sexta-feira, janeiro 26, 2007

Acordo tri-lateral - RDTL, UN e Austália

Foi hoje assinado o Memorandum de Entendimento entre Timor-Leste, as Nações Unidas e a Austrália sobre a assistência à República Democrática de Timor-Leste.

O acordo foi assinado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, o RESG da UN, Atul Khare e a Embaixadora da Austrália, Margareth Twoney.

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Informação - Parlamento Nacional

Dili, 26 de Janeiro de 2007

Hoje, dia 26 de Janeiro de 2007, às h19:30, será transmitido em directo pela RTTL, o debate interactivo sobre a Lei Eleitoral para o Parlamento Nacional, com a susceptibilidade de intervenção dos ouvintes e telespectadores.
O debate contará com a presença dos Senhores Deputados: Vicente Faria, Vice-Presidente da Comissão de Assuntos constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, em representação da Bancada Parlamentar da Fretilin, e Manuel Tilman, em representação das Bancadas Parlamentares da Oposição.

Com os melhores cumprimentos,

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Ohin, loron 26 fulan Janeiru Tinan 2007, Membru husi Parlamentu Nasional, Sr. Vicente Faria, Vise-Prezidente Komisaun Asuntu Konstitusional, Direitu, Liberdade no Garantia, representasaun husi Bankada Parlamentar Maioria, no Sr. Manuel Tilman representasaun husi Bankada Parlamentar Opozisaun sei halo debate interaktivu iha Televisaun, iha oras 19h30 kalan, koalia kona ba Lei Eleitoral para o Parlamento Nacional. Ovintes no telespetadores sira bele hato perguntar ba convidadus sira.

Obrigado barak. Cumprimentus,

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Today, January 26, at 19h30, RTTL will broadcast the live interactive debate on the Law for the Election of the National Parliament, with the possibility for the viewers/listeners to take part in the discussion.

The debate will count with the presence of Mr. Vicente Faria, Vice President of the Committee of Constitutional Affairs, Rights, Freedoms and Guarantees, in representation of the Fretilin Party Bench and of Mr. Manuel Tilman, in representation of the Opposition Party Benches.

Best Regards,

Celina de Jesus
Relações Publicas do Parlamento Nacional

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CPLP realça importância de eleições para consolidar democracia

Lisboa, 25 Jan (Lusa) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) sublinhou hoje a "importância da realização de eleições", este ano, para a "consolidação das instituições democráticas em Timor-Leste", expressando a sua disponibilidade para colaborar neste processo.

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Dos leitores - Tradução da Margarida

Comentário sobre a sua postagem "We're willing to talk to Reinado: Leahy":

Basta de conversa. Prendam-no já. Imaginem se os presos começarem a fugir das prisões e a dizerem que não há necessidade de correrem atrás deles porque eles se vão entregar um dia destes.

Em que é que se tornava este país? E porque é que devemos confiar em alguém que fugiu da prisão?

Se a polícia ou seja quem for que tem o comando, está cá simplesmente para falar e não persegue os fugitivos, podem simplesmente voltar para os seus países.

Já chega. Acabem com a conversa, prendam-no.
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Dos leitores

Margarida deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Dos leitores":

Acho piada que alguém consiga ter escrito sobre a crise de Timor-Leste e nem uma única vez tenha usado as palavras “petróleo”, “gás”, “Austrália”, “USA”, “Indonésia”…

Principalmente com as conclusões não deixei de sorrir: afinal, é a justiça que vai permitir que Alkatiri “consiga afastar Xanana” (quando o Xanana parece que nem vai concorrer);

“revelar as insuficiências de Ramos Horta” (e eu a pensar que já todos as tinham topado);

“arrumar com Lobato (…) que vai ficar na mão de Alkatiri relativamente a um indulto ou amnistia” (mas não é o PR quem amnistia?…);

“mostrar ao mundo que a única altura em que Timor-Leste avançou económico-socialmente e que teve paz social foi quando era primeiro-ministro” (Como se o Banco Mundial não o tivesse já dito…);

“Dizer ao mundo que é um democrata” (como se a Comissão de Inquérito da ONU não o tivesse já dito…

Claro que no fim fica o rabo que o gato andou a esconder. É que ao afirmar que o Alkatiri já recebeu “suporte financeiro para as próximas eleições” de Portugal, não é difícil adivinhar que quem isto escreveu anda a trabalhar para a oposição. Talvez a meter umas cunhas a Australianos e Americanos também para suporte financeiro?

Mas que me diverti, lá isso é verdade. Afinal há humoristas em TL para além do Xanana...

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Timor: ONU quer «solução cultural» para violência em Díli

Diário Digital / Lusa
25-01-2007 15:57:33

A violência urbana em Díli, que deixou cinco mortos em menos de uma semana e meia, pode ter uma «solução cultural», afirmou esta quinta-feira o responsável pela Segurança da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).

«Queremos uma solução cultural, digamos psicológica, para o problema da violência em Díli», afirmou Eric Tan, vice-representante do secretário-geral da ONU em Timor-Leste com o pelouro da Segurança na UNMIT, numa conferência de imprensa em Díli dedicada ao problema.

O chefe da UNMIT, Atul Khare, reconheceu na mesma ocasião que «há um aumento preocupante da violência» na capital timorense.

A UNMIT e representantes do Ministério do Trabalho e do gabinete do primeiro-ministro de Timor-Leste, José Ramos-Horta, encontraram-se quarta-feira com os líderes dos quatro principais grupos de artes marciais timorenses.

«A nossa mensagem para eles foi simples: este ciclo de violência com ataques e contra-ataques tem de acabar», referiu Eric Tan.

Para hoje estava previsto um segundo encontro «de negociação» juntando líderes dos «grupos que constituem o maior problema em Díli», o PSHT e o 77-77, acrescentou o mesmo responsável da UNMIT.

Atul Khare, Eric Tan e o comissário da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) em Timor-Leste, Rodolfo Tor, passaram em revista os incidentes dos últimos dias e as medidas para resolver a situação.

Conforme ficou patente pela descrição sumária mas explícita lida por Rodolfo Tor, as vítimas sofreram ataques directos com armas de fogo, catanas ou apedrejamento.

Entre os cinco mortos registados nos últimos dias, estão um jovem timorense encontrado numa estrada periférica de Díli, dois elementos da Polícia Nacional de Timor-Leste (que não estavam fardados nem de serviço quando foram atacados) e dois outros indivíduos, um deles relacionado com grupos de artes marciais.

Desde o início do ano, foram detidas 32 pessoas relacionadas com os ataques e confrontos de rua.
Catorze desses indivíduos estão ainda sob custódia das autoridades, 18 foram presentes a tribunal e 13 foram condenados.

«Não houve informações sobre influências políticas na violência dos grupos, mas abordámos a questão da responsabilidade dos líderes pelos indivíduos e pelos grupos e a forma de gerir as diferenças entre as pessoas», adiantou Eric Tan.

Apesar de a responsabilidade dos grupos de artes marciais por vários incidentes estar comprovada, os seus líderes não estão detidos.

«Até ao momento, a acusação está restrita aos responsáveis concretos da violência, baseado no testemunho directo», notou ainda Eric Tan.

Atul Khare salientou que «o importante é ver o aumento da violência no longo prazo».

O chefe da UNMIT e representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste colocou as estatísticas dos incidentes em perspectiva e concluiu que «a última semana foi ainda menos perigosa do que o início de Dezembro de 2006».

Entre o final de Outubro e a primeira semana de Dezembro, registaram-se 1.500 incidentes na capital.

«Na primeira semana de Janeiro, e graças à ajuda do povo timorense, o número de incidentes registados desceu para 38», pormenorizou Atul Khare.

A situação do major Alfredo Reinado foi também abordada na conferência de imprensa.

A ONU insiste que o militar foragido deve entregar-se e «enfrentar a Justiça».

Reinado é a figura principal da rebelião no seio das Forças de Defesa de Timor-Leste em Abril e Maio de 2006.

O major foi preso em Julho do ano passado, mas fugiu a 30 de Agosto da prisão de Becora, em Díli.

«A justiça é para todos. Não pode haver impunidade aqui nem em qualquer lado do mundo», frisou Atul Khare.

«Gostaria de ouvir dos líderes de Timor-Leste que neste país não há impunidade», insistiu Atul Khare.

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Dos leitores

Margarida deixou um novo comentário sobre a sua postagem "ONU quer major Alfredo Reinado a «enfrentar a justiça»":

"Reinado mudou de Suai para Ermera com livre passagem dada pelo primeiro-ministro". Isto é o PM assina um acordo com a ONU onde lhe dá plenos poderes sobre a segurança em TL e simultâneamente dá "livre passagem" a um preso em fuga!

E a ONU aceita? E só agora denuncia? Espantoso!

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Dos leitores

Comentário sobre a sua postagem "We're willing to talk to Reinado: Leahy":

Enough with the talking. Arrest him already. Imagine if prisioners start breaking out of prison and start saying that there is no need to go after them because they will surrender someday.
What would this country become? And why should we trust someone who escaped from prison?

If the police or whoever is in charge is here just to talk and not go after the fugitives the they might as well go back to their own country.

Enough is enough. No more talking, arrest him.

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Dos leitores

Comentário sobre a sua postagem "Dos leitores":

ALKATIRI – O VENCEDOR “ACIDENTAL”!

Da crise de Abril / Maio de 2006, haverá, sem dúvida, um vencedor, que tudo indica, ser “acidental”, já que ninguém dava nada por ele! De seu nome: Mari Alkatiri.

Vejamos:

O Xanana, na sua ingenuidade e na falta de postura de Estado, quis aproveitar-se da situação dos “peticionários”, “dar o golpe”, e transformar Timor num Estado presidencialista sob a sua orientação. Ingenuidade, porque Xanana achava que o melhor para Timor era um governo de unidade nacional, com ele a mandar e nunca percebeu a Constituição de Timor-Leste, nem nunca percebeu o conceito de divisão de poderes de Montesquieu, nem, o nosso Professor Pedro Bacelar de Vasconcelos, teve a habilidade de o instruir.

Após estes anos, Xanana não conseguiu ultrapassar as divisões do tempo da guerrilha e o seu ódio à Fretilim e isso reflectiu-se claramente nesta crise (note-se as criticas às cores da bandeira – que se parece à da Fretilim - e à sigla F-FDTL).

Inábil, Xanana cometeu erro atrás de erro. Apoiou Reinado, manobrou com Fátima da Paula Martins, instruiu Longuinhos Monteiro, encostou-se a Haisegawa, encontrou-se com Wiranto, etc.

No fim, as contas saíram-lhe furadas! Toparam-lhe o jogo, anteciparam-se jogadas e Xanana foi sendo ultrapassado pelos acontecimentos. Perdeu o controlo da situação!

Foi a GNR que efectuou a busca à casa que Xanana tinha destinado ao Reinado (nesse dia o Capitão Carvalho personificou o “génio português” com a atitude de não submissão …) foram os Australianos que prenderam Reinado (pelo menos o Brigadeiro-General Slater “vestiu-se pelas pernas” nesse dia), foram os magistrados dos PALOP que determinaram a prisão de Reinado e o Xanana terminou o dia sem poder justificar às suas hostes aquilo que é elementar em doutrina militar – proteger os soldados.

E o descrédito do nosso presidente continuou: os grupos de “artes-marciais” não lhe ligaram “pevas”, apesar dos sucessivos apelos e cerimónias públicas mais ou menos ridículas ( a verdade é que os jovens educados sob o regime indonésio, sem emprego e sem educação, estão-se nas tintas para o “grande timoneiro” ). O Taur mandou-o a banhos (aliás já no tempo da guerrilha houve tentativas do TMR em liderar a resistência), foi a crise que se seguiu à queda de Alkatiri e que ainda subsiste. Ou seja, Xanana, com todo o respeito que temos por ele, nunca conseguiu descolar da postura do guerrilheiro, de futuro agricultor de abóboras (será a concretização de um sonho de juventude?) e alcandorar-se à de estadista.

No que toca a Ramos Horta a crise tornou visível de que se trata de um politico de “cosmética”, mais interessado em viajar do que em governar. Tirando situações pontuais como o arranjo de jardins em frente do Palácio do Governo mostrou-se uma personalidade errante, titubeante, contraditória, incoerente, sem consistência, muitas vezes “politicamente incorrecto”. Embora destaque em Timor-Leste, falta-lhe alguma “garra” para conduzir o País à independência económica e ao “bem-estar” dos cidadãos. Dá ideia que “navega à vista”.. Absorveu aquilo que de pior tem a politica ocidental – o show, sem conseguir dar-lhe substrato (veja-se a recente ida ao Oekussi).

A única “sombra” que Alkatiri tinha e que lhe poderia provocar danos está neste momento a ser dissipada. Lobato, “enfant terrible”, o voluntarista, o homem dos diamantes, aquele que em Moçambique se fardava de militar e de ministro da defesa de Timor-Leste durante as cerimónias oficias, aquele que faz manifestações à frente do Tribunal, aquele que durante a luta de libertação chegou a sequestrar Ramos Horta em Moçambique, aquele que metia medo a tudo e a todos, aquele que motivou o pedido de Alkatiri a Portugal para que mandasse GNRs para Timor (caso não saibam o pedido começou a ser elaborado antes da crise porque Alkatiri, já nessa altura, queria um contra-poder “armado” a Lobato e à capacidade ”armada” que este dispunha com a PNTL - porque tinha medo deste), está a ser julgado e será, sem dúvida, condenado. Lobato que era o único que podia causar prejuízo a Alkatiri está a protegê-lo. No julgamento de Lobato, Alkatiri está a passar no meio dos pingos de chuva (para isso muito está a contribuir Rai Los após ter apanhado um susto com o atentado à vida que lhe fizeram!!!).

Na altura da crise, em Portugal, um dos políticos gerados pelo “25 de Abril”, Medeiros Ferreira, fugaz ministro dos negócios estrangeiros e actual comentador desportivo da rádio, do alto da cátedra, invocando Cruza Malapata, um autor Italiano que escreveu um livro intitulado “Técnicas de Golpe de Estado” escrevia num jornal português que o Judiciário tinha sido instrumentalizado no golpe que derrubou Alkatiri. Não sei se foi instrumentalizado ou não. Agora o que sei é que o judiciário de Timor-Leste levou Alkatiri em braços até à meta: arquivado o inquérito contra Alkatiri (como já foi e o Longuinhos como bom soldado dos Indonésios que foi, está a cumprir ordens e a dizer que ainda está em investigação) e condenando Lobato, a justiça vai permitir que Alkatiri

- consiga afastar Xanana

- revelar as insuficiências de Ramos Horta

- arrumar com Lobato (o qual vai ficar na mão de Alkatiri relativamente a um indulto ou amnistia que certamente aparecerá após as eleições).

- mostrar ao mundo que a única altura em que Timor-Leste avançou económico-socialmente e que teve paz social foi quando era primeiro-ministro.

- Dizer ao mundo que é um democrata, respeita as instituições de um Estado Democrático de Direito, tanto mais quanto é certo que se demitiu e, contrariamente a uns (Reinado e Rai Los) submeteu-se ao poder judicial e fui ilibado por esse poder judicial.

É claro que a tudo isto acresce o facto de já ter recebido suporte financeiro para as próximas eleições durante sua “visita médica” a Portugal e a Moçambique. Com suporte financeiro e a Fretilim reorganizada e com a experiência politico-partidária quem tem, tudo leva a crer que voltará a primeiro-ministo, com a oportunidade única de varrer a casa!

…há coisas na vida!

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ONU quer major Alfredo Reinado a «enfrentar a justiça»

Diário Digital / Lusa
25-01-2007 13:25:00

A Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) insistiu hoje que o major Alfredo Reinado deve «enfrentar a Justiça» entregando-se às autoridades.

«Estivemos com o major duas vezes em Janeiro com uma única missão: convencer Reinado a aceitar a Justiça», afirmou Eric Tan, vice-representante do secretário-geral da ONU em Timor-Leste com a área da Segurança.

Alfredo Reinado é o principal rosto da rebelião no seio das Forças de Defesa de Timor-Leste (FDTL), que mergulhou o país numa crise política e militar em Abril e Maio do ano passado e conduziu à demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri.

O major Reinado foi preso em Julho em Díli por posse ilegal de material de guerra, durante uma busca de rotina da GNR a três residências.

Reinado esteve detido na prisão de Becora, em Díli, de onde se evadiu um mês depois, a 30 de Agosto.

Atul Khare, representante especial do secretário-geral da ONU em Timor, sublinhou as palavras do seu «número dois» informando que «Reinado já não goza de autorização de passagem».

«Reinado mudou de Suai para Ermera com livre passagem dada pelo primeiro-ministro», informou Atul Khare referindo-se ao trânsito do militar foragido da fronteira sudoeste para a região montanhosa de Ermera.

«De facto, as estradas estão bloqueadas à volta dele», adiantou o chefe da UNMIT na conferência de imprensa dedicada à avaliação da situação de segurança na capital timorense.

Atul Khare referiu-se ao cordão de segurança montado em torno de Reinado pelas Forças de Defesa australianas.

O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, tem repetido que Reinado é «um foragido à Justiça» a quem não vai «apertar a mão».

Numa entrevista recente a um jornal de Díli, Alfredo Reinado ameaçou «levar» para a morte muitos soldados australianos no caso de as forças internacionais em Timor-Leste desencadearem uma operação de captura.

Com Alfredo Reinado evadiram-se da prisão de Becora 56 reclusos, incluindo 16 ex-soldados das FDTL e cinco condenados por homicídio.

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Caso dos 5 de Balibo

Paulo Fátima Martins parte no próximo dia 31 de Janeiro para a Austrália para testemunhar no caso dos jornalistas mortos em 1975, por militares indonésios, em Balibo.

Greg Shackleton, 27, Gary Cunningham, 27, Tony Stewart, 21, Malcolm Rennie, 28, e Brian Peters, 29.

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Notícias - traduzidas pela Margarida

TIMOR-LESTE: PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA BARROSO APELA AO DIÁLOGO NACIONAL

Dili, 24 Jan. (AKI) - O Presidente da Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro de Portugal, José Manuel Barroso, apelou ao diálogo nacional em Timor-Leste, a antiga colónia Portuguesa invadida pela violência. A informação obtida pela Adnkronos International (AKI) revelou que - numa carta dirigida ao presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão e ao primeiro-ministro do país, José Ramos Horta - Barroso pediu que o partido político Fretilin e o seu secretário-geral, Mari Alkatiri, sejam incluídos em qualquer diálogo para o futuro do país.

Espera-se que a carta seja entregue aos dois líderes Timorenses esta semana, pelo representante especial da UE em Timor-Leste, Miguel Amada, que presentemente está no país.

Alkatiri foi forçado a resignar em Junho último, depois do desassossego ter levado 37 pessoas à morte. A violência foi desencadeada pela decisão de Alkatiri de demitir 600 soldados que estavam em greve depois de se queixarem de discriminação racial no seio das forças armadas. Durante o desassossego, Alkatiri e Gusmão posicionaram-se no que a maioria dos observadores descreveu como uma luta de poder. Alkatiri foi substituído por Horta, que é visto como um aliado próximo de Gusmão.

A Fretilin é o maior partido político do país, e Alkatiri é ainda considerado o corredor da frente nas eleições nacionais, previstas para Maio próximo.

Os Portugueses começaram a comerciar com a ilha de Timor no princípio do século 16º e colonizaram-na em meados desse século. Lisboa manteve o controlo até Timor-Leste ter-se declarado independente em 28 de Novembro de 1975 e ter sido invadido e ocupado por forças Indonésias nove dias depois. Os 800,000 habitantes do pequeno país do Sudeste Asiático votaram pela independência em 1999 e ganhou este estatuto em Maio de 2002.

(Fsc/Ner/Aki)

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Novas evidências no caso dos Cinco de Balibo
Janeiro 25, 2007 - 5:44AM

Um funcionário reformado que trabalhou numa estação de escuta super secreto perto de Perth em 1975 diz que ouviu soldados Indonésios em Timor-Leste a falarem sobre a "eliminação" dos Cinco de Balibo.

Relatos oficiais mantém que os jornalistas com base na Austrália - Greg Shackleton, 27, Gary Cunningham, 27, Tony Stewart, 21, Malcolm Rennie, 28, e Brian Peters, 29, - foram mortos em fogo cruzado na cidade Timorense de Balibo em 1975, mas as suas famílias insistem que foram assassinados por tropas Indonésias.

A investigadora de NSW, Dorelle Pinch, no mês passado convocou os operadores de rádio que trabalharam na Estação de Escuta da Directoria dos Sinais da Defesa na Baía de Shoal, perto de Darwin, em 1975, para se apresentarem ao inquérito sobre a morte do Sr Peters.

Mas um funcionário de uma unidade de comunicações super secreta perto da base Pearce da RAAF, perto de Perth, apresentou-se com informação que diz que o tem perturbado desde há 30 anos.

O funcionário de sinais, que falou em condições de anonimato à News Ltd, disse que o seu treinador, Sargento de Aviação Alan Oldacres-Dear, disse aos que se treinavam que ouviu discussões entre militares Indonésios sobre a "eliminação" dos jornalistas.

"Quero que as famílias dos homens saibam que as pessoas que souberam disto então ... que isto nos corrói, este voto de silêncio," disse.

"O O-D usou as palavras 'serem eliminados."

O inquérito de investigação de NSW começa em 5 de Fevereiro.

© 2007 AAP

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Conversas em posto secreto gravadas falam de “eliminações” de jornalistas

Por Janet Fyfe-Yeomans
Janeiro 25, 2007 01:00am
Artigo de: Daily Telegraph

Tropas da Indonésia foram gravadas por uma anteriormente desconhecida estação de escuta Australiana a discutir a execução de cinco jovens jornalistas Australianos.

A Unidade de Telecomunicações Nº 3 da RAAF era tão super secreta que pouco foi referenciada a sua existência, mesmo em publicações formais da força aérea.

Polícias e advogados que investigam a morte dos cinco jornalistas em Balibo em 1975 focalizaram-se se tráfego de rádio sobre a sua morte tinha sido apanhada pela Directoria dos Sinais da Defesa na Baía de Shoal, perto de Darwin.

Mas pela primeira vez, um antigo funcionário de sinais na agora desmantelada 3TU, que estava próxima da RAAF Pearce, no exterior de Perth, revelou que ouviram também as discussões dos militares Indonésios.

A evidência nova vem de uma vice-investigadora de NSW, Dorelle Pinch que finaliza as questões procedimentais antes do inquérito à morte de um dos jornalistas, Brian Peters, que começa em 5 de Fevereiro.

O funcionário de sinais, que pediu para manter secreta a sua identidade, disse que o seu treinador de sinais, Sargento de Aviação Alan Oldacres-Dear, disse aos que treinavam que ouviu a gravação de soldados Indonésios em Timor-Leste a discutirem a "eliminação" dos jornalistas, que estavam a cobrir a invasão Indonésia de Timor-Leste.

O funcionário de sinais reformado disse que a verdade o tinha "corroído " durante 30 anos.

"Quero que as famílias dos homens saibam que as pessoas que souberam disto então ... que isto nos corrói, este voto de silêncio," disse.

"O O-D usou as palavras 'serem eliminados'."

O operador de câmara do Channel 9, Brian Peters, 29, e repórter Malcolm Rennie, 28, o repórter do Channel 7 Greg Shackleton, 27, e operador de câmara Gary Cunningham, 27, e o operador de som Tony Stewart, morreram todos em Balibo em 16 de Outubro de 1975.

O Sargento de aviação Oldacres-Dear, conhecido como O-D pelos seus homens, morreu em 1987 e o seu filho, Neil, confirmou que o pai trabalhou na longínqua estação de escuta mas disse que nunca discutiu as questões de trabalho.

Contudo, The Daily Telegraph confirmou que a 3TU, a única unidade da RAAF que esteve continuamente operacional 24 horas por dia durante 45 anos, monitorizou o tráfego de rádio da vizinhança do Norte da Austrália em conjunção com a DSD.

"É tudo secreto ainda. Não nos era autorizado discutirmos entre nós mas discutíamos e a quem escutávamos," disse o antigo presidente da Associação 3TU, Barry Mayne.

A única história escrita da unidade sugere que permanece pouca evidência para ajudar os investigadores a trabalharem no inquérito.

Afirma que muitas gravações, particularmente entre 1960 e 1978, estão em falta.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.