quinta-feira, fevereiro 07, 2008

UNMIT – MEDIA MONITORING - Thursday, 7 February 2008

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL news coverage
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RTL news coverage

MSS meets with Ministries of Portuguese speaking nations: The Minister of Social Solidarity met with representatives of the various Ministries of Social Solidarity of Portuguese Speaking Countries (CPLP). The Minister said that such meetings were important at they allowed the CPLP countries to come together and discuss common social problems.


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UN meets with Fretilin to discuss security reform: The senior leadership of the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) met Fretilin’s leadership to discuss the reform of the security sector. The meeting followed Fretilin’s expression of willingness to become engaged in issues of national importance, such as security sector reform.


The UN Secretary-General’s Special Representative in Timor-Leste, Atul Khare, convened the meeting to seek their views on UNMIT’s role in the review and reform of key security institutions. Mr Khare said that security sector reform was a priority area and that its success would be critical in ensuring sustainability for the new nation.

“Any review on how to reform the security sector must look at the restructuring of the national police and an assessment of the F-FDTL, the private security sector, customs and other institutional areas such as the courts and correctional facilities,” said Mr Khare. “The review must be comprehensive, holistic, ensure broad representation of all stakeholders and it must be owned by the Timorese people.” It was agreed that similar meetings would be held on an ongoing basis, every two weeks. (TP)

Reinado’s rebels fire on ISF: Rebels under the leadership of Major Alfredo Reinado have fired warning shots near a patrol of Australian troops south-west of the capital, Dili. Reinado has been on the run since he was arrested on charges of illegal weapons’ distribution, desertion and attempted murder after widespread violence in 2006.

The International Stabilisation Force (ISF) Spokesperson Brigadier General James Baker said that five to eight warning shots were fired, but the Australian troops did not return fire. "What we've seen today is a reckless act by Reinado. If the ISF soldiers had not acted with professionalism and discipline, then an escalation of the incident could have occurred," he said. "The ISF did not return fire, but immediately withdrew to Gleno [the home base]," he added. "There were no casualties from this incident."

Brigadier General Baker said that the ISF is not engaged in any operation against Reinado. "Reinado is a fugitive of the Timorese criminal justice system, he has threatened the safety of Australian troops," he said. (TP, DN and STL)

Petitioners gather in Dili: The President of the National Parliament, Fernando Lasama, said that members of the petitioners’ group gathered today (7/2) in Aitarak Laran, Dili to commence a process of dialogue with the Government and the National Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL).

“They needed to come to Dili to help find a solution to their problems,” said Mr Lasama. “They will remain here and have their issues heard by the Government.” (TP and DN)

IDPs reject reduced food aid: Negotiations between IDPs and WFP officers have ended with IDPS in Comoro Airport Camp rejecting WFP’s food assistance.

“We will reject any food aid because of the Government’s policy to reduce the rations,” said the Comoro Airport Camp IDP Spokesperson, Mateus da Costa Belo. IDPs further said that they would continue such peaceful actions until the Government responded to their needs. (TP)

National Parliament VP: Parties must self-access: The Vice President of the National Parliament, Vicente Guterres, said that each party in the national parliament had to build capacity within itself and to create harmony with other parties in the parliament.

Mr. Guterres also said that he believed this second national parliament to be stronger than the first, as the first NP was weakened by an undisciplined opposition. Mr Guterres claimed that Fretilin was conducting itself in a professional and disciplined manner and that this would help to strengthen the National Parliament. (DN)

Reform with no transparency: A Political and Social Science Lecturer at the National University of Timor-Leste, Faustino Cardoso (also the President of the National Commission of Elections), has said that the reformation process initiated by the Government is not transparent.

“While the government has started the reforms, it is not clear how the reforms are progressing.” said Mr. Cardoso on Wednesday (6/2) in Balide, Dili. “The public does not know about the reforms because the process is not transparent. It is still unclear what areas will be reformed.” (STL)

F-FDTL to recruit soldiers with legal backgrounds: The State Secretary of Defence, Julio Thomas Pinto, said that the F-FDTL would this year look to recruit soldiers with law degrees and/or backgrounds.

“In order to establish a military tribunal, we need trained military judges,” said Mr. Pinto. “The Department of Defence now is focusing on this to recruit soldiers with legal backgrounds to be involved in the military tribunal.” The new recruitment will be held in July 2008. (STL)

Lasama: Petitioners should cooperate with the Government: The President of the National Parliament, Fernando Lasama, said that establishing a gathering place for the petitioners to meet will help in finding solutions to the problems faced by them. Mr Lasama said that a common gathering place would allow the petitioners, the F-FDTL and the Government and to meet and cooperate with each other to find a resolution to this ongoing crisis. (STL)

Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Quinta-feira, 7 Fevereiro 2008

"A UNMIT não assume qualquer responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das suas traduções. A selecção dos artigos e o conteúdo deles não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expressa ou de qualquer modo implícita. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência resultante da publicação ou da confiança em tais artigos e traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL cobertura de notícias ---

RTL cobertura de notícias

MSS encontra-se com Ministros das nações que falam Português: A Ministra da Solidariedade Social encontra-se com representantes de vários Ministros da Solidariedade Social dos países de língua Portuguesa (CPLP). A Ministra disse que tais encontros são importantes porque permitem o encontro dos vários países da CPLP e a discussão de problemas sociais comuns.

* * *

ONU encontra-se com a Fretilin para discutir reforma da segurança: A liderança de topo da UNMIT encontrou-se com a liderança da Fretilin para discutir a reforma do sector da segurança. O encontro seguiu-se à disponibilidade expressa pela Fretilin para se engajar em questões de importância nacional, tal como a reforma do sector da segurança.

O Representante Especial do SG da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, convocou o encontro para saber das suas opiniões dado o papel da UNMIT na revisão e reforma de instituições de segurança chave. O Sr Khare disse que a reforma do sector da segurança era uma área prioritária e que o seu sucesso será crítico para garantir a sustentabilidade da nova nação.
“Qualquer revisão sobre como reformar o sector da segurança deve analisar a reestruturação da polícia nacional e uma avaliação das F-FDTL, o sector da segurança privada, alfândegas e outras áreas institucionais tais como tribunais e prisões,” disse o Sr Khare. “A revisão deve ser compreensiva, holistica, assegurar uma representação alargada de todas as partes e deve ser dos Timorenses.” Foi acordado que encontros similares se devem realizar na base em curso, cada duas semanas. (TP)


Amotinados de Reinado disparam sobre a SF: Amotinados sob a liderança do Major Alfredo Reinado dispararam tiros de aviso perto duma patrulha de tropas Australianas a sudoesta da capital, Dili. Reinado tem estado em fuga desde que foi preso sob acusações de distribuição ilegal de armas, deserção e tentativa de homicídio depois de violência alargada em 2006.

O porta-vos da Força Internacional de Estabilização (ISF) Brigadeiro General James Baker disse que foram disparados de cinco a oito tiros de aviso, mas que as tropas Australianas não devolveram os tiros. "O que vinos hoje foi um acto insensato de Reinado. Se os soldados da ISF não tivessem actuado com profissionalismo e disciplina, podia ter ocorrido uma escalada do incidente," disse. "A ISF não devolveu os tiros, mas retirou-se imediatamente para Gleno [a base mãe]," acrescentou. "Não houve casualdades deste incidente."

O Brigadeiro General Baker disse que a ISF não está engajada em nenhuma operação contra Reinado. "Reinado é um foragido do sistema da justiça crinimal Timorense, ameaçou a segurança das tropas Australianas," disse. (TP, DN e STL)

Peticionários juntos em Dili: O Presidente do Parlamento Nacional, Fernando Lasama, disse que membros do grupo de peticionários se juntam hoje (7/2) em Aitarak Laran, Dili para começar um processo de diálogo com o Governo e as F-FDTL.

“Precisaram de vir para Dili para ajudarem a encontrar uma solução para os problemas deles,” disse o Sr Lasama. “Ficarão aqui e vão ter as suas questões ouvidas pelo Governo.” (TP e DN)
Deslocados rejeitam redução da ajuda alimentar: Negociações entre deslocados e funcionários do WFP terminaram com os deslocados no campo do Aeroporto em Comoro a rejeitarem a assistência alimentar do WFP.


“Rejeitaremos qualquer ajuda alimentar por causa da política do Governo de reduzir as rações,” disse o porta-voz do campo de deslocados do Aeroporto em Comoro, Mateus da Costa Belo. Os deslocados disseram ainda que continuarão com acções pacíficas até o Governo responder às suas necessidades. (TP)

VP do Parlamento Nacional: Partidos devem auto-comportar-se: O Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Vicente Guterres, disse que cada partido no parlamento nacional deve de construir capacidade dentro de si próprio para criar harmonia com outros partidos no parlamento.

O Sr. Guterres disse ainda que acredita que este segundo parlamento vai ser mais forte que o primeiro, dado que o primeiro PN foi enfraquecido por uma oposição indisciplinada. O Sr Guterres afirmou que a Fretilin se estava a comportar de maneira profissional e disciplinada e que isto ajudará a reforçar o Parlamento Nacional. (DN)

Reforma sem nenhuma transparência: Um académico Político e de Ciências Sociais da Universidade Nacional de Timor-Leste, Faustino Cardoso (também Presidente da Comissão Nacional de Eleições), disse que o processo de reformas iniciado pelo Governo não é transparente.

“Conquanto o governo tenha começado as reformas, não é claro como as reformas estão a progredir.” disse o Sr. Cardoso na Quarta-feira (6/2) em Balide, Dili. “A população nada sabe das reformas porque o processo não é transparente. Não é ainda sabido que áreas serão reformadas.” (STL)

F-FDTL vai recrutar soldados com historial legal: O Secretário de Estado da Defesa, Julio Thomas Pinto, disse que as F-FDTL irão este ano procurar recrutar soldados com formação em direito e/ou historial.

“De modo a estabelecer um tribunal militar, precisamos de militares com formação de juízes,” disse o Sr. Pinto. “O Departamento da Defesa está agora a focar nisto para recrutar soldados com historial legal para serem envolvidos no tribunal militar.” O novo recrutamento realiza-se em Julho 2008. (STL)

Lasama: Peticionários devem cooperar com o Governo: O Presidente do Parlamento Nacional, Fernando Lasama, disse que estabelecer um local de reunião para os peticionários ajudará a encontrar soluções para os problemas eue enfrentam. O Sr Lasama disse que um local de encontro comum permite que os peticionários, F-FDTL e o Governo encontrarem-se e cooperarem uns com os outros para se encontrar uma resolução para a crise em curso. (STL)

Mais ilegalidades e vigarices de Ramos-Horta

"“I can tell you that the campaign funds were not spent by me on the campaign but I spent I on helping the poor. It may be illegal but I took some money to help a group in Tasitolu who sow mattresses. Because they asked for help, I said to myself, instead of spending the money on making propaganda around the place, I should instead help the poor people who were trying to make a living. Precisely because of this that I gave US$2,000 from my campaign money to help them,” Horta said."

Tradução:

"Posso dizer-lhes que os fundos da campanha não foram gastos por mim na campanha mas gastei-os a ajudar os pobres. Isso pode ser ilegal mas tirei algum dinheiro para ajudar um grupo em Tasitolu que cose colchões. Porque me pediram ajuda, disse a mim próprio, em vez de gastar dinheiro a fazer propaganda à volta do local, dei-o em vez disso ajudar a pobre gente que estava a tentar ganhar a vida. Precisamente por causa disto dei US$2,000 do meu dinheiro de campanha para os ajudar,” disse Horta."

É isto que diz o Presidente da República.

Portanto comprou votos ou meteu o dinheiro ao bolso?

President Ramos Horta Forgot to Lodge Campaign Finance Report

JORNAL NACIONAL DIARIO, Dili, 06 Feb 08.

Arsenio: Perhaps He Is Going To Make Up Receipts.

President of the Republic José Ramos Horta said that he had forgotten to lodge his campaign finance expenditure report for the Presidential election campaign with the National Elections Commission (CNE).

“Its true and it is my mistake, because I forgot. The CNE President is right,” said Ramos Horta to journalists a press conference at Nicolau Lobato Airport in Comoro, Dili, on Sunday (03/02), regarding a statement made by the CNE President that until now the report had not been lodged with CNE.

He explained that the funds for the Presidential election campaign were not spent on the campaign itself but to help the poor people who were trying to survive. “I can tell you that the campaign funds were not spent by me on the campaign but I spent I on helping the poor. It may be illegal but I took some money to help a group in Tasitolu who sow mattresses. Because they asked for help, I said to myself, instead of spending the money on making propaganda around the place, I should instead help the poor people who were trying to make a living. Precisely because of this that I gave US$2,000 from my campaign money to help them,” Horta said.

The Head of State, who is also the Supreme Commander of the F-FDTL added that if the CNE says it is illegal then he is ready to return the US$2,000 to the state.

“But it is indeed correct that I did not spend this money on the campaign but did something else with it,” affirmed President Ramos Horta.

On the other hand FRETILIN member of the National Parliament, Arsenio Bano Paixão said he has his doubts on this and believes that perhaps the President of the Republic is going to make up receipts for the Presidential Campaign expenditure report which to date he has forgotten to lodge.

“If he forgot then where is he going to get the receipts from? Is he just going to randomly make up receipts or what is he going to do? It has been the President himself who has spoken every day about transparency and accountability and of undertaking audits of the previous government.

If that’s the case then I is better that first he deliver the report on the expenditure of US$30,000 worth of campaign funds used by him,” Arsenio said to Jornal Nacional Diario on Monday at the National Parliament House (04.02), regarding the statements by the President of the Republic’s statements that he had forgotten to lodge the financial report for the expenditure of state funds given to him for the Presidential election campaign and used by him.

Arsenio said that he did not agree with the attitude taken by the President of the Republic, which violate the constitution and his obligations under the constitution. For this reason he should correct himself on this and lodge the election campaign financial expenditure report.

“Its not just this, but how has the US$250,000 budget for combating poverty been distributed?” he asked.

The FRETILIN MP and former Minister for Labour and Community Reinsertion said that Horta is an important figure in this nation, and because of this he does not believe that he could have forgotten to lodge the report. These are not his private funds with which he can simply say he forgot because it is very embarrassing.

He also explained that there has been misadministration involved given that the President of the Republic himself has already said that he did not use the funds for campaigning but used them to give help to people who sowed mattresses.

“We can also say that it was vote buying because campaign moneys should be used for campaigning and for no other purpose. This is in violation of the law on political parties and elections. Now we can see the reality because in the past it has been FRETILIN that has been accused of buying votes, but the reality is now shown to be otherwise. It has been the President himself who has said that he used campaign moneys to buy votes,” said Arsenio Bano.

(ends)

Tradução:

Presidente Ramos Horta Esqueceu-se de Entregar o Relatório das Contas da Campanha

JORNAL NACIONAL DIARIO, Dili, 06 Feb 08.

Arsénio: Talvez ele vai inventar recibos.

O Presidente da República José Ramos Horta disse que se tinha esquecido de entregar o seu Relatório das Contas da Campanha das eleições Presidenciais à Comissão Nacional de Eleições (CNE).

“É verdade e é um erro meu, porque me esqueci. O Presidente da CNE tem razão,” disse Ramos Horta aos jornalistas numa conferência de imprensa no Aeroporto Nicolau Lobato em Comoro, Dili, no Domingo (03/02), sobre uma declaração feita pelo Presidente da CNE que até agora ele não tinha entregue o relatório na CNE.

Ele explicou que os fundos para a campanha eleitoral das Presidenciais não foram gastos na própria campanha mas para ajudar a gente pobre que está a tentar sobreviver. “Posso dizer-lhes que os fundos da campanha não foram gastos por mim na campanha mas que os gastei a ajudar os pobres. Isso pode ser ilegalmas eu tirei algum dinheiro para ajudar um grupo em Tasitolu que cosiam colchões. Por que eles pediram-me ajuda, disse para mim próprio, em vez de gastar o dinheiro a fazer propaganda á volta do local, devia em vez disso ajudar a gente pobre que estava a tentar ganhar a vida. Precisamente por causa disso deu US$2,000 do meu dinheiro de campanha para os ajudar,” disse Horta.

O Chefe do Estado que é também o Comandante Supremo das F-FDTL acrescentou que se a CNE diz que isso é ilegal então ele está pronto a devolver os US$2,000 para o Estado.

“Mas na verdade é correcto que não gastei o dinheiro na campanha mas que fiz algo diferente com ele” afirmou o Presidente Ramos Horta.

Por outro lado o deputado da FRETILIN no Parlamento Nacional, Arsénio Bano Paixão disse que tem as suas dúvidas sobre isto e que pensa que talvez o Presidente da República vai inventar recibos para as despesas da Campanha Presidencial oara o relatório que até à data se esqueceu de entregar.

“Se então se esqueceu onde á que agora vai arranhar os recibos? Ele vai apesan fabricar recibos ao calhas, ou o queé que ele vai fazer? Tem sido o próprio Presidente todos os dias a encher a boca com transparência e responsabilização e de fazer-se auditorias ao governo anterior
Se for esse o caso então é melhor que primeiro ele entregue o relatório com os gastos de US$30,000 dos fundos da campanha que ele usou,” disse Arsénio ao Jornal Nacional Diario na Segunda-feira no Parlamento Nacional (04.02), em relação à declaração do Presidente da República de que se tinha esquecido de entregar o Relatório Financeiro dos gastos dos fundos do Estado que lhe foram dados para a campanha eleitoral das Presidenciais e que ele usou.


Arsénio disse que não concorda com a atitude tomada pelo Presidente da República, que viola a constituição e a sua obrigação sob a constituição. Por esta razão ele próprio deve corrigir isso e entregar o Relatório das despesas da campanha eleitoral .

“Isto não é justo, e como é que tem sido distribuido o orçamento de US$250,000 para combater a pobreza?” perguntou.

O deputado da FRETILIN e antigo Ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária disse que Horta é uma figura importante nesta nação, e por causa disso não acredita que ele se possa ter esquecido de entregar o relatório. Estes não são fundos privados dele sobre os quais pode dizer que se esqueceu porque isso é bastante embaraçoso.

Explicou ainda que houve má administração envolvida dado que o próprio Presidente da República já disse que não usou os fundos para a campanha mas para dar a gente que cosia colchões.

“Podemos dizer também que houve compra de votos porque os dinheiros da campanha devem ser usados para fazer campanha e não para qualquer outro propósito. Isto é uma violação da lei dos partidos políticos e das eleições. Agora podemos ver a realidade porque no passado tem sido a FRETILIN que tem sido acusada de comprar votos, mas agora vê-se que a realidade mostra ser doutra forma. Foi o próprio Presidente que disse que usou dinheiro da campanha para comprar votos,” disse Arsénio Bano.

(fim)

NOTA DE RODAPÉ:

VIGARISTA!!!!

Luta Hamutuk não garante EDTL fornecer energia 100% em 2008

JNSemanário
22.01.2008

A Organização não governamental (ONG) Luta Hamutuk e toda a sua equipa considera que a Electricidade de Timor-Leste (EDTL) no Centro, em Comoro ainda não garante 100% de energia eléctrica em 2008 para a comunidade, sobretudo em Díli, por causa das ligações ilegais que até agora o próprio Governo ainda não controla com efectividade.

A questão é levantada pelo porta-voz de Luta Hamutuk José Assaloy aos Jornalistas em conferência de imprensa feita na aula Luta Hamutuk no Farol em Díli. Assaloy informa que baseado nas informações colhidas pelo responsável da Central de Comoro no Natal e no Ano Novo haveria sempre luz eléctrica, por causa dos seguintes geradores: MAK I com capacidade: 1700 KW, MAK II com capacidade 1200KW, MAK III com capacidade 2000 KW, NIGATA I com capacidade 1700 KW, NIGATA II com capacidade 3.900 KW, CATERPILLAR com capacidade 4000 KW, CUMMIMS G1 com capacidade 670 KW, CUMMIMS G6 com capacidade 670 KW, W1 com capacidade 670 KW WHITHE 4 COM CAPACIDADE 700 KW consegue produzir output no total de 17, 2 MW. O total usado pelos consumidores só foi 16, 3 MW. Por isso durante o Natal e o Ano Novo houve luz eléctrica durante 24 horas.

Mesmo assim disse Assaloy, por parte de Luta Hamutuk que se preocupa sempre com a manutenção. Porque o responsável pela Central de Comoro esclarece que os geradores MAK 1, MAK 2 e NIIGATA ainda não fizeram a manutenção e a altura da revisão está próxima. Por outro lado as ligações ilegais ainda não estão bem controladas e continuam a ocorrer nalgumas lojas com duas ligações (dua fider), o que possibilitará o aumento de consumidores e possívelmente pode ultrapassar a capacidade do gerador que ao todo só pode produzir 17, 2 MW. “Se assim acontecer, então em 2008 possivelmente pode acontecer de novo o sistema de cortes de energia aplicado nos anos anteriores,” – revelou Assaloy.

Noutra parte José Assaloy e os seus colegas Zenilton Zenenves, Hélio P. Guimarães acrescentam na conferência, na observação da sua equipa houve indicações de que não há boa colaboração entre a Companhia Manytoba-Canada actual gerente de EDTL e o staff timorense. Porque houve desconfiança mútua e descriminação salarial e de serviço. Com a agravante do problema interno da Companhia Manytoba, pouco fiel ao contrato de serviço como até agora, ainda não há transferência de “skill” através de informações aos timorenses e questionada sobre a Companhia Manytoba-Canada é quase idêntica à Companhia CEM-Macau cujo contrato foi travado pelo Governo.

Por estas razões, Luta Hamutuk faz chegar ao público os pontos importantes: ainda não há medida imediata por parte do Governo para aperfeiçoar o sistema de gerência operacional do gerador na Central de Comoro, como Unidade de Operação, Unidade Stand By e Unidade de manutenção. Por isso nota-se que não há o gerador Stand by para substituir o gerador que entrará no período de manutenção, se isto acontecer de repente. Porque até agora todos os geradores estão funcionamento; o Governo ainda não avançou com uma medida concreta para resolver o problema administrativo no Estatuto da EDTL, porque o estatuto dos funcionários da EDTL ainda não está claro porque não se são funcionários públicos ou funcionários da Companhia Manytoba. A Companhia Manytoba ainda não revelou nada sobre a transferência de capacidade técnica (skill), dando alguma formação aos funcionários da EDTL, apesar de a Companhia estar a trabalhar há já seis meses. Assim também no salário, muitas vezes há sentimentos descriminativos por parte dos timorenses. “Imagine se o Director da Companhia Manytoba mensalmente obtém o salário de $15,000 até $30,000 e ainda não fez o trabalho conforme o contrato e os timorenses com o salário mensal de $120 a $200, sendo eles a trabalhar 24 horas na Central de Comoro,” – lamentou Assaloy.

East Timor taking steps to 'contain' Reinado

ABC News
7.02.2008
Posted 5 hours 10 minutes ago

East Timor's deputy Prime Minister says there has been significant progress in containing the threat posed by armed rebel leader Major Alfredo Reinado.

East Timorese troops loyal to Major Reinado fired a number of shots when they came across Australian troops last night, in what is understood to have been a chance encounter.

Reinado was arrested on charges of illegal weapons distribution, desertion and attempted murder after unrest in 2006, but later escaped from jail.

Deputy Prime Minister Jose Guterres says arresting Reinado is not an immediate option because of his armed support base.

"We have established a taskforce within government and they have met a number of times with Reinado and his group and this process of dialogue continues," he said.

"The fact we have achieved the process of containment in Emera shows already we have made positive steps."

Dr Damien Kingsbury is an Australian academic expert on East Timor who was in Dili last night.

He says informed sources tell him the encounter between Australian forces and troops loyal to Reinado was by chance and there is no lingering hostility between the groups.

"My understanding is Australian troops were out on routine patrol in the district Reinado is known to be in and they incidentally came across some of Reinado's men who were also on patrol," he said.

"Reinado's men panicked and fired off a few shots, but the shots were not reciprocated."

He says there is no reason to believe Reinado's men deliberately targeted Australian troops.

"I think it really was a panic response - they thought that they might have been pursued by the Australian troops," he said.

"When they realised it was just a routine patrol, they fired off their shots, they were not reciprocated and Reinado's men pulled out."


Troop presence

Meanwhile Mr Guterres says the assistance of Australian troops is vital as the country works to contain the threat.

"[Australian troops] have helped stabilise the country, working closely with the United Nations and today I must say the situation has improved in East Timor," he said.

"I believe that once the situation is completely stabilised, the Government will decide, in consultation with the current Australian Government to see if they have to remain in East Timor."

Tradução:

Timor-Leste toma medidas para 'conter' Reinado

ABC News
7.02.2008Postado há 5 horas 10 minutos atrás

O Vice-Primeiro-Ministro de Timor-Leste diz que têm havido progressos significativos para conter a ameaça que coloca o líder amotinado Major Alfredo Reinado.

As tropas Timorenses leais ao Major Reinado dispararam alguns tiros quando se cruzaram com tropas Australianas ontem à noite, no que se entende ter sido um encontro casual.
Reinado foi preso com acusações de distribuição ilegal de armas, deserção e tentativa de homicídio depois do desassossego em 2006, mas depois fugiu da prisão.


O Vice-Primeiro-Ministro José Guterres diz que prender Reinado não é uma opção imediata por cauda da sua base de apoio armada.

"Estabelecemos uma taskforce no governo e eles encontraram-se uma série de vezes com Reinado e o seu grupo e este processo de diálogo continua," disse.

"O facto de termos alcançado o processo de o conter em Emera mostra já que demos passos positivos."

O Dr Damien Kingsbury é um académico Australiano perito em Timor-Leste que esteve em Dili ontem à noite.

Ele diz que fontes informadas lhe disseram que o encontro entre as tropas Australianas e as tropas leais a Reinado foi por acaso e que não houve hostilidade entre os grupos.
"O meu entendimento é que as tropas Australianas estavam numa patrulha de rotina no distrito onde se sabe que Reinado está e que acidentalmente se encontraram com os homens de Reinado que estavam também em patrulha," disse ele.


"Os homens de Reinado entraram em pânico e dispararam alguns tiros, mas não houve resposta a esses tiros."

Diz que não há razões para se acreditar que os homens de Reinado alvejaram deliberadamente as tropas Australianas.

"Penso que houve realmente uma resposta de pânico -pensaram que podiam ter sido perseguidos pelas tropas Australianas," disse.

"Quando perceberam que era apenas uma patrulha de rotina, deixaram de disparar, não houve reciprocidade e os homens de Reinado fugiram."

Presença de tropas

Entretanto o Sr Guterres diz que a assistência das tropas Australianas é vital dado que o país trabalha para conter a ameaça.

"[As tropas Australianas] ajudaram a estabilizar o país, trabalhando de perto com a ONU e hoje tenho de o dizer a situação melhorou em Timor-Leste," disse.

"Acredito que uma vez que a situação esteja completamente estabilizada, o Governo decidirá, em consulta com o corrente governo Australiano para ver se têm de continuar em Timor-Leste."

NOTA DE RODAPÉ:

HA HA HA HA!!!

Afinal quem é o alvo de Ana Gomes?

Engraçado como Ana Gomes anda tão calada em relação a Timor-Leste e só usa (ou ousa?..) falar de Timor para atacar Durão Barroso...

Ana Gomes só faz duas intervenções no blog Causa Nossa sobre Timor desde Novembro do ano passado, de as duas, para atacar Durão Barroso. Grande dor de cotovelo...

Veja-se:

Domingo, 3 de Fevereiro de 2008

Timor Leste a leste?

Não gostei de ver o Primeiro Ministro de Timor Leste, ainda por cima o ex-preso que ainda fui visitar a Cipinang Xanana Gusmão, no funeral de Suharto. Por respeito, se não por si próprio, pelos mais de um milhão de mortos, indonésios e timorenses, que o regime assassino e ladrão de Suharto causou.

Não gostei, mas ri-me, de ver o Presidente da República de Timor Leste propôr Durão Barroso – o inesquecível anfitrião da Cimeira da guerra nas Lajes – para Nobel da Paz.

O ridículo mata e recai não apenas sobre o proponente, Ramos Horta, mas em especial sobre o nomeado Durão Barroso. Com demonstrações de amizade destas, será que o Presidente da Comissão Europeia precisa de detractores?"

Terça-feira, 27 de Novembro de 2007

Hortolices

"Durão Barroso para Nobel da Paz".
...
A imaginação e a versatilidade são, reconhecidamente, apanágios do Presidente Ramos Horta.
...

***

Ana Gomes não gosta de Durão Barroso na ribalta. Mas e o nepotismo que se vive por parte do governo liderado pelo seu amigo Xanana? Ou o desrespeito pelos tribunais timorenses por parte do seu amigo Ramos-Horta?

Gosta?!...

Reinado rebels fire on Aust troops

Posted Wed Feb 6, 2008 10:06pm AEDT
Updated 9 hours 33 minutes ago

Video: Aust troops shot at in East Timor (ABC News) East Timor rebels under the leadership of Major Alfredo Reinado have fired warning shots near a patrol of Australian troops south-west of the capital Dili.

An Australian patrol car ran into a group that included Reinado and his bodyguards on Wednesday while inspecting roads for damage after a storm.

Reinado has been on the run since he was arrested on charges of illegal weapons distribution, desertion and attempted murder after widespread violence in 2006.

International Stabilisation Force (ISF) spokesman Brigadier General James Baker says five to eight warning shots were fired but the Australian troops did not return the fire.

"What we've seen today is a reckless act by Reinado. If the ISF soldiers had not acted with professionalism and discipline, then the escalation of the incident could have occurred," he said.

"The ISF did not return fire but immediately withdrew to Gleno [the home base]," he added.

"There were no casualties from this incident."

Brigadier General Baker says the ISF is not engaged in any operation against Reinado.

"Reinado is a fugitive of the Timorese criminal justice system, he has threatened the safety of Australian troops," he said.

"This incident will be fully investigated in cooperation with the UN and the Timor Leste authorities."

Australia has a large contingent of peacekeepers and police patrolling in East Timor.

- ABC/AFP

Tradução:

Amotinados de Reinado disparam contra tropas Australianas

Postado Quarta-feira Fev 6, 2008 10:06pm AEDT
Actualizado 9 horas 33 minutos atrás

Video: tropas Australianas visadas em Timor-Leste (ABC News) Amotinados de Timor-Leste sob a liderança do Major Alfredo Reinado dispararam tiros de aviso perto duma patrulha de tropas Australianas a sudoeste da capital Dili.

Um carro de patrulha Australiano foi de encontro a um grupo que incluia Reinado e os seus guarda-costas na Quarta-feira quando inspeccionava estradas depois duma trovoada.
Reinado tem estado em fuga desde que foi preso com acusações de distribuição ilegal de armas, deserção e tentativa de homicídio depois de violência alargada em 2006.


O porta-voz da Força Internacional de Estabilização (ISF) Brigadeiro General James Baker diz que foram disparados entre cinco e oito tiros de avisos mas que as tropas Australianas não responderam ao fogo.

"O que vimos hoje foi um acto insensato do Reinado. Se os soldados da ISF não tivessem actuado com profissionalismo e disciplina, então podia ter ocorrido uma escalada do incidente," disse.
"A ISF não respondeu e retirou-se imediatamente para Gleno [a base mãe]," acrescentou.
"Não houve casualidades deste incidente."


O Brigadeiro General Baker diz que a ISF não está engajada em nenhuma operação contra Reinado.

"Reinado é um foragido do sistema de justiça criminal Timorense , ele ameaçou a segurança das tropas Australianas," disse.

"Este incidente será totalmente investigado em cooperação com a ONU e as autoridades de Timor-Leste."

A Austrália tem um grande contingente de tropas e de polícias a patrulharem em Timor-Leste.
- ABC/AFP

ETIMOR: Vice Prime Minister denies wrongdoing

Connect Asia (Radio Australia)
06/02/2008

Vice prime minister Jose Luis Gutteres is enroute to Australia to attend a conference on good governance. He denies any wrongdoing and questions Freitlan's motives for raising the allegations.

Presenter - Sen Lam Speaker - Jose Luis Gutteres, Vice Prime Minister East Timor.

Guterres:

Yes I did and the then Prime Minister Dr Ramos Horta agreed to it. And not only that, I consiulted the highest authority in the public service, in the foreign office at that time, Mr (sounds like?) Jean Comora.

Sen Lam:
So in your mind you think your wife was qualified to be counsel (sic)?

Gutteres:
Well you lknow it was a temporary solution it was not a solution that I wanted to. But at that time in the situation of crisis in East Timor, and I had to come back to East Timor to serve the country, therefore the available solution at that time.

Sen Lam:
And indeed as you told our reporter because you had to return to Timor Leste you can't support er afford that return without the usual salary coming from New York. Do you think it is the responsibility of the taxpayer then to support your family who chose to stay in New York rather than return to TL wityh you?

Gutteres:
Well you know the salary that my wife received it's much less than I was receiving at that time. What she got is the equivalent to the same position as - how do you say - someone in the diplomatic staff in the foreign office will earn in a country like New York.

Sen Lam:
What do you say to people who accuse you of nepotism, of appointing your family members to well paying positions?

Gutteres:
Well you know they should have done it at that time. At that time I remember that I was part of the second constitutional government nd the people that I spoke to, I explained the situation and they understood the problem. Right now they are raising the issue, it is politically motivated. A few weeks ago they did it to - they called to dismiss (indistinct) the Prime Minister, and right now it is my turn for them to do something, and I am happy that they couldn't find something in the current administration and they had to go to second constitutional government - that is almost two years ago.

Sen Lam:
And Fretilin of course the opposition, claims that many current members of the East Timorese government are tarnished by unresolved corruption allegations. Do you agree then that those allegations have to be tackled head on?

Gutteres:
I am in favour and the gtovernment continues to be strongly in favour to combat corruption and nepotism. But many times the opposition party they don't have the right data and many of them are allegations. They cannot prove it and they are not willing to prove it in a court. That has a question of principle. The opposition also said that this government is anti-constitutional but they have never been able to use the current institutions to prove they are right or wrong. For example why not go to the constitutional tribunal to prove if they are right or wrong? This is how we do in democracy. And specifiically on my case I am ready to face any commission of enquiry that is established by whoever to prove if I abused the power in that time almost two years ago.

ENDS

Tradução:

TIMOR-LESTE: Vice-Primeiro-Ministro nega ter agido mal

Connect Asia (Radio Australia)06/02/2008

O Vice-primeiro-ministro José Luis Guterres está a caminho da Austrália para participar numa conferência sobre boa governação. Ele nega qualquer má actuação e questiona as motivações das Fretilin ao levantar as alegações.

Apresentador - Sen Lam Speaker - José Luis Guterres, Vice-Primeiro-Ministro de Timor-Leste.

Guterres:

Sim eu fiz isso e o então Primeiro-Ministro Dr Ramos Horta concordou com isso. E não apenas isso, eu consultei a mais alta autoridade no serviço público da altura no gabinete dos estrangeiros, Sr João Câmara.


Sen Lam:Então tem a ideia que a sua mulher estava qualificada para ser conselheira (sic)?


Guterres:Bem como sabe isso foi apenas uma solução temporária não uma solução que eu quisesse. Mas nessa altura na situação de crise em Timor-Leste, e eu tive de voltar para Timor-Leste para servir o país, daí a situação disponível nessa altura.


Sen Lam:E na verdade como disse ao nosso repórter como teve de voltar a Timor-Leste não podia apoiar ou pagar esse regresso sem o salário habitual que vinha de Nova Iorque. Pensa então que é da responsabilidade dos contribuintes apoiar a sua família que optou por ficar em Nova Iorque em vez de voltar consigo para TL ?


Guterres:Bem como sabe o salário da minha mulher era muito menor do que o que eu estava a receber na altura. O que ele obteve é o equivalente à mesma posição como -como dizer- alguém do pessoal diplomático ganha no gabinete dos estrangeiros num país como em Nova Iorque.
Sen Lam:O que diz das pessoas que o acusam de nepotismo, de nomear membros da sua família para posições bem pagas?


Guterres:Sabe bem que tinham que fazer isso nessa altura. Nessa altura lembro que era membro do segundo governo constitucional e as pessoas com quem falei, expliquei a situação e compreenderam o problema. Agora estão a levantar a questão, isso é politicamente motivado. Há algumas semanas atrás fizeram isso para -apelaram à demissão do Primeiro-Ministro, e agora é a minha vez para eles fazerem algo, e estou contente por nada terem encontrado na corrente administração e terem de ir ao segundo governo constitucional - isto é quase há dois anos atrás.

Sen Lam:E obviamente a oposição é a Fretilin, afirma que muitos dos membros do corrente governo Timorense estão manchados por alegações de corrupção não resolvidas. Concorda que essas alegações devem ser resolvidas?

Gutteres:Estou a favor e o governo continua a estar fortemente a favor do combate à corrupção e ao nepotismo. Mas muitas vezes o partido da oposição não tem os registos correctos e muitos são alegações. Não podem provar isso e não querem provar isso em tribunal. Isso é uma questão de princípio. A oposição diz também que este governo é anti-constitucional mas nunca foram capazes de usar as instituições correntes para provar se têm ou não razão. Por exemplo porque é que não vão para o tribunal constitucional provar se têm ou não razão? É isso que fazemos numa democracia. E especificamente no meu caso estou pronto a enfrentar qualquer comissão de inquérito que seja criada seja por quer for para provar se abusei do poder nessa altura quase há dois anos.


FIM

NOTA DE RODAPÉ:

Coitado...

Militares rebeldes de Timor passarão por novo recrutamento

Agência Lusa - São Paulo,SP,Brazil

Dili, 6 fev (Lusa) - Os rebeldes que quiserem regressar às Forças Armadas de Timor Leste serão sujeitos a um novo recrutamento, afirmou nesta quarta-feira à Agência Lusa o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.

Xanana Gusmão declarou que a reintegração dos rebeldes nas Forças Armadas será feita pela Lei do Recrutamento Militar, "não havendo necessidade de um processo de triagem".

"Já que estão há muito tempo fora, é isso que pedimos", declarou Xanana Gusmão, entrevistado pela Lusa na véspera do início do reagrupamento dos rebeldes em Díli.

Xanana Gusmão adiantou que "está sendo estudada a possibilidade de uma excepção" para que os rebeldes recrutados de novo possam atingir a patente que possuíam antes de abandonarem as Forças de Defesa de Timor Leste.

"Há um critério para os avaliar e fecharmos o problema", adiantou Xanana Gusmão.

Segundo o primeiro-ministro de Timor Leste, parte dos rebeldes, "incluindo alguns dos signatários" da petição inicial, concordaram com o modelo de reintegração.

Menos de vinte peticionários, de um grupo de quase seiscentos, compareceram em Novembro passado a um encontro com o primeiro-ministro timorense em Aileu, a sul de Dili.

Sobre a hipótese de acontecer algo semelhante com o reencontro desta quinta-feira, Xanana Gusmão respondeu que "o problema não é o número" de comparecimentos, mas saber se os rebeldes querem voltar às Forças Armadas.

Para quem opte por não retornar, o primeiro-ministro timorense explicou à Lusa que "o governo compromete-se a falar por eles e ver outras oportunidades de vida".

"Sabemos as dificuldades dos peticionários e as pressões que componentes da sociedade exercem sobre eles", afirmou o líder de Timor Leste.

O alojamento em Díli, em um recinto situado no coração da cidade, poderá durar duas semanas.
Em 7 de Fevereiro, completam-se dois anos desde o pedido de audiência dos rebeldes ao presidente de Timor Leste, cargo ocupado na altura por Xanana Gusmão.

Em 17 de Fevereiro de 2006, os rebeldes abandonaram os quartéis alegando discriminação nas Forças Armadas.

Em 16 de Março seguinte, foi anunciada a exoneração de 594 militares, com data efectiva de 1º de Março.

Uma manifestação dos peticionários, em Abril do mesmo ano, desencadeou a crise política e militar que terminou com a queda do 1º Governo Constitucional de Timor, liderado por Mari Alkatiri.

Reinado abriu fogo contra australianos

Jornal de Notícias
Quinta-feira, 7 de Fevereiro de 2008

O major Alfredo Reinado e o seu grupo dispararam ontem "vários tiros" contra uma patrulha australiana no distrito de Ermera, a sudoeste de Díli, anunciou o comandante das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) em Timor-Leste. O incidente não provocou vítimas, disse o brigadeiro James Baker.

O incidente ocorreu quando soldados australianos realizavam "uma patrulha de reconhecimento das estradas, na sequência das fortes chuvas que têm caído no país", adiantou James Baker, acrescentando que "as ISF, seguindo um pedido do Governo timorense, não efectuam neste momento nenhuma operação contra Alfredo Reinado".

Questionado por que razão as ISF não prenderam Alfredo Reinado, alvo de um mandato judicial, o brigadeiro James Baker respondeu, cinco vezes ao todo, que o major fugitivo "é um caso para as autoridades de Timor-Leste" e que "a missão das ISF é de assistir o governo".

Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar, está fugido à justiça desde Agosto de 2006 e começou a ser julgado em Díli em Dezembro de 2007.

Enquanto isso, os peticionários que quiserem regressar às Forças Armadas de Timor-Leste serão sujeitos a um "novo recrutamento", afirmou o primeiro-ministro timorense. Xanana Gusmão declarou que a reintegração dos peticionários será feita do âmbito da Lei do Recrutamento Militar, "não havendo necessidade de um processo de triagem".

ABC Radio: Jose Luis Guterres Nepotism Allegations

Radio Australia 06/02/2008

East Timor's Fretilin opposition have launched what they believe will be a series of revelations against current government members of prior corrupt activities.

Fretilin MP Francisco Branco issued a statement to parliament alleging the current vice-prime minister, Jose Luis Guterres misused public funds while minister for foreign affairs, under the second constitutional government, when he appointed his wife as counsel to the UN ambassador in New York.

Fretilin claims Mr Guterres had appointed his wife without consulting the government, and authorised a transfer of money that increased her salary from that of a local staff, to the equivalent of a diplomat.

Estanislau De Silva, a current member of the Fretilin party and a member of parliament, has urged Prime Minister Xanana Gusmao to sack his deputy pending an investigation into the allegations

"I have to say at the time I was the fifth vice prime minster, and I didn't know anything," he said.

"The council of ministers wasn't briefed, this is why we see the transfer was an abuse of power, and it is seen as a nepotism, a conflict of interest, and misuse of public funds for personal interest."

Jose Luis Guterres, who is en route to Australia to attend a conference on good governance, says it was a temporary solution, and he consulted with the then prime minister, Jose Ramos-Horta, on the appointment.

"It was not the situation that I wanted...but at that time, in the situation of crisis in East Timor, I had to come back to East Timor to serve the country and therefore [that was] the available solution at that time," he said.

You can find the full story at Radio Australia's Connect Asia website: http://radioaustralia.net.au/connectasia

Tradução:

ABC Radio: Alegações de Nepotismo contra José Luis Guterres

Radio Australia
06/02/2008

A Fretilin, a oposição de Timor-Leste lançou uma série de acusações contra membros do corrente governo de terem tido anteriormente actividades corruptas.

O deputado da Fretilin Francisco Branco emitiu uma declaração no parlamento alegando que o corrente vice-primeiro-ministro, José Luis Guterres abusou de fundos públicos quando foi ministro dos estrangeiros, no segundo governo constitucional, quando nomeou a mulher como conselheira do embaixador da ONU em Nova Iorque.

A Fretilin afirma que o Sr Guterres tinha nomeado a mulher sem consultar o governo, e que autorizou uma transferência de dinheiro que aumentou o seu salário do nível de um funcionário local para o equivalente de um diplomata.

Estanislau De Silva, deputado e membro da Fretilin, urgiu o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão a despedir o seu vice enquanto se esperam investigações às alegações

"Tenho que dizer que na época era o quinto vice-primeiro-ministro e não soube de nada," disse.
"O conselho de ministros não foi informado, é por isso que vemos essa transferência de dinheiro como um abuso do poder, e que é vista como um nepotismo, um conflito de interesses, e mau uso de fundos públicos para interesses nacionais."


José Luis Guterres, que vai a caminho da Austrália para participar numa conferência sobre boa governação, diz que essa é uma solução temporária, e que na altura consultou o então primeiro-ministro, José Ramos-Horta, sobre a nomeação.

"Essa não era a situação que eu queria...mas nessa altura, numa situação de crise em Timor-Leste, tive de regressar a Timor-Leste para servir o país e por isso [essa foi] a solução disponível nessa altura," disse.

Pode encontrar toda a história em Radio Australia's Connect Asia website: http://radioaustralia.net.au/connectasia

Ministros do trabalho e assuntos sociais da CPLP em conferência

Lusa / SOL
05 FEV 08

Delegações dos países da Comunidade de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) participam a partir de dia 6 de Fevereiro em Díli, Timor-Leste, na oitava reunião de ministros do Trabalho e Assuntos Sociais

Os três primeiros dias da cimeira são dedicados a conferências sobre Sistemas de Protecção Social, com trocas de experiências no espaço da CPLP e na Ásia, e sobre Trabalho Digno e Desenvolvimento.

A reunião dos ministros da CPLP acontecerá nos dias 11 e 12 de Fevereiro, com a apresentação e discussão da Declaração de Díli.

O programa inclui ainda uma visita ao Centro Nacional de Formação Profissional em Tíbar, a oeste de Díli, e uma deslocação de helicóptero a uma comunidade no distrito de Viqueque (leste).

O ministro do Trabalho e Solidariedade Social de Portugal participa na reunião de Díli, onde estará em visita oficial a partir de 7 de Fevereiro.

MEDIAWATCH: Hunger and displacement still stalk E. Timor

05 Feb 2008 17:25:00 GMT
Written by: Rebecka Rosenquist

When riots broke out in East Timor in the spring of 2006, thousands were forced from their homes. Nearly two years on, an estimated 100,000 people, or nearly 10 percent of the population, are still displaced and living in camps, 30,000 thousand of them in the capital Dili. Some 1,500-2,000 internally displaced people (IDPs) are even camped out with their goats, pigs and chickens on the paths and corridors of Dili's national hospital, posing a health and security threat to patients and fellow IDPs.

East Timor's "IDP problem" is a hard nut yet to be cracked. The government wants people to return home - so much so that it has approved a cash compensation package for repatriated IDPs, to be paid out according to the level of damage done to their houses in the unrest.

As Neil Campbell, an analyst with Brussels-based International Crisis Group, writes on OpenDemocracy, this is more than simply an issue of ending dependency on food aid and moving the country forward. Campbell says the camps have become a threat - both as a source of and magnet for criminal activity and as a base of opposition support.
IRIN, the U.N. news wire, reports that many IDPs are reluctant to go home for fear of future violence. Many have no home to return to, as up to 6,000 houses were destroyed in Dili alone in the violence two years ago.

There are also the wider issues involved with any compensation programme. IRIN says the government must make sure the compensation package doesn't create new tensions between recipients and poor Timorese who don't get handouts.

To encourage IDPs to go home, the United Nations and the government are scaling back food distribution programmes in IDP camps and other feeding centres around the country. They halved rations in February and plan to end the programme completely in April.

The U.N. refugee agency, which in recent years has expanded its mandate to work with IDPs, has already been forced to end its programmes in East Timor due to a lack of funding.

Radio Australia reports that the change in the U.N.'s food aid arose from concerns the system was being abused, and more importantly, that there is a wider issue of country-wide food insecurity that needs to be addressed.

A U.N. representative told Radio Australia that food-for-work or school feeding programmes are a possibility, but that the blanket feeding of huge numbers of people on a monthly basis has created dependency and is not sustainable.

Radio Australia cites a recent World Food Programme report on East Timor that suggests food insecurity is as much a threat to the population outside the camps as it is to those inside. The agency's country director told IRIN that 46 percent of children throughout the country were stunted due to malnutrition.

Anne Barker, with the Australian Broadcasting Company, writes that recent floods and plagues of locusts have increased the possibility of a food crisis in East Timor. Relief authorities are warning that wet-season rains have caused serious damage in 11 of the country's 13 districts.

This raises the question of what livelihoods will be available to repatriated IDPs. Two months of rice rations promised by the Ministry of Social Solidarity to families willing to go home will not provide a long-term solution to the greater issue of food insecurity throughout the entire country.

As Angela Robson writes in Le Monde diplomatique, East Timor is ranked behind Sudan, Iraq, Somalia and Zimbabwe in the alert category of the 2007 Failed States Index, compiled by an independent NGO. In other words, the future of this young state is far from certain. Giving people the means to make a living and the possibility of self-sufficiency is an important element of the country's future security.
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Tradução:

MEDIAWATCH: Fome e deslocalização ocorrem ainda em Timor-Leste

05 Fev 2008 17:25:00 GMT
Escrito por: Rebecka Rosenquist

Quando rebentaram os motins na ptimavera de 2006 em Timor-Leste, milhares foram forçados das suas casas. Quase dois anos depois, uma estimativa de 100,000 pessoas, ou perto de 10 por cento da população, estão ainda deslocados e a viverem em campos, 30,000 mil deles na capital Dili. Cerca de 1,500-2,000 deslocados estão mesmo acampados com as suas cabras, porcos e galinhas nos caminhos e corredores do hospital nacional de Dili, colocando uma ameaça à saúde e segurança dos pacientes e colegas deslocados.

O “problema dos deslocados” de Timor-Leste é uma noz dura que ainda não foi partida. O governo quer que as pessoas voltem a casa – tanto que aprovou um pacote de compensação em dinheiro para repatriar os deslocados, a ser pago de acordo com o nível de estragos causados nas suas casas no desassossego.

Como Neil Campbell escreve, um analista do International Crisis Group sediado em Bruxelas, no OpenDemocracy, este é mais do que simplesmente uma questão para acabar com a dependência em ajuda alimentar e fazer avançar o país. Campbell diz que os campos se tornaram uma ameaça – tanto como uma fonte e um magneto para actividades criminais e uma base para apoio da oposição.IRIN, o difusor de notícias da ONU, relata que muitos deslocados estão relutantes em irem para casa com receio de violência futura. Muitos nem têm casas para onde voltar,dado que mais de 6,000 casas foram destruídas apenas em Dili na violência de há dois anos atrás.

Há ainda as questões mais gerais relativas a qualquer programa de compensação. O IRIN diz que o governo se deve assegurar que o pacote de compensações não vai criar novas tensões entre os receptores e os Timorenses pobres que não recebem dádivas.

Para encorajar os deslocados a voltarem para casa, a ONU e o governo estão a reduzir programas de redução de comida em campos de deslocados e outros centros de alimentação pelo país. Cortaram para metade as rações em Fevereiro e planeiam acabar com o programa completamente em Abril.

A agência de refugiados da ONU, que em anos recentes expandiu o seu mandato para trabalhar com deslocados, já foi forçada a pôr fim aos seus programas em Timor-Leste devido à falta de financiamento.

Radio Australia relata que a mudança da ajuda alimentar da ONU foi criada por preocupações de que o sistema estava a ser abusado, e mais importante, que há uma questão mais alargada de insegurança alimentar do país que precisa de ser considerada

Um representante da ONU disse à Radio Australia que programas de de alimentação-por-trabalho e alimentação escolar são uma possibilidade, mas que a alimentação em massa de grande número de pessoas numa base mensal criou dependência e não é sustentável.

Radio Australia cita um recente relatório do Programa Mundial de Alimentação sobre Timor-Leste que sugere que a insegurança alimentar é uma ameaça tanto para a população no exterior dos campos como é para a que está no interior. O director da agência no país disse ao IRIN que 46 por cento das crianças no país estavam atrofiadas devido à má nutrição.

Anne Barker, da Australian Broadcasting Company, escreve que recentes inundações e pragas de gafanhotos aumentaram a possibilidade duma crise alimentar em Timor-Leste. Autoridades de socorro estão a avisar que as chuvas da estação húmida causaram estragos sérios em 11 dos 13 distritos do país.

Isto levanta a questão do sustento que estará disponível para repatriar os deslocados. Dois meses de rações de arroz prometidas pelo Ministério da Solidariedade Social às famílias que querem voltar para casa não darão uma solução a longo-prazo para a questão maior da insegurança alimentar em todo o país.

Como Angela Robson escreve noLe Monde diplomatique, Timor-Leste está classificado depois do Sudão, Iraque, Somália e Zimbabwe no ìndex de alerta de 2007 dos Estados Falhados, compilado por uma ONG independente. Por outras palavras, o futuro deste jovem Estado está longe de certo. Dar às pessoas os meios para viverem e a possibilidade de auto-suficiência é um elemento importante da futura segurança do país.

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Timor-Leste: Fretilin acusa vice-PM de «nepotismo»

Diário Digital / Lusa
05-02-2008 11:35:00

A bancada da Fretilin no Parlamento acusou hoje de «nepotismo» o vice-primeiro-ministro de Timor-Leste, José Luís Guterres, exigindo a sua demissão.

O deputado Francisco Branco, em nome da Fretilin, acusou José Luís Guterres de ter beneficiado a sua mulher quando ocupava o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, em 2006.

Em causa está o aumento de salário de Ana Maria, mulher de José Luís Guterres, «para pelo menos o dobro do que devia receber como funcionária local» da representação em Nova Iorque, explicou o ex-primeiro-ministro Estanislau da Silva à Agência Lusa.

«José Luís Guterres concedeu à esposa um salário de diplomata, tomando uma decisão unilateral, num acto de abuso de poder que violou os princípios éticos», acusou Estanislau da Silva, também deputado da Fretilin na actual legislatura.

José Luís Guterres, contactado pela Lusa, afirmou que as acusações da Fretilin «são politicamente motivadas para desacreditar o actual governo», liderado por Xanana Gusmão.

«Rejeito totalmente as acusações e estou disponível para responder perante uma comissão de inquérito», acrescentou o vice-primeiro-ministro, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros no primeiro governo de transição formado na sequência da crise política e militar de 2006.

Nessa altura, José Ramos-Horta, que chefiava a diplomacia timorense quando foi convidado a formar o II Governo Constitucional, escolheu José Luís Guterres para lhe suceder na pasta dos Negócios Estrangeiros.

José Luís Guterres ocupava, até aí, o posto de embaixador de Timor-Leste nas Nações Unidas.

«Quando fui convidado para o governo, tinha duas opções: ou aceitava servir o país de acordo com o que me era proposto ou continuava a viver com a família em Nova Iorque», explicou à Lusa.

«A minha família teria ficado na rua e os meus filhos perderiam o ano escolar se não encontrássemos uma solução».

«Falei com José Ramos-Horta e com os directores do MNE, incluindo o então secretário-geral João Câmara, e eles compreenderam a situação», acrescentou José Luís Guterres nas declarações à Lusa.

A mulher de José Luís Guterres passou a ocupar «um cargo de nomeação política que, por isso, está sempre à consideração de quem ocupa o cargo de MNE», explicou o actual vice-primeiro-ministro.

«Era um lugar temporário», sublinhou José Luís Guterres.

Ana Maria recebia, segundo o marido, 2.800 dólares norte-americanos de ajudas-de-custo mensais, «o que não é muito para quem conheça o custo de vida em Nova Iorque», nota José Luís Guterres.

«Quanto à acusação de uma transferência ilegal, referia-se ao montante da renda de um apartamento de dois quartos, fora da cidade, no valor de 1.700 dólares», afirmou ainda José Luís Guterres à Lusa.

Ana Maria, natural de Moçambique, é licenciada em Sociologia e tem um mestrado em Globalização e Movimentos Sociais, «o que a habilitava ao lugar para que foi nomeada», frisou ainda José Luís Guterres.

A mulher do vice-primeiro-ministro continua a desempenhar funções na missão de Nova Iorque, e o seu caso «está em apreciação pelo ministro dos Negócios Estrangeiros», Zacarias da Costa, adiantou José Luís Guterres.

Estanislau da Silva adiantou à Lusa que «a Fretilin tem outros casos de corrupção e nepotismo para levantar na próxima semana no Parlamento».

As acusações contra José Luís Guterres no plenário provocaram o repúdio de vários deputados dos partidos que integram o Governo da Aliança para Maioria Parlamentar.

TIMOR-LESTE: A nation faces chronic, widespread food insecurity

DILI, 4 February 2008 (IRIN) - “It’s when you see a child who looks nine but is actually 12 that you realise the extent of malnutrition in Timor Leste,” Jean Flueren, the World Food Programme (WFP) country director, told IRIN. “Forty-six percent of children throughout the country are stunted,” he said, and 42.6 percent of children under five are underweight, according to the WFP.

When the issue of food insecurity in Timor Leste gets mentioned outside its borders, it is usually about the capacity of the government and the humanitarian community to meet the nutritional needs of tens of thousands of internally displaced people (IDPs) who have still not been able to return home nearly two years since the violence of April and May 2006.

But equally serious is chronic, widespread food insecurity in this country of some 1.1 million people. The poorest in Southeast Asia, it has a per capita income of only US$370 per year, and some 40 percent of the population fall below the national minimum standard of living of $0.55 per capita per day, according to a Food and Agricultural Organization (FAO) and WFP Comprehensive Food Security and Vulnerability Analysis (December 2005/January 2006).

That analysis estimated that 20 percent of the population (some 213,000 people) were food insecure and a further 23 percent (some 244,000) highly vulnerable to becoming food insecure.

Natural disasters, lack of income

According to the WFP and other humanitarian agencies, two factors are making the situation worse.

One is a string of natural disasters, including recent drought, extensive flooding, wind damage and an infestation of locusts in some areas in 2007. (The locusts not only consumed crops but led to some farmers not replanting for fear their efforts would be wasted.)

The other is lack of income. “Food security is an immense problem because people have no purchasing power,” the WFP country director told IRIN.

With the twin punches of nature’s assault on agriculture, which leaves farmers inadequate goods to sell and inadequate income to plant new crops, and the widespread damage from conflict - with hundreds of thousands of livelihoods lost, markets disrupted and food price hikes - Timorese increasingly lack the means to engage in productive agriculture or the money to buy the essentials of a basic, nutritious diet.

No recent national assessment has been made, but a September 2007 report entitled WFP Dili Emergency Food Security Assessment found 25,000 people at “risk to lives” and needing immediate assistance, and 40,000 at “risk to livelihoods” - this in a city with a population of some 100,000 residents.

“The study found that while 50 percent of the IDPs we were feeding were not food insecure,” said Flueren, “half of those not receiving food assistance [the normal Dili residents] were food insecure.”

According to the FAO/WFP assessment, “the difference in terms of being at risk to lives or livelihoods between the IDPs and residents is minimal.” Flueren said this is countrywide, not just in Dili.

In terms of food assistance to IDPs, the government, WFP and humanitarian agencies have a commendable track record, distributing full rations over two years to more people than are in the camps.

“There are 30,000-35,000 IDPs in Dili,” said WFP’s Flueren, “but we [with the government and other agencies] have been delivering food to 75,000.”

In three Dili camps recently visited by IRIN, we could find no significant complaints about food assistance. “Occasionally” says, Joaquim Da Costa, an IDP and camp manager at the National Hospital camp site, “we have a problem with the food - a bad bag of rice expired.”

Ending food aid dependency

The Ministry of Social Solidarity, as a part of its National Recovery Plan, aims to induce IDPs to return home by ending blanket distribution of food from February - reducing to half rations for two months before ending it completely in April.

Some IDPs in Dili told IRIN they were against such a food reduction policy, and one Dili newspaper, Diario Nacional, reported that in one camp IDPs said such cutbacks could result in civil unrest, including strikes and roadblocks.

As an incentive for IDPs to return home, families who agree to go will be provided with two months of rice rations (16 kilos per person).

Better targeted food aid

According to WFP’s Flueren, “the Ministry of Social Services has ongoing programmes to provide food assistance as it can” and in the coming months the ministry, with humanitarian agencies, will target food assistance increasingly to particularly vulnerable individuals and communities. Flueren said: “We are now working with the government to develop and design training programmes for food insecure people that help increase livelihoods.”


“Over the next few months alternative programmes will have to be put in place that ensure that people who are truly food insecure, such as the elderly, female-headed households and orphans, receive the support they require,” said Finn Reske-Nielson, UN humanitarian coordinator and deputy special representative of the Secretary-General.

Reske-Nielson added: “Such alternative programmes would not necessarily just be the distribution of food because we have to move away from the dependence that has been created since the crisis of 2006.”

“Food can play a role,” he said, “but it could perhaps be in the context of food-for-work, school feeding programmes, but not blanket feeding to 70,000 people each month.

Tackling natural disasters

An important complement to the effort to increasingly target food secure individuals and communities, are efforts to establish mechanisms to effectively warn against and deal with natural disasters. Secretary of State for Social Assistance and Natural Disasters Jacinto Rigoberto Gomes, told IRIN: “We are establishing a disaster information centre to deal with heavy wind, landslides, earthquakes, droughts, flooding and other natural disasters.” He said it was being done with the support and advice of the UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs and the UN Development Programme.

Such a project, if it can get the financial support and communications capacity needed, said Gomes, will go a long way in preparing residents for disasters and mitigating their effects. In Timor Leste that will help immeasurably not just in saving lives but in reducing crop and food destruction, thus enhancing food security.

bj/cb

Theme(s): (IRIN) Aid Policy, (IRIN) Children, (IRIN) Early Warning, (IRIN) Food Security, (IRIN) Health & Nutrition, (IRIN) Natural Disasters, (IRIN) Refugees/IDPs

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Tradução:

TIMOR-LESTE: uma nação que enfrenta crónica, alargada insegurança alimentar

DILI, 4 Fevereiro 2008 (IRIN) - “É quando se vê uma criança que parece ter nove anos mas na realidade tem 12 que se entende a extensão da má nutrição em Timor-Leste,” disse Jean Flueren, o director do país do Programa Mundial da Alimentação (WFP), ao IRIN. “Quarente e seis por cento das crianças no país estão raquíticas” disse, e 42.6 por cento das crianças com menos de cinco anos têm peso a menos, de acordo com o WFP.

Quando a questão da segurança alimentar em Timor-Leste é mencionada for a das suas fronteiras, é geralmente acerca da capacidade do governo e da comunidade humanitária responder às necessidades nutricionais de dezenas de milhares de deslocados que não conseguiram ainda regressar às suas casas quase dois anos depois da violência de Abril e Maio de 2006.

Mas igualmente séria é a crónica, espalhada insegurança alimentar neste país de cerca de 1.1 milhões de pessoas. O mais pobre no Sudeste Asiático, tem um rendimento per capita de apenas US$370 por ano, e cerca de 40 por cento da população está abaixo do padrão mínimo de vida nacional de $0.55 per capita por dia, de acordo com uma Análise Compreensiva da Segurança Alimentar e Vulnerabilidade (Dezembro 2005/Janeiro 2006) da Food and Agricultural Organization (FAO) e do WFP.

Essa análise estimou que 20 por cento da população (cerca de 213,000 pessoas) não tinham segurança alimentar e mais 23 por cento (cerca de 244,000) eram altamente vulneráveis a ficarem sem segurança alimentar.

Desastres naturais, falta de rendimento

De acordo com o WFP e outras agências humanitárias, dois factores estão a tornar a situação pior.

Um é uma série de desastres naturais, incluindo a seca recente, inundações extensas, estragos por vento estragos e infestação de gafanhotos nalgumas áreas em 2007. (Os gafanhotos não apenas consumem culturas mas levaram os camponeses a não cultivarem por receio que não valesse a pena os esforços.)

O outro é a falta de rendimentos. “A segurança alimentar é um enorme problema porque as pessoas não têm poder de compra,” disse o director do país do WFP ao IRIN.

Com os dois ataques do assalto da natureza contra a agricultura, que deixa aos camponeses poucos bens para vender e pouco rendimento para novas plantações e os alargados estragos do conflito – com centenas de milhares de modos de vida perdidas, mercados perturbados e altas nos preços dos alimentos – cada vez mais faltam aos Timorenses os meios para se engajaram na agricultura produtiva ou dinheiro para comprar os essenciais duma dieta básica, nutritiva.

Não foi feira nenhuma avaliação recente, nacional, mas um relatório de Setembro de 2007 intitulado WFP Dili Emergency Food Security Assessment descobriu 25,000 pessoas em “risco de vida” e a necessitar de assistência imediata, e 40,000 em “risco de condição de vida” - isto numa cidade com uma população de cerca de100,000 residentes.

“O estudo concluiu que conquanto 50 por cento dos deslocados estivessem a ser alimentados não tinham segurança alimentar,” disse Flueren, “metade dos que não recebiam assistência alimentar [os residentes normais de Dili] não tinham segurança alimentar.”

De acordo com a avaliação o FAO/WFP , “a diferença em termos em termos de estarem em risco vidas ou condições de vida entre os deslocados e residentes é mínima.” Flueren disse que isso é em todo o país, não apenas em Dili.

Em termos de assistência alimentar aos deslocados, o governo, WFP e agências humanitárias têm uma historial recomendável, distribuindo rações inteiras durante dois anos a mais gente do que as que estão nos campos.

“Há 30,000-35,000 deslocados em Dili,” disse Flueren do WFP, “mas nós [com o governo e outras agências] temos estado a entregar alimentos a 75,000.”

Em três campos de Dili recentemente visitados pelo IRIN, não encontrámos queixas significativas acerca da assistência alimentar. “Ocasionalmente” diz, Joaquim Da Costa, deslocado e gestor do campo do Hospital Nacional, “temos um problema com a alimentação – expirou o prazo duma saca de arroz.”

Acabar com a dependência da ajuda alimentar

O Ministério da Solidariedade Social, como parte do seu Plano Nacional de Recuperação, visa convencer os deslocados a voltarem para casa ao acabar com a distribuição em massa de alimentos desde Fevereiro - reduzindo para metade as rações durante dois meses antes de acabar com elas completamente em April.

Alguns deslocados em Dili disseram ao IRIN que estavam contra uma tal política de redução de alimentos, e um jornal, Diario Nacional, noticiou que num campos os deslocados disseram que tais cortes podiam resultar em desassossego civil, incluindo greves e bloqueio de estradas.
Como incentivo para os deslocados regressarem a casa, às famílias que concordarem serão fornecidas dois meses de rações de arroz (16 quilos por pessoa).


Ajuda alimentar melhor direccionada

De acordo com Flueren do WFP, “o Ministério dos Serviços Sociais tem programas em curso para dar assistência alimentar como pode” e nos próximos meses o ministério, com agências humanitárias, direccionará a ajuda alimentar crescentemente para particularmente vulneráveis individuos e comunidades. Disse Flueren: “Estamos agora a trabalhar com o governo para desenvolver e criar programas de formação para gente sem segurança alimentar que ajude a criar condições de vida.”

“Durante os próximos meses serão implementados programas alternativos que assegurem que pessoas que realmente nãp têm segurança alimentar, como os idosos, famílias com mulheres à cabeça e órfãos, recebam o apoio que precisem,” disse Finn Reske-Nielson, coordenador humanitário da ONU e vice-representante especial do Secretário-Geral.

Reske-Nielson acrescentou: “Tais programas alternativos não são necessariamente apenas para a distribuição de comida, porque temos de avançar da dependência que foi criada desde a crise de 2006.”

“A comida pode ter um papel,” disse, “mas pode ser talvez no contexto de alimentação-por-trabalho, programas de alimentação escolar, mas não alimentar em massa 70,000 pessoas cada mês.

Cuidar dos desastres naturais

Um complemento importante para o esforço de crescentemente direccionar a segurança alimentar de indivíduos e comunidades, são esforços para estabelecer mecanismos de aviso com eficácia e de lidar com desastres naturais. O Secretário de Estado da Assistência Social e Desastres Naturais Jacinto Rigoberto Gomes, disse ao IRIN: “estamos a estabelecer um centro de informação de desastres para lidar com ventos fortes, deslisamentos de terras, tremores de terra, secas, inundações e outros desastres naturais.” Disse que isso estava a ser feito com o apoio e o conselho do Gabinete da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários e o Programa de Desenvolvimento da ONU.

Um tal projecto, se conseguir obter o apoio financeiro e a capacidade de comunicações que precisa, disse Gomes, terá um longo caminho para preparar residentes para os desastres e mitigar os seus efeitoss. Em Timor-Leste isso ajudará bastante não apenas a salvar vidas mas a reduzir a destruição de culturas e comida, reforçando assim a segurança alimentar.

bj/cb

Tema(s): (IRIN) Política de Ajuda, (IRIN) Crianças, (IRIN) Avisos primários, (IRIN) Segurança Alimentar, (IRIN) Saúde & Nutrição, (IRIN) Desastres Naturais, (IRIN) Refugiados/Deslocados
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Estão abertas as candidaturas para Escola de Futebol da CPLP

(c) PNN Portuguese News Network

Brasília - Está confirmada a criação da «Escola Internacional de Futebol dos Países de Língua Portuguesa» em Brasília, com base no Termo de Cooperação Técnica firmado entre o Ministério do Esporte do Brasil e a Universidade de Brasília em parceria com o Ministério das Relações Exteriores.

A Escola Internacional de Futebol dos Países de Língua Portuguesa vai realizar a sua primeira acção concreta com o «Curso de aperfeiçoamento para técnicos de futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa» que contará com a participação de cerca de quarenta treinadores dos diversos países membros da CPLP. Este curso inicia-se a 17 de Março de 2008 e terá o seu término em 15 de Maio também de 2008, avança comunicado da CPLP.

Todas as despesas com hospedagem, alimentação, equipamentos, transporte local e outras relacionadas ao curso serão pagas pela Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília (FEF/UnB) – com dotação orçamental já transferida pelo Ministério Brasileiro dos Esportes, sublinha o mesmo comunicado

O do Brasil decidiu ainda custear as passagens aéreas dos participantes na senda de que estas actividades permitem a formação da cidadania, a inclusão social e actuam como um instrumento do desenvolvimento.

A distribuição de vagas para o curso usou como critério o tamanho relativo do Estado-membro e da sua população, de forma a favorecer a posterior disseminação dos conhecimentos adquiridos. Assim, foram determinadas as seguintes vagas por país: Angola 6 vagas, Cabo Verde 4 vagas, Guiné-Bissau 5, Moçambique 8, São Tomé e Príncipe 4 e Timor-Leste 5 vagas.

O projecto da fundação da Escola de Futebol foi apresentado aos ministros e secretários do Desporto dos países da CPLP por ocasião da realização dos «V Jogos Desportivos da CPLP», realizados em Agosto de 2005, em Angola. A proposta de criação desta escola foi efectuada pelo actual presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Faizal Sidat, em Maio de 2005 – altura em que coordenou a delegação de Moçambique na Copa CPLP de Futebol para Jovens, realizada em Brasília.

Além deste curso de aperfeiçoamento, a escola na continuidade dos seus trabalhos oferecerá cursos e estágios para atletas, gestores desportivos, árbitros, fisioterapeutas, massagistas e demais profissionais ligados ao futebol.

ETIMOR: Fretilin MP raises corruption allegation

ABC Radio
06/02/2008

In East Timor the Fretilin opposition have launched what they believe will be a series of revelations against current government members of prior corrupt activities. Yesterday, the opposition is called for Prime Minister Xanana Gusmao to sack the Vice Prime Minister over allegations he misused public funds during his time as Foreign Minister in a previous government.

Stephanie March

Estanislau De Silva, Fretilin M-P and former Prime Minister.

MARCH: Fretilin MP Francisco Baranco issued a statement to parliament alleging that current Vice Prime Minister Jose Luis Gutteres misused public funds while minister for foreign affairs, under the second constitutional government... when he appointed his wife as counsel to the UN ambassador in New York. Fretilin claims Mr Gutteres had appointed his wife without consulting the government, and authorised a transfer of money that increased her salary from that of a local staff, to the equivalent of a diplomat.

Estanislau De Silva is a current member of the Fretilin party and a member of parliament.

DE SILVA: I have to say at the time I was the fifth Vice Prime Minster, and I didn't know anything, the council of ministers wasn't briefed, this is why we see the transfer was an abuse of power, and it is seen as a nepotism, a conflict of interest, and misuse of public funds for personal interest.

MARCH: Mr De Silva says what Mr Gutteres did was illegal, and has urged Prime Minister Xanana Gusmao to sack his deputy pending an investigation into the allegations.

DE SILVA: If he is coherent with his statement before, he should ask Mr Gutteres to resign immediately and then investigation to follow up because he did the same while he was the president - (to) ask Mr Alkitri to resign then ask for investigation follow, so he need to be in accordance with what he did in the past and do it now straight away.

MARCH: Last year as President, Xanana Gusmao called for the resignation of the then Prime Minister Mari Alkitiri, following allegations he was involved in instigating violence during the crisis in early 2006. Mr Gusmao's office yesterday, said he was refusing to comment on Fretilin's call to sack Mr Gutteres. Mr Guterres was out of the country yesterday, on his way to attend a conference on good governance in Australia. He claims he asked then-Prime Minister Jose Ramos Horta if he could appoint his wife to the position, and Mr Ramos-Horta approved it. He says he left his position as an ambassador in New York, during the crisis, to return to East Timor to serve his country, during its time in need. He says he's not a rich man and if he didn't find a job for his wife that paid the same salary he was earning, she and his children would be left homeless on the streets of New York. He also begs the question, why had Fretilin chosen to wait until now, to raise an issue which occurred under a previous government.

Fretilin MP Estanislau De Silva says the party is making the allegations now because the government has failed to do so.

DESILVA: Because when this government swore in in August, Mr Xanana Gusmao promised to do all the international inquiry, investigations and audits, and we are waiting and nothing is happening, and we believe it's time now that we cannot continue the situation of what happened in the past and then to allow more misuse of public funds.

MARCH: And he says, this is just the beginning.

DESILVA: We raise it now because we want to show that this government is full of people who have a background that is not in conformity of the ethics, that is not in conformity of good governance. Mr Jose Luis Gutteres this week, next week we will present another case in the parliament, and the following week we will present another case.

MARCH: Mr De Silva also says that he hopes the current President Jose Ramos Horta supports Fretilin's position.

DESILVA: We hope that he understand our position and the situation cannot continue. We live in a peaceful country - the situation is very peaceful now it is not because of the government, it is because Fretilin tolerate, Fretilin have decided not to call for any action that could endanger the security and stability of this country.

Tradução:

TIMOR-LESTE: Deputado da Fretilin levanta alegação de corrupção

ABC Radio
06/02/2008

Em Timor-Leste a oposição da Fretilin lançou o que pensam ser uma série de revelações contra membros do corrente governo de anteriores actividades corruptas. Ontem, a oposição pediu que o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão demita o Vice-Primeiro-Ministro por alegações de ter abusado de fundos públicos quando foi Ministro dos Estrangeiros num governo anterior.

Stephanie March

Estanislau De Silva, deputado da Fretilin e antigo Primeiro-Ministro.

MARCH: O deputado da Fretilin Francisco Baranco emitiu uma declaração ao parlamento alegando que o corrente Vice-Primeiro-Ministro José Luis Gutteres abusou de fundos públicos quando foi ministro dos estrangeiros no segundo governo constitucional... quando ele nomeou a sua mulher como conselheira do embaixador da ONU em Nova Iorque. A Fretilin afirma que o Sr Guterres tinha nomeado a sua mulher sem consultar o governo e que autorizou a transferência de dinheiro que aumentou o salário dela do de empregada local para o equivalente de um diplomata.

Estanislau De Silva é no presente deputado e membro da Fretilin.
DE SILVA: Tenho de dizer que na altura era o quinto Vice-Primeiro-Minstro, e nem sequer soube de nada, o conselho de ministros não foi informado, é por isso que vemos que a transferência foi um abuso de poder, e que é visto como um nepotismo, um conflito de interesses, e um abuso de fundos públicos por interesses pessoais.


MARCH: O Sr De Silva diz que o que o Sr Guterres fez foi ilegal, e urgiu ao Primeiro-Ministro Xanana Gusmão para despedir o seu vice, enquanto aguarda uma investigação às alegações.

DE SILVA: Se ele é coerente com as suas declarações anteriores, deve pedir ao Sr Guterres para resignar imediatamente e depois uma mandar fazer uma investigação porque ele fez exactamente a mesma coisa quando era presidente – pedir ao Sr Alkitri para resignar e depois pediu que se fizesse uma investigação, por isso precisa de estar de acordo com o que fez no passado e fazer agora da mesma maneira, imediatamente.

MARCH: No ano passado, como Presidente, Xanana Gusmão exigiu a resignação do então Primeiro-Ministro Mari Alkitiri, depois de alegações dele estar envolvido a instigar a violência durante a crise no princípio de 2006. Ontem, o gabinete do Sr Gusmão, disse que ele se recusava comentar o pedido da Fretilin para despedir o Sr Guterres. O Sr Guterres estava fora do país ontem, a caminho de participar numa conferência sobre boa governação na Austrália. Ele afirma que perguntou ao então Primeiro-Ministro José Ramos Horta se podia nomear a mulher para esse cargo, e que o Sr Ramos-Horta aprovou isso. Diz que abandonou o seu cargo de embaixador em Nova Iorque, durante a crise, para regressar a Timor-Leste para servir o seu país, durante essa altura de necessidade. Ele diz que não é um homem rico e que se não encontrasse um emprego para a sua mulher que pagasse o mesmo tipo de salário que ele estava a receber, ela e as filhas ficariam sem casa nas ruas de Nova Iorque. Levantou ainda a questão da razão da Fretilin ter escolhido esperar até agora para levantar uma questão que ocorreu num governo anterior.

O deputado da Fretilin Estanislau da Silva diz que o partido está agora a fazer a alegação porque o governo falhou em fazer isso.

DE SILVA: Porque quando este governo tomou posse em Agosto, o Sr Xanana Gusmão prometeu fazer todos os inquéritos, investigações e auditorias internacionais, temos estado à espera e nada aconteceu e acreditamos que agora é a altura e não podemos continuar à espera e que continuem situações como as que aconteceram no passado e permitir que haja mais abusos de fundos públicos.

MARCH: E ele diz que isto é apenas o princípio.

DE SILVA: Levantamos esta agora porque queremos mostrar que este governo está cheio de gente que têm historiais que não estão em conformidade com a ética e que não estão em conformidade com a boa governação. Esta semana foi a do Sr José Luis Guterres, na próxima semana apresentaremos um outro caso no parlamento, e na semana seguinte apresentaremos ainda outro.

MARCH: O Sr De Silva diz também que espera que o corrente Presidente José Ramos Horta apoie a posição da Fretilin.

DE SILVA: Temos esperança que ele compreenda a nossa posição e que a situação não possa continuar. Vivemos num país pacífico – agora a situação está bastante pacífica não por causa do governo, mas é porque a Fretilin é tolerante, porque a Fretilin decidiu não apelar por acções que pudessem pôr em perigo a segurança e estabilidade deste país.

MULHERES GNR ESTREIAM-SE EM TIMOR-LESTE

Lusa / SOL

Depois do Iraque, onde aprendeu a dar valor aos «pequenos nadas», Sandra Fernandes partiu hoje para Timor-Leste para cumprir nova missão. Com ela seguiram mais seis mulheres que integram o quinto contigente de militares da GNR que estará seis meses naquele território.

«Batalhei um bocadinho por isso. Afinal, quando entramos para a Guarda Nacional Republicana, entramos em pé de igualdade com os homens» , recordou Sandra Fernandes, em declarações, hora e meia antes de partir para a capital timorense, Díli, num voo comercial português fretado pelas Nações Unidas.

A jovem, de 31 anos, esteve no Iraque em 2004 e 2005. Partiu para Timor, deixando «família e amigos», com o sentimento de que será "uma missão que se passa melhor".
«É uma missão completamente diferente. No Iraque a preparação era mais rígida, intensiva, direccionada para um teatro de guerra» , precisou, acrescentando que em Timor estará vocacionada para fazer patrulhamentos na rua, conter eventuais manifestações ou agitações populares.

Para Timor, leva a experiência humana que se «engrandeceu» com «pequenos nadas» no Iraque.

«Nas missões aprendemos com as pessoas, valores, culturas, queremos ajudar» , sustentou, recordando que no Iraque ficou sensibilizada com crianças que queriam uma garrafa de água em vez de um brinquedo.
Pela primeira vez numa missão no estrangeiro, Nádia Batista, de 25 anos, partiu para Timor-Leste com a convicção de ser uma «experiência única».
«É bom para o nosso currículo, mas também é bom a nível monetário» , acabou por confessar, rodeada pela sobrinha e pelo irmão.

Nádia vai fazer o patrulhamento das ruas de Díli, tarefa que, no início, poderá causar estranheza entre os timorenses, um povo ainda muito machista, defende.
«Não sei o que esperam de nós, mulheres. Poderá parecer-lhes estranho uma mulher dar ordens... é uma questão de tempo» , avançou.
«Estou preparada para qualquer cenário» , garantiu, por sua vez, Ana Vaz, de 26 anos, comandante de um dos pelotões de manutenção da ordem pública.

Apesar de ser uma estreante em serviço fora de Portugal, a jovem tenente não tem medo, apenas «receio».

Não é o facto de Timor-Leste estar «mais calmo» que «me vai sossegar», sublinhou.
O quinto contigente do subagrupamento BRAVO da GNR, integrado na missão das Nações Unidas para Timor-Leste e que vai render 140 militares estacionados no território, inclui sete mulheres: uma oficial e seis praças.
Depois dos habituais beijos e abraços a familiares e amigos, os 128 militares, que se vão juntar a outros 12 que já se encontram em solo timorense, embarcaram no Boeing 757-200, da euroAtlantic, a primeira companhia portuguesa a ganhar um concurso da ONU para transporte de tropas para missões internacionais.
Antes de aterrar em Díli, o avião fará escala no Egipto e no Sri Lanka.

À saída do Aeroporto Militar de Figo Maduro, já passava da meia-noite, os militares em fila embarcavam mudos, discretos, enquanto cumprimentavam individualidades.
Com a habitual boina azul, que os identifica como tropas ao serviço das Nações Unidas, e mochila às costas, apenas destoavam num pormenor: quase todos levavam na mão uma malinha com o computador portátil que, afinal, os manterá ligados a Portugal até ao Verão.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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