segunda-feira, dezembro 04, 2006

Ex-PM Mari Alkatiri regressou a casa pronto para a luta política

Díli, 04 Dez (Lusa) - O antigo primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri regressou hoje a Díli, após uma ausência de cerca de um mês em Portugal e Moçambique, para exames médicos e contactos políticos, respectivamente.

Recebido em festa no aeroporto por dirigentes e simpatizantes da FRETILIN, Mari Alkatiri seguiu depois para a sede do partido, de que é secretário-geral, onde deu uma conferência de imprensa e festejou com os presentes o seu 57º aniversário natalício, que se assinala a 26 de Novembro.

Embora ausente do país, Mari Alkatiri manifestou-se informado sobre a situação em Timor-Leste e criticou a metodologia utilizada numa iniciativa de diálogo patrocinada pelo Presidente da República, Xanana Gusmão, para a qual, aliás , disse não ter sido convidado.

"Sei que na minha ausência houve esforços para um Diálogo Nacional, mas quando vi a lista dos participantes fiquei preocupado com a participação de tantas pessoas", afirmou.

A iniciativa, dirigida aos mais altos dirigentes políticos e titulares de órgãos de soberania, forças armadas e polícia, teve, segundo Alkatiri, "um leque demasiado alargado de pessoas".

"Só faltou fazerem um comício do campo da bola", comentou, desvalorizan do a iniciativa.

Mari Alkatiri lamentou, por outro lado, que persistam os campos de deslocados espalhados pela capital e, sem nomear quem quer que fosse, manifestou-se preocupado com a impunidade que grassa em Timor-Leste.

"Parece que neste país só quem cumpre com a lei é que é perseguido, por que quem não cumpre, a lei não o persegue", sublinhou.

Quanto ao seu futuro político, Mari Alkatiri disse que vai reunir-se com os seus camaradas de partido, mas escusou-se a comentar os textos publicados na imprensa ao longo de um mês por Xanana Gusmão, em que ele e a FRETILIN são duramente criticados.

"Se reagíssemos, deixaríamos de ser um partido revolucionário e passaríamos a ser reaccionários", limitou-se a dizer.

"Fundamentalmente vamos discutir a nossa estratégia eleitoral, o nosso compromisso com este povo, e escolher o nosso candidato para as presidenciais e o candidato a primeiro-ministro", acrescentou.

Relativamente à violência que continua a registar-se no país, Alkatiri considerou que já não há motivação política na sua génese.

"É falta de autoridade", frisou.

Primeiro chefe de governo timorense, depois da restauração da independência, a 20 de Maio de 2002, Alkatiri demitiu-se do cargo a 26 de Junho, em plena crise político-militar.

A demissão de Mari Alkatiri ocorreu 24 horas depois de ter sido ouvido pela segunda vez no Ministério Público sobre o seu alegado envolvimento na distribuição de armas a civis.

Mari Alkatiri, que prestou declarações pela primeira vez no Ministério Público a 20 de Julho, foi constituído arguido no mesmo processo em que figura o seu então ministro do Interior Rogério Tiago Lobato, que já começou a ser julgado.

Em causa está a alegada distribuição de armas a civis denunciada por Vicente da Conceição "Railos", antigo comandante da guerrilha contra a ocupação indonésia, que figura no processo ora como arguido ora como testemunha.

Mari Alkatiri foi acusado por "Railos" de ter ordenado a Rogério Lobato que procedesse à distribuição de armas para a eliminação de adversários políticos, dentro e fora da FRETILIN, partido maioritário em Timor-Leste.

Alkatiri tem repetidamente negado as acusações, insistindo ao mesmo tempo na rápida resolução da investigação em curso.

O seu nome foi referenciado no recente relatório elaborado por uma comissão das Nações Unidas sobre os factos e as circunstâncias da violência registada em Timor-Leste em Abril e Maio.

Nesse relatório, divulgado a 17 de Outubro, a comissão, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, recomenda uma investigação adicional para determinar se o ex-primeiro-ministro deve ou não ser responsabilizado criminalmente pela distribuição de armas.

No relatório, a comissão da ONU adianta que não foram encontradas provas que sustentassem uma recomendação para que Alkatiri seja acusado de "envolvimento pessoal" na distribuição, posse ou utilização ilegal de armas.

Contudo, a comissão da ONU adianta ter recebido informações que "levam à suspeita" de que Alkatiri sabia da distribuição ilegal de armas da polícia pelo seu ex-ministro do Interior.

EL-Lusa/Fim
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Deputados portugueses efectuam visita de trabalho

Díli, 04 Dez (Lusa) - Uma delegação de seis deputados portugueses inicia terça-feira uma visita de trabalho de três dias a Timor-Leste, anunciou hoje a Embaixada de Portugal em Díli.

A delegação da Assembleia da República (AR) é presidida por José Luís Arnaut (PSD) e integra os deputados Renato Leal (PS), Abílio Fernandes (PCP), Hélder Fernandes (CDS-PP) e João Semedo (BE).

Do programa da visita constam encontros com o Presidente da República, Xanana Gusmão, com o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo", e com o primeiro-ministro, José Ramos-Horta.

O primeiro dia da visita contempla ainda uma cerimónia de boas-vindas em sessão plenária do Parlamento Nacional e um encontro com o bispo de Díli, D. Alberto Ricardo da Silva.

Quarta-feira, após um encontro com os líderes das 11 bancadas parlamentares timorenses, os deputados portugueses visitam a Escola Portuguesa de Díli, serão recebidos pelo bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, e visitarão o quartel da GNR.

Da parte da tarde, têm previsto um encontro com o representante especial do secretário-geral da ONU em exercício, Finn Reske-Nielsen, e um encontro na Universidade Nacional de Timor LoroSae.

A partida de Timor-Leste está marcada para quinta-feira.

Os parlamentos de Portugal e de Timor-Leste mantêm relações de cooperação desde Novembro de 2000.

Em Fevereiro de 2004 - por ocasião da visita oficial que o então presidente da AR, João Bosco Mota Amaral, efectuou a Timor-Leste -, foi assinado um protocolo que regulamenta o apoio da Assembleia da República ao Parlamento Naciona l, que vai da assessoria jurídica ao reforço da capacitação técnica e científica dos deputados e funcionários parlamentares timorenses.

EL-Lusa/Fim
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Segunda vítima mortal em confrontos num bairro de Díli

Díli, 04 Dez (Lusa) - Os confrontos que desde domingo opõem dois grupos de artes marciais rivais no bairro de Taibessi, em Díli, provocaram hoje um segundo morto e mais dois feridos, disse à Lusa o director do Hospital Guido Valadares.

Segundo António Caleres, durante a tarde de hoje (hora local), deu entrada no hospital uma vítima mortal, com ferimentos resultantes de catanadas, e mais dois feridos.

Nos confrontos iniciados domingo à noite entre membros dos grupos de artes marciais "Sete Sete" e PSHT, uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas , mas residentes no local admitiram à Lusa a possibilidade de haver mais de 20 f eridos.

Por serem "loromonu" (naturais dos distritos ocidentais do país), muitos feridos recusam receber tratamento no Hospital Nacional Guido Valadares por recearem represálias dos cerca de 4 mil deslocados, maioritariamente "lorosae" (provenientes da parte oriental de Timor-Leste), que se encontram deslocados no interior daquela unidade de saúde.

EL-Lusa/Fim
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Refugees of East Timor Demand Compensation

TempoInteractive

Monday, 04 December, 2006 16:07 WIB

TEMPO Interactive, Kupang: Refugees of East Timor who are living in the East Nusa Tenggara region have demonstrated at the Regional House of Representatives to demand compensation as the government promised.

The assets include homes and plots in East Timor, now Timor Leste—after the1999 referendum. People have also urged that the government be transparent in managing funds of Rp72 billion for the housing of 5,000 refugees' families.

These refugees have considered themselves as victims of Indonesia's political policy, which was disavowed in evacuating refugees of East Timor.

“Up to now, we are still inhabiting the emergency huts. We sleep on the ground and we eat whatever food we found. We are neglected. All relief aid is stopped,” said Sartino da Silva, one of the refugees that settled in the Noelbaki Village, Kupang Regency.

Jems De Fortuna
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Austrália: Trabalhistas elegem novo líder

Camberra, 04 Dez (Lusa) - Os trabalhistas australianos, na oposição, têm a partir de hoje um novo líder, Kevin Rudd, em quem depositam a esperança de conseguir em 2007 pôr fim a mais de dez anos de governação conservadora.

Ruud, 49 anos, ganhou a disputa pela liderança a Kim Beazley, actual chefe dos trabalhistas, com 49 por cento dos votos contra 39 por cento do seu rival, numa eleição efectuada hoje, no final do congresso do principal partido da oposição.

No discurso da vitória, Kevin Rudd apelou à unidade e ao empenho dos militantes do partido para conseguir derrotar os conservadores nas eleições legislativas do próximo ano.

Rudd, do estado de Queensland, era até agora porta-voz da oposição para os Negócios Estrangeiros.

Membro do parlamento australiano há apenas oito anos, Kevin Rudd formou-se em História e Língua Estrangeira pela Universidade Nacional Australiana/ANU e é ex-diplomata, tendo desempenhado funções diplomáticas na Suécia e na China.

Demonstra grande interesse pela China, fala mandarim e esteve recentemente em Pequim em conversações com altos funcionários do governo chinês.

Esta é a quinta vez que o Partido Trabalhista troca de liderança, desde que perdeu o poder para a coligação conservadora de John Howard em 1996.

As sondagens referem que os trabalhistas formariam governo se as eleições se realizassem agora.

BW/JPA-Lusa/Fim
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Street gangs running riot in E Timor

The Australian

Source: AAP

From correspondents in Dili
December 04, 2006

RIVAL martial arts gangs staged rolling battles across East Timor's capital today after weekend violence that reportedly saw a man hacked to death, and others critically injured.

In the latest unrest to hit Dili scores of young men armed with pistols, metal bars and arrows faced off today in various suburbs of the city.

The clashes follow similar violence overnight which left two men in a critical condition in hospital, paramedic Nelson da Silva Carmo said.

Maria Goncalves, 42, said her 27-year-old brother, Eugino, died after having his ears slashed off and tongue cut out.

"I do not accept my brother being slaughtered like an animal," Mr Goncalves said.

"I urge the police to arrest those responsible."

The worst violence happened overnight in Dili's Taibesse district when members of the gang Perguruan Silat Setia Hati, known as Setia hatia, clashed with the rival 77 faction.

The groups, which have thousands of members and an arsenal of conventional and traditional weapons, regularly fight.

Their weekend battles spilled over into today, affecting several suburbs in the centre of Dili.

By late this afternoon, unidentified members of Setia Hati, armed with machetes, were stopping and searching minibuses for members of the 77 faction.

A youth in Dili hospital with knife slashes said he was injured after being dragged off such a bus on the main road to Dili's airport.

Former Prime Minister Mari Alkatiri returned to East Timor and the mayhem in the capital this afternoon after seeking medical treatment abroad.

Mr Alkatiri was permitted to seek treatment overseas after promising he would return to face further investigation over claims he authorised the arming of a hit squad tasked with eliminating his political rivals as East Timor descended into violence earlier this year.

Mr Alkatiri vehemently denies involvement.

He is listed as a secondary prosecution witness in the trial of East Timor's former interior minister Rogerio Lobato for allegedly arming the political hit squad.

Mr Lobato has previously claimed he was acting on the orders of then-prime minister Mr Alkatiri, who resigned in June after street battles in Dili killed dozens of people.

Mr Lobato's trial will resume on January 9.

Foreign peacekeepers, including a large deployment of Australians, are continuing to work to restore order in East Timor.
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De um leitor

Estas imagens do chamado "seminário" não deixam margem de dúvida que o evento não passou de uma reunião de coordenação e confraternização de conspiradores, criminosos, desertores, cobaias, neo-imperiais, etc...

Provocam-me o sentimento de uma grande tristeza e desilusão com o que actualmente está a passar-se em Timor, e o pessimismo cada vez maior quanto ao seu futuro está começar a respirar em mim.


O PR Timorense, inegavelmente uma das mais merecidas personagens da resistência Timorense logrou devido à luta exemplar e heróica contra a ocupação indonésia um grande respeito de todos, mesmo dos seus inimigos, para um Estado jovem que ia ser construído.
Hoje em dia podemos à maneira das palavras suas recentemente proferidas dizer: "Xanana que deixastes na luta contra a ocupação indonésia já não é mesmo homem, não é o mesmo Xanana".

O Xanana passou para a história.
Sucedeu-lhe um político magoado com o próprio esforço de longos e amargurados anos passados no mato que lhe valeu apenas uma representação algo rematada para a sombra e que só veio a beneficiar os "srs. d`tores" que não sabem nem nunca hão da saber o que é uma vida quase, uma juventude perdida.
Sente-se magoado e não preparado talvez para uma sociedade civil que tinha necessariamente que emergir depois de terminada a luta de guerrilha.

O surgimento da sociedade civil é intrínseco à pluralidade, diversificação, massificação, renovação de recursos humanos e outros fenómenos sociais.

O Presidente parece ter a dificuldade de entender que os tempos mudam. E que cada período do tempo traz consigo novos actores sociais e políticos.
Esquece-se também que esses actores têm que ter aceitação da sociedade em geral para validar a sua acção. E que esta tem que ser positiva e ter em conta interesse geral.
Pensará o PR que aquilo que ele pensa ser melhor para Timor o realmente será?

Como fazer distinção entre o objectivo e os meios utilizados não fossem eles tão arrepiantes e tão desprestigiantes?
Como associar uma sociedade timorense hipoteticamente melhor aos meios com que se tenha alcançado?
Como desassociar o objectivo pretendido da injustiça generalizada na sua consecução?

Aqui é que reside a ruptura do PR com o passado e os valores.
Cortando com tudo isto ela está claramente a demonstrar ruptura de identidade do actual Presidente da República Alexandre Gusmão com o heróico Xanana.

Enganoso é ele crer que pessoas na generalidade ainda o vejam como Xanana. O que se vê é um Presidente da República que em tempos era um mito, uma lenda viva. Nem as lendas duram para sempre.
Espero que o povo de Timor-Leste saiba fazer esta distinção entre imagem e personagem.


É o povo Timorense que sofreu nas mãos de um ocupante durante 25 anos, é esse mesmo povo que teve uma enorme coragem para dizer "sim" no referendo em 1999 e que escolheu o seu Governo e seu Presidente.
É o povo que deve dizer em próximas eleições como quer que seja o seu futuro.

Ignorando-se a vontade popular através da imposição ditatorial e oligárquica de ideias abstractas esvaziadas de interesse colectivo e de princípios e valores supremos só trará futuramente mais problemas que soluções a Timor-Leste, abrindo novas e maiores feridas.

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Dos leitores - tradução da Margarida

Comentário sobre a sua postagem "Brothers in Arms - Palavras para quê?...":

O carro da Caritas. Sendo um Australiano Católico nunca mais quero dar dinheiro a uma organização que permite que os seus veículos e presumidamente os seus colaboradores participem em tais ajuntamentos de criminosos e de amotinados.

Quanto aos Australianos na fotografia, conheço um (o que está a berber água) é ajudante (ou tem um papel assistente similar) do Brigadeiro Rerden, o Comandante da Força da ADF.

Que espectáculo. Que espectáculo miserável.

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Comentário sobre a sua postagem "One dead, 17 hurt in East Timor violence":

Alfredo está por detrás desta violência recente. Não haja dúvidas sobre isto. A violência é praticada por 7-7, um grupo que o apoiou durante os seus ataques contra as F-FDTL em Fatoahi e cujos membros atacaram e queimaram as casas de membros da Fretilin do Parlamento e gente proeminente Lorosae.

Quando o Alfredo veio para Fatoahi em Maio de 2006, disse que era para proteger a sua gente, em e à volta de Culau que é onde opera este grupo. Culau fica por detrás de Taibessi e foi a mesma gente quem queimou o Mercado de Taibessi em 28 de Abril, imediatamente antes de ter irrompido a manifestação dos peticionários.

O grupo é liderado por João Becora ou João Choque, que está na equipa de reconciliação do Presidente e que esteve em Suai para o "seminário".

Alfredo está por detrás desta violência e toda a gente sabe isso.

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Comentário sobre a sua postagem "Fugitives gather at Church-sponsored seminar":

Que grupo bizarro. Os amotinados, os seus apaniguados e os seus mentores! Quem é quem nesta campanha de violência orquestrada que começou em 28 de Abril de 2006 estavam todos lá. Que triste estado de eventos. Em qualquer outro país democrático e soberano o pessoal que cumprisse serviço militar que tivesse participado em tais eventos teria sido repreendido. Em Timor-Leste é quase como se nada se tivesse passado.

O Brigadeiro Rerden continua a dizer "é com o governo". A minha pergunta é qual governo. É óbvio que eles se recusam a agir enquanto não houver uma ordem de Canberra. Que triste estado de eventos.

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Notícias - traduzidas pela Margarida


Confrontos de gangs em Timor-Leste fazem 1 morto

Star-Telegram.com
Domingo, Dec. 03, 2006
Associated Press

DILI, Timor-Leste - Um homem foi despedaçado até à morte e 17 outros ficaram feridos em lutas durante a noite na capital de Timor-Leste, disse na Segunda-feira um funcionário do hospital.

Dois homens estavam em situação crítica no hospital nacional depois de terem sido atacados por membros de um gang rival com catanas e facas, disse o paramédico Nelson da Silva Carmo.

Maria Gonçalves disse que o seu irmão de 27 anos, Eugino, tinha sido mutilado pelos homens que o atacaram fatalmente.

"Não aceito que o meu irmão tenha sido morto como um animal," disse Gonçalves à Associated Press. "Peço à polícia que prenda os responsáveis."

Timor-Leste, que rompeu violentamente com o ocupante Indonésio em 1999, foi mergulhada na crise em Abril e Maio quando o então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri demitiu um terço das forças armadas.
Isso desencadeou tiroteios entre facções da polícia e das forças armadas que mais tarde transbordaram em guerras de gangs, pilhagens e fogos postos, que derrubaram o governo em Junho.

A calma regressou largamente com a chegada de mais de 2,500 tropas estrangeiras e a instalação de um novo governo, mas tem havido casos isolados de violência de rua nos meses recentes.

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Um morto, 17 feridos em violência em Timor-Leste
The Age

Dezembro 4, 2006 - 1:24PM

Um homem foi retalhado até à morte e outras 17 pessoas ficaram feridas em lutes de gangs durante a noite na capital de Timor-Leste, Dili, disse um funcionário do hospital.

Entretanto, dois dos principais gangs de artes marciais estão a lutar nas ruas da cidade, depois de confrontos menores durante o fim-de-semana terem escalado na Segunda-feira de manhã.

Gangs armadas com pedras, espadas, barras de metal e arcos e flechas estão em confrontos no centro de Dili.

A seguir à violência durante a noite, dois homens estão em situação crítica no hospital nacional depois de terem sido atacados por membros de um gang rival armados com catanas e facas, disse o paramédico Nelson da Silva Carmo.

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Fotografias da cerimónia de Sábado em Ainaro

Chegam-nos relatos de que na cerimónia em que esteve presente o PR, em Ainaro, no Sábado passado, em que armas da população foram depositadas numa casa Lulik, apareceu Alfredo Reinado que esteve sentado lado a lado com Xanana Gusmão.

Agradecemos que caso tenham fotografias da cerimónia as enviem para aqui.

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Situação complicada em Taibessi

Continuam os problemas em Taibessi, entre dois grupos. Hoje de manhã e de tarde ouviram-se tiros.

Evitar o local.

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Dos leitores

Comentário sobre a sua postagem "Brothers in Arms - Palavras para quê?...":

Caritas car. As an Australian Catholic I dont want to ever give money to an organization which allows its vehicle and preesumably collaborators to attend such a gathering of criminals and rebels.

As for the Australians in the picture, I know one (drinking water) is adjudant (or a similar assistant role) to Brig Rerden, ADF Task Force Commander.

What a show. What a creep show.



Comentário sobre a sua postagem "One dead, 17 hurt in East Timor violence":

Alfredo is behind this recent violence. No doubt about it. The violence is carried out by 7-7, a group which supported him during his attack on the F-FDTL at fatoahi and whose members attacked and burned the houses of Fretilin members of parliament and prominent Lorosae people.

Whe Alfredo came down to fatoahi in May 2006, he said it was to portect his people, in and around Culau where this group operates. Culau is behind Taibessi and were the same people to have burnt the Taibessi markets in April 28, just before the petitioners demonstration errupted.

The groups are lead by Joao Becora or Joao Choque, who is on the President's reconciliation team and was in Suai for the "seminar".

Alfredo is behind this violence and everyone knows it.

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Resposta a um comentário de leitor

De um leitor:

"A propósito do adiamento do Julgamento do Rogério e a despropósito de outros oportunistas... meter nomes a monte numa lista de testemunhas, com muitas delas fora do local do tribunal...é muito fácil e muito útil para fazer adiar os julgamentos!

São truques velhos... e o Dr. Remédios é especialista em truques…"

NOTA:

O Julgamento foi adiado porque o PGR, Longuinhos Monteiro, reteve o co-arguido na Procuradoria-Geral da República durante a sessão do Julgamento e não porque faltou uma testemunha.

O único especialista em truques aqui foi o PGR nomeado pelo PR...

Hoje no Parlamento Nacional um deputado exigiu a demissão do PGR devido a este abuso.

Mais apostamos que é só mais um atentado ao Estado de Direito sem consequências. Ou não teria sido o PR a nomear Longuinhos Monteiro...
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Brothers in Arms - Palavras para quê?...


O militar em fuga de Timor-Leste Major Alfredo Reinado com dois soldados Australianos não identificados — presumidamente membros da força de estabilização internacional — Australianos e Neo-Zelandeses — fotografados juntos num seminário sobre a “justiça” em Suai a cerca de 175 quilómetros a sul de Dili no Domingo passado.


East Timor military fugitive Major Alfredo Reinardo with two unidentified Australian soldiers — presumably members of the international — Australian and New Zealand — stabilisation force — photographed together at a ‘justice’ seminar at Suai about 175 kilometres south of Dili last Saturday.

Os militares em fuga Major Alfredo Renardo e Vicente “Railos” da Conceição juntos no seminário.
Military fugitives Major Alfredo Reinardo and Vicente “Railos” da Conceicao together at the seminar.

Os guarda-costas armados do Major Alfredo Reinado no seminário patrocinado pela Igreja.

Major Alfredo Reinardo's armed bodyguard at the Church-sponsored seminar.

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Mari Alkatiri chegou hoje a Timor-Leste

Após a sua visita a Portugal por questões de saúde e familiares, Mari Alkatiri regressa a Timor-Leste, como previsto.

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ONU muito preocupada com dezenas de milhar de deslocados


Díli, 04 Dez (Lusa) - A manutenção de cerca de 25 mil deslocados em dez enas de campos de acolhimentos espalhados por Díli, face à iminência do início d a época das chuvas, está a preocupar as Nações Unidas, que receiam uma crise humanitária.

O alerta foi lançado hoje de manhã em Díli numa conferência de imprensa realizada pelo representante especial interino do secretário-geral da ONU, Finn Reske-Nielsen, em que aludiu à possibilidade de se registarem epidemias e casos mortais provocados pela inundação dos campos.

Reske-Nielsen chamou a atenção para quatro dos campos, que em conjunto têm cerca de dois terços dos 25 mil deslocados registados, e que se situam no Aeroporto Internacional, defronte do Porto de Díli, no Hospital Nacional e defronte da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT).

"Se não agirmos depressa corremos o perigo de haver proliferação de doenças e de mortes provocadas por choques eléctricos, resultantes da existência de cabos de transporte de energia", salientou.

Reske-Nielsen acrescentou que "já não se justifica a distribuição de ajuda alimentar, porquanto há comida suficiente e dinheiro suficiente em toda a cidade".

Nesse sentido, anunciou que as agências da ONU vão deixar de distribuir alimentos nos campos, salvo aos idosos, crianças e mulheres.

Este anúncio vem no sentido do que o primeiro-ministro José Ramos-Horta revelou sábado passado num encontro com representantes dos campos de acolhimento, que disse que a partir de 15 de Dezembro termina a ajuda que tem vindo a ser dada aos deslocados.

Há cerca de um mês, Ramos-Horta tinha já anunciado que a distribuição de ajuda alimentar, bem como a distribuição de água e electricidade nos campos terminaria na última semana de Novembro.

Os deslocados continuam renitentes em regressar às suas casas, alegando o clima de insegurança na capital e as notícias de confrontos entre grupos rivais em vários pontos da cidade.

José Gusmão, chefe do campo de deslocados situado no Aeroporto Internacional disse à Lusa que os deslocados daquela área "estão prontos para regressar aos seus distritos de origem", mas lamentou que o governo continue sem lhes gara ntir o necessário transporte para a viagem.

Os deslocados encontram-se nos campos desde Maio em consequência da crise político-militar desencadeada em Abril, e chegaram a totalizar 180 mil pessoas, cerca de 18 por cento da população timorense.

Fora de Díli, continuam registados cerca de 70 mil deslocados.

EL-Lusa/Fim


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NOTA: Que tal prenderem Alfredo Reinado e patrulharem 24 horas por dia os bairros para que os deslocados voltem a casa?!

De um leitor

Comentário sobre a sua postagem "Fugitives gather at Church-sponsored seminar":

What a bizzare bunch. The rebels, their minions and their mentors! Who has been who in this orchestrated violence campaign which began on 28 April 2006 were all there. What a sad sate of events. In any other democratic and sovereign country the serving military personnel who participated in such an event would be reprimanded. In East Timor its almost anyhting goes.

Brig Rerden keeps saying "its up to the government". My question is which government. Its obvious they refuse to move unless there is an order from Canberra. What a sad state of events.

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Um morto e dois feridos confirmados em novo ciclo de violência

Díli, 04 Dez (Lusa) - Pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas nos confrontos registados domingo à noite e hoje de manhã no bairro de Taibessi, em Díli, disse à Lusa o director do Hospital Nacional Guido Valadares.

Segundo António Caleres, a vítima mortal, que não chegou a ser levada ao hospital, morreu domingo à noite em consequência de fogo posto numa loja do mercado de Taibessi, tendo o corpo carbonizado sido encontrado pelos bombeiros.

Os dois feridos, com ferimentos resultantes de catanadas nas costas e no pescoço, foram levados ao hospital por elementos da polícia da ONU (UNPOL), que, reforçada com efectivos militares neo- zelandeses, efectuou hoje de manhã uma operação de busca e perseguição na zona de Taibessi, Bécora e Bemori, em que estiveram envolvidos cerca de 100 elementos.

Os confrontos opuseram elementos de dois grupos de artes marciais rivais, o "Sete Sete" e o PSHT.

Informações não confirmadas apontam para a possível existência de pelo menos mais um morto e de mais de 20 feridos, disseram à Lusa residentes em Taibessi.

O registo destes confrontos foi feito no dia em que a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) fez em conferência de imprensa o ponto da situação de segurança, concluindo que "persistem incidentes esporádicos em Díli e no interior".

Ainda sem informação oficial sobre os incidentes de domingo à noite e hoje de manhã, o representante adjunto do secretário-geral da ONU, Eric Tan, salientou que "dia após dia, a situação está a ficar mais estável".

Na ocasião, o representante especial em funções, Finn Reske- Nielsen, manifestou a preocupação da ONU pela continuidade de cerca de 25 mil deslocados em dezenas de campos de acolhimentos espalhados pela cidade.

EL-Lusa/Fim

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One dead, 17 hurt in East Timor violence

The Age

December 4, 2006 - 1:24PM

A man has been hacked to death and another 17 people injured in overnight gang fighting in East Timor's capital, Dili, a hospital official has said.

Meanwhile, two of the country's main martial arts gangs are fighting in the city's streets, after minor clashes over the weekend escalated on Monday morning.

Gangs armed with rocks, swords, metal bars and bows and arrows are facing off in central Dili.

Following violence overnight, two men are in a critical condition at the national hospital after being attacked by rival gang members armed with machetes and knives, paramedic Nelson da Silva Carmo said.

It is the latest flare up in the tiny nation since unrest earlier this year, triggered by the firing of a third of the army, left 37 dead and drove 55,000 from their homes.
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Gang clashes in East Timor leave 1 dead

Star-Telegram.com
Sun, Dec. 03, 2006
Associated Press

DILI, East Timor - A man was hacked to death and 17 others were injured in overnight gang fighting in East Timor's capital, a hospital official said Monday.

Two men were in critical condition at the national hospital after being attacked by rival gang members with machetes and knives, said paramedic Nelson da Silva Carmo.

Maria Goncalves said her 27-year-old brother, Eugino, had been mutilated by the men who fatally attacked him.

"I do not accept my brother being slaughtered like an animal," Goncalves told The Associated Press. "I urge the police to arrest those responsible."

East Timor, which violently broke from occupier Indonesia in 1999, was plunged into crisis in April and May when then-Prime Minister Mari Alkatiri dismissed a third of the armed forces.
The move sparked gun battles between police and army factions that later spilled into gang warfare, looting and arson, toppling the government in June.

Calm largely returned with the arrival of more than 2,500 foreign peacekeepers and the installation of a new government, but there have been isolated cases of street violence in recent months.

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Comunicados - PM

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER


MEDIA RELEASE

Dili, December 3 2006

$US80 million power project joint venture agreement signed in Timor-Leste

An $US80 million biomass gasification power generation project will now proceed following today’s signing of a joint venture agreement between the Government of Timor-Leste and a Thai company, KYTBW Co. Ltd.

It is the largest foreign investment commitment to date in Timor-Leste – outside of the petroleum sector.

The first 10-megawatt power generation unit is planned to be operational within four or five months. A second 10-megawatt unit to be installed as a reserve generator is hoped to be commissioned within two months of the first being completed.

The Minister for Natural Resources, Minerals and Energy Policy José Teixeira said the next stage of the project, a Power Purchase Agreement, was expected to be signed within a couple of weeks.

“The term of this agreement is 20 years,” Minister Teixeira said, “with an option for extension.”

Mr Teixeira said the Government of Timor-Leste would contribute $US8 million and the Thai company $US72 million. He said it was the largest foreign investment in Timor-Leste to date: “even larger than the investment of Timor Telecom.”

“We are carrying out extensive repair work and upgrades to transmission lines, transformers and other equipment in an effort to ensure Dili has reliable power supplies,” Minister Teixeira said.

“These power units will have ample capacity to relieve generation pressures that Timor-Leste’s electricity supplies are currently experiencing, and together with the other critical work I have mentioned, I am looking forward to a more reliable power supply for the city.”

Mr Chainarong Leumsri, project manager for the biomass project, said his company would work with the Ministry to see whether there was anything that could be done immediately to ease the current pressures on Dili’s power supplies.

“Electricity supplies are a mix of complicated and interdependent technologies and we are honored to have been chosen to supply the generation units,” he said.

The agreement was signed at the offices of the Prime Minister in the Palacio do Governo.

“This project will generate cleaner and cheaper power for the people of Timor-Leste,” Prime Minister Dr José Ramos-Horta said.

“And as power supplies stabilize and are totally reliable it will result in more employment for Timorese. Investors need guaranteed and reliable power supplies before they will commit to projects.”

The power project will be run by EGET – Energy Generating Enterprise Timor-Leste – a joint venture comprising the Timor-Leste Government and Thai and UK investors.

It is expected power from the new plants will be generated at about half the current cost.
All types of waste – including plastic bottles, coffee waste, wood waste, straw, weeds, rice and corn husks and coconut husks – will be used together with coal in the generation of electricity, making it environmentally friendly.


At least 100,000 families will be serviced by the new power plant and between 100 and 150 people will be employed in the power plants.

Timor-Leste’s Minister of Natural Resources, Minerals and Energy Policy José Teixeira signed the JVA on behalf of the Government and the President and chief executive of KYTBW Prof Dr Yuwat Vuthimedhi, and Vice-President To Maneechoti represented the company.

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DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER


MEDIA RELEASE

Dili, December 4 2006

A remarkable woman plans to expand microcredit across Timor-Leste

A remarkable woman helping the poor of Timor-Leste through a successful microfinance program is working to attract financing to expand her activities to every District in the country, with the exception of Dili.

Helen Todd, who leads the Moris Rasik organisation, told Prime Minister Dr José Ramos-Horta who visited her in Aileu on the weekend that she wanted to expand her program. Currently Moris Rasik operates 13 offices in eight of Timor-Leste’s 13 Districts. It organizes solidarity groups among its clients, disburses credit to individuals with a group guarantee, and encourages voluntary savings.

“Helen Todd is an amazing woman,” Dr Ramos-Horta said today. “She has suffered so much and yet continues to devote her life to our people.”

In 1991 her 19-year-old son Kamal Bamadhai was among the 271 mourners killed by Indonesian troops at the Santa Cruz cemetery massacre.

“At a time when Helen Todd should be living a comfortable life with her husband, Helen Todd chooses to continue to work here with our poor,” Dr Ramos-Horta said.

“She is truly a most remarkable woman and is continuing the legacy of her son.

“The provision of microcredit services is an important contribution towards alleviating poverty and my Government wants more of our poor to have access to these programs.

“The Government is currently evaluating methods to properly support the extension of microcredit services across the country.”

Moris Rasik is based on the Grameen Bank methodology. In 2006 it had grown to 9000 clients and had more than doubled its portfolio. It has by far the largest outreach to poor, rural households in Timor-Leste.

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Confrontos ontem à noite

Por detrás do mercado de Taibessi, confrontos levaram à intervenção da UNPOL e da GNR. Foram encontrados menos dois mortos. Houve feridos com armas de fogo.

Mais cedo, em Vila Verde, um jovem que estava a ser perseguido por outros, entrou numa das casas dos professores de português, tendo um dos professores sido agredido pelos atacantes.

Quando a polícia chegou já tinham todos fugido, incluindo o jovem que estava a ser perseguido.

Os funerais das vítimas realizam-se hoje no cemitério de Santa Cruz pelas 16:00.

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Fugitives gather at Church-sponsored seminar

By John Loizou




Dili, 30 November: Brothers in Arms: East Timor military fugitive Major Alfredo Reinardo with two unidentified Australian soldiers — presumably members of the international — Australian and New Zealand — stabilisation force — photographed together at a ‘justice’ seminar at Suai about 175 kilometres south of Dili last Saturday.

Southeast Asian Times correspondents in East Timor say the two-day seminar that began Friday was organised by Catholic Church’s Peace and Justice Commission, based in Baucau and was funded with support by its agency for overseas aid and development or Caritas.
It’s supposed objective was to discuss ways to seek justice.


Government members, and members of the police and East Timor’s army were invited to attend but did not go.

Labour and Community Minister and Fretilin member Arsenio Bano sent a representative.
The speakers included Major Reinado.

Observers included Reinado’s men, who were armed, fellow fugitive Major Reinado and Vicente “Railos” da Conceicao and members of President Xanana Gusmao’s Commission of National Dialogue and Community Re-insertion.

The Opposition Democratic Party was also well represented.

The Australian commander in East Timor, Brigadier Mal Rerden, was quoted by the State-owned Australian Broadcasting Corporation as saying that Reinado — who has been charged with attempted murder and pocession of arms escaped from Dili jail last August — saying: "That's a matter for the Government.

They have decided that it's appropriate for him to participate in that event because they are looking for ways to develop the dialogue and to bring Reinado back into the justice system."

The commander did not say why the Australian soldiers attended the seminar.

And there has been no explanation from neither the Peace and Justice Commission nor Caritas as to their role in the seminar or what it was supposed to achieve.

Labour and Community Minister Arsenio Bano East Timor’s told Radio Australia that Reinado was being given the chance to surrender without bloodshed.

Asked how much more time the mutineer and deserter would be given he replied: “I’m not very sure, sooner or later, we all need to decide what we need to do with major Reinardo.”

The Southeast Asian Times

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A Not-So-Distant Horror: Mass Violence in East Timor

Annals of the Association of American Geographers - Volume 96, Issue 4, Cover-Dated December 2006
by Joseph Nevins. Ithaca, NY: Cornell University Press, 2005.

Reviewed by Jim Glassman, Department of Geography, University of British Columbia, Vancouver, British Columbia, Canada.

It is unlikely that there is anyone in the field of geography, or, for that matter, the social sciences more generally, who is better positioned to write this book than Joseph Nevins. Nor is there anyone who can more legitimately ask the difficult questions that the book raises specifically, questions regarding the moral responsibility of people in the West for the destruction of life in East Timor. Writing for years under the pseudonym of Matthew Jardine, Nevins traveled back and forth between East Timor and the United States, supporting the struggle for East Timorese independence by bringing information about the plight of Timorese to audiences in the country whose government so decisively backed and supplied the Indonesian occupation.

Building on both the information he gathered through this process and the broader scholarly and journalistic literature, Nevins pieces together an account of East Timor’s occupation, resistance struggle, and liberation, sparing the reader none of the terror that accompanied the final stages of the struggle for independence in 1999. Indeed, A Not-So-Distant Horror refuses to abstract from the human suffering that drew global attention to East Timor in that year, starting not with scholarly chronological sequencing of the events that led to Indonesian occupation but with the author’s trip to East Timor’s ground zero’’ (the razed capital city of Dili) two months after the post-September 1999 referendum violence.

Only after this does Nevins reconstruct an account of what happened and how, and even then the purpose of the narrative is not so much to recount events but to construct a geography of moral responsibility that is mobilized by the jolt one receives from the scenery at ground zero.

In all of this, Nevins clearly means to provoke. How, he asks, can Americans be so sensitized to the destruction of ground zero in New York, the devastating consequences of the attacks of 11 September 2001, yet so oblivious to a ground zero where an equal number of humans perished, only in this case from arms and training originally supplied by governments like the United States? With this question as backdrop, Nevins’s book aims to sensitize.

After taking us to ground zero, Nevins looks at how East Timor got to that point, examining the development of independence struggles under Indonesian occupation (chapter 2), the maneuverings of the major international actors that backed Indonesia (chapter 3), and the run-up to and staging of the referendum on independence, with its tragic aftermath (chapters 4 and 5). Having laid out historically the development of East Timor’s ground zero, Nevins then turns in the remaining chapters to questions regarding the role of the international community in East Timor (chapter 6) and the degree to which various actors responsible for Timorese suffering will (or won’t) be held accountable (chapters 7­9).

Nevins deals early in the book with theoretical issues that ground notions of international responsibility, including conceptions of state sovereignty and its erosion through various transnational processes. This links Nevins’s account to arguments like those of John Agnew, who has insisted on the ‘‘territorially trapped’’ character of social science research that takes the national context as a watertight container. As Nevins puts it, ‘‘territorially trapped’’ accounts ‘‘typically do not give adequate weight to the role of social actors and institutions outside the countries directly involved in an interstate conflict in facilitating, and aiding and abetting or allowing it to unfold or both’’ (p. 17).

But Nevins’s purpose in invoking this literature is not to unpack theoretical issues in critical geopolitics; rather, it is to lay the foundations for his claims about international moral responsibility and the importance of collective memories of violence (e.g., pp. 20­21). Toward this end, Nevins does an especially effective job of foregrounding the callousness and complicity of various U.S. power-brokers. Paul Wolfowitz (today known for his role as George W. Bush’s Undersecretary of Defense, in promoting the current U.S. war in Iraq) is shown to have played an instrumental role, as Reagan’s Ambassador to Indonesia in the 1980s, in selling the Indonesian occupation of East Timor to the U.S. Congress (pp. 45­47). Indeed, even as late as 1999, Wolfowitz was insistent that ‘‘independence for East Timor was simply not a realistic option’’ (p. 115). It is not merely Reagan-Bush officials who are culpable in their unstinting support for Indonesian occupation, however. As Nevins points out, the Clinton administration continued supplying Indonesia with military and economic assistance right through the 1990s, and Clinton comes off as snide and dismissive in his response to questions about this from journalist Alan Nairn (pp. 139­40). In fact, it was not until very late in the day that the Clinton administration began to challenge Indonesia’s referendum violence (pp. 124­125). Moreover, it is not only U.S. officials who have feigned innocence and/or denied culpability, as Nevins shows through his examination of the responses of Australian officials to claims about their own considerable culpability -- Australia having played a major role in backing Indonesia’s occupation from the 1970s up until the post-referendum period (pp. 147­48).

All of this, in many respects, makes for a very compelling case. Nevins is on target in assigning moral responsibility to those who backed Jakarta’s violence. Moreover, he is not simply constructing a high-minded moral accounting system but is concerned about the consequences of our understanding of the East Timor situation for concrete projects of justice specifically, the holding of parties who authored violence responsible and the payment of reparations to East Timor. It is only if our historical memory of the violence in East Timor allows us to see the differing forms of international complicity, he contends, that we can adequately make the case for agendas such as an international human rights tribunals or reparations from countries that backed the violence.

Here, however, it seems to me that if the moral case is compelling, Nevins’s analytical account becomes slightly less so. In fact, one of the rather vexing pieces of the East Timor justice puzzle has been that the current Timorese leadership shows no commitment to demands for either an international human rights tribunal or a serious program of reparations, much to the frustration of international backers of the Timorese independence struggle. Nevins notes this phenomenon in passing (pp. 153­54), and certainly it reflects to a great extent the harsh realities of global power politics. Timorese leaders have some reason to feel that they can realistically expect little from the international community (particularly the U.S. government), and what little they can get is likely to be conditioned on forms of ‘‘good behavior such as forgoing charges against Indonesian military officials or demanding reparations from the United States and Australia. Yet this suggests that such power relations are precisely in need of analysis if we are to understand not only how East Timor has gotten to where it is today but where it is likely to go in the near future.

The moral claims that Timorese can make against various groups directly or indirectly responsible for their suffering are compelling; the likelihood of those claims resulting in the international community redressing Timorese suffering to any great extent is at best questionable.

To no small extent, moreover, the unlikelihood of holding authors of violence responsible or of obtaining significant reparations may have to do not only with the raw power equation of international relations but with the evolving class interests of the new Timorese leadership itself. An analysis of such interests, which Nevins doesn’t undertake, might help us better understand how Clinton was able to shrug off his own responsibility for violence with the following claim, in response to Nairn: I think the right thing to do is to do what the leaders of East Timor said. They want to look forward, and you want to look backward. I’m going to stick with the leaders’’ (p. 140). This claim, however opportunistic, in fact dovetails with Timorese Foreign Minister Jose Ramos- Horta’s assertion that ‘‘We shouldn’t just look to the past.We need to look at the good relations we have with the U.S. in 2001, not our relationship in 1975’’ (p. 153). It also dovetails with Timorese President Xanana Gusmao’s characterization of the Indonesian occupation as the result of a historical mistake which now belongs to history and to the past’’ (p. 154). If the Timorese leadership is itself abandoning the project of social justice for which Nevins so convincingly speaks, perhaps it would be useful to know more about why this is the case.

That having been said, A Not-So-Distant Horror is a very worthwhile book. If it does not fully chart the geopolitical and economic terrain on which Timorese reconstruction is occurring, it nonetheless charts the terrain of a transnational moral geography that can inform struggles over social justice.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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