domingo, janeiro 07, 2007

Timor-Leste, uma mancha escura no legado de Ford

(Tradução da Margarida)

The Sydney Morning Herald
Hamish McDonald, Editor da Ásia-Pacífico
Janeiro 6, 2007

Nenhum dos elogios de Washington ou das necrologias dos media de referência, sobre o decente cidadão comum feito acidentalmente presidente depois das saídas forçadas de Richard Nixon e Spiro Agnew, fizeram referência a isso.

Isso foi o sinal verde que Ford deu ao Presidente Soeharto da Indonésia para a sua invasão de Timor-Leste em 1975.

Ford foi informado a primeira vez em Julho de 75 pelo então secretário de Estado, Henry Kissinger, que com os Portugueses a procurarem sair das suas colónias tão rapidamente quanto possível, que Soeharto planeava tomar Timor-Leste, pela força se necessário.

Soeharto deu fortes dicas disso numa visita a Washington mais tarde nesse mês, e não encontrou qualquer objecção. Em Agosto, um golpe instigado pelo grupo de Operações Especiais de Jacarta começou uma guerra civil entre partidos rivais Timorenses, com os Portugueses a porem-se de lado.

Tendo acabado de "perder" o Cambodia e o Vietname do Sul para forças comunistas forces, Kissinger deixou claro que os USA não estavam interessados em aborrecer o anti-comunista Soeharto por causa de Timor, especialmente porque o seu partido socialista Fretilin estava a emergir no topo. O seu enviado em Jacarta, David Newsom, disse a Richard Woolcott da Austrália que se a Indonésia invadisse, o devia fazer "efectivamente, rapidamente e sem usar o nosso equipamento".

Em Outubro, a Indonésia lançou uma invasão secreta do seu lado da ilha de Timor e no final de Novembro, quando os Indonésios avançavam devagar em direcção a Dili, a Fretilin declarou a formação de uma república independente.

Isso apressou os planos da Indonésia, para impedir o reconhecimento diplomático do novo Estado. Durante a primeira semana de Dezembro, batalhões de pára-quedas e unidades da marinha foram aprontadas para ataques por ar e mar em Dili e Baucau, as duas cidades com aeroportos.

Mas Ford estava previsto em Jacarta no Sábado, 6 de Dezembro, para uma breve mas importante visita para balancear uma visita ao doente Mao Zedong em Pequim. Foi lá que recebeu um telegrama do embaixador dos USA em Jacarta sobre os planos de invasão de Timor.

Soeharto receava que a invasão de Timor resultasse no corte da ajuda militar dos USA e de outras ajudas ao seu regime. Mas a sua conversa com Ford, a gravação da qual só foi desclassificada em 2001, sossegou-o.

O líder Indonésio afirmou que Jacarta não tinha nenhuma "ambição territorial" mas que a Fretilin tinha recusado negociar com os outros quatro partidos que queriam a integração com a Indonésia (três deles eram actualmente criações Indonésias, o outro estava ~virtualmente prisioneiro) e tinha declarado a independência.

"Queremos a vossa compreensão," disse Soeharto, "se considerarmos necessário tomarmos acção rápida ou drástica."

"Compreenderemos e não o pressionaremos nesse assunto," respondeu Ford. "Compreendemos o problema e as intenções que tem."

Kissinger comentou que "o uso de armas fabricadas nos USA podiam criar problemas", mas disse: "Depende de como fizer isso; se é em auto-defesa ou se é uma operação estrangeira." Acrescentou : "É importante que seja o que for que faça tenha sucesso rapidamente."

Soeharto lançou a invasão na madrugada seguinte quando Ford voava para casa.

Entrevistado pelo realizador de cinema Allan Nairn em 1991, Ford disse que não se lembrava do que dissera a Soeharto.

Ford foi na verdade o presidente para quem se cunhou a descrição de não ser capaz de "andar e mastigar pastilha elástica ao mesmo tempo”. Kissinger era de longe a parte responsável Americana mais conscientemente responsável.

Os arquivos dos USA acrescentam uma dimensão aos registos Australianos do princípio de 1976 acabados de liberar sob a lei dos 30 anos, quando o novo governo de Malcolm Fraser lidava com o facto consumado da invasão Indonésia.

Fraser não teria claramente nenhum apoio de Washington se se quisesse opor ou tentasse reverter a anexação de Timor.

Mas é improvável que o faria, de qualquer modo: em Setembro de 1975, o seu então porta-voz dos negócios estrangeiros, Andrew Peacock, tinha dito a figuras chaves das forças militares Indonésias que não seriam levantadas objecções à invasão, de acordo com um registo Indonésio que passou para fora.

Os historiadores argumentarão sobre se Gough Whitlam podia ter obtido o apoio dos USA para um processo de auto-determinação adequado para Timor – tivesse ele adoptado o conselho do oficial de defesa de Canberra, Bill Pritchett durante 1974 e 1975.

Depois de confrontos sobre o Vietname, Pine Gap, e noutros assuntos de segurança, as relações de Whitlam com Kissinger não eram calorosas, mas os Americanos podiam estar abertos ao argumento de Pritchett que uma invasão não seria rápida e limpa. Acabava sempre por usar armas americanas.

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NOTÍCIAS UNMIT - tradução da Margarida

Relatos dos Media Nacionais:

TP - Timor Post
DN - Diário Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Rádio e Televisão de Timor-Leste

UNMIT Revista dos Media Diários – Quinta-feira, 4 Janeiro 2007

Provedor entrevista Rogério Lobato

O Vice-Provedor para os Direitos Humanos e Justiça, Silvério Pinto, visitou ontem o antigo Ministro do Interior, Rogério Lobato na sua residência para fornecer informação em relação a casos que aconteceram em 28-29 Abril de 2006. Depois do encontro, o Sr. Pinto disse aos jornalistas que o objectivo da sua visita era fornecer informação em relação aos incidentes ao Sr. Lobato. Acrescentou ainda que a razão do Provedor não chamar o Sr. Lobato ao seu gabinete era porque isso demoraria muito tempo visto que o Provedor deve seguir regras e procedimentos no Gabinete do Procurador-Geral. Entretanto o advogado do Sr Lobato, o Sr. Paulo Remédios disse que o seu cliente estava a colaborar e a responder a todas as perguntas que vieram do Provedor. (STL, TP)

O PSD ganhará 18 lugares no parlamento

O Vice-Presidente do PSD e deputado, João Gonçalves, disse aos jornalistas que prevê que o PSD ganhe 18 lugares no parlamento porque o PSD distribuiu 130,000 cartões a todos os militantes do PSD. O Sr. Gonçalves acrescentou que prevê isto porque há ainda pedidos nos distritos para produzir mais cartões para militantes. (STL)

A FNJP realizará manifestação em breve

No Sábado, FNJP, jovens, académicos e partidos políticos encontraram-se no salão SKB em Villa-Verde para trocar opiniões e ideias para acelerar o processo judicial que é muito lento e parece ser injusto para o povo de Timor-Leste. Os resultados do encontro foi preparar uma nova estrutura para preparar manifestções que se realizarão em 5 de Janeiro e também mudar o nome da FNJP para MUNJ com o objectivo de ter em conta todos os povos de Timor-Leste. (TP)

RTTL títulos das notícias

Apelo para a coperação entre o povo e a UNPol

A porta-voz da UNPol, Srª Mónica Rodrigues apelou a todas as pessoas para colaborarem com a UNPol a tratar problemas de segurança na cidade e para não darem informações incorrectas à polícia. Também pediu às pessoas para usarem a linha gratuita de telefone 112 adequadamente e com sabedoria e para não a usarem para se divertir e brincar. A Srª Rodrigues disse ainda que a UNPol prendeu vários suspeito que estiveram envolvidos nos incidentes recentes na ponte de Comoro e em Kampun Alor no mês passado de que resultou uma morte.

As pessoas não estão satisfeitas com alguns dos planos do Governo

Ontem, um homem do Merkado lama expressou o seu desapontamento com o governo por causa de os ter mudado de local antes de lhes pedir para saírem, sem coordenação adequada. Lamentou que o governo tenha de informar as pessoas antes de lhes pedir para saírem. Parece que o governo só cria mais problemas às pessoas porque nem sequer resolvem os problemas dos deslocados, acrescentou.

Reunião extraordinária do Conselho de Ministros

Ontem o Conselho de Ministros teve uma reunião extraordinária para decidir sobre os membros da comissão efectiva das eleições. O Sr. João Alves, porta-voz do Conselho de Ministros, disse que os Ministros nomearam quatro pessoas para o posto da Comissão Efectiva para as Eleições. Há três membros permanentes e um suplente. Os quatro foi eleitos por unanimidade, acrescentou o Sr. João.

Mantenham a esperança para a nova luz

O Bispo da Diocese de Dili apelou aos Timorenses para manterem a esperança para nova luz para este país e o seu povo. Na ocasião da preparação para o Ano Mariano e a celebração do 200º Aniversário da Missão das irmãs Canossianas no mundo, o Bispo celebrou missa na Catedral de Dili. Na homilia o Bispo convidou as pessoas a respeitarem-se e a amarem-se umas às outras e a rezar para que Deus traga sabedoria aos líderes de modo a encontrarem soluções para os problemas que o país enfrenta hoje. Também urgiu a todos para trabalharem juntos para restaurar a paz e a estabilidade.

Centro de Notícias da ONU - 4 Janeiro 2007

A ONU apela a acção rápida em Timor-Leste sobre o relatório da comissão à violência em 2006

Apoiando fortemente o inquérito do ano passado à violência mortal em Timor-Leste, a ONU apelou hoje a acção rápida sobre as suas recomendações, que inclui mais investigação bem como processamento aos responsáveis pelos confrontos que levaram a 37 mortes e forçaram 155,000 pessoas – 15 por cento da população – a fugir das suas casas.

O Representante Especial do Secretário-Geral, Atul Khare, que lidera a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT), sublinhou a necessidade do órgão mundial de trabalhar de perto com as autoridades sobre as conclusões do relatório da Comissão Especial Independente de Inquérito, que foi publicado em 17 de Outubro e submetido ao parlamento Timorense.

“É claramente da maior importância que o Governo de Timor-Leste e a ONU trabalhem juntos para assegurar o seguimento adequado das recomendações da Comissão de Inquérito,” disse numa conferência de imprensa na capital Dili.

“Primeiro e mais importante, devo dizer que a ONU e a UNMIT apoiam o relatório da Comissão de Inquérito e encoraja fortemente que se tomem medidas expeditas recomendadas.”

Exprimiu satisfação com o reconhecimento público de responsabilidades por algumas instituições e líderes em relação ao seu papel na crise.

A revisão pelo Parlamento do Relatório da Comissão de Inquérito deve responder a reparação para as vítimas e a propostas para o estabelecimento de vigilância independente cobrindo a polícia e os militares, acrescentou.

O Sr. Khare enfatizou ainda que a UNMIT “não apoia a impunidade para os crimes cometidos em Abril e Maio,” referindo-se à crise do ano passado que foi atribuída a diferenças entre as regiões do leste e do oeste do pequeno país do Sudeste Asiático que a ONU guiou para a independência da Indonésia em 2002.

Disse também que a missão, juntamente com o Programa de Desenvolvimento da ONU (UNDP) e outros parceiros, estava a trabalhar para reforçar o sistema da justiça, enquanto oficiais de polícia da ONU (UNPOL), que têm a responsabilidade do policiamento através do país, continua a treinar os oficiais nacionais ao mesmo tempo que mantém a lei e a ordem.

Também falou na conferência de imprensa de hoje o Vice-Representante Especial do Secretário-Geral para o Sector da Reforma da Segurança e da Aplicação da Lei em Timor-Leste, Eric Tan Huck Gim, que confirmou que a segurança no país continua a melhorar, e também analisou as eleições deste ano.

“A situação em Dili e através do país continua relativamente estável e a UNPOL está a controlar a segurança. Houve eventos recentes na véspera do Ano Novo que causaram um ligeiro pico e eventos isolados de incidentes de segurança à volta de Dili mas no geral foi bom ver os cidadãos a divertirem-se no Ano Novo e a receberem o Ano Novo com paz e calma.”

Transcrição da Conferência de Imprensa da UNMIT

Data: 4 de Janeiro de 2007
Local: Sala de Conferências da UNMIT
Hora: 11:00hrs – 12:00
Oradores: SRSG Atul Khare, Vice-SRSG Eric Tan
Tema: Relatório da Comissão de Inquérito e questões de segurança relacionadas

Porta-voz da UNMIT Allison Cooper

Obrigado a todos por terem vindo hoje. Antes de ouvirem os oradores, quero mencionar algumas coisas a seguir esta semana. Sobre os números de telefone do Escritório de Informação Pública, queremos acrescentar dois outros números para onde podem chamar. O primeiro é o meu – que é 723 0453. E aquele em que podem estar mais interessados até meio de Janeiro é o de Edio Guterres que é 728 1438. Ediio fala Tétum e Bahasa e concordou em ajudar no Escritório de Informação Pública até Ceu regressar em meados de Janeiro. E tenho esses números impressos desta folha para levarem antes de saírem, e tem também o e-mail. Podem enviar-me email para coopera@un.org.

Esta semana ouviremos o SRSG Khare que adiantará a posição de seis pontos da UNMIT de resposta ao Relatório da Comissão de Inquérito. Depois ouviremos o Vice- SRSG Eric Tan que fará a actualização da situação de segurança. Posso pedir para que quando chegarmos à parte das perguntas, que as pessoas indiquem os seus nomes e os das organizações dos media antes de fazer a pergunta e que façam uma pergunta de cada vez, por favor.

Então, passo agora ao SRSG Khare. Muito obrigado.

SRSG Atul Khare

Muito obrigado, e obrigado a todos por virem aqui hoje.

Deixem-me começar primeiro que tudo para desejar a todos vós, e através de vocês ao povo de Timor-Leste, um muito feliz Ano Novo de 2007. tenho esperança que este será um ano de reconciliação política, de maturidade, de crescimento e de desenvolvimento económico e de paz para o povo de Timor-Leste, para cada cidadão de Timor-Leste, e na verdade para o país como um todo. Tenho também esperança, de facto confiança, que este será o ano para eleições com sucesso, credíveis, livres e justas que se realizam sob um órgão independente, que se realizarão sem violência e cujos resultados serão aceites por todos.

Antes de falar sobre o Relatório da Comissão de Inquérito, quero lembrar que desde a minha primeira conferência de imprensa, que tenho através de vocês pedido para a família do falecido Sebastião concordar numa autópsia para determinar a verdade e seguir-se a justiça. Certamente que o Vice-SRSG Tan falará sobre este assunto quando fizer a actualização da situação de segurança, mas queria expressar publicamente e deixar registado a minha mais profunda apreciação ao Dr. José Ramos-Horta Primeiro-Ministro da República Democrática e também à Ministra da Administração do Estado Dr. Ana Pessoa pelo seu conselho e acompanhamento nesta matéria que nos tem sido muito útil.

Devem-se lembrar também que na minha primeira conferência de imprensa me perguntaram sobre a Comissão de Inquérito e este foi um assunto que se repetiu em todas as três conferências de imprensa desde então. Como disse em todas essas conferências de imprensa, a necessidade de justiça – e uma justiça – que seja transparente, justa e percebida como tal é um requerimento fundamental em qualquer democracia. Desde a crise de Abril/Maio, deram-se vários passos importantes para garantir que cada cidadão de Timor-Leste possa ver o registo desses eventos. Um desses passos foi a constituição da Comissão de Inquérito a pedido dos líderes de Timor-Leste para estabelecer os factos e clarificar a responsabilidade em relação aos incidentes que aconteceram em Abril/Maio do ano passado.

A Comissão de Inquérito, como sabem, entrevistou mais de 200 testemunhas e examinou 2,000 documentos. A Comissão não é um tribunal; não é uma autoridade de prossecução. A Comissão não toma nenhumas decisões em relação à culpa das pessoas nomeadas e é importante lembrar que qualquer pessoa nomeada pela Comissão tem o direito a um julgamento livre e justo. É claramente da maior importância que o Governo de Timor-Leste e a ONU trabalhem juntos para assegurar o seguimento adequado das recomendações da Comissão de Inquérito.

Primeiro e mais importante, devo dizer que a ONU e a UNMIT apoiam o relatório da Comissão de Inquérito e encorajam fortemente que se tomem acções expeditas sobre as recomendações.

A UNMIT está satisfeita, em segundo lugar, que tenha havido reconhecimento público de responsabilidades por algumas instituições bem como reconhecimento público pelos quatro líderes do Estado bem como dos Comandantes das F-FDTL e da PNTL em relação ao seu papel na crise.

Em terceiro lugar, gostaria de lembrar que a ONU não apoia a amnistia para grandes violações de direitos humanos. Estas incluem execuções extra-judiciais, sumárias ou arbitrárias, tortura ou desaparecimentos forçados. E a UNMIT não apoia a impunidade dos crimes cometidos em Abril e Maio, particularmente porque isso iria erodir ainda mais a fé na aplicação da lei neste país. Nos últimos 17 dias em que estou de regresso ao vosso país outra vez, fui encorajado por que todos os líderes de Timor-Leste me reiteraram a sua convicção pela procura da justiça.

Em quarto lugar, a UNMIT aguarda pela revisão do Parlamento do Relatório da Comissão de Inquérito r temos esperança de que responda tais assuntos como “reparação das vítimas” e propostas para o estabelecimento de ‘mecanismos de fiscalização para a polícia e forças armadas’ independentes, ambas as áreas requerem devate parlamentar e subsequente recomendação. Gostaria ainda de anotar a resolução do Conselho de Ministros de 1 de Dezembro no que respeita a reparação das vítimas dos eventos de Abril/Maio de 2006.

Em quinto lugar, UNMIT, UNDP e outros parceiros estão a trabalhar juntos para reforçar o sistema de justiça em termos de recursos humanos e institucionais adicionais para assegurar que o sistema de justiça tem capacidade para efectivamente processar os ofensores dos crimes cometidos em Abril e Maio.

Finalmente devo sublinhar que a UNMIT, sob o seu mandato executivo de policiamento, em cooperação com o governo, estabeleceu um processo de escrutínio para a. Mais de 200 oficiais da PNTL já se graduaram no processo e estão de volta ao serviço activo da polícia, sob acompanhamento da UNPol. Gostaríamos de encorajar o Ministério da Defesa e as F-FDTL a estabelecerem um processo de verificação similar para as forças militares.

Portanto esta é no geral a nossa posição sobre o Relatório da Comissão de Inquérito e o seu seguimento, uma questão que me têm perguntado repetidamente nas últimas três conferências de imprensa. Obviamente, gostaria de responder a questões, mas deixem antes disso que peça ao Vice-SRSG para vos dar uma breve actualização da situação da segurança.

Vice-SRSG Eric Tan

Muito obrigada. Também gostaria de desejar a todos um feliz ano novo e de tomar como meus os comentários do SRSG desde ano ser um ano de maturidade política e de estabilidade com todos nós a observar e testemunhar eleições livres, justas e pacíficas.

Deixem-me primeiro referir a segurança. A situação em Dili e através do país continua relativamente estável com a UNPol no controlo da segurança. Houve eventos recentes por volta da véspera do Ano Novo que causaram um pequeno pico de incidentes isolados de segurança à volta de Dili mas no geral foi muito bom ver os cidadãos a divertirem-se no Ano Novo e a dar as boas vindas ao Ano Novo com paz e calma.

Deixem-me passar para os esforços em curso para se fazer a autópsia. Lembram-se que aproximadamente há duas semanas lhes falei sobre uma morte por arma de fogo que levou à morte de um jovem depois duma luta de gangs em Dili em 17 de Dezembro. Durante essa conferência de imprensa assegurei-lhes que a UNMIT os manteria a todos informados sobre o progresso das investigações em relação com esta morte. Devem ainda lembrar-se que se fizeram vários apelos, através dos media e directamente à família, para o corpo ser exumado para que se possa estabelecer a verdade, e depois se possa fazer justiça. Graças aos bons ofícios do Primeiro-Ministro Ramos-Horta e da Ministra da Administração do Estado Ana Pessoa, a família aceitou que é necessário fazer-se uma autópsia. Estamos muito gratos com a assistência do Governo de Timor-Leste, e também com a compreensão da família.

Hoje em Viqueque uma equipa tentará exumar o corpo e levá-lo para Dili de helicóptero onde podemos esperar que a autópsia se complete. Compreendemos que pode ser muito difícil para a família, mas uma autópsia é absolutamente essencial para se estabelecer a verdade. A equipa em Viqueque, hoje, partilhará com vocês alguma informação, está a agir sob ordens emitidas pelo Gabinete do Procurador-Geral de 20 de Dezembro. Também, a equipa consiste de oficiais da PNTL, oficiais da UNPol, um padre, o Administrador do Distrito, bem como um membro nacional e um internacional do Gabinete do Procurador-Geral. Todos os direitos humanos e respeito pela família foram e continuarão a ser observados em cada estágio da exumação e da autópsia. A mesma observância de respeito bem como dos direitos humanos se verificará no regresso do corpo à família por este fim-de-semana. Finalmente, gostaria de reiterar as nossas condolências à família, em nome da UNMIT, mas gostaria de sublinhar que para se estabelecer da verdade e se fazer justiça, temos de fazer esta autópsia. Tenho ainda esperança que esses em Dili que ainda se engajam em actividades de gangs que anotem isto e as consequências do que pode acontecer quando se confrontam.

Muito obrigado.

Sessão de Perguntas e Respostas

Pergunta:
O meu nome é Joni do Timor-Post. Gostaria de abordar o caso da autópsia. Porque é que se faz agora a autópsia, quando as pessoas sabem que o incidente e a morte ocorreram em 17 (de Dezembro) e qual a razão porque se faz esta autópsia?

Resposta:
Vice-SRSG Eric Tan:

Obrigado pela sua questão. É um procedimento normal quando ocorre uma morte como esta que se faça uma autópsia tão cedo quanto possível. Tentámos fazer isso, mas infelizmente por causa da vontade da família eles levaram o corpo de regresso para ser sepultado. E temos feito várias tentativas desde então para os convencer dos bons propósitos por detrás da autópsia. Estamos contentes por finalmente poder agora realizar-se.

Pergunta:
O meu nome é Betty da Rádio Timor-Leste. Quero dirigir esta questão ao Sr. Atul Khare. Mencionou que a UNMIT não apoia a impunidade. É porque até agora o processo da justiça não se tem feito adequadamente que fez tal afirmação? Em segundo lugar, em relação à autópsia, quanto tempo demorará a completar?

Resposta:
SRSG Atul Khare:
Obrigado. Penso que a questão da impunidade não está relacionada com o que se tem feito ou não se tem feito em Timor-Leste. Têm-me perguntado desde a minha primeira conferência de imprensa, globalmente numa maneira holística, qual é a opinião da UNMIT sobre o Relatório da Comissão de Inquérito. E foi por isso que dei uma interpretação total das posições da UNMIT e como vemos o seguimento do Relatório da Comissão de Inquérito. E deixe-me sublinhar outra vez, para a Rádio Timor-Leste o que disse na minha apresentação, que fui encorajado pela minha conversa com todos os líderes de Timor-Leste que me reiteraram a sua convicção pela procura da justiça. Obviamente, há alguma ajuda institucional que será requerida no sector da justiça e é por isso que no meu quinto ponto indiquei que a UNMIT, UNDP e outros parceiros internacionais trabalharão para reforçar o sistema da justiça.

Quanto à segunda questão, acredito que depois do corpo do Sr. Sebastião Pinto vir para Dili uma autópsia normalmente é completada em 24 horas. Contudo, perceberá que não discutamos os resultados da autópsia porque os resultados da autópsia pertencem ao Procurador-Geral para tomar acções no interior do sistema da justiça. Obviamente, gostaria de aproveitar esta oportunidade para vos assegurar, assegurar as pessoas de Timor-Leste, - e através de vocês – a família, que logo que a autópsia esteja terminada a UNMIT com todo o respeito levará de volta o corpo para Viqueque e organizará o enterro de forma muito respeitosa. E como o Vice-Representante Especial Sr. Tan disse, esperamos que o enterro se realize no Sábado, se tudo se passar de acordo com o agendado.

Pergunta:
O meu nome é Maliana do STL e AP. Gostaria de fazer uma pergunta em relação à segurança. Na próxima Terça-feira, em 9 de Janeiro, o caso do antigo Ministro do Interior Rogério Lobato ocorre – o caso será julgado. Temos informação que os apoiantes de Rogério Lobato e de Railos mostrarão força. Gostaria de saber quais serão as medidas de segurança quando isso acontecer.

Resposta:
SRSG Atul Khare:

Deixem-se agarrar essa questão, mas requeria também o Comissário da Polícia Rodolfo Tor que está aqui connosco. Compreenderá que não revelemos os nossos planos operacionais neste estágio, mas gostaria de lhes assegurar que este assunto tem sido de preocupação para mim, para o Vice-SRSG Tan, para o Comissário Tor, no geral queremos segurança através de todo o país, em todo o lado, sem falar num caso individual num dia individual. E com certeza, seja o que for requerido, incluindo em 9 de Janeiro, tomar-se-ão acções especiais para garantir que a segurança prevalece. Mas gostaria de aproveitar esta oportunidade para apelar ao povo de Timor-Leste, através de vocês, em primeiro lugar para permanecerem calmos e contribuírem para a paz. E em segundo lugar, para partilharem informação com a UNPol e com a polícia em avanço de modo a podermos modificar os nossos planos de acordo, se necessário. Como disse na minha última conferência de imprensa, tem um número gratuito – não pagarão nada se ligarem para esse número – 112. Por favor liguem-nos se tiverem qualquer informação que nos possa ajudar. E penso que se a conduta pacífica de um julgamento, na verdade de todos os julgamentos, restauram a confiança do público no sistema judiciário, restauram e fortalecem também o sentido de paz e estabilidade no país. E é para isto que todos devemos trabalhar, começando hoje.

Pergunta:
O meu nome é Adérito do Diário Nacional. Gostaria de dirigir a minha pergunta ao Vice-SRSG. Não tenho a certeza se a UNMIT já tem informação que em 7 e 8 vão haver grandes manifestações relacionadas com os tiroteios contra Railos e o Major Tara – não estou certo se já têm essa informação. Em segundo lugar, em relação ao estabelecimento de postos de polícia nos subúrbios porque a maioria das pessoas está preocupada com a sua protecção e segurança.

Resposta:
Vice-SRSG Eric Tan:

Obrigado. Sim, sabemos que podem acontecer várias actividades. Não conhecemos todos os detalhes, por isso como estava a dizer o SRSG, quanto mais ouvirmos tanto mais capazes seremos para planear para cuidar de tudo. Mas, de qualquer modo, serão activados planos dde segurança durante o período do julgamento e que levam ao 9 de Janeiro.

Em relação aos postos e estações de polícia, sabe que há pelo menos 12 ur 13 que estão a ser re-construídos Alguns deles já estão no estágio final nalgum sentido mas todos eles já estão guarnecidos e há patrulhas que aumentam os serviços ou a segurança fornecida por esses postos e estações de serviço. É importante compreender que há três acções complementares. Uma são os postos estáticos que só podem cobrir uma área limitada; a outra é a patrulha móvel que responde e o terceiro é, se houver um pedido, haverá unidades adicionais de polícia formadas que responderão à situação. Assim é este o arranjo fixo, mas sempre que sabemos de algum grande evento, por exemplo, as celebrações do Ano Novo ou as corridas em Tasi Tolu, pomos forças-tarefas de segurança dedicadas para cuidar desses eventos. Até agora isto tem corrido bem, graças ao árduo trabalho da UNPol conjunto com os PNTL que regressaram ao serviço. E obviamente com a cooperação do público que nos telefona sempre que há uma preocupação ou uma suspeita de preocupação.

Obrigado.

SRSG Atul Khare:
Obrigado.
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P & R: Xanana Gusmão

(Tradução da Margarida)

TIME fala com o Presidente de Timor-Leste
Da edição de Jan. 15, 2007 da TIME Asia magazine
Por JASON TEDJASUKMANA

Quinta-feira, Jan. 04, 2007

Xanana Gusmão desempenhou muitos papéis ao longo dos anos: dissidente preso que se opôs à submissão de Timor-Leste pela Indonésia; comandante no mato a liderar uma rebelião contra um exército de ocupação; Presidente relutante a liderar uma nova nação ainda movida por violência e pobreza. Agora, aos 60 anos, Gusmão é o sujeito de um documentário sobre as suas lutas para tornar Timor-Leste independente e viável. Dirigido pela jornalista de Singapura Grace Phan, A Hero's Journey é uma história de perdão e reconciliação, e recentemente ganhou prémio da Amnesty International sobre Filmes que Interessam. Jason Tedjasukmana da TIME falou com Gusmão sobre ambos os mundos, o real e o do filme.

No filme lembra o passado. Foi mais fácil lutar numa guerra contra os Indonésios do que é agora dirigir a paz?

É mais difícil agora. A violência recente (em Timor-Leste) reflecte frustração com a mudança social É por isso que precisamos de provar às pessoas que todo o sofrimento do passado deve ser honrado.

Perdoou ao governo Indonésio pelos seus 24 anos de ocupação brutal de Timor-Leste?

Já o fizemos em 1999 quando Dili (a capital de Timor-Leste) estava ainda a arder e podíamos ainda cheirar a destruição. Para nós (a ocupação) foi um erro histórico.

Ter perdoado a Indonésia trouxe algum benefício à sua nação?

Penso que sim. As pessoas estão agora a tirar vantagens das boas relações entre os dois países. A Indonésia é o nosso vizinho mais próximo; 80% do nosso comércio é com a Indonésia.

Disse que os Timorenses estão ainda a lutar. Para o quê?

Pela justiça social. Numa sociedade onde as pessoas estão ocupadas nos seus empregos, não terão tempo para se engajarem na violência porque estarão preocupadas com o trabalho. Mas porque não têm empregos é mais fácil comportarem-se de modo errado.

Desiludiu o seu povo?

Continuamos a dizer às pessoas que não podemos mudar tudo num dia. Pedimos-lhe que compreendam que nos últimos quatro anos tentámos construir as instituições do Estado. Isso não é uma tarefa fácil. Nos dois próximos anos começaremos com programas de desenvolvimento, mas sabemos que quatro anos sem empregos não é fácil para eles.

É um Timor-Leste independente governável depois de tantos anos de ocupação e de colonização?

No princípio de qualquer processo são inevitáveis algumas crises, mas temos de lembrar que estávamos a começar do zero. Tivemos de construir tudo. Estamos cientes que ainda não somos suficientemente maturos, mas isso não significa que não somos capazes.

Concorre a Presidente outra vez depois do seu mandato terminar em Maio?

De modo nenhum. Foi um erro [concorrer antes] e carregarei este peso até 19 de Maio. Acabámos de assinar um negócio com a Austrália para importar abóboras, por isso prefiro tornar-me um vendedor de abóboras.

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Díli dá mais um passo para adesão à ASEAN

Díli, 06 Jan (Lusa) - Timor-Leste assina na próxima semana com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) um Tratado de Amizade e Cooperação, disse hoje à Lusa o primeiro-ministro timorense José Ramos-Horta.

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De um leitor

(Tradução da Margarida)

Appolo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Processo contra Mari Alkatiri foi arquivado":

Timor-Leste sem Mari e sem portugueses é um Timor-Leste sem esperança, sem progresso, sem desenvolvimento, sem educação. Mari saiu há muito tempo e contudo continua a violência, as mortes e a insegurança. Mari saiu e morreram muito mais pessoas desde então. Mari saiu e serviços como a Electricidade são cortados. Mari saiu e agora temos um PM que passa a maior parte do seu tempo fora do país. Mari saiu e agora temos um PM que emite documentos somente em Inglês. Mari saiu e agora temos um PM que bate nas crianças e pior ainda, bate na criança em público.

As tropas Australianas vieram e a violência cresceu como nunca. A GNR veio e o Reinado foi preso. Há tantas tropas australianas por aí e contudo não apanharam o Reinado.
Fica Timor-Leste realmente melhor sem Mari, sem os portugueses e sem a língua portuguesa?
Está Timor-Leste em melhores mãos agora? Temos realmente a certeza que no futuro as crianças timorenses não têm de passar por tudo isto outra vez e outra vez?

Tenho pena de todos os que pensam que toda esta “situação” aconteceu por uma razão boa.
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East Timor a dark stain on Ford's legacy

The Sydney Morning Herald
Hamish McDonald, Asia-Pacific Editor
January 6, 2007

None of the Washington eulogies or the mainstream media obituaries, about the decent everyman accidentally made president after the forced exits of Richard Nixon and Spiro Agnew, make note of it.

This was the go-ahead Ford gave Indonesia's President Soeharto for his invasion of East Timor in 1975.

Ford was first informed in July 1975 by the then secretary of state, Henry Kissinger, that with the Portuguese seeking to dump their colonies as quickly as possible, Soeharto planned to take East Timor, by force if necessary.

Soeharto strongly hinted at this on a Washington visit later that month, and met no objections. In August, a coup instigated by Jakarta's Special Operations group started a civil war between rival Timorese parties, with the Portuguese stepping aside.

Having just "lost" Cambodia and South Vietnam to communist forces, Kissinger made it clear the US was not interested in upsetting the anti-communist Soeharto over Timor, especially as its socialist Fretilin party was emerging on top. His envoy in Jakarta, David Newsom, told Australia's Richard Woolcott that if Indonesia invaded, it should do so "effectively, quickly, and not use our equipment".

In October, Indonesia launched a covert invasion from its side of Timor island and at the end of November, as the Indonesians inched towards Dili, Fretilin declared the formation of an independent republic.

That sped up Indonesia's plans, to head off diplomatic recognition of the new state. Over the first week of December, parachute battalions and marine units were readied for air and sea attacks on Dili and Baucau, the two towns with airports.

But Ford was due in Jakarta on Saturday, December 6, for brief but important visit to balance a call on the ailing Mao Zedong in Beijing. It was there he received a cable from the US embassy in Jakarta about the Timor invasion plans.

Soeharto feared that invading Timor would result in the US cutting military and other aid to his regime. But his conversation with Ford, the record of which was declassified only in 2001, reassured him.

The Indonesian leader claimed Jakarta had no "territorial ambitions" but Fretilin had refused to negotiate with the other four parties which wanted integration with Indonesia (three of them were actually Indonesian creations, the other in virtual captivity) and had declared independence.

"We want your understanding," Soeharto said, "if we deem it necessary to take rapid or drastic action."

"We will understand and will not press you on the issue," Ford replied. "We understand the problem and the intentions you have."

Kissinger commented that "the use of US-made arms could create problems", but said: "It depends on how we construe it; whether it is in self-defence or is a foreign operation." He added : "It is important that whatever you do succeeds quickly."

Soeharto launched the invasion at dawn the next morning as Ford was flying home.

Interviewed by the filmmaker Allan Nairn in 1991, Ford said he could not remember what he had said to Soeharto.

Ford was indeed the president for whom the description of not being able to "walk and chew gum at the same time" was coined. Kissinger was by far the more consciously responsible American party.

The US archives add a dimension to the Australian records of early 1976 just released under the 30-year rule, when the new Malcolm Fraser government was dealing with the fait accompli of Indonesian invasion.

Fraser would clearly get no backing from Washington if he wanted to oppose or try to reverse the Timor annexation.

But it is unlikely that he would anyway: in September 1975, his then foreign affairs spokesman, Andrew Peacock, had told key Indonesian military figures any objections to invasion would be token, according to a leaked Indonesian record.

Historians will argue about whether Gough Whitlam could have got US backing for a proper self-determination process in Timor - had he adopted the advice of the Canberra defence official Bill Pritchett during 1974 and 1975.

After clashes on Vietnam, Pine Gap, and other security issues, Whitlam's relations with Kissinger were not warm, but the Americans might have been open to Pritchett's argument that a takeover would not be quick and clean. It was always going to use American weapons.
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How did Alfredo Reinado get his hands on the LAW M72 rocket launcher?

Alfredo Reinado's connection to Rui Lopes and Australia's criminal underworld explained.

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Entrevista: Ramos Horta e o futuro de Timor

Rádio Renascença – 3 de Janeiro de 2007, 0:15

Timor-Leste já poderia ser auto-suficiente, bastava querer, afirma o Primeiro-ministro Ramos Horta, em entrevista à Renascença.

O chefe do Governo timorense garantiu que o país vai passar a receber todos os meses entre 80 a 100 milhões de dólares, dos lucros do petróleo e gás de Timor.

Esta verba surge seis anos antes do previsto e vem juntar-se ao dinheiro dos doadores que ronda os 100 milhões de euros. Portugal consta como um dos principais contribuintes. “Nós já poderíamos ser auto-suficientes, se assim o quisemos. Neste momento, a nível do Orçamento Geral do Estado, não temos, praticamente, qualquer apoio internacional”, afirma Ramos Horta em entrevista à Renascença.

Noutro plano, o Primeiro-ministro acredita que ainda é possível realizar eleições em Timor-Leste, a 20 de Maio. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros diz que as condições de segurança já permitem o escrutínio e assegura os mecanismo legais.

Se todos se empenharem, diz Ramos Horta, as presidenciais e legislativas ainda podem ter lugar na data prevista. “As Nações unidas organizaram com sucesso eleições em países como Afeganistão, Iraque, Haiti ou o Congo, em que a situação, comparando com Timor, é da noite para o dia (...), por isso creio que por razões de segurança não há motivos para que as eleições se realizem”, sublinha o Primeiro-ministro timorense.
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Brasil: Governo inicia selecção de 13 professores para Timor-Leste

São Paulo, Brasil, 04 Jan (Lusa) - O Ministério da Educação do Brasil informou hoje o início do processo de selecção de 13 professores para leccionar em Timor-Leste, na sequência de um acordo de cooperação entre os dois países.

Os profissionais escolhidos vão auxiliar o trabalho de formação em língua portuguesa de professores de escolas primárias de Timor-Leste, segundo informou o Ministério em comunicado.

A selecção dos profissionais será feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão ligado ao Ministério da Educação, através da avaliação de currículos e da realização de entrevistas.

O início das actividades dos profissionais seleccionados deverá decorrer na primeira quinzena de Fevereiro, em Timor-Leste, com duração de 12 meses.

Os seleccionados vão receber uma bolsa mensal entre mil a dois mil dólares, além de seguro saúde, subsídio de instalação e viagens para Timor-Leste.

Desde 2005, quando foi iniciado o programa de cooperação entre o Brasil e Timor-Leste, cerca de 50 profissionais brasileiros já trabalharam na formação de professores em escolas primárias timorenses.
Antiga colónia portuguesa, Timor-Leste foi anexado pela Indonésia, que impôs o idioma bahasa e proibiu a utilização da língua portuguesa.

"Depois da Independência, o português voltou a ser a língua oficial, ao lado do tétum, mas ainda é pouco utilizado pela população. Um dos objectivos do acordo de cooperação com o Brasil é reverter esse quadro", refere-se no comunicado.

MAN-Lusa/Fim

NOTÍCIAS UNMIT

National Media Reports:

TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

UNMIT Daily Media Review - Thursday, 4 January 2007

Provedor interview Rogerio Lobato

The Deputy Provedor for Human Rights and Justice, Silverio Pinto, yesterday visited former Minister of Interior, Rogerio Lobato at his residence to provide information regarding cases that happened on 28-29 April 2006. After the meeting, Mr. Pinot reportedly told journalists that the objective of his visit was to provide information regarding the incidents to Mr. Lobato. He also added that the reason why the Provedor did not call Mr. Lobato to his office is because it will take too much time since the Provedor must follow rules and procedures at the Prosecutor-General’s Office. Meanwhile Lobato’s lawyer Mr. Paulo Remedios said that his client was collaborating and responding to all questions that come from the Provedor. (STL, TP)

PSD will gain 18 parliamentarian seats

Vice President of PSD and MP, João Gonçalves, reportedly told journalists that he predicted that PSD will gain 18 parliamentarian seats because PSD had distributed 130,000 cards to all militants of PSD. Mr. Gonçalves added that he predicted this because there is still demand in the districts to produce more cards for militants. (STL)

FNJP will realize demonstration in a short time

On Saturday, FNJP, youths, academics and political parties met at SKB hall in Villa-Verde to gather opinions and ideas to accelerate the judicial process which is very slow and seems to be unjust for the people of Timor Leste. The results of the meeting was to prepare a new structure for preparing demonstrations that will take place on 5th of January and also change the name of FNJP to MUNJ with the objective of counting all peoples of Timor Leste. (TP)

RTTL news headlines

Appeal for cooperation between people and UNPol


UNPol Spokesperson Ms. Monica Rodrigues appealed to all people to collaborate with UNPol in handling security problems in the city and to refrain from giving incorrect information to the Police. She also called upon people to use the free telephone line 112 properly and wisely and not to use it for fun and games. Ms. Rodrigues also said that UNPol have arrested several suspects who were involved in the recent incidents at Comoro bridge and Kampun Alor last month, which resulted in one death.

People are not happy with some of the plans of Government

Yesterday one man from Merkado lama expressed his disappointment at the government for moving them from their location, without proper coordination. He lamented that the government has to inform the people in the location before asking them to leave. It seems that the government just creates more trouble for the people because they do not even solve the problems of IDPs, he added.

Extra-ordinary meeting of the Council of Ministers

Yesterday the Council of Ministers had an extra-ordinary meeting to decide on the members of the effective commission for the elections. Mr. Joao Alves, Spokesperson of the Council of Ministers, said that the Ministers have appointed four persons to hold the post of the Effective Commission for the Election. There are three permanent members and one reserve member. These four men were elected unanimously by the ministers, added Mr. Joao.

Keep hope for the new light

Bishop of Dili Diocese called on the Timorese to keep hope for new light for this country and its people. On the occasion of the preparation for the Marian Year and 200 Anniversary celebration of the Mission of the Canossian Sisters in the world, the Bishop celebrated Mass at Cathedral Dili. In the Homily the Bishop invited people to respect each other, to love one another and to pray so that God will grant wisdom to the leaders in order for them to find solutions to problems faced by the country today. He also urged everyone to work together in order to restore peace and stability.

UN News Centre - 4 January 2007

UN calls for speedy action in Timor-Leste on commission report into 2006 violence

Strongly backing last year’s inquiry into deadly violence in Timor-Leste, the United Nations today called for speedy action on its recommendations, which include further investigation as well as prosecution of those responsible for the clashes that led to at least 37 deaths and forced 155,000 people – 15 per cent of the population – to flee their homes.

The Special Representative of the Secretary-General, Atul Khare, who heads the UN Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT), stressed the need for the world body to work closely with the authorities on the findings of the Independent Special Commission of Inquiry report, which was released on 17 October and submitted to the Timorese parliament.

“It is clearly of the greatest importance that the Government of Timor-Leste and the United Nations work together to ensure adequate follow-up to the recommendations of the Commission of Inquiry,” he told a press conference in the capital Dili.

“First and foremost, I must say that United Nations and UNMIT support the report of the Commission of Inquiry and strongly encourage expeditious action to be taken on its recommendations.”

He voiced satisfaction at public acknowledgements of responsibility by some institutions and leaders regarding their roles in the crisis.

The Parliament’s review of the Commission of Inquiry Report should address reparation for the victims and proposals for the establishment of independent oversight covering the police and military, he added.

Mr. Khare also emphasized that UNMIT does “not support impunity for crimes committed in April and May,” referring to last year’s crisis that was attributed to differences between eastern and western regions of the small South-East Asian country that the UN shepherded to independence from Indonesia in 2002.

He also said that the mission, along with the UN Development Programme (UNDP) and other partners, was working to strengthen the justice system, while UN police officers (UNPOL), who are in charge of policing throughout the country, continue to train national officers while helping to maintain law and order.

Also speaking at today’s press conference was the Deputy Special Representative of the Secretary-General for Security Sector Reform Rule of Law in Timor-Leste, Eric Tan Huck Gim, who confirmed that security in the country continues to improve, as he also looked ahead to this year’s elections.

“The situation in Dili and across the country continues to be relatively stable with UNPOL being in control of the security. There were recent events surrounding New Year’s eve which caused a small spike in isolated events of security incidents around Dili but on the whole it was very good to see the citizens enjoying the New Year and welcoming the New Year with peace and calm.”

Transcript of UNMIT Press Conference

Date: 4th January 2007
Venue: UNMIT Conference Room
Time: 11:00hrs – 12:00 noon
Speakers: SRSG Atul Khare, DSRSG Eric Tan
Topic: Commission of Inquiry Report and security related issues

UNMIT Spokesperson Allison Cooper

Thank you all for coming today. Just before we get on to hear from the speakers, I want to mention a couple of things in follow-up to last week. In response to telephone numbers for the Public Information Office, we would like to add two numbers for you to call. The first one is mine – that is 723 0453. And the one that you may be more interested in until mid-January is Edio Guterres which is 728 1438. Ediio speaks both Tetum and Bahasa and he has agreed to help out the Public Information Office until Ceu returns in mid-January. And I have those numbers printed out on this sheet to take with you before you go, which also has an e-mail address as well. You can email me at coopera@un.org.

This week we will be hearing from SRSG Khare who will put forward UNMIT’s six point position in response to the Commission of Inquiry Report. We will then be hearing from DSRSG Eric Tan who will give you an update on the security situation. Can I just ask, when we move to question time, if people can state their names and their media organisation before asking the question, and keep it to one question at a time please.

So, I will now hand over to SRSG Khare. Thank you very much.

SRSG Atul Khare

Thank you very much, and thank you - all of you - for coming here today.

Let me begin by first of all wishing all of you, and through you the people of Timor-Leste, a very happy New Year 2007. I hope that this will be a year of political reconciliation, of maturity, of growth and economic development and peace for the people of Timor-Leste, for every citizen of Timor-Leste, and indeed for the country as a whole. I also hope, in fact trust, that this would be the year for successful, credible, free and fair elections held under an independent body, which will be without any violence and whose results will be accepted by all.

Before I speak on the Commission of Inquiry Report, I wanted to recall that from my very first press conference, I had been requesting through you, the family of the deceased Sebastio to agree to an autopsy to determine the truth and to follow justice. Of course DSRSG Tan will be speaking about this issue when he updates you on the security situation, but I wanted to publicly express and put on record my deepest appreciation to H.E. Dr. Jose Ramos-Horta Prime Minister of the Democratic Republic and also to Minister of State Administration Dr. Ana Pessoa for their advice and guidance in this matter which has been very useful to us.

You would also recall that in my first press conference I had been asked about the Commission of Inquiry and this is an issue which continued in all the three press conferences thereafter. As I have said in all those press conferences, the need for justice – and a justice – that is transparent, fair and perceived to be as such is a fundamental requirement in any democracy. Since the crisis of April/May, several important steps have been taken to ensure that every citizen of Timor-Leste can see for himself or herself the record of those events. One of these steps was the constitution of the Commission of Inquiry at the request of the leaders of Timor-Leste to establish the facts and to clarify the responsibility with relation to the incidents that took place in April/May last year.

The Commission of Inquiry, as you know, interviewed more than 200 witnesses and examined 2,000 documents. The Commission is not a tribunal; it is not a prosecuting authority. The Commission does not make any decisions regarding the guilt of persons named and it is important to remember that any person named by the Commission has the right to a free and fair trial. It is clearly of the greatest importance that the Government of Timor-Leste and the United Nations work together to ensure adequate follow-up to the recommendations of the Commission of Inquiry.

First and foremost, I must say that United Nations and UNMIT support the report of the Commission of Inquiry and strongly encourages expeditious action to be taken on its recommendations.

UNMIT is pleased, secondly, that there have been public acknowledgements of responsibility by some institutions such as public acknowledgements by the four leaders of the state as well as the F-FDTL and PNTL Commanders with regard to their roles in the crisis.

Thirdly, I would like to recall that the United Nations does not support amnesty for gross violations of human rights. These include extra-judicial, summary or arbitrary executions, torture or enforced disappearances. And UNMIT does not support impunity for crimes committed in April and May, particularly as it would further erode the faith in the rule of law in this country. In the last 17 days in your country that I am back in again, I have been encouraged that all leaders of Timor-Leste have reiterated to me their conviction for a search for justice.

Fourth, UNMIT is looking forward to the Parliament’s review of the Commission of Inquiry Report and we hope that it will address such issues like “reparation for the victims” and proposals for the establishment of independent ‘oversight mechanisms for police and military’, both areas requiring parliamentary debate and subsequent recommendation. I would also like to note the resolution of the Council of Ministers of 1st of December in that regard to reparation for the victims of the events of April/May 2006.

Fifthly, UNMIT, UNDP and other partners are working together to strengthen the justice system in terms of additional human and institutional resources to ensure that the justice system has the capacity to effectively prosecute the offenders of the crimes committed in April and May.

Finally I must stress that UNMIT, under its executive policing mandate, in cooperation with the government, has established a screening process for the PNTL. More than 200 PNTL officers have graduated from the process and are back into active police duty, under the mentoring of UNPol. We would like to encourage the Ministry of Defence and the F-FDTL to establish a similar vetting process for the military.

So that is broadly our position on the Commission of Inquiry Report and its follow-up, a question which you have been asking me over the last three press conferences. And of course, while I will be happy to take questions, but let me first of all ask DSRSG Tan to give you a brief update on the security situation.

DSRSG Eric Tan

Thank you very much. I would like to wish everyone as well a happy new year and to echo SRSG’s comments for this being a year to be one of political maturity and stability with all of us observing and witnessing free, fair and peaceful elections.

Let me first touch on security. The situation in Dili and across the country continues to be relatively stable with UNPol being in control of the security. There were recent events surrounding New Year’s eve which caused a small spike in isolated events of security incidents around Dili but on the whole it was very good to see the citizens enjoying the New Year and welcoming the New Year with peace and calm.

Let me move to the ongoing efforts to conduct an autopsy. You will remember that approximately two weeks ago I spoke to you all about a death by firearm that lead to a young man dying after a gang fight in Dili on December the 17th. During that press conference I assured you that UNMIT would keep you all informed about the progress of investigations in relation to the death. You may also remember that several appeals were made, through the media and directly to the family, for the body to be exhumed so that we can establish the truth, and so that justice can be done. Thanks to the good offices of Prime Minister Ramos-Horta and of Minister of State Administration Ana Pessoa, the family has come to accept that an autopsy is necessary. We are very grateful for the assistance of the Government of Timor-Leste, and also for the understanding of the family.

Today in Viqueque a team will attempt to exhume the body and transport it back to Dili in a helicopter where we can expect an autopsy to be completed. We understand it might be very difficult for the family, but an autopsy is absolutely essential so that we can establish the truth. The team in Viqueque today, I will share with you some information, is acting upon the order issued by the Office of the Prosecutor General on the 20th of December. Also, the team consists of PNTL officers, UNPol officers, a priest, the District Administrator, as well as one national and one international staff member of the Office of the Prosecutor General. All human rights and respect for the family have been and will continue to be observed at every stage of the exhumation and the autopsy. The same observance of respect as well as human rights will oversee the return of the body to the family by this weekend. Finally, I would like to reiterate to the family our condolences, on behalf of UNMIT, but also would like to underscore that in order for the truth to be established, and justice to be done; we have to do this autopsy. I also hope that those in Dili who still engage in gang activities will take note of this and the consequences of what can happen when they clash.

Thank you very much.

Question and Answer Session

Question:

My name is Joni from Timor-Post. I would like to touch upon the autopsy case. Why is the autopsy now being carried out, because people know that the incident and the death took place on the 17th, and that is the reason why this autopsy is being done?

Answer:

DSRSG Eric Tan:
Thank you for your question. It is standard procedure when such a death occurs that an autopsy will be done as soon as possible. We tried to do that, but unfortunately because of the wishes of the family they took the body back for burial. And we have been making several attempts since then to convince them of the good purposes behind the autopsy. We are finally glad that this can now take place.

Question:

My name is Betty from Radio Timor-Leste. I want to address this question to Mr. Atul Khare. You mentioned that UNMIT does not support impunity. Is it because the justice process so far has not been held properly that you mention such a statement? Secondly, in regards to the autopsy, how long will it take to be completed?

Answer:

SRSG Atul Khare:

Thank you. I think the question on impunity is not related to what has been done in Timor-Leste or what has not been done. I have been asked since my first press conference to outline, globally in a holistic manner, what is the view of UNMIT on the Commission of Inquiry Report. And that is why I have given a total interpretation of what are the UNMIT positions and how we see the follow-up taking place on the Commission of Inquiry Report. And let me underline again, for Radio Timor-Leste what I said in my presentation, that I have been encouraged by my conversations with all the leaders of Timor-Leste who have reiterated to me their conviction for a search for justice. Of course, there is some institutional help which will be required in the justice sector and that is why in my fifth point I indicated that UNMIT, UNDP and other international partners will work to strengthen the justice system.

As far as the second question is concerned, I believe since after the body of Mr. Sebastiao Pinto comes to Dili and autopsy should normally be completed within 24 hours. However, you would appreciate that we would not be discussing the results of the autopsy because the results of the autopsy are the property of the Prosecutor-General to take further action within the justice system. Of course, I would like to take this opportunity to assure you, assure the people of Timor-Leste, - and through you – the family, that as soon as the autopsy is completed UNMIT with all respect will transport the body back to Viqueque and will organise re0burial in a very respectful manner. And as Deputy Special Representative Mr. Tan said, we expect the reburial to take place on Saturday, if everything goes according to schedule.

Question:

My name is Maliana from STL and AP. I would like to ask a question with regards to security. Next Tuesday, on the 9th of January, the case of former Minister of Interior Rogerio Lobato will be conducted – the case will be tried. We found out information that the supporters of Rogerio Lobato and Railos will show force. I would like to find out what will be the provision of security when this happens.

Answer:

SRSG Atul Khare:

I think let me take that question, but I would also request Police Commissioner Rodolfo Tor is here with us. You would appreciate that we will not reveal our operational plans to you at this stage, but I would like to assure you that this issue has been of concern to me, to DSRSG Tan, to Commissioner Tor, and in general we want security all throughout the country, everywhere, without talking about one individual case and on one individual day. And certainly, whenever required, including on 9th of January, special actions would be taken to ensure that security prevails. But I would like to take this opportunity to appeal to the people of Timor-Leste, through you, firstly to remain calm and to contribute to peace. And secondly, to share information with UNPol and with the police in advance so that we can modify our plans accordingly, if required. As I had said in my last press conference, you have a free number – there is no charge for calling on that number – 112. Please give us a call whenever you have any information which can help us. And I would think that if peaceful conduct of a trial, and indeed all trials, would restore the confidence of the public in the judicial system and would also restore and strengthen the sense of peace and stability in the country. And this is what we should all work towards, starting from today.

Question:

My name is Aderito from Diario Nacional. I would like to address my question to DSRSG. I am not sure whether UNMIT already has information that on the 7th and 8th there is going to be big demonstration in relation to the shooting towards Railos and Major Tara – I am not sure if you already have that information. Secondly, in regards to the establishment of the police posts in the suburbs because most people are concerned with their safety and security.

Answer:

DSRSG Eric Tan:

Thank you. Yes, we are aware that there are several activities that could happen. We do not know all the details, so as SRSG was saying, the more we hear the more we are able to plan to cater for everything else. But nonetheless, security plans will be put in place over the period of the trial leading up to the 9th of January.

With regards to the police posts and stations, you would be aware that there are at least 12 or 13 that are being refurbished. Some of them are in the final stages of being reconstructed in some sense but all of them are already manned and there are patrols that augment the services or the security provided by these police posts and stations. It is important to understand that there are three complementary actions. One is the static posts which can only cover a limited area; the other is the mobile patrol that respond and the third is, if there is a requirement, there will be additional formed police units that will respond to the situation. So that is the standing arrangement, but whenever we hear of any large events for example, the celebration of the New Year or the races at Tasi Tolu for example, we will put dedicated security task forces to take care of those events. This has worked well so far, thanks to the hard work of UNPol together with the PNTL that have returned to duty. And of course, with the cooperation of the public who telephone us whenever there is any concern or suspicion of concern.

Thank you.

SRSG Atul Khare:
Thank you.

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Q & A: Xanana Gusmão

TIME talks to East Timor's President
From the Jan. 15, 2007 issue of TIME Asia magazine
By JASON TEDJASUKMANA

Thursday, Jan. 04, 2007

Xanana Gusmão has played many roles over the years: jailed dissident opposing Indonesia's subjugation of East Timor; jungle commander leading a rebellion against an occupation army; reluctant President heading a new nation still wracked by violence and poverty. Now, at 60, Gusmão is the subject of a documentary about his struggles to make East Timor independent and viable. Directed by Singaporean broadcast journalist Grace Phan, A Hero's Journey is a tale of forgiveness and reconciliation, and recently won Amnesty International's Movies that Matter Award. TIME's Jason Tedjasukmana talked with Gusmão about both the real and reel worlds.

In the film you reminisce about the past. Was it easier to fight a war against the Indonesians than it is now to run the peace?

It is more difficult now. The recent violence [in East Timor] reflects frustration with social change. That is why we need to prove to the people that all the suffering of the past must be honored.

Have you forgiven the Indonesian government for its 24 years of brutal occupation of East Timor?

We already did in 1999 when [East Timor's capital] Dili was still burning and we could still smell the destruction. For us [the occupation] was a historical mistake.

Has forgiving Indonesia brought any benefits to your nation?

I think so. People are now taking advantage of the good relationship between the two countries. Indonesia is our closest neighbor; 80% of our trade is with Indonesia.

You have said that the East Timorese are still fighting. For what?

For social justice. In a society where people are busy with their jobs, they will not have time to engage in violence because they will be preoccupied with work. But because they don't have jobs it is easier to behave in the wrong way.

Have you disappointed your people?

We keep telling the people that we cannot change everything in one day. We ask them to understand that in the past four years we have tried to build the institutions of the state. That is not an easy task. In the next couple of years we will start development programs, but we know that four years without jobs is not easy for them.

Is an independent East Timor governable after so many years of occupation and colonization?
In the beginning of any process some crises are inevitable, but we have to remember that we were beginning from zero. We have to build everything. We are aware that we are not mature enough yet, but that does not mean we are not able.

Will you run for President again after your current term ends in May?

No way. It was a mistake [to run before] and I will carry this burden until May 19. We just signed a deal with Australia to import pumpkins, so I would prefer to become a pumpkin seller.

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De um leitor

Meu caro Malai Azul:

As melhores saudações.

Mais uma vez lhe reafirmo a muita falta que senti pela não actualização deste Blog na altura do Natal.

Felizmente recebi uma consolação: pessoa amiga ofereceu-me o precioso livro do Professor José Mattoso "A DIGNIDADE" Konis Santana e a Resistência Timorense.

Fiz deste livro a minha companhia preferida na quadra natalícia. Foi uma leitura em ritmo muito calmo, saboroso e com profunda introversão e análise. Porque tive a felicidade de viver em Timor cerca de três anos e percorri, em serviço, todo o antigo Timor Português, por quatro vezes (gastando mais de um mês em cada deslocação), com a leitura deste livro fui levado em viajem virtual por tantos lugares saudosos, ali magistralmente descritos.

O livro "Konis Santana e a Resistência Timorense" retrata bem a figura ímpar deste jovem herói dos nossos tempos, e, sobretudo, o enorme sofrimento e poder de resistência e de abnegação do povo durante a selvática ocupação dos indonésios.

Por certo que o Malai Azul já conheçe esta valiosa obra da História recente de Timor. Por isso peço-lhe que tudo faça para que este livro do Professor José Mattoso seja lido e meditado, especialmente, por toda a juventude timorense.

Eu fiquei simplesmente impressionado com os relatos de tantos heróis da Resistência Timorense. Que grande lição para o mundo!

Ao mesmo tempo penso no grande paradoxo da actual crise timorense. Como é possível acontecerem tão trágicos eventos?

Talvez Taur Matan Ruak, como futuro Presidente da República de Timor Leste, consiga o milagre da paz e da união entre toda a família timorense.

Gostaria de não subscrever o escrito deixado por Konis Santana, que finaliza o livro que estou a referir: "Hau hanoin katak funu ka terus sei nafatin" - "Creio que a luta e o sofrimento nunca acabam".

Ou então a luta tem que ser, sim, pelo desenvolvimento e bem-estar dos timorenses; mas o sofrimento tem mesmo de acabar, porque a terra sagrada de Timor já está demasiado regada com o sangue de milhares de mártires. Mártires que têm de ser honrados e justiçados e nunca morrerem na memória de todos aqueles que, de uma forma consciente, têm a imperiosa obrigação de ser continuadores exemplares da nobre nação timorense.

Para si, Malai Azul e sua equipa um forte abraço de muita admiração e estima.

Bom Ano de 2007, sobretudo com muita PAZ.

Joaquim Fonseca

Monsanto
Portugal

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A campanha de Timor-Leste para derrotar a fome

(Tradução da Margarida)

The Southeast Asian Times

Por John Loizou

Dili, Dezembro 27: A canalização de um rio para irrigar cerca dce 600 hectares para cultivar arroz com mung e soja como culturas subsidiárias não atrairia normalmente muita atenção na moderna Ásia do Sudeste.

Mas em Timor-Leste a abertura de um projecto de cerca de $US1.4 milhões com base na construção de um canal de quatro quilómetros de comprimento para desviar água do Rio Karau Ulun, no distrito de Manufahi a cerca de cinco horas de carro a sul da capital Dili, mostra a determinação do Governo da Fretilin no poder para eventualmente garantir ‘’segurança alimentar” para os cerca de um milhão de cidadãos do país predominantemente rurais na sua maioria mal nutridos.

Significa que o rio que corre para o Mar de Timor durante todo o ano pode ser usado para fornecer água para cerca de 200 agricultores de subsistência das terras baixas num país montanhoso que é dominado primeiro por um período de seca prolongado e depois pela intensa chuva duma monção ocidental.

O projecto foi feito em cerca de 14 meses com dinheiro providenciado pelo Banco Mundial e gerido pelo governo de Timor-Leste.

A inauguração pelo Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Agricultura Estanlislau Maria Aleixo da Silva foi particularmente simbólica porque avançou apesar da violência que forçou tantas quantas 150,000 pessoas da república recentemente independente das suas casas e a resignação do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.

Aos agricultores, que trabalham loteamentos de cerca de 2.5 hectares e que, como a maioria dos agricultores de Timor-Leste não usam fertilizante, será dada agora ajuda técnica para assegurar que possam fazer uso adequado da água, disse o Ministro da Agricultura

Apesar de não o ter dito, um dos maiores benefícios do projecto será a eliminação da chamada “estação da fome” para os agricultores e suas famílias que prevalece tradicionalmente em Timor-Leste e nas ilhas vizinhas do leste da Indonésia entre Novembro e Março todos os anos.

E projectos de irrigação similares que estão a fazer-se no planalto Maliano do centro-oeste de Timor-Leste pode–se esperar os mesmos resultados.

O milho — a palavra usada pelos Espanhóis para a cultura que os conquistadores descobriram a crescer através de todas as Américas em vez do “corn” da América do Norte — predomina como a cultura mais importante das terras altas de Timor-Leste, mas desde a independência, o governo, com a ajuda da agência da ONU, FAO , a Orgaização da Alimentação e da Agricultura, tem construído silos públicos e tem apoiado a produção doméstica de arrozcom a ajuda do Japão.

Como Leitor em Economia Política na Universidade Sydney, Tim Anderson explica: “Apesar da falta de recursos, a política de segurança alimentar do país foca-se agora na produção de arroz.”

Anderson, uma visita regular em Timor-Leste, usa o último relatório do Programa de desenvolvimento da ONU que mostra que a produção doméstica de arroz cresceu de 37,000 toneladas em 1998 para 65,000 toneladas em 2004 para defender o seu argumento.

O programa significa menos dependência de arroz importado — do Vietname, Tailândia e Indonésia — apesar da crise do meio do ano ter perturbado o abastecimento regular.

O governo de Timor-Leste reconhece a necessidade da “segurança alimentar” nacional numa declaração política compreensiva proposta no parlamento do país.

“As causas principais da insegurança alimentar não são somente devidas à prática alargada de agricultura de subsistência, mas também à falta de fontes alternativas de rendimentos do que resulta um baixo pode de compra e a falta de acesso à alimentação. Como resultado do insuficiente uso de força e de tecnologia melhorada, a produção e a produtividade são muito baixas,” diz.

“Contudo, este sector produtivo tem importância especial porque é a fonte principal de alimentação, emprego e rendimentos para dois terços da população, principalmente dos que vivem em áreas rurais.”

A declaração diz que a Política de Segurança Alimentar não só formará a base para Timor-Leste corresponder aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio marcados pela Assembleia Geral da ONU mas também “materializará” a política do governo para erradicar a fome em todas as suas formas.

A declaração aceita a definição da segurança alimentar da Cimeira Mundial da Alimentação de 1996 como a base da política de Timor-Leste.

Esta é: “Todas as pessoas, em todos os tempos, têm acesso físico, social e económico a alimentação suficiente, segura e nutritiva de acordo com as suas necessidades dietéticas e preferências alimentares para uma vida activa e saudável.

Significa que as condições necessárias são:

Acesso: Toda a gente deve ter acesso físico, social e económico a alimentação suficiente. Os maiores meios de acesso são produção de alimentação de subsistência e rendimentos de empregos e vendas;

Disponibilidade: Os abastecimentos de alimentação devem ser suficientes para alimentarem adequadamente a população;

Estabilidade: O acesso e a disponibilidade devem estar assegurados em todas as alturas e devem fazer-se aprovisionamentos para prover variações de abastecimentos sazonais e deficiências de produção no caso de secas ou de outros desastres naturais;

e utilização efectiva: A comida consumida deve ser segura e nutritiva.
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Bragança cria prémio de lusofonia

I prémio Lusofonia

Município vai instituir galardão literário para o mundo português

A Câmara de Bragança vai instituir um «Prémio Literário Lusofonia» aberto a trabalhos oriundos de todo o mundo onde se fala português e que será atribuído pela primeira vez em 2007. O anúncio foi feito na abertura do V Colóquio Anual da Lusofonia em Bragança, apoiado pelo município. O vice-presidente da autarquia, Rui Caseiro, anunciou que na próxima edição será entregue o primeiro Prémio Literário Lusofonia ao melhor trabalho inédito enviado de qualquer parte do mundo em português. O Prémio de natureza monetária tem um valor de 1500 euros para o melhor trabalho.

A selecção será feita por um júri no âmbito do colóquio da lusofonia, uma iniciativa que a autarquia pretende continuar a apoiar, com o intuito de contribuir para a divulgação da língua portuguesa.

O regulamento consta da página do 6º Colóquio em http://LUSOFONIA2007.com.sapo.pt


6º Colóquio Anual da Lusofonia, 3-5 Outubro 2007

O Presidente da Comissão Executiva
J. CHRYS CHRYSTELLO

ACL Mentor Information Technology Research Institute, University of Brighton, UK. e
Reviewer Helsinki University (Translation Studies Department Publications) Finland

Telefone: (351) 296 446940
Telemóvel: (+ 351) 91 9287816 / 91 6755675
E-fax (E-mail fax): + (00) 1 630 563 1902

E-mail: coloquioslusofonia@gmail.com lusofonia@sapo.pt

Página da internet: http://LUSOFONIA2007.com.sapo.pt

Local do colóquio: CENTRO CULTURAL MUNICIPAL (Anfiteatro) Praça da Sé
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Notícias - traduzidas pela Margarida

Monteiro: Alkatiri é ainda suspeito
27/12/2006

Unotil

Em resposta a notícias e rumores de que o caso das alegações sobre o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri de distribuição ilegal de armas foi arquivado, o Procurador-Geral, Longinhos Monteiro declarou que não há ainda nenhum anúncio oficial do seu gabinete sobre o assunto.

Perguntada a sua opinião sobre o estatuto de Alkatiri, Monteiro disse que “até agora, o seu estatuto é ainda de suspeito e não houve mudança ainda deste estatuto.” Monteiro afirmou ainda que no caso de alguma mudança, sobre arquivar ou processar o caso, o público será informado de todo o processo e dos argumentos. (DN & STL)

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Antes de celebrar o seu aniversário, o PM bateu numa criança na rua
Artigo do Timor Post
27 Dezembro 2006

Dili, TP

Mesmo apesar de para o seu 57o aniversário na Terça-feira (26-12), o Primeiro-Ministro Dr. José Ramos Horta ter convidado crianças para jantar na sua residência na Areia Branca, Meti Aut, de modo a mostrar que dá sempre muita importância ao bem-estar das crianças hoje e no futuro, noutra altura, na verdade, mostrou um outro lado.

Na Sexta—feira antes do Primeiro-Ministro ter celebrado o seu aniversário (15-12) uma criança de 13 anos foi vítima de violência quando foi batido pelo responsável do governo e laureado do Nobel da Paz juntamente com o Bispo Belo na Noruega em 1996.

O rapazinho com o pseudónimo de Ajoy, foi atacado somente porque acendeu um bombinha de artifício que foi na direcção do carro do PM, acompanhado por outro carro de segurança. Logo depois do ataque ter ocorrido, um oficial de segurança Português pôs a vítima Ajoy no carro e levou-o para o posto de polícia de Fatuhada.

Como estava assustado e sabendo que era apenas uma criança, depois de ter sido liberado, uma hora passada, Ajoy escolheu permanecer calado sobre o incidente e continuou a viver no campo de deslocados perto do aeroporto. A sua família tem vivido lá desde a crise política e militar. Contudo o TP teve sucesso em encontrar-se com Ajoy na sua tenda no aeroporto no Sábado 23-12. Apesar de assustado, Ajoy foi capaz de descrever calmamente o incidente violento que envolveu o PM. Ajoy declarou que nessa Sexta-feira à tarde, Ajoy, como outras crianças estavam a brincar com pequenas bombinhas na rua à volta de Lafatik com alguns amigos.

Estáva lá, afirmou Ajoy, quando por perto passou o carro do PM Horta com um carro de segurança, e ele acendeu a bombinha. Mas não o fez para atingir o carro. Ajoy diz que a bombinha não atingiu nenhum dos carros. “A minha bombinha não atingiu o carro do PM. Nem sequer acendi a bombinha porque o PM estava a passar. Antes do incidente, já lá estávamos a brincar.” disse Ajoy.

Talvez porque isso os surpreendesse, Ajoy (um aluno do primeiro ano da escola secundária) disse que os dois carros pararam de repente. O oficial de segurança Português, armado com uma pistola, saíu do carro e agarrou Ajoy ao meso tempo que o PM Horta lhe bateu duas vezes na cara.

Quanto ao que sentiu sobre a conduta do PM, Ajoy baixou a sua cabeça e disse: “Fiquei surpreendido quando ele (Horta) veio direito a mim e me bateu na cara. Bateu-me duas vezes na cara. Mas eu não pude fazer nada talvez porque tivesse errado e por isso ele me bateu.”

Depois de ter sido atingido, Ajoy disse que o oficial de segurança Português o pôs no carro com o acordo de Horta para o levar para o posto de polícia de Fatuhada. Depois de deixarem Ajoy no posto de polícia, Horta e o seu oficial de segurança continuaram o seu caminho para o centro da cidade.

Porque Ajoy é uma criança e não culpado, a polícia de lá levou-o de volta ao campo de deslocados onde reside.

Entretanto por outro lado quando falava com o TP no palácio do Presidente, o PM Horta reconheceu o que fizera ao jovem Ajoy. Mas disse que não lhe bateu duas vezes na cara, bateu-lhe uma vez e puxou-lhe as orelhas.

O laureado do Nobel da Paz considera o método de bater que usou como um meio adequado para disciplinar uma criança desobediente.

“Uma bofetada e um puxão de orelhas foi para o ensinar a não ser mau. O problema é com os que atiram pedras e os pais que não educam os filhos. Peço aos pais para que assegurem que os seus filhos não façam tais coisas, atirarem pedras ao acaso aos carros das pessoas. O Governo e os cidadãos particulares gastaram milhares de dólares por causa do mau comportamento das crianças, por causa de os pais não educarem os seus filhos.”

Quanto se de facto a criança apedrejou o carro de Horta, Horta respondeu: “Sim, sim. Ele atirou pedras ao mei carro e aos carros de muitas outras pessoas. Usando uma bombinha, isso eu não vi.”

Esta conduta do PM foi testemunhada por muita gente porque foi um incidente muito público. Quando o TP se encontrou com uma testemunha que vive perto da rua em Lafatik, a testemunha disse: “Vi com certeza o Primeiro-Ministro José Ramos Horta bater na criança na rua ali (Lafatik).” Quanto ao incidente do PM Horta ter batido na criança, a testemunha concordou com o que a vítima disse. “O oficial de segurança estrangeiro branco saiu do carro e agarrou a vítima. O PM Horta saíu do carro e esbofeteou a cara da vítima. Vi que Horta talvez ficasse surpreendido commo barulho da bombinha no momento em que o carro passou.”

A testemunha, que não se quis identificar por razões de segurança disse ainda, “Sendo o membro de topo do governo, o PM Horta não devia mostrar estas atitudes em público.”

Quanto se houve muitas pedras atiradas a carros naquela área como disse Horta, a testemunha indicou que depois do PM ter batido no jovem Ajoy, com certeza que viu carros a serem apedrejados mas que só viu carros do governo a passar em Lafatik. Disse que os carros do governo foram apedrejados porque um grupo não identificado ficou zangado com a conduta do PM de bater num jovem.

Por outro lado, a família da vítima disse que compreendeu o que o PM fez talvez porque a criança errou. Pedem somente que sendo um líder nacional, o PM Horta não devia ter batido na criança em público porque isso pode sujar o nome dele.

A família da vítima disse que como pai, José Ramos Horta tem o direito de ensinar Ajoy e também reconhecem que o que Ajoy fez foi talvez errado. No mesmo local, o coordenador do campo de deslocados do aeroporto, José da Conceição, disse que recebeu uma queixa sobre o PM Horta ter esbofeteado uma criança. Também ele não quis politizar o incidente porque a família da vítima já o tinha informado que a criança errara.

Mas José disse que a conduta do PM Horta não era certa porque Horta é um líder nacional e receptor de um Prémio Nobel da Paz. “Como pai, Horta pode ensinar crianças más mas não perante os olhos do público porque não é adequado. Como Primeiro-Ministro, Horta deve controlar-se e não fazer nada que possa sujar o seu nome.”

Entretanto ao responder sobre a atitude de Horta, o Presidente do Partido Democrático Cristão, António Ximenes, disse sentir-se triste e criticou fortemente a conduta do PM Horta como não sendo o caminho certo porque somente suja a sua imagem.

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Four Corners e o Golpe em Timor-Leste
New Mathilda - 6 Dezembro 2006

Por: Tim Anderson

Sobre o que está em cima; se eu fosse Jackson, Buckfield e Cronau, para não mencionar a ABC estaria a preparar-me para a perseguição legal de Alkatiri que deve está para vir, agora que a investigação foi arquivada, ou descartada por falta de melhor palavra por falta de qualquer evidência para apoiar um caso de evidência aparente contra o antigo PM de Timor-Leste.

Advogados com quem falei pensam que Alkatiri não terá problema em provar que houve má intenção e indiferença sobre a sua reputação quando construíram a história com os factos mais frágeis e baseados em alegações dum acusador altamente desacreditado.

A agora famosa "Defesa de Theophanous " na lei de difamação Australiana baseada no facto de os políticos deverem ter "costas largas" e por isso serem mais moderados, só se manterá na ausência de má intenção. Estes tipos da ABC juntaram um bando de canalhas, com sangue nas mãos e armaram-nos com acusações fabricadas, que foram negadas em cada oportunidade pela pessoa perseguida bem como por outras pessoas reputadas, bem como deram um peso desigual ao amotinado Railos, (que era um provado ladrão de fundos das forças de defesa de Timor-Leste) e cuja credibilidade era extremamente suspeita, tudo isto aponta para má intenção. Alkatiri foi tramado e só Deus sabe como é que tudo isto vai acabar quando todas as testemunhas e as suas notas e o arquivo dos seus email e etc etc forem requisitados e espiolhados. Prestem atenção gentes, porque é importante que Alkatiri persiga estas pessoas....é também importante para o bem-estar do corpo de políticos Australianos.

Estas pessoas mostraram também total indiferença e falta de desportivismo, pessoas que incluem não somente os jornalistas em questão que foram atrás dele com más intenções premeditadas, mas também os burocratas de Canberra do DFAT e figuras políticas tanto na a Austrália como em Timor-Leste que o perseguiram com iguais intenções maliciosas.

Não esqueçamos que há ainda na maioria dos estados da Austrália o crime por difamação criminosa. No caminho para as eleições Australianas do próximo ano....isto vai ser muito mais divertido para algumas pessoas.

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Howard avisa de desassossego no Pacífico
Fiji Times Online

1100 FJT
Terça-feira, Janeiro 02, 2007

Actualização: O Primeiro-Ministro da Austrália acusou a China e Taiwan de interferência "diabólica" nas traseiras da Austrália no Pacífico.

John Howard diz que a Austrália precisa de trabalhar mais para impedir que as nações ilhas do Pacífico Sul caiam nas mãos de grupos hostis.

Foi citado pela Pacific News Agency Service PACNEWS, como tendo dito que a Austrália se engajará na região durante 20 anos lutando para restaurar a ordem em nações como Fiji, Timor-Leste, Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné.

"Compreendo que os Australianos digam, 'Bem, vejamos, esqueçamos e deixemos que sigam a sua própria cabeça. Não se estrague nenhum dinheiro'," disse.

"Mas esta é a abordagem errada porque cairão nas mãos do diabo de outros países."

"Certamente há um pouco de luta entre China e Taiwan."

Os avisos sobre o Pacífico de Mr Howards vieram quando o homem forte das forças militares de Fiji, Almirante Voreqe Bainimarama, ameaçou pedir ajuda à China se a Austrália se opuser ao seu regime.

Disse que a Austrália estava a aumentar o tamanho das suas forças armadas para "lidar com coisas na região ".

Mr Howard disse que a Austrália precisará de ter um papel maior na região nos próximos 10 a 20 anos para prevenir a instabilidade na Papua Nova Guiné, Fiji, Timor-Leste e Ilhas Salomão.

O Governo Australiano mandou recentemente forças para Timor-Leste e Ilhas Salomão para ajudar a restaurar a lei e a ordem.

Disse que a Austrália estava numa posição difícil por causa de alegações de interferência.
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Noticias - 3 de Dezembro - Traduzidas pela Margarida

The Age - Janeiro 3, 2007 - 4:39PM

Soldado ferido em acidente de treino em Timor

Um soldado Australiano a servir em Timor-Leste ficou ferido depois duma granada de ensaio ter aparentemente explodido na sua mão durante um exercício de treino. Um porta-voz do departamento de Defesa disse que o homem foi levado para o Royal Darwin Hospital no Sábado para tratamento.

Desde então o soldado foi transferido para uma instalação médica na Robertson Army Barracks em Darwin. Foi dito que está em condições estáveis, mas com feridas não especificadas nas mãos.

A granada, conhecida como uma flashbang, tem o propósito de desorientar seriamente as suas vítimas ao produzir uma luz ofuscante e um barulho ensurdecedor. O departamento disse que o incidente estava a ser investigado.

Há cerca de 800 membros da Força de Defesa Australiana a servir em Timor-Leste que está a providenciar segurança depois do desassossego político do ano passado.

NOTÍCIAS UNMIT

Relatos dos Media Nacionais:

TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste

UNMIT – Revista dos Media Diários – Sexta-feira, 29 Dezembro 2006 – Terça-feira, 2 Janeiro 2007
Relatos dos Media Nacionais

O PM Ramos Horta candidatará TMR para ser o próximo Presidente

Falando aos jornalistas depois de participar numa festa de Natal no Ministério da Educação, foi relatado que o PM Ramos-Horta disse que apoiará a candidatura do comandante das F-FDTL, Brigadeiro Taur Matan Ruak (TMR), para ser o próximo Presidente se o actual Presidente da República, Xanana Gusmão, recusar concorrer à re-eleição em 2007. Questionando as razões para a candidatura de TMR, o PM Ramos Horta disse que TMR era o líder adequado para ocupar o posto de presidente. Disse “TMR em uma boa liderança desde os 24 anos durante o período da resistência, e também desde 1999, até enfrentarmos a crise em curso em Timor-Leste. TMR mostrou muita coragem durante estes três períodos. Ninguém tem a coragem que ele tem”, sublinhou o PM Ramos Horta. Contudo, questionado se sim ou não o PM Ramos Horta se candidatará, disse que nem sequer pensava que as pessoas o quisessem. (DN, TP, STL)

Lu’Olo: As eleições que se aproximam realizar-se-ão antes do final do mandato do Parlamento Nacional

O Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres Lu’Olo, foi recentemente citado no Diario Nacional como tendo dito que as Eleições Gerais de 2007 se realizarão antes do fim do mandato do Parlamento Nacional - 20 de Maio de 2007. Acrescentou que alguns partidos políticos tentaram agarrar-se ao regimento do PN [que diz que o mandato do PN acaba em 15 Setembro] para interpretar a constituição que obviamente declara que 20 de Maio de 2007 é o fim do mandato do PN. (DN)

Membros da polícia que estão agora com o major Alfredo Reinaldo em fuga não deram qualquer resposta para regressar ao Quartel-Geral da PNTL

Falando aos jornalistas depois de visitar o Quartel-Geral da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) em Fatu-hada, o Vice-Ministro do Interior, Agustinho ‘Somoco’ Sequeira disse segundo foi relatado que tinha emitido pela segunda vez uma carta de chamada aos membros da PNTL que ainda estão agora com o major Alfredo em fuga, mas, até à data, não houve qualquer resposta. A carta foi enviada duas vezes para requerer a esses membros da polícia para se apresentarem no Ministério do Interior e seguirem o processo parase re-activarem.

RTTL Títulos das notícias

Horta: 2007 o ano do Desenvolvimento

Antes da entrado do Novo Ano de 2007, o Primeiro-Ministro Horta enviou a sua mensagem às pessoas que 2007 será um ano de Desenvolvimento. Na mesma altura o Sr. Horta também admitiu que a segurança é ainda um problema no país; é preciso pelo menos mais um ano para recuperar. Na mesma ocasião, o Sr. Horta prometeu trabalhar pela recuperação económica e melhorar a segurança de modo a restaurar paz, estabilidade e tranquilidade e garantir uma atmosfera segura nas eleições nacionais que se aproximam.

Resolver a crise através da Unidade Nacional

por ocasião do diálogo entre as pessoas na área de Santa Cruz, Gama o organizador do Diálogo disse que a Unidade Nacional é um modo de resolver a presente situação política e de segurança do país. Por isso as pessoas de Timor-Leste devem estar unidas e deixar para trás a falsa propaganda de Loromonu e Lorosae. Na mesma ocasião, o chefe Suku de Santa Cruz disse que a crise presente será resolvida se as questões de discriminação e os casos dos peticionários forem primeiro resolvidos. Um dos membros jovens disse que os autores dos crimes devem ser processados e que os jovens não devem ser acusados dos seus pecados.

Os deslocados apoiam o plano do Governo

O coordenador dos deslocados no Aeroporto Nicolau Lobato disse que todos os deslocados estão a apoiar os planos do Governo e que estão disponíveis para cooperar com os melhores interesses do país. Expressaram também dúvidas sobre os esforços do governo para responder aos problemas dos deslocados. Disse que o Governo está a pedir aos deslocados para regressarem para as suas casas mas que o problema da segurança é ainda muito frágil e que os assassinos e os autores da violência estão ainda à solta. Viemos para estes campos porque tínhamos medo de morrer, por isso não regressaremos enquanto a segurança for um problema, acrescentou um dos deslocados.


UNMIT Revista dos Media Diários – Quarta-feira, 3 January 2007

Relatos dos Media Nacionais


PM Ramos-Horta: O dinheiro que temos não terá qualquer valor se não estivermos unidos

Falando aos jornalistas o PM Ramos-Horta disse que os rendimentos ganhos de investimentos no sector do petróleo cresceram significativamente comparado com os anos anteriores. Este ano Timor-Leste ganhará quase US$100 milhões cada mês. Contudo, acrescentou o Primeiro-Ministro, “este dinheiro não faz qualquer sentido se não estivermos unidos. Ambos o primeiro e o segundo governos constitucionais completaram alguns bons trabalhos, apesar de alguns não terem sido ainda alcançados. Contudo, acreditamos que com a assistência de todos os Timorenses, podemos completar os trabalhos incompletos”, sublinhou Horta. (DN)

Bano: Relatório Anual de 2006 do Ministério do Trabalho e da Reinserção Comunitária, muitas tarefas de 2006 não foram ainda completadas

Falando aos jornalistas, o Ministro do Trabalho e da reinserção Comunitária, Arsénio Paixão Bano disse que muitas tarefas não foram completadas no seu ministério porque muito tempo foi dedicado a ajudar as vítimas da crise em curso. Acrescentou que a quatro áreas foi dado prioridade em 2006 incluindo a Construção de Capacidade Profissional, emprego, questões Sociais e dos Veteranos. Mas acima disso, o ministério também se focalizou em dar assistência humanitária aos deslocados no país. Na área do emprego por exemplo, o ministério planeou empregar mais gente tanto do interior como do exterior do país, mas por causa da crise tiveram que anular esse programa. Contudo, muitas tarefas foram completadas com sucesso pelo ministério. Isto incluiu a entrega de 2,900 bolsas de estudo a estudantes do primário e do secundário, dar emprego através do Programa de Emprego de US$2 (programa de dinheiro para trabalhar) a mais de 10,000 pessoas, estabelecimento de centros da juventude, e a criação de mais oportunidades de emprego para os jovens no futuro. O Sr. Bano enfatizou que somente com um pessoal de 104 membros permanentes e 150 temporários, o ministério tentará o seu melhor para continuar a servir os deslocados e para providenciar assistência humanitária ao país no futuro. Por outro lado a construção de capacidades era ainda muito importante para todo o pessoal do ministério, sublinhou o Sr. Bano.

Expectativas para o Desenvolvimento

Falando aos jornalistas depois de ter presidido à Missa de Ano Novo na Catedral em 1 de Janeiro, o Bispo da Diocese de Dili, Monsenhor Arlberto Ricardo da Silva distribuiu a sua mensagem ao povo dizendo que este Novo Ano trará esperança de desenvolvimento e acrescentou que às vezes planos bons podem ser estragados por outras coisas inesperadas. “Isto pode ser aprendido pela experiência do ano passado onde tínhamos bons planos, mas não os pudemos realizar devido a várias razões incluindo a crise em curso. Mas com a chegada de 2007, rezamos a Deus para ajudar os nossos líderes, autoridades, e a toda a gente Timorense para estendermos as mãos uns aos outros e mostrarmos a nossa boa vontade, coragem e bravura para criar uma boa atmosfera para o desenvolvimento futuro de Timor-Leste”, disse.

RTTL títulos das notícias

Deslocados regressam a casa


O Ministério do Trabalho e da Solidariedade identificou 142 famílias de diferentes campos de deslocados que querem regressar a casa esta semana. Entre elas, 9 famílias não são bem vindas pelos seus vizinhos em Kakaulidun, enquanto as outras seriam bem recebidas pelos seus vizinhos. Um dos membros da comunidade disse que estão contentes por aceitarem os seus amigos dos campos de deslocados porque sentem que são todos vítimas desta crise e culpam os líderes como os autores desta crise presente política e de segurança. Apelaram também aos seus amigos nos campos de deslocados para regressarem às suas casas. A irmã Guilhermina que é a responsável pelos deslocados no complexo das Irmãs Canossianas em Balide Raihun expressou descontentamento com o gabinete do Ministro do Trabalho e da Reinserção Comunitária ontem por ter evacuado os deslocados sem coordenação adequada com as irmãs. Disse que o número de deslocados no seu complexo de Abril a Outubro de 2006 tinha caído de 28,000 para cerca de 13,000 pessoas, porque as pessoas tinham regressado às suas casas. Vieram por elas próprias e regressaram por elas próprias também. Procuravam um local seguro e oferecemos-lhe o que podemos. Assim, deviam informar-nos antes de regressarem a casa acrescentou a irmã Guilhermina. Apelou ainda aos gabinetes dos Ministros das Obras Públicas e Trabalho e Reinserção Comunitária para coordenar com as irmãs antes de remover os deslocados do complexo.

Justiça

A Frente Nacional para a Justiça e Paz lamentou o Sistema Judiciário de Timor-Leste. Disseram que o Governo de Timor-Leste já não presta atenção à justiça no país. Parece que os esforços do Governo parta levar justiça ao povo está a recuar e a ficar cada vez mais silenciada pelos líderes. Esta foi a preocupação principal do workshop de um dia da FNJP no Sábado, 30 de Dezembro de 2006. Os participantes do workshop vieram de 13 distritos, líderes de partidos políticos e alguns membros de ONGs. O objectivo do workshop era avaliar o sistema de justiça em Timor-Leste, e o gabinete do Procurador-Geral.
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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