terça-feira, abril 22, 2008

UNMIT Daily Media Review - 22 April 2008

UNMIT-MEDIA

(International news reports and extracts from national media. UNMIT does not vouch for the accuracy of these reports)

PM to pay emergency visit to Ermera – Radio Timor-Leste

Local authorities in Ermera are preparing today (22/4) to welcome Prime Minister Xanana Gusmão and the F-FDTL Commander Brigadier General Taur Matan Ruak in their emergency visit to the district. The visit is aimed at meeting with local leaders, political leaders and the population of Ermera, including Gastão Salsinha’s wife. Security has been provided and prepared around the capital of Ermera, Gleno.

Bishop Ricardo: Salsinha should surrender – Televizaun Timor-Leste

The Bishop of Dili Diocese, Mgr. Alberto Ricardo, has called on Gastão Salsinha and his men to surrender. "I pray for them and ask God to help them think positively and to do the right thing." said Bishop Ricardo on Sunday (20/4) after holding a ceremonial mass upon the return of President José Ramos-Horta.

PR Horta should clarify the involvement of Indonesia in Alfredo’s case – Suara Timor Lorosa’e

Social Democratic Party (PSD) MP Mario Viegas Carrascalão is asking President José Ramos-Horta to provide a clarification to the Indonesian Government regarding his public statements that some Indonesian people were involved in Alfredo Reinado’s case. According to Carrascalão, PR Horta should give this clarification in order to maintain good diplomatic relations between the two nations.

“This should be explained as we are friends. The two nations have good relations after May 2002,” said Mr. Carrascalão.

On his return, PR Horta said that the Prosecutor General and Australian Federal Police had indicated the involvement of some Indonesian people involved in Alfredo’s case.

Indonesia arrests 19 rebels –Timor Post

The Foreign Affairs Minister of Timor-Leste, Dr Zacarias Da Costa, said that the Government has received information through the East Timor Embassy in Jakarta that the Indonesian National Republic Police (POLRI) have arrested 19 rebels who fled to Jakarta, Indonesia.

“I know the previous information said that three of Alfredo’s man were arrested. They are Ismael S.M Soares known as (Asanku), Jose Gomes and Ijidio Lay Carvalho. They all are former members of the F-FDTL. The latest information on Sunday (20/4) stated that, 19 other rebels were also arrested in Jakarta, Indonesia,” said Mr Da Costa to the journalists on Monday (21/4) at Palacio do Governu, Dili.

“Now we and the Prosecutor-General are working together with the Indonesian authorities to bring those rebels into East Timor in order to face justice,” said the Foreign Affairs Minister.

President postpones speech at National Parliament–Timor Post

The Chief of the President’s Office, Natalia Carrascalao, said that the President postponed his speech at the National Parliament yesterday because his condition did not yet permit him to do so. “As we all aware, there were a lot of programs during his return and he has been visited by many people. So, the President decided to postpone his long speech at the National Parliament yesterday,” said Ms Carrascalao.

Alkatiri to forward proposal –Timor Post

The Secretary-General of Fretilin, Dr Marii Alkatiri, said that the Fretilin party will move forward with a proposal to establish an International Commission of Inquiry into the events of February 11 and is planning to discuss this with President Jose Ramos Horta.

Alkatiri added that in order to ensure the independence of the inquiry, the countries currently involved in maintaining security in Timor Leste should not be involved in the inquiry.

“We say that we should trust in our institutions, but the reality is that we do not trust each other yet. So we really need an international investigation,” said Mr Alkatiri.

Timor Leste opposes Tibet’s Independence, China is happy –Timor Post

The Ambassador of China to Timor Lestre, Su Jian, said that his country is happy with the position of Timor Leste on the issue of Tibet. “As with all other friendly communities, the Timor Leste Government adheres to the One China position and opposes Tibetan Independence,” he said.

PSD MP asks Ramos Horta for explanation –Diario Nasional

PSD MP Mario Viegas Carrascalao has asked President Jose Ramos Horta to explain to Indonesian President Susilo Bamban Yudhoyono his comments that some Indonesians had supported the February 11 attacks.

MPs say no need to prolong Sate of Siege –Diario Nasional

MPs from CNRT, ASDT and Fretilin have said that there is no need to prolong the State of Siege as the current situation does not warrant an extension, even though Salsinha and his men are still at large.

CNRT MP Pedro da Costa said that the State of Siege should not be prolonged because it is not suitable for the current country’s situation, but added that it depends on the President whether he wants to continue or not.

Fretilin MP Francisco Miranda Branco said that the State of Siege has shown a bad image for this government, so it does not need to be prolonged. But he added that the State of Siege can be applied at places where the rebels are though to be hiding rather than all through the country.

ASD MP Jose Manuel Carrascalao said that the State of Siege has to be stopped given that there have been a lot of abuses committed by the forces during the implementation of the State of Siege.

Government needs to address border security –Diario Nasional

CNRT MP Natalino Dos Santos has said that government need to address the Border Patrol Unit in order to strengthen border security. “I may say that our security at the border is still weak, so it has to be strengthened. Therefore, we have to find out what kind of difficulties are currently faced by our Border Patrol Unit (BPU) in order to provide them with the facilities to carry out their duties,” said Mr Dos Santos on Monday (21/04) at the National Parliament.

Detido mais um elemento do grupo de Salsinha, estado de sítio mantido em Ermera

Díli, 22 Abr (Lusa) - Júlio Soares Guterres, elemento das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) envolvido no 11 de Fevereiro, foi hoje detido e colocado em prisão preventiva.

Este elemento do grupo do ex-tenente Gastão Salsinha participou no ataque contra a coluna de viaturas em que seguia o primeiro-ministro Xanana Gusmão, a sul de Díli.

Poucos dias depois, Júlio Soares Guterres "Rambo" separou-se do grupo de Gastão Salsinha e continuou fugido nas montanhas de Ermera, oeste do país, até se entregar hoje às autoridades de Díli.

Júlio "Rambo" foi interrogado hoje à tarde (hora local) pelo juiz internacional Ivo Rosa, que aplicou a medida de prisão preventiva.

Até agora, estão em prisão preventiva dez elementos do grupo de Gastão Salsinha e do major Alfredo Reinado, arguidos no processo do 11 de Fevereiro.

Angelita Pires, ex-assessora legal e namorada de Alfredo Reinado, está indiciada no mesmo processo, aguardando julgamento em liberdade mas com interdição de se ausentar do país.

Continuam a monte 13 suspeitos com mandado de captura emitido, incluindo Gastão Salsinha, que lidera o grupo de fugitivos depois da morte do major Reinado no ataque à casa do Presidente José Ramos-Horta.

O primeiro-ministro, Xanana Gusmão, deslocou-se hoje a Ermera para informar as populações de que o distrito iria continuar sob estado de sítio, incluindo o recolher obrigatório durante a noite.

A operação Halibur de captura do grupo de Salsinha tem estado concentrada no distrito de Ermera.

Termina hoje o regime de excepção, decretado e renovado em todo o país a seguir aos ataques de 11 de Fevereiro, mas a renovação do estado de sítio em Ermera foi hoje aprovada pelo Parlamento Nacional.

Após a leitura de uma carta do Presidente da República e da apresentação dos relatórios do primeiro-ministro e do chefe do Estado-Maior das F-FDTL, o Parlamento aprovou a continuação do estado de sítio em Ermera, com 29 votos a favor, 18 contra e 11 abstenções.

PRM
Lusa/fim

Reunião do Conselho de Ministros Extraordinário de 21 de Abril de 2008

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
IV Governo Constitucional

COMUNICADO À IMPRENSA

O Conselho de Ministros reuniu-se extraordinariamente esta Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2008, na Sala de Reuniões do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo, em Díli, e decidiu:

Solicitar a Sua Excelência o Presidente da República a extinção do estado de excepção, com excepção do distrito de Ermera, em que o estado de sítio se deverá manter por mais trinta dias.

O estado de excepção decretado e renovado sucessivamente tem logrado conter a gravidade das ameaças à estabilidade do país, diminuir a sua força e confiná-las a áreas identificadas, e assegurar a ordem pública.

O Governo está ciente que este regime transitoriamente em vigor no país tem implicações com os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, e por isso tudo fará para restabelecer a normalidade constitucional no mais curto espaço de tempo possível.

O Comando Conjunto das F-FDTL e PNTL tem conseguido, de forma extremamente articulada, e em estreita articulação com o povo, controlar as ameaças em presença, sem derramamento de sangue.

No entanto, embora cada vez menores e mais localizadas, essas ameaças continuam, na região de Ermera, não devendo ser descuradas, sob pena de poderem recrudescer e reduzir a nada os avanços até agora alcançados para a sua resolução.

Efectivamente, continua ainda em fuga um grupo de homens armados com equipamento de guerra, chefiados pelo ex porta-voz dos peticionários Gastão Salsinha, suspeito pela participação nos atentados contra a segurança do Estado e dois dos titulares dos órgãos de soberania, e que, apesar de todas as tentativas, se tem recusado a render-se.

A captura e apresentação à Justiça deste grupo armado continua a ser um imperativo para a manutenção da paz pública, mas, para isso, é preciso mais tempo e alguma paciência, para evitar derramamento desnecessário de sangue, sem esquecer nunca a prioridade de que essa ameaça seja eliminada de forma definitiva, para que o país possa, de novo, trilhar o caminho do desenvolvimento sem focos de instabilidade.

Assim, e reconhecendo os resultados positivos já obtidos, o Governo entendeu, de acordo com o n.° 1 do artigo 11.°, artigo 13.° e artigo 27.° da Lei n.° 3/2008, de 22 de Fevereiro, propor a Sua Excelência o Presidente da República Ramos-Horta a extinção do estado de excepção em todos os distritos onde actualmente ainda vigora, com excepção do distrito de Ermera, em que a situação de estado de sítio se deverá manter por mais 30 (trinta) dias, com as seguintes condicionantes aos direitos, liberdades e garantias:

· Início às 22.00 horas do dia 22 de Abril e término às 22.00 horas do dia 21 de Maio no distrito de Ermera;

· Restrição do direito de livre circulação, com obrigação de recolher obrigatório entre as 22.00 horas e as 6.00 horas, salvaguardados os direitos previstos nas alíneas c) e f) do n.º 1 do artigo 3.º da Lei n.º 3/2008, de 22 de Fevereiro;

· Restrição dos direitos de manifestação e reunião, salvaguardados os direitos previstos nas alíneas d), e) e f) do n.º 1 do artigo 3.º da Lei n.º 3/2008, de 22 de Fevereiro;

· O direito à inviolabilidade do domicílio, permitindo-se a realização de buscas domiciliárias durante a noite, desde que com o competente mandato judicial e respeitando o previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º da Lei n.º 3/2008, de 22 de Fevereiro.

Às F-FDTL deverá incumbir o apoio às autoridades civis, através do Comando Conjunto já constituído, executando a missão específica de coordenação e condução das intervenções operacionais tendentes à detenção dos suspeitos da prática dos crimes cometidos no passado dia 11 de Fevereiro, e tomando as medidas necessárias ao restabelecimento da normalidade democrática.

As F-FDTL e PNTL envolvidas nas operações em curso deverão observar escrupulosamente os preceitos legais previstos na Lei n.º 3/2008, de 22 de Fevereiro já referida, nos Decreto-Lei n.º 2/2007, de 8 de Março, sobre Operações de Prevenção Criminal, Decreto-Lei n.° 4/2006, de 1 de Março, sobre regimes Especiais em Casos de Terrorismo, Criminalidade Violenta ou Altamente Organizada e no mais que Vossa Excelência entenda decretar na Declaração de Estado de Sítio.

FPCD is pleased to announce the inauguration of two Foundation projects

Dear Friends of the FPCD,

It is a privilege to announce the inauguration of the Prince Rainier III Maternity Clinic in Same, Timor-Leste and the Becora Youth Center in Dili, Timor-Leste, with H.S.H. Prince Albert II of Monaco and Prime Minister Gusmao of Timor-Leste.

Please visit the Foundation website at http://www.postconflictdev.org/ for more information.

Photos and speeches can be found in the FPCD News Section.

With best regards, Claudia Abate
Executive Director
Foundation for Post Conflict Development
http://www.postconflictdev.org/

Tradução:

FPCD tem o prazer de anunciar a inauguração de dois projectos da Fundação

Caros Amigos da FPCD,

É um privilégio anunciar a inauguração da Clínica Maternidade Príncipe Rainier III em Same, Timor-Leste e o Centro da Juventude Becora em Dili, Timor-Leste, com o Príncipe Albert II do Mónaco e o Primeiro-Ministro Gusmão de Timor-Leste.

Por favor visitem o website da Fundação em www.postconflictdev.org para mais informações.

Fotos e discursos encontram-se na FPCD News Section.

Cumprimentos, Claudia Abate
Directora Executiva
Foundation for Post Conflict Development
www.postconflictdev.org

Em resposta a:

A convergência dos objectivos entre Mari Alkatiri e Alfredo Reinado foi uma estratégia falhada in FORUM HAKSESUK.

Uhm.... misturar Suntzu, Von Clausewitz, Marxismo, Macchiavelli e a costituicao timorense é uma boa ginastica para o cerebro, cuidado a nao ficar atrapalhado...

O mesmo Macchiavelli ao fim do seus pensamentos chegou a dizer:
o fim justifica o meio se conseguimos a chegar onde queremos.

Um bom paradigma é o que ajuda nos a compreender a coisas até aos ignorantes como eu proprio.

Escrevi um artigo para um jornal italiano que se queres podes ler na internet sobre a crise do meu pais (em privado posso fornecer a url).

O fim de Alkatiri e da FRETILIN é acabar com o governo do AMP.

Nao precisa de Machiavelli, K. Marx, Von Clausewitz, Suntzu para saber isso. Em cada democracia a oposicao trabalha para isso!

Vivendo na Italia conheco um pouco o principe de Macchiavelli o assim chamado "Old Nick".

Lembro do Ramiro Dall'Orco, desculpa me estou a rir um pouco porque a historia é muito "interessante".

Val a pena dizer o que fiz Ramiro Dall'Orco e quem ele era?

Acho que sim...

Ramiro Dall'Orco foi um homen muito bem armado, chefe de uma milicia. O mesmo Ramiro foi utilizado pelo Cesare Borgia, o Principe, para acabar contra os criminosos que atuavam no Reino que o Borgia queria conquistar. Sabes como acabou a historia do Dall'Orco?

Foi morto pelo mesmo Borgia, acusado de ser ele mesmo um assasino, isto tudo depois que o valente Ramiro Dall'Orco tem limpado o terreno dos adversarios do Borgia.

Talvez nao tdos sabem a epopeia de onde o Machiavelli tirou a inspiracao do "De principatibus" foi o 1500 onde na Italia Central o dominio do Papa era acima das coisas terrenas e nao acima das coisas espirituais. O proprio Cesare Borgia era o filho do Papa Alessandro VI.

Caro Antonio Ramos alias Naikoli, se podes traduzir o que afirmava Macchiavelli no De Pincipatibus acho tu vai fazer um grande servico aos politicos timorenses dou-te o input:
"e nelle azioni di tutti li uomini, e massime de principi, dove non e' iudizio da reclamare, si guarda
al fine. Facci dunque uno principe di vincere e mantenere lo stato: e' mezzi saranno sempre iudicati onorevoli, e da ciascuno laudati; perchè el vulgo ne va preso con quello che pare e con lo evento della cosa; e nel mondo non è se non vulgo".

Este é a politica...

Von Clausewitz e Suntzu.

Em Timor Leste estamos em guerra?
E contra quem?

No manual de guerra Suntzu se diz que o melhor general é o que ganha se combater o inimigo.

Von Clausewitz diz que no campo da batalha as estrategias podem mudar rapidamente e por isso o general mais preparado pode encontrar a derrota se nao tem um exercito flexivel que sabe adatar-se com a nova situacao.

No mesmo Suntzu se diz precisa ser pedras na planice e caule das arvores num terreno em descida.

Foi o que fez o povo de TL durante 24 anos de guerra com a Indonesia.

Os nossos Cmdtes conheciam Suntzu e-ou Von Clausewitz ou talvez conheciam Charles Darwin?

Nao vamos complicar as coisas voltamos em TL.

Gostaria que alguem me ajudasse a comprender algumas coisas:

1) Nao era o Salsinha ao lado do PM Xanana, no entao Presidente da Republica, quando no maio do 2006 anunciou a queda do governo Alkatiri?

2) Nao foi o Engenheiro Mario Carrascalao, aliado do CNRT, a falar primeiro de eleicoes antecipadas?

3) Antes do 11 de fevreiro do 2008 quem dizia que o Reinado era um heroi?

4) Alguem cuidou as balas encontradas no corpo do Presidente Horta para a comparar com as das armas do commando que assaltou a casa dele?

5)Em qual pais do mundo o partido maioritario encontra-se na oposicao?

6) Nao foi mesmo o Horta a dizer nos ultimos dias que as novas legislativas sao a melhor solucao para o pais?

7) Como è que o Ministro da defesa do Governo Alkatiri hoje é o primeiro conselheiro do comandante supremo das forcas armadas timorenses?

8)Alkatiri foi ao tribunal para responder das acusacoes de ter armado milicias, podemos confiar
de ver um dia que os que foram acusados pelo Reinado façam o mesmo?


9) O dia 28 vai chegar em TL Eurico Guterres um "exemplo" de limpeza politica. A quem devemos dizer obrigado para a este insulto aos nossos mortos?

10) A estrategia da FRETILIN onde esta a ser preparada no mato ou na bancadas do Parlamento Nacional?

Para encontrar uma resposta, devo ler Von Clausewitz, K Marx (qual livro?), Suntzu, Macchiavelli ou apena devo mascar como fazia o meu avo?

Saudaçoes.

David Dias Quintas Corona Maubere no exterior.

PS Desculpa uma ultima pregunta sobre a politica timorense: O unico partido marxista em Timor Leste o PST, nao faz parte do AMP?

RI-Timor Leste frontier not impregnable : mily border guard chief

04/22/08 01:25

Atambua, East Nusatenggara (ANTARA News) - The commander of Indonesian military troops guarding the border with Timor Leste, Lt Col Muhammad Kusdaryanto, said limitations to the infrastructure and facilities at his unit`s disposal had made it quite possible for foreigners to cross the frontier illegally.

"There are many, many obscure back-country routes foreigners can take to go to or come from the neighoring country. Moreover, they know the region well. Most border-crossings are done at night , and we are short of night-vision binoculars," he said here Monday.

The border the troops had to guard was 239 km long 150 km of which lay in Belu district and the rest in Kupang and Timor Timur Utara districts which adjoined Timor Leste`s Oekusi enclave.

Kusdaryono made the statements when asked about reports that a number of Timor Leste men belonging to the rebel group led by Alfredo Reinado Alves had entered Indonesian terrritory in Belu district illegally not long ago.

"Supposing all my men are made to line up along the entire border, illegal border crossers can still get through both ways. This is not because we do not do our job properly but because we just don`t have enough tools and infrastructure and other inter-related things," he said.

Still, he said, the task force he was commanding never relaxed its alertness and was constantly on guard. "We always observe close coordination and try to perfect our ways of carrying out the border guarding precedures," he said.

Recently, when Timor Leste`s defense and security authorities were carrying out their Operation Halibur against followers of Alves and his succcessor, Gastao Salsinha, some of the Timor Leste rebel elements were reported to have entered Indonesian terrritory in East Nusatenggara. But a team from the Indonesian police`s Special Detachment 88 based in Jakarta was able to arrest them last April 16 and 18. (*)

Tradução:

Chefe dos guardas da fronteira: A fronteira RI-Timor Leste não é impermeável

04/22/08 01:25

Atambua, East Nusatenggara (ANTARA News) – O comandante das tropas militares Indonésias que guardam a fronteira com Timor Leste, Tenente Coronel Muhammad Kusdaryanto, disse que limitações nas infraestruturas e instalações à disposição da sua unidade torna bastante possível que os estrangeiros cruzem a fronteira ilegalmente.

"Há muitas, muitas rotas obscuras e segundárias que os estrangeiros podem seguir para virem ou para irem para o país vizinho. Mais ainda, eles conhecem bem a região. A maioria dos cruzamentos da fronteira são feitos à noite, e temos poucos binóculos com visão nocturna," disse ele aqui na Segunda-feira.

A fronteira que as tropas têm de guardar tem 239 km de comprimento, 150 km dos quais estão no distrito Belu e o resto nos distritos de Kupang e Timor Timur Utara que está junto ao enclave Oekusi de Timor Leste.

Kusdaryono fez as declarações quando lhe perguntaram sobre notícias de alguns Timorenses que pertencem ao grupo dos amotinados liderado por Alfredo Reinado Alves terem entrado no território Indonésio no distrito Belu não há muito tempo.

"Supondo que todos os meus homens estão alinhados ao longo de toda a fronteira, os que atravessam ilegalmente a fronteira conseguem ainda passar para ambos os lados. Não porque não fazemos bem o nosso trabalho mas apenas porque não temos instrumentos e infraestruturas e outras coisas relacionadas suficientes," disse ele.

Mesmo assim, disse ele, a task force que está sob o seu comando nunca relaxou o seu estado de alerta e estava constantemente em guarda. "Observamos sempre uma coordenação de perto e tentamos aperfeiçoar as nossas maneiras de desenvolver os procedimentos de guardar a fronteira," disse.

Recentemente, quando as autoridades de defesa e segurança de Timor-Leste estavam a desenvolver a sua Operação Halibur contra os seguidores do Alves e do seu sucessor, Gastão Salsinha, foi noticiado que alguns dos elementos dos amotinados de Timor-Leste entraram no território Indonésio em East Nusatenggara. Mas uma equipa do Destacamento Especial 88 da polícia Indonésia baseado em Jacarta conseguiu prendê-los nos passados dias 16 e 18 de Abril. (*)

Presidente Ramos-Horta patrocina Reflorestação Com apoio ao rendimento familiar agrícola e florestal

Presidência da República

INFORMAÇÃO À COMUNICAÇÃO SOCIAL 22 DE ABRIL DE 2008

Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Alberto II do Mónaco concluiu a sua visita a Timor-Leste, plantando duas árvores de Sândalo no Centro Juvenil de Becora, como símbolo da esperança no futuro da Juventude timorense. A cerimónia de plantação foi participada por dois jovens daquele centro.

Durante a visita de dois dias ao nosso país, S.A.S o Príncipe Alberto anunciou que o governo do Mónaco vai custear um programa piloto de reflorestação em Timor-Leste, que será desenvolvido com o patrocínio e soba a orientação do Presidente de República, Dr. José Ramos-Horta.

A construção do Centro Juvenil de Becora está também a ser financiada pelo povo do Mónaco.

O programa de reflorestção tem o duplo objectivo de promover a recuperação ambiental e de apoiar os rendimentos familiares e comunitários.

O chefe de Estado do Mónaco disse que o financiamento do programa sublinha o renovado interesse do Principado no desenvolvimento das condições de saúde e bem-estar dos timorenses.

O programa será iniciado em quatro localidades do sub-distrito de Letefoho, no distrito de Ermera, e envolverá as comunidades locais das áreas em reflorestação, gerando rendimento adicional, quer familiar, quer comunitário.

O envolvimento local inclui a definição inicial dos interesses das diferentes comunidades, em particular no que respeita à reflorestação, e das necessidades concretas quanto ao aumento da produtividade e da geração de rendimento agro-florestal.

O financiamento da cooperação monagasca abrange apoio técnico, organizacional e de gestão, além do fornecimento de materiais, equipamentos, e transportes, providenciando os instrumentos para as comunidades desenvolverem o programa e promoverem a concretização dos objectivos definidos.

O programa está organizado em quatro dimensões principais:

Reflorestação das produções familiares de café, com a substituição do arvoredo de protecção e sombra e a diversificação de produtos.
Melhorias de produtividade das produções familiares, pela inovação de métodos de gestão florestal e agro-florestal e o investimento em capacidade de processamento com mais valor acrescentado.

Reflorestação de áreas desflorestadas e acompanhamento da gestão da água, conservação de solos e diversificação do produto florestal e agro-florestal.

Desenvolvimento de infra-estruturas comunitárias, com aumento da capacidade de processamento e maior valor acrescentado, gestão comunitária de águas, sistemas de irrigação, armazenamento, manutenção secundária de rodovias e sistemas sanitários.


O desenvolvimento deste programa piloto e as lições deste constituirão uma base para o alargamento futuro do Programa de Reflorestação e Promoção do Rendimento Familiar. (FIM)

Ex-namorada de Reinado proibida de sair do país por ordem do tribunal

Díli, 21 Abr (Lusa) - Angelita Pires, ex-assessora legal e antiga namorada do major Alfredo Reinado, está a partir de hoje proibida de sair de Timor-Leste por decisão do tribunal, disse o juiz do processo à agência Lusa.

O juiz Ivo Rosa, magistrado internacional em serviço em Timor-Leste, interrogou hoje Angelita Pires durante mais de quatro horas.

No final do interrogatório, o juiz impôs à antiga colaboradora de Alfredo Reinado a interdição de saída do país, uma medida de coação mais grave do que o termo de identidade e residência, que lhe tinha aplicado em Fevereiro.

Angelita Pires é indiciada da prática de dez crimes de homicídio na forma tentada, dois com dolo directo, relativos aos ataques de 11 de Fevereiro contra o Presidente da República e o primeiro-ministro, e oito com dolo eventual.

A ex-assessora de Alfredo Reinado está também indiciada pelo crime de atentado contra a segurança do Estado, punido pelo artigo 104º do Código Penal Indonésio, em vigor em Timor-Leste.

Angelita Pires tinha sido interrogada poucos dias depois dos ataques de 11 de Fevereiro, "mas surgiram, desde então, novos dados no processo, incluindo declarações dos arguidos que apontam para o seu envolvimento nos factos em causa", afirmou Ivo Rosa à Lusa.

Alfredo Reinado liderou um ataque contra a residência de José Ramos-Horta, a 11 de Fevereiro, no qual viria a morrer.

Cerca de meia hora depois da morte do major Reinado, um dos seus homens alvejou o Presidente da República, que ficou ferido com gravidade e foi transferido para Darwin, Austrália.

Na mesma manhã, Gastão Salsinha atacou a caravana de veículos onde seguia Xanana Gusmão, que escapou ileso.

Angelita Pires, que cresceu em Darwin numa família de exilados timorenses, voltou a Timor-Leste no final de 1999, onde teve o primeiro emprego numa pastelaria de Díli.

Foi mais tarde tradutora da Procuradoria-Geral da República, onde passou, ao fim de algum tempo, a trabalhar como assessora jurídica, embora não tenha nenhuma preparação académica específica em Direito - só neste ano lectivo esteve matriculada no primeiro ano da Faculdade em Díli.

Angelita Pires, que reconhece a ligação amorosa com Reinado, tem declarado, nas últimas semanas, que é inocente das acusações que lhe são dirigidas, nomeadamente feitas pelo Presidente José Ramos-Horta, que a relacionou directamente com os acontecimentos de 11 de Fevereiro.

O Presidente da República afirmou à Lusa que a Polícia Federal Australiana descobriu a existência de uma conta bancária numa agência de Darwin com quase um milhão de dólares, em nome de Angelita Pires e de Alfredo Reinado.

PRM
Lusa/fim

"Um dia os timorenses vão descobrir-me", diz escritor Luís Cardoso

** Pedro Rosa Mendes, da agência Lusa, em Díli **
(Serviço também disponível em áudio em www.lusa.pt)

Díli, 21 Abr (Lusa) - O escritor timorense Luís Cardoso, em pé junto ao mar de Díli, olha para Ataúro e recorda a ilha onde passou a infância, um sítio e um tempo que ficaram o seu "paraíso".

"Vejo perfeitamente naquele montículo, o Manucoco, as muitas viagens que fizemos lá em cima. Tem uma visão fabulosa sobre a cidade de Díli e sobre tudo o que está à volta", relata Luís Cardoso à agência Lusa.

Luís Cardoso participa, em Díli, na terceira Feira do Livro em Português, onde apresentou sábado passado o seu último romance, "Requiem Para Um Navegador Solitário", editado em 2007 em Portugal.

"Depois, aquela parte mais redonda, que quase termina como se fosse umas nádegas, é Makadadi, que quer dizer 'chumbo' em tétum. Em Makadadi falam o rangungo, um falar muito diferente das pessoas de Makili", outra aldeia da ilha.

"Na zona de Bikeli, não sei se ainda existe, havia uma comunidade protestante muito grande. Formavam uma comunidade muito fechada. Tinham o culto dos rabuta - fechavam completamente os olhos para rezar, ao contrário dos católicos romanos que rezavam de olhos abertos", prossegue o escritor.

"De vez em quando, víamos para o outro lado de Díli, da Areia Branca, passar um carro que levantava poeira. Era muito de vez em quando e nós dizíamos: 'Olha, lá vai um carro!'. Em Ataúro não havia carros…"

Na Ataúro da infância de Luís Cardoso, "existia um aeródromo e no meio havia um buraco, onde se lançava uma pedra. Via-se que a pedra demorava um tempo a assentar".

"Dizia-se que, durante a noite, vinha uma sereia e ficava lá sentada. Muita gente viu. Eu não, porque os meus pais não deixavam eu ir de noite. Mas quando lá passava espreitava por lá. Dizem que o aéródromo agora é um campo de milho".

Luís Cardoso foi para Ataúro com um ano e viveu lá até aos seis anos de idade. Nunca mais lá voltou.

"Tenho um certo receio de ir a Ataúro porque pode não estar como eu recordo o meu paraíso. Como diz o (Jorge Luís) Borges, todos os paraísos são paraísos perdidos. Se calhar é isso que eu vou encontrar, o meu paraíso mas paraíso perdido", afirma o escritor à Lusa.

O escritor pretende aproveitar a viagem a Timor-Leste para regressar ao pequeno "paraíso" onde o seu pai era enfermeiro.

"Quero enfrentar, quero ir lá, ao encontro. Fui para lá com um ano, no momento em que não percebia as coisas. Quando me apercebi quem eu era, estava em Ataúro", explica o escritor.

"Foi lá que aprendi a escrever. O meu professor ainda está vivo".

Luís Cardoso recorda que, na escola, escrevia as redacções sempre em duas versões. Uma para ele, outra em nome do colega Vasco, que lhe pagava em pão ("com manteiga!") porque o pai tinha uma padaria.

Escrever em português "foi uma situação adquirida em Ataúro", explica Luís Cardoso.

"Se tivesse escrito primeiro em tétum, faria o resto da minha vida através do tétum, mas o momento em que me vi a escrever foi em português. Depois, obviamente passou a ser uma escolha", explica o autor, que define independência como "a possibilidade de fazer escolhas", como o sistema económico ou a língua oficial.

"Todas as línguas são bem-vindas. Se os timorenses falarem mais línguas têm mais acesso a muitas coisas. A guerra de línguas é fictícia, não existe", sublinha o escritor.

"Se as duas línguas oficiais de Timor são o tétum e o português, o Estado deve fazer tudo para as implementar. Se não, retira-se da Constituição, para não estarmos a enganar ninguém", acrescenta Luís Cardoso.

Publicado em Portugal e em português, Luís Cardoso concorda que é, em grande medida, escritor de um país que não lê.

"Mas um dia os timorenses vão descobrir-me. É uma questão de educação", salienta o escritor.

Ataúro, onde Luís Cardoso "tinha espaço para correr, foi uma coisa de liberdade".

"No momento em que dei conta de mim, eu era livre. Depois, quando deixei a ilha, passei a depender das circunstâncias. Passei a ir atrás do meu pai, depois para (o colégio de) Soibada. O melhor momento de mim próprio foi a infância", afirmou na entrevista à Lusa.

Esta semana, depois de encerrar a Feira do Livro, Luís Cardoso pretende ir a Ataúro.

"Não há ninguém à espera. Conheço os lugares todos, os cheiros. Vai haver uma grande lacuna. Os meus companheiros de infância não vão estar lá à espera. Só o Vasco, que está doente".

Ao paraíso de Luís Cardoso chegavam viajantes de muitos sítios, a quem se perguntava e que devolviam perguntas.

"Viajante é quem trazia novidades para o mundo isolado que era a minha infância na ilha de Ataúro", explica o escritor, que ficcionou a sua última obra em torno do aviador e tenista francês Alain Gerbault, que fez uma viagem de circumnavegação e acabou por morrer em Díli, em 1941.

O que interessou Luís Cardoso nessa figura foi "a viagem" e foi através de um poema do português Rui Cinatti, "Visão", que primeiro se apaixonou pelo navegador.

"Há poucos navegadores solitários. Extinguiram-se. Mas fazemos a nossa viagem interior. Posso ir ao deserto dentro de mim", conta Luís Cardoso.

Em Oeiras, o seu lugar de escrita, Luís Cardoso mantém um cordão umbilical com Timor-Leste.

"Estava a escrever e deixei de escrever e parei quando soube dos acontecimentos de 11 de Fevereiro", com os ataques ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, conta Luís Cardoso.

O escritor analisou recentemente a situação política numa crónica chamada "A Páscoa dos Galos".

"Os protagonistas em Timor-Leste são os galos. Levamos para a política a tradição da luta de galos, em que apostamos num ou noutro. Há uma questão de personalidades que durante este tempo se foram confrontando. Os galos são figuras de muita vaidade", afirma o escritor timorense.

Nessa crónica, o 11 de Fevereiro é lido segundo o calendário religioso: Paixão, Morte e Ressurreição.

"As colonizações são violentas, as descolonizações são violentas também", cita de memória o escritor timorense.

"A violência vai-se sua atenuando com o tempo, surgindo certos picos até um momento em que se esgota completamente. Acredito nisto", conclui o escritor sobre o processo timorense.

Lusa /fim

O XANANISMO RESERVA-LHES… MUITAS SOBRAS

Blog OPINIÃO LUSÓFONA
Sexta-feira, 18 de Abril de 2008

E PARA OS TIMORENSES NÃO VAI NADA?

O Presidente Ramos Horta está de regresso às suas funções e trouxe com ele a mesma convicção que anteriormente poderá ter despoletado a tentativa do seu assassinato: eleições gerais antecipadas.

Às eleições já lá vamos. Procurarei escalpelizar o tema da forma que o vejo, mas antes importa olhar para trás e tecer algumas considerações sobre o passado mais recente.

Relativamente ao(s) atentado(s) – subsiste a dúvida sobre se a vida de Xanana foi de facto atentada – Ramos Horta estava a pedir aquilo que aconteceu. Tudo devido à promiscuidade.

Em que país do mundo se veria um PR regimentar para a sua segurança pessoal um “homem” de Reinado? Horta fê-lo.

Em que parte do mundo – legalista e democrático – se veria um PR interceder em decisões judiciais? Horta fê-lo.

Em que parte do mundo se “bate o pé” sobre uma política de alcatrão quando estão sem eira nem beira vastas dezenas de milhares de desalojados e deslocados? Horta fê-lo.

Em que parte do mundo se anda a “pedir batatinhas” aos fora-da-lei como Reinado e outros seus apaniguados? Horta fê-lo.

Em que parte do mundo se aceita a instituição eclesiástica, a Igreja, com a importância na política do país como Horta lhe dá? Horta fê-lo e continua.

Poderíamos estar aqui até amanhã a enumerar milhentas situações destas. Situações dúbias, promíscuas e desrespeitosas da Constituição por que o PR e todos se devem reger.

Horta contribuiu bastante para o clima promíscuo e confuso que teve um dos seus epílogos em 11 de Fevereiro, sendo talvez o mais grave dever saber que não pode confiar na política dos governos australianos e, por consequência, nos seus militares em Timor-Leste. Resta-lhe exigir, pelo menos agora, que eles integrem completamente a Missão da ONU com um comando único ao mais alto nível.

Tenha vindo ou não da parte da Indonésia a componente que redundou nos atentados só um ingénuo poderá convencer-se que a Austrália não tem lá o seu “dedinho”, possivelmente a mão toda! Não foi o governo australiano? Pois poderá não ter sido este governo Rudd mas sim os resquícios do governo Howard!

AS ANUNCIADAS ELEIÇÕES DE 2009Em que parte do mundo – legalista e democrático – o PR dá posse à formação de um governo exclusivamente constituído por partidos minoritários?

Olhai, mundo, para Timor-Leste, e saciai a vossa gula na originalidade de juntar quatro partidos políticos para fazer uma maioria “democrática”!

Evidentemente que a decisão de Horta era difícil. Fazer Xanana Gusmão aceitar a derrota – quando ele até declarou que não queria mais de 80% - corresponderá ao mesmo que tirar uma colmeia a um urso. Mas como Xanana não é urso, nem os resultados eleitorais ou o governo uma colmeia, o insigne Xanana Gusmão só tinha de aceitar que o partido maioritário deveria ser governo e que ele, Xanana, deveria ser oposição democrática.

Assim dito, poderá parecer que a decisão seria simples. Pois seria se… Timor-Leste fosse na Europa ou num país com um historial democrático, mas não é nem era o caso.

O que aconteceria se Horta, PR, se decidisse pelo normal, democrático e constitucional? O que aconteceria em Timor-Leste se Xanana fosse apeado do Poder depois de tanto esforço em “golpear” o Estado e pôr o país a ferro e fogo?

Evidentemente que o “golpe” continuaria e o país também continuaria a ferro e fogo.

Assim, Horta optou pelo mal menor. Deu o “brinquedo” ao menino mal comportado para que ele sossegasse.

Curiosamente, ao contrário daquilo que muitos esperavam, os arruaceiros da Fretilin não puseram o país a ferro e fogo! Então para quem “trabalharam” as “milícias” anteriormente?

Pois, está na cara que a resposta em que estão a pensar está correcta. Ou existe quem não considere que isto prova muita responsabilidade em mortes, ataques selváticos e destruições? Quem? Pois!

O actor bem andou nos “simus-malus parlapié”, mas era só uma representação. Logo de seguida publicava “testamentos de ódio” e proferia discursos incendiários, fazendo lembrar aquele treinador canino que ensina aos seus instruendos que a palavra de ataque é “está quieto!” e “paz!”.

Os maus da fita, a Fretilin, afinal, não reconhecem formalmente o governo (e bem) mas têm demonstrado quem é que respeita a democracia.

Governaram mal anteriormente? Como se pode aferir isso em cerca de três anos de governação num país totalmente em formação e tão dependente da comunidade internacional, da ONU?

Obviamente que cometeu erros. Obviamente que praticou incorrecções e injustiças. Obviamente que integrou nas suas fileiras um ou outro oportunista ou mesmo “bandido”, mas isso não seria razão para se fazer um golpe de estado e derrubar o governo!

O actual governo AMP está cheio de oportunistas, principalmente do CNRT – sabemos que é assim e Mário Carrascalão afirmou-o muito antes. Xanana sabe-o muito bem, os timorenses sabem-no, o PR sabe-o. Foi impedimento para que o governo fosse nomeado e tomasse posse?

Aquilo que parece que temos de deduzir é que Horta tomou a decisão do mal menor porque se nomeasse e empossasse um governo Fretilin, com outros partidos ou independentes, as hostes de Xanana jamais se conteriam de prosseguir na senda do país a ferro e fogo?

Horta teve de optar pela vida dos timorenses e acalmia de Díli, principalmente.

Temos assim que o governo AMP foi parido pela violência estratégica, indiscriminada, inumana, etc. Chantagem. Pura chantagem aquilo a que Horta cedeu.

A atestá-lo temos o 11 de Fevereiro.

“Vamos a eleições em 2009”, disse o PR em Janeiro. Claro que os bandidos não querem. Até poderão aceitar eleições antecipadas, agora, mas só porque a sua estratégia se gorou e tiveram de ficar muito “mansinhos” a fazer de conta que são estranhos ao plano de desestabilização do 11 de Fevereiro:

Horta morria, Xanana “escapava” e readquiria o estatuto de herói.

Descarado, infantil, muito primário… mas quase resultou.

Horta saberá a verdade?

Horta é um homem inteligente, religioso (excessivamente dependente disso em minha opinião) e de características muito humanas. Ao longo deste tempo sujeitou-se a que o vituperassem, por se sentirem traídos, em nome da sua política de procurar estabilizar Timor-Leste e evitar mortes e destruições.

Injustamente tem levado pancada dos dois lados e ele sabe disso e sabe porque lhe dão pancada.

Convém-lhe não se confrontar directamente com quem o quis matar, preferindo apontar para o lado, diversivamente. Por Timor, pelos timorenses, e por ele próprio.

Mas Ramos Horta vai “sair” de fininho de Timor-Leste. Podem crer. Alguns dos seus “matadores” estão a sentar-se à sua mesa. Ele sabe e irá escrevê-lo daqui por uma dezena de anos ou mais ainda.

A VANTAGEM DO CNRT-AMP NAS ELEIÇÕES DE 2009

As eleições de 2009, agora, irão produzir um vencedor, que será o CNRT-AMP. O receio dos xananistas em não virem a ver o CNRT como partido político mais votado vai fazer com que seja a AMP a concorrer às eleições. O PSD de Mário Carrascalão não irá estar de acordo mas o PD sim.

Perante a pressão deste facto – o PSD é o terceiro maior partido na actual AMP – o PSD não terá muito por onde escolher. Pode mesmo acontecer que o CNRT e o PD, em aliança, consigam mais votos que antes e almejarem mais de 45%. Neste cenário, o PSD é perfeitamente prescindível.

Mas dará muito jeito caso queiram – Xanana e Fernando Araújo – continuar com uma maioria parlamentar. Nesse querer, o CNRT-PD estão reféns do PSD, mas só nesse aspecto. O PSD irá acabar por ceder a uma AMP pré-eleitoral.

Deste modo, iremos ter uma Fretilin derrotada mas com tudo muito mais clarificado. O que será bom.

Não nos podemos esquecer no entanto das ambições. Fernando Araújo quer governar, não quer ser PR, agora. Ainda não.

O mesmo se passa com Xanana Gusmão. Assim, quem irá concorrer às eleições presidenciais? Mário Carrascalão com o apoio AMP e Igreja?

Poderá ser.

O problema que se põe é que existe um lugar – primeiro-ministro - para dois pretendentes: Xanana e Araújo. Fernando Araújo terá de dar tempo ao tempo e não seria curial ser PR e só depois PM, quando Xanana não tiver mais para “enganar”. Ou será que Xanana é uma fonte inesgotável de criatividade teatral? Talvez.

Também nos poderemos preparar para um Mugabe de “luvas brancas”.

Isto é uma simples conjectura. Não é uma profecia.

Muito disto não passa de uma análise com índoles futurológicas, mas são pontos a considerar. O que de tudo temos de inferir é que a Fretilin tem de saber reposicionar-se após as eleições de 2009 e aperfeiçoar o seu modo de ser oposição… sempre. Ou isso ou reciclar-se.

Urge sacudir tiques prejudiciais aos olhos dos “democratas” da globalização e encontrar a arte de cumprir ideais e objectivos com toda a abertura, com incontestável transparência, honestidade e respeito pela Constituição. Isto significa que será preciso uma Fretilin para agora e para o futuro e não uma Fretilin de ontem ou para ontem. Difícil é. Impossível não é. Esse tem sido o grande problema da esquerda em todo o mundo!A conclusão óbvia é que vamos ter um governo xananista reforçado a sair das próximas eleições.

Reforçado porque vai ser um mãos abertas a partir de agora. Os deslocados-desalojados vão ver os seus campos mirrarem e as suas habitações ou “habitações” irão aparecer. Vai ser tempo de “vacas gordas” em Timor-Leste… se decidirem ir a eleições gerais em 2009. Por um lado é muito bom porque será uma “folga” para os timorenses.

O tempo das “vacas-magras” regressará logo a seguir às eleições. A corrupção vingará, os jogos de interesse e de influências, a podridão, a ingerência estrangeira completa – ainda pior que agora.

A independência foi um sonho. Somente um sonho. Irrealizável.

A independência de Timor-Leste será sempre só aparente. Pior que agora.Gostaria de me enganar, mas estou convencido que os timorenses irão receber somente umas sobras das riquezas extraídas do seu país, nada mais. Alguns nem isso.

Ui, Timor!

A. BLAIR SMITH E MARIANO BOAVENTURA... SOBRE TIMOR


Blog Timor Lorosae Nação
Domingo, 20 de Abril de 2008

A SITUAÇÃO POLÍTICA DE TIMOR
E A POLITIQUIÇE DA VELHA LIDERANÇA TIMORENSE

Como estrangeiro que visita muitas vezes Timor-Leste, afecto aos Timorenses e acompanha o processo político de Timor-Leste, sinto-me chamado para depor aos amigos leitores, políticos e intelectuais Timorenses algumas considerações que podem ser úteis para abrir novas linhas de análise sobre a actual conjuntura política tão confusa e complexa.

Depois de atentamente acompanhar o processo político Timorense desde 1999, parece importante saltar agora a superficie pela primeira vez não para corrigir a actual leitura dos acontecimentos feito por várias individualidades, políticos ou instituçõoes, mas para reforçar as linhas de análises, já que ainda não se concluiu uma devida investigação ao 2/11th Attack e as actuais análises paracem ser superficiais ou simplistas se não tendenciosas.

Muitas especulações e comentários se ecoaram desde dia 11/2, mas é importante ter em consideração múltiplos factores e razões por de tráz do duplo ataque, para não liderar mal o public (misleading the public) em termos de informação e análize de informação.

Para muitos, e o que está a tornar como percepção pública já que a propria imprensa as vezes distorça as razões dos acontecimentos, e que foi um ataque do Alfredo Reinaldo Alves (ARA) para matar o Presidente da República e o Primeiro Ministro. Para alguns escritoires e analistas mediocres julgam logo a priori que foi um ataque encenado pelos lideres da FRETILIN ou foi um atentado orquestrado pelo Xanana, com apoio dos serviços secretos da Australia, já que este escapou a emboscada.

Todas estas especulações, para já, carecem de argumentos convincentes…

Olhando retrospectivamente, o factor que é a causa principal da crise politica-militar e social desde 2006 que culminou com o ataque de 2/11th , mas não vai parar aqui, é a crise de lideranca politica Timorense. Enquanto a velha liderança política (old guards) não se aperceberem da gravidade da actual situação devido da ‘má gestão política’ vai influenciar a mal o futuro deste joven país. A luta pelo poder político que em inglês se diz ‘power-politics’ entre os velhos lideres as vezes traduzido em ‘vingança política recíproca’ vai afectar e infectar a reconstrução e desenvolvimento do Pais.

O escritor para dar ênfase e cor a ‘má gestão politica da liderança’, pretende identificar aqui alguns factores importantes relacionados a busca de soluções aos problemas dos Peticionários que deu substância a crise de 2006 até a presente data.

Vendo bem o problema da petição foi apenas uma questão relacionada a ‘discriminação’ no seio das F-FDTL. Situação que devia ser ultrapassada dentro da propria instituição, como fenómeno semelhante já se ocorreu também no seio da PNTL, ou entre PNTL e F-FDTL. Porém a situação dos Peticionarios veio atrair a atenção e alterou o panorama político protagonizado pelo dito Primeiro Governo Constitucional liderado pela FRETILIN.

O ‘peticionismo’ foi um problema para o Comando das F-FDTL, mas era também oportunidade e serviu de ‘meio’ para os velhos lideres se ‘sacanearem’ mutuamente. O processo peticionista foi um desafio a liderança política de ambos Mari como PM e Xanana como PR. Se os dois lideres soubessem ultrapassar as querelas podiam muito bem podiam resolver os problemas-derivados do peticionismo militar. Mas deixaram o problema ganhar forma e dimensão e ser aproveitado pelos politiqueiros do PSD e politiquinhos do PD, que ingenuamente instrumentalizaram as emoções dos peticionistas para provocar o regionalismo.

Mas por de tráz da cena muito inteligentemente para não dizer astutamente, o actual PR Ramos Horta, vinha capitalizando da situação. Por ser um político-diplomata de carreira explorou bem a situação para ascender a presidência abraçando os ‘santos e os diabos’ ao mesmo tempo ou em inglês ‘dancing with the devils’.

Assim também o XG, que com declarações emocionais, de regresso da visita a Lisboa, precipitou acontecimentos fora da sua matemática política, dando dimensão ao ‘regionalismo’ orquestrado pelos politiqueiros do PSD e politiquinhos do PD e oportunistas, que contribuiram activa e astutamente para derrubar o Governo do impopular Mari que um ano antes foi contestado pela Hirarquia da Igreja Católica de Timor.

Parte da estratégia deste politiqueiros e politiquinhos era incriminar o Comando das F-FDTL face ao peticionismo, mas esqueceram que foi a historia da luta de libertação é que conferiu aos actuais oficiais militares (TMR, Lere, Sabika, Falur, Maunana, Aluk, Ular e tantos outros) o Comando das FALINTIL-FDTL.

O autor nesta curta explanação a seguir, pretende chamar a atenção aos leitores, políticos e intelectuais Timorenses da nova geração, para fazer uma análise retroactiva e identificar as causas.

O PSD é uma reconfiguranção da moribunda UDT, é tanbém uma réplica do PSD de Portugal e o membros Dirigentes do PD são descendentes da defunta Apodeti, que julgaram aproveitar da Democracia em Timor Leste reafirmar as suas posições e influências políticas, influenciando as estruturas militares e policiais. Foi esta estratégia que deu forma e dimensão ao peticionismo militar.

Tal estrategia foi absorvida pela estratégia do Xanana e dos Veteranos. É preciso ter em conta que XG permanece como uma figura credível no seio dos Veteranos, embora debilitado devido dos ataques e confrontações por ingenuidade política do Mari Alkatiri, Ana Pessoa, etc...conhecido por grupo de Maputo. Falando de figuras, XG tem também as culpas no cartório, mas ao lado dos Veteranos da Resistência é um bom estratega Timorense.

Os irmãos ‘Carrascalão’ no passado viram os Indonésios como aliados tácticos para esmagar a FRETILIN, mas o tempo veio repor a verdade. No passado recente, aliaram se tácticamente a ASDT, viram no Horta um aliado estratégico e XG um aliado táctico para debilitar a FRETILIN.

Últimamente mudaram de posições, tencionam aliar tacticamente ao Mari, convencer o RH para aceitar as ‘eleições antecipadas’ e afastar o Xanana da senda política Timorense – estratégia de alguns Portugueses também. O Mario Carrascalão, até já está a opor ao ‘Joint Operation’, e descriminar as FALINTIL-FDTL, de serem forças de lorosa’e, e adiantou que a operação pode criar uma Guerra Civil. Pior ainda, nos corredores do Royal Hospital de Darwin, familias dos ‘Carrascalão + Horta’ estão lançar poeiras de que o PR RHorta foi alvejado à traição pelas F-FDTL.

Os políticos e intelectuais Timorenses devem condenar os ataques de 2/11th e assumir uma consciência mais nacionalista e estadista, evitando tendências regionalistas que podem incentivar novos conflitos horizontais, como lorosa’e vs loromonu, porque os benificiários não seriam de certeza Timorenses ou o Povo de Timor.

BENEFICIÁRIO E VÍTIMA DA CRISE

Nacionalmente, desde o surgimento do peticionismo em 2006 até 10 de Fevereiro de 2008, Ramos Horta foi, se não único, o lider benificiário da crise política. Apresentou-se como ‘peace maker and lover’, foi o único líder e membro senior do I Governo, PM do II Governo, Candidato a PR no decorrer do III Governo e PR/Chefe do Estado no IV Governo mais próximo do então ARA e Peticionários. Então aqui podemos levantar questões importantes e relacioná-las com o ataque de 2/11th. Uma análise cuidadosa e não simplista, quer para investigação de factos, ou para pesquizas políticas, por quem quer que seja nacionais ou internacionais terão que a priori questionar o seguinte:

1. Será que o ARA e o seu grupo veio para atacar e matar o PR Ramos Horta?

2. Qual seria o beneficio que ARA poderia extrair matando o PR, o homem mais chegado ao ARA?

3. Porque é que o Ramos Horta decidiu, muito negligentemente, voltar a residência, sabendo de ante-mão que 15-20 minutos antes houve tiroteio na residência?

4. Não será que houve algum compromisso por de trás das cenas, entre o PR Ramos Horta e ARA, como tal convenceu o ARA descer das montanhas a Meti-Aut e precipitar as acções, sem conhecimento das forças de segurança?

5. Tendo em conta as condições geográficas e topográficas da localidade Meti-Aut/Residência do Presidente e Balibar, qual é a natureza da operação? Operação Suicidas? Operação de diversão? Operação de Sequestro pre-meditado? Operação dupla/combinada de sequestro antecipado ao PR e assassinato ao PM XG?6. Uma operação de ‘Decapitação do Estado’, motivado por interesses de segundos e terceiros?

Respostas simples podem ser dadas as poucas questões acima referidas, mas nem sempre são correctas e verdadeiras porque o ARA está acabado.

Se matar o PR Ramos Horta era a única intenção motivadora do plano, então ARA podia muito bem matar o RH, em qualquer lado do país, não necessariamente em Meti-Aut, porque os riscos são elevados. Se foi esta a intenção e o plano do ARA liquidar o PR na sua residência, então afinal o ARA não era um militar profissional, como muitos julgam, porque subestimou a situação.

Uma hipótese embora subjectiva, e vai permanecer subjectiva devido da ausência do ARA, mas é importante considerer em qualquer análize, seria – os ataques de 2/11th foi uma operação dupla/combinada de sequestro antecipado ao PR Ramos Horta homem mais chegado ao ARA e assassinato ao PM XG.

Se esta meta fosse alcançada, de certeza para ARA, estaria em posição de alterar o cenário politico em seu favor, forçaria o PR como Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, reconhecer o seu estatuto militar. Porque a situação e posição do ARA e o seu grupo, estava cada vez mais enfraquecida, porque o PM XG, tinha e tem o poder e capacidade de iniciativas para ‘encostar um inexperienciado ARA entre parede e espada’.

O exemplo é o acantonamento de Aitarak-laran, foi uma iniciativa que de facto dividiu os peticionários-frustrados que se arrependeram por seguir o Salsinha e ARA os politiqueiros do PSD e PD incluindo o Fernando ‘Lasama’, e hoje estão a entregar-se massiçamente.

A hipótese de potências estrangeiras ou a FRETILIN estar por de trás do plano abortado, carece de elementos convincentes.

Quer os Estados Unidos da América ou quer a Austrália, potências com interesses estratégicos no ‘corredor maritimo de Timor’ e na região, não beneficiariam em nada com as mortes de ambos RH e XG. Os EUA como também a Australia viram e viriam com bons olhos o RH e XG no poder, do que a FRETILIN ou os irmãos Carrascalão. A não ser Portugal, um pequeno País da União Europeia, que tem interesses em Timor-Leste, gosta(ria) de ver um Ramos Horta debilitado e XG ‘out of politics’, o último por estar casado com uma Australiana.. Porque a Australia permanece como uma ameaça real aos interesses estratégicos de Portugal em Timor Leste. Para Portugal, com um Mari e a FRETILIN de regresso ao, ou os Carrascalões no, poder, seria um alivio, pois os Portugueses poderiam jogar as cartas por trás destes ‘velhas guardas’ como sempre tinham feito. A hipótese de ‘eleições antecipadas’ favoreceria mais Portugal do que Australia ou EUA. Embora esta é uma situação relativa, porque a Australia como potência regional assume e goza de uma posição de ‘vantagem estratégica’ (strategic advantage), devido da proximidade geográfica e capacidade económica e financeira.

Sob o ponto de vista político, a aproximação de posições entre: Mari, Ana Pessoa, Mário Carrascalão mais o Ramos Horta, últimamente mais chegado a União Europeia do que EUA, sobre a matéria de ‘eleições antecipadas’, nos últimos dias, é um precedente novo no processo político Timorense.

Não só, a convergência de posições entre a FRETILIN liderada for Mari, PSD do Carrascalao, PD e Manuel Tilman etc… sobre a necessidade de uma Comissão Internacional de Inquérito Independente, sem incluir os países membros que têm as tropas em Timor-Leste, também é uma exigência que necessita atenção e apreciação.

Os politicos-estratégas portugueses da Esquerda como da Direita após uma estimativa política à actual conjuntura Timorense apostariam de certeza para uma eleição antecipada, para manter o status quo em favor da influência lusófona. Esta opção estratégica vai continuar a polarizar as relações e interacções políticas no placo político Timorense entre os Conservadores (a velha geração ainda previlegiada pelo Estado Português) vs os Progressistas/Liberais, Nacionalistas (a nova geração). Mas o que não deve ignorar por quem quer que seja é que - o panorama político doméstico Timorense, parece exigir mudança de pensamentos e comportamentos quer a curto ou a longo prazo para permitir esta joven nação-estado se conformar com a dinâmica politica e económica regional e global. A velha liderança Timorense, que outrora era revolucionária/progressista/liberal etc… e agora conservadora, não pode continuar a prender-se ao passado, ao saudosismo e sentimentalismo. Acredito que existe neste momento em Timor-Leste uma nova geração de gentes com visão, dinámica e creatividade para conduzir Timor-Leste neste novo milénio prenhe de muitos enormes desafios…

Uma breve síntese - Ramos-Horta foi o beneficiário principal da crise politica militar de 2006, que vitimou centenas de milhares de familias Timorenses e no fim tornou-se vítima das suas próprias ambições políticas, através de uma operação de ‘decisão-rápida militar’ embora mal executada. Esta operação deve ser condenada não politizada, os autores directos e indirectos tais como os politicos e intelectuais que deram protecção aos peticionários e o grupo do ARA+Salsinha devem ser processados, julgados e punidos para corrigir de vez a cultura de impunidade que está ganhando dimensão em Timor-Leste.

A.B. Smith - Analista de Informação, Política e Militar

MARIANO BOAVENTURA CONCORDA MAS...

Meu Caro Conterrâneo A. Blair Smith,

Concordo, em grande parte, consigo, na sua leitura dos acontecimentos de 11 de Fevereiro passado, em Timor-Leste.

Contudo, penso que devo acrescentar-lhe mais os seguintes:

O Major Alfredo Reinado tinha sido morto antes de PR Ramos-Horta ter sido baleado;

O Plano da ida ou do assalto do Major Alfredo Reinado à residência do PR Ramos-Horta terá sido, de certeza, acompanhado ao milímetro, pelos Serviços Secretos, sejam eles Australianos, Indonésios, Portugueses ou Americanos;

Concordo consigo quando disse que "quer os Estados Unidos da América quer a Austrália, Potências com interesses estratégicos no 'Corredor Marítimo de Timor' e na Região, não beneficiariam em nada com as mortes de ambos RH e XG. Tanto os EUA como a Austrália, ambos, viram e viriam com bons olhos o RH e XG no poder, do que a FRETILIN.

Pegando nas suas palavras, penso que também deve concordar comigo que as referidas Potências também não viam com bons olhos e não iam beneficiar em nada com os permanentes ATAQUES FERROZES e ACUSAÇÕES CONTINUADAS do Major Alfredo Reinado, nos últimos meses, antes da sua morte, à PM Xanana Gusmão, o alicerce principal da actual Aliança Governativa, o que poderia mesmo colocar em risco um governo que tanto Camberra sonhava ver na RDTL.

Com tudo isto, pergunto, se há ou não razões para suspeitarmos os Serviços Secretos Estrangeiros na Área de estarem por detrás dos atentados de 11 de Fevereiro passado?

Quem é que está, hoje, contente e aliviadíssimo, com a morte de Major Alfredo Reinado? A FRETILIN que, através do seu Secretário-Geral, dizia que tinha com Major Alfredo Reinado, convergência de objectivos? Ou a actual Aliança Governativa, concretamente, PM Xanana Gusmão que, nos últimos meses, antes do atentado, Major Alfredo Reinado escolheu como seu inimigo NÚMERO UM?

Uma coisa, eu tenho a certeza, se não foi UMA OBRA INTELIGENTE dos Serviços Secretos na Área, então, de um SER SUPERIOR que, a par da poderosa vizinha Austrália, também viu, ultimamente, no Major Alfredo Reinado, uma AMEAÇA cada vez REAL ao actual Governo de Coligação chefiado por um homem que Camberra sempre quis ver ao lado de RH no comando dos destinos de TL.

Se não fosse aquele erro cometido pelo Pessoal de Segurança de não ter levado PR para um lugar seguro, depois de terem ouvido os tiroteios na residência do PR, estaríamos hoje perante uma EXECUÇÃO PERFEITA de um PLANO DE ELIMINAÇÃO que só é possível pelos Poderosos de Alta Tecnologia.

Infelizmente começa a tornar-se um hábito em TL em que a JUSTIÇA só existe para os fracos, enquanto para os fortes/poderosos, A CULPA MORRE SEMPRE SOLTEIRA.

Mariano Boaventura

SAIBA QUEM É O ESCRITOR TIMORENSE LUÍS CARDOSO

Blog Timor Lorosae Nação

Segunda-feira, 21 de Abril de 2008

Luís Cardoso de Noronha é um dos mais importantes escritores timorenses. Nasceu em Cailaco, vila do interior de Timor-Leste.

Como o seu pai era falante de mambai e a sua mãe de lacló, em casa adoptaram como língua corrente o tétum-praça. Luís Cardoso estudou nos colégios missionários de Soibada, Fuiloro e no Seminário de Dare. Quando se deu a revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal frequentava o Liceu Dr. Francisco Machado em Díli, vindo posteriormente a prosseguir os seus estudos em Portugal.

Não esteve presente na guerra civil e na posterior invasão indonésia, tendo concluído os seus estudos, no exílio. Formou-se em Silvicultura pelo Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, onde tomou conhecimento das obras científicas e poéticas de Ruy Cinatti que o ajudaram a fazer a viagem de regresso ao mundo físico e sobrenatural de Timor-Leste.Desempenhou as funções de representante do Conselho Nacional da Resistência Maubere, entre outras actividades como as de contador de histórias timorenses, cronista da revista Fórum Estudante e professor de Tétum e Língua Portuguesa nos cursos de formação especial para timorenses.

Luís Cardoso escreveu: Crónica de uma travessia – A época do ai-dik-funam (1997); Olhos de Coruja, Olhos de Gato Bravo (2001); A última morte do Coronel Santiago (2003); Requiem para o navegador solitário (2007).

Veja mais em: WIKIPÉDIA

TNI and Timor Leste military to establish defense cooperation

04/22/08 00:31

Jakarta (ANTARA News) - Indonesian Defense Forces (TNI) Chief General Djoko Santoso said his side and Timor Leste Armed Forces planned to establish a defense cooperation in improving security in the two countries` border region.

"We will hold talks on the substance of whether it will cover education, contacts or securing the border regions," Djoko said after opening a joint military exercise in the military airbase of Halim Perdanakusumah here Monday.

He said that the military policy on Timor Leste in patrolling the two countries` border regions would have a bearing on the government`s political policy.

"What is being done and what will be done is based on political powers, while foreign policy covers civilian authority," he said.

The military top man further said that till now there was nothing special after the shooting of President Ramost Horta and the Prime Minister of Timor Leste.(*)

Tradução:

TNI e força militar de Timor-Leste vão estabelecer cooperação na defesa

04/22/08 00:31

Jacarta (ANTARA News) – O General Chefe das Forças de Defesa Indonésia (TNI) Djoko Santoso disse que o seu lado e as Forças Armadas de Timor-Leste planeiam estabelecer uma cooperação de defesa para melhorar a segurança na região da fronteira dos dois países.

"Vamos ter conversas na substância de se isso cobrirá educação, contactos ou protecção das regiões da fronteira," disse Djoko depois de abrir um exercício militar conjunto na base aérea militar de Halim Perdanakusumah aqui na Segunda-feira.

Ele disse que a política militar em Timor-Leste em patrulhar as regiões de fronteira dos dois países terá uma influência na política do governo.

"O que está a ser feito e o que será feito tem por base poderes políticos, enquanto a política estrangeira cobre a autoridade civil," disse ele.

O homem de topo das forças militares disse ainda que até agora nada houve de especial depois dos disparos contra o Presidente Ramos Horta e o Primeiro-Ministro de Timor Leste.(*)

Adiada presença de Ramos-Horta no Parlamento timorense

Público, 21.04.2008 - 11h01 Lusa

O Presidente de Timor-Leste, Ramos-Horta, adiou para quarta-feira o seu discurso no Parlamento Nacional que estava marcado para hoje.

Maria Paixão, deputada e vice-presidente do Parlamento, anunciou o adiamento para a próxima quarta-feira do discurso de José Ramos-Horta, avança a RTP.

Maria Paixão não apresentou uma razão para este adiamento declarando apenas que a presença de Ramos-Horta no Parlamento não se concretizava por impedimento do Presidente, mas sem avançar qual.

Ramos-Horta regressou a Timor-Leste na passada quinta-feira, depois de ter estado mais de dois meses em Darwin, na Austrália, onde recuperou do ataque de que foi alvo junto à sua residência em Díli, no passado dia 11 de Fevereiro.

José Ramos-Horta já esteve no Parlamento após o seu regresso a Díli, mas apenas para uma curta intervenção que assinalou o seu regresso à chefia do Estado.

A Paz regressará - * Celso Oliveira, poeta timorense, a viver em Londres. in FORUM HAKSESUK

Sunday, April 20, 2008

Com o regresso do Presidente da República José Ramos Horta a Timor Leste, dia 17 passado, e o plano da rendição do último grupo de rebeldes, liderado por Gastão Salsinha, previsto para o próximo mês (após ter chegado o Presidente da República, Ramos Horta), tenho a certeza de que a paz e o desenvolvimento regressarão a Timor Leste.

Na minha qualidade de cidadão timorense que vive fora de Timor, tenho apenas um sonho: que haja verdadeira paz e desenvolvimento em Timor. Isto porque, depois de tantos anos de luta, muitos sofreram e morreram. Basta lembrar o sofrimento do povo de Timor, durante o tempo da ocupação indonésia. Hoje em dia, o povo merece viver em normalidade, tranquilidade, com uma boa governação.

É importante manter vigilância na área da defesa e segurança nacional. Depois de ter analisado muitos documentos, relatos e informações que circulam na Internet, após o atentado na segunda-feira negra de 11.02.08, contra o Presidente da República e o Primeiro Ministro, Ramos Horta e Xanana Gusmão, percebi que a questão da maturidade política dos líderes políticos timorenses merece a atenção de todos os timorense e deve ser criticada por todos nós. Também percebi que o povo de Timor foi destruído e manipulado durante muitos anos. Hoje em dia, é fácil manipular o povo. Basta fazer-lhes uma boa promessa e, é claro, o povinho fica convencido! Tenho muita pena que assim seja.

Os dois líderes, Ramos Horta e Xanana Gusmão, já assumiram as suas culpas. Eles fazem parte desta responsabilidade. Eles brincaram demasiado com a situação. E nós? Todos nós fazemos parte desta responsabilidade? Acho que sim. Cada um tem a sua quota de responsabilidade.

É bom lembrar que eu coloquei, muitas vezes, a questão da responsabilidade da geração velha (a geração que começou o projecto da guerra) perante a geração nova e geração actual.

E agora, quem é que vai assumir a responsabilidade daqui para frente? É claro que nós. Os filhos do crocodilo. Nesta fase tão difícil que se vive, neste momento, Timor Leste precisa de um governo de UNIDADE NACIONAL. Foi esta frase que eu ouvi, quanto andava na clandestinidade. Foi esta frase que ouvi nas promessas dos líderes políticos, tanto da Fretilin, como da UDT, dos líderes religiosos, juventude, entre outros. Foi esta promessa que o povinho fez, quando marchava, em silêncio, em busca da liberdade, verdade, reconciliação e paz.
Eu já escrevi uma frase num dos meus livros: "meu pai morreu nas mãos dos seus maun-alin, camaradas, revolucionários. Meu pai morreu não por querer dele mas por querer dos outros. E eu só quero paz".

O Presidente da República, José Ramos Horta e o Primeiro Ministro, Xanana Gusmão são figuras chave em busca da paz e desenvolvimento em Timor Leste. São líderes políticos que colocam o interesse nacional acima do interesse pessoal, de grupo, ou partidário.

A paz e o desenvolvimento regressarão a Timor Leste. Tenho a certeza. Caso isso não aconteça, vamos lutar por esses valores.
Seja bem-vindo, novamente, a Timor Leste, lutador pela paz, José Ramos Horta! O povo está contigo.

* Celso Oliveira, poeta timorense, a viver em Londres.

Convite para a festa de apresentação do Grupo de Jovens Timorenses LIAN BURAS

Lisboa, 18 de Abril de 2008

Caríssimo/a,
É com enorme prazer que viemos, por este meio, convida-lo/a a assistir a Apresentação do Grupo de Jovens Timorenses, LIAN BURAS, que terá lugar no próximo dia 3 de Maio de 2008, a partir das 18h, nas Instalações do Instituto Português da Juventude (IPJ), em Moscavide, cuja entrada é de 3 € por pessoa, sendo gratuito/a para menor de quinze anos.
A apresentação decorrerá da seguinte forma:

Horas: 18h
Apresentação
Danças Tradicionais Timorenses
Projecto Lian Buras
Local: Auditório

Horas: 19:30h ás 21h
Jantar com Iguarias Típicas de Timor
Horas: 21h ás 23h
Abertura da sala para dança
Horas: 23h
Encerramento da apresentação.
Local: Galeria

Atenciosamente guardamos a sua honrosa presença.
Com os melhores cumprimentos.
A Direcção do Grupo
Madalena Pereira e Vanessa Sereno

Contactos:
E-mail: lian.buras@gmail.com ou lian_buras@hotmail.com
Tel.: 963.703.493; 963.251.972; 969.287.387.

Australia expands its continental shelf

AAP
Monday Apr 21 19:52 AEST

Australia has secured a potential oil and gas "bonanza" after netting an extra 2.5 million square kilometres of seabed.

Exploration has already taken place in some of the areas that could potentially deliver the nation billions of dollars worth of oil and gas reserves and help secure its energy future.

The extension to Australia's territorial jurisdiction stems from the findings of a United Nations commission on the limits of the continental shelf and the ratification of the 1982 Convention on the Law of the Sea.

The decision gives Australia the rights to whatever exists on the seabed in the area, including oil and gas, and biological resources such as micro-organisms that could potentially be used to develop medicines.

Resources Minister Martin Ferguson said he could not put a figure on the potential oil and gas reserves contained in the areas, but that it was a major boost to Australia's offshore resource potential.

"The truth of the matter is that they have been hardly explored," he said.

"This is potentially a bonanza. We have got unknown capacity up there."

Mr Ferguson said the UN decision means Australia now has jurisdiction over an area of the continental shelf that is almost five times the size of France, 10 times the size of New Zealand and 20 times the size of the United Kingdom.

He said the decision also improves Australia's chances of securing its energy future, and that of other nations.

"As you can appreciate when you sit down and talk to countries such as Japan, Korea, India and China the big issue they want from us is security of supply and that goes to the energy security debate," he said.

"We do need to find another Bass Strait or alternatively develop alternative fuels, such as gas-to-liquids and coal liquids, because the issue of energy security goes squarely to the question of transport fuels."

But the government has again ruled out exploration of the Antarctic mainland and waters around it.

"We have always acknowledged the Antarctic treaty and already have locked in as a nation no minerals exploration in that Antarctic region," Mr Ferguson said.

He also ruled out exploration of McDonald Island, west of Antarctica.

"We've always as a nation basically treated that as off-limits."

Mr Ferguson was unable to put a timeline on when oil companies might begin mining the seabed for oil or gas deposits.

However, some "pre-competitive" exploration has already taken place, revealing the areas included in the extended jurisdiction have the potential to yield some major gas and oil finds.
Geoscience Australia geologist Mark Alcock, who was the project leader for the Law of the Sea and Maritime Boundaries Project, said the Great Australian Bight, Lord Howe Rise, south west of Lord Howe Island, and the Wallaby and Exmouth Plateaus all had mining potential.

"Surveys are being undertaken in the Lord Howe Rise region ... looking at the petroleum prospectivity of the seabed in that area," he said.

"It's one of the areas Geoscience Australia has been looking at for this pre-competitive work ... (and) there are similarities with areas that oil has been found in closer to Australia."
Mr Alcock said that of greenfield areas that had been explored, the Great Australian Bight was considered to be quite "prospective".

"The Great Australian Bight has been looked at to some extent (and) is probably considered a little more prospective than Lord Howe Rise - it's a bit more conventional as a place to find oil," he said.

"There's evidence in particular that there are source rocks in the region, rocks that will produce oil ... it's in fact there's very large pile of sediments and you find oil in these sediments."

He said the Wallaby and Exmouth Plateaus in the west also had potential.

"They're areas that are lying west of the big gas fields that are found in Western Australia. The Exmouth Plateau in particular is considered prospective, obviously because it's a major gas province in the in-shore."

Mr Alcock said it was possible that some of the areas under pre-competitive exportation could go to tender within the next couple of years.

©AAP 2008

Tradução:

A Austrália expande a sua plataforma continental

AAP
Segunda-feira Abr 21 19:52 AEST

A Australia assegurou um potencial "bonanza" de petróleo e de gás depois de ter aprisionado 2.5 milhões de quilómetros quadrados extra de fundo do mar.

Já começou a exploração nalgumas das áreas que podem potencialmente dar à nação biliões de dólares de valor de reservas de petróleo e gás e ajuda a assegurar o futuro da sua energia.

A extensão da jurisdição territorial da Austrália deriva de conclusões duma comissão das Nações Unidas sobre os limites da plataforma continental e a ratificação da Convenção sobre a Lei do Mar de 1982.

A decisão dá à Austrália os direitos sobre o que quer que exista no fundo do mar na área, incluindo petróleo e gás, e recursos biológicos tais como micro-organismos que possam potencialmente ser usados para desenvolver medicamentos.

O Ministro dos Recursos Martin Ferguson disse que não pode pôr um número no potencial de reservas de petróleo e de gás contido nas áreas, mas que isso era um grande impulso para o potencial de recursos offshore da Austrália.

"A verdade da questão é que pouco foram exploradas," disse ele.

"Isto é uma bonanza potencialmente. Obtivemos capacidade desconhecida lá."

O Sr Ferguson disse que a decisão da ONU significa que agora a Austrália tem jurisdição sobre a área da plataforma continental que tem quase cinco vezes o tamanho da França, 10 vezes o tamanho da Nova Zelândia e 20 vezes o tamanho do Reino Unido.

Disse que a decisão melhora também a possibilidade da Austrália assegurar o futuro da sua energia, e o de outras nações.

"Como podem apreciar quando nos sentamos e falamos com países como o Japão, Coreia, Índia e China a grande questão que eles querem de nós é segurança de abastecimento e o mesmo se diz do debate da segurança energética ," disse.

"Precisamos de descobrir um outro Estreito Bass ou em alterna desenvolver alternativas ao combustível tais como gás liquefeito e carvão liquefeito, porque a questão da segurança energética vai directamente para a questão do combustível de transportes."

Mas o governo mais uma vez descartou a exploração da terra firme da Antarctica e das águas à sua volta.

"Sempre reconhecemos o tratado da Antárctica e como nação já encerrámos (a questão) de não haver exploração de minérios nessa região da Antárctica," disse o Sr Ferguson.

Ele descartou também a exploração da Ilha McDonald, a oeste da Antárctica.

"Como nação basicamente sempre tratámos isso como fora dos limites."

O Sr Ferguson não foi capaz de indicar um calendário sobre quando podem as companhias petrolíferas começar a explorar o fundo do mar para depósitos de petróleo e gás.

Contudo, já ocorre alguma exploração "pré-competitiva", revelando que as áreas incluídas na jurisdição extendida têm o potencial para dar lucros a alguns dos maiores fundos de gás e petróleo.O geologista Mark Alcock da Geoscience Australia, que foi o líder de projecto para o Projecto das Fronteiras Marítimas da Lei do Mar, disse que o Great Australian Bight, Lord Howe Rise, sudoeste da Ilha de Lord Howe , e o Wallaby e Exmouth Plateaus todos têm potencial de exploração.

"Estão a ser feitas pesquisas na região do Lord Howe Rise ... à procura da possibilidade de petróleo no fundo do mar dessa área," disse.

"É uma das áreas que a Geoscience Australia tem andado a analisar para este trabalho pré-competitivo ... (e) há semelhanças com áreas onde se descobriu petróleo e gás mais perto da Austrália."O Sr Alcock disse que das áreas de campos verdes que foram exploradas, a Great Australian Bight foi considerada ter bastante "potencial".

"O Great Australian Bight tem sido analisada nalguma extensão (e) é provavelmente considerada com um pouco de mais potencial do que Lord Howe Rise – é um local um pouco mais convencional para encontrar petróleo," disse ele.

"Há evidência, em particular há fonte de pedras na região, pedras que produzirão petróleo ...de facto há grandes montes de sedimentos e encontra-se petróleo nesses sedimentos."

Disse que Wallaby e Exmouth Plateaus no oeste tinham também potencial.

"Há áreas a oeste dos grandes campos de gás que foram descobertas na Austrália do Oeste. Em particular o Exmouth Plateau é considerado com potencial, obviamente porque é uma grande província de gás in-shore."

O Sr Alcock disse que era possível que algumas das áreas sob exportação pré-competitiva podem ir a leilão dentro do próximo par de anos.

©AAP 2008

New boats under fire

The Australian
Mark Dodd April 22, 2008

EAST Timor's opposition Fretilin party has demanded the Xanana Gusmao-led Government explain the unbudgeted purchase of two Chinese-made patrol boats for $28 million - almost twice the impoverished country's annual defence allocation.

It is understood there was no consultation between East Timorese defence officials and Australian defence advisers in Dili regarding the purchase.

Senior Australian defence officials say the decision caught them by surprise and they have questioned the suitability of the vessels.

Senior Fretilin official Jose Teixeria told The Australian the purchase was unbudgeted and raised fears the nation's petroleum fund would be used to cover the cost.

"From a legal point of view, as well as from a transparency point of view, it is necessary to have these (boats) budgeted first; then you go out and seek to purchase," he said.

Tradução:

Novos barcos sob fogo

The Australian
Mark Dodd Abril 22, 2008

A Fretilin, partido da oposição de Timor-Leste pediu que o governo liderado por Xanana Gusmão explique a compra não orçamentada de dois barcos patrulha feitos na China por $28 milhões – quase duas vezes a alocação anual da defesa do empobrecido país.

Entende-se que não houve nenhuma consulta entre autoridadesda defesa Timorense e conselheiros da defesa Australiana em Dili relativa à compra.

Autoridades de topo da defesa Australiana dizem que a decisão os apanhou de surpresa e questionaram a qualidade de combinável dos navios.

O líder da Fretilin José Teixeira contou ao The Australian que a compra não está orçamentada e levantou receios que seja usada para cobrir o custo o fundo do petróleo da nação.

"Dum ponto de vista legal bem como do ponto de vista da transparência é necessário ter primeiro esses (barcos) orçamentados; depois sai-se e procura-se a compra," disse ele.

ABC News
By Anne Barker
Posted 9 hours 33 minutes ago

East Timor President Jose Ramos-Horta wants a full inquiry into how the former rebel leader Alfredo Reinado obtained nearly $1 million, which is deposited in a Darwin bank account.

The President has revealed that Reinado, who led the attack on Dr Ramos-Horta's home in February, had $800,000 in a joint account with his lover, an Australian Timorese woman Angelita Pires.

Reinado was killed in the shoot-out but Ms Pires was later arrested and is still under house arrest in Dili .

Dr Ramos-Horta says he will not rest until he finds out who gave Reinado the money.

"Alfredo Reinado - an army deserter, involved in destabilising the country, he managed to get a million dollars," he said.

"We will find out who gave the money - that we will go to the very bottom of the truth, otherwise I will take the matter to the [United Nations] Security Council in New York."

Tradução:

ABC News
Por Anne Barker
Postado há 9 horas 33 minutos atrás

O Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta quer um inquérito completo sobre como é que o antigo líder amotinado Alfredo Reinado obteve perto de $1 milhão que está depositado numa conta bancária em Darwin.

O Presidente revelou que Reinado, que liderou o ataque à casa do Dr Ramos-Horta em Fevereiro, tinha $800,000 numa conta conjunta com a sua amante, uma Australiana Timorense, Angelita Pires.

Reinado foi morto no tiroteio mas a Srª Pires foi mais tarde presa e continua em prisão domiciliária em Dili .

O Dr Ramos-Horta diz que não descansará até se descobrir quem é que deu o dinheiro a Reinado.

"Alfredo Reinado – um desertor das forças armadas, envolvido na desestabilização do país, conseguiu obter um milhão de dólares," disse ele.

"Descobriremos quem deu o dinheiro – para isso iremos mesmo ao fundo da verdade, de outro modo levarei a questão ao Conselho de Segurança [Nações Unidas] em Nova Iorque."

Marines da América com "amigos australianos" no Mundo Perdido

** Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa, em Díli **

Díli, 20 Abr (Lusa) - Fatulia, perto de Venilale, a sul de Baucau, Timor-Leste, recebeu durante uma semana uma centena de "marines" dos Estados Unidos, que reconstruíram uma escola e prestaram consultas médicas.

A obra foi, em primeiro lugar, dos fuzileiros norte-americanos, mas teve a contribuição directa das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), estacionadas em Timor-Leste, sob comando australiano.

"Amigos americanos" dos "amigos australianos" de Timor-Leste apresentaram-se sábado de manhã à população de Uaitubonu, uma das quatro aldeias que integram o suco [freguesia] de Fatulia.

Dezenas de crianças esperavam os dois helicópteros que, de Díli, levaram as delegações das ISF e da Embaixada dos EUA.

Os "marines" dos EUA fazem parte de uma unidade estacionada em Okinawa, no Japão.

"Assim que chegaram aqui, apesar de terem trazido armas, os 'marines' viram que estavam entre amigos", afirmou o número dois da embaixada dos EUA em Díli, Henry M. Rector.

"Estamos especialmente felizes por ajudar a reconstruir esta escola porque educar os vossos filhos é algo importante para o futuro deste país", acrescentou o diplomata dos EUA perante uma multidão onde predominavam as crianças, os velhos e as mulheres.

Fatulia, entre as montanhas do Mundo Perdido e de Matebian, fica no coração de uma região muito atingida durante a ocupação indonésia.

"Timor-Leste independente é um país muito jovem, mas esperamos que o que fizemos hoje vos tenha mostrado que este país tem amigos longe, por todo o mundo, que vão estar ao vosso lado agora e no futuro", disse ainda Henry M. Rector.

Um grupo de seis violas, dois cavaquinhos de fabrico modesto e um velho violino receberam os convidados com hinos e canções nostálgicas.

Okinawa, no Japão tropical, "é uma espécie de Porto Rico" onde a vida é mais distendida, explicava um "marine".

"Os japoneses são os alemães do Oriente", acrescentou o mesmo oficial, explicando a distância entre o Japão organizado e moderno e quase tudo o que conhece no Sudeste Asiático: Cambodja, Indonésia, Filipinas.

Timor-Leste, "sim, é capaz de ser o sítio mais remoto onde já estivemos", contaram alguns "marines" e marinheiros do Batalhão de Logística de Combate 31 da 31ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros à Agência Lusa.

Em Uaitubonu, onde a equipa médica do "31rst MEU" assistiu largas centenas de pessoas, havia uma mulher idosa que estava cega de uma vista "porque o olho estava tapado pela inflamação do rosto por causa de uma cárie", contou a soldado Ayessa Toler, responsável da equipa clínica.

Havia também um homem com um cancro da bexiga, "em estado terminal, que nunca foi assistido", "muitos problemas dentários", gangrenas com origem em feridas sem importância que não foram limpas, e "também um caso de tuberculose".

Os responsáveis civis e militares pela obra dos "marines" desfilaram perante a aldeia.

"Espero que tenham visto a forma como os nossos 'marines' americanos trabalham de perto com os nossos grandes amigos australianos. É o género de amizade que queremos também ter convosco", concluiu o diplomata dos EUA.

Fatulia é um das dezenas de locais que, em todo o país, são abrangidos pelo Programa de Cooperação de Defesa australiano, posto em prática para que as ISF (forças de estabilização internacionais) transmitam capacidade específica às Forças de Defesa timorenses em áreas como a engenharia ou a logística.

Um projecto semelhante é entregue em Hera, próximo de Díli, na próxima terça-feira.

A presença dos "marines" em Fatulia "partiu do desejo dos EUA de conseguir usar as suas forças de defesa e de se envolver em países de maneira positiva, dando a assistência possível para desenvolver a capacidade da nação anfitriã", explicou à Lusa o adido-militar norte-americano em Díli, Ron Sargeant.

"Em última análise, estas acções contribuem para um ambiente seguro e esse é o objectivo principal", acrescentou o oficial dos "Rangers" norte-americanos.

Actualmente, os EUA não têm tropas estacionadas em Timor-Leste, mas entre 2000 e 2002 esteve no país a Equipa de Apoio Americana a Timor-Leste.

A escola de Uaitubonu estava degradada pelas chuvas.

Luís Aparício, administrador distrital de Baucau, anfitrião da cerimónia de entrega da escola, tem um poema sobre a natureza pacífica da região.

"Se não sabem, venham até cá para conhecer a terra de Baucau/ Não pensar só mal de nós/ Pois aqui há água/ Não só fogo", traduz Luís Aparício para a Lusa, do original em tétum.

Atrás dele e do poema, levanta-se a voz mais alta de um helicóptero "Iroquois" que devolve a Díli o comandante das ISF, brigadeiro-general James Baker.

"Este é o futuro de Timor-Leste: as ISF trabalhando com o povo timorense, ajudando a construir infra-estruturas, boas instituições infantis e juvenis, para que Timor prospere", disse o comandante australiano.

"As pessoas são as mesmas, sejam timorenses, australianos ou americanos", disse o responsável da unidade norte-americana em Fatulia, tenente-coronel Stuart Lockhart.

"A escola fica aqui, lembrando o que nós, os EUA, e os nossos amigos australianos podemos dar-vos e que vocês recordarão", explicou o oficial, que ofereceu dois caixotes de material escolar e algumas bolas de futebol.

Depois do helicóptero com James Baker e Henry Rector ter desaparecido para oeste, as crianças e as violas tocaram um tema a que o maestro chamou "Ó Querida":

"Era a hora do combate/ A mochila nas costas/ E as armas nos meus ombros/ Combatendo lado a lado…"

Os "marines" de Okinawa estarão, em breve, num exercício militar regional anual, com forças de vários países, na Tailândia.

Luís Aparício recorda, ainda, quando a Força Aérea Indonésia bombardeava o Matebian, em 1978, com aviões de fabrico americano: "Aviões supersónicos/ Voam sobre nós/ E os pilotos cómicos/ Riem de nós".

Lusa/fim

Fundo de 5 milhões dólares apoia empreendedores desfavorecidos

Lisboa, 19 Abr (Lusa) - Os pequenos empreendedores desfavorecidos em Timor-Leste vão ter acesso a uma linha de crédito gerida pelas Nações Unidas e Ministério da Economia timorense, denominada INFUSE e que tem um "plafond" de cinco milhões de dólares.

Segundo informação hoje divulgada pelas Nações Unidas, o objectivo é disponibilizar financiamento àqueles que não têm acesso ao crédito bancário, contribuindo para que possam concretizar os seus pequenos projectos, uma forma de combater a pobreza e o desemprego, tendo em vista a estabilização do mais jovem país asiático.

"A sustentabilidade a longo prazo em Timor-Leste depende de aumentar o acesso da população ao financiamento", refere Finn Reske-Nielsen, representante do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) em Díli.

"Fazendo a ligação entre a necessidade de fundos e propostas de negócio sólidas, vamos apoiar o desenvolvimento para alguns dos que mais precisam dele", adianta.

João Gonçalves, ministro da Economia e Desenvolvimento, adiantou que o fundo irá articular-se com prestadores de serviços financeiros que, por seu lado, aumentarão os seus portfolios de micro-crédito e o seu alcance.

O projecto abrange 13 distritos em todo o país, dirigindo-se a pessoas em situação de carência económica.

O fundo será gerido pelo PNUD, Fundo de Desenvolvimento de Capital das Nações Unidas e pelo Ministério da Economia.


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Lusa/Fim

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "INTERVENÇÃO DE S.E. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA":

As palavras de RH contêm um triângulo fundamental na construção e consolidação de qualquer força policial: formação, doutrina e identidade.

Uma outra palavra, não menos importante, aparece associada a formação: "sistemática".

É uma grande verdade que de nada serve uma formação de 6 meses a um ano com o patrocínio da GNR, seguida de vários outros períodos de igual duração sob responsabilidade da Austrália, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Brasil, etc.

Isto é o que se tem passado nos primeiros anos a seguir à independência e o resultado está à vista: falta de consistência, coerência, etc. Sem uma formação sistemática apoiada numa doutrina em íntima conjugação com a identidade nacional, sendo um factor de consolidação desta, é impossível construir um corpo policial que esteja à altura do seu importantíssimo papel de zelar pela integridade do Estado, nos seus vários componentes.

Penso que neste aspecto TL está agora no bom caminho, porque já existe uma estratégia nacional materializada num plano de médio/longo prazo.

Embora a GNR esteja perfeitamente à altura deste dificílimo desafio, os meus argumentos a favor da consistência e da coerência na formação de um corpo policial poderiam aplicar-se a qualquer outra polícia de qualquer outro país, desde que para tal tivesse capacidade.

No entanto, o mérito, a competência e o profissionalismo da GNR, tal como é habitual nas forças policiais e militares portuguesas em geral, são reconhecidos internacionalmente por variadíssimos países. Assim, parece-me lógico que TL esteja interessado em aproveitar a sua valiosíssima experiência para criar uma sinergia forte que dê frutos num futuro próximo.

O elogio do Presidente de TL lembra a todos os portugueses os motivos pelos quais a GNR se encontra nesse país irmão. Ficamos orgulhosos por a sua actuação ter sido decisiva no dia do atentado, mas é precisamente para isso que eles lá estão. Por isso, o melhor agradecimento que lhes pode ser dado é a confiança que o PR timorense continua a depositar na GNR para estar presente nos grandes momentos, maus ou bons, da construção desse país que é Timor-Leste.

Portugal está, e sempre estará, do lado dos timorenses.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.