sexta-feira, maio 16, 2008

JORNALISTA AFRICANO 2008 CNN MULTICHOICE: jornalista do "SAVANA" entre os finalistas

SAVANA

Quinta-feira, 15 de Maio de 2008
JORNALISTA AFRICANO 2008 CNN MULTICHOICE
FINALISTAS ANUNCIADOS

O jornalista Fernando Lima é um dos finalistas do prémio “Jornalista Africano 2008” patrocinado pela cadeia de televisão CNN e pela Multichoice. Lima concorreu com um conjunto de trabalhos publicados no jornal “Savana” de Maputo alusivos às cheias no rio Zambeze no início do ano de 2007.

Os trabalhos eram compostos por uma reportagem junto das vítimas intitulado “um vale de lágrimas”, um texto analítico “lufada de ar fresco nas calamidades”, reportando as mudanças imprimidas à instituição de gestão dos desastres naturais em Moçambique. Complementavam os artigos de fundo duas colunas de opinião – “calamity jane” e “sindrome tou pidir” – um retrato jocoso e irónico sobre o fenómeno da dependência e da indústria assistencial em África. A equipa do “Savana” integrava igualmente o repórter-fotográfico Naita Ussene. O "Savana" é o mais antigo semanário independente de Moçambique e é propriedade da mediacoop SA, uma empresa controlada por jornalistas.

Fernando Lima, iniciado na profissão em 1976, é o único profissional dos PALOP (Países de Língua Oficial Portugal) a atingir a final, sendo igualmente candidato ao prémio da categoria dos géneros jornalísticos parea rádio, televisão e imprensa em língua portuguesa.

Os finalistas do concurso foram anunciados esta quinta-feira por Azubuike Ishiekwene, Presidente do júri independente. O concurso, já na sua 13ª edição, recebeu um número recorde de participações de toda a África.

Este ano, o concurso recebeu 1912 trabalhos de quase mil profissionais de 44 países de todo o continente, incluindo a África francófona e lusófona.

Há 24 finalistas oriundos de 14 países:

Fernando Lima, Jornal Savana, Moçambique
Lucas Ajanaku, TELL Magazine, Nigéria
Barbara Angopa, NTV, Uganda
Deji Badmus, Channels Television, Nigéria
Marjorie Copeland, freelancer para a Marie Claire, África do Sul
Kennedy Gondwe, freelancer para a Hone FM, Zâmbia
John Grobler, freelancer para o The Namibian, Namíbia
Israel Laryea, Joy FM, Gana
Emmanuel Mayah, Sun Newspaper, Nigéria
Mwondoshah Mfanga, The Guardian, Tanzânia
Richard Mgamba, Sunday Citizen Newspaper, Tanzânia
Peter Moyo, e.tv, África do Sul
Bamuturaki Musinguzi, The EastAfrican Newspaper, Uganda
Mutwiri Mutuota, Kenya Times, Quénia
Boniface Mwangi, The Standard, Quénia
Koumouréoua Issa Napon, Radio Télévision du Burkina, Burquina Faso
Evaline Ngono, Cameroun Radio Télévision, Camarões
Daniel Nkrumah, Daily Graphic, Gana
Godwin Nnanna, BusinessDay, Nigéria
Nassima Oulebsir, Le Jeune Indépendant, Argélia
Hopewell Rugoho-Chin’ono, Television International, para a Zimbabwe Broadcasting Corporation, Zimbabué
Seyoum Tsehaye, Eritreia
Sasha Wales-Smith, serviço especial, SABC, África do Sul

Os vencedores do concurso serão anunciados em cerimónia solene, a realizar no State Banquet Hall, Osu, em Acra, no Gana, sábado, dia 19 de Julho.

A apresentadora da cerimónia será Zain Verjee, correspondente da CNN, a quem se juntará no palco Soni Irabor, personalidade conhecida da televisão nigeriana e apresentador de um "talk show".

Ao anunciar os finalistas, Azubuike Ishiekwene declarou: “Acompanhei o Prémio CNN MultiChoice durante os últimos quatro anos e assisti ao seu crescimento gradual. Tornou-se referência fundamental de excelência nos prémios de jornalismo no continente africano, em especial para os jovens profissionais que querem marcar a diferença. Cada vez mais, as inscrições reflectem as necessidades do continente, tendo repercussões de longo alcance."

O júri independente, presidido por Azubuike Ishiekwene, Director Executivo da Punch Nigeria Limited, é constituído por Ferial Haffajee, Directora do Mail & Guardian da África do Sul; Joel Kibazo, jornalista e consultor de comunicação social; Arlindo Lopes, Secretário-geral da SABA – Southern African Broadcasting Association; Sophie Ly Sow, Directora Regional de Comunicações da Oxfam/África Ocidental; Kim Norgaard, chefe do gabinete da CNN em Joanesburgo; Brahima Ouedraogo, Repórter/Produtor Sénior da Radio Nationale du Burkina Fasso e Anna Umbima, jornalista e apresentadora. Filipe Correia de Sá, Produtor Sénior da BBC World Service, foi convidado a integrar o júri da categoria Lusófona.

O concurso é realizado em parceria com a MultiChoice e em colaboração com a Fundação da Família Henry J. Kaiser. Entre os prestigiados patrocinadores contam-se as seguintes empresas: Celtel; Coca-Cola África; Ecobank; Direcção de Turismo do Gana; Holiday Inn em Acra; IPP Media, Tanzânia; MIH Print Africa; Merck Sharp & Dohme (MSD); Safebond Africa Ltd; Global Media Alliance e Camerapix.

Tony Maddox, vice-presidente executivo e director geral da CNN International, declarou: “Assistimos todos os anos a um saudável aumento das inscrições para o Prémio Jornalista Africano CNN MultiChoice provenientes de um vasto conjunto de países de todo o continente. A qualidade e a excelência dos trabalhos apresentados continuam a aumentar de ano para ano, garantindo que o concurso de 2008 manterá o seu lugar como o Prémio pan-africano mais prestigiado para jornalistas.”

Eben Greyling, CEO da MultiChoice Africa, declarou: “O prémio tornou-se a referência de excelência para os meios de comunicação social pan-africanos. O nosso investimento realça o empenho activo da MultiChoice Africa para com o desenvolvimento de um meio de comunicação social eficaz e valioso no continente. Orgulhamo-nos de estar associados ao prémio de jornalismo mais antigo e mais diversificado do continente."

Sobre o prémio

O Prémio Jornalista Africano do Ano da CNN foi fundado em 1995 por Edward Boateng (antigo Director Regional Africano da Turner Broadcasting System Inc., empresa-mãe da CNN) e pelo falecido Mohamed Amin, com vista a reconhecer e incentivar a excelência no jornalismo em toda a África.

Nota para os Editores: Critérios do Concurso

O concurso Jornalista Africano 2008 CNN MultiChoice está aberto a jornalistas profissionais africanos (incluindo, mas não exclusivamente, freelancers africanos) que trabalhem no continente para organizações de comunicação social de propriedade africana que tenham sede no continente africano e que produzam uma publicação impressa ou uma transmissão por meio electrónico (difusão televisiva, difusão radiofónica ou website) destinada, sobretudo, ao público africano e recebida pelo mesmo.

Os materiais apresentados foram publicados ou transmitidos em 2007 e inscritos nas seguintes categorias de prémios:

Prémio de Turismo; Artes e Cultura; Economia e Negócios; Ambiente, Prémio África da Imprensa Livre; Prémio MSD para a Saúde e Questões Médicas; Prémio da Fundação da Família Henry J. Kaiser para a Excelência da Reportagem sobre VIH/SIDA em África; Prémio MIH África para a Imprensa – Melhor Artigo Publicado em Revista; Prémio Mohamed Amin para Fotografia; Prémio Jornalista de Imprensa; Rádio – Notícias Gerais; Desporto; Televisão – Notícias Gerais – Reportagem/Questões Actuais; Televisão – Notícias Gerais – Noticiário; Notícias Gerais Francófonas – Imprensa; Televisão e/ou Rádio e Notícias Gerais Lusófonas – Imprensa/Fotografia/Rádio e TV.

East Timor: Rice rations for internal refugees cut off

WSWS, 15 May

Tens of thousands of East Timorese refugees, known as internally displaced persons, are threatened with starvation as international relief agencies cease provision of food aid to camps in the nation’s capital, Dili. Last month the World Food Program (WFP), a UN agency, cut off its regular rice rations to the refugee centres. In February the organisation had reduced the per-person monthly rice ration from eight to four kilograms.

The refugee camps were first set up after 150,000 people fled their homes as violence erupted in 2006. Two years later, 100,000 people—one-tenth of the entire population—remain classified as internally displaced people (IDPs). About 30,000 refugees live in camps in and outside of Dili, with the remaining 70,000 forced to take refuge with friends and family.

Conditions in the camps are appalling. A report released by the European-based International Crisis Group (ICG) on March 31, titled “Timor-Leste’s Displacement Crisis”, revealed some aspects of the situation.

The ICG stated: “The UN reports that the displacements have been accompanied by increased incidence of respiratory diseases, malaria, diarrhea and malnutrition—though the latter is ameliorated in the camps by the food distribution program. During the rains, some camps flood, while in others toilet blocks leak or overflow.... No action has been taken over camps identified in May and July 2007 studies as high priorities to be closed on the grounds of poor sanitation. The camps are a particularly problematic environment for women and children. The overcrowded tents and toilet block provide little privacy. Children are exposed to risks related to inadequate shelter and living conditions. Children, women, the elderly and other vulnerable groups are all at higher risk of exploitations for various forms of abuse—cases of prostitution and forced human trafficking have been reported.”

The report went on to highlight the extreme poverty experienced by people living in the camps: “The population of the camps is a cross-section of Timorese society. As in the population at large, unemployment levels are extremely high.... Each IDP with work is likely to be supporting a substantial number of relatives. For those without employment, little structured activity is available beyond participation in criminal activity and martial arts gangs.”

Many refugees are still too frightened to return to their homes after the violence of 2006, while others had their houses destroyed. For many people, however, the threat of hunger remains the main reason why they stay in the camps. East Timor remains one of the most impoverished nations in the world, with high unemployment and at least 40 percent of the population living below the official poverty line of 55 US cents per day.

Until last month, refugees and their families in the camps were at least provided with a basic food ration, even though women and children had to wait in line each month for up to six hours to receive their allotted four kilograms of rice and half litre of cooking oil.

The AFP interviewed several refugees at one makeshift camp in a converted convent in Dili where 7,000 people are now concentrated. Gregório Sousa and his son have been living in a tent for nearly two years. “I really want to go home as soon as possible, but I do not know where I could go after here,” Gregório said. “That is why I am still living here. If the government gives us the choice and helps us financially, I will return to my village.”

Filomena Soares has lived in the camp with her family since their home in the west of the country was set on fire during the unrest. “We don’t have a home to go back to,” she told the news agency. “Even if we wanted to leave, where would we go? We can’t just live under the stars. We are ready to go back if the state provides us with financial assistance to repair our home and make it livable again. Security is not a problem for us now, the people there want to welcome us back.”

The WFP has denied allegations that its decision to cut off food aid to the IDPs is aimed at dispersing the refugees and shutting down the camps. UN officials told the Integrated Regional Information Network (IRIN) that a survey that they had conducted revealed that “only half of the 70,000 displaced registered in the camps and at host families were actually food insecure.” The WFP insisted that they were obliged to also assist those people who needed food aid but were not refugees. The agency, however, did not explain why they would not help all those in need in East Timor.

It is not clear to what extent the WFP was influenced by the escalating world price of food commodities, including rice. Since the start of 2006, largely as a result of financial speculation on world financial markets, the average price of food has risen 217 percent. This inflation has affected the WFP’s work in South-East Asia. In Cambodia, for example, the high price of rice has led to the suspension of a program providing free breakfasts to 450,000 poor schoolchildren. World food inflation has severely affected ordinary East Timorese. The country imports around 60 percent of its rice needs, and prices have spiraled in recent months. A report said that a 35-kilogram bag of rice sold for $US13 in February but now costs $US20, and in some remote areas $US27.
Spiraling inflation will further exacerbate the difficulties faced by the internally displaced people who are being forced to leave the camps.

The East Timorese government of Prime Minister Xanana Gusmão has failed to allocate any funds toward humanitarian food aid. State Secretary for Social Assistance Jacinto de Deus stated: “It’s something that the government should take over, but unfortunately we didn’t anticipate it during the budget discussion for 2008.” This lacks all credibility. The WFP’s decision to slash food aid had been expected, and the Gusmão government earlier supported the UN agency’s decision to cut rice rations in half. The reality is that the government has made no attempt to make up for the food aid shortfall because it wants to shut the refugee camps.

Similarly, no international aid donor, including Australia, has offered to provide the necessary funds to provide rice to the IDP centres. The Australian government and foreign policy establishment has long been openly discussing the need to disperse the camps, which are regarded as a potentially explosive source of social and political instability in the country. The recent International Crisis Group paper on the crisis follows numerous other reports that have warned of the unsustainability of leaving 10 percent of East Timor’s population as homeless internal refugees.

Previous attempts to close the IDP centres involved inducements—including an offer to subsidizes the rebuilding of refugees’ homes destroyed in 2006—and outright force and repression. In February 2007, Australian troops shot dead two refugees who were trying to prevent their camp near Dili airport being bulldozed by government and international security forces. With such methods failing to move the refugees on, they are going to be effectively starved out. Labor’s foreign minister Stephen Smith announced on May 1 an additional aid package of $30 million to the WFP, of which just $1 million has been allocated to East Timor. This sum is a drop in the ocean compared to the food needs of the East Timorese population and will certainly not make up for the cessation of the WFP’s rice ration program in the IDP camps.

All of this only further demonstrates the fraudulence of the Australian government’s claim that its operations in East Timor are based on a humanitarian concern for the population. Canberra expended significant resources on military-led interventions in 1999 and 2006 in order to shut out rival powers and ensure its ongoing control of the lucrative Timor Sea oil and gas reserves. The well-being of the population of “independent” East Timor has never been a factor in the operations of successive Liberal and Labor governments.

Tradução:

Timor-Leste: cortadas as rações de arroz para os deslocados

WSWS, 15 Maio
Dezenas de milhares de deslocados Timorenses estão ameaçados de morrer à fome depois das agências de socorro internacional terem cessado a entrega de ajuda alimentar em todos os campos na capital da nação, Dili. No mês passado o Programa Mundial de Alimentação (WFP), uma agência da ONU, cortou as suas rações regulares de arroz nos centros de deslocados. Em Fevereiro a organização tinha reduzido a ração mensal por pessoa de oito para quatro quilogramas.

Os campos de deslocados foram montados depois de mais de 150,000 pessoas terem fugido das suas casas quando irrompeu a violência em 2006. Dois anos mais tarde, 100,000 pessoas — um décimo da população — continua classificada como deslocada. Cerca de 30,000 deslocados vivem em campos no exterior de Dili, com os restantes 70,000 forçados a refugiarem-se com amigos e família.

As condições nos campos são horrorosas. Um relatório emitido pelo International Crisis Group (ICG) baseado na Europa em 31 de Março, intitulado “Crise de Deslocação em Timor-Leste”, revelou alguns aspectos da situação.

O ICG afirmava: “A ONU reporta que os deslocamentos foram acompanhados com a aumentada incidência de doenças respiratórias, malária, diarreia e má-nutrição — apesar da última ser aliviada nos campos pelo programa de distribuição de alimentos. Durante as chuvadas, alguns campos inundam, enquanto noutros os blocos sanitários pingam ou extravasam.... Não foi tomada qualquer acção em campos identificados em estudos de Maio e Julho de 2007 de alta prioridade para serem fechados com base nas deficientes condições sanitárias. Os campos têm um ambiente particularmente problemático para mulheres e crianças. As tendas e blocos sanitários sobrepovoados providenciam pouca privacidade. As crianças estão expostas a riscos relacionados com alojamento e condições de vida inadequados. Crianças, mulheres, idosos e outros grupos vulneráveis correm um risco maior de exploração de abusos de vários tipos — foram relatados casos de prostituição e de tráfico humano forçado.”

O relatório prosseguia a sublinhar a pobreza extrema experimentada por pessoas a viverem nos campos: “A população nos campos é uma amostra da sociedade Timorense. Como na população em geral, os níveis do desemprego são extremamente altos.... Cada deslocado com trabalho tem a probabilidade de estar a suportar um número substancial de familiares. Para os que estão no desemprego, pouca actividade estruturada é disponível para além da participação em actividades criminosas e gangues de artes marciais.”

Muitos deslocados estão ainda demasiado aterrorizados para voltarem para as suas casas depois da violência de 2006, enquanto outros tiveram as suas casas destruídas. Para muita gente, contudo, a ameaça de fome permanece a principal razão porque ficam nos campos. Timor-Leste continua uma das nações mais empobrecidas no mundo, com alto desemprego e pelo menos 40 por cento da população a viver por debaixo da linha oficial de pobreza de 55 cêntimos USA por dia.

Até ao mês passado, os deslocados e as suas famílias nos campos pelo menos recebiam uma ração básica de alimentos, mesmo apesar de mulheres e crianças terem de esperar em linha cada mês até seis horas para receber o lote de quatro quilogramas de arroz e meio litro de óleo alimentar.
A AFP entrevistou vários deslocados num campo improvisado num convento convertido em Dili onde 7,000 pessoas estão agora concentradas. Gregório Sousa e o filho têm estado a viver numa tenda há quase dois anos. “Eu quero realmente ir para casa logo que possível, mas não sei para onde posso ir depois de sair daqui,” disse Gregório. “É por isso que vivo aqui. Se o governo nos der a escolha e nos ajudar financeiramente, regressarei à minha aldeia.”

Filomena Soares que vivia no campo com a família desde que a sua casa no oeste do país foi destruída pelo fogo durante o desassossego. “Não temos casa para onde regressar,” disse ela à agência de notícias. “Mesmo se quisermos partir, para onde é que iremos? Não podemos simplesmente viver debaixo das estrelas. Estamos prontos a voltar se o Estado nos der assistência financeira para repararmos a nossa casa e ficar habitável outra vez. Agora a segurança não é um problema para nós, as pessoas de lá querem-nos de regresso.”

O WFP tem negado alegações que a sua decisão de cortar a ajuda alimentar aos deslocados tem o objectivo de dispersar os deslocados e de fechar os campos. Funcionários da ONU disseram à Integrated Regional Information Network (IRIN) que uma pesquisa que tinham dirigido revelou que “apenas metade dos 70,000 deslocados registados nos campos e famílias hospedeiras sofriam actualmente de insegurança alimentar.” O WFP insistiu que eram também obrigados a assistir aquelas pessoas que precisavam de ajuda alimentar mas não eram deslocados. A agência, contudo, não explicou porque é que não ajudava todos com necessidades em Timor-Leste.
Não é claro a extensão em que a WFP foi influenciada pela escalada mundial dos preços dos alimentos, incluindo do arroz. Desde o início de 2006, em grande parte como resultado da especulação financeira nos mercados financeiros mundiais, a média dos preços dos alimentos subiu 217 por cento. Esta inflação afectou o trabalho do WFP no Sudeste Asiático. No Cambodja, por exemplo, o alto preço do arroz levou à suspensão dum programa que dava o pequeno almoço gratuito a 450,000 alunos pobres. A inflação dos preços dos alimentos no mundo tem afectado gravemente os Timorenses comuns. O país importa cerca de 60 por cento das suas necessidades de arroz, e os preços entraram em espiral nos últimos meses. Um relatório disse que uma saca de 35 quilogramas de arroz vendida por $US13 em Fevereiro custa agora $US20, e nalgumas áreas remotas $US27.A inflação em espiral aumentará mais as dificuldades enfrentadas pelos deslocados que estão a ser forçados a sair dos campos.

O governo Timorense do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão falhou em alocar quaisquer fundos para ajuda alimentar humanitária. O Secretário de Estado para a Assistência Social Jacinto de Deus afirmou: “Isso é algo que o governo devia tomar sobre si, mas infelizmente não antecipamos isto durante as discussão do orçamento para 2008.” Isto não tem qualquer credibilidade. A decisão do WFP para cortar a ajuda alimentar era esperada, e o governo de Gusmão tinha anteriormente apoiado a decisão da agência da ONU de cortar as rações para metade. A realidade é que o governo não fez qualquer tentativa de substituir o decréscimo da ajuda alimentar porque quer fechar os campos de deslocados.

Do mesmo modo, nenhum dador internacional de ajuda, incluindo a Austrália, se ofereceu para providenciar os fundos necessários para dar arroz aos centros de deslocados. O governo Australiano e instituições de política estrangeira à muito tempo que discutem abertamente a necessidade de dispersar os campos, que são encarados como uma fonte potencialmente explosiva de instabilidade social e política no país. O documento recente do International Crisis Group sobre a crise segue-se a numerosos outros relatórios que têm avisado da insustentabilidade de deixar 10 por cento da população de Timor-Leste como deslocados sem casa.

Tentativas anteriores de encerrar centros de deslocados envolveram persuasão — incluindo uma oferta para subsídios para reconstrução de casas de deslocados destruídas em 2006 — e força e repressão directa. Em Fevereiro de 2007, tropas Australianas mataram a tiro dois deslocados que estavam a evitar que o seu campo perto do aeroporto de Dili fosse intimidade por forças de segurança do governo e internacionais. Com o falhanço de tais métodos para mudar os deslocados, eles vão ser efectivamente mortos pela fome. O ministro dos estrangeiros do Labor Stephen Smith anunciou em 1 de Maio um pacote adicional de ajuda de $30 milhões para o WFP, dos quais apenas $1 milhão foi alocado para Timor-Leste. Esta soma é um pingo no oceano comparado com as necessidades de alimentos da população Timorense e certamente não substitui a cessação do programa da ração de arroz do WFP nos campos de deslocados.

Tudo isto apenas mostra mais a fraude da afirmação do governo Australiano que as suas operações em Timor-Leste têm na base uma preocupação humanitária pela população. Canberra gastou recursos significativos nas intervenções lideradas pelos militares em 1999 e 2006 de modo a afastar poderes rivais e garantir o seu controlo em curso das reservas lucrativas de petróleo e gás do Mar de Timor. O bem-estar da população de Timor-Leste “independente” nunca foi um factor nas operações de sucessivos governos dos Liberal e do Labor.

CNN escolhe lusófono para finalista do prémio Jornalista Africano do Ano

Maputo, 16 Mai (Lusa) - O jornalista moçambicano Fernando Lima, do semanário "Savana", foi escolhido para disputar a final do prémio Jornalista Africano do Ano 2008 da cadeia de televisão norte-americana CNN, sendo o único profissional de informação lusófono ainda na corrida.

A escolha foi anunciada quinta-feira pelo presidente do júri da 13ª edição do prémio, o nigeriano Azubuike Ishiekwene.

"Recebi (a notícia) com surpresa, era uma coisa que não estava à espera", disse Fernando Lima, em declarações à Agência Lusa, considerando que a escolha pode "dar mais visibilidade à imprensa independente em Moçambique" e ao "jornalismo em português" como um todo no contexto do continente africano.

A edição deste ano do prémio contou com 1912 concorrentes de 44 países, estando o veterano jornalista moçambicano integrado num lote de 23 nomeados que disputam prémios em 18 categorias diferentes (Turismo, Artes e Cultura, Economia e Negócios, Ambiente, Imprensa Livre, Saúde e Questões Médicas, HIV/SIDA em África, Melhor Artigo Publicado em Revista, entre outros).

No final, caberá ao júri de 10 personalidades escolher, de entre os vencedores das categorias, o profissional de informação que receberá o "CNN Multichoice African Journalist 2008", que receberá um prémio em dinheiro e será convidado para a sede da cadeia de televisão norte-americana em Atlanta.

Fernando Lima foi seleccionado para a final com um conjunto de trabalhos publicados no jornal "Savana", semanário de referência em Moçambique, realizados durante as cheias no vale do Zambeze em 2007 com o fotógrafo moçambicano Naíta Ussene.

Os vencedores do concurso serão anunciados a 19 de Julho em Accra, no Gana.

Actual presidente do Conselho de Administração da Mediacoop, proprietária de vários títulos de imprensa, Fernando Lima iniciou-se na profissão em 1976, tendo trabalhado para a agência de notícias moçambicana, AIM, e para o jornal "Notícias".

Desde então, tem mantido colaborações regulares com vários órgãos de informação portugueses, entre os quais o semanário "Expresso" e o extinto "O Jornal", bem como com as rádios TSF e Rádio Comercial.

O Prémio Jornalista Africano do Ano da CNN foi fundado em 1995 por Edward Boateng (antigo Director Regional Africano da Turner Broadcasting System Inc., empresa-mãe da CNN) e por Mohamed Amin, já falecido, com vista a reconhecer e incentivar a excelência no jornalismo em toda a África.

PGF.
Lusa/fim

UNMIT Daily Media Review - 16 May 2008

UNMIT-MEDIA

(International news reports and extracts from national media. UNMIT does not vouch for the accuracy of these reports)

ASDT withdraws its coalition with Fretilin – Suara Timor Lorosa’e, Diario Nacional, Timor Post and Televisaun Timor-Leste

Five ASDT MPs are asking the president of the party, Francisco Xavier do Amaral, to end the coalition with Fretilin, as they want to give AMP two years to correct the errors they have made in government.

“We will still support the AMP’s Government and still give them time to correct themselves. The time given to AMP is intended to help improve people’s lives. If this doesn't happen, then ASDT will find a solution to the problem.

The coalition with Fretilin is not going to be implemented in the short term,” said an ASDT MP José Carrascalão on Thursday (15/5) in the National Parliament, Dili.

Mr. Carrascalão said that if the accord signed with Fretilin is implemented in the short term then it will not give stability to the nation but have a negative impact on people’s lives.

The Vice President of Fretilin Arsenio Bano made no comment on ASDT’s withdrawal, as Fretilin still does not know the reasons for the action.

UNDERTIM to get post in the Government – Timor Post

After UNDERTIM decided to join AMP on Tuesday (13/5), the President of the Alliance Majority in Parliament (AMP) said that AMP will prepare a post of State Secretary to be given to UNDERTIM.

According to Lasama, UNDERTIM is a candidate for the position as the party has entered AMP’s block.

The President UNDERTIM Cornelio Gama said that his party will delegate his Secretary-General to take any post offered by the AMP government.

“We will put our Secretary-General on the post as needed by the Government.

We support AMP because we still consider Xanana as our resistance leader who led us during the struggle,” said Mr. Gama on Thursday (15/5) in the National Parliament, Dili.

The Vice President of Fretilin Arsenio Bano said that even though UNDERTIM joined AMP, this does not guarantee that the AMP Government will be clear of corruption, collusion and nepotism. Fretilin is still considering options to force an early election.

“Fretilin is not concerned with their alliance. They are going to strengthen corruption, collusion and nepotism. Many people will see whether things are right or wrong,” said Mr. Bano.

Mr. Bano said that there will be early election if the corruption, collusion and nepotism are still rampant.

Lucia Lobato: don't be in a hurry to pardon Rogerio – Timor Post

Minister of Justice Lucia Lobato will present a legal opinion to President Jose Ramos-Horta, asking him not to be in a hurry to pardon former Minister of Interior Rogerio Tiago Lobato as the prisoner is not in Timor-Leste at the present time.

Minister Lobato said that based on the Constitution, the president has the authority to grant pardons to prisoners who have been ordered by the Court to serve their full sentences. Whether the prisoners are in the country or outside of the country is an important consideration.

“I think the President may give a pardon to Rogerio when he returns to Timor-Leste. If not, this will be a big controversy among the public,” said Minister Lobato on Thursday (15/5).

Increasing local food production: FAO to support MAF – Timor Post

At an UNMIT press briefing held in Obrigado Barracks on Wednesday (14/5), the Chief of Food and Agriculture Organization (FAO), Chana Opaskornkul said that FAO will support the Ministry of Agriculture, Forestry and Fishery (MAF) to increase local food production in Timor-Leste.

“We will make good seed available and planting material and fertilizer available for roughly 30,000 families. We think by this measure we will encourage people to plant a second crop and we will increase the food production by around 30,000 metric tonnes of food production in the country.

And, we also try to provide the storage capacity to farmer and it is very important because of the post harvest losses which are huge, roughly around 30 percent of food is destroyed during the storage.

For the long term perspective, the Prime Minister mentioned at the rice ceremony last Saturday (9/5) in Maliana that he wouldn’t say that Timor-Leste could not buy more rice from the outside. He would say that we have increased production and we will support to buy the product in the country in the next few years time," said Mr Opaskornkul.

FAO working with the government to support it in buying local products as one of the way of stimulating food production by local farmers.

Gertrudes Moniz-Arsenio Bano: the case of February 11 is still a mystery – Diario Nacional

PD MP Gertrudes Moniz and Fretilin MP Arsenio Bano stated that the case of the attacks on PR Ramos-Horta and PM Xanana Gusmão on February 11 is a mystery as the government and the judiciary have still not identified the actors of the referred case.

“The National Parliament has approved a resolution to establish an independent commission of inquiry, but has not yet established it. Many alleged people have been arrested but the truth has not yet been revealed.

The Prosecutor-General made many political comments while working on the investigation. Is the General-Prosecutor working for the interests of the people or someone else? Is he working for politics or justice?

The President of Republic, a victim of the attacks of February 11, has given his statement, but how about the Prime Minister? In connection with cases from 2006, some leaders have been called to make statements, such as PR Ramos-Horta, Mari Alkatiri, Brigadier General Taur Matan Ruak, and Colonel Lere Anan Timur. They all have given their statements in the court.

Has Prime Minister Xanana Gusmão as the previous president given his statement or not?,” asked Mr. Bano on Thursday (15/5) in the National Parliament, Dili.

Ed: Veterans saving each other …!!! – Diario Nacional

UNDERTIM's joining of AMP is the subject of discussion subject of the leaders in and out of the National Parliament. It has created positive and negative reaction. Some say that UNDERTIM is joining the AMP in order to obtain a position in the government.

The Vice president of UNDERTIM said that UNDERTIM is joining the AMP to save the people and bring development to them.

It is true that the recent government has started to solve the problems of the IDPs and the petitioners, as well as other problems facing the nation.

Is UNDERTIM joining AMP because ASDT made coalition with Fretilin to bring down the government? If it is to save the government, why do they need the post offered?

UNDERTIM may give various reasons that the recent government could develop the people and the nation. But the public analysis may show that UNDERTIM is entering AMP to save Xanana, not AMP, because Xanana is a veteran, their big brother. They do not want a government ruled by a veteran which falls down half way through its elected term of office. We wait …


UNMIT MEDIA MONITORING
http://www.unmit.org/

Tradução:

UNMIT Revista dos Media Diários - 16 Maio 2008

UNMIT-MEDIA

(Relatos de notícias internacionais e extractos de media nacionais. A UNMIT não garante a correcção destes relatos)

A ASDT sai da sua coligação com a Fretilin – Suara Timor Lorosa’e, Diario Nacional, Timor Post e Televisaun Timor-Leste

Cinco deputados da ASDTestão a pedir ao presidente do partido, Francisco Xavier do Amaral, para terminar a coligação com a Fretilin, dado que querem dar dois anos à AMP para corrigir os erros que fizeram no governo.

“Ainda apoiamos o Governo da AMP e ainda queremos dar-lhes tempo para eles próprios se corrigirem. O tempo a dar à AMP tem a intenção de ajudar a melhorar as vidas das pessoas. Se isto não acontecer, então a ASDT encontrará uma solução para o problema.

A coligação com a Fretilin não vai ser implementada no curto prazo,” disse o deputado da ASDT José Carrascalão na Quinta-feira (15/5) no Parlamento Nacional, Dili.

O Sr. Carrascalão disse que se o acordo assinado com a Fretilin é implementado no curto prazo então não dará estabilidade à nação mas tem um impacto negativo nas vidas das pessoas.

O Vice-Presidente da Fretilin Arsénio Bano fez um comentário sobre a saída da ASDT, dado que a Fretilin ainda não sabe as razões para a acção.

UNDERTIM vai ter posto no Governo – Timor Post

Depois da UNDERTIM ter decidido juntar-se à AMP na Terça-feira (13/5), o Presidente da Aliança da Maioria no Parlamento (AMP) disse que a AMP preparará um posto de Secretário de Estado para ser dado à UNDERTIM.

De acordo com Lasama, a UNDERTIM é uma candidata à posição dado que entrou no bloco da AMP.

O Presidente do UNDERTIM Cornélio Gama disse que o seu partido delegará no seu Secretário-Geral o posto que for oferecido pelo governo da AMP.

“Vamos pôr o nosso Secretário-Geral no posto conforme necessidade do Governo.

Apoiamos a AMP porque ainda consideramos Xanana como o nosso líder da resistência que nos liderou durante a luta,” disse o Sr. Gama na Quinta-feira (15/5) no Parlamento Nacional, Dili.

O Vice-Presidente da Fretilin Arsénio Bano disse que mesmo apesar do UNDERTIM se juntar à AMP, isto não garante que o Governo da AMP esteve livre da corrupção, amiguismo e nepotismo. A Fretilin está ainda a considerar opções para forçar eleições antecipadas.

“A Fretilin não está preocupada com a aliança deles. eles vão reforçar a corrupção, o amiguismo e o nepotismo. Muita gente vai ver se as coisas estão certas ou erradas,” disse o Sr. Bano.

O Sr. Bano disse que haverá eleições antecipadas se a corrupção, amiguismo e nepotismo forem ainda desenfreados.

Lúcia Lobato: não tenha pressa com o perdão de Rogério – Timor Post

A Ministra da Justiça Lúcia Lobato apresentará uma opinião legal ao Presidente José Ramos-Horta, a pedir para ele não ter pressa a perdoar o antigo Ministro do Interior Rogério Tiago Lobato dado que o preso não está em Timor-Leste no tempo presente.

A Ministra Lobato disse que com base na Constituição, o presidente tem a autoridade para dar perdões a presos a quem o Tribunal deu ordens para cumprir sentenças. se os presos estão ou não no país é uma consideração importante.

“Penso que o Presidente pode dar um perdão a Rogério quando ele regressar a Timor-Leste. Se não, isto será uma grande controvérsia entre a população,” disse a Ministra Lobato na Quinta-feira (15/5).

Aumentar a produção local de alimentos: FAO apoia MAP – Timor Post

Numa conferência de imprensa da UNMIT realizada em Obrigado Barracks na Quarta-feira (14/5), o Chefe da Organização Mundial da Alimentação (FAO), Chana Opaskornkul disse que a FAO apoiará o Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas (MAF) para aumentar a produção local de alimentos em Timor-Leste.

“Vamos tornar disponível boas sementes e material para plantar e fertilizante para cerca de 30,000 famílias. Pensamos que com estas medidas encorajaremos as pessoas a plantaram uma segunda produção e aumentaremos a produção de alimentos à volta de 30,000 toneladas métricas de produção alimentar no país.

E, vamos também providenciar a capacidade de armazenamento aos agricultores e isto é muito importante por causa das percas pós-colheitas que são enormes, à volta de 30 por cento da alimentação é destruída durante a armazenagem.

Para uma perspectiva a longo prazo, o Primeiro-Ministro mencionou numa cerimónia do arroz no Sábado passado (9/5) em Maliana que ele não diria que Timor-Leste não podia comprar mais arroz do exterior. Ele diria que aumentámos a produção e iremos apoiar a compra do produto no país nos próximos anos," disse o Sr Opaskornkul.

A FAO está a trabalhar com o governo para o apoiar a comprar produtos locais como uma das maneiras de estimular a produção de alimentos por agricultores locais.

Gertrudes Moniz-Arsénio Bano: o caso de 11 de Fevereiro é ainda um mistério – Diario Nacional

A deputada do PD Gertrudes Moniz e o deputado da Fretilin Arsénio Bano afirmaram que o caso dos ataques ao PR Ramos-Horta e PM Xanana Gusmão em 11 de Fevereiro é um mistério dado que o governo e o sector judicial não identificaram ainda os autores do caso referido.

“O Parlamento Nacional aprovou uma resolução para estabelecer uma comissão independente de inquérito, mas não foi ainda estabelecida. Muitas pessoas alegadas foram presas mas a verdade ainda não foi revelada.

O Procurador-Geral fez muitos comentários políticos ao mesmo tempo que trabalhava na investigação. Está o Procurador-Geral a trabalhar nos interesses do povo ou de outras pessoas? Está ele a trabalhar para políticos ou para a justiça?

O Presidente da República, uma vítima dos ataques de 11 de Fevereiro, prestou as suas declarações, mas que tal o Primeiro-Ministro? Com conexão com os casos de 2006, alguns líderes foram chamados para prestar declarações, tais como o PR Ramos-Horta, Mari Alkatiri, Brigadeiro General Taur Matan Ruak, e Coronel Lere Anan Timur. Todos eles prestaram as suas declarações no tribunal.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão como anterior presidente prestou ou não as suas declarações?, ”perguntou o Sr. Bano na Quinta-feira (15/5) no Parlamento Nacional, Dili.

Ed: Veteranos salvam-se uns aos outros …!!! – Diario Nacional

O UNDERTIM ter-se juntado à AMP é assunto de discussão entre os líderes dentro e fora do Parlamento Nacional. Isso criou reacções positivas e negativas. Alguns dizem que o UNDERTIM se juntou à AMP para obter uma posição no governo.

O Vice-presidente do UNDERTIM disse que o UNDERTIM se juntou à AMP para salvar o povo e levar-lhes desenvolvimento.

É verdade que o governo recente começou a resolver os problemas dos deslocados e dos peticionários, bem como outros problemas que a nação enfrenta.

Está o UNDERTIM a juntar-se à AMP porque a ASDT fez uma coligação com a Fretilin para derrubar o governo? Se é para salvar o governo, porque é que precisam do posto que lhes foi oferecido?

O UNDERTIM pode dar várias razões que o recente governo pode desenvolver o povo e a nação. Mas a análise da população pode mostrar que o UNDERTIM está a entrar na AMP para salvar Xanana, não a AMP, porque Xanana é um veterano, o seu irmão mais velho. Eles não querem que um governo liderado por um veterano caia a meio do caminho. Vamos esperar …


UNMIT MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA
www.unmit.org

Dos leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "UN in East Timor lambasted over controversial appo...":

"The ICG also says it sends a message that there is one law for the powerful, and another for the poor."

Palhaços! Preocupem-se em julgar Kissinger e Ford, culpadíssimos do apoio à invasão indonésia de Timor, segundo os documentos secretos da CIA que o deixaram de ser há um par de anos.

Preocupem-se em julgar os generais javaneses responsáveis pelo morticínio de centenas de milhares de timorenses.

A Lei em Timor é só uma. Mas não é de certeza a "Lei" que o ICG quer. A Lei de Timor é aquela que os timorenses quiserem. Quem manda em Timor são os timorenses e não os americanos.

Chega de ingerência anglófona em Timor-Leste!

Dos leitores

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "UN in East Timor lambasted over controversial appo...":


1 - “A porta-voz da Missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT), Allison Cooper, diz (...)
"Isso significa simplesmente, como todas as pessoas acusadas”

Será possível que a Allison Cooper finja que não saiba que o Roque Rodrigues nem sequer indiciado está no quadro do sector judicial de Timor-Leste? E que também parece desconhecer que o próprio relatório da COI diz, expressamente, logo no início:

“A Comissão não se constitui nem em tribunal nem numa autoridade de promoção de acção penal. Ela não faz conclusões sobre a culpa indubitável em relação à pessoas específicas. (...)
Em conformidade com o seu mandato, a Comissão fez recomendações relativamente às medidas de responsabilização a serem aplicadas através do sistema judicial nacional.”

E que reforça isso mesmo no parágrafo 179. “(...) A Comissão concluiu que os casos de crime devem ser tratados no quadro do sector judicial interno.”


2 – Por outro lado não só não é surpreendente, como até já tardava, que o conspícuo ICG alinhasse na mesmíssima patacoada “O International Crisis Group diz que isso levanta questões acerca do comprometimento dos líderes de Timor-Leste para responsabilizarem pessoas pelos seus crimes e patrocinarem o primado da lei”, no estilo populista do costume: “O ICG diz também que isso envia a mensagem de haver uma lei para os poderosos e uma outra para os pobres.”


3 - E curioso é que o termo “infeliz” que o tal de Larry D. Johnson (agora secretário-geral adjunto para Assuntos Jurídicos da ONU e antes Chefe do Gabinete do Procurador-Geral do Tribunal Internacional para a ex-Jugoslávia) usou para descrever a contratação de um cidadão que nem sequer indiciado foi, seja exactamente o mesmíssimo termo utilizado pelo director do ICG para o Sudeste Asiático John Virgoe a propósito da decisão do perdão presidencial a Rogério Lobato que ele descreveu como "muito infeliz".


Dá para ver como o ICG está sempre metido nestas infelizes tomadas de decisão contra cidadãos e patriotas Timorenses!

FRETILIN expresses solidarity with victims of China earthquake

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE

FRETILIN

Media release
16 May 2008


FRETILIN, the largest political party in Timor-Leste (East Timor), has expressed its solidarity with the families of the victims of the earthquake in south western China which has left more than 50,000 people dead.

FRETILIN Secretary General Mari Alkatiri said, "The earthquake in China is a tragic event and we support all reconstruction efforts to help the region recover."

"We also reiterate our full solidarity to the People and Government of People's Republic of China and to the Communist Party of China in their efforts to assist the in the region to recover from the destruction" added Mari Alkatiri.

The earthquake which measured 7.9 on the richer scale hit the southwestern province of Sichuan on Monday (12 May) afternoon.

For more information, please contact:
Jose Teixeira (+670) 728 7080

Tradução:

FRETILIN expressa solidariedade com as vítimas do tremor de terra na China

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE

FRETILIN

Comunicado de Imprensa
16 Maio 2008


A FRETILIN, o maior partido político em Timor-Leste, expressou a sua solidariedade com as famílias das vítimas do tremor de terra no Sudoeste da China que deixou mais de 50,000 pessoas mortas.

O Secretário-Geral da FRETILIN Mari Alkatiri disse, "O tremor de terra na China é um evento trágico e apoiamos todos os esforços de reconstrução para ajudar a região a recuperar."

"Reiteramos toda a nossa solidariedade com o Povo e o Governo da República Popular da China e com o Partido Comunista da China nos seus esforços para assistir a região a recuperar da destruição" acrescentou Mari Alkatiri.

O tremor de terra que atingiu 7.9 na escala de richer atingiu a província Sichuan no Sudoeste na Segunda-feira (12 Maio) à tarde.

Para mais informações, por favor contacte:
José Teixeira (+670) 728 7080

Centros de excelência militar na agenda dos ministros da CPLP em Díli

Díli, 16 Mai (Lusa) - A criação de centros de excelência militar é um dos principais pontos da agenda dos responsáveis da Defesa dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), afirmou hoje à Lusa em Díli o ministro português.

Nuno Severiano Teixeira chegou hoje a Díli para participar na X reunião de titulares da Defesa do espaço CPLP, que se realiza este fim-de-semana na capital timorense.

Os ministros da Defesa dos Oito (com a excepção de São Tomé e Príncipe, que não está presente nesta reunião) vão assinar no domingo a Declaração de Díli, aprovando o conceito dos Centros de Excelência de Formação de Formadores da CPLP.

À chegada a Díli, Nuno Severiano Teixeira salientou a importância da reunião dos ministros da Defesa e o facto de se realizar em Timor-Leste.

"É um sinal de apoio ao processo democrático e à consolidação da democracia timorense", declarou o ministro português.

"Abordaremos dois tipos de questões, por um lado a troca de impressões entre países provenientes de quatro continentes e inseridos em diferentes organizações regionais. Por outro, o avanço da rede de centros de excelência", explicou Nuno Severiano Teixeira.

A Declaração de Díli deverá mandatar o Secretariado Permanente para os Assuntos de Defesa (SPAD) da CPLP para desenvolver os termos de referência dos Centros de Excelência de Formação de Formadores, adiantaram à Lusa fontes envolvidas nas reuniões técnicas que antecederam a reunião ministerial.

Esse é, para Nuno Severiano Teixeira, um "primeiro passo para a criação de capacidades" entre as Forças Armadas dos diferentes países da CPLP.

É ainda cedo, explicou o ministro português, para se poder pensar num dispositivo militar conjunto dos países lusófonos.

"Cada coisa a seu tempo", frisou Nuno Severiano Teixeira.

A Declaração de Díli pretende que os centros de excelência, uma vez em funcionamento, dêem prioridade à formação de formadores militares dos PALOP e de Timor-Leste.

Uma das matérias em discussão, mas a que a Declaração de Díli deverá fazer referência, é a forma de colocar futuramente esses centros de excelência à disposição de organizações internacionais, incluindo as organizações regionais do continente africano.

O conceito dos centros de excelência aponta para especializações de formação militar em países da CPLP, que pode incluir áreas tão diferentes como os fuzileiros navais ou os pilotos aviadores, referiu à Lusa um dos elementos envolvidos na discussão da Declaração de Díli.

Tais centros teriam uma vertente importante de preparação das Forças Armadas dos diferentes países da CPLP para a participação em operações de manutenção de paz e a cooperação militar multinacional.

Os termos de referência da Declaração de Díli deverão apontar para a descentralização dos centros de excelência pelos PALOP e Timor-Leste, ainda segundo fontes que participaram na discussão técnica do documento.



PRM

Lusa/fim

FRETILIN em Lisboa assinala 34º aniversário da fundação da ASDT/FRETILIN dia 20 de Maio


Dos leitores

Isabel Carvalho deixou um novo comentário na sua mensagem "ONU considera "infeliz" contrato do PNUD com ex-mi...":

Concordo que é de facto ridícula toda esta história ... mais uma, talvez para desviar as intenções reais por detrás desta jogada.

Porquê este ataque a Roque Rodrigues?

As funções que desempenha actualmente, por nomeação do Presidente da República, ligam-se à reforma do sector de segurança e defesa.

Quem o conhece, quem conhece os seu passado de integridade e honestidade, só pode mesmo é pensar: qual a intenção deste ataque?

A resposta está nas respostas às seguintes perguntas:

1 - O que pretendem os EUA e a Austrália com esta reforma?
2 - O que pretende o actual governo com esta reforma, não esquecendo quem é o actual titular da pasta da defesa: o PM?
3 - Porque é que o PR tem um grupo de coordenação para a reforma deste sector na Presidência da República?
4 - Qual o papel desempenhado pela PNTL e pelas F-FDTL durante a crise?

Roque Rodrigues é o bode expiatório para uma situação que os EUA e a Austrália querem controlar e não estão a conseguir.

É triste, pegarem numa pessoa como o Roque ...

Em Timor-Leste, como em qualquer outro país, e nos meios políticos em geral, já são demasiados os 'pecadores' e poucos os que mantém a verticalidade do Roque Rodrigues.

Duvido que vejas este - ou qualquer outro blog, sabendo que não és propriamente um entendido nestas tecnologias - mas, independentemente das intenções por detrás do ataque, sinto que é devida uma palavra de força, Roque, confio em ti, na tua integridade e lealdade a Timor-Leste!

São muitos os que te conheceram ao longo dos anos e nutrem uma amizade e respeito que persiste e se reforça com a tua postura.

Díli, 15 Mai (Lusa) - A União Nacional Democrática da Resistência Timorense (Undertim), do ex-comandante da guerrilha Cornélio Gama "L7", entrou formalmente na Aliança para Maioria Parlamentar (AMP), que sustenta o Governo de Timor-Leste.

"Nós aqui em Timor tivemos alguns problemas e precisamos de unir-nos para a paz na pátria", explicou hoje Cornélio Gama à Agência Lusa sobre as razões da sua adesão à AMP.

"Assinámos um compromisso e agora estamos à espera do visto do primeiro-ministro, Xanana Gusmão", acrescentou Cornélio Gama.

A entrada da Undertim para a AMP foi selada terça-feira passada num encontro das direcções dos partidos que integram a aliança no poder, realizado em casa de Fernando "La Sama" de Araújo, presidente do Parlamento e líder do Partido Democrático (PD).

A AMP, criada na sequência das eleições legislativas de 30 de Junho de 2007, ganhas pela Fretilin sem maioria absoluta, integrava até agora o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), a coligação entre a Associação Social Democrática Timorense e o Partido Social Democrata (ASDT/PSD) e o PD.

Com a entrada da Undertim, que elegeu dois deputados, a AMP passa a ter uma base de apoio de 39 das 65 cadeiras do Parlamento Nacional, se os cinco deputados da ASDT se mantiverem fiéis à aliança liderada pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

O presidente e o secretário-geral da ASDT assinaram há duas semanas em Díli uma plataforma política com a Fretilin, o maior partido da oposição, mas até agora a bancada da ASDT não manifestou apoio ao novo compromisso do seu partido.

Antigo comandante das Falintil, Cornélio Gama, conhecido como ccomandante "L7", vive em Laga, 140 quilómetros a leste de Díli, onde se instalou com a Sagrada Família, um grupo religioso que surgiu em 1989 e que integra igualmente outros antigos guerrilheiros da resistência timorense.

Após a saída dos militares indonésios, em 1999, Cornélio Gama, que se encontrava no acantonamento de Aileu, admitiu não entregar o armamento de que dispunha, o que fez com que as Falintil lhe tivessem retirado as armas durante uma operação militar.

Desde então, passou a dedicar-se ao grupo Sagrada Família em Laga, onde a Undertim surgiu como força eleitoral em Fevereiro de 2007, primeiro no lançamento da candidatura presidencial de José Ramos-Horta e depois com uma lista própria nas legislativas.

"Eu não tenho armas. Tinha 50 mas assaltaram-me em 2000 em Aileu, e por isso, fiquei chateado. Não tenho nem sequer pistola, só espada. Mas agora não quero nada. A guerra já acabou e é preciso deixar o gatilho, é preciso pegar na enxada. O gatilho é crime", disse Cornélio Gama à Lusa durante a campanha de José Ramos-Horta.

"A Sagrada Família é um povo, uma só família, de Lospalos até à fronteira. Respeitamos uma só ideia, uma só língua, um só pensamento. Não matar nem bater uns nos outros e não fazer mal uns aos outros", explicou Cornélio Gama, que acrescentou que formou o movimento Undertim para poder intervir na vida política timorense.

"Como nós não queremos cometer erros contra o nosso Estado eu formei um partido, com veteranos e 600 pessoas em todo o país", explicou o ex-comandante.

Cornélio Gama tem 59 anos. Foi várias vezes ferido em combate e acredita que foi o respeito pelo catolicismo e pelos valores tradicionais timorenses o que o salvou das balas do exército indonésio durante os 24 anos de ocupação.

"Muitas balas entraram no corpo mas não mataram. Por todo o corpo, e não mataram porque respeitei os valores sagrados de Timor e as orações. O Pai Nosso três vezes, a Avé Maria três vezes, e o Salvé Rainha três vezes, e basta. Depois, é preciso pôr nove velas no bolso da direita. É preciso fazer todas as orações, todos os dias".

Cornélio Gama "L7" é o líder da bancada parlamentar da Undertim.

PRM/PSP.
Lusa/fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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