law and a tutorial on cupidity. A former journalist, the Australian author does not let the technical details overwhelm a contemporary David-versus-Goliath tale. He sketches the personalities that shaped the negotiations and shares fascinating anecdotes that breathe life into the "smoked-filled rooms."

In 2005, after four years of acrimonious negotiations, a partial agreement was struck on one of the large oil fields, Greater Sunrise, that gave East Timor 50% of the revenues, the minimum Dili could accept and the maximum Canberra could abide. Part of this creative agreement involved postponing settlement of the maritime boundary in the Timor Gap for 50 years. Much credit for rescuing the negotiations goes to then Foreign Minister and current President Jose Ramos-Horta, a Nobel laureate with considerable diplomatic savvy and a far less abrasive style than then Prime Minister Mari Alkatiri.

The villains in this unseemly tale constitute a who's who of Australian politics. From Mr. Whitlam to John Howard, Australian leaders have been unapologetic about their oil grab. Foreign ministers from Andrew Peacock to Alexander Downer have also staunchly asserted the national interest to cover the ignominy of official policy.

Mr. Downer proved both obdurate and puerile, issuing ultimatums, slamming tables and threatening to prevent any exploitation of the resources unless Australia got its way. He also cut funding to Timorese NGOs that criticized Australia, undoubtedly a valuable civics lesson. In order to protect against arbitration that would most likely favor East Timor's claims, the Howard government also withdrew from dispute settlement procedures under the International Tribunal for the Law of the Sea and rescinded recognition of the jurisdiction of the International Court of Justice for maritime disputes.

Upon finishing this fine book the reader is left wondering why so many of the best and brightest acted so dishonorably in support of a policy that undermined the national interest by tarnishing Australia's moral stature. What did they seek to "win" at the expense of a desperately needy neighbor?

One of the prominent non-Australian actors who does not emerge particularly well from this tale is Peter Galbraith, a renowned diplomat and writer, who also happens to be the son of John Kenneth Galbraith, the illustrious economist and presidential adviser. He is described as loud and proud, abrasively American even to his fellow countrymen. Working out of the United Nations on behalf of the East Timor team, Galbraith's blustering ways antagonized the Australian negotiators, but imparted a needed bravado to the inexperienced and outgunned Timorese. However, as the discussions dragged on, he is portrayed as being overeager to accept a buyout, pressuring the Timorese to accept a $3 billion cash settlement that in retrospect would have been a very bad deal. By sticking to their principles and standing up for their legal entitlements, the Timorese ended up with a far more lucrative arrangement that enables them to share in the upside of surging energy prices. So much for hotshot consultants.

Mr. Cleary also presents a mixed portrait of former Prime Minister Mr. Alkatiri, a man he knows well from working closely together. In the negotiations Mr. Alkatiri remained steadfast in refusing to cave in to the threats and tactics of Team Australia. He was confident that international law was on David's side and that ultimately this would force Goliath to bend. His brinksmanship and resolute negotiating stance made him few fans among the Australian officials and he remains convinced today that enemies he made in standing up for East Timor's resource rights conspired against him and engineered his downfall.

Mr. Alkatiri resigned in disgrace in June 2006 due to allegations about his role in arming hit squads and for mishandling a crisis within the military ranks. The military dissension morphed into looting, arson and violence on the streets of Dili, displacing some 15% of the population, many of whom still live in temporary shelters. Mr. Cleary suggests that Australia is partly to blame for the unrest, but also takes Mr. Alkatiri to task for his authoritarian tendencies and nepotism. His party, Fretilin, did poorly in the 2007 elections, an outcome that Mr. Cleary seems to anticipate. In the chapter entitled "Animal Farm," he describes the formerly dominant party in Orwellian terms and gives it poor marks for governance.

One of the more interesting angles in this story is the role of civil society organizations in Australia and the improbable heroics of a Melbourne-based optometry baron, Ian Melrose. He became engaged upon seeing a program concerning the health problems of Timorese children and outraged by his government's larcenous diplomacy. He funded an ad campaign that aroused public opinion against official policy, appealing to the deep-rooted sense of fair play among Aussies and shaming the government for trying to fleece its poor neighbor. NGOs mounted a spirited campaign and the media raised the heat on the Howard government, contributing in no small part to the compromise settlement. The dignified Australian public understood common decency even when their government could not.

- Mr. Kingston is director of Asian studies at Temple University's Japan campus.

TRADUÇÃO:

Crítica de Livros: Usura: Sequestro pela Austrália do Petróleo de Timor

Far Eastern Economic Review - Novembro 2007

por Paul Cleary
Allen & Unwin Academic, 336 pages, $19.95

Crítica de Jeff Kingston

Nos finais de 2006 quando ia para casa numa noite escura, ignorando estupidamente os avisos sobre os perigos das ruas de Dili à noite, fui abordado por vários jovens que me perguntaram com voz ameaçadora se era Australiano. Respondi-lhes directamente e deixaram-me passar, fazendo-me perguntar a mim próprio em quantos lugares do mundo nestes dias é melhor ser Americano do que de lá debaixo ….não muitos, calculo.

Assim como é que as coisas se viraram tão mal para Austrália, antes tida como a salvadora de Timor-Leste? No fim de contas, as tropas Australianas foram as primeiras a chegar depois dos militares Indonésios e dos seus bandos de milícias terem lançado a ruína em Dili em 1999 imediatamente depois da votação corajosa pela independência no referendo organizado pela ONU. Desde então, a Austrália tem estado na linha da frente das nações que procuram reconstruir Timor-Leste com assistência generosa e a presença do muito necessário pessoal de segurança. Paul Cleary ajuda-nos a entender porque é a uma nação a quem tanto foi dado inspira mais ressentimento do que gratidão. A história colorida do governo Australiano sobre Timor-Leste - um caso de avareza sobre princípios- leva a que muitos Timorenses (e Australianos) sintam um sentimento agudo de traição.

Certamente este capítulo sórdido da diplomacia Australiana é um daqueles que os diplomatas de Canberra lastimarão, mas deve ser de leitura obrigatória para os novos recrutados para que possam aprender a estupidez da arrogância, duplicidade e hipocrisia. Timor-Leste, a primeira nação a nascer no século 21, é uma das nações mais pobres do mundo e foi atingida por uma série de problemas quando emergiu de 24 anos de brutal ocupação Indonésia de 1975-1999. O Sr. Cleary torna um caso convincente que a Austrália, o seu rico e poderoso vizinho, tem muito a responder por tentar pilhar os recursos do gás e do petróleo de Timor e negar a esta nação empobrecida os rendimentos a que tem direito.

Ameaçadores diplomatas Australianos estavam determinados a selar um acordo que deixaria Timor-Leste destituído e dependente de assistência externa. A maldição dos recursos – a súbita entrada de rendimentos que foram gastos ou metidos na algibeira – tem à muito atingido nações em vias de desenvolvimento e muitas têm pouco para mostrar depois de acabadas. Talvez que a Equipa Austrália estivesse a ajudar Timor-Leste a resolver o paradoxo da abundância roubando-lhes os seus recursos.

Usura detalha as tácticas de extorsão que os diplomatas Australianos usaram para negar a Timor-Leste a sua parte legal dos recursos do petróleo e do gás no leito do mar do Mar de Timor que está entre os dois países. O Sr. Cleary leva-nos ao tempo da decisão de Canberra de reconhecimento da soberania Indonésia sobre Timor-Leste em 1978.

Depois das tropas Indonésias terem invadido Timor em 1975, Richard Wolcott, então o embaixador na Indonésia, aconselhou o então Primeiro-Ministro Gough Whitlam que se podia fazer um acordo melhor para os recursos do fundo do mar com a Indonésia do que com um governo independente, o que ajuda a explicar porque é que a Austrália foi a única nação Ocidental a reconhecer a soberania Indonésia sobre Timor-Leste. Canberra conseguiu estabelecer um acordo extremamente favorável com Jacarta, um sombrio quid pro quo que pouco fez para polir a honra Australiana.

Os líderes de Timor-Leste, contudo, deixaram claro logo no princípio das negociações que começaram em 2001 que não iam deixar que a Austrália beneficiasse deste acordo criminoso com o seu antigo ocupante. Sendo um conselheiro do governo de Timor-Leste, o Sr. Cleary dá-nos um relato do interior das negociações, dando algumas lições sobre lei marítima e uma lição sobre cobiça. Antigo jornalista, o autor Australiano não deixa que os detalhes técnicos se sobreponham a uma história a contemporânea de David-versus-Golias. Desenha as personalidades que marcaram as negociações e partilha anedotas fascinantes que trazem vida aos "salões cheios de fumo."

Em 2005, depois de quarto anos de negociações às peras, foi obtido um acordo parcial sobre um dos maiores campos de petróleo, Greater Sunrise, que deu a Timor-Leste 50% dos rendimentos, o mínimo que Dili podia aceitar e o máximo em que Canberra podia largar. Parte deste criativo acordo envolveu adiar a decisão sobre a fronteira marítima no Timor Gap durante 50 anos. Muito do crédito para salvar as negociações vai para o então Ministro dos Estrangeiros e corrente Presidente José Ramos-Horta, um laureado do Nobel com consideráveis habilidades diplomáticas e com um estilo menos abrasivo do que o então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.

Os vilãos desta história inconveniente constituem um quem é quem dos políticos Australianos. Desde o Sr. Whitlam até John Howard, os líderes Australianos não têm tido desculpa com a sua cobiça pelo petróleo. Ministros dos Estrangeiros desde Andrew Peacock até Alexander Downer têm também invocado com determinação o interesse nacional para tapar a ignomínia da política oficial.

O Sr. Downer provou ser obstinado e pueril, emitindo ultimatos, batendo nas mesas e ameaçando impedir qualquer exploração dos recursos a não ser que a Austrália levasse a sua avante Cortou também fundos a ONG’s Timorenses que criticaram a Austrália, sem dúvida uma valiosa lição de civismo. De modo a proteger-se contra o regulador que provavelmente iria favorecer as reclamações de Timor-Leste, o governo de Howard retirou-se também do procedimento para resolver disputas sob o Tribunal Internacional para a Lei do Mar e deixou de reconhecer a jurisdição do Tribunal Internacional da Justiça para as disputas marítimas.

Ao acabar de ler este livro bom o leitor fica a imaginar porque é tantos dos melhores e mais brilhantes actuaram tão desonestamente a apoiar uma política que minou o interesse nacional ao manchar a estatura moral da Austrália. O que é que tentaram "ganhar" às custas de um vizinho desesperadamente necessitado?

Um dos mais proeminentes actors não-Australianos que não emerge particularmente bem desta história é Peter Galbraith, um conhecido diplomata e escritor, que acontecer ser também filho de John Kenneth Galbraith, o famoso economista e conselheiro presidencial. É descrito como orgulhoso e de voz grossa, abrasivamente Americano mesmo pelos seus colegas cidadãos. A trabalhar para as Nações Unidas em nome da equipa de Timor-Leste, os modos grosseiros de Galbraith trouxeram-lhe conflitos com os negociadores Australianos, mas transmitiram uma bravura necessária aos Timorenses inexperientes e menos certeiros. Contudo, quando as discussões se arrastavam ele é retratado como desejoso de aceitar um compromisso, fazendo pressão sobre os Timorenses para aceitarem um acordo por $3 biliões que em retro-expectativa teria sido um muito mau acordo. Ao se fixarem nos seus princípios e ao defenderem o seu direito legal, os Timorenses acabaram por conseguir um arranjo muito mais lucrativo que lhes permite partilhar a parte superior dos preços da energia que estão a emergir. Basta de conselheiros de cabeça esquentada.

O Sr. Cleary apresenta ainda um retrato misto do antigo Primeiro-Ministro Sr. Alkatiri, um homem que ele conhece bem por terem trabalhado de perto juntos. Nas negociações o Sr. Alkatiri manteve-se firme nas recusas de ceder às ameaças e tácticas da Equipa Austrália. Estava confiante que a lei internacional estava do lado de David e que isto acabaria no fim de forçar o Golias a ceder. A sua capacidade e postura negocial determinada deixou-lhe poucos fãs entre os funcionários Australianos e está convencido hoje que foram os inimigos que fez ao defender os direitos de Timor-Leste aos recursos que conspiraram contra ele e manobraram a sua queda.

O Sr. Alkatiri resignou em desgraça em Junho de 2006 devido a alegações sobre o seu papel em armar esquadrões de ataque e por má gestão da crise nas fileiras militares. A dissidência militar transformou-se em pilhagens, ataques incendiários e violência nas ruas de Dili, deslocando cerca de 15% da população, muita da qual está ainda a viver em abrigos temporários. O Sr. Cleary sugere que a Austrália tem parte da culpa do desassossego, mas culpa também o Sr. Alkatiri pelas suas tendências autoritárias e nepotismo. O seu partido, a Fretilin, teve resultados pobres mas eleições de 2007, um resultado que o Sr. Cleary parece antecipar. No capítulo com o título "Quinta dos Animais," descreve o anteriormente partido dominante em termos Orwellianos e dá notas fracas à sua governação.

Um dos ângulos mais interessantes desta história é o papel das organizações da sociedade civil na Austrália e a improvável heroicidade de um barão da optometria com base em Melbourne, Ian Melrose. Ele engajou-se ao ver um programa sobre problemas de saúde de crianças Timorenses e indignado pela diplomacia vergonhosa do seu país. Financiou uma campanha que levantou a opinião pública contra a política oficial, apelando ao sentido bem enraizado de desportivismo dos Australianos e envergonhando o governo por tentar espoliar o seu vizinho. As ONG’s montaram uma inspirada campanha e os media fizeram fogo contra o governo de Howard, contribuindo bastante para uma solução de compromisso. A digna população Australian entendeu a decência comum mesmo quando o seu governo não conseguiu.

- O Sr. Kingston é director dos estudos Asiáticos na Temple University's Japan campus.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.