segunda-feira, junho 04, 2007

PRESIDENTE RAMOS-HORTA: MEDIDAS IMEDIATAS E FIRMES RESTABELECEM ORDEM EM VIQUEQUE

S.E. Presidente Dr. José Ramos-Horta tomou medidas imediatas para repôr a ordem e estabilizar a situação em Viqueque logo que informado, ontem Domingo, dos graves incidentes que levaram à morte de um apoiante do CNRT.

Em contacto permanente com membros do CNRT, então sob ameaça, e elementos da população local, S.E. o Presidente inteirou-se da gravidade da situação e de imediato tomou as medidas necessárias para restabelecer a ordem naquela vila.

Assim, e após ter contactado o Primeiro Ministro, Eng Estanislau da Silva, e depois de consultas com o Representante Especial interino do Secretario Geral em Timor-Leste, General Eric Tan, e com o comandante das Forças Internacionais, Brigadeiro Mal Rerden, S.E. o Presidente ordenou a ida imediata para Viqueque de Forças Internacionais de Segurança (ISF).

Durante o resto da tarde e noite de Domingo o Chefe do Estado também manteve conversações com o Vice-Primeiro Ministro Dr Rui Araújo, o Ministro do Interior, Alcino Barris, e outras autoridades civis e militares, continuando a seguir a situação na área através de contacto telefónico com dirigentes da CNRT em Viqueque, incluindo o Presidente Xanana Gusmão, as autoridades católicas locais e elementos da população.

S.E. o Presidente entretanto convocou uma reunião de Alto Nível para esta manhã às 8 horas, durante a qual foi decido tomar medidas firmes de forma a que incidentes como este não se repitam.

O Presidente ordenou uma investigação exaustiva do incidente para que se apure a causa do incidente e da morte de um civil desarmado, alegadamente alvejado por um membro da PNTL que nem sequer estava de serviço, para que os culpados possam ser alvo do processo judicial devido.

“O districto de Viqueque tem sido uma “zona quente” desde a primeira volta da eleição Presidencial e todos os actos de intimidação e violência perpretados ali têm sido atribuidos a elementos radicais da Fretilin,” o Presidente Ramos-Horta declarou. “Contudo sei que os líderes da Fretilin opõem todas as formas de intimidação e violência.”

“Durante a primeira volta da eleição Presidencial apoiantes meus foram atacados e muitos hospitalizados. Alegadamente, membros da PNTL estiveram envolvidos mas nenhuma medida disciplinar foi tomada. Parece que estas acções por elementos radicais da Fretilin na PNTL e no funcionalismo público em Viqueque e na área têm continuado exactamente por não terem sido disciplinados.

“A grande maioria do povo de Timor detesta violência e não tolera estas acções por parte de elementos de partidos políticos. Nenhum partido que queira forçar a sua ideologia por meios violentos será aceite aceite pelo povo.

“Tomei medidas firmes para que todos os partidos políticos possam prosseguir o seu programa de campanha oficialmente aprovado sem intimidação e violência, para que o povo possa conhecer os partidos e os seus candidatos para a eleição de 30 de Junho.

“Como Presidente quero reiterar que vou trazer paz ao País. Temos mais uma eleição por completar para que então possamos continuar a nossa jornada para a paz, estabilidade e prosperidade,” S.E. Presidente Ramos-Horta disse.

O Presidente exprimiu as suas mais sentidas condolências à família do apoiante da CNRT, Sr Afonso da Silva, tão trágicamente morto ontem em Viqueque. Também pediu ao Ministro do Interior, Alcino Baris, que acompanhado por representantes da UNPOL, visite a família enlutada da vítima para apresentar condolências e oferecer todo o apoio que fôr necessário. – FIM.

INCIDENTE DE VIQUEQUE

A CONTRA-INFORMAÇÃO AO SERVIÇO DO CNRT
timor-lorosae-nacao @ 02:07
por: Peter Bonaventur


“SEGURANÇAS” DO CNRT

SERVEM PARA PROVOCAR DESACATOS!

A campanha eleitoral já leva uma semana em movimento e ainda faltam mais três, contabilizando-se até agora duas mortes provocadas por excessos que tendenciosamente são identificados com a Fretilin. Disso são responsáveis os correspondentes das agências de notícias internacionais assim como todo o esquema montado pela contra-informação australiana que funciona a partir da sua base instalada na embaixada em Díli.

De tudo aquilo que tenho visto, ouvido e lido sei que só uma ínfima parte corresponde à realidade e que tudo é montado e exposto de forma a fazer entender subliminarmente que os culpados são os fretilins e a Fretilin. Em abono do que realmente se tem passado referirei aqui aquilo de que tenho a certeza e não mais, ficando ao critério dos que me lerem as conclusões que melhor aprouverem retirar.

Nas caravanas do CNRT que têm percorrido o país existe uma minoria de profissionais provocadores, certamente a cobrarem muito bem, misturados com inocentes e bem intencionados militantes que legitimamente apoiam aquilo em que acreditam e emprestam um colorido que acaba por arrastar por simpatia muitas outras pessoas para assistirem aos comícios. O problema não está nessa maioria de apoiantes mas sim na minoria a que chamam “seguranças”.

Exactamente esses “seguranças” foram quem iniciaram em Baucau e em Como as hostilidades que deram origem a várias cenas de apedrejamentos e consequentes feridos. A prová-lo estão os feridos que são apoiantes da Fretilin. Os correspondentes da comunicação social não disseram isso, mas deram a entender exactamente o contrário nos seus despachos rápidos, sincopados e inexactos.

Em Baucau aconteceu exactamente o mesmo, com a diferença de que houve uma forte reacção dos apoiantes da Fretilin, que em determinada altura não souberam suportar mais as provocações.

O lançamento da granada de proveniência indonésia em Díli quase que fala por si. Essas granadas estavam na posse de ex-elementos das milícias, em 1999, que actualmente pertencem ao CNRT. Desconhece-se a identidade de quem lançou a granada mas foi sintomático que o seu lançamento ocorresse nas imediações de instalações da Fretilin e terem atingido, ferido e morto indivíduos que até nem pertenciam ao CNRT. A comunicação social nada disto fez perceber, antes pelo contrário. Uma vez mais, tendenciosamente, as notícias postas a circular interna e externamente tiveram por objectivo culpabilizar a Fretilin.

Por último, hoje, em Viqueque voltou a acontecer o impensável. Se tal ocorreu foi por evidentes atitudes ostensivamente provocantes dos “seguranças” do CNRT, que desrespeitaram e ameaçaram seriamente o agente da polícia à paisana, que se identificou para tentar contê-los.

As circunstâncias criadas para que estes acontecimentos tenham ocorrido apanharam de surpresa tudo e todos, menos os seus mentores, porque não eram esperados actos tão violentos com tiros e granadas, o que significa que elementos estranhos ao eleitorado timorense estão a provocar estas situações para que depressa se caminhe para o descalabro e vitimação de Xanana e do CNRT, com a vantagem de empurrar para a Fretilin as culpas e descredibilização.

Os métodos são muito antigos mas resultam quase sempre. Principalmente quando existem correspondentes de agências internacionais bajulando aquele que consideram vir a ser o vencedor eleitoral, assim como outros que quase não saem dos hotéis, - jogando, petiscando, beberricando e fazendo uma ou outra orgia – à espera que as notícias lhes sejam levadas por “informadores”, para fazerem o seu despacho diário. Não são todos assim, mas são muitos, ficando todos nós a perder pelas informações deficientes, incorrectas ou tendenciosas que veiculam e correm mundo enganando-nos.

Polícia mata com três tiros segurança civil de Xanana


Jornal de Notícias, 04/06/07
Orlando Castro

Um "segurança civil" da campanha do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) foi ontem morto por um polícia à civil durante um comício de Xanana Gusmão em Viqueque, região onde - no dizer de uma fonte próxima do ex-presidente da República - a Fretilin "põe e dispõe". José Manuel Fernandes, assessor de "Lu Olo", cabeça-de-lista da Fretilin, garante que o seu partido "nada tem a ver com o incidente" (que causou mais três feridos), lembrando, contudo, que "o segurança empunhava à revelia da lei uma arma automática e ameaçava os populares que se manifestavam contra o CNRT".

O segurança, Afonso Kudelai, de Ossú, "foi morto à queima-roupa por um elemento não-uniformizado e fora de serviço da Polícia Nacional de Timor-Leste" (PNTL), declarou à Lusa uma fonte oficial da missão das Nações Unidas (UNMIT).

José Manuel Fernandes explica que, "mesmo não estando fardado, qualquer polícia está sempre de serviço", acrescentando que "a postura agressiva e ameaçadora do segurança, que ilegalmente transportava uma arma automática, fazia antever uma acção bem mais violenta e sangrenta se o agente da Polícia não tivesse feito o que fez".

"A Fretilin lamenta o que sucedeu, apela à paz, quer um inquérito ao que se passou e alerta para o empolamento que o CNRT vai fazer do incidente", afirma o assessor de "Lu Olo", acusando o CNRT "de acções provocatórias e intimidatórias contra os timorenses que são simpatizantes da Fretilin".

Queixa contra a Polícia

"O polícia acertou primeiro numa perna e depois deu três tiros na cabeça do segurança", relatou Germano da Silva, um dos organizadores da campanha do CNRT em Viqueque, acrescentando que a hostilidade era tão grande (a caravana de Xanana Gusmão já tinha sido atacada na véspera perto de Uatulari) que a comitiva anulou todo o programa previsto e retrocedeu para Baucau, apelando às forças internacionais para ajudarem a repor o clima de tranquilidade.

"A situação é muito tensa e explosiva, apesar da presença da Polícia das Nações Unidas e de tropas australianas" das Forças de Estabilização Internacionais, descreveu um dos assessores de campanha de Xanana Gusmão que o acompanhou nesta acção eleitoral a Viqueque.

Fonte do CNRT recorda que, durante a segunda volta das eleições presidenciais, José Ramos-Horta pedira ao Governo, liderado pela Fretilin, que substituísse o comandante da Polícia em Viqueque, bem como um dos seseus agentes, "alegando que eles não estavam ao serviço do país mas da Fretilin".

José Manuel Fernandes confirma que "o candidato Ramos-Horta fez esse pedido", mas salienta que "as substituições no Comando da Polícia não se podem fazer de um dia para o outro, para além de ser necessário haver matéria que justifique a alteração".

Sobre se o polícia que Ramos-Horta queria ver substituído era o mesmo que disparou sobre o segurança, o assessor de "Lu Olo" diz que "a Fretilin não tem ainda elementos concretos sobre o caso", mas "admite que possa tratar-se da mesma pessoa".

Membro do CNRT morto em Viqueque

Diário de Notícias, 04/06/07
A coluna de campanha do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), em que participava o ex-presidente Xanana Gusmão, foi ontem obrigada a retirar do distrito de Viqueque para norte, em direcção a Baucau.

Uma fonte da ONU disse à Lusa que a retirada foi decidida depois de incidentes em Viqueque e em Ossú, no centro-leste do país, que causaram pelo menos um morto na caravana do CNRT. Um segurança da campanha do CNRT, Afonso Kudelai, de Ossú, "foi morto à queima-roupa por um elemento não uniformizado e fora de serviço da Polícia Nacional de Timor-Leste" (PNTL), declarou uma fonte oficial da missão das Nações Unidas (UNMIT). O incidente ocorreu cerca das 16 horas (8 horas em Lisboa).

"O polícia acertou primeiro numa perna e depois deu três tiros na cabeça do segurança", relatou à Lusa, minutos após o incidente, Germano da Silva, um dos organizadores da campanha do CNRT em Viqueque.

Posteriormente, a caravana do CNRT foi atacada à chegada a Ossú "e houve mais um rapaz baleado", relataram elementos da campanha. A ONU estava "a investigar a existência de mais dois feridos graves em Ossú" pelas 21 horas (13 em Lisboa).

A coluna do CNRT escoltou o corpo de Afonso Kudelai para Ossú, onde foi entregue à família. O segurança era pai de quatro crianças, segundo elementos do CNRT.

"A situação é muito tensa, apesar da presença da Polícia das Nações Unidas e de tropas australianas" das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), descreveu um dos assessores de campanha de Xanana. A coluna do CNRT acabou por deixar Ossú - terra natal do presidente da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo" -, continuando para norte, em direcção a Baucau, onde Xanana Gusmão esteve há apenas três dias.

A campanha para as legislativas de 30 de Junho teve início a 29 de Maio e tanto o CNRT como a Fretilin escolheram os distritos do Leste para os primeiros dias de comícios. A Fretilin tem forte implantação no distrito de Viqueque, onde "Lu Olo" obteve a 9 de Maio mais do dobro dos votos de José Ramos-Horta.

Ramos-Horta lamenta falta de disciplina da polícia

Diário Digital / Lusa
04-06-2007 13:13:00

O Presidente de Timor-Leste lamentou hoje a «falta de disciplina» da polícia timorense, após alguns agentes terem alegadamente morto dois simpatizantes de um partido político durante a campanha para as eleições legislativas de 30 deste mês.

Falando aos jornalistas antes de partir para Jacarta, onde fará a sua primeira visita oficial ao estrangeiro desde que assumiu a presidência de Timor-Leste, a 20 de Maio último, José Ramos-Horta sublinhou que a morte de dois simpatizantes do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do ex-chefe de Estado Xanana Gusmão, «embaraçou o país» e que os responsáveis serão «duramente punidos».

Hoje, as forças de paz das Nações Unidas intensificaram as acções de segurança em Viqueque, a sudeste de Díli, receando que a morte dos dois apoiantes da recém-criada CNRT possam acirrar os ânimos e aumentar actos de violência, refere o diário australiano Sydney Morning Herald.

Domingo, a Polícia da ONU (UNPol) disparou granadas de gás lacrimogéneo em Viqueque para pôr cobro a confrontos entre apoiantes do CNRT e da Fretilin, na sequência de uma manifestação do partido de Xanana Gusmão naquela localidade, considerada bastião da antiga força no poder.

Alfonso «Kuda Lay» Guterres, um dos seguranças de Xanana Gusmão, morreu após ter sido atingido por um tiro alegadamente disparado por um agente da polícia.

Pouco depois, outro apoiante do CNRT, de 24 anos, foi morto e um jovem de 16 anos ficou ferido quando tentavam transportar o corpo de «Kuda Lay» para Ossu, tendo, em ambos os casos, sido atingidos por balas, aparentemente disparadas pela polícia.

«As primeiras investigações indicam que a PNTL (Polícia Nacional de Timor-Leste) disparou os tiros para controlar uma multidão numa barricada numa estrada próximo de Ossu», disse Eric Tan, responsável da missão das Nações Unidas em Timor-Leste.

Pouco depois dos incidentes, as forças de estabilização australianas, que partilham com a UNPol a segurança do país, enviaram para a região um pelotão para apoiar as operações.

Hoje, Ramos-Horta afirmou que a polícia timorense «falhou» na sua missão de proteger e garantir a segurança da população« durante o período eleitoral das legislativas.

»Vários membros da PNTL estão envolvidos em actos criminosos. Podemos, assim, constatar que a indisciplina é ainda muito grande dentro da corporação. Mas não haverá impunidade«, avisou o novo chefe de Estado timorense.

A reforma das forças de segurança em Timor-Leste é considerada »vital« para o futuro do país, sobretudo depois dos confrontos e do clima de intimidação que, desde Maio de 2006, têm assolado o jovem Estado, que acedeu à independência há cinco anos.

Xanana Gusmão, que chefiou o Estado timorense entre 2002 e 2007, condenou já que a morte de dois apoiantes do CNRT, partido que segundo observadores locais poderá vir a fazer frente à Fretilin nas legislativas do próximo dia 30, declarando tratar-se de um »dia triste« para Timor-Leste.

Hoje, Xanana Gusmão juntou-se a outros líderes partidários para apelar à paz, advertindo que os responsáveis pelos actos de violência »não querem assistir a um processo eleitoral pacífico«.
»Apelo mais uma vez a todos os que residem no nosso jovem país para desistirem da violência. A violência só nos trará problemas«, afirmou o antigo Presidente e actual candidato a primeiro-ministro.

Entretanto, Eric Tan, da UNPol, adiantou já hoje que a polícia continua a investigar o paradeiro do agente que acredita ser o responsável pela morte do segurança de Xanana Gusmão, negando que o antigo Presidente timorense tenha sido alvo de uma tentativa de homicídio.

»Estamos a investigar seriamente os dois incidentes, mas nenhum deles sugere que tenha existido um atentado à vida de (Xanana) Gusmão«, afirmou Eric Tan, que apelou aos líderes partidários para que solicitem aos seus apoiantes que promovam a paz e se abstenham de actos violentos.

Por seu lado, a Fretilin, liderada por Francisco »Lu Olo« Guterres, candidato presidencial derrotado nas eleições de 09 de Abril e 09 de Maio passados, condenou já os actos de violência e apelou a uma investigação aos incidentes de Viqueque, mas lembrou que a vítima mortal »estava armada«.

»É também precisa uma investigação para que seja explicado porque é que um elemento da campanha de um partido político estava armado e quem lhe forneceu a arma«, afirmou o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, antigo primeiro-ministro (2002/06), que não comentou o facto de a vítima ser um dos membros da segurança de Xanana Gusmão.

A ONU fortalece a segurança eleitoral depois de dois tiroteios fatais, ontem

UNMIT
PRESS RELEASE
4.06.07

3 de Junho de 2007, Dili – O chefe interino da Missão da ONU em Timor Leste (UNMIT), Sr. Eric Tan disse hoje que a segurança no Districto de Viqueque está sendo revista após a morte de duas pessoas, ontem, no districto.

O primeiro incidente ocorreu uma hora depois do termino da campanha do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor Leste na cidade de Viqueque. Um homem proviniente da vila próxima de Ossu foi fatalmente alvejado num mercado, ás 15:45hrs, seguindo duma forte discussão entre os apoiantes do CNRT e os que o opõe. A UNPol interveio rápidamente e a situação ficou controlada com o uso de gás lacrimogênio e disparos de alerta, para se poder dispersar a multidão.

Crê-se que o homem tenha sido alvejado por um official da PNTL fora de serviço e está-se a procura com finalidade de preender o suposto autor do crime.

O segundo incidente ocorreu quando um grupo de apoiantes do CNRT, acompanhado pelo Sr. Gusmão, devolveu o corpo ao Ossu do homem que morreu. Informações iniciais indicam que PNTL disparou rajadas para controlar a multidão num bloqeio de estrada perto de Ossu. Um homem de 24 anos de idade foi fatalmente alvejado e o segundo foi um jovem de 16 anos de idade que ficou ferido.

O partido CNRT é liderado pelo ex-Presidente de Timor Leste, Xanana Gusmão.

“Estamos a tratar de ambos os tiroteios sériamenzte,” disse o Sr. Eric Tan, o chefe interino de UNMIT.

“Investigações iniciais mostram que o primeiro tiroteio aconteceu uma hora após ter terminado a campanha. A segurança foi providenciada para a própria campanha. O motivo da morte ainda é conhecido, neste momento.

Não há sugestão alguma que indica um atentado à vida do Sr. Gusmão,” disse o Sr. Tan.

A liderança, ao nível superior da UNMIT, assistiu uma reunião convocada pelo Presidente José Ramos-Horta, com o Primeiro-Ministro, Estanislau da Silva, o ministro de Interior Alcino Barris, as Forças Internacionais de Estabilização e as F-FDTL, esta manha, em Dili.

“As ISF – sigla inglesa por Forças Internacionais de Estabilização – também colocaram um plotão na região. As Nações Unidas reforcará o seu plano de segurança antes das eleições de 30 de Junho.

A liderança superior de Timor-Leste também insistiu, na reunião de hoje, que não toleraria retaliação pelos acontecimentos de ontem e pediu aos apoiantes políticos a manterem calma e obdecer aos principios democráticos afim de assegurar um processo eleitoral livre e justo.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Monday, 04 May 2007

National Media Reports

Benevides: “Alfredo demands Indonesian asylum bid, it’s his right”

Reports from unnamed sources state that fugitive Alfredo Reinado Alves is in Jakarta and is seeking asylum in Indonesia. In response, the lawyer for Alfredo Reinado, Benevides Correia Barros said that he is not aware that that is the case.

“I haven’t heard this information form my client, however if he wants to seek asylum it’s his right,” said Mr. Benevides via Mobile. (STL)

Alfredo is prepared to come to Dili within four hours

The fugitive Alfredo Reinado Alves has stated he is ready to come to Dili within four hours if the operation to capture him is stopped.

“I am ready to go to Dili within four hours, if the government and state halti the operation against me,” said Alfredo via his letter to the press on on Sunday in response to the rumors published by some media about his requested asylum in Indonesia. (TP)


One person killed during the CNRT campaign in Viqueque

The campaign of the National Congress for Reconstruction of Timor-Leste (CNRT) in Viqueque on Sunday has resulted in one person being killed.

According to DN reporter, Caetano da Costa said that the victim is Afonso Guterres “Kudalai” (40 years old) is a supporter of the CNRT. (DN and TP)

President Jose Ramos Horta is to make a first official visit to Jakarta

The president of republic, Jose Ramos Horta visits Republic Indonesia today (04/6) in response to the invitation from his counterpart Susilo Bambang Yudhoyono, the president of republic of Indonesia.

The meeting will discuss border control, friendship, truth and education, said a statement from Timor-Leste presidential office.

Horta is due to make his first official international trip after being elected President in a landslide victory last month and his office has said the inaugural three-day trip indicates Indonesia is one of his top priorities.

The new president, who was sworn in as president on May 20, said his visit to Indonesia showed the importance of good bilateral relations between the two countries.

"There are important issues to be discussed during the bilateral meetings, such as the land border and the update of work by the Commission of Truth and Friendship," Horta was quoted by the Jakarta Post as saying. (DN, TP and STL)


Government never impedes electoral campaign

The prime minister, Estanislau Aleixo da Silva has said the government does not intervene in the electoral campaign and any conflict in the campaign, because that is the role of the CNE. (DN and TP)

Dos Leitores

h correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Man shot dead in East Timor in run-up to parliamen...":

Sou absolutamente contra qualquer forma de violência. No entanto, ela está se tornando tão banal em Timor-Leste que já nem me impressiono com estes trágicos episódios.

Quanto ao assassino, se ele for esperto deverá fugir, esconder-se, dar entrevistas à imprensa australiana e - porque não? - indonésia também.

Em suma, a aplicação prática da tal "justiça" do diálogo pregada pelo Presidente RH e que já´provou a sua eficácia com Reinado.

FRETILIN exige investigação ao incidente de Viqueque

Notícias Lusófonas
Timor Lorosae

A FRETILIN exige uma investigação independente ao incidente que provocou hoje a morte de um segurança do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), em Viqueque, no interior leste do país.


Num comunicado o secretário-geral do partido, Mari Alkatiri, exige uma investigação " à morte de um civil ilegalmente armado", e membro da campanha do CNRT, pela polícia em Viqueque, a leste de Díli, durante a campanha para as eleições legislativas de 30 de Junho".

Segundo fontes oficiais do CNRT e da missão das Nações Unidas, um segurança da campanha do partido de Xanana Gusmão foi morto a tiro por "um elemento não uniformizado e fora de serviço da Polícia Nacional de Timor-Leste".

Mari Alkatiri pediu o inquérito não apenas para estabelecer "os factos e circunstƒncias do tiroteio" mas também "o facto de um membro de um partido político estar ilegalmente armado em plena campanha, assim como se deve apurar com exactidão quem lhe providenciou ou autorizou a usar arma".

Para o dirigente da FRETILIN, a investigação tem que envolver o gabinete do Presidente da República, o Governo e a Polícia das Nações Unidas.

Mari Alkatiri refere na versão em inglês do comunicado que "as suas fontes" o informaram que o incidente ocorreu quando a caravana do CNRT se dirigia de Uatulari, na costa sul, para Ossú.

"A FRETILIN condena todas as formas de violência e de intimidação das populações e regista negativamente a sucessão de provocações registadas nos últimos dois dias pela campanha do recém-criado partido de Xanana Gusmão, em Uatulari e em Ossú", lê-se no comunicado.

O corpo do segurança morto em Viqueque foi levado pela comitiva de Xanana Gusmão para Ossú, mais a norte, na estrada que liga a costa sul a costa norte de Timor.

Em Ossú, houve mais incidentes envolvendo a caravana de Xanana Gusmão, de que resultou mais um morto e um ferido, segundo fonte do CNRT, uma informação de que não havia confirmação independente às 00:00 de segunda-feira (16:00 em Lisboa).

Parte das viaturas do CNRT retirou para Baucau e o resto da caravana, incluindo o presidente do partido, decidiu ficar em Fatumaca, a poucos quilómetros da segunda cidade do país.

O CNRT pretende continuar segunda-feira o calendário normal de campanha, segundo fonte oficial do partido.

Timor-Leste: Xanana continua campanha eleitoral

Diário Digital / Lusa
04-06-2007 6:06:00

Xanana Gusmão vai continuar a campanha eleitoral no distrito de Baucau, apesar dos incidentes violentos de domingo de que resultou a morte de um elemento da comitiva, disse hoje à Lusa, um responsável da candidatura.

José Luís Guterres, um dos 14 elementos da Fretilin-Mudança que integram as listas do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), liderado pelo ex-Presidente da República, disse à Lusa que Xanana continua a campanha «a bem da democracia».

Após os incidentes, em Viqueque, no centro leste do país, a caravana de Xanana retirou-se por precaução para Baucau.

Um segurança da campanha do CNRT, Afonso Kudelai, de Ossú, «foi morto à queima-roupa por um elemento não uniformizado e fora de serviço da Polícia Nacional de Timor-Leste» (PNTL), disse à Lusa uma fonte oficial da missão das Nações Unidas (UNMIT).

«O polícia acertou primeiro numa perna e depois deu três tiros na cabeça do segurança», relatou à Lusa, poucos minutos após o incidente, Germano da Silva, um dos organizadores da campanha do CNRT em Viqueque.

Antes de fazer qualquer comentário, a candidatura de Xanana quer que seja investigado porque é que um polícia da esquadra de Uatulari se encontrava em Viqueque, sede do distrito, sem requisição e armado, disse José Luís Guterres.

A Fretilin, adversária do CNRT nesta campanha para as legislativas, exige, por seu turno, saber porque é que o segurança de Xanana se encontrava armado.

A campanha eleitoral para as legislativas de 30 de Junho teve início a 29 de Maio e tanto o CNRT como o partido maioritário FRETILIN escolheram os distritos do leste do país para os primeiros dias de comícios e contactos com a população.

A FRETILIN tem uma forte implantação no distrito de Viqueque, onde Francisco Guterres «Lu Olo» obteve a 09 de Maio mais do dobro dos votos de José Ramos-Horta, que venceu as eleições presidenciais com o apoio do CNRT.

ETimor's Ramos-Horta admits police shot activists East Timor

ABC Radio Australia


East Timor's President says it was police personnel who fatally shot two activists during campaign rallies yesterday.

A group of five men opened fire on Alfonso Guterres at a C-N-R-T party rally in the town of Viqueque.

Later, gunmen killed another C-N-R-T activist identified as Domingus in Ossu, also in THE Viqueque district.

Jose Ramos-Horta has told journalists the activists were shot dead by members of the national police, the P-N-T-L.

He has described the shootings as saddening and as major crimes which should receive severe punishment.

Dr Ramos-Horta says the incident has embarrassed the nation.

He says the police should be trusted by the people to safeguard the elections, and have failed in their duty.

UN Police are investigating the incident.

The attacks have come as campaigning continues for elections to choose a new prime minister and parliament on June the 30th.

Manhunt launched after slaying in Timor

SMTH
June 4, 2007 - 3:29PM

East Timor independence hero Xanana Gusmao has accused those behind the slaying of one his campaign workers of wanting to disrupt upcoming elections seen as key to restoring stability in Asia's newest nation.

Authorities said a group of off-duty police officers were suspected in Sunday's slaying, indicating that bitter divisions in the country's security forces and ruling elite that exploded into violence and political turmoil last year remain a threat.

"This is a very sad day for me and for East Timor's democracy," Gusmao, who will become prime minister if his party wins the June 30 polls, said in a statement.

He said the killers did not want "the election process to take place in peace".

"I again call on all people of our young nation to give up violence. With violence we only hurt ourselves, our country, and those that we love," he said.

Afonso Kudalai was shot three times at close range at a campaign rally for Gusmao's newly formed party on Sunday in Viqueque district, 183 kilometres from the capital, Dili.

Police inspector Jose Carvalho said his officers and those from the United Nations were searching for the killer or killers, whom he said were believed to be off-duty police officers.

He declined to speculate on a motive for the killing.

It was not immediately clear if the shooting was related to an attack on Sunday on Gusmao's motorcade, also in Viqueque, when several vehicles were pelted with stones. Gusmao was unhurt.

East Timor, which broke from Indonesian rule in a UN-sponsored 1999 ballot, had been heralded as a success in nation-building until a rift in the police and armed forces escalated into gunbattles, looting, arson and gang warfare just over a year ago.

The violence killed 37 people and drove 155,000 from their homes.

Nobel Peace Prize laureate Jose Ramos Horta was elected president on May 9, raising hopes of stability, although more than 3,000 international police officers and soldiers remain stationed in the country to maintain peace and order.

Ramos Horta took over from Gusmao, who was imprisoned during Indonesia's occupation for leading the resistance to Jakarta's rule.

Political commentators have expressed fear that efforts by Gusmao and Ramos Horta to sideline Fretilin - which was the traditional party of resistance to Indonesian rule and currently holds a majority of seats in the legislature - could lead to more bloodshed.

In a statement, Fretilin "demanded that a proper independent investigation be carried out in relation to the death" of the campaign worker, alleging that he had been armed.

On Thursday, a hand grenade killed a man and wounded three others, while supporters of rival candidates clashed with machetes and rocks elsewhere in the country, wounding a dozen people.

East Timor, a former Portuguese colony, is the youngest and poorest country in Asia, with an unemployment rate of around 50 per cent. About two-thirds of children under age 5 are malnourished.

© 2007 AP DIGITAL

East Timor President accuses police over shootings

ABC News Online
Last Update: Monday, June 4, 2007. 4:00pm (AEST)

East Timor President Jose Ramos-Horta said it was police personnel who shot dead two activists during campaign rallies for a new party headed by former East Timor president Xanana Gusmao.

A group of five armed men opened fire on Alfonso "Kuda Lay" Guterres at the rally by the National Congress of Reconstruction of Timor (CNRT) party in the eastern town of Viqueque, on Sunday, he said.

Later in the evening, gunmen also killed another CNRT activist identified as Domingus in Ossu, also in Viqueque district. Another man was wounded in the attack, Mr Ramos-Horta said.

"They were CNRT elements who were shot dead by members of the PNTL (the national police)," Mr Ramos-Horta told journalists at the presidential palace.

He said the shooting incidents were "saddening" but were also "major crimes which should receive severe punishment."

"There is no impunity in this country," Mr Ramos-Horta said.

He said the incident had embarrassed the nation and the country since the police, who should be trusted by the people and able to safeguard the elections, had failed in their duty.

"Several members of the PNTL have engaged in crime ... We see that indiscipline is still very strong within the PNTL," the President said.

He said UN police had begun an investigation into the incident.

Campaigning kicked off last week for crucial June 30 elections to choose a new prime minister and parliament.

The polls are expected to be a tough contest between the CNRT and Fretilin, which has dominated parliament since East Timor officially gained independence from Indonesia in 2002.

Several people were reportedly injured on Thursday when violence erupted between CNRT and Fretilin supporters at a campaign rally in the eastern city of Baucau, in the district of the same name.

Baucau, Viqueque and Lautem districts were strongholds of Fretilin, the former resistance movement. AFP

FRETILIN exige uma investigação sobre a morte a tiro de um membro da equipa eleitoral do CNRT

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN

Comunicado de Imprensa

3 Junho 2007


A FRETILIN exige uma investigação independente aos acontecimentos registados, no dia de hoje, em Ossu, Viqueque, que resultaram na morte de Afonso Kudalai, um civil ilegalmente armado, e membro da equipa de campanha do recém-criado partido liderado por Xanana Gusmão.

A FRETILIN condena todas as formas de violência e de intimidação das populações e regista negativamente a sucessão de provocações registadas nos últimos dois dias pela campanha do recém-criado partido de Xanana Gusmão, em Uatulari e em Ossu.

"Exigimos uma investigação independente que envolva o Gabinete do Presidente da República, o Governo de Timor-Leste e a Polícia das Nações Unidas, para que se apure a verdade dos factos e se possa aferir da responsabilidade política ou partidária", afirma Marí Alkatiri, Secretário Geral da FRETILIN.

A FRETILIN exige esclarecimento ao facto de um membro de um partido político estar ilegalmente armado em plena campanha, assim como se deve apurar com exactidão quem lhe providenciou ou autorizou a usar arma.

A FRETILIN reafirma o respeito integral pela Lei Eleitoral e pelo Código de Conduta que subscreveu.

A FRETLIN rejeita todas as formas de violência. e apela a uma campanha de tolerância e de não agressão, sendo que quem a promova, a instigue e a pratique seja levado à justiça.

Para mais informações, contacte: Fretilin Media (+670) 733 5060
fretilin.media@gmail.com

Timor-Leste: Segurança de CNRT foi morto em Viqueque

Lusa – 03 Junho 2007 9:41

Um «segurança civil» da campanha do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) foi morto durante um comício de Xanana Gusmão em Viqueque, no interior leste do país, confirmaram à Lusa fontes oficiais das Nações Unidas e do partido do ex-Presidente da República.

O segurança, identificado como Afonso Kudelai, de Ossú, «foi morto à queima-roupa por um elemento não uniformizado e fora de serviço da Polícia Nacional de Timor-Leste» (PNTL), declarou à Lusa uma fonte oficial da missão das Nações Unidas (UNMIT).

O incidente ocorreu cerca das 16:00 (08:00 em Lisboa).

«O polícia acertou primeiro numa perna e depois deu três tiros na cabeça do segurança», relatou à Lusa, poucos minutos após o incidente, Germano da Silva, um dos organizadores da campanha do CNRT em Viqueque.

«O incidente aconteceu depois de ter havido provocações durante o comício» de Xanana Gusmão em Viqueque, acrescentou Germano da Silva.

«Um sobrinho do Afonso Kudelai foi arranjar uma viatura e foi espancado pelos elementos do grupo que tentou acabar com o comício», relatou o mesmo elemento do CNRT.

«O clima continua tenso» em Viqueque, segundo fonte oficial das Nações Unidas, «e uma unidade das Forças de Estabilização Internacional (ISF) está a chegar ao distrito para controlar a situação».

Segundo Germano da Silva, a caravana de Xanana Gusmão já tinha sido atacada ontem à noite, depois de um comício perto de Uatulari onde o ex-Presidente da República foi interpelado pela população.

«O presidente Xanana conseguiu acalmar os jovens no comício, explicando que devemos resolver as divergências com diálogo e em paz. Mas depois, na estrada, a caravana foi atacada com pedras e seis viaturas foram destruídas», contou Germano da Silva.

A campanha eleitoral para as legislativas de 30 de Junho teve início a 29 de Maio e tanto o CNRT como o partido maioritário FRETILIN escolheram os distritos do leste do país para os primeiros dias de comícios e contactos com a população.

A FRETILIN tem uma forte implantação no distrito de Viqueque, onde o candidato e presidente do partido, Francisco Guterres «Lu Olo», obteve a 09 de Maio mais do dobro dos votos de José Ramos-Horta, que venceu as eleições presidenciais.

Estranha Forma De Fazer Informação

Blog Página Um – Sexta-feira, Junho 01, 2007

António Veríssimo

A campanha eleitoral das legislativas em Timor está a parecer-se com as presidenciais no aspecto de não existir divulgação das actividades dos pequenos partidos por parte das agências internacionais.

É uma estranha forma de trabalhar em que, por mais que me esforce, experimento uma certa dificuldade em entender.

Se estão correspondentes no terreno porque motivo quase nada aparece sobre outros partidos para além da Fretilin e do CNRT? Quais são as actividades do PD de Lasama? E da UDT? E do PSD? E de todos os outros?


Evidentemente que a disputa maior e mais relevante tem tudo a ver com Xanana e Alkatiri, sabendo-se que deles depende incendiar ânimos, paixões e até o país. Mas, para quem está longe e se interessa por Timor-Leste, o vazio da informação incomoda por ser incompreensível. Será o mesmo que pegarmos num jornal e sabermos que lhe falta um pedaço, qualquer coisa que sabemos que existe mas não consta ali.

Verdade seja dita que o CNRT está a dar muito mais nas vistas do que a Fretilin, por agora, mas quase sempre existe uma posterior compensação por parte dos média internacionais, que acaba por estabelecer algum equilíbrio e paridade no trato que dão a Alkatiri e Xanana, agora ao CNRT e á Fretilin.

O que espanta em tudo isto é que do PD quase nada se lê, ouve ou vê relativamente à campanha eleitoral em curso, deixando a convicção de que todos querem fazer as coberturas dos vencedores, deixando os “fracotes” relegados para espaços esconsos e eventuais.
Estranha forma de fazer informação, nos tempos que correm. Sendo o pior que temos de nos aguentar.

Gunmen kill activist at East Timor campaign rally

AFP – Sunday, June 3, 2007. 8:35pm (AEST)

Gunmen shot dead a political activist during a campaign rally for a new party headed by former East Timor President Xanana Gusmao, a witness and an official says.

A group of five armed men opened fire on Alfonso "Kuda Lay" Guterres at the rally by the National Congress of Reconstruction of Timor (CNRT) party in the eastern town of Viqueque, radio correspondent Mario Pinto told AFP from Viqueque, a stronghold of the dominant Fretilin Party.

"He was shot dead by five armed men in civilians (clothing), only a few metres from the Viqueque police station," Mr Pinto said.

Mr Pinto said Mr Guterres died on the spot from multiple gunshot wounds. He said people were "in a panic" following the incident, but did not elaborate.

Home Minister Alcino Barris confirmed that Mr Guterres had been shot dead. "The police are currently conducting an investigation how (the victim was killed) and the motive behind the incident," Mr Barris told AFP in Dili.

There was no immediate comment from the CNRT or the police.

Campaigning kicked off last week for crucial June 30 elections to choose a new prime minister and parliament. The polls are expected to be a tough contest between the CNRT and Fretilin, which has dominated Parliament since East Timor officially gained its independence from Indonesia in 2002.

Man shot dead in East Timor in run-up to parliamentary elections

International Herald Tribune/AP - June 3, 2007

Dili, East Timor: A man was shot dead in East Timor on Sunday, the second killing since political campaigning began less than a week ago for crucial parliamentary elections on June 30, police said.

Police inspector Jose Carvalho said the victim, a supporter of the party of former President Xanana Gusmao, was killed by a police officer who fled the scene in the town of Viqueque, around 100 kilometers (60 miles) southeast of the capital, Dili.

A manhunt was under way, he said, without providing further details about the circumstances of the shooting.

East Timor, a former Portuguese colony of less than a million people, had been heralded as a success in nation-building until a rift in the police and armed forces escalated into gunbattles, looting, arson and gang warfare just over a year ago. The violence killed 37 and drove 155,000 from their homes.

Nobel Peace Prize laureate Jose Ramos-Horta was elected president on May 9, raising hopes of stability, although more than 3,000 international police officers and soldiers are needed to maintain peace and order.

On Thursday, a hand grenade blast killed a man and wounded three others, while supporters of rival candidates clashed with machetes and rocks elsewhere in the country, wounding a dozen people.

Political commentators fear that efforts by Gusmao and Ramos-Horta to sideline Fretilin, the traditional resistance party which holds a majority of seats in the legislature, could lead to more bloodshed.

East Timor broke from 24 years of brutal Indonesian rule in 1999. It is the youngest and poorest country in Asia, with an unemployment rate of around 50 percent and about two-thirds of children under five malnourished.

Call on Government to act on killing of New Zealander

Indonesia Human Rights Committee Media Release - 3 June, 2007

IHRC wants NZ Government to seek justice for "Balibo Five" & Gary Cunningham

The Sydney coronial inquest into the deaths of the five Australian based journalists at Balibo in East Timor on October 16, 1975 has just concluded with a hard-hitting summation from the Coroner's legal counsel.

"It is now time for New Zealand to stop playing possum. For 32 years New Zealand has ducked for cover and left it to Australia to 'investigate' the deaths. Now because of the determined actions of the families of the deceased the truth is finally coming out," said Maire Leadbeater speaking for the Indonesia Human Rights Committee.

Counsel Mark Tedeschi QC said that the deaths amounted to pre-meditated murder and he wants to see two Indonesian citizens face trial for war crimes. There is now strong evidence to charge Mohammed Yunus Yosfiah and Christoforus da Silva with a direct role in the killings. New evidence also establishes the culpability of Australian politicians and officials who were complicit with Indonesia in covering up these crimes as well as Indonesia's plans to invade and occupy East Timor.

"We owe it to Gary Cunningham's memory and to his family to do our part to see that justice is finally achieved. We are now urging the Prime Minister and Minister of Foreign Affairs to take this issue to the Solicitor General to ask him to advise on the way forward under provisions in New Zealand and international law.

Mr Tedeschi has pointed out that the Geneva Protocols are applicable and that Under Article 147 the deliberate killing of civilian non-combatants in war-like situations, constituted an a war crime, punishable with up to life imprisonment. It may also be appropriate to take this issue to the International Criminal Court. What is essential is that New Zealand works with Australia to ensure that an internationally just trial is held."

"Last week the Governor of Jakarta angrily turned down an invitation to present evidence before the Coroner's Court and hurriedly left Australia. That is a clear indication that Indonesian authorities are unlikely to cooperate with a war crimes trial. However, this is all the more reason why New Zealand must now take a stand."

Call on Government to act on killing of New Zealander

Indonesia Human Rights Committee Media Release - 3 June, 2007

IHRC wants NZ Government to seek justice for "Balibo Five" & Gary Cunningham

The Sydney coronial inquest into the deaths of the five Australian based journalists at Balibo in East Timor on October 16, 1975 has just concluded with a hard-hitting summation from the Coroner's legal counsel.

"It is now time for New Zealand to stop playing possum. For 32 years New Zealand has ducked for cover and left it to Australia to 'investigate' the deaths. Now because of the determined actions of the families of the deceased the truth is finally coming out," said Maire Leadbeater speaking for the Indonesia Human Rights Committee.

Counsel Mark Tedeschi QC said that the deaths amounted to pre-meditated murder and he wants to see two Indonesian citizens face trial for war crimes. There is now strong evidence to charge Mohammed Yunus Yosfiah and Christoforus da Silva with a direct role in the killings. New evidence also establishes the culpability of Australian politicians and officials who were complicit with Indonesia in covering up these crimes as well as Indonesia's plans to invade and occupy East Timor.

"We owe it to Gary Cunningham's memory and to his family to do our part to see that justice is finally achieved. We are now urging the Prime Minister and Minister of Foreign Affairs to take this issue to the Solicitor General to ask him to advise on the way forward under provisions in New Zealand and international law.

Mr Tedeschi has pointed out that the Geneva Protocols are applicable and that Under Article 147 the deliberate killing of civilian non-combatants in war-like situations, constituted an a war crime, punishable with up to life imprisonment. It may also be appropriate to take this issue to the International Criminal Court. What is essential is that New Zealand works with Australia to ensure that an internationally just trial is held."

"Last week the Governor of Jakarta angrily turned down an invitation to present evidence before the Coroner's Court and hurriedly left Australia. That is a clear indication that Indonesian authorities are unlikely to cooperate with a war crimes trial. However, this is all the more reason why New Zealand must now take a stand."

Queremos justiça contra os criminosos

FRETILIN
Comunicado a imprensa

1 Junho 2007


A FRETILIN, o maior partido político de Timor-Leste, afirmou hoje que apoiava a investigação de todos os crimes cometidos contra o povo de Timor-Leste no período compreendido entre 1975 e 1999.

Aniceto Guterres, candidato da FRETILIN ao Parlamento Nacional, disse hoje em Dili que " A FRETILIN tem defendido que a justiça passa necessariamente pela investigação dos crimes cometidos de forma a que os responsáveis respondam em tribunal pelos crimes de que são indiciados. Isto porque o respeito pelos direitos humanos e pelo primado da lei são aspectos basilares na construção da nossa democracia.

Ele disse que a "FRETILIN é o único partido político que tem defendido com coerência o direito à justiça de todas as vítimas de violações de direitos humanos ocorridos em Timor-Leste.

Foi a FRETILIN que insistiu que a legislação que criou a Comissão para o Acolhimento, Verdade e Reconciliação (CAVR) a a Comissão para a Verdade e Amizade (CVA)não incluisse aministias nem garantisse a impunidade para aqueles que cometeram crimes graves entre 1975 e 1999.

Acrescentou " a concessão da aministia não pode ser uma pré-condição para colaborar com a justiça. A amnestia é um instrumento para ser usado em determinadas circunstancias, como por exemplo, quando possa levar à descoberta da verdade material que é também essencial para que se alcance a justiça e a reconciliação."

Guterres disse que a CAVR a CVA é apenas o começo da caminhada para alcançarmos a justiça. A FRETILIN vai dar a maior prioridade ao seguimento das recomendações contidas no "Chega"- relatório final da CAVR através do seu debate imediato no Parlamento.

A justiça é essencial para esta Nação porque mesmo os crimes que tiveram lugar em 1999 não foram convenientemente tratados. Isto teve como consequência, que pessoas envolvidas com as milícias pró-autonomistas agora figurem em posições de destaque em alguns partidos políticos ou são mesmo candidatos nas próximas eleições parlamentares, o que significa que podem ser eleitos para o Parlamento Nacional, o mais alto órgão legislativo de Timor-Leste."

Aos partidos da oposição que gostam de apontar o dedo, alguns deviam primeiro ver-se ao espelho em vez de ver o agrelho no olho do vizinho."

No tocante às relações de Timor-Leste com a Indonésia, Guterres disse:
" É importante promover boas relações de vizinhança com os nossos vizinhos e isso é algo que o governo da FRETILIN sempre procurou fazer. No entanto, isto não pode significar que o nosso País tenha de fazer coisas que no fim resultem na denegação da justiça ou negligência pelo processo de reconciliação.

Guterres disse "Quando a FRETILIN fala da Justiça não está a falar de cor, não está a falar em abstracto. Nós estamos empenhados na busca da Justiça e da Verdade, no sarar das feridas, que levarão o Povo de Timor-Leste à verdadeira reconciliação, nós somos um povo orgulhoso que merece ser tratado com a dignidade que só o primado da lei nos garante."

Para mais informações, contacte: Aniceto Guterres (+670) 723 8569,
José Teixeira (+670) 728 7080, fretilin.media@gmail.com

TAPOL Press Release: TAPOL condemns Jakarta Governor’s refusal to attend Balibo inquest

TAPOL (The Indonesia Human Rights Campaign) - United Kingdom - June 1, 2007

1June 2007 When the governor of Jakarta, Sutiyoso, rejected a request earlier this week to attendand testify at the inquest into the death of British journalist Brian Peters now underway in Sydney, New South Wales, he was showing contempt for a long-delayed effort to examine the circumstances that led to the deaths of five journalists from Britain, Australia and New Zealand in October 1975. By rejecting the coroner's request, Sutiyoso made it plain that he and other former Indonesian army officers are well aware of what is going on in Sydney and are stricken with a guilty conscience about what happened in Balibo all those years ago.


The five journalists were seeking to observe conditions along the border between East and West Timor, having heard of preparations being made by Indonesia to invade East Timor which was then still a Portuguese colony.

The decision of the former general not to attend the inquest is a reflection of the attitude of the Indonesian authorities who have consistently turned their back on the tragic deaths of five men whohad courageously decided to carry out a mission which they knew was fraught with danger, at a time when East Timor was in great peril.

Testimony already given at the inquest confirms that the men did not die in crossfire as the Indonesian authorities have claimed but were killed by an Indonesian military unit under instructions to prevent information about what was occurring along the border from reaching the outside world.

TAPOL strongly condemns Governor Sutiyoso for his refusal to attend the inquest and urges the Indonesian government to show respect for the New South Wales coronial authorities in their efforts to get to the bottom of this tragic incident. However hard they may try to cover up the events that led to the deaths of the five journalists twenty-two years ago, the truth will finally get official recognition thanks to the decision of the coroner to proceed with an inquest which promises to reveal the precise circumstances under which the five men died.

Contact: Carmel Budiardjo on +44 208 771 2904

Paul Barber, TAPOL, the Indonesia Human Rights Campaign, 41 Cherry Way, Alton Hampsh

Sutiyoso Should Have Been Arrested - Indonesian NGOs

Detik.com - May 31, 2007

Anwar Khumaini, Jakarta - Non-government organisations from Indonesia's NGO Coalition for International Human Rights Advocacy (Koalisi LSM) say that Jakarta governor Sutiyoso should have been arrested because he refused a court order.

The groups made the statement in response to the New South Wales police raid on Sutiyoso's room at the Shangri-La Hotel in Sydney, Australia. Sutiyoso is believed to have been involved in a human rights case related to the death of five Australian journalists in Balibo, East Timor, in 1975.

"The [police's] actions were legally correct. It was an official summons from a judge. If refused, he should have been arrested", exclaimed Human Rights Working Group (HRWG) Deputy Coordinator Choirul Anam during a joint press conference attended by representatives from Indonesian Human Rights Watch (Imparsial), the Commission for Missing Persons and Victims of Violence (Kontras) and a number of other NGOs at the Kontras offices on Jl. Borobudur in Central Jakarta on Thursday May 31.

The coordinator of Koalisi LSM, Rafendi Djamin meanwhile said that the incident does not need to be addressed politically but rather from a legal point of view. "We have to be wise, [and understand] that the courts actions were the actions of an independent institution that occasionally clashes with the executive", said Djamin.

He added that it is not in fact just Sutiyoso that is connected with this case. Long beforehand, the operational commander of the attack on Balibo, retired Major General Yunus Yosfiah had been summoned by the coroner's court. "Sutiyoso became his representative and there are eight [other] generals that are [also] suspected of being involved", said Djamin.

"The public doesn't need to overreact. Don't let us then become anti-Australian and close the Australian Embassy. The [Embassy has] absolutely no relationship [with the incident]", he asserted. (bal/sss)

[Translated by James Balowski.]

Ramos-Horta to make Jakarta first official visit

The Jakarta Post - Saturday, June 2, 2007

Abdul Khalik, The Jakarta Post, Jakarta

Border control, friendship, truth and education are all set to be tabled in a meeting next Tuesday with Timor Leste President Jose Ramos-Horta and President Susilo Bambang Yudhoyono in Jakarta.

Ramos-Horta is due to make his first official international trip after being elected President in a landslide victory last month and his office has said the inaugural three-day trip indicates Indonesia is one of his top priorities.

Ramos-Horta, who was sworn as president on May 20, said his visit to Indonesia showed the importance of good bilateral relations for both countries.

"There are important issues I will follow up with my friend President Susilo Bambang Yudhoyono, particularly to enhance cooperation in the education sector.

"Other important discussions during the bilateral meeting will touch on issues such as the land border and the update of work by the Commission of Truth and Friendship," Ramos-Horta said in a statement.

The truth commission's task is to research "incidents" that occurred before and after the UN-organized referendum that provided Timor Leste independence from Indonesia in 1999.

A press release from Timor Leste presidential office said Ramos-Horta would meet with President Yudhoyono on Tuesday.

Presidential spokesman Dino Patti Djalal confirmed Friday Ramos-Horta would arrive in Jakarta on Monday.

"This is his first visit abroad after being elected as president," Dino told The Jakarta Post. "That shows how important Indonesia is for Timor Leste."

Ramos-Horta said in an earlier interview with the Post he wanted to see Timor Leste children receive an education that was affordable and of a high standard.

He said Indonesia would be a place for them to seek higher education and that all problems in visa and permit application should be removed.


During his election campaign, Ramos-Horta said he would give the Indonesian language a special status.

Indonesian language is currently used by more than 90 percent of Timor Leste people.

Ramos-Horta also vowed to settle remaining border problems with Indonesia as soon as possible.

The Presidential delegation will consist of the Vice-Minister of Foreign Affairs and Cooperation Adaljiza Magno, Vice-Minister of Education Victor da Costa, Timor Leste Ambassador to Indonésia Egidio de Jesus Amaral and Chief of Staff of the Office of the President Agio Pereira.

Timor Leste is dependent on Indonesia for food and other essential items and is badly in need of foreign investment to launch development programs.

Ramos-Horta would also try to woo potential investors from Indonesia by conducting special meetings with business people in Jakarta, his office said.

He is scheduled to meet with the People's Consultative Assembly chief Hidayat Nurwahid and the House of Representatives speaker Agung Laksono before holding talks with Vice President Jusuf Kalla.

He is also expected to meet with the Timor Leste community in Indonesia before returning to Dili on Wednesday.

Author says Aust extorted East Timor over oil, gas

ABC - Transcript PM programme - Friday, 1 June , 2007 18:46

Reporter: Mark Colvin

Mark Colvin: "Shakedown" is a slang term for an act of extortion, and a shakedown is what the writer Paul Cleary calls the way Australia acted towards East Timor over the oil and gas in the sea between our two countries.

Mr Cleary is a former journalist who was appointed by the World Bank as an adviser to East Timor's Prime Minister in the oil and gas negotiations.

His new book on the story is called Shakedown, and I asked him first, if East Timor's case for the resources was so cut and dried, why had the Indonesians, who were in charge before Timorese independence, agreed so easily to Australia's demands.

Paul Cleary: Indonesia signed that agreement when international law in this area was in its infancy and subsequent to that the Foreign Minister said Australia had taken Indonesia to the cleaners.

Mark Colvin: So you're saying that Australia kind of behaved as some kind of regional bully?

Paul Cleary: I think there was a lot of bully that went on. Mr Downer pounding the table saying "we're a rich country, we can sit this out for 30, 40, 50 years". And also really threatening East Timor to sever its economic lifeline to stop development in the Timor Sea unless East Timor signed over its rights to 80 per cent of the biggest field in the area.

Meanwhile Australia was already exploiting the resources, which was actually contrary to international law. I think people in East Timor would've wanted it to take longer but however I think the Government particularly in the interim period from 2000 when the UN was in control in the transitional government, there was a need to get the revenue, so that's why the Timor Sea Treaty was negotiated in 2000 and signed in 2002.

Mark Colvin: And then we got to this point in 2004 when the East Timorese patience just ran out and one of the signals was actually on this program when Jose Ramos-Horta came on spoke to me about what the DFAT (Department of Foreign Affairs and Trade) negotiator Doug Chester had just done.

(excerpt from PM interview)


Jose Ramos Horta: The Australian side basically imposed on us an ultimatum. Mr Doug Chester, the Senior Official from Foreign Affairs, DFAT, that led the Australian delegation simply said "take it or leave it".

Mark Colvin: So what did you say to this "take it or leave it"? offer?

Jose Ramos Horta: Of course we can't accept ultimatums, we cannot accept blackmail, we are poor but we have a sense of honour, a sense of dignity of our rights.

Mark Colvin: Jose Ramos Horta is a man, usually very moderate words. What was the significance of what he said?

Paul Cleary: He is, I mean, in this book I call Mr Ramos Horta the consummate diplomat, he always is very measured and this is a rare example of him really loosing his cool, loosing his patience. Because this is a classic example of the bullying tactics that were being used, Mr Doug Chester telling the Timorese, "You hand over your rights to this field by 5 pm on October 28th and we'll give you $3-billion and that's it," and Timor by digging in standing up for its rights, managed to get 3 times that amount of current oil prices.

Mark Colvin: So it was worth hanging on?

Paul Cleary: Oh definitely. I think the Timorese are, realized once they got the revenue under the Timor Sea Treaty, and once Australia ratified that treaty the revenue began to flow. They had a bit more comfort they could afford to stand their ground and to really get the deal they thought was fair.

And in the end I think what the Timorese got was probably the 50 per cent share of Greater Sunrise, probably the minimum acceptable to the Timorese and the maximum that Australia was willing to give up.

Mark Colvin: So it ended without irreparable damage to the relationship between the two sides. What about the situation in East Timor, the spending of the money?

Paul Cleary: Timor does have a very good system to save the money. This was modeled on Norway, which really does have a very excellent system, very transparent, very robust, really cannot be tampered with.

Mark Colvin: They used their oil to really create a massive future fund…

Paul Cleary: Exactly, it was a massive future fund. Something that Australia could actually think about well with all the revenue we're getting from the commodity boom.


Essentially Timor is only spending about half the money and the idea is at the end of it, when the oil runs out, they'll have this massive fund and they can live of the interest forever.

Mark Colvin: This is to overcome what some people call the curse of oil?

Paul Cleary: The resource curse, that's right, or the paradox of plenty. All these problems that these countries get a huge influx of revenue, it inflates their exchange rate, political leaders go and spend money on weapons and big grandiose palaces and things. So the idea is to have the fiscal discipline.

The problem with Timor had been though is that they haven't done a very good job spending the money. And this has been the real weakness in the current government.

Mark Colvin: Because what we see, what we tend to see on our television screens from Timor recently has been riots and poverty.

Paul Cleary: Well exactly, you got massive youth unemployment. I mean the East Timor economy went backwards for four years straight in per capita terms.

I mean no developing country coming out of a post conflict situation can really stay together under that situation. And that was really I think the background to this crisis that a lot of people will have overlooked.

That it was the Government's failure with the UN withdrawing rapidly and I think that was a problem Australia urged that of the United Nations to pull out the peacekeepers.

The economy imploded, and the Government was very fiscally conservative, I think they had some quite patronising ideas about the Timorese, that you can't trust them with money, and they'll have this dependency mentality but there just wasn't enough money circulating around the economy.

Mark Colvin: Paul Cleary whose book Shakedown was released today.

Timor party calls for prosecutions

The Age (Melbourne) - Saturday, June 2, 2007

by Lindsay Murdoch

East Timor's ruling Fretilin party has declared its support for the prosecution of people responsible for atrocities committed in the country, making controversy over reluctance to put former Indonesian military officers on trial a key issue of parliamentary elections.

The party has also said that a joint Indonesian-East Timor commission should not lead to amnesties for those who committed serious crimes, contradicting comments by an Indonesian-appointed commission member.

In a surprise move, Fretilin has recruited Aniceto Guterres, East Timor's most respected human rights campaigner and member of the Commission of Truth and Friendship, to be one of its candidates at the election on June 30.

Mr Guterres said yesterday that East Timor's desire to have good relations with Indonesia "should not result in our nation doing things which result in justice not being pursued or the process of reconciliation between our nations neglected". He also said that amnesties "should not be a pre-condition for co-operating with investigations".

"Fretilin believes the search for justice should begin with thorough investigations into crimes, which lead to prosecutions, trials and sentencing," Mr Guterres said.

The comments will put pressure on former president Xanana Gusmao, who has formed his own party in a bid to oust Fretilin from power.

Mr Gusmao has argued against international calls to prosecute Indonesians responsible for crimes against humanity committed in East Timor in 1999, saying the country must have good relations with its giant neighbour.

Rights campaigner to stand for Fretilin

Sydney Morning Herald - June 2, 2007

Lindsay Murdoch

East Timor's ruling Fretilin party says it will support the prosecution of people responsible for atrocities committed in the country, including former Indonesian military officers.

The party also said that a joint Indonesian-East Timorese commission should not lead to amnesties for those who committed serious crimes, contradicting comments by an Indonesian-appointed commission member.

In a surprise move, Fretilin has recruited Aniceto Guterres, East Timor's most respected human rights campaigner and a member of the Commission of Truth and Friendship, to be one its candidates at the country's parliamentary elections on June 30.

Mr Guterres said yesterday that East Timor's desire to have good relations with Indonesia "should not result in our nation doing things which result in justice not being pursued or the process of reconciliation between our nations neglected".

"Fretilin believes the search for justice should begin with thorough investigations into crimes which lead to prosecutions, trials and sentencing," Mr Guterres said.

The comments will put pressure on the former president Xanana Gusmao, who has formed his own party in an attempt to oust Fretilin from power. Mr Gusmao has argued against international calls to prosecute Indonesians responsible crimes against humanity committed in East Timor in 1999, saying the country must have good relations with its giant neighbour.

Fretilin has also been slow to confront the findings and recommendations of a United Nations-sponsored inquiry whose report, released in late 2005, detailed atrocities including systematic violence in East Timor between 1975 and 1999.

But Mr Guterres said that, if re-elected, Fretilin would give priority to the recommendations of the Commission for Reception, Truth and Reconciliation, which he chaired.

He also said that the separate Commission of Truth and Friendship, of which he is also a member, should use amnesties only in some cases such as "where it can lead to the uncovering of the truth which is essential to achieving justice and reconciliation".

This contradicts Achmad Ali, an Indonesian member of the commission, who said earlier this year that those accused should receive amnesties if they admit their involvement and apologise to their victims.

Reinado's lawyer denies Indonesia asylum bid

AFP/ABC - Saturday, June 2, 2007. 7:45pm (AEST)

The lawyer of fugitive East Timor rebel Major Alfredo Reinado has denied reports his client has flown to Indonesia to seek asylum.

But Benevides Correia says he has not had any contact with his client since last Sunday. "I can say that the rumours saying that Reinado sought political asylum are untrue," Mr Correia told AFP of the report in the Voice of East Timor newspaper.

"He disappeared since his appearance on Metro TV. I haven't had contact with him since then. We usually made daily contact," he said.

Reinado appeared on television last Sunday, raising questions about his location.

Reinado, who commands support from frustrated groups from East Timor's west, had earlier indicated he was ready to lay down his weapons and give himself up.

He has been on the run since Australian-led troops attacked his mountain hideout in March, killing five of his armed supporters in a failed offensive.

The fugitive has previously been blamed in part for last year's unrest, after he and others led 600 soldiers to desert the army over claims of discrimination.

The soldiers were sacked by the then prime minister, sparking firefights between factions of the military that degenerated into gang violence.

At least 37 people were killed, another 150,000 displaced and Australian-led international peacekeepers were dispatched to restore security.

The government approved the manhunt in February after Reinado attacked several border police outposts and fled with dozens of weapons.

Ramos-Horta visita Indonésia entre 4 e 6 de Junho

Lusa - 02-06-2007 13:15

O Presidente da República timorense realiza entre 04 e 06 de Junho uma visita à Indonésia, a primeira viagem oficial de José Ramos-Horta ao estrangeiro depois de ser eleito chefe de Estado.

A visita do Nobel da Paz à antiga potência ocupante de Timor-Leste inclui encontros com o Presidente Susilo Bambang Yudhoyono e outras autoridades indonésias, além de uma reunião com potenciais investidores da Indonésia e uma visita ao Museu Nacional de Kalibata.

Na agenda dos contactos bilaterais está a delimitação definitiva das fronteiras entre os dois países e o seguimento dos trabalhos das comissões criadas para investigar os crimes cometidos durante a ocupação e em torno do referendo de Agosto de 1999 pela independência do território.
A Indonésia invadiu Timor-Leste, colónia portuguesa não descolonizada, em 1975 e ocupou o território até 1999, considerando-o mais uma província do país.

«Chega!», o relatório final da Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação timorense, situa o número mínimo de mortes durante esses 24 anos em cerca de 102 mil (cerca de 18.600 timorenses mortos pelas forças ocupantes e cerca de 84.200 vítimas de doenças ou da fome).

Vários dos principais responsáveis directos pelos crimes durante a ocupação e durante o referendo de 1999 ocupam actualmente o topo da hierarquia política e militar indonésia e nunca foram punidos, como vêm denunciando muitas organizações timorenses e internacionais de direitos humanos.

Timor-Leste: Austrália praticou "extorsão" no Mar de Timor, diz autor australiano

Lusa - 02-06-2007 14:26

Díli - As negociações e a partilha de recursos impostos pela Austrália a Timor-Leste foram equivalentes a extorsão e intimidação, acusa um autor australiano no seu último livro sobre as negociações do Tratado do Mar de Timor.

"Penso que houve muita intimidação" por parte da Austrália durante as negociações sobre a partilha de recursos do Mar de Timor, afirmou o autor Paul Cleary à rádio australiana ABC.

Paul Cleary, um ex-jornalista do Sydney Morning Herald que viria a ser nomeado pelo Banco Mundial para conselheiro do primeiro-ministro timorense, lançou esta semana o livro "Shakedown", um termo de gíria para extorsão.

Na entrevista à ABC, Cleary acusa o chefe da diplomacia australiano, Alexander Downer, de lançar à mesa de negociações que a Austrália "é um país rico e pode adiar esta questão por 30, 40 ou 50 anos".

Downer, segundo Paul Cleary, chegou a ameaçar "cortar mesmo a Timor-Leste os recursos económicos vitais para interromper o desenvolvimento do Mar de Timor, a menos que Timor-Leste assinasse a partilha de 80 por cento dos seus direitos no maior campo petrolífero da área".

Paul Cleary refere-se ao campo Greater Sunrise, o centro da maior discórdia entre Díli e Camberra, cujo acordo de partilha de receitas foi ratificado apenas este ano pelos parlamentos dos dois países.

"Vocês entregam os direitos deste campo às 17:00 do dia 28 de Outubro e nós damo-vos três biliões de dólares e mais nada", propôs a delegação australiano aos timorenses, recordou Paul Cleary na entrevista à ABC.

"Entretanto, a Austrália já estava a explorar os recursos, o que é contra o direito internacional", declarou o autor australiano.

"Penso que havia do lado timorense a vontade de adiar a decisão mas o país necessitava de começar a receber os recursos e por isso o Tratado do Mar de Timor começou a ser negociado em 2000 e foi assinado em 2002", explicou o autor na entrevista.

Paul Cleary lembra em "Shakedown" que o principal negociador de Camberra no Tratado do Mar de Timor, Doug Chester, "impôs basicamente um ultimato a Timor-Leste", como acusou na altura o então chefe da diplomacia timorense, José Ramos-Horta.

"O senhor Doug Chester disse-nos simplesmente: 'é pegar ou largar'", declarou na ronda negocial o actual Presidente da República timorense. "Claro que nós não podemos aceitar ultimatos, não podemos aceitar chantagem, somos pobres mas temos um sentido de honra e de dignidade dos nossos direitos".

Para Paul Cleary, os 50 por cento das receitas do Greater Sunrise conseguidos por Timor-Leste "é provavelmente o mínimo aceitável para os timorenses e o máximo que a Austrália estava disposta a entregar".

Sobre a crise em que o país mergulhou em 2006, Paul Cleary considerou na entrevista à ABC que "o problema é que os timorenses não fizeram um trabalho muito bom a gastar o dinheiro. E esta tem sido a verdadeira fraqueza no actual Governo".

"A economia de Timor-Leste recuou de repente quatro anos em termos de rendimento per capita", acrescentou o autor australiano.

"Shakedown - Australia's Grab for Timor Oil" foi lançado pela Allen & Unwin. "Descrição: a história apaixonante de como a Austrália tentou conseguir à força que Timor-Leste abrisse mão dos seus direitos aos lucrativos recursos de petróleo e gás natural do Mar de Timor e das pessoas, tanto heróis como vilões, que disputaram o jogo pelo futuro de uma nação", afirma a nota na página internet da editora do livro.

Primeiro-ministro do Kuwait lança cooperação bilateral

Lusa - 01-06-2007

O governo timorense assinou hoje quatro protocolos e um memorando com o Kuwait, lançando as bases da cooperação bilateral entre os dois países, durante uma visita oficial do primeiro-ministro daquele país, sheikh Nasser Al-Mohammed Al-Ahmed Al-Sabah.

O primeiro-ministro do Kuwait esteve apenas algumas horas em Díli, onde assinou, ao fim da tarde, um pacote de cooperação longamente negociado entre os dois países, desde o I Governo Constitucional timorense, chefiado por Mari Alkatiri, depois pelo executivo liderado por José Ramos-Horta e, recentemente, por um grupo técnico na transição para o governo liderado por Estanislau da Silva.

A cooperação entre Timor-Leste e o Kuwait passa a dispor de um quadro legal que inclui protocolos de cooperação técnica e económica, de promoção e protecção recíproca de investimentos, de cooperação na área do comércio e a criação de uma comissão mista. Os dois países assinaram ainda um memorando de relações bilaterais entre os ministérios dos Negócios Estrangeiros.

"Não queremos burocracias, queremos que as coisas andem depressa", afirmou o primeiro-ministro do Kuwait, que agradeceu ainda a hospitalidade timorense.

"Esperamos do vosso lado mais do que vós esperais do nosso", respondeu, por seu lado, o chefe do governo timorense, Estanislau da Silva.

José Ramos-Horta, que espera visitar o Kuwait no final deste ano, recordou que os dois países conheceram "atribulações semelhantes na sua história recente, que foram ultrapassadas de uma forma parecida, com grande contribuição da comunidade internacional".

O Presidente da República acrescentou que Timor-Leste é um dos países onde a comunidade internacional mais contribui em termos per capita: 200 dólares (149 euros), bastante mais do que os doze dólares (nove euros) per capita que o Afeganistão recebeu nos últimos anos.

O primeiro-ministro do Kuwait anunciou que pretende abrir rapidamente uma representação diplomática em Díli e as autoridades pediram já ao governo timorense um terreno de oito mil metros quadrados para instalar a sua missão.

Com o xeque Nasser Al-Mohammed Al-Ahmed Al-Sabah, viajou um grupo de membros do governo do Kuwait, de empresários e o director do Kuwait Fund.

O Kuwait poderá desempenhar um papel no sector petrolífero timorense, reconheceu o primeiro-ministro, Estanislau da Silva. O chefe do governo timorense adiantou à imprensa que continua em cima da mesa a hipótese de o "pipeline" do gás natural do Mar de Timor terminar na costa sul, em vez de ir na direcção inversa, para Darwin, Austrália.

Timor-Leste/Eleições: "Vamos impor disciplina" - Xanana Gusmão

Lusa – 1 Junho 2007, 10:00

Por Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa

Díli - Xanana Gusmão pretende "impor disciplina" ao Governo e ao Parlamento se o Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste vencer as legislativas de 30 de Junho, declarou à Lusa o ex-Presidente da República no terceiro dia da campanha eleitoral.

"Vai-se impor ali disciplina", referiu o presidente e cabeça-de-lista do CNRT para as legislativas, entrevistado pela Lusa em Baucau, segunda cidade do país, depois de um comício do CNRT na Missão Católica - o primeiro autorizado naquele recinto.

"Nós estamos a construir o Estado", afirmou. "Temos que, em primeiro lugar, construir as nossas mentalidades também. Muitas vezes os deputados faltam porque têm uma hora a dar numa universidade e outra noutra".

"Discutem mais corriqueirices e gritam mais sobre mazelas do que sobre coisas do interesse nacional", acusou Xanana Gusmão, referindo que o Parlamento na primeira legislatura serviu para "cerrar punhos e dar saudações".

"Por muitos anos, o Governo só olhou para o Governo. Não olha para os tribunais, para outros órgãos, nem para a Presidência. O Estado é o Governo porque o Governo nem é um partido. É o partido", sublinhou Xanana Gusmão numa entrevista em que dirigiu fortes críticas ao partido maioritário FRETILIN.

"Eu saí da FRETILIN mas não reclamem que tudo foi feito pela FRETILIN. Eles não aceitam os crimes que nós cometemos. Só os direitos", comentou o ex-Presidente.

"Não estou a correr atrás do poder mas quero arrebatar o poder da mão de pessoas que não têm sensibilidade nenhuma perante o sofrimento do povo", respondeu Xanana Gusmão quando interrogado sobre se quer ser primeiro-ministro.

"A lei faz-se. Mas estando no Governo, executa-se e implementa-se o que se quer", acrescentou o líder do CNRT.

Sobre a hipótese de uma coligação com a FRETILIN para governar, o líder do CNRT respondeu que coloca "a questão noutros termos: tenho um conceito de unidade nacional que não é o ajuntamento de pessoas vindas de todos os partidos".

"O projecto do CNRT é reparar o mal que apareceu com a crise (de 2006), a falta de unidade nacional. A unidade quebrou-se. A estabilidade ficou como sabemos".

"Hoje, a cultura política é de intimidação, de violência, de minimização de outras forças", declarou o ex-Presidente enquanto, no exterior do edifício onde decorria a entrevista, militantes do CNRT e uma caravana da FRETILIN trocavam insultos diante de polícias de choque das Nações Unidas.

"O conceito de unidade que percebi durante a luta (de libertação nacional) é em torno de um objectivo", explicou o antigo comandante das FALINTIL.

"A Igreja uniu-se a nós e participou porque sabia que a luta tinha o objectivo de libertar a pátria. Os que estavam bem com o regime indonésio, os militares, os paramilitares, os administradores, quando fomos bater à sua consciência de que são filhos desta terra, mudaram e participaram", recordou Xanana Gusmão, exemplificando com "uma história".

"Havia na resistência clandestina pessoas que eram capturadas pelos indonésios", recordou. "Depois de umas grandes sovas, ficavam sem uns dentes e os nossos diziam assim: parte-nos o resto porque, se ficar assim, ainda há para outra vez. Faz-me o trabalho já de uma vez".

Para o ex-Presidente, este tipo de comportamento existia "porque havia um ideal. Agora, as pessoas são facilmente alienadas porque não temos nenhum ideal, não temos nada em comum, estamos numa confusão".

"O CNRT aparece para mudar a cultura política, que me faz lembrar o fanatismo político e radicalismo partidário que nós, a geração velha, implantou em 1975, de que resultou a guerra civil, de que resultou a falta de aceitação ao diálogo. Hoje em dia estamos a viver a mesma coisa", declarou Xanana Gusmão.

"Governar é servir e pensar que os 24 anos de sacrifícios deste povo não foram uma heroicidade do Xanana nem foram um milagre das FALINTIL, mas a participação do povo", comentou.

O CNRT, explicou, propõe "o programa de desenvolvimento nacional para motivar as pessoas a aceitar sacrifícios e a trabalhar".

O partido de Xanana Gusmão propõe, se vencer as eleições, "realizar uma reforma estrutural do Governo e da Administração no primeiro ano", uma "reforma do Parlamento", "corrigir leis que não servem, como a lei do investimento" e "as leis que visavam servir os interesses de um grupo".

"Nós aparecemos para dizer aos timorenses que, se querem continuar a viver como estão, sigam aqueles que nós conhecemos. Ou se querem ter uma percepção e participar na elaboração de uma avenida comum. As avenidas fazem-se centímetro a centímetro, não aparecem feitas como se fosse um tapete", afirmou ainda o ex-Presidente.

"O povo não sabe para onde vai. Anda a perguntar. Não sabe o que pode garantir que pode viver bem. O CNRT propõe uma sinergia de ouvir, receber e dar que pode motivar o povo para uma visão do futuro", explicou Xanana Gusmão, declarando: "O futuro está aí".

Questionado sobre o que pensa o CNRT das opções da FRETILIN a longo prazo, Xanana Gusmão respondeu que "o fundo petrolífero não é desenvolvimento. O fundo é um factor, aliciante às vezes, mas é um factor que pode alicerçar um programa de desenvolvimento".

O Governo da FRETILIN "diz que guardamos ali o dinheiro para a futura geração e a futura geração é analfabeta, é doente, morre. Para quando? Para os netos deles?", acusou o ex-Presidente.

"Muitas vezes pedi-lhes: qual é o vosso plano? [Responderam que] o plano está na visão. A visão não é plano!", concluiu Xanana Gusmão.

No comício de Baucau, o CNRT contou com vários nomes do Grupo Mudança da FRETILIN, como o coordenador Vítor da Costa e o ex-chefe da diplomacia timorense, José Luís Guterres.

PRM-Lusa/fim

ETimor prime minister vows action after election violence

Agence France-Presse - Friday, June 1, 2007

East Timor's interim prime minister Friday vowed stern action after clashes between campaigners supporting rival political parties in the nation's second-largest city.

Several people were injured when violence erupted at a campaign rally in Baucau between supporters of the new party of former president Xanana Gusmao and the dominant Fretilin party, the Timor Leste newspaper said.

Campaigning kicked off this week for the crucial June 30 election to choose a new prime minister and parliament.

Prime Minister Estanislau da Silva said the clashes on Thursday were a setback for the country.

"Nobody supports this kind of incident. Stern measures will be taken against those responsible. This is important, to show that we want our country to progress with peace and stability," da Silva told reporters Friday.

He took over the job last month from Nobel Peace Prize winner Jose Ramos-Horta who was elected president in a landslide, raising hopes he could help pull the nation from its cycle of violence and poverty.

One person was killed this week when a hand grenade exploded during gang fighting in the capital, police have said.

Tensions have been simmering since the tiny nation descended into turmoil last May when firefights erupted between factions of the military and between police, degenerating into gang violence.

At least 37 people were killed, another 150,000 were forced to flee their homes and foreign peacekeepers were deployed to restore calm.

Fears are held of more unrest surrounding the June 30 election, triggered by supporters of the losing candidates.

Impoverished East Timor gained its independence in 2002 after a bloody separation from occupying Indonesia three years earlier.

Fretilin pede investigação de crimes na ocupação militar do Timor

EFE - 1 Junho 2007, 02:41


Díli - O Fretilin, maior partido político do Timor-Leste, anunciou hoje que pedirá o julgamento de todas as pessoas que cometeram crimes contra o povo timorense durante o período de ocupação militar por parte da Indonésia (1975-1999).

Aniceto Guterres, porta-voz da Frente de Resistência do Timor-Leste Independiente (Fretilin), denunciou que antigos membros da milícia pró-indonésia serão candidatos nas eleições legislativas de 30 de junho, disputando cadeiras no Parlamento.

Guterres, que também disputa as eleições, afirmou além disso que seu partido é contra qualquer anistia a pessoas que tenham cometido "crimes sérios" durante os anos de ocupação militar.

"A concessão de anistias não deve ser uma condição prévia para começar as investigações. É uma ferramenta que só deve ser utilizada nas circunstâncias adequadas, por exemplo quando pode levar a descobrir a verdade, que é essencial para a justiça e a reconciliação", acrescentou o porta-voz.

Guterres destacou a importância de manter boas relações com o país vizinho, mas ressaltou que a diplomacia não deve impedir o Timor-Leste de fazer justiça.

Pelo menos 102 mil timorenses morreram entre 1975 e 1999, em conseqüência direta da ocupação por parte do Exército indonésio, segundo dados da Comissão para a Verdade e Reconciliação, em Jacarta, que documentou torturas e abusos sexuais cometidos pelos soldados indonésios.

A invasão indonésia, em dezembro de 1975, foi apoiada tacitamente pelos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão, entre outros países, que temiam que o território pudesse se transformar numa espécie de Cuba do Sudeste Asiático.

Quase trinta anos depois, a comunidade internacional mudou de opinião e interveio em favor da autodeterminação dos timorenses, que em 30 de agosto de 1999 confirmaram seu desejo de independência.

A transição à democracia na antiga colônia portuguesa foi violenta. As tropas indonésias e as milícias locais incendiaram e destruíram cidades e aldeias, mataram cerca de mil pessoas e deportaram para a Indonésia outras 200 mil.

O Timor-Leste nasceu oficialmente como país independente em maio de 2002. É uma das nações mais pobres do planeta.

Kuwaiti premier''s Asian tour reflects East-West "policy balance" – diplomat

Kuna - June 1, 2007 11:13:00 AM

By Najem Abdullah Jakarta

Kuwait's Foreign Undersecretary Ambassador Khalid Al-Jarallah underscored Friday the importance of His Highness the Prime Minister's Southeast Asian tour, saying it "reflects Kuwait's diplomatic and economic foreign policies that are based on balance between the East and the West." Speaking to Kuwait News Agency (Kuna), the undersecretary, who is accompanying the Kuwaiti premier on his tour, said the aim of these visits was to "boost Kuwait's relations with these Asian countries."


His Highness the Prime Minister Sheikh Nasser Al-Mohammad Al-Ahmad Al-Sabah started his tour in Vietnam, then Malaysia and Indonesia, and would be going on to East Timor and Singapore.

Asked about the significance of visiting these countries at this time, Al-Jarallah said, "There are many reasons, and one is that we seek to maintain political balance between the East and West, while not forgetting the active economic role played by these countries." The undersecretary also said Kuwait intended to inaugurate an embassy in Vietnam to boost its presence in Southeast Asia.

This tour, he added, had led to signing a number of agreements that would further consolidate Kuwait's bilateral relations with these countries in the economic, political, and technical fields.
Moreover, Al-Jarallah noted the Kuwaiti government's keenness for supporting its businessmen so as to increase investment opportunities and expanding their operations in such promising regions.

Fretilin Fails to Abide by its Own Legislation

Media Release CNRT - Thursday, May 31, 2007 1:07 AM AEST

Dili, 29th May 2007 - Less than a week after forcing legislation through parliament on the 18th May 2007, Fretilin Minister Cipriana Pereira today failed to comply with her own party's legislation on negative electioneering.

The National Parliament of East Timor enacted new laws said to combat voter intimidation and vote buying at the parliamentary elections scheduled for 30th June. The ruling Fretilin party pushed the laws through the country's legislature while opposition parties walked out in protest at the erosion of democratic rights when debate on the amendments to the electoral laws began.


The amendments contain stiff fines and jail terms for offences such as deliberately and wilfully but falsely accusing another person of breaching the electoral law and lodging complaints made in bad faith and without foundation regarding the electoral authorities and their lawful decisions.


At the time Fretilin Central Committee member Francisco Branco stated that the new penal provisions were designed to clean up "negative electioneering of the type employed in the Presidential elections against Fretilin's candidate."


The negative campaigning referred to was President Jose Ramos-Horta repeatedly speaking out about reports of voter intimidation and vote buying by Fretilin Party radicals.


Fretilin Minister Cipriana Pereira today made false accusations of corruption against President Xanana Gusmao's office in a discussion on good Governance & Corruption, an act that surely counts as negative campaigning.


This failure to abide by its own mandates is symptomatic of Fretilin's tenure of Government. An arrogant approach to the people and institutions of a nation brought to crisis by poor governance and inherent corruption within its governing party.


For Further Information contact: Tania Correia t: +670 735 8696 e: taniabcorreia@gmail.com

CNRT Vows to Free the People of East Timor

Media Release CNRT - Thursday, May 31, 2007 12:02 AM AEST

Dili - 29th May 2007 - Congresso Nacional da Reconstruo de Timor (CNRT), the new political party headed by former President Xanana Gusmao, today renewed its pledge to free the people of East Timor from poverty and corruption at a Rally in Los Palos, attended by over 8,000 people.

As campaigning for the June 30th parliamentary elections began in earnest, Gusmao hit the campaign trail, visiting three villages on route to Los Palos, and delivered one of his most passionate speeches since being elected President of East Timor in 2002.
"It is very clear to all our people that the current Fretilin Government has failed. It has failed in a multitude of ways, and failed in a dramatic fashion. Fretilin came to power five years ago,
and to date their legacy is to have failed the people, failed the elderly, failed the war veterans and failed our youth," stated Gusmao.

"Fretilin talk of having a master plan for our proud nation, they have had five years to demonstrate their master plan yet still all we see is suffering. Where is the infrastructure, the water, the electricity, and the roads? Why are people still starving, naked and without shelter? Fretilin has failed our people, but CNRT vows to free them from their suffering.

"We need to focus on building the essentials to alleviate the burden on our people. We need to build hospitals, invest in educating our youth for the future, construct roads to allow the simple transport of goods. We need to attract foreign investment to help us rebuild our country, stimulate our economy and create employment.

"This is why I stand before you today and proudly lead the CNRT, with the promise to serve the people first and to lead a political party to deliver on these promises. It is time for change!

"We must change from a culture of nepotism to a culture of justice, from a culture of servility to a culture of transparency, from a culture of personal interest to a culture of social solidarity, from
a culture of arrogance to a culture of tolerance, from a culture of corruption to a culture of responsibility.

"I am personally ashamed of the actions of this self serving Fretilin administration, they have done little for the people, yet are more than happy to award themselves with legislation like the luxury pension bill. We need to form a Government to serve the people and put their interests ahead of its own, CNRT is the party to do this."

Xanana Gusmao was joined on stage by Jose Luis Gutteres of Fretilin Modanza, who lent his support to Gusmao and the CNRT. Gutteres highlighted how the ruling Fretilin Government had failed to deliver peace and stability, let alone alleviate the suffering of the people.

CNRT was founded on the 28th March 2007 to unite the people of East Timor. The party stands for the elimination of poverty, reconstruction of government and the rebuilding of a nation in crisis.
Following the events of May/June 2006 the country has suffered due to poor governance and corruption by the ruling party, Fretilin. CNRT vows to heal the fractures in the fragile nation and invest in building a peaceful and prosperous future for its people.

For Further Information contact: Tania Correia - e: taniabcorreia@gmail.com

Apologies to Indonesia anger Balibo families

The Age - June 1, 2007

Brendan Nicholson and Mark Forbes - With Reko Rennie, Ari Sharp

A powerful Indonesian politician at the centre of a diplomatic stoush with Canberra has received personal apologies from the Australian ambassador and NSW Premier Morris Iemma, apparently defusing the row.

Ambassador Bill Farmer visited Jakarta Governor Sutiyoso at his office yesterday to express "deep sympathy" over an incident involving the governor in Sydney this week.

Mr Iemma, whose Government hosted the governor in NSW, also wrote to him late yesterday apologising for "distress and inconvenience caused" during his stay.

Governor Sutiyoso, a prospective Indonesian presidential candidate, stormed out of Australia on Tuesday after he was confronted by NSW police at his hotel and asked to testify at the inquest into the 1975 Balibo incident in East Timor.

The governor claimed police barged unannounced into his room at the Shangri-La Hotel while he was resting.

But a relative of one of the five Australian newsmen killed as Indonesian troops invaded East Timor in 1975 last night expressed his disgust at the apologies. "The families have been waiting for 32 years for an apology for what is now recognised as an international war crime," said John Milkins, the son of Channel Seven cameraman Gary Cunningham. "Now we have the same excuse that saw them murdered in the first place: the national interest. Are we going to let justice and the Geneva Convention be thrown out in favour of gutless toadying to Indonesian Government pressure? … The coroner and an individual police officer are being hung out to dry by the federal and state governments."

One of the two officers involved, Detective Sergeant Steve Thomas, is now on leave and the subject of an inquiry.

The police were sent to the hotel by Deputy NSW Coroner Dorelle Pinch after she learned the governor of Jakarta was in Sydney and decided she would seek his testimony at the inquest into the death of Brian Peters, one of the newsmen killed in East Timor.

Governor Sutiyoso was the deputy commander of a special forces unit during the 1975 invasion but has denied any connection to the deaths.

His story about the hotel intrusion was backed yesterday by a hotel employee, who said police ordered a senior staff member to use a master key to gain entry. "They demanded access to the guest room," the employee told The Age.

Mr Iemma, in his letter of apology, said he had been advised there was a breakdown in communications between state agencies. "I apologise for the distress and inconvenience caused and regret your early departure from NSW," he wrote.

As anti-Australian protesters gathered outside the Australian embassy in Jakarta for the second day, Mr Farmer visited Governor Sutiyoso at Jakarta's city hall to apologise.

Governor Sutiyoso said later he had forgiven Mr Farmer.

"Before me and my staff he has extended an apology, his shock and his disappointment," he said. "We are a big-hearted nation. If they have extended an apology, we should not do things that are beyond the limit. We should repair the relationship."

Foreign Minister Alexander Downer phoned his Indonesian counterpart, Hassan Wirajuda, to tell him an investigation was under way. He said the Jakarta Governor was "of course, outraged" after the police officers walked into his room.

"Australians have to understand the concept of humiliation in Indonesia," Mr Downer said. "As the Indonesians would see it, this is an enormous humiliation for a major Indonesian figure."

In Jakarta, Foreign Ministry head Imron Cotan said he believed the issue would be overcome by the apologies. But he expressed concern over reports that the Sydney coronial inquiry could recommend that two former Indonesian army officers face war crimes charges.

The hotel incident received front-page coverage in Jakarta, with several newspapers suggesting the governor was the victim of a conspiracy.

While the apologies appeared to defuse the diplomatic row, they sparked anger among critics of Australian policies towards Indonesia. Academic Damien Kingsbury said Australia had a history of placating Jakarta. "If we were a bit more frank in the first instance, we wouldn't then have these kind of problems," said Dr Kingsbury, an associate professor at Deakin University.

Businessman Ian Melrose, who has financed advertisements about Indonesia's human rights record in East Timor and West Papua, said: "Five Australian journalists are killed and we apologise to the Indonesian Government. That's woeful."

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.