The Sydney Morning Herald
Hamish McDonald, Asia-Pacific Editor
January 6, 2007
None of the Washington eulogies or the mainstream media obituaries, about the decent everyman accidentally made president after the forced exits of Richard Nixon and Spiro Agnew, make note of it.
This was the go-ahead Ford gave Indonesia's President Soeharto for his invasion of East Timor in 1975.
Ford was first informed in July 1975 by the then secretary of state, Henry Kissinger, that with the Portuguese seeking to dump their colonies as quickly as possible, Soeharto planned to take East Timor, by force if necessary.
Soeharto strongly hinted at this on a Washington visit later that month, and met no objections. In August, a coup instigated by Jakarta's Special Operations group started a civil war between rival Timorese parties, with the Portuguese stepping aside.
Having just "lost" Cambodia and South Vietnam to communist forces, Kissinger made it clear the US was not interested in upsetting the anti-communist Soeharto over Timor, especially as its socialist Fretilin party was emerging on top. His envoy in Jakarta, David Newsom, told Australia's Richard Woolcott that if Indonesia invaded, it should do so "effectively, quickly, and not use our equipment".
In October, Indonesia launched a covert invasion from its side of Timor island and at the end of November, as the Indonesians inched towards Dili, Fretilin declared the formation of an independent republic.
That sped up Indonesia's plans, to head off diplomatic recognition of the new state. Over the first week of December, parachute battalions and marine units were readied for air and sea attacks on Dili and Baucau, the two towns with airports.
But Ford was due in Jakarta on Saturday, December 6, for brief but important visit to balance a call on the ailing Mao Zedong in Beijing. It was there he received a cable from the US embassy in Jakarta about the Timor invasion plans.
Soeharto feared that invading Timor would result in the US cutting military and other aid to his regime. But his conversation with Ford, the record of which was declassified only in 2001, reassured him.
The Indonesian leader claimed Jakarta had no "territorial ambitions" but Fretilin had refused to negotiate with the other four parties which wanted integration with Indonesia (three of them were actually Indonesian creations, the other in virtual captivity) and had declared independence.
"We want your understanding," Soeharto said, "if we deem it necessary to take rapid or drastic action."
"We will understand and will not press you on the issue," Ford replied. "We understand the problem and the intentions you have."
Kissinger commented that "the use of US-made arms could create problems", but said: "It depends on how we construe it; whether it is in self-defence or is a foreign operation." He added : "It is important that whatever you do succeeds quickly."
Soeharto launched the invasion at dawn the next morning as Ford was flying home.
Interviewed by the filmmaker Allan Nairn in 1991, Ford said he could not remember what he had said to Soeharto.
Ford was indeed the president for whom the description of not being able to "walk and chew gum at the same time" was coined. Kissinger was by far the more consciously responsible American party.
The US archives add a dimension to the Australian records of early 1976 just released under the 30-year rule, when the new Malcolm Fraser government was dealing with the fait accompli of Indonesian invasion.
Fraser would clearly get no backing from Washington if he wanted to oppose or try to reverse the Timor annexation.
But it is unlikely that he would anyway: in September 1975, his then foreign affairs spokesman, Andrew Peacock, had told key Indonesian military figures any objections to invasion would be token, according to a leaked Indonesian record.
Historians will argue about whether Gough Whitlam could have got US backing for a proper self-determination process in Timor - had he adopted the advice of the Canberra defence official Bill Pritchett during 1974 and 1975.
After clashes on Vietnam, Pine Gap, and other security issues, Whitlam's relations with Kissinger were not warm, but the Americans might have been open to Pritchett's argument that a takeover would not be quick and clean. It was always going to use American weapons.
.
domingo, janeiro 07, 2007
East Timor a dark stain on Ford's legacy
Por Malai Azul 2 à(s) 01:33
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Timor-Leste uma mancha escura no legado de Ford
The Sydney Morning Herald
Hamish McDonald, Editor da Ásia-Pacífico
Janeiro 6, 2007
Nenhum dos elogios de Washington ou das necrologias dos media de referência, sobre o decente cidadão comum feito acidentalmente presidente depois das saídas forçadas de Richard Nixon e Spiro Agnew, fizeram referência a isso.
Isso foi o sinal verde que Ford deu ao Presidente Soeharto da Indonésia para a sua invasão de Timor-Leste em 1975.
Ford foi informado a primeira vez em Julho de 75 pelo então secretário de Estado, Henry Kissinger, que com os Portugueses a procurarem sair das suas colónias tão rapidamente quanto possível, que Soeharto planeava tomar Timor-Leste, pela força se necessário.
Soeharto deu fortes dicas disso numa visita a Washington mais tarde nesse mês, e não encontrou qualquer objecção. Em Agosto, um golpe instigado pelo grupo de Operações Especiais de Jacarta começou uma guerra civil entre partidos rivais Timorenses, com os Portugueses a porem-se de lado.
Tendo acabado de "perder" o Cambodia e o Vietname do Sul para forças comunistas forces, Kissinger deixou claro que os USA não estavam interessados em aborrecer o anti-comunista Soeharto por causa de Timor, especialmente porque o seu partido socialista Fretilin estava a emergir no topo. O seu enviado em Jacarta, David Newsom, disse a Richard Woolcott da Austrália que se a Indonésia invadisse, o devia fazer "efectivamente, rapidamente e sem usar o nosso equipamento".
Em Outubro, a Indonésia lançou uma invasão secreta do seu lado da ilha de Timor e no final de Novembro, quando os Indonésios avançavam devagar em direcção a Dili, a Fretilin declarou a formação de uma república independente.
Isso apressou os planos da Indonésia, para impedir o reconhecimento diplomático do novo Estado. Durante a primeira semana de Dezembro, batalhões de pára-quedas e unidades da marinha foram aprontadas para ataques por ar e mar em Dili e Baucau, as duas cidades com aeroportos.
Mas Ford estava previsto em Jacarta no Sábado, 6 de Dezembro, para uma breve mas importante visita para balancear uma visita ao doente Mao Zedong em Pequim. Foi lá que recebeu um telegrama do embaixador dos USA em Jacarta sobre os planos de invasão de Timor.
Soeharto receava que a invasão de Timor resultasse no corte da ajuda militar dos USA e de outras ajudas ao seu regime. Mas a sua conversa com Ford, a gravação da qual só foi desclassificada em 2001, sossegou-o.
O líder Indonésio afirmou que Jacarta não tinha nenhuma "ambição territorial" mas que a Fretilin tinha recusado negociar com os outros quatro partidos que queriam a integração com a Indonésia (três deles eram actualmente criações Indonésias, o outro estava ~virtualmente prisioneiro) e tinha declarado a independência.
"Queremos a vossa compreensão," disse Soeharto, "se considerarmos necessário tomarmos acção rápida ou drástica."
"Compreenderemos e não o pressionaremos nesse assunto," respondeu Ford. "Compreendemos o problema e as intenções que tem."
Kissinger comentou que "o uso de armas fabricadas nos USA podiam criar problemas", mas disse: "Depende de como fizer isso; se é em auto-defesa ou se é uma operação estrangeira." Acrescentou : "É importante que seja o que for que faça tenha sucesso rapidamente."
Soeharto lançou a invasão na madrugada seguinte quando Ford voava para casa.
Entrevistado pelo realizador de cinema Allan Nairn em 1991, Ford disse que não se lembrava do que dissera a Soeharto.
Ford foi na verdade o presidente para quem se cunhou a descrição de não ser capaz de "andar e mastigar pastilha elástica ao mesmo tempo”. Kissinger era de longe a parte responsável Americana mais conscientemente responsável.
Os arquivos dos USA acrescentam uma dimensão aos registos Australianos do princípio de 1976 acabados de liberar sob a lei dos 30 anos, quando o novo governo de Malcolm Fraser lidava com o facto consumado da invasão Indonésia.
Fraser não teria claramente nenhum apoio de Washington se se quisesse opor ou tentasse reverter a anexação de Timor.
Mas é improvável que o faria, de qualquer modo: em Setembro de 1975, o seu então porta-voz dos negócios estrangeiros, Andrew Peacock, tinha dito a figuras chaves das forças militares Indonésias que não seriam levantadas objecções à invasão, de acordo com um registo Indonésio que passou para fora.
Os historiadores argumentarão sobre se Gough Whitlam podia ter obtido o apoio dos USA para um processo de auto-determinação adequado para Timor – tivesse ele adoptado o conselho do oficial de defesa de Canberra, Bill Pritchett durante 1974 e 1975.
Depois de confrontos sobre o Vietname, Pine Gap, e noutros assuntos de segurança, as relações de Whitlam com Kissinger não eram calorosas, mas os Americanos podiam estar abertos ao argumento de Pritchett que uma invasão não seria rápida e limpa. Acabava sempre por usar armas Americanas.
Enviar um comentário