terça-feira, agosto 07, 2007

LISTA DOS MEMBROS DO GOVERNO

GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

Primeiro-Ministro

Kay Rala Xanana Gusmao

1 - Vice Primeiro-Ministro
José Luis Guterres

Ministros

2 - Ministro dos Negócios Estrangeiros
Zacarias Albano da Costa

3 - Ministro das Finanças
Emilia Pires

4 - Ministro da Justiça
Lucia Lobato

5 - Ministro da Saude
Nelson Martins

6 - Ministro da Educação
Joao Cancio

7 - Ministro da Administração Estatal e Ord. do Território
Arcângelo Leite

8 - Ministro da Economia e Desenvolvimento
João Gonçalves

9 - Ministro da Solidariedade Social
(toma posse posteriormente)

10 - Ministro das Infra-Estruturas
Pedro Lay

11- Ministro do Turismo, Comercio e Indústria
Gil da Costa Alves

12 - Ministro da Agricultura e Pescas
(toma posse posteriormente)


Vice-Ministros

1 - VM da Educação
Paulo Assis Belo

2 - VM da Saude
(toma posse posteriormente)

3 - VM da Economia e Desenvolvimento
Rui Manuel Hanjam

Secretarios de Estado

1 - SE do Conselho de Ministros
Hermenegildo Pereira

2 - SE dos Recursos Naturais
Alfredo Pires

3 - SE da Juventude
(toma posse posteriormente)

4 - SE da Formação Profissional e Emprego
Benedito Freitas

5 - SE da Promoção da Igualdade
(toma posse posteriormente)

6 - SE da Defesa
Julio Tomas Pinto

7 - SE da Seguranca
Francisco Guterres

8 - SE da Cultura
Virgilio Simith

9 - SE do Desenvolvimento Rural e Cooperativas
(toma posse posteriormente)

10 - SE da Regiao Autonoma do Oecusse
Jorge Teme

11 - SE da Reforma Administrativa
Florindo Pereira

12 - SE das Obras Publicas
(toma posse posteriormente)

13 - SE dos Transportes, Equipamentos e Comunicações
(toma posse posteriormente)

15 - SE da Electricidade, Agua e Urbanização
Januario Pereira

16 - SE da Agricultura e Arboricultura
Marcos da Cruz

17 - SE do Meio Ambiente e Reflorestação
(toma posse posteriormente)

18 - SE da Assistência Social e Desastres Naturais
(toma posse posteriormente)

19 - SE para os Ass. dos Ant. Comb. da Libertação Nacional
(toma posse posteriormente)

20 - SE da Seguranca Social
Vitor da Costa

21 - SE para a Cooperacao Internacional
(toma posse posteriormente)

22 - SE das Migraçôes e Comunidades no Estrangeiro
(toma posse posteriormente)

23 - SE para a Politica Energetica
Avelino Maria Coelho da Silva

24 - SE para o Turismo
(toma posse posteriormente)

25 - SE para o Comercio e Industria
(toma posse posteriormente)

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Governo kinder-surpresa para Timor-Leste!":

Já se sabia que o plano era esse: RH e XG trocarem de lugares.

Falhados que foram o 1º golpe pela via das armas e o 2º golpe pelos tribunais e comissões de inquérito, eis que à terceira foi de vez.

Gostava de ouvir a opinião daqueles que passavam a vida a criticar a Fretilin por ter "transformado" a Assembleia Constituinte em Parlamento, chegando ao ponto de classificar como "ilegítima" a maioria absoluta que a Fretilin tinha no PN. Que dizer então da transformação de 24% numa maioria absoluta e com direito a Governar o País?

E qaueles que acusavam Alkatiri de pertencer ao "grupo de Maputo", o que têm a dizer sobre a "visita" de Howard sem avisar as autoridades timorenses, para provocantemente comemorar o seu aniversário em Dili, após o que começou a constar - e agora confirmou-se - que RH ia convidar XG a formar Governo?

Timor começou a sua via dolorosa depois de uma "visita" semelhante de Kissinger e Ford a Jakarta, que foram lá abençoar a matança indonésia em Timor, lembram-se?

Coincidências...

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - MENSAGEM À NAÇÃO":

Parece que RH tem que estudar melhor a Constituição:

"o Presidente nomeia o Governo, mas este só governa se os deputados aprovarem o programa apresentado ao Parlamento Nacional."

Falso. Nem no artº 95, onde estão definidas as competências do PN, nem nos artºs 108 e 109, relativos ao programa do Governo, existe qualquer menção a uma "aprovação" do programa do Governo como condição necessária para este funcionar.

"Não estamos em tempo, nem em ocasião, de repetir eleições, que aliás a Constituição proíbe."

Falso. A Constituição, no seu artº 100, permite a dissolução do PN, apenas impondo um prazo mínimo de 6 meses entre duas eleições legisltivas.

"O Governo tem de emanar do Parlamento"

Falso. O Governo não "tem de" emanar do Parlamento. Cabe ao Presidente decidir quem vai formar Governo, dadas as duas alternativas propostas pelo artº 106.

Gangs attack Aussie troops

Australian troops in Dili patrol the street near the airport to guard against angry Fretilin party supporters.
Dan Harrison
August 7, 2007 - 2:52PM

A vehicle carrying Australian soldiers has been attacked by gangs throwing rocks and sticks as it entered Dili International Airport.

Violence has also been reported in another refugee camp in the city, where more buildings have been set alight.

The Age correspondent Lindsay Murdoch witnessed the attack on the Australians soon after 10am (11am AEST).

Murdoch said the unmarked Landcruiser was carrying four soldiers including a woman, all in combat uniform when it was set upon by youths at the gate of the airport.

"All its wheels are flat, its windows are smashed and the soldiers screamed into the gate," he said.

Soldiers 'very frightened'

"There are four very frightened Australian soldiers aboard. They seemed very afraid, but they weren't injured."

Australia currently has more than 1000 troops and 50 police deployed to the country.

Also today, Australian troops and police and Portuguese police fired warning shots and tear gas in an effort to quell violence in a refugee camp directly opposite the airport, where Australian troops shot and wounded protesters last year.

The airport is surrounded by heavily armed police and troops as rioters set buildings on the airport road alight and pelt passing vehicles with stones.

Tear gas fired at protesters

Security forces in East Timor fired tear gas today to contain rowdy protesters at a refugee camp angry over independence hero Xanana Gusmao being named as prime minister.

About 100 youths from the predominantly pro-Fretilin camp near the international airport pelted stones at cars and a patrol of about 30 national and Malaysian police who were sent to contain them after they burned tyres on the streets.

The police fired tear gas cannisters towards the group but they continued to yell ''Fretilin! Fretilin!'' while some waved party flags and threw stones at the security personnel.

Hundreds of curious onlookers watched the standoff from a distance.

There were no immediate reports of other violence in Dili, which saw street barricades, stone-throwing and tyre burnings following yesterday's announcement by President Jose Ramos Horta that Gusmao would lead the next government.

A customs office was also burned in the capital.

Anger as Gusmao named PM

The decision angered some supporters of Gusmao's long-time arch rival, ex-prime minister Mari Alkatiri, who has claimed the new government is "illegal'' and "unconstitutional.''

Fretilin, the former ruling party, won just 21 seats in East Timor's 65-seat parliament, well short of the absolute majority required to govern.

Gusmao heads the National Congress for the Reconstruction of East Timor (CNRT), the second largest vote winner. The party has since entered a coalition with smaller parties which together hold
37 seats.

June's elections, the first since East Timor won independence in
2002, were supposed to reinvigorate the nation's young democracy after more than a year of tensions and uncertainty.

Unrest rocked the streets of the seaside capital in April and May last year, when factional fighting among security forces left at least 37 people dead and forced international peacekeepers to be dispatched to restore calm.
Alkatiri was forced to step down in the wake of the violence.

Thousands of UN police and Australian-led peacekeepers remain on patrol and an estimated 100,000 people — about 10 per cent of the population — still seek shelter in refugee camps.

Gusmao is due to be sworn in as prime minister tomorrow.

with AAP

Carlos F. Pereira deixou um novo comentário na sua mensagem "Xanana Gusmão nomeado primeiro-ministro de Timor":

Realmente os timorenses tem razao ao revoltarem-se contra a decisao absurda do PR Ramos Horta.

Quem e' afinal senhor Xanana Gusmao?

Nao foi aquele que, como Presidene da Republica, provocou toda essa crise? Nao foi aquele que dividiu o povo em lorosae e loromonu? Nao foi aquele que levou o pais a este caos? Nao foi aquele que se juntou aos milicias para levar o pais a esta situacao caotica?

Como PR foi simplesmente um desastre...

Olhando para as pessoas que compoem o CNRT ou a dita AMP, podemos ver e concluir que os oportunistas, os assassinos voltaram a este pais e tomaram de assalto o poder.

Como se pode compreender que pessoas que, ate ao ultimo momento defenderam a integracao de Timor-Leste na Indonesia, os autonomistas que andaram a matar indiscriminadamente a populacao timorense em 1999, estao hoje sentados no Parlamento como "representantes do povo" e preparados para serem ministros?

Aqui vai uma pequena lista (apenas como amostra) de autonomistas (que defendiam a anexacao de Timor-Leste na Indonesia) que compoem o CNRT e/ou a dita AMP e que se encontram neste momento, como deputados, no Parlamento Nacional:

Gil Alves - SG da ASDT - autonomista

Virgilio Maria Dias Marcal - foi administrador de Baucau no tempo dos indonesios ate 1999. Em 1999, financiou os milícias para matar populacao, entre outros.

Carmelita Caetano Moniz - autonomista

Gertrudes Moniz - autonomista

Norbertho Belo - autonomista

Mario Carrascalao - Foi membro da ANP, no tempo dos portugueses; Governador em "Timor-Timur" e ate a ultima hora, era embaixador da indonesia e Conselheiro de Habibi.

Uma das afirmacoes de Mario Carrascalao, no periodo de ocupacao indonesia, e que muitos timorenses ainda as tem bem frescas na memoria: (traducao)"... os que pensam que TL pode ser independente algum dia, estao a sonhar acordados..."

“Ao assumir o cargo de embaixador Indonésio, eu reconheci totalmente a integração de Timor-Leste na República da Indonésia, porque eu não teria sido embaixador se Timor-Leste não fizesse parte da Indonésia.

Por isso, o que é que falaria a título individual? Explicaria a situação em Timor-Leste no encontro se o governo da República da Indonésia me nomeasse para o fazer, agindo como seu enviado. A título individual, não posso ter nada a fazer com Horta e Abílio Araújo. Eu considero a integração finalizada;

Eu aceitei a integração de 1975. Eu posso questionar a situação, mas não a integração. Eu fui vocal quando fui governador, mas não questionei a integração. Eu procurei maneiras de melhorar a situação em Timor-Leste como uma manifestação da integração, porque eu considero a integração finalizada.”

E' inacreditavel, pois nao?

Mas esta e' a realidade...

Timor-Leste: EUA apelam à aceitação do novo governo

Expresso, 22:34, segunda-feira, 06 AGO 07

Washington, 06 Ago (Lusa) - Os Estados Unidos exortaram hoje todas as "partes" timorenses a aceitarem o novo governo de Xanana Gusmão e a trabalharem em conjunto para a construção de um país "estável e próspero".

Num comunicado emitido hoje à tarde, o Departamento de Estado norte-americano saudou a formação do governo "sob a liderança de Xanana Gusmão" e "felicitou" os timorenses pela realização de "eleições presidenciais e legislativas pacíficas, livres e justas".

Os Estados Unidos, salienta o comunicado, estão prontos "a ajudar o governo do primeiro-ministro Gusmão a fazer face aos desafios à sua frente e reafirmam o seu empenho em trabalhar com todas as partes para promover o contínuo desenvolvimento de Timor-Leste".

"Juntamo-nos à comunidade internacional para apelar a todas as partes para aceitarem o novo governo e a trabalharem em conjunto pacificamente para construirem um país estável e próspero," refere o comunicado.
JP.

Timor-Leste: Dias Sombrios em Dili

Traduçãoda Margarida:

Time Magazine – Segunda-feira, Agosto 06, 2007

Por Rory Callinan / Dili

Herminio de Oliveira estava a saborear uma cerveja no seu pequeno balcão de bebidas e cigarros perto do aeroporto de Dili quando ouviu os gritos do campo de deslocados vizinho. "A Fretilin governará! A Fretilin governará!" era o canto quando montes de jovens, apoiantes do antigo partido do governo, saíram dos portões para a estrada no subúrdio oeste da capital Timorense. "Fiquei assustado," diz de Oliveira. "Então apareceu um carro, e os jovens atingiram-no com pedras." Ao volante estava João Carrascalão, cujo irmão Mário lidera o PSD.

"Partiram os vidros e feriram a sua mulher," diz de Oliveira. "Fiquei preocupado que começassem a atacar qualquer pessoa que não fosse da, preocupado que me pudessem atacar. A minha loja é tudo o que tenho. Se a destruírem, perco tudo."

De Oliveira é um dos milhares de Timorenses que passaram as últimas semanas à espera ansiosamente do anúncio do novo primeiro-ministro do país. Ao mesmo tempo que residentes de Dili estão entusiasmados com um novo governo, muitos estão preocupados com a violência politicamente motivada na escala vista em Abril e Maio do ano passado, quando foram mortas 37 pessoas e mais de 150,000 fugiram das suas casas. "Espero que possam controlá-la," diz de Oliveira.

Na Segunda-feira, o Presidente José Ramos-Horta anunciou a nomeação como primeiro-ministro do antigo guerrilheiro Xanana Gusmão, que lidera uma coligação constituída pelo seu próprio partido, CNRT, ASDT, PAS de Carrascalão e o PD. A coligação tem 37 lugares, o que lhe dá uma maioria substancial sobre a Fretilin, que ganhou 21 lugares nas eleições de 30 de Junho.

Os líderes da Fretilin argumentam que ganhou mais lugares do que qualquer outro partido e que por isso devem governar. Ramos-Horta adiou a sua decisão duas vezes e pediu à coligação para incluir representantes da Fretilin a bem da estabilidade nacional. Mas recusaram fazê-lo, e o atraso apenas aumentou as tensões na capital. Quando parece ser cada vez menos provável que a Fretilin venha a ter qualquer papel no novo governo, receia-se que os apoiantes do partido possam tentar usar a violência para desestabilizar o país. Imediatamente depois do anúncio de Ramos-Horta, rebentou a violência na capital, Dili; mais tarde nessa noite, manifestantes zangados pró-Fretilin deitaram fogo à alfândega de Dili quando tropas Australianas se moviam para restaurar a ordem.

Diz o Dr. Christopher Samson, que lidera uma ONG anti-corrupção baseada em Dil: "Haverá essa gente que não é educada que tentará tomar a lei nas próprias mãos. Querem ameaçar a nação e a sua estabilidade. Mas não acredito que vão longe, porque a maioria das pessoas não apoia isso." Samson recebe regularmente ameaças de morte por causa do seu trabalho de lutar contra a corrupção. "Se houver alguns civis com armas, então isso levará à perda de vidas," diz.
Uma fonte de tensão vem de grandes números de apoiantes da Fretilin do leste que se refugiaram em campos de deslocados na capital. No Domingo, jovens de um campo de deslocados da cidade bloquearam a estrada no exterior do novo Hotel Timor de Dili, onde líderes partidários regularmente fazem encontros. Cantando "Fretilin! Fretilin!" subiram árvores e colocaram uma faixa branca e vermelha atravessada na estrada. A bandeira tinha desenhada uma cobra e uma cruz com o slogan, em Tétum: "Timor precisa de um primeiro-ministro que seja inteligente, não alguém como o irmão grande." Muitos dos jovens parecem estar bêbados, e eram encorajados por agitadores na multidão.

O porta-voz da Fretilin e antigo ministro José Teixeira acredita que o anúncio pode desencadear confusões menores mas diz, "De modo algum há qualquer campanha para qualquer violência organizada. Estamos activamente envolvidos em assegurar que as pessoas aceitem a decisão." Mas na semana passada o secretário-geral do partido e antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, fez uma ligação clara entre a estabilidade do país e a Fretilin ter um papel na coligação de governo. "A Fretilin acredita firmemente que um governo de grande inclusão, que inclua membros de todos os partidos políticos representados no parlamento nacional, trará estabilidade ao país," disse aos jornalistas. "Se não houver estabilidade, nenhum governo poderá funcionar efectivamente.

O partido de Alkatiri, eleito para o governo em 2002, tem uma reputação duvidosa. O antigo ministro do interior Rogério Lobato está a cumprir uma pena de prisão de sete anos e meio por armar um esquadrão de ataque antes da violência do ano passado. O antigo guerrilheiro colonel Vincente de Conceicão Railos, o homem que denunciou a conspiração de Lobato, disse esta semana à TIME que sabe que pelo menos 28 armas estão ainda nas mãos de um grupo de militantes pró-Fretilin que tem ameaçado conduzir assassínios se a Fretilin for excluída do governo. "Querem causar instabilidade. Vão procurar líderes políticos para assassinar. Têm a experiência da resistência," diz, rodeado por guarda-costas sentado na varanda da sua casa. "Dei ao Presidente [Ramos-Horta] esta informação, mas não fizeram ainda nada acerca disto. As armas estão ainda lá."

Railos aponta outros desenvolvimentos preocupantes, incluindo um ajuntar de armas em Balibo e rumores de que uma grande quantidade de drogas foi trazida do Oeste de Timor, uma província da Indonésia, alegadamente para premiar e dar energia a jovens de campos de deslocados. Mas as afirmações do coronel foram descartadas pelo Indiano responsável pela Missão da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, que acredita que a eventual decisão de Ramos-Horta' provocará apenas incidentes menores. "O que acredito é que com a nossa presença, pode-se prevenir que incidentes isolados e esporádicos se tornem em confrontos maiores de violência do tipo que ocorreu no ano passado," diz. "A polícia não pode evitar todos e cada incidente. A polícia não pode evitar que as pessoas atirem pedras."

Khare, que controla uma força de cerca 1,600 polícias internacionais, não vê que haja qualquer evidência que qualquer partido político tenha estado a incitar a violência. "Não há qualquer conexão até agora," diz. "A violência é um acompanhamento de não exprimida frustração de desejos de várias pessoas que se encontram sem direitos e sem poderes e sentem que não receberam ainda os dividendos que deviam ter recebido do processo de restauração da independência nacional. Acredito que os líderes políticos têm ajudado e continuarão a ajudar a manter os seus apoiantes controlados."

Os residentes de Dili que têm de guiar perto do campo de deslocados do aeroporto podem discordar. Minutos depois do novo Parlamento eleger o membro da coligação e responsável do PD Fernando Lasama de Araújo seu presidente, mais uma vez, jovens saíram do campo e começaram a atirar pedras aos veículos e a gritar slogans pró-Fretilin. Polícias de OMU e mais de 20 soldados Australianos correram para o campo para forçarem os manifestarem a irem para dentro, onde gritaram obscenidades. Explosões similares aconteceram perto da sede da Fretilin em Comoro.

Apesar das afirmações de Khare, a polícia da ONU que ocupa a linha da frente na luta para parar a violência, suspeita que há uma ligação entre a violência e partidos políticos. O responsável do posto de polícia de Comoro Joel Doria diz que os seus homens receberam numerosas alegações de conexão entre a Fretilin e a violência que ferve em lume brando. Durante a campanha eleitoral, diz, a polícia andava a prender desordeiros pró-Fretilin e a encontrar $30 a $100 em dinheiro nas suas algibeiras — improváveis grandes quantidades de dinheiro para deslocados desempregados. "Pedimos-lhes para ficarem no campo, mas de cada vez que há um evento político eles saem para as ruas e criam problemas," diz. "Temos a informação mas não podemos fazer a conexão com evidência."

Doria, um oficial de polícia veterano que está mais habituado a perseguir extremistas na sua nativa Filipinas do que agitadores políticos em Timor-Leste, mostra-nos no monitor do seu computador fotos de ofensores regulares e de atiradores de pedras dos campos. "Vê, aqui estão a causar problemas nas ruas de Dili. Depois aqui os mesmos estão a juntar-se na sede da Fretilin em Comoro," diz, mudando para fotos tirados no mesmo dia em frente do edifício da Fretilin. "Porque é que estão lá? O que é que há lá para eles?" Doria anota que durante a semana passada, tem saído música alta do edifício da Fretilin a todas as horas. "Aquilo dá-lhes uma desculpa para terem muita gente lá. Fingem que têm uma festa. Mas na verdade estão à espera para causar problemas." Muitos locais concordam com a sua avaliação. Vendedores ambulantes dizem que aprenderam a esperar confusão quando vêem jovens locais a usarem os seus telemóveis. "Têm até $50 de crédito nos seus cartões de telefone. Como é que têm dinheiro para isso?" pergunta um.

O responsável do PSD Mário Carrascalão diz que o seu partido tem os nomes de três indivíduos, ligados à Fretilin, que acredita dão as ordens aos deslocados para causarem confusões. "Demos os nomes deles à polícia. Estão a receber dinheiro e bebidas de gente de topo relacionada com líderes da Fretilin," diz Carrascalão, cujo carro foi atacado por apoiantes da Fretilin atiradores de pedras perto do campo de deslocados em 30 de Julho. "Mas até agora nada ouvimos sobre eles serem investigados." Recebeu numerosas ameaças de violência. "Hoje, por exemplo, recebi uma curta mensagem a dizer que vão queimar o Hospital de Dili se a Fretilin não governar," diz. "Isso é terrorismo." Carrascalão tem preocupações que a ONU e os oficiais da segurança locais não sejam suficientemente pró-activos para prevenir ferimentos: "A polícias gere as coisas, mas apenas depois de terem começado. Aparecem apenas depois de já haver vítimas."

Nas ruas, residentes de Dili como de Oliveira estão nervosos. "Tenho um amigo que escutou um grupo de apoiantes da Fretilin no campo de deslocados numa reunião," diz. "Disseram que têm um plano: que quando for tomada a decisão, queimarão todas as lojas em Dili”.

Aussie troops attacked in East Timor

AAP
August 7, 2007 - 9:49AM

Australian troops and UN personnel in East Timor have been attacked by gangs of rock-throwing youths following the elevation of former guerilla fighter and president Xanana Gusmao to the job of prime minister.

The United Nations said the situation in the capital Dili remained volatile, with groups of youths attacking security personnel with rocks and blocking roads with piles of burning tyres.

UN spokeswoman Allison Cooper also said there had been reports of gunshots.

"They are not throwing rocks at each other, they are throwing rocks as those people trying to contain the violence, the UN, ISF (International Stabilisation Force) and PNTL (East Timor National Police)," Ms Cooper said.

"The groups around the IDP (refugee) camps, there would be dozens (of rock throwers), but in other isolated areas, there are just a few youths, two to five.

"It really doesn't look like a systematic, coordinated political revenge attack," she said, adding that it appeared to involve mainly groups of disaffected youths.

She described the violence as sporadic and isolated.

The unrest follows President Jose Ramos Horta's announcement on Monday that Gusmao would lead the next government, a coalition of major parties, after five weeks of negotiations following the recent parliamentary elections.

East Timor's dominant Fretilin party - which won the most votes in the election but which fell short of the majority needed to rule - has denounced the decision, declaring the new government is illegal.

It has refused to attend parliament since last week.

"As a consequence of the president's decision, Fretilin declares that it will not cooperate with a government that is unconstitutional," the party said in a statement.

"The party ... will do everything available to the party to raise awareness amongst the people so that they can combat through legal means the usurping of power, to contribute to the ending of violence and to re-establish law and order which will lead to peace and stability in Timor-Leste."

Authorities have long feared that the announcement of the new government could inflame tensions, and security has remained tight around Dili since the June 30 poll.

Another potential flashpoint could come with the inauguration of Gusmao on Wednesday.

The head of the UN mission, Atul Khare, had met with Fretilin secretary general and former prime minister Mari Alkatiri to discuss the latest violence, UN spokeswoman Ms Cooper said.

"In this meeting, Mari Alkatiri (said) that property damage and throwing stones at UN cars was unacceptable," she said.

The declaration of the new government follows five weeks of bickering between the parties over the formation of the new government.

Analyst Sophia Cason, of the International Crisis Group, said the outbreak of violence was expected, but that people hoped it would die down within a few days.

"I think they just want to protest their unhappiness with the decision," she said.

"Xanana Gusmao was a divisive figure during the crisis last year, a lot of people who voted for Fretilin were voting against him.

"They are also expressing their unhappiness that Fretilin is no longer in government."

About 1,000 Australian troops have been in East Timor following an outbreak of violence in April last year in which 37 people were killed and 150,000 displaced from their homes.

Cason did not believe Fretilin was overseeing the recent violence, but feared it would continue unless the party came to terms with its new, opposition, role in parliament.

"Unfortunately if they continue to say ... that it's an illegitimate government, it will inflame tensions," Cason said.

"It will inevitably make people more tense and more unwilling to accept the result.

"It's not really unexpected for them to say that, but hopefully they will stop saying that soon so they can be a strong opposition."

There were no reports of injuries to security personnel.

Protests erupt as Gusmao named E Timor PM

From correspondents in Dili
August 07, 2007 02:38pm
Article from: Agence France

SECURITY forces in East Timor fired tear gas today to contain rowdy protesters at a refugee camp angry over independence hero Xanana Gusmao being named as prime minister.

About 100 youths from the predominantly pro-Fretilin camp near the international airport pelted stones at cars and a patrol of about 30 national and Malaysian police who were sent to contain them after they burned tyres on the streets.

The police fired tear gas cannisters towards the group but they continued to yell ""Fretilin! Fretilin!" while some waved party flags and threw stones at the security personnel.

Hundreds of curious onlookers watched the standoff from a distance.

There were no immediate reports of other violence in Dili, which saw street barricades, stone-throwing and tyre burnings following yesterday's announcement by President Jose Ramos-Horta that Mr Gusmao would lead the next government.

A customs office was also burned in the capital.

The decision angered some supporters of Mr Gusmao's long-time arch rival, ex-prime minister Mari Alkatiri, who has claimed the new government is "illegal" and "unconstitutional."

Fretilin, the former ruling party, won just 21 seats in East Timor's 65-seat parliament, well short of the absolute majority required to govern.

Mr Gusmao heads the National Congress for the Reconstruction of East Timor (CNRT), the second largest vote winner. The party has since entered a coalition with smaller parties which together hold 37 seats.

June's elections, the first since East Timor won independence in 2002, were supposed to reinvigorate the nation's young democracy after more than a year of tensions and uncertainty.

Unrest rocked the streets of the seaside capital in April and May last year, when factional fighting among security forces left at least 37 people dead and forced international peacekeepers to be dispatched to restore calm.

Mr Alkatiri was forced to step down in the wake of the violence.

Thousands of UN police and Australian-led peacekeepers remain on patrol and an estimated 100,000 people - about 10 per cent of the population - still seek shelter in refugee camps.

Mr Gusmao is due to be sworn in as prime minister tomorrow.

The US and Australia have backed the new East Timor government under Mr Gusmao.

Today, Foreign Minister Alexander Downer urged the gangs to stop their protests.

"For those who don't like (Xanana Gusmao's) appointment they should make sure that those issues are debated in the parliament, handled through the parliament and if they feel that there are constitutional issues then they can always be taken to court," Mr Downer said on Sky News.

Xanana Gusmão nomeado primeiro-ministro de Timor

Noticias Lusófonas - 6-Aug-2007 - 12:20

Reacção da Fretilin e protestos populares fazem antever uma, mais uma, crise social e política, para além da económica

O Presidente de Timor-Leste e ex-primeiro-ministro, José Ramos-Horta, convidou hoje Xanana Gusmão a formar o novo governo, cuja posse anunciou que ocorrerá quarta-feira. A Fretilin, que venceu as eleições legislativas, promete sair à rua para contestar o que considera ser uma ilegalidade de Ramos-Horta. A crise continua, para mal dos famintos timorenses que, afinal, começam a ver que a democracia não enche barriga. Passivamente, a Comunidade ee Paises de Língua Portuguesa continua - como sempre - a assobiar para o lado.


"Tomei a decisão de convidar a aliança com maioria parlamentar para formar Governo", anunciou Ramos-Horta referindo-se à coligação de partidos liderada por Xanana Gusmão.

"A AMP [Aliança para a Maioria Parlamentar] propôs que o seu líder Xanana Gusmão fosse primeiro-ministro e eu aceitei", acrescentou o Presidente.

Depois das legislativas do dia 30 de Junho, os partidos não se conseguiram entender para formar uma maioria de Governo, fruto de uma interpretação diferente da Constituição, uma situação que resultou num bloqueio institucional.

A Constituição timorense, feita à imagem e semelhança da portuguesa, prevê que o primeiro-ministro "seja designado pelo partido que recolha mais votos ou pela aliança de partidos com a maioria parlamentar".

O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor (CNRT), criado pelo ex-Presidente Xanana Gusmão (2002-2006), assinou uma aliança com três partidos minoritários para formar uma maioria de 65 lugares no Parlamento e formar um Governo de coligação.

A Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), que assumiu a luta contra a ocupação indonésia (1975-1999), recusa esse cenário com o argumento de que foi o partido mais votado nas eleições legislativas.

"É totalmente ilegal e contra a nossa Constituição", afirmou o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri. "É por esta razão que o Governo nunca terá o apoio da Fretilin, por ser um Governo ilegal", disse.

A Fretilin "não cooperará com um governo empossado à margem da Constituição" de Timor-Leste e "combaterá por vias legais usurpação do poder", afirmou hoje em Díli o presidente do partido, Francisco Guterres "Lu-Olo".

O dirigente da Fretilin falava numa conferência de imprensa na residência do secretário-geral do partido e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, após uma reunião da comissão política nacional da Fretilin.

Xanana Gusmão apelidado de traidor

O convite a Xanana Gusmão para formar o novo provocou já a reacção de pelo menos dois dos campos de deslocados de Díli, com o ex-Presidente a ser tratado de "traidor".

Cartazes e declarações directas contra Xanana Gusmão, o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) e a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) surgiram nas últimas 24 horas junto ao campo de deslocados do aeroporto, em Comoro, e ao campo do porto de Díli, no jardim diante do Hotel Timor.

"Xanana é revolucionário, mas com cérebro de John Howard e G.W.Bush", pode ler-se num cartaz hoje afixado em Comoro e que alude ao primeiro-ministro da Austrália e ao Presidente dos Estados Unidos.

Um cartaz em bahasa indonésio, língua usada em vários dos letreiros erguidos hoje em Comoro, exige a Xanana que "pare o seu plano de guerra" ("Stop!!! Konsep Perang", literalmente).

"Deputado Xanana tem que responsabilizar-se pela crise entre 'lorosae' e 'loromonu'", exige outro cartaz por referência ao conflito que estalou em Abril e Maio de 2006 entre timorenses originários dos distritos ocidentais e timorenses dos distritos orientais do país.

Um número estimado de 100 mil deslocados continuam a viver em campos ou em residências provisórias na capital e por todo o país, segundo a última actualização, relativa a Julho, divulgada pelo Ministério do Trabalho e da Reinserção Comunitária. Em Díli, há pelo menos 30 mil deslocados.

Os campos do aeroporto e do porto de Díli estão entre os mais politizados da cidade e acompanham muito de perto a situação política e de segurança da capital e do país.

"Os traidores não merecem governar", declarou hoje de manhã uma das responsáveis do campo de deslocados do aeroporto, dizendo falar em nome dos deslocados de toda a cidade.

"Queremos justiça para os autores dos crimes de 2006", afirmou Madalena Tilman numa declaração lida à imprensa.

"Não concordamos que o Presidente da República inclua Xanana Gusmão como primeiro-ministro", afirmou a representante dos deslocados, alegando que declarações do ex-chefe de Estado na televisão pública, em 2006, "resultaram em muitas vítimas".

"Não somos tratados como pessoas, mas como projecto dos governantes", acrescentou Madalena Tilman, afirmando que "os deslocados não têm dignidade a viver debaixo de um toldo no seu próprio país".

O mesmo tom contra Xanana Gusmão marca vários cartazes erguidos em Comoro e no centro da cidade, junto aos campos de deslocados que têm demonstrado com frequência posições pró-Fretilin.

Num deles, a sigla CNRT é desdobrada em "Conselho Nacional da Revolta do Traidor" e "Conselho Nacional da Recolha do Traidor".

Um cartaz refere apenas: "Traidor uma vez, traidor sempre".

Os "objectivos" da AMP, de que o CNRT faz parte, são referidos noutro cartaz como "salvar os autonomistas, pisar o povo maubere, sobretudo o mais miúdo, alcançar uma nação capitalista e dar liberdade aos autores da crise".

Os ataques à pessoa de Xanana Gusmão começaram de forma clara domingo, em frente ao campo de deslocados do porto de Díli, com uma enorme faixa: "O filho do povo maubere precisa de um primeiro-ministro e não de uma pessoa choramingas ("tanis ten", em tétum) como o irmão grande Xis".

Dos Leitores

F. Santos deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor-Leste: Alfândega destruída pelo fogo em Díli...":

Ramos Horta perdeu a oportunidade hitorica de se redimir perante o povo de Timor-Leste dos sucessivos erros que vem cometendo. Como PR poderia ter usado os seus poderes para trazer de novo a paz e a ordem para este povo. Poderia ter respeitado e ter feito respeitar a Constituicao. Mas, infelizmente, isso nao aconteceu.

Pelo contrario, colocou as suas ambicoes acima de tudo e de todos. Tudo indica que essa decisao desastrosa foi tomada devido a compromissos inconfessaveis que ele tomou com Xanana e todos os seus comparsas. Conforme ja foi divulgado interna e internacionalmente, Xanana, numa das reunioes com o PR, tomou atitudes pouca dignas e de baixo nivel perante um Chefe de Estado, tendo em seguida abandonado a reuniao depois de ter reforcado os seus argumentos com murros na mesa, etc.

Isso demonstra que o Ramos Horta esta completamente sob o controlo de Xanana. Quem sai perdendo com tudo isso e' o Povo Timorense.

Situação em Díli

Assim que Ramos Horta anúncio que o próximo Primeiro- Ministro de Timor-Leste seria Xanana Gusmão a violência estalou um pouco por toda a cidade de Díli.

Junto do campo de refugiados do Jardim em frente do Hotel Timor e do campo da Associação Comercial Chinesa, logo de manhã apareceram cartazes contra o CNRT e contra Xanana.






























Assim que o anúncio foi transmitido pela Rádio muita gente veio para a rua.

Houve problemas em Santa Cruz, Avenida Nicolau Lobato, junto do City Café, no campo da Associação Comercial Chinesa, em Santa Cruz, em Quintal Boot, em Taibessi, no mercado de Comoro, na Rotunda de Comoro, na Praia dos Coqueiros, na zona do Hospital.

O Edifício da Alfândega de Díli foi queimado tendo ardido todo o edifício do arquivo.











A meio da tarde, antes do anúncio de Ramos Horta, a FRETILIN convocou uma conferencia de imprensa em que anunciava que iria continuar o boicote ao parlamento caso os seus eleitores assim o decidissem na consulta que a direcção está a fazer junto das bases.

Em Baucau desde o princípio da tarde, começaram a concentrar-se espontaneamente eleitores da FRETILIN, descontentes com a situação. Ameaçam marchar sobre Díli. Os dirigentes da FRETILIN encontram-se muito preocupados com a situação por temerem não conseguirem controlar não os militantes mas sim os eleitores que votaram FRETILIN mas não são militantes.
Por volta das onze horas de noite quatro viaturas blindadas da GNR saíram de Díli em direcção a Leste mas não se confirmou o seu destino.

A esta hora a cidade está fortemente policiada e as ruas completamente desertas.

Governo kinder-surpresa para Timor-Leste!

Blog Página Um - 04-08-2007

Política timorense causa maus cheiros no hemisfério sul
António Veríssimo

Costuma-se dizer que tudo que é demais cheira mal e pela parte que me toca consegui finalmente descobrir porque tenho andado de há uns dias para cá tão incomodado com o cheiro nauseabundo que experimentei assim que passei o equador e do hemisfério norte passei ao do sul num pestanejar.

Evidentemente que o cheirete provem de Timor-Leste e concretamente deve-se ao facto de o seu presidente Ramos Horta deixar retardar até à putrefacção um dos alimentos mais importantes de que o país carece: decisões justas e acertadas que motivem o país a perceber que não vai haver mais do mesmo e que as golpadas com ele na presidência foram chão que já deu uvas.

Infelizmente parece que nada disso está a acontecer, tudo indicando que vamos continuar a ter mais do mesmo, que afinal o tal governo muito abrangente partidariamente era bazófia para mundo e timorense ver, ouvir e enganar.

Realmente, já não dá para confiar em nenhum dos poderosos que em Timor-Leste insistem em arrastar o país para a hecatombe encomendada pelo governo howardista e seus irmãos de “petróleo” – não esqueçam o petróleo que há em terra, diz-me a minha consciência conhecedora.

Então, o senhor presidente Ramos Horta, andou praticamente um mês a enganar meio-mundo. Já antes do dia de votação Horta falava num “governo com todos os partidos”, quase referindo-se a um governo de salvação nacional multi-partidário, e agora para espanto nosso deita fora o partido mais votado e prefere entregar as rédeas do poder governativo a Xanana Gusmão, do CNRT, que nem representa um quarto do eleitorado.

Pensando bem acho que acabei por compreender que Horta não pode acabar com as golpadas porque ele personifica as golpadas e há vícios que não se perdem facilmente.

O exercício para se entender porque Ramos Horta falava do tal governo abrangente, multi-partidário, que incluiria as forças políticas mais votadas e representativas do eleitorado, destinava-se somente para deixar a porta aberta ao CNRT e a Xanana Gusmão no caso de a Fretilin ter obtido uma expressão eleitoral próximo da maioria…

Então, nesse caso, ele sim, sim, sim. Faria finca-pé para que a Fretilin abrisse mão de uns quantos lugarzitos para o grande herói da fábrica-kinder-surpresa, Xanana Gusmão.
Agora assim não, não, não. Sorrateiramente andou todo este tempo a empatar para que não se dissesse que foi um presidente que não procurou consensos e não perseguiu a tal ideia muito democrática e pacificadora de proporcionar ao país ser governado através de um multi-partidarismo de inclusão presidencial.

Tretas! Tretas!

Como o assunto tem pano-para-mangas, infelizmente, voltarei a abordá-lo logo após revirar toda a matéria noticiosa relacionada com Timor-Leste – que me dispensei de acompanhar nuns quantos dias de férias por estar convencido da honestidade do senhor presidente Horta.
Só mais uma coisita: conseguiu-se compreender porque é que o “patrão” de Timor, John Howard, realizou aquela visita-surpresa-relâmpago?

Pois é, provavelmente não estava a gostar do andamento das “negociações” e lá vai um puxão de orelhas ao subalterno meio-aborígene, para ele, que até é Nobel.

Voltarei para a “reprise” depois de limpar as lentes da objectiva que capta espíritos mal cheirosos.

East Timor: Dark Days in Dili

Time Magazine – Monday, Aug. 06, 2007

By Rory Callinan / Dili

Herminio de Oliveira was enjoying a beer at his tiny drinks and cigarette stall near Dili airport when he heard the yelling from the nearby refugee camp. "Fretilin will govern! Fretilin will govern!" came the chant, as scores of youths, supporters of the former ruling party, poured out of the gates and onto the road in the East Timorese capital's western suburbs. "I was frightened," says de Oliveira. "Then a car came, and the youths hit it with many stones." At the wheel was João Carrascalão, whose brother Mario leads the Social Democratic Party (PSD).

"They broke his glasses and they injured his wife," says de Oliveira. "I was worried they would start attacking anybody who is not Fretilin, worried they might attack me. My shop is all I have. If they destroy that, I will lose everything."

De Oliveira is one of thousands of East Timorese who have spent the past few weeks anxiously awaiting the announcement of the country's new prime minister. While Dili residents are enthusiastic about a new government, many are concerned about politically driven violence on the scale seen in April and May last year, when 37 people were killed and more than 150,000 fled their homes. "I hope they can control it," says de Oliveira.

On Monday, President Jose Ramos-Horta announced the appointment as prime minister of former resistance fighter Xanana Gusmão, who leads a coalition made up of his own party, the National Congress for the Reconstruction of East Timor (CNRT), the Timorese Social Democratic Association (ASDT), Carrascalão's PSD and the Democratic Party (PD). The coalition holds 37 seats, giving it a substantial majority over Fretilin, which won 21 seats in the June 30 elections.

Fretilin's leaders argue that with more seats than any other party, they should govern. Ramos-Horta has postponed his decision twice and urged the coalition to include Fretilin representatives for the sake of national stability. But they refuse to do so, and the delay has only increased tensions in the capital. As it appears less likely that Fretilin will have any role in the new government, it is feared that the party's supporters may try to use violence to destabilize the country. Immediately after Ramos-Horta's announcement, violence broke out in the capital of Dili; later that evening angry pro-Fretilin protesters set fire to Dili's customs house as Australian peacekeeping troops moved to restore order.

Says Dr. Christopher Samson, who heads a Dili-based anti-corruption NGO: "There will be those people who are uneducated who will try to take the law into their own hands. They want to threaten the nation and its stability. But I believe it will not be large, because the majority of the people will not support it." Samson regularly receives death threats for his work fighting corruption. "If there are some civilians with weapons, then that will lead to loss of life," he says.
One source of tension comes from the large numbers of Fretilin-supporting easterners who have taken up residence in refugee camps in the capital. On Sunday, young men from one inner-city refugee camp blocked the road outside Dili's new Hotel Timor, where party leaders regularly hold meetings. Chanting "Fretilin! Fretilin!" they climbed trees and hoisted a red-and-white banner across the road. The banner featured a snake and a cross, with the slogan, in the local Tetum language: "Timor needs a prime minister who is intelligent, not someone who is like big brother." Many of the youths appeared to be drunk, and were urged on by agitators in the crowd.

Fretilin spokesman and former minister Jose Texeira believes the announcement could spark minor trouble but says, "There is no way there is any campaign for any organized violence. We are actively involved in ensuring that people accept the decision." But last week the party's secretary-general, former prime minister Mari Alkatiri, made a clear link between the stability of the country and Fretilin's having a role in the ruling coalition. "Fretilin firmly believes that a government of grand inclusion, which includes members of all political parties which have seats in the national parliament, will bring stability to the country," he told journalists. "If there is no stability, then no government will be able to function effectively.

Alkatiri's party, elected to government in 2002, has a dubious reputation. Former interior minister Rogerio Lobato is serving a seven-and-a-half-year jail term for arming a hit squad in the lead-up to last year's violence. Former resistance fighter Colonel Vincente de Conceicão Railos, the man who blew the whistle on Lobato's plot, this week told TIME that he knows of at least 28 weapons still in the hands of a militant pro-Fretilin group that has threatened to conduct assassinations if Fretilin is excluded from government. "They want to cause instability. They go look for political leaders to assassinate. They have the experience from the resistance," says Railos, surrounded by bodyguards as he sits on the porch of his home. "I have told the President [Ramos-Horta] this information, but they still have not done anything about it. The weapons are still there."

Railos points to other worrying developments, including a build-up of weapons in Balibo and rumors that a large quantity of drugs has been brought from West Timor, a province of Indonesia, allegedly to embolden and energize refugee-camp youths. But the colonel's claims have been dismissed by the Indian head of the U.N. Mission in East Timor, Atul Khare, who believes Ramos-Horta's eventual decision will provoke only minor incidents. "What I do believe is that with our presence, isolated and sporadic incidents can be prevented from turning into a major conflagration of violence of the type which occurred last year," he says. "Police cannot prevent each and every incident. Police cannot stop people from throwing stones."

Khare, who controls a force of around 1,600 international police, sees no evidence that any of the political parties have been inciting violence. "It has had no connection so far," he says. "Violence is an accompaniment of the unexpressed frustration of desires of several people who find themselves disenfranchised and disempowered, and feel that they have not yet received the dividend that should have gone to them from the process of restoration of national independence. What I can believe is that the political leaders have been assisting and will continue to assist in keeping their supporters in control."

Dili residents who have to drive by the refugee camp at the airport might disagree. Minutes after the new Parliament elected Coalition member and PD head Fernando Lasama de Araujo as its president, youths again swarmed out of the camp and began throwing stones at vehicles and yelling pro-Fretilin slogans. UN police and more than 20 Australian soldiers rushed to the camp to force the protestors back inside, where they screamed obscenities. Similar outbursts took place near the Fretilin headquarters in Comoro.

Despite Khare's claims, U.N. police, who occupy the front line in the fight to stop the violence, suspect a link between the violence and political parties. Head of the Comoro police post Joel Doria says his men have received numerous allegations of a connection between Fretilin and the simmering violence. During the election campaign, he says, police were arresting pro-Fretilin troublemakers and finding $30 to $100 cash in their pockets — improbably large sums for jobless refugees. "We request them to stay in the camp, but every time there is a political event they go out into the street and create problems," he says. "We have the information but we can't make the connection with evidence."

Doria, a veteran police officer who is more used to hunting extremists in his native Philippines than political agitators in East Timor, brings up on his computer screen photos of regular offenders and rock-throwers from the camps. "See, here they are causing problems on the streets of Dili. Then here are the same ones gathering at the Fretilin headquarters in Comoro," he says, switching to photos taken on the same day in front of the Fretilin building. "Why are they there? What is there for them?" Doria notes that over the past week, loud music has been blaring out of the Fretilin HQ at all hours. "That gives them an excuse to have a lot of people there. They are pretending to have a party. But really they are waiting to cause problems." Many locals agree with his assessment. Street vendors say they've learned to expect trouble when they see local youths using their cell phones. "They have up to $50 credit on their phone cards. How can they afford it?" asks one.

PSD head Mario Carrascalão says his party has the names of three individuals, linked to Fretilin, who they believe order the refugees to cause trouble. "We have given their names to police. They are receiving money and drinks from senior people related to Fretilin leaders," says Carrascalão, whose car was attacked by stone-throwing Fretilin supporters near the airport refugee camp on July 30. "But to this point we have heard nothing about them being investigated." He has received numerous threats of violence. "Today, for instance, I got a short message saying they are going to burn Dili Hospital if Fretilin does not govern," he says. "That is terrorism." Carrascalão has concerns that U.N. and local security officials will not be proactive enough to prevent injuries: "The police handle it, but only after things have started. They only come after the victims are already there."

Out on the streets, Dili residents like de Oliveira are nervous. "I have a friend who overhears a group of Fretilin supporters at the refugee camp near the city having a meeting," he says. "They said they had a plan: that when the decision is made, they will burn all the shops in Dili.

Fretilin fury as Gusmao made PM

The Australian – August 07, 2007

Stephen Fitzpatrick, Jakarta correspondent

East Timor's former governing Fretilin party has threatened to walk out of the national parliament after President Jose Ramos Horta offered resistance hero Xanana Gusmao the prime minister's job yesterday.

Mr Gusmao will rule a coalition led by his National Council for Timorese Reconstruction (CNRT), which failed to gain a majority in recent national elections but has formed a strategic alliance with several other anti-Fretilin groups.

Fretilin, which won 21 seats to the CNRT's 18 in the polls six weeks ago, is furious that it has been denied government despite having the greater number of representatives in the 66-seat parliament.

"The 21 members we have in the house will go to the people and ask them whether they want us to remain there at all," Filemeno Aleixo, a senior member of the one-time revolutionary party's still-powerful central committee, told The Australian yesterday.

Ex-prime minister and Fretilin secretary-general Mari Alkatiri had in recent weeks been desperately trying to shore up support to regain his old job, from which he was deposed by Mr Ramos Horta at the height of violence last year that left dozens dead.

However, Fretilin opponents had been calling for the Marxist-inspired movement to take the lead in inspiring a true multi-party democracy, with itself as a strong opposition force, rather than disputing the electoral results. Mr Ramos Horta has been careful in recent weeks to be seen seeking consensus from all groups after the electoral deadlock, but yesterday's decision made real what most observers had been expecting.

Even Australian Prime Minister John Howard, during a visit to East Timor a week ago, had, in an extraordinary diplomatic intervention, described Mr Gusmao as the country's likely next prime minister.

Fretilin's perceived economic mismanagement and failure to engage in basic infrastructure spending translated to shocking results for the party both at thenational legislative election and a preceding presidential poll, which Mr Ramos Horta won comfortably.

The party, whose co-founders include Mr Ramos Horta and Mr Gusmao, had become increasingly marginalised in East Timorese politics as ordinary people questioned why millions of dollars in oil and gas money now flowing after landmark agreements with Australia was not being spent.

However the two men, who left the organisation more than 15 years ago arguing it did not adequately represent all East Timorese, will still need Fretilin's support in the new government if they are to launch a promised infrastructure and public spending program.

"We will ask some Fretilin members to sit in the cabinet, if they wish," CNRT Secretary-General Dionisio Babo said.

"We believe we are following proper procedure and the constitution, and that the people will also accept this, because what we are doing is appropriate."

Mr Babo said the Gusmao administration would be known as a government of majority alliance, whose 70 per cent hold on the parliament will be complemented among others by guerilla hero Fernando "Lasama" de Araujo's Democratic Party.

Mr Araujo's reward will be the position of parliamentary Speaker, a job previously held by Fretilin president Francisco "Lu Olo" Guterres -- whose own political demise now appears complete after he was thrashed by Mr Ramos Horta in the recent national presidential vote.
Other members of the ruling coalition will include former governor Mario Carrascalao's Social Democrat Party and Xavier do Amaral's Association of Timorese Social Democrats.
Mr Aleixo predicted strife at Mr Gusmao's appointment, describing it as "obviously a violation of the nation and the constitution". "They are not being honest with themselves," he said.

Timorenses protestam após indicação de Gusmão

EFE – 6 Agosto 2007, 07h47

O presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, anunciou hoje que encarregou a formação de Governo à coalizão de partidos liderada por Xanana Gusmão, decisão que gerou protestos de grupos de jovens em Baucau, segunda cidade mais importante do país.

"Como presidente da República, decidi a aliança de partidos para que forme um novo Governo, com Xanana Gusmão como primeiro-ministro", disse o líder. O anúncio da escolha de Gusmão como próximo primeiro-ministro, cargo que assumirá na quarta-feira, coloca fim a mais de um mês de negociações, após as apertadas eleições legislativas de 30 de junho.

Gusmão lidera a plataforma formada por seu partido, o Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT), que ganhou 18 cadeiras no Congresso, pela coalizão ASDT-PSD, que tem 11 deputados, e pelo Partido Democrata (PD), com oito parlamentares.

O novo Governo de coalizão controlará 37 das 65 cadeiras do Parlamento unicameral, o suficiente para poder governar. O vencedor das eleições, a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), com 21 legisladores, passará para a oposição parlamentar.
O Legislativo se completa com três deputados do Partido de União Nacional (PUN), dois da aliança KOTA-PPT e outros dois do Partido de União Nacional da Resistência Timorense (Undetim).

Após o anúncio em Díli, grupos de jovens em Baucau, cerca de 120 km ao leste da capital, foram às ruas e queimaram pneus, enquanto criticavam a decisão do chefe de Estado.

Há quase três meses, 24 pessoas ficaram feridas e 17 casas foram incendiadas em reação à proclamação de Ramos Horta como vencedor do segundo turno das eleições presidenciais, realizadas em 9 de maio. Naquela ocasião, a violência foi atribuída a simpatizantes do derrotado Fretilin.

Presidente do Timor-Leste escolhe Xanana Gusmão como primeiro-ministro

EFE – 6 Agosto 2007, 11:24

Florentino Goulart

Díli - O presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, escolheu hoje o antigo chefe da resistência, Xanana Gusmão, para primeiro-ministro do país e encarregou-o de formar o Governo, decisão que gerou protestos de grupos de jovens. "Decidi que a aliança de partidos formará um novo Governo com Xanana Gusmão como primeiro-ministro, e que ele tomará posse na quarta-feira", afirmou o líder. A aliança, cujo objetivo é apresentar uma alternativa de Governo, foi criada após as eleições de 30 de junho pelo Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT), fundado por Gusmão em março, com 18 deputados, pela coalizão ASDT-PSD, que tem 11 congressistas, e pelo Partido Democrata (PD), com oito.

A plataforma controla 37 das 65 cadeiras do Parlamento unicameral. Completam o Legislativo 21 parlamentares da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), três do Partido de União Nacional (PUN), duas da aliança KOTA-PPT e outros dois do Partido de União Nacional da Resistência Timorense (Undetim).

"Escolhi a aliança de partidos de acordo com nossa Constituição (2002), mas isto não quer dizer que o Fretilin tenha perdido, mas poderá fazer uma contribuição mais positiva a partir de uma oposição forte", ressaltou o líder, prêmio Nobel da Paz, tentando acalmar os seguidores deste partido. Em Baucau, a segunda maior cidade do país, cerca de 120 quilômetros a leste da capital, grupos de jovens foram às ruas...

Ramos Horta acrescentou que pediu ao próximo primeiro-ministro que reforme imediatamente o sistema de segurança, "uma das principais prioridades" do país.

Brigadeiro Mal Rerden : “Líderes de Timor-Leste devem dar atenção ao problema de Alfredo”

Jornal Nacional Semanário – 04 de Agosto de 2007
O ex-comandante das Forças de Estabilização Internacional (FSI), Brigadeiro Mal Rerden, que terminou a sua missão em Timor-Leste, apela ao Governo de Timor-Leste para tomar conhecimento e dar atenção ao problema do Major.

O ex-comandante das FSI falou sobre este assunto aos jornalistas na conferência de imprensa realizada no edifício das FSI, Caicoli, Díli, comentando o problema do Major Alfredo durante a sua missão em Timor-Leste.

“Penso que o caso do Alfredo é muito importante, portanto os líderes de Timor-Leste devem dar atenção a esse problema e, assim, poderão resolver os problemas do País através de um meio positivo,” declara Rerden.

Adiantou que o problema do Major Alfredo é um problema para os governantes em procurarem resolver dentro curto prazo. Só assim se poderá criar uma situação de segurança e estabilidade para o povo e o Estado de Timor-Leste.

O ex-Comandante das FSI, no fim da sua missão, deseja deixar uma mensagem para o povo de Timor-Leste dar as mãos mutuamente, para viver em paz e com estabilidade no País.

“Espero que no futuro, os líderes de Timor-Leste possam resolver positivamente os problemas surgidos no País. Rogamos a Deus para que dê força aos líderes para resolver os problemas do País. Rogo também para que a crise que surgiu no País seja resolvida com paz e estabilidade,” afirma Mal Rerden.

Mal Rerden espera que no futuro as soluções de problemas não passem por armas e catanas, mas pela consciência, habilidade e capacidade para resolver os problemas do País que causam sofrimentos a muitas populações.

Bispo Dom Ricardo tem esperança de que o novo Parlamento Nacional desempenhará bem as suas funções

Jornal Nacional Semanário – 04 de Agosto de 2007

O Bispo da diocese de Díli, Dom Alberto Ricardo da Silva, confia que o novo Parlamento desempenhará bem as suas funções para servir a Nação e o Povo, como um Órgão que representa as aspirações do Povo.

O Bispo Ricardo falou sobre este assunto aos jornalistas após ter participado na reunião da primeira legislatura do novo Parlamento Nacional, segunda-feira (30/7), comentando sobre a esperança da Igreja no novo Parlamento para o período 2007-2012.

O Bispo Ricardo deseja que o presidente eleito coopere com os partidos políticos com representação no Parlamento Nacional, dando as mãos, trabalhando juntos, para atingir o sucesso do novo Órgão:

«Aguardamos e rezamos para que o novo presidente possa desempenhar as suas funções e conduzir o PN em boas acções, num clima de cooperação mútua entre partidos, para que assim o novo Parlamento possa ter sucesso», advertiu o Bispo Ricardo.

Na ocasião, o responsável eclesiástico deu também parabéns ao novo Presidente do Parlamento Nacional, Fernando “Lasama” de Araújo:

«Dou-lhe os meus parabéns por ter sido eleito Presidente do Parlamento Nacional para os próximos cinco anos», afirmou.

O Bispo Ricardo pede a todos os timorenses que dêem as mãos, trabalhando juntos para ganhar uma nova luz que todos desejam e aguardam:

«Todos os timorenses devem dar-se as mãos para que o nosso país ganhe uma nova luz, tendo principalmente a habilidade de analisarem muito bem as coisas com consciência e com capacidade intelectual. Com a ajuda de Deus, poderemos ter uma boa cooperação para construir uma nova vida», salientou.

Segundo o Bispo Ricardo, apesar dos cinco anos anteriores, em que Timor-Leste enfrentou muitas dificuldades, neste momento está a dar mais um passo a frente como um novo País.

Dr. Benevides Correia: “O Major Alfredo continua pronto para o diálogo”

Jornal Nacional Semanário – 04 de Agosto de 2007

O advogado de Alfredo Reinado e presidente da Associação de Advogados de Timor-Leste (AATL), Benevides Barros Correia, afirmou que o Major Alfredo Reinado deseja o diálogo promovido pelo Estado e não se afastará da justiça, porque o diálogo é um meio pacífico para resolver problemas.

Benevides Barros Correia falou sobre esta questão aos jornalistas no Parlamento Nacional, segunda-feira (30/07), tendo explicado que o desejo de diálogo por parte do seu cliente não significa que o Alfredo se afastará da justiça. De acordo com o advogado, a razão porque a crise aconteceu no país foi de ordem política, de liderança, e crise política de injustiça:

«Através do diálogo falamos da política para chegarmos à justiça, mas deve haver primeiro o diálogo antes de chegarmos a justiça. Em relação aos crimes, ele assumirá a responsabilidade», explicou Benevides.

Explicou ainda que o Alfredo não pode assumir responsabilidade pelo que tem feito sem ser através do processo de diálogo. Por sua parte, lamenta a pressão de alguns juízes que continuam a acusar o Alfredo como prisioneiro preventivo:

«Peço também ao juiz internacional contratado pelo Estado de Timor-Leste para não complicar as coisas, porque o Estado de Timor-Leste tomou decisões sobre o caso do Major Alfredo. O Parlamento Nacional, o Presidente da República e o Procurador-Geral são os órgãos competentes para tomar decisões», disse Benevides, acrescentando que os juízes internacionais, antes de prestarem qualquer declaração, devem olhar para os órgãos de soberania deste país, porque eles se submetem a estes órgãos, principalmente nas decisões do Parlamento Nacional, Procurador-Geral e Presidente da República. «Portanto os Juízes não podem complicar o caso do Major Alfredo e dos seus membros», concluiu.

Presidente cessante, Francisco Guterres “Lú-Olo”, “Cumprimos o nosso mandato”

Jornal Nacional Semanário – 04 de Agosto de 2007

O Presidente cessante do Parlamento Nacional (PN), Francisco Guterres “Lú-Olo”, afirma que durante cinco anos desempenhou as suas funções na liderança da primeira legislatura do Parlamento Nacional e que com os Deputados cessantes cumpriu o seu mandato desde a Assembleia Constituinte até o Parlamento Nacional.

Francisco Guterres “Lú-Olo” falou sobre esta questão ao Jornal Nacional Diário no Parlamento Nacional após ter presidido à sessão plenária para a eleição do novo Presidente do Parlamento Nacional, Fernando “Lasama” de Araújo, segunda-feira (30/7).

“Ao longo de cinco ano, elaborámos, primeiro, a Lei Base na Assembleia Constituinte, a Constituição e as Leis. Ao transformar-se em Parlamento Nacional, elaborámos a Lei Estruturante para garantir o direito do Estado, elaborámos convenções, tratados, acordos internacionais e multilaterais que levou Timor-Leste a ser membro das Nações Unidas. Tivemos cooperações multilaterais com os outros Países. Elaboramos uma Lei para dar reconhecimento aos nossos veteranos e antigos combatentes,” salientou Lú-Olo.

O Presidente cessante do PN e actual Presidente da FRETILIN acrescentou que ao longo de cinco anos, ele e os Deputados cessantes cumpriram o seu mandato com dignidade. Apesar da grande crise, que foi uma prova para o PN, esse Órgão continua erguido até final do seu mandato.

“Os novos Deputados naturalmente deverão continuar esse trabalho e farão melhor do que temos feito e elaborarão o que não conseguimos elaborar,” recomenda Lú-Olo.

Em relação ao novo Presidente do PN, Lú-Olo não se quis pronunciar por aquele ser recém-eleito, afirmando apenas que acredita que o novo presidente vai cumprir a Lei, vai cumprir o seu mandato e os compromissos feitos no seu discurso. Lú-Olo espera que tudo irá decorra bem. Disse ainda que o mais importante é dar atenção à situação do País e que é necessário resolver problemas e obter soluções.

Questionado sobre o facto de ser reeleito na segunda legislatura, Lú-Olo respondeu que entregará o mandato ao seu substituto e que ele próprio desempenhará outros serviços.

Brigadeiro-General Taur Matan Ruak : “As F-FDTL prontas a cooperar com o novo Governo”

Jornal Nacional Semanário – 04 de Agosto de 2007

O Comandante das FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, afirma que, qualquer que seja o partido que venha formar Governo, a Instituição F-FDTL estará pronta para cooperar e cumprir as orientações dadas para o progresso e o bem-estar da Nação.

O Brigadeiro-General Taur Matan Ruak fez esta afirmação após o encontro com o Presidente da República, José Ramos Horta, acompanhado pelo ex-Ministro da Defesa, Roque Rodrigues, no Palácio das Cinzas, Caicoli, Díli, terça-feira (31/7).

Questionado sobre o encontro com o Presidente da República, Taur Matan Ruak respondeu que foi discutida a reforma e a modernização da instituição de segurança e defesa propostas pelas Nações Unidas.

“Para a reforma e modernização da Instituição de Defesa e Segurança será necessário um longo prazo, não vamos imaginar a reforma de uma instituição num período de cinco anos, mas será dentro de um longo prazo. Muitos países, independentes há vários anos, ainda não conseguiram profissionalizar as suas forças,” afirmou o ex-Guerrilheiro.

Na ocasião, o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak deu os parabéns ao Presidente do Parlamento Nacional Eleito, Fernando de Araújo “Lasama” e disse que espera que o novo Parlamento desempenhe as suas funções, consolidando a paz e o desenvolvimento que todos os Timorenses esperam, porque o desenvolvimento e a paz são pilares importantes.

Nações Unidas felicita o anúncio dum novo Governo

UNMIT

6 de Agosto, Dili – O Representante Especial do Secretário-Geral para Timor-Leste e Chefe da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste, Sr. Atul Khare deu boas-vindas ao anúncio, esta tarde, dum novo Governo resultante das eleições legislativas de 30 de Junho.

O Sr. Atul Khare felicitou Presidente José Ramos-Horta por ter levado a cabo uma consulta aturada na sua decisão e, por ter dedicado esforço considerável na busca de solução que sirva os melhores interesses do país. O Presidente Ramos-Horta anunciou, á 6 de Agosto, que Xanana Gusmão será o novo Primeiro-Ministro de Timor-Leste.

O Sr. Khare felicitou Xanana Gusmão na sua nomeação como novo Primeiro-Ministro e elogiou o Povo timorense pelo seu compromisso ao processo democrático.

O Sr. Khare notou que a Fretilin está a propôr, somente, o uso de meios legais para opôr a esta decisão. Fez recordar o exemplo dado pelos dirigentes da Fretilin que graciosamente inauguraram o Presidente Horta em Maio e elogiou os dirigentes da Fretilin, particularmente, o Presidente Francisco Guterres Lu O’lo e o Secretario-Geral Dr. Mari Alkatiri ao reiterar os seus compromissos de, somente, usar meios pacíficos abstendo-se de qualquer violência.

O Sr. Khare exortou a todo o Povo de Timor-Lestea a seguir o exemplo sábio dos seus dirigentes e enfatisou que “um acto criminoso em nome duma causa política é ainda um acto criminoso e receberá firmemente o seu tratamento”.

O Sr. Khare também notou, com a apreciação, as declarações do Presidente do Parlamento Nacional, Fernando de Araujo Lasama e o Presidente da República, José Ramos-Horta, encarando passos concretos para assegurar um papel significativo para a oposição. Ele espera trabalhar com o líder da oposição, particularmente, no contexto do Comité de Coordenação de Alto Nível que junta a UNMIT e a liderança de Timor-Leste para encontros quinzenais sobre assuntos de interesse nacional críticos.

“A UNMIT espera trabalhar com as autoridades de Timor-Leste e o seu Povo em assuntos urgentes que o país atravessa, tais como, a reforma do sector de segurança, reforço do sector de justiça, a promoção de governação democrática e o desenvolvimento sócio-económico”, disse o Sr. Khare.

O que isto quer dizer?!

Timor: Chefe da ONU autoriza balas de borracha esta noite
Diário Digital / Lusa
06-08-2007 16:29:00

O chefe da missão das Nações Unidas em Timor-Leste autorizou «hoje e para hoje» as forças de segurança a usarem balas de borracha nos incidentes registados depois do convite a Xanana Gusmão para formar governo.

«Atul Khare, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas em Timor-Leste autorizou hoje o uso de munições de borracha devido aos confrontos graves registados em Díli», afirmou à Lusa um oficial superior das forças de segurança internacionais.

A proibição das balas de borracha foi ordenada a 10 de Julho para todas as missões da ONU pela Direcção de Operações de Manutenção de Paz (DKPO) em Nova Iorque, na sequência de um incidente grave que vitimou duas crianças no Kosovo.

As balas de borracha eram até aí usadas pelas forças autónomas de polícia de Portugal (o Subagrupamento Bravo da GNR), Bangladesh e Paquistão e pelos polícias portugueses integrados directamente na UNPol.

A proibição deste tipo de munição foi encarada com preocupação pelo chefe da missão da ONU e pelos oficiais das forças no terreno, que alertaram para o facto de a resposta policial ficar extremada entre o distanciamento operacional ou a utilização de munição real.

«O uso de balas de borracha em operações policiais permite-nos evitar, até agora, o uso de armas letais» e atingir, «entre outros objectivos, uma resposta razoável e proporcionada contra as ameaças colocadas pelos agressores», explicou há duas semanas Atul Khare numa mensagem interna para Nova Iorque a que a Lusa teve acesso.

Nota de Rodapé:

Então e quando se impõe que se mantenha a ordem pública contra outros arruaceiros e descontentes que não da FRETILIN, já não se permitem os meios de os neutralizar?...

Timor: Fretilin declara Governo de Xanana «inconstitucional»

Diário Digital, 06-08-2007 13:11:18

O presidente da Fretilin, Francisco Guterres Lu-Olo, revelou, esta segunda-feira, que a força política a que preside não reconhece o Governo hoje nomeado pelo Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, e que tem Xanana Gusmão como primeiro-ministro.

Em declarações à Rádio Renascença, Lu-Olo garantiu que «nós não vamos nunca reconhecer este Governo. Não vamos cooperar com este Governo. Vamos continuar a lutar – não através da violência - mas por vias legais».

O presidente da Fretilin prometeu já, de resto, manifestações de protesto nas ruas, e através do Parlamento, como forma de contestar um Governo que diz ser «inconstitucional».

Entretanto, na sequência destas declarações, registaram-se já alguns pequenos incidentes em Díli, que a força portuguesa da GNR tem vindo a conseguir controlar, revelou, à RR, o comandante do sub-agrupamento Bravo, capitão Marco Cruz.

Participe no debate que neste momento decorre no Público-Online:

PublicoOnline
06.08.2007 - 10h08

Antigo Presidente chega à chefia do Governo
Xanana Gusmão nomeado primeiro-ministro de Timor-Leste


Xanana Gusmão vai ser nomeado primeiro-ministro de Timor-Leste ainda esta semana, anunciou hoje o Presidente do país, José Ramos-Horta.

Comentários:

Certos bernardos de cascais
Por Luis Simões, Almada
Certos bernardos de cascais devem ser daqueles que se esqueceram que andaram todos entusiasmados na campanha eleitoral do PSD em 1987 – a que deu a primeira maioria absoluta ao Cavaco Silva! – e que o Cavaco só a obteve porque o Mário Soares não fez o que o Ramos-Horta vergonhosamente fez agora! Em 1987, quando caiu o primeiro governo de Cavaco, o então PR não alinhou na tese das coligações à posteriori - apesar de coligados PRD e PS terem a maioria absoluta e o PSD apenas ter apenas 29% -, e convocou eleições antecipadas. Isto é o PR Mário Soares não permitiu que mesmo com maioria absoluta, se formasse um governo sem o partido vencedor nas eleições e muito menos contra o partido vencedor, apesar de só ter tido 29% dos votos. É isto que se está a fazer em Timor-Leste. Roubou-se ao partido mais votado a possibilidade de formar governo e de levar ao Parlamento o seu programa para que fosse o Parlamento a apreciá-lo. Cortou-se indecentemente a possibilidade de a Fretilin mostrar a sua capacidade de organizar um governo de Grande Inclusão e desse governo de Grande Inclusão poder apresentar um programa à altura de trazer estabilidade e paz ao país e de tirar o país da crise onde mergulhou por causa de Xanana e de Horta.

No muito curto prazo o crime compensa
Por Margarida, Amadora
O Ramos-Horta andou mais de um mês num faz-de-conta a empatar sobre a quem dirigir o convite para a formação do novo Governo. A primeira desculpa era que tinha de ouvir constitucionalistas sobre a quem competia dirigir o convite (depois de o bando dos quatro ter inventado a AMP), mas entretanto propôs a todos os partidos uma “solução inclusiva”. A Fretilin aceitou o repto do Horta e oficialmente afirmou que acredita que um Governo de Grande Inclusão que integre membros de todos os partidos políticos com assento no Parlamento Nacional contribuirá para que, em Timor-Leste, se volte a ter estabilidade, concluindo com todo o realismo que se não houver estabilidade, nenhum governo poderá funcionar com eficiência. E até foi mais longe, dizendo-se aberta às opiniões de todos os partidos políticos, e das forças vivas da sociedade civil. Mas naturalmente que reafirmou - mais uma vez! - o direito constitucional de escolher o Primeiro-Ministro e de formar o Governo, e esclareceu que aceita a mensagem traduzida nos resultados das eleições como uma vontade do povo em integrar no governo todos os partidos representados no Parlamento Nacional. Em contrapartida, os da suposta AMP, numa arrogância de absoluto desdém pela vontade popular expressa nas eleições, cozinharam uma liderança do Parlamento Nacional apenas deles e opuseram-se à participação do partido mais votado em qualquer governo, mesmo na eventualidade de o PM ser um independente! E perante a clarividência, humildade e tolerância da Fretilin e o sectarismo da suposta AMP, o Horta meteu as dúvidas constitucionais na gaveta, esqueceu a trapalhada da “solução inclusiva” com que andou a entreter e a entreter-se e convidou o sectário-mor e o maior derrotado para liderar um governo de absoluta exclusão da Fretilin. Com alguns farsantes o crime compensa no muito curto prazo. Mas apenas no muito curto prazo.

Sem democracia nunca há paz!
Por Margarida, Amadora
Conseguirá alguém viver em paz quando é "ajudado" com injecções periódicas da guerra, tem a vizinhança a instilar quotidianamente veneno e calúnia, quando os que, dentro de casa, se dizem arautos da concórdia e da misericórdia - Xanana e Horta! - não aceitam ver beliscado - ao de leve que seja - o seu estatuto de privilegiados exclusivos, únicos portadores da verdade única? Para quê escolhas democráticas quando roubam desavergonhadamente a vitória da Fretilin cujo único “crime” foi não servir os interesses dos poderosos, e particularmente dos gananciosos vizinhos estrangeiros? As eleições apenas servem para homologar a presença nos órgãos de decisão de quem decide de acordo com os "donos do mundo", mesmo tendo-as perdido como perdeu clamorosamente o Xanana? Muito mais que lamentável, tudo isto é um nojo, uma indignação, uma exigência de luta. Bem faz a Fretilin que não se acomoda e vai à luta! Bem fazem todos os seguidores da Fretilin que não calam a sua revolta perante tão descarada usurpação dos seus votos que foram maioritários Nunca em Portugal – pese embora todas os recuos da nossa democracia – roubaram de forma tão acintosa o direito do mais votado formar governo. Formaram-no com minorias Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso entre outros e a de Cavaco teve a mesma percentagem do da Fretilin e teve também os partidos perdedores a exigirem do PR serem eles a formar governo e Mário Soares não cedeu! É simplesmente vergonhoso que a comunidade internacional em geral e Portugal e a ONU em particular se calem, sancionando esta insensata e anti-democrática pouca-vergonha. Isto é um autêntico roubo de mão armada à democracia depois de terem andado mais de um ano - com difamações, calúnias, violência, incêndios e pilhagens - a tentar roubar a honra do único partido Timorense que lutou durante 24 longos e duros anos pela libertação da sua pátria. Como é que querem que sem democracia haja paz? Sem demicracia nunca há paz!

Nao percebo porque todo este alarido...
Por Bernardo Rodrigues, Cascais
Nao percebo porque todo este alarido... Fez-se uma coligaçao que representa a maioria e a coligaçao escolheu um lider... E tudo conforme a Constituiçao... Percebo que ha quem nao goste de perder mas nao vejo aqui qualquer ilegalidade...

A luta é o caminho!
Por João Lopes, Samora Correia
«A FRETILIN rejeita totalmente este governo e vai continuar a combater no sentido de não cooperar com este governo inconstitucional, um governo que não serve para nada, um governo que viola a Constituição da República Democrática de Timor-Leste», explicou Lu-Olo e prometeu ainda a abertura da «frente de luta» da FRETILIN «por vias legais» nomeadamente através de acções no parlamento. «Temos 21 cadeiras com mais alguns aliados e vamos combater dentro do próprio parlamento e depois vamos abrir mais outras frentes de luta através de manifestações nos distritos, aqui mesmo em Díli». Tal como os deslocados que não têm nada a perder porque já lhes tiraram tudo, então por que não lutar? Vamos, à luta amigos da Fretilin!

Tem toda a razão o Lu-Olo
Por João Lopes, Samora Correia
Como diz o Lu-Olo «Timor-Leste abriu um precedente muito grave de violação flagrante da Constituição de forma que Timor-Leste está dividido. Antes, defendíamos a unidade nacional e do país e a nossa soberania. Com esta decisão do presidente Horta, ele violou a Constituição e o país está dividido» E é indecente que tenham sido os PR’s da mais jovem democracia do mundo que tenham aberto esses graves precedentes de violação da Constituição e de usurpação do direito ao partido mais votado, a Fretilin, para formar governo. E é imoral que a comunidade internacional sancione estas manobras do seu vizinho ganancioso para dividir o povo e assim com mais facilidade deitar mãos às riquezas naturais – ao petróleo e ao gás – do mar de Timor. Como explicou Lu-Olo «A FRETILIN rejeita totalmente este governo e vai continuar a combater no sentido de não cooperar com este governo inconstitucional, um governo que não serve para nada, um governo que viola a Constituição da República Democrática de Timor-Leste”. E fazem eles muitíssimo bem!

onde chega a desonestidade
Por Anónimo, NY
o primeiro governo que apoiar esta decisao, deve levar com uma tomada de posicao das oposicoes, sempre pensei que o Ramos Horta, tivesse um pouco de honestidade, do Xanana nada se esperava foi sempre um vendido e oprtunista, resta uma coisa a FRETILIN, nao por os pes na assembleia e desmascarar tudo junto do povo, por mim TIMOR fa era, que me desculpe o povo.

Contra os ladrões da democracia
Por João Lopes, Samora Correia
Como dizem os deslocados: Os «objectivos» da AMP são como «salvar os autonomistas, pisar o povo maubere, sobretudo o mais miúdo, alcançar uma nação capitalista e dar liberdade aos autores da crise» «O filho do povo maubere precisa de um primeiro-ministro e não de uma pessoa choramingas como o irmão grande Xis» «Os traidores não merecem governar» Abaixo todos os choramingas de lágrimas de crocodilo! Viva o Povo de Timor-Leste! Abaixo a roubalheira que fizeram ao povo de Timor-Leste e a todos os eleitores Timorenses e em particular aos seguidores da Fretilin. E o meu abraço solidário a todos os Timorenses que justamente e sentidamente se sentem usurpados dos seus direitos pelos presidentes, o anterior e o actual que assim mostram não merecerem do seu povo e se comportam como ladrões da democracia da sua terra..

Horta de Xanana!
Por manelovski, figueira da foz
Timor parece uma Horta de Xanana! O homem pensa que é dono do povo de Timor! Se o povo vota na Fretilin, Xanana entende que não o devia ter feito, e por isso diz que ele é que tem de ser 1º Ministro! Sai muito mal na fotografia o Ramos Horta que andava com uma figura de cristo na camisola a fazer campamha eleitoral e Xanana que mostra a sua subserviência à igreja católica!.Timor de mal a pior!

Eu...
Por Camões, Portugal a ressuscitar
É isso, o Dr. Marques Mendes terá de ser Vice-primeiro ministro, com o mesmo estatuto do Dr. Manuel Alegre.

Evidentemente.
Por José António Gonçalves - Melgaço, Melgaço
Evidentemente. Os três estão de acordo (o Bispo, Xanana e Ramos Horta), a democracia é demasiado importante para ser entregue a um Povo ainda jovem que não a saberia apreciar (que me desculpe, lá onde estiver, Gerge B. Shaw, pela apropriação indevida da sua célebre frase). Lamentável é que Xanana, não saiba perder, e que desbarate desta forma os cré- ditos de uma vida inteira de luta pela liberdade.

triste
Por Silva, alverca
Mais uma vez, através de golpes de bastidores, os dois homens mais compremetidos e vendidos ao capital estrangeiro nomeadamente à Austrália, Ramos Horta e Xanana Gusmão, dividem entre si o poder. É triste ver como a democracia é violentada e o desrespeito pelo voto popular (base da democracia) é praticado e apadrinhado.

Traidor uma vez, traidor sempre!
Por Margarida, Amadora
As eleições legislativas serviram para o povo escolher os 65 deputados do Parlamento Nacional e simultaneamente revelaram o peso proporcional dos vários partidos e a preferência para a indicação do primeiro-ministro e para a formação do governo. E sem margem de dúvidas foi a Fretilin que o povo escolheu e que interpretando o verdadeiro sentido da votação propôs um Governo de Grande Inclusão onde todos os partidos estivessem presentes. Ramos-Horta fechou os olhos e os ouvidos à escolha do povo e e à proposta da Fretilin e persistiu no erro colossal de pôr como primeiro-ministro o maior derrotado das eleições, o Xanana e os seus aliados os pró-integracionistas, os colaboradores dos militares indonésios nos massacres que desde 1975 levaram a morte e a destruição à sua terra e ao seu povo. É uma decisão ao arrepio da Constituição, das leis, da democracia e do bom-senso e que vai certamente provocar mais frustrações, mais instabilidade, mais discórdia e mais violência. Muito mal andou o Xanana e o Ramos-Horta. Traidor uma vez, traidor sempre!

Faço minhas as palavras dos deslocados
Por Luis Simoes, Almada
Faço minhas as palavras dos deslocados dos campos de Díli: «Xanana é revolucionário, mas com cérebro de John Howard e G.W.Bush», «Stop!!! Konsep Perang» «Deputado Xanana tem que responsabilizar-se pela crise entre "lorosae" e "loromonu"» «Os traidores não merecem governar» «Queremos justiça para os autores dos crimes de 2006» «Não concordamos que o Presidente da República inclua Xanana Gusmão como primeiro-ministro» «Os deslocados não têm dignidade a viver debaixo de um toldo no seu próprio país». "CNRT = Conselho Nacional da Revolta do Traidor» «CNRT = Conselho Nacional da Recolha do Traidor» «Traidor uma vez, traidor sempre» Os «objectivos» da AMP são como «salvar os autonomistas, pisar o povo maubere, sobretudo o mais miúdo, alcançar uma nação capitalista e dar liberdade aos autores da crise» «O filho do povo maubere precisa de um primeiro-ministro e não de uma pessoa choramingas como o irmão grande Xis»

O PR da RDTL premiou a intransigência e o golpismo
Por Margarida, Amadora
O PR da RDTL premiou a intransigência e o golpismo do Xanana e dos seus aliados, que perderam as eleições mas são por ele levados ao colo para o governo. É um desrespeito da vontade e das expectativas do eleitorado que pretendia um governo de inclusão e nunca de exclusão. É uma usurpação do poder por quem perdeu as eleições e que os timorenses devem combater pois apenas com a reposição dos direitos constitucionais e das leis da República pode haver estabilidade e paz. Abaixo todos os golpes de Estado! A luta continua!

O preço da honestidade !
Por B. Vieira dos Santos , Barreiro
Desde sempre que li e ouvi referir que o Ex-primeiro Ministro Mário Alkatini (FRETILIN) dirigiu o Pais, colocando os interesses de Timor e do seu Povo como estandarte da sua postura política. Ainda não consegui vislumbrar em qualquer opinião séria que aquele Homem tenha defendido interesses estrangeiros. Então, provoca-se toda a instabilidade conhecida mas como é necessário dar ar de respeitar a democracia, marcam-se eleições. Faz-se tudo para dividir, amedrontar etc. e conseguem, evitando que a Fretilin obtenha a maioria. No entanto é ainda o partido mais votado. Então juntam-se todos sob a batuta do grande héroi e formam uma coligação de todos os partidos e vão formar governo ? Então o partido mais votado já não conta para nada ? Estou solidário com o Povo de Timor. Mas não estou com aquela camarilha que quer governar a qualquer preço.

Timor
Por jose lessa, Vila do Conde
Será desta que Timor vai em frente? Não me parece, infelismente. Lá como cá, os interesses de meia dúzia sobrepoem-se aos interesses do povo. Lamento, pelo pobre povo de Timor.

Artigo 106.º da Constituição de Timor Lorosae
Por Cláudio Silva, Lisboa
É típico comentar sem ler as notícias na sua totalidade. Pior que não ler é não compreender. A Constituição timorense prevê também um governo com base numa maioria parlamentar mesmo que nessa maioria não esteja o partido mais votado (que neste caso estaria sempre em minoria no Parlamento). Constituição de Timor-Leste. Artigo 106.º 1. «O Primeiro-Ministro é indigitado pelo partido mais votado ou pela aliança de partidos com maioria parlamentar e nomeado pelo Presidente da República»

De cavalo para burro?
Por António João Neves Martins Alvito, Seixal
Normalmente a tendência é a progressão. Em democracia a presidência da República é o topo máximo da hierarquia política. Quando um cidadão aí chega não há outra posição política que possa vir a ocupar que o dignifique. Tudo o que faça politicamente, salvo muito raras excepções, só serve para ofuscar o "status" conseguido. Cada povo tem os seus usos e costumes, mas Xanana Gusmão, afigura-se-me que está a subaltenizar-se!

Finalmente...
Por D. Ximenes Belo, Díli
Finalmente, Xananá-Gusmão está no seu devido lugar! E também Ramos-Horta. Que grande noticia!!!

Mais uma vitoria de Ramos Horta, para a ditadura
Por MJ, Lisboa
Não compreendo como é que o partido como maior número de votos (Fretilin) fica de fora, é sem duvido mais um vitoria de Ramos Horta em direcção ao seu objectiva, criar uma diatadura em Timor.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1301495&showComment=1

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - MENSAGEM À NAÇÃO

Quero começar por felicitar o novo Presidente do Parlamento Nacional, eleito na passada segunda-feira por uma maioria clara. A eleição de Fernando de Araújo Lasama, para cargo tão importante, o 2º na hierarquia do Estado, é hoje tanto mais importante pelo simbolismo que carrega a transferência de poder de uma geração a outra. Muito se tem dito que a geração que iniciou o grande projecto de luta pela independência, que culminou no acto referendário de 30 de Agosto de 1999 - falo, claro, da geração de 70 - deveria passar as rédeas do poder e da governação à nova geração.

Fernando Lasama, foi estudante e prisioneiro de consciência durante o tempo da ocupação, e faz parte dessa nova geração que muito contribuiu para que hoje, a pátria, seja de todos nós e livre.

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Muitos deputados eleitos para a nova legislatura fazem parte da geração de Fernando Lasama, saúdo também, e em particular, os ex-combatentes das Falintil e os antigos presos políticos vítimas de tortura. Saúdo igualmente as mulheres eleitas ao novo Parlamento, que no seu conjunto, compõem 30% dessa Câmara.

Aproveito para manifestar o meu reconhecimento público a Francisco Guterres “Lu Olo” pelo seu contributo inestimável na construção do Nosso Parlamento Nacional: criou as bases sólidas para que a tarefa da nova geração seja agora mais fácil.

A Constituição atribui ao Presidente da República competência exclusiva para nomear e empossar o Primeiro-Ministro, indigitado pelo partido ou aliança dos partidos com maioria parlamentar, ouvidos os partidos políticos representados no Parlamento Nacional.

Enquanto os deputados são eleitos directamente, e tomam lugar no Parlamento Nacional de acordo com o método proporcional, a constituição do governo fica dependente, em definitivo, da arbitragem do Presidente da República.

Existe uma dupla responsabilidade política do Governo que responde perante o Presidente da República e o Parlamento Nacional, pela condução e execução da política interna e externa, nos termos da Constituição e da lei”.

A Constituição, comanda a formação do Governo, obedecendo à vontade do povo através de duas formas: o Presidente nomeia o Governo, mas este só governa se os deputados aprovarem o programa apresentado ao Parlamento Nacional.

Mas a Constituição condiciona o exercício dessa competência exclusiva.

§ A Constituição dá duas alternativas: o Presidente da República deve nomear o Primeiro-Ministro indigitado pelo partido mais votado ou pela aliança de partidos com maioria parlamentar.

§ E manda o Presidente da República efectuar consultas com os partidos políticos representados no Parlamento Nacional e interpretar os sinais da vontade do povo, expressa nos resultados eleitorais, para determinar a fórmula governativa que ofereça mais garantias de estabilidade governamental.

Das eleições legislativas de 30 de Junho de 2007, resultou a eleição de 9 partidos (4 dos quais se apresentaram coligados à eleição).

A Fretilin foi o partido mais votado, tendo elegido 21 deputados.

Uma aliança de 4 partidos (CNRT, PSD/ASDT e PD) representando a maioria dos deputados eleitos (37 deputados) foi tornada pública, alguns dias depois do anúncio dos resultados.

Dado o resultado eleitoral, que revelou uma profunda dispersão do sentido de voto dos timorenses, sem que nenhum partido tenha tido uma maioria absoluta ou maioria confortável, e, dada a situação ainda frágil que o País atravessa, o Presidente da República, vem auscultando, incessantemente, os Partidos Políticos, e realizando inúmeros esforços para encontrar a solução mais harmoniosa.

Neste quadro, de complexidade, entendi que o meu dever era o de promover o diálogo para se procurar uma solução o mais abrangente possível, representativa de todos, e em que todos os timorenses se sentissem representados.

Este esforço de diálogo decorreu em condições adversas, já que era necessário ultrapassar animosidades e dificuldades, também de entendimento, acumuladas ao longo de anos, em especial, após a independência, agora reavivadas no ambiente de liberdade em que foi disputada a recente campanha eleitoral.

Foram exploradas todas as vias que permitiriam um mais largo consenso, em suporte, de um Governo de inclusão. Não foi todavia possível conseguir obter uma convergência de vontades que conjugasse ou co-responsabilizasse, na governação, todos os grandes partidos timorenses, e que pudesse beneficiar da experiência governativa dos últimos anos.

Entretanto, a eleição realizada para o lugar de Presidente do Parlamento Nacional, foi também um teste, e a maioria que se formou nessa eleição, tem também de ser considerada como elemento orientador da escolha do Presidente da República sobre quem deva chamar para formar Governo e apresentar programa que o Parlamento nacional julgará. Este teste foi assumido publicamente pelos dois grupos que aspiravam a formar governo.

Não estamos em tempo, nem em ocasião, de repetir eleições, que aliás a Constituição proíbe.

O Governo tem de emanar do Parlamento que é representante da vontade do Povo. É o Parlamento que viabiliza o programa do governo, aprova o orçamento, e, para ser governo, os partidos devem demonstrar capacidade de diálogo e negociação de modo a poderem assegurar uma maioria parlamentar que sustente as suas opções, a qual é condição sine qua non para a estabilidade.

As maiorias e minorias estão no Parlamento, e não nas ruas, porque o povo delegou nos deputados poderes para o representar.

A Constituição obriga o Presidente a ouvir os partidos representados no Parlamento Nacional, e é precisamente nesta medida que é importante que o Presidente da República ausculte os sentimentos de cada bancada sobre a viabilidade de uma opção ou de outra.


Seria imprudente que o Presidente da República, depois de durante várias semanas auscultar os partidos, decidisse em contrário àquilo que é o sentimento geral dentro do Parlamento Nacional, único órgão com poderes para viabilizar o governo.

Durante várias semanas, os dirigentes dos Partidos Políticos fizeram o diálogo, negociaram, fizeram lobby: praticas normais em qualquer democracia. E foram os Partidos que foram pedindo mais tempo para concluir esse diálogo.

Maioria e minoria fazem parte da vida democrática. Para cumprir cabalmente a sua função, é tão importante uma maioria que suporte a acção do Governo e defina as grandes opções da governação, como, considerando os poderes de fiscalização do Parlamento Nacional, uma oposição atenta e crítica, que assegure as competências de fiscalização da acção governativa. E é importante para a nossa democracia contar com um partido forte na oposição.

Ao longo da campanha eleitoral, foi sublinhado, tanto a importância de um governo aberto e inclusivo, quer a importância da valorização do papel da oposição. Isto mesmo foi acordado por todos os partidos políticos, que, além de se comprometerem a aceitar os resultados eleitorais, também reafirmaram a inclusão como princípio fundamental e básico da governação, e reconheceram o papel principal protagonizado pela oposição no Parlamento.

Perante o povo e perante o Presidente da República, o chefe do Governo está ao mesmo nível que o chefe da oposição, embora com diferentes responsabilidades.

A “Aliança da Maioria Parlamentar”, que elegeu agora o Presidente do Parlamento Nacional, com 41 votos, congrega esse apoio maior, ou está em condições de o demonstrar. Por isso, decidi convidar a aliança a formar Governo.


E decidi chamar a aliança a formar Governo, por representar, neste momento, a opinião política da maioria, mas isso não significa que possa governar ignorando o anterior partido no poder, a sua governação finda, ou as suas políticas. Terá de respeitar toda a oposição e os seus diferentes pontos de vista que igualmente fazem parte daquilo que o povo quer.

Este governo vai inaugurar uma nova fase da nossa democracia, e acredito que todos os seus membros irão dar o seu melhor. Têm a minha total confiança e podem contar com a maior solidariedade institucional da Presidência da Republica.

O bem comum do povo de Timor-leste exige que sejamos tolerantes, que reconheçamos igual dignidade ao Governo e à oposição, através de responsabilidades diferenciadas. O julgamento fá-lo-á o povo nas próximas eleições, garantindo a alternância democrática no quadro de uma democracia plural.

Neste início de uma nova legislatura devo uma nota de apreço àqueles que tem governado e tomado ate aqui, conta da vida pública segundo o interesse geral, segundo as aspirações comuns dos timorenses, por entre erros e acertos, naturalmente, empenhando a sua vida ao serviço das comunidades, de todos e para todos.

Em primeiro lugar, aos membros do 1º Governo Constitucional, e em particular, ao Dr. Mari Alkatiri, 1º Primeiro-Ministro eleito de Timor-Leste que lançou os alicerces do Estado de Direito Democrático: durante o seu governo foram criadas as infra-estruturas e o edifício legislativo que permitiram o nascimento das instituições timorenses.


O 2º Governo, ao qual presidi, e o 3º Governo, presidido pelo Eng. Estanislau, nascidos da crise que se instalou em Timor-Leste tiveram por missão fundamental conduzir o país até às eleições. Quero também, manifestar, o meu apreço a todos os seus membros. Uma palavra especial, para agradecer todo o apoio que me foi dado pelo Primeiro-Ministro cessante, Eng. Estanislau da Silva e pelo Dr. Rui Araújo, Vice Primeiro-Ministro, destes dois governos.

Gostaria também de felicitar todos os partidos políticos, que sem atrasos, aceitaram os resultados eleitorais, e com maturidade, participaram no diálogo promovido pelo Presidente da República com vista a encontrar uma solução de governação.

Felicitar, em particular, os líderes da FRETILIN, com quem ainda ontem estive reunido. Encontrei no Secretário-Geral da FRETILIN, serenidade e sentido de Estado na decisão de assumir o seu lugar no Parlamento Nacional, como partido principal da oposição, contribuindo assim para o reforço da democracia.

Na sequência de várias conversas e consultas, o Presidente da República recomenda que ao Líder da oposição seja reconhecido Estatuto Oficial, correspondente a nível de Ministro, e que lhe seja atribuído na hierarquia do Estado, precedência logo a seguir ao Primeiro-Ministro.

O líder da oposição vai ser convidado a participar nas reuniões do Comité de Coordenação de Alto Nível. E o Presidente da República, tenciona convidar o líder da oposição para integrar a sua delegação em algumas visitas ao Estrangeiro. Será também convidado a chefiar delegações timorenses em conferências internacionais reconhecendo-lhe assim o Estatuto a que tem direito.

Mas é claro também, que todas estas chamadas que faço desde já, pontuam os temas principais de um programa político nacional que quero, que queremos todos, ver realizado no maior dos êxitos e entusiasmos.

Em primeiro lugar, são as instituições políticas nacionais que hão-de ter a responsabilidade e o dever de melhorar as condições de vida, a administração e o governo timorenses, tendo por horizonte a esperança no futuro, a crença na unidade e o respeito das gerações.

A nossa nação enfrenta muitos desafios, não sendo possível apontar uma prioridade mais importante, uma vez que existem muitas prioridades que necessitam de resposta.

No entanto, entre as prioridades das prioridades posso identificar a Revisão e Reforma do Sector da Segurança. A minha presidência, em total parceria com o novo Governo, procurará reformas prudentes nas áreas da Defesa e Segurança para que em conjunto, possam melhor servir o nosso povo.

Defini-me a mim próprio como o Presidente dos Pobres, e tenciono ser um sério defensor da causa dos pobres. Vou estabelecer uma Equipa (Task-Force) Presidencial, co-presidida por mim e pelo Primeiro-Ministro, que incluirá membros da sociedade civil, ONG’s e a Igreja Católica.

A transparência deverá sempre acompanhar qualquer reforma da administração pública. Tenciono propor a nomeação de uma Alta Autoridade para a Boa Governação, que liderará a luta pela governação transparente com parceiros dos sectores público e privado.

A participação da Juventude na vida pública é também fundamental para consolidar a nossa democracia, neste contexto, a criação de um Parlamento de Jovens seria um ponto de partida para a inclusão dos jovens na vida democrática.

É afinal este apelo a uma vida de pacifica harmonia, de dar voz a todas as vozes, de debate colectivo e inteligente dos projectos presentes e futuros, de pensamento de um destino no mundo para o povo timorense, ilustre, e respeitado, é este apelo que faço aqui, no Parlamento Nacional, para contribuir para fortalecer um País senhor de si, confortável na sua pele, na escolha de concretos empreendimentos que mereçam ser vividos pelos nossos filhos e netos e netos dos netos, hoje e sempre, viva a nossa Pátria.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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