quarta-feira, dezembro 12, 2007

UNMIT – MEDIA MONITORING - Wednesday, 12 December 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL Summary News

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PM Xanana meets UN Under-Secretary-General (USG): UN focused on the security situation in TL

The United Nations (UN) is focusing on the security situation in Timor-Leste and is asking that the current problems be solved for the sake of people’s freedom.

In a meeting between Prime Minister Xanana Gusmão and the USG Jean Marie Guehenno, Prime Minister Xanana said that the problems of IDPs, security and Alfredo / the petitioners are the main challenges facing the current government, and they have all been prioritised with a view to solving them in the short-term.

The Prime Minister also explained the cooperation between UNPol and the PNTL on security sector reform.

USG Jean Marie Guehenno said that UN is ready to give assistance to Timor-Leste, and is always ready to work together with the government of Timor-Leste. (DN)

ISF presence: providing security

ISF Captain Mathew Moran said that the International Security Forces (ISF) are present in Timor-Leste to create stability and provide security to the Timorese people.

Captain Moran also said that the ISF is trying to help the Timorese people achieve peace, even though there are rumours that the ISF is not working well.

Furthermore, the officer said that ISF is working and cooperating with the Defence Force of Timor-Leste (F-FDTL), the United Nations Police (UNPol) and the National Police of Timor-Leste (PNTL) to promote security as the people need to live in peace. (DN and STL)

US$15 million may solve the IDPs’ problems

The President of the National Parliament (NP), Fernando Lasama, said that state funds of US$15m might help solve the IDPs’ problems.

Mr. Lasama also said that the NP will control how the current government spends the IDP money that has been approved in the NP. (DN)

Lasama: supporting Alfredo is absolutely not a crime

The President of the National Parliament, Fernando ‘Lasama’ de Araujo, commented that those who support Major Alfredo Reinado Alves or his group are absolutely not committing a crime.

“I appeal to the public for their support in ensuring that the dialogue between Alfredo and the Government does not lead to any public tension.” He added that the dialogue process is underway and that all parties should highlight how the dialogue will be achieved and find a solution to the problem. (STL and TP)

Fernanda Borges: a state has failed when it follows no law

Fernanda Borges, a member of the national parliament (MP) from the National Unity Party (PUN) said that Timor-Leste would become a failed state if the organs of state work without a legal basis.

Ms. Borges said that the NP has to follow the processes and rules of the parliament when approving the proposed funds for the government.

“Taking one or two days to approve the state funds means that Timor-Leste will avoid becoming a failed state - it should follow the processes and rules of the parliament,” said Ms. Borges on Monday (10/12) in NP. (STL)

Ramos-Horta contacts Xanana: increased funds for poverty reduction


After the President’s program of “Combating Poverty” was considered unconstitutional by the Court of Appeal, the President approached the Prime Minister Xanana to save his idea by asking him to increase funding for poverty reduction in 2008.

Via a letter to Prime Minister Xanana, President Ramos-Horta also asked that funding be increased for those facing educational financial problems. (TP)

Afonso de Jesus: some leaders have been intervening in the PNTL’s decision making

PNTL Commander-Designated Afonso de Jesus complained that some political leaders have been intervening with the work of the PNTL in the areas of operations and administration.

Mr. Afonso also asked the government to begin recruiting new members of the PNTL and suggested that the government and organs of state do not allow PNTL members to participate in parliamentary and presidential elections in the future. (TP)

Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Quarta-feira, 12 Dezembro 2007

"A UNMIT não assume nenhuma responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e do seu conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expresso ou implícito de qualquer modo. A UNMIT não será responsável por quaisquer consequências resultantes da publicação ou do apoio de tais artigos ou traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL Resumo das Notícias
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PM Xanana encontra-sa com sub-Secretário-Geral da ONU (USG): ONU focada na situação de segurança em TL

A ONU está focada na situação da segurança em Timor-Leste e pede que se resolvam os problemas correntes a bem da liberdade das pessoas.

Num encontro entre o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão e o sub-Secretário-Geral da ONU Jean Marie Guehenno, o Primeiro-Ministro Xanana disse que os problemas dos deslocados, segurança e Alfredo / peticionários são os desafios principais que o governo corrente enfrenta, e que terão prioridade com a visão de serem resolvido a curto prazo.

O Primeiro-Ministro explicou ainda a cooperação entre a UNPol e a PNTL na reforma do sector da segurança.

O SSG Jean Marie Guehenno disse que a ONU está pronta para dar assistência a Timor-Leste, e que está sempre pronta para trabalhar juntamente com o governo de Timor-Leste. (DN)

Presença da ISF: providenciar segurança

O Capitão Mathew Moran das ISF disse que as ISF estão presentes em Timor-Leste para criar estabilidade e providenciarem segurança aos Timorenses.

O Capitão Moran disse ainda que as ISF tentam ajudar os Timorenses a alcançarem a paz, mesmo apesar de haver rumores de que as ISF não estão a trabalhar bem.

Mais ainda, o oficial disse que as ISF trabalham e cooperam com as F-FDTL, a UNPol e a PNTL a promover segurança dado que o povo precisa de viver em paz. (DN e STL)

US$15 milhões podem resolver os problemas dos deslocados

O Presidente do Parlamento Nacional (PN), Fernando Lasama, disse que o financiamento do Estado de US$15m pode ajudar a resolver os problemas dos deslocados.

O Sr. Lasama disse ainda que PN controlará como o governo corrente gasta o dinheiro para os deslocados que foi aprovado no PN. (DN)

Lasama: apoiar o Alfredo não é absolutamente um crime

O Presidente do Parlamento Nacional, Fernando ‘Lasama’ de Araujo, comentou que esses que apoiam o Major Alfredo Reinado Alves ou o seu grupo não estão absolutamente de maneira alguma a cometer um crime.

“Apelo ao público para o seu apoio a assegurar que o diálogo entre Alfredo e o Governo não leva a nenhuma tensão pública.” Acrescentou que o processo de diálogo está em curso e que todas as partes devem sublinhar como se alcançará o diálogo e encontrar uma solução para o problema. (STL e TP)

Fernanda Borges: um Estado falhou quando não segue nenhuma lei

Fernanda Borges, membro do parlamento nacional pelo PUN disse que Timor-Leste se tornará um Estado falhado se os órgãos do Estado trabalharem sem base legal.

A Srª Borges disse que o PN tem de seguir os processos e as regras do parlamento quando aprovar as propostas de financiamento para o governo.

“Aprovar o financiamento do Estado num ou em dois dias significa Timor-Leste evitará tornar-se num Estado falhado – isso deve seguir os processos e as regras do parlamento,” disse a Srª. Borges na Segunda-feira (10/12) no PN. (STL)

Ramos-Horta contacta Xanana: aumentar o financiamento para a redução da pobreza

Depois de ter sido declarado inconstitucional pelo Tribunal de Recursos o programa do Presidente “Combater a Pobreza”, o Presidente abordou o Primeiro-Ministro Xanana para salvar a sua ideia pedindo-lhe para aumentar o financiamento para a redução da pobreza em 2008.

Numa carta para o Primeiro-Ministro Xanana, o Presidente Ramos-Horta pediu ainda que o financiamento seja aumentado para os que enfrentam problemas financeiros e de educação. (TP)

Afonso de Jesus: alguns líderes têm andado a interferir na tomada de decisões da PNTL

O Comandante-Designado da PNTL Afonso de Jesus queixou-se que alguns líderes políticos têm interferido no trabalho da PNTL nas áreas de operações e administração.

O Sr. Afonso pediu também ao governo para começar a recrutar novos membros da PNTL e sugeriu que o governo e os órgãos do Estado não autorizem que membros da PNTL participem nas eleições parlamentares e presidenciais no futuro. (TP)

Australia's new PM to visit East Timor

ABC Radio Australia
Last Updated 12/12/2007, 21:38:28

The author of a new study on Australian interests in East Timor says the south east Asian nation would be hoping it continues to receive aid from Australia's new government.

Australia's new Prime Minister Kevin Rudd will visit East Timor on his way back from the UN Climate conference in Bali.

A key issue for his talks in Dili will be the future of nearly 800 Australian troops in East Timor since last year's political crisis.

Bob Lowry is author of the study and a previous adviser on East Timor's national security structure.

He has told Asia Pacific the East Timor government would be keen to receive an assurance they will continue to receive financial and military support from Australia.

"As a minimum I think they would want to see the continuance of the aid they are getting at the moment especially the financial aid and the military assistance," he said.

"The direct military assistance.

"There is some question as to whether that should be put under UN control or not, but I doubt whether that policy would change because of the flexibility it provides.

"The only question will be whether that will continue into the future and whether Australia will continue to be the internal security guarantor of last resort."

For full interview see the Asia Pacific website at http://radioaustralia.net.au/asiapac

Tradução:

Novo PM da Austrália visita Timor-Leste

ABC Radio Australia
Última actualização 12/12/2007, 21:38:28

O autor de um novo estudo sobre os interesses Australianos em Timor-Leste diz que a nação do Sudeste Asiático espera continuar a receber ajuda do novo governo da Austrália.

O novo Primeiro-Ministro Kevin Rudd da Austrália visitará Timor-Leste no seu regresso da conferência sobre o Clima da ONU em Bali.

Uma questão chave para as suas conversações em Dili sera o futuro das cerca de 800 tropas Australianas em Timor-Leste desde a crise política do ano passado.

Bob Lowry é autor do estudo e um conselheiro anterior sobre a estrutura da segurança nacional de Timor-Leste.

Disse à Asia Pacific que o governo de Timor-Leste estará desejoso de receber uma garantia que continuarão a receber ajuda financeira e apoio militar da Austrália.

"No mínimo penso que quererão ver a continuação da ajuda que estão a receber no momento especialmente a ajuda financeira e a assistência militar," disse.

"A assistência militar directa.

"Há algumas questões se esta deve ser posta sob controlo da ONU ou não, mas duvido que a política mude por cauda da flexibilidade que dá.

"A única questão será se vai continuar no futuro e se a Austrália continuará a ser o garante da segurança interna como último recurso."

Para a entrevista completa veja o website da Asia Pacific em
http://radioaustralia.net.au/asiapac

Biblioteca Digital Europeia «oferecerá» livros portugueses

Diário Digital / Lusa
11-12-2007 11:20:00

A Biblioteca Digital Europeia, que em 2011 deverá ter reunido seis milhões de livros, documentos e outros bens culturais de todos os países da União Europeia, poderá facilitar a consulta, em Portugal, de obras de autores portugueses que não existem no país, nem mesmo no depósito da Biblioteca Nacional.
Através do projecto de Biblioteca Digital Europeia, «visa-se o alargamento das colecções digitais disponíveis para consulta», assinalou Helena Patrício, responsável pela Biblioteca Nacional Digital (BND), em entrevista à agência Lusa.

A BND é uma secção da Biblioteca Nacional que funciona desde 2002, disponibilizando actualmente mais de 9.500 obras digitalizadas, incluindo livros na área da Arte, da História/Geografia, das Ciências Sociais, das Ciências Aplicadas e da Literatura/Linguística e onde se incluem títulos de Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Eça de Queirós.

Segundo Helena Patrício, a Biblioteca Nacional integra a rede temática da Biblioteca Digital Europeia, estando prevista, para o final de 2008, «a apresentação de um protótipo de portal para pesquisa e consulta de mais de dois milhões de objectos digitais provenientes de bibliotecas, arquivos, museus e arquivos audiovisuais».

A Biblioteca Nacional de Portugal participa igualmente no «The European Library» («A Bibliorteca Europeia»), um serviço a funcionar desde 2005 que propicia, actualmente, o acesso a recursos - bibliográficos ou digitais - de 47 bibliotecas nacionais de países europeus e que constitui um dos pilares da futura Biblioteca Digital Europeia.

A 02 de Março de 2006, a comissária europeia Viviane Reding afirmou, em Bruxelas, que a Biblioteca Digital Europeia permitiria que «a memória colectiva da Europa» ficasse à distância de um «click» feito com o rato do computador e esclareceu que a mesma não seria uma base de dados construída de raiz mas uma página electrónica multilingue onde ficariam reunidos materiais já digitalizados - livros, filmes, fotografias, manuscritos e outros bens culturais - das várias instituições dos Estados-membros da União Europeia.

Nove meses depois, a 13 de Dezembro de 2006, foi a vez de Maria Angélica Ribeiro, coordenadora do serviço de Cooperação para o Desenvolvimento do Gabinete de Assuntos Europeus e Relações Internacionais do Ministério da Educação português, defender, no Rio de Janeiro, a criação de uma Biblioteca Virtual da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que «permitiria um conhecimento e um intercâmbio alargado entre os vários países membros».

À data, o professor José Luiz Fiorin, da Universidade de São Paulo, defendeu que a biblioteca virtual iria criar um «reconhecimento identitário», constituindo um «importante instrumento de transmissão cultural e de democratização do conhecimento» e sugeriu que fossem estabelecidos convénios com instituições para fazer um levantamento das principais obras literárias de cada país da CPLP - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

De acordo com Helena Patrício, no âmbito da V Reunião de Ministros da Cultura da CPLP, que decorreu em Outubro de 2006 em Bissau, a direcção da Biblioteca Nacional apresentou uma proposta de criação da «Rede de Bibliotecas Digitais da CPLP», que corresponderia à constituição de um serviço de pesquisa comum, que servisse de ponto focal para acesso.

No entanto, e «apesar de este tipo de cooperação continuar a ser uma aspiração da Biblioteca, seria prematuro pensar-se, nesta fase, na constituição de um serviço operacional, sendo necessário que decorra ainda algum tempo para que a aspiração possa concretizar-se», concluiu a directora de serviços de sistemas de informação da BN.

José Brandão Sousa: “Durante estes cinco anos, a Timor Telecom tem enfrentado várias dificuldades”

JNSemanário
12.12.07

O Administrador-Delegado da Timor Telecom, José Brandão Sousa, afirma que durante os cinco anos que agora findam a Timor Telecom (TT) tem enfrentado várias dificuldades, como a dimensão no mercado, a energia eléctrica, com a própria TT a ter de fazer o fornecimento das suas estações, ou incluindo ainda a construção ou reabilitação de estradas que dão acesso aos serviços da TT.

José Brandão Sousa referiu-se a este assunto no seu Gabinete, Edifício do Hotel Timor, após o jornalista do Jornal Nacional Diário questionar sobre as dificuldades enfrentadas pela Timor Telecom.

«Outra dificuldade é como reportar os trabalhadores qualificados, o que obriga a Timor Telecom a fazer esforços para a formação dos mesmos; dificuldades de rolos ou fios de telefone, que nesses dois anos de crise foram roubados em grande escala», salientou Brandão.

Apesar das dificuldades, segundo Brandão, para a frente, o plano da Timor Telecom a partir de 2008 até 2010 é reforçar, para que 80% da população possa ter acesso à rede de telemóvel, alargando a cobertura e melhorando a qualidade de telemóveis.

Por outro lado, segundo os planos traçados, a Timor Telecom criará novos postos de trabalho, e novos serviços, como a internet de banda larga e a internet wireless . A Internet Banda Larga é mais rápida, toda a gente poderá ter acesso com melhor qualidade, e a internet “ wireless ” é a internet “sem fios”, usando o telemóvel.

Esses planos serão implementados em 2008, 2009 e 2010. Para o efeito, a Timor Telecom está a preparar um investimento de «mais de 20 milhões de dólares», informou Brandão.

Afirmou ainda que o objectivo da Timor Telecom é garantir melhores serviços de telecomunicação a Timor-Leste, sem sobrecarregar o Estado, segundo o contrato de concessão.

A Timor Telecom tem esperança de que no futuro continue a avançar e espera que a expansão de serviços existentes e a introdução dos novos serviços sejam os desafios principais.

Presidente da República convoca 2ª série de diálogos sobre adesão à ASEAN

JNSemanário
12.12.07

Adalgiza : “Preparar Timor-Leste para ser membro da ASEAN”

O Gabinete do Presidente da República realizou a segunda série de diálogos sobre a adesão de Timor à ASEAN. A iniciativa decorreu ao longo de dois dias, no Salão Nobre Palácio de Lahane, apresentando peritos que falaram sobre como preparar Timor-Leste para ser membro da Associação das Nações do Sudoeste Asiático ou, na sigla internacional, ASEAN (“Association of South East Asia Nations”).

Ao Jornal Nacional Semanário a facilitadora do diálogo, Adalgisa Magno, afirmou que o objectivo do encontro é preparar Timor-Leste para entrar na ASEAN. Todos os países membros da ASEAN estão prontos a receber Timor-Leste como membro permanente mas Timor-Leste ainda não pode ser membro, por não cumprir alguns requisitos técnicos, financeiros ou de recursos humanos.

«Todos os países da ASEAN estão prontos a receber Timor-Leste como novo membro mas o próprio Timor-Leste ainda não está preparado, devido à falta de questões técnicas, orçamento, recursos humanos, e assim o Presidente da República pediu mais cinco anos para que Timor-Leste se possa preparar para ser membro permanente da ASEAN, em 2012. Tudo isto deve ser preparado pelo MNE, o Ministério do Comércio e da Indústria e todos os Ministérios», afirmou a ex-Vice-Ministra dos Negócios Estrangeiros no Governo do Dr. José Ramos Horta.

Sublinhou que, do diálogo, Timor-Leste irá ver o que é necessário preparar para poder ser membro da ASEAN.

Adalgisa Magno, que falou nesta ronda dialogal, afirmou que o objectivo é dar uma ideia a Timor-Leste daquilo que é necessário para ser membro da ASEAN, para que o país se possa preparar.

«Hoje falaram que para ser membro da ASEAN Timor-Leste deve participar no mínimo em 700 encontros dentro de um ano, isso significa que Timor-Leste deve esgotar muita energia, recursos humanos e financeiros para financiar os nossos membros. Focaram ainda sobre os deveres que Timor-Leste terá de cumprir quando for membro da ASEAN, falaram também sobre o novo Piagam adoptado recentemente em Bali e falaram também como é que Timor-Leste se vai preparar para o comércio livre na ASEAN. Quando Timor-Leste for membro da ASEAN, os restantes países membros poderão fazer negócios em Timor-Leste, qual é o seu benefício, isto é que é necessário Timor-Leste implementar», explicou Adalgisa Magno.

Falaram no primeiro dia desta Série de diálogos também o Embaixador Agus Tarmizi, do Departamento das Relações Externas da Indonésia, falando dos deveres de membro da ASEAN, Tan Sri Ahmad Fuzi Hj. Abdul Razak, do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Malásia, Chalermpalanupap, Assistente Especial do Secretário-Geral da ASEAN no Secretariado da ASEAN, Chilman Arisman, Director para a Direcção de Diálogo ASEAN, parceiros e interregionais, Director-Geral de Cooperação da ASEAN, Departamento de Negócios Estrangeiros Indonésio, entre outros.

Participaram nesta cerimónia o Presidente da República Democrática, Dr. Ramos Horta, que fez a abertura da cerimónia, o Vice-Presidente do Parlamento Nacional, membros do Parlamento Nacional, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Corpo Diplomático residente em Timor-Leste e sociedade civil.

Entrevista especial do Jornal Nacional Semanário ao Director da EDTL Comoro, António Soares

JNSemanário
12.12.07

A falta de energia eléctrica deveu-se à falta de cooperação entre funcionários da Electricidade de Timor-Leste (EDTL), entre funcionários timorenses e estrangeiros, em particular funcionários da Companhia “Manitoba”, do Canadá.

O Director da EDTL Central Comoro, António Soares (AS), referiu-se a esta e a outras questões em entrevista especial com o Jornalista do Jornal Nacional Semanário, Noémio Falcão, no seu local de trabalho.

JNS : Qual é o número de funcionários activos nos serviços da EDTL Central de Comoro?

AS : Os funcionários activos constituem um total de 19 pessoas: na parte de electricidade, 3 funcionários; operadores de quatro “sift”, tendo cada “sift” 4 funcionários, dá um total de 16 funcionários.

Relativamente aos serviços, afirmo que todos nós trabalhamos mas a questão é a falta de cooperação com a Companhia Manitoba, do Canadá. A referida companhia muitas vezes não faz os trabalhos como desejamos e nunca fizeram nada.

Os serviços de controlo até agora decorreram normalmente e informei sempre a Companhia Manitoba. Porém, as informações nunca foram consideradas ou tomadas em causa.

Quero explicar que os nossos funcionários usam um sistema para controlar os geradores eléctricos, mas neste caso a Companhia Manitoba nunca cooperou com os funcionários timorenses.

Esperamos que tudo possa funcionar para o bem comum, mas se a Companhia Manitoba, que foi contratada pelo Governo, não fizer os serviços segundo o contrato, a mesma poderá ser substituída por outra companhia.

Nunca esperamos pelos funcionários dessa companhia para fazer os nossos serviços, mas trabalhamos segundo as nossas capacidades.

De facto, muitos assuntos foram apresentados à Companhia Manitoba. Porém, não se obteve nenhum resultado, por exemplo, a proposta de reparação do Gerador Nigata, que apresentámos à companhia. Até agora, ignoramos o seu processo.

JNS : Quais as condições de serviço dos funcionários da EDTL até agora?

AS : Acerca das condições de serviço, segundo o meu entender, os funcionários trabalham bastante e intensamente, porque havendo geradores que são reparados hoje, amanhã eles ou outros ficam avariados e isto causa a falta de descanso dos funcionários, que não têm um salário suficiente. Portanto não podemos obrigar uma pessoa a trabalhar muito sem haver uma garantia de melhoria de condições de serviço para o próprio funcionário.

JNS : E falando da capacidade técnica e mecânica dos funcionários?

AS : Penso que o Governo deve resolver em primeiro lugar o problema dos recursos humanos. Os funcionários que trabalham na EDTL Central Comoro são na maioria técnicos de 1975 e nunca foram enviados pelo Governo para participarem em cursos de formação a fim de desenvolver as suas capacidades e os seus conhecimentos técnicos noutras áreas necessárias.

JNS : Garante que a energia eléctrica funcionará normalmente em Dezembro?

AS : Penso que neste momento, como cristãos, temos a preocupação de que nos dias mais importantes da Igreja toda a gente possa ter acesso à energia eléctrica. Mas é importante que toda a gente saiba que os nossos esforços não serão suficientes, se não houver um esforço sério do Governo para apoiar o que for necessário na resolução dos problemas de electridade. Penso que os nossos esforços não resolverão nada sem o apoio do Governo.

Por outro lado, apesar de trabalharmos fora do horário normal e não recebermos pagamento extraordinário, continuamos a trabalhar, nunca abandonámos os serviços nos dias de feriado e dias santos. Contudo, o Governo nunca deu atenção à nossa situação.

A Electricidade Central Comoro não funcionará normalmente em Dezembro porque os geradores que estão a operar têm uma capacidade mínima. São geradores que, reparados hoje, amanhã estarão novamente avariados.

Esses geradores estão “fora de prazo”, são geradores que operam desde os tempos da Indonésia até à data.

Caso o Governo deseje fazer uma antecipação para os dias de Natal e do Ano Novo deverá comprar com urgência os geradores que foram aprovados no Parlamento Nacional, visto que os geradores em operação têm mínimas capacidades.

JNS : Quantos geradores estão em operação?

AS : Os geradores em operação são: Gerador NIGATA I Caterpilar, com capacidade de 4.700 KW Cummins Overhoul 5 KW. Mas o Nigata I logo à tarde (no dia desta entrevista) poderá ser reparado novamente. Os geradores que neste momento estão a operar são: MAK I, com capacidade de 1.700 KW; MAK II, com capacidade de 1.200 KW; MAK III, com capacidade de 2.200 KW; Nigata II, com capacidade de 3.900 KW e Cummins, com capacidade de 1.950 MW.

JNS : As ligações ilegais causam impacto na capacidade dos geradores?

AS : As actividades de ligação ilegal feitas pelos consumidores provocam um enorme impacto na capacidade da electricidade. Neste momento, o consumo de electricidade ( out put ) situa-se num total de 15.700 KW. A capacidade de electricidade oferecida pela Central EDTL Comoro é apenas de 10.950 KW.

Em relação à capacidade de electricidade que os técnicos indonésios aumentaram, desejo comunicar ao público que os referidos técnicos não repararam nenhum gerador, apenas aumentaram a capacidade do gerador MAK III, de 2 MW para 2,4 MW. Desde Sábado até este momento (no dia da entrevista), estamos a fazer a reparação do NIGATA I e, em relação ao Caterpilar, para tal reparação a Companhia Trakindo convidou um técnico americano.

JNS : Refira-se à cooperação entre funcionários timorenses e funcionários da Companhia Manitoba do Canadá.

AS : Quero dizer ao público, particularmente ao Governo, que a Companhia Manitoba nunca fez os serviços segundo o contrato assinado. Neste caso, pedimos a intervenção do Governo para fazer uma revisão do contrato realizado com a companhia. Segundo o meu ponto de vista, os funcionários desta companhia não trabalharam nada, apenas aguardam receber salários.

Toda a gente sabe que a Companhia Manitoba do Canadá é responsável pela gestão da EDTL mas não se tem feito nada.

Governo ameaça empresários que importam mercadorias fora do prazo

JNSemanário.
12.12.07

O Governo Aliança Maioria Parlamentar (AMP), pelo Ministério do Turismo, Comércio e Indústria (MTCI), através do Departamento de Desenvolvimento do Mercado (DNC), ameaçou fortemente os empresários que importam mercadorias fora do prazo.

O Chefe do Departamento de Desenvolvimento do Mercado, Jacinto Paijo, falou ao Jornal Nacional Diário, no seu Gabinete, edifício Fomento, Mandarim, Díli.

«Se os empresários importarem mercadorias fora do prazo receberão sanções do Governo, por não terem cumprido as regras em vigor», afirmou o Chefe Departemento Desenvolvimento Mercado.

Em relação à questão de o preço que os empresários aplicam no mercado ser regulado segundo a vontade de cada um deles, Jacinto comentou que o Governo apenas faz o controlo de mercadorias que estão fora do prazo e responde à falta de mercadorias no mercado mas não vai intervir no preço porque Timor-Leste adopta um mercado livre.

«O preço do mercado depende dos empresários, se houver mais consumidores no mercado, de certeza que os empresários vão aumentar o preço».

Apesar disso, Jacinto Paijo advertiu os empresários para não aumentarem demasiadamente os preços, porque causarão dificuldades de compra aos consumidores. Senão, o Governo usará a lei indonésia para regular o preço, a Lei de Protecção dos Consumidores Nº 8/1999.

Questionado sobre porque é que utilizaria a Lei Indonésia, Jacinto respondeu que a Constituição da República Democrática de Timor-Leste (RDTL) diz que se houver questões idênticas que acontecem em Timor-Leste, o Governo tem possibilidade de adoptar leis de outros países.

Por outro lado, o Ministro do Turismo, Comércio e Indústria, Gil da Costa Alves, afirma que ainda há dias teve um plano para coordenar com os empresários e que visava a importação de mercadorias com qualidade, com o objectivo de não prejudicar a saúde dos consumidores.

«Com certeza que o Governo dará importância à importação de todas as mercadorias para as necessidades dos consumidores, mas mercadorias que não estejam fora do prazo», salientou Gil Alves.

AS FSI OUVEM O PR OU O TRIBUNAL?

José Gabriel/JNSemanário
12.12.07

Na passada segunda-feira o Tribunal Distrital de Díli realizou o julgamento do caso do ex-comandante da Polícia Militar (PM) Alfredo Reinado Alves e seu grupo, no Tribunal de Recurso. Devido à ausência da maioria dos arguidos, incluindo o próprio Alfredo, o Juiz Presidente Ivo Rosa deu um ultimato de cinco dias à Polícia das Nações Unidas (UNPOL) e às Forças de Estabilização Internacional (FSI) para explicarem a razão de não terem executado o mandato de captura do Alfredo Reinado. Apesar de o Tribunal já ter insistido por seis vezes, nunca houve nenhuma resposta por parte do Comandante da UNPOL nem do Comandante das FSI em Timor-Leste.
Neste momento surgem divergências em relação ao referido caso entre os Órgãos de Soberania, principalmente entre os órgãos Judiciário, Executivo e a Presidência, com cada um deles a defender a sua posição, segundo as funções mandatadas pela Constituição.
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O Tribunal tem feito esforços, como a emissão do mandato de captura de Alfredo Reinado e seu grupo para responderem em Tribunal pelos actos cometidos durante a crise política e militar, em especial o caso de Fatuahi e a alegação de posse ilegal de armas. Contudo, estes esforços não resultaram em nada porque as FSI e a UNPOL – que deviam cooperar para executar o mandato de captura – não cooperaram com o Tribunal, devido a algumas razões pouco claras.
Até à data o público tem-se questionado: por que razão é que as FSI e a UNPOL não executaram o mandato de captura, pelo Tribunal, de Alfredo Reinado e seu grupo? Será que é por falta de capacidade ou são outros os motivos? Haverá intervenção do Presidente da República ou do Primeiro-Ministro? Não temos a certeza.
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O que acontece é que o Presidente da República anunciou normalmente na imprensa que o melhor meio para resolver o problema do Alfredo Reinado e do seu grupo é o diálogo. Ora, dialogar não significa abandonar a justiça. A intervenção do Presidente da República poderá também ter razão, porque, para garantir a estabilidade nacional, optou por não revelar ânsia de justiça, mas salientando que é através do diálogo que se chegará à justiça.
Assim também os Juízes no Tribunal não podem correr demasiadamente, devem andar devagar, porque ao correrem poderão tropeçar e cair, devem andar devagar e analisar as coisas antes da tomada de decisões. Claro que a justiça não olhará nem para A nem para B, mas os autores judiciais devem ter conhecimento sobre o que é que poderá acontecer caso forcemos o acelerar de um processo.
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Em relação ao problema de as FSI não terem executado o mandato de captura do Tribunal, não é da culpa das FSI ou da UNPOL, a razão é desejarem ouvir mais as ordens do Presidente da República. É um sinal de respeito aos esforços do Estado para realizar o diálogo, portanto não querem ultrapassar os esforços do Estado. Neste caso, o público poderá dizer que as FSI e a UNPOL ouvem mais o Presidente da República do que o mandato de captura do Tribunal. Agora a precedência que continua a decorrer, o que é que poderá acontecer ao sector judiciário no futuro?
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José Luís Guterres: GOVERNO ALOCARÁ 20 MILHÕES DE DÓLARES PARA RESOLVER OS PROBLEMAS DOS DESLOCADOS

JNSemanário
12.12.07

O Vice-Primeiro-Ministro, José Luís Guterres, afirma que o retiro de membros do Governo, no antigo edifício CNRT, Balide, no domingo, teve como objectivo analisar o Orçamento Geral do Estado. O Governo alocará 20 milhões de dólares para resolver os problemas dos deslocados e a situação dos peticionários.

O Vice-Primeiro-Ministro referiu-se a esta questão em entrevista exclusiva organizada pelo Timor-Leste Press Club e pela Televisão de Timor-Leste, recentemente, no estúdio da TVTL. É esta entrevista que o JNSemanário publica de seguida.
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Em 100 dias de governação do Governo AMP, há ou não algum progresso?
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Em primeiro lugar, agradeço à Televisão de Timor-Leste e ao “ Press Club ” (“Clube de Imprensa”) por me terem convidado. Penso que é muito importante falar convosco para responder às vossas questões, pois isto é governar com transparência.

Posso dizer que em 100 dias de governação AMP, temos resolvido vários assuntos, enquanto outros assuntos continuam ainda por resolver. É do conhecimento público que, após as eleições e a formação do Governo, o Governo AMP tem a oportunidade de governar durante cinco anos. Penso que os jornalistas e a população têm conhecimento do que o Governo está a realizar.
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Durante os 100 dias de governação, temos assistido, pelos média, a alguns problemas que o Governo está a enfrentar, particularmente o problema dos deslocados. Desde há dois anos, o problema ainda não está resolvido. Qual é o plano do Governo AMP para resolver tal problema?
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É verdade, apesar de o Governo ser uma maioria parlamentar constituído por partidos políticos reunidos na AMP, o Governo é de Timor-Leste e governa todo o povo de Timor-Leste. O problema dos deslocados é um problema nacional, um problema que não é fácil, se fosse fácil teria sido resolvido pelo Governo anterior. É um problema difícil que necessita de meios financeiros para ser solucionado. Agora, o Ministério de Solidariedade Social, o Secretário de Estado dos Desastres Naturais e todos os funcionários do Ministério de Solidariedade Social têm programas a realizar, como a identificação das casas perdidas (em cooperação com o Ministério das Obras Públicas).
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Houve levantamento de dados? Porque é que não houve implementação de vez?
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Após o levantamento de dados, os mesmos devem ser certificados e confirmados. Se os dados não estiverem certos, poderão resultar novos problemas para a comunidade e para os deslocados. No orçamento transitório, o Governo alocou 2 milhões de dólares para os deslocados na fase de transição. Estamos na época da chuva e, segundo os técnicos vindos da Austrália, há possibilidade de acontecer uma época de enormes chuvadas, o que poderá criar mais problemas. Portanto o Governo pensa que o melhor meio é diminuir os sofrimentos dos refugiados.

O Governo comprou lonas para substituir as que estão em más condições. Esse programa já foi realizado em vários campos de refugiados, ainda faltando alguns campos, mas o processo está a decorrer.

Ao mesmo tempo, o Governo realizou um retiro em Dare, criando uma comissão interministerial constituída por diferentes Ministérios, incluindo o Ministério da Saúde, Defesa e Segurança, para ver uma solução permanente. O problema não pode ser resolvido com a imposição de uma solução aos deslocados. Portanto, qualquer solução que desejarmos tomar deve ser em consenso com os deslocados.

Para ver possíveis preferências, estamos a analisar entre Ministérios, várias vezes, as opções a apresentar aos refugiados, para decidirem uma opção preferida.

Uns dizem que se o Governo lhes atribuir dinheiro hoje, amanhã mesmo poderão regressar às suas casas. Porém, isto poderá resolver problemas e poderá também criar novos problemas. Embora haja uma opção preferida, podemos dizer que as pessoas desejam também ter uma casa nova. Portanto na alocação do orçamento do próximo ano (no domingo à noite reunimos até às 2 horas da madrugada, na sede do CNRT para ver o Orçamento Geral do Estado) o Governo alocará 20 milhões de dólares para resolver o problema dos deslocados e o dos peticionários.
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Falando do problema dos deslocados durante o período do Governo AMP, há ainda outros deslocados resultantes do impacto da crise. Como é que o Governo dará solução a estes problemas?
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Temos de tratar todos os problemas igualmente, no mesmo nível. Os problemas do passado ou do presente são tratados por igual, as pessoas que sofreram as consequências da situação devem ser tratadas como iguais, como o caso de Baucau, Venilale, Uatolari, Uatucarbau, Viqueque, Lospalos e alguns em Ermera, os locais com problemas devem ter a mesma atenção. Temos de resolver todos os problemas, procurando soluções globais e equitativas para toda a gente.

Damos o mesmo nome aos problemas que aconteceram. Os problemas que aconteceram no ano anterior, como os recentes, causaram perdas como o problema de correlação nacional. Um conflito que todos nós sabemos que para o resolver temos um programa a realizar. Pensamos que o título mais adequado é “ Reforçar a Unidade Nacional e Juntos Desenvolvemos o Futuro ”. No caso dos refugiados, temos esperança de que alguns deles desejem regressar aos seus bairros mas talvez, por vezes, não sejam aceites pela comunidade. Portanto temos de procurar uma solução para que a comunidade possa sentir algum benefício quando os refugiados regressarem aos seus bairros ou às suas casas.

É uma solução que não é fácil e levará tempo mas pelo menos podemos identificar o problema e o meio para o resolver o problema. O Governo tem esperança de que o meio mais adequado seja a consulta com os refugiados.

O Conselho de Ministros realizará uma reunião a fim de aprovar oficialmente o programa para os deslocados, uma solução definitiva para esse e outros problemas enfrentados pela Nação desde o início da crise.
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Será que no próximo ano, o Governo continuará a concentrar-se no problema dos deslocados?
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Penso que isto é uma exigência, o problema dos deslocados é um problema que afecta todos nós. Conhecemos os refugiados. Todos os dias, quando andamos na estrada, a nossa consciência moral, a nossa consciência de cidadão de Timor-Leste é afectada, porque vivem nos campos velhos, crianças, em condições desfavoráveis, muitas vezes a chuva destrói as tendas, muitos outros problemas, mas o Governo vai fazer esforços para resolver estes problemas.
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O orçamento transitório para resolver o problema dos deslocados vem do Estado ou é apoio da comunidade internacional?
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É orçamento próprio de Timor-Leste.
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Qual é o desafio enfrentado pelo Governo para solucionar o problema dos deslocados, peticionários, Alfredo Reinado e alguns casos que aconteceram na parte Leste do país?
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Em primeiro lugar, o Governo respeita opiniões e críticas construtivas, isto é um princípio em que confiamos e aceitamos. Temos esperança de que para uma estabilidade nacional na nossa sociedade é necessário que haja diálogo e confrontação de ideias para resolver os problemas.

Ouvimos declarações de alguns políticos referindo que os problemas já deviam estar resolvidos, mas, no período dos dois Governos anteriores, porque é que não conseguiram resolver os problemas num ano?

No princípio, tinha esperança de que se conseguíssemos resolver os problemas seria bom para todos nós, um problema que afecta toda a gente. Agora, para resolver os problemas precisamos de meios, de ver as alternativas a apresentar, se são ou não são justas.

Nos primeiros tempos o Governo teve de elaborar o programa de cinco anos, preparar o orçamento transitório e neste momento estamos a preparar o orçamento do próximo ano e, depois, veremos os problemas de Uato Lari, Venilale e noutros locais como Viqueque. Vemos que alguns problemas aconteceram devido ao apelo nacional, apelo público de alguns partidos. Portanto, penso que, se desde o início todos os políticos, incluindo os partidos da oposição, fizessem esforços para ajudar a resolver a situação com o comando das F-FDTL, a sociedade civil com o apoio dos partidos da oposição ao Governo já teria criado a estabilidade.

Na tomada de posse do Governo houve uma situação de ameaça à estabilidade muito forte, mas neste momento com as medidas tomadas… uma delas, na reunião com os administradores dos distritos, o Primeiro-Ministro falou claramente aos Administradores que o que aconteceu no passado deve ficar para o passado.

Como profissionais, políticos devemos trabalhar para melhor servir Estado e portanto damos oportunidade a todos para darem contribuições para o desenvolvimento e para a estabilidade.

Para a estabilidade nacional necessitamos de pessoas com funções de serviços públicos, forças armadas, forças policiais, funções públicas como profissionais que não podem servir um único partido político. Vejo que neste momento temos um ambiente de distensão social, vejo as análises apresentadas na reunião bilateral de segurança… como timorense, penso que estamos a viver a tranquilidade, portanto não seria necessário criar novos problemas mas resolver os problemas à nossa frente. Como membros do Governo, com todas as nossas capacidades, contribuímos para procurar soluções para os problemas.

Desejo informar-vos de que o Primeiro-Ministro, senhor Xanana Gusmão, e toda a equipa, temos muito trabalho pela frente, muitas vezes trabalhamos até alta noite, porque sabemos que é nosso dever moral nesta situação bastante difícil. Ontem, foi um evento emotivo para todos nós, no Ginásio de Díli, o Primeiro-Ministro, os membros do Governo e o Parlamento Nacional atribuíram reconhecimento e valorização aos nossos irmãos que participaram na luta armada ao longo de 24 anos. Vejo que é uma acção que todos nós como timorenses devemos reconhecer.

Reconhecer os que deram as suas vidas, os que deram a sua juventude na luta para podermos alcançar a independência. Penso que isto é um reconhecimento para eles. Uma cerimónia muito linda. Em algumas localidades, podemos ver que a nossa sociedade é pobre, em especial nas montanhas. Muitas vezes pensamos que em Díli estamos bem mas pensamos também no que é que devemos fazer para o nosso povo nas montanhas, a fim de terem uma vida melhor. Para responder a estes problemas, no Programa do próximo ano haverá a atribuição de pensão para os idosos, os aleijados, todos os que precisam do apoio do Governo. Para o efeito, começámos a recolha de dados.

Neste momento, estamos a normalizar a situação e a garantir à nossa população uma vida melhor, quando houver pensão para os idosos penso que pelo menos alocamos algum orçamento para as zonas rurais para o desenvolvimento. Este é um programa importante que o Governo irá implementar.
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Hoje falou do programa social e do programa de estabilidade nacional. Podemos dizer que o problema do desenvolvimento social e estabilidade nacional afecta muito e é um grande obstáculo para o Governo. Fale-nos um pouco do(s) programa(s) a realizar nestas áreas.
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Vejo por exemplo que, se houvesse contribuição de todas as forças e de toda a sociedade, poderíamos obter uma solução imediata dos problemas. Até agora, segundo os contactos tidos com os deslocados, a maioria da população da cidade de Díli deseja regressar às suas casas, mas como no orçamento transitório não alocamos fundos para a construção de casas permanentes, serão contemplados no orçamento de 2008 que apresentaremos recentemente ao Parlamento Nacional. Portanto a solução dos problemas deverá ser por fase porque os recursos disponíveis não são suficientes para fazer tudo duma só vez e segundo os meios disponibilizados pelo Estado e penso que são meios mais justos para resolver os nossos problemas dentro de um curto prazo.
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Durante estes 100 dias de governação, quais as dificuldades enfrentadas pelo Governo para resolver o problema dos peticionários, herdado do Governo anterior, já desde a criação da Comissão de Notáveis?
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Primeiro, podemos analisar os eventos do passado conforme os dados, mas os problemas não “caíram do céu”. Surgiram porque não criámos condições suficientes nas Forças de Defesa e Segurança. As Forças Armadas não têm condições, não podemos exigir muito por partes deles, o Governo deve criar condições para as Forças Armadas.

Portanto, este Governo está a fazer esforços para criar condições para as Forças de Defesa e para a Polícia porque a polícia muitas vezes não tem transporte para apoiar os seus serviços. Portanto essas são as condições reais das nossas Forças de defesa e segurança, o que é importante considerar. Podemos ver a falta de comunicações em vários distritos, portanto digo que se desde o início criássemos condições para os dois sectores, talvez o problema não seria tão grave. Para o caso dos peticionários, o Governo criou uma equipa liderada pelo Secretário de Estado da Segurança, Francisco Guterres e pelo Assessor do Primeiro-Ministro, Joaquim Fonseca. Realizaram três encontros com os peticionários. O Primeiro-Ministro encontrou-se com os peticionários, em Aileu.

Acreditamos que não há outro meio para resolver este problema senão criar condições para nos sentarmos juntos e ver uma solução para o problema, com meios adequados. Todos sabemos que os problemas são muito complicados mas tenho esperança de que, nesta ou na próxima semana, segundo o pedido do Major Alfredo, o mesmo tenha um encontro com o Primeiro-Ministro, portanto espero que esse encontro seja idêntico ao que o Presidente da República realizou. Temos de agir de imediato para obter uma solução dos problemas que afectam a estabilidade nacional e a paz no nosso país.
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Neste momento, o Governo deseja realizar um diálogo com o Major Alfredo mas por parte da justiça, há ordem de captura de Alfredo. Como é que podemos resolver o problema nesta situação?
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Ouvimos várias vezes que o Major Alfredo deseja enfrentar a justiça. O processo de acantonamento, segundo a declaração que todos nós ouvimos, é um meio para facilitar que o mesmo possa responder à justiça. Isto é um processo que todos nós sabemos, para mostrar ao público que devemos enfrentar a justiça. Portanto isto é um grande problema e consideramos um grande obstáculo que já ultrapassámos.
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Timor: Ramos-Horta visita o Brasil, timorenses «querem» Lula

Diário Digital / Lusa
11-12-2007 14:01:00

José Ramos-Horta vai realizar uma visita oficial ao Brasil em Janeiro de 2008, anunciou hoje em Bali, Indonésia, o chefe da diplomacia de Brasília no regresso de Timor-Leste.
O chefe de Estado timorense «visitará o Rio de Janeiro e Brasília, talvez também São Paulo, no final de Janeiro» do próximo ano, anunciou à imprensa o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.

Ensino da língua portuguesa, agricultura, sistema judicial e obras públicas são algumas das áreas que Timor-Leste pretende ver reforçadas ou abertas por parte da cooperação brasileira, explicou o diplomata brasileiro.

Dos contactos com a liderança timorense, que incluiu o primeiro-ministro Xanana Gusmão, ficou evidente também que «o sonho deles é ver (o Presidente brasileiro) Lula lá», acrescentou Celso Amorim num encontro com jornalistas brasileiros e portugueses, à margem da conferência de Bali sobre alterações climáticas.

Celso Amorim chegara pouco antes de uma visita de dois dias a Timor-Leste, onde teve oportunidade de contactar com as actividades dos cerca de 200 brasileiros que trabalham no país.

«Acho que há uma possibilidade» de Lula da Silva visitar Timor-Leste, respondeu Celso Amorim quando interrogado sobre as possibilidades de o chefe de Estado brasileiro retribuir a próxima visita de José Ramos-Horta.

Cerca de metade dos brasileiros em Timor-Leste são missionários, explicou Celso Amorim, mas entre os cooperantes destaca-se o grupo de 40 professores de língua portuguesa, um grupo que o Brasil pretende reforçar a pedido das autoridades timorenses.

«É um esforço que o Brasil não tem em qualquer outro país desta maneira», salientou Celso Amorim.

«Sem ser piegas, achei que o trabalho dos brasileiros em Timor-Leste é quase comovente», sublinhou o ministro brasileiro.

Celso Amorim declarou também que o Brasil deve seguir no futuro o modelo de «continuidade» da cooperação portuguesa no país.

«Não pretendemos competir com Portugal, até porque as nossas actividades são complementares», ressalvou o chefe da diplomacia brasileira.

O Brasil, um dos países em desenvolvimento com mais peso na Conferência Quadro das Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), reúne amanhã em Nusa Dua, Bali, 15 países, incluindo a União Europeia, para um pequeno-almoço de «aproximação ao diálogo».

Médicos do Mundo lançam no Youtube campanha contra fome

Diário Digital / Lusa
11-12-2007 13:34:00

Os Médicos do Mundo vão lançar no Youtube uma campanha de recolha de fundos para ensinarem os timorenses a alimentarem correctamente os seus filhos e evitar mortes infantis por má nutrição, foi hoje anunciado.

«Por desconhecimento e falta de condições financeiras, as crianças timorenses são mal nutridas e muitas acabam por morrer por não terem uma alimentação equilibrada», disse à agência Lusa Rosa Pereira.

Com a campanha «A Canção de Embalar que Falta a Timor-Leste é a Refeição Certa», os Médicos do Mundo pretendem recolher fundos para «apoiar a intervenção nos casos de má nutrição, evitando a morte e o mau desenvolvimento das crianças timorenses».

«São raras as crianças que são amamentadas aos oito/nove meses de vida, factor que tem um impacto negativo no crescimento e desenvolvimento infantil e facilita o aparecimento de insuficiências de peso e calóricas, que acabam por se traduzir em doenças e na morbilidade infantil», indicam os Médicos do Mundo.

Em declarações à Lusa, Rosa Pereira explicou que o objectivo daquela Organização Não-Governamental é «sensibilizar as pessoas para a questão da má nutrição em Timor-Leste, que atinge também muitas grávidas, de forma a que os Médicos do Mundo possam apoiar os timorenses na educação para as práticas de uma alimentação saudável».

De acordo com Rosa Pereira, «muitas vezes as pessoas precisam de ter essa formação» para conseguirem ter uma alimentação correcta.

«Às vezes, as pessoas têm os alimentos certos, mas não sabem como os utilizar ou variar», afirmou.

A dar a cara pela campanha «A Canção de Embalar que Falta a Timor-Leste é a Refeição Certa» estão os actores Maria João Bastos, Ana Zanatti e Albano Jerónimo.

Para tentar contornar o recorrente problema de conseguirem que os meios audiovisuais divulguem as suas campanhas durante o horário nobre, de maneira a chegarem ao maior número de pessoas possível, os Médicos do Mundo decidiram apostar nas novas tecnologias, nomeadamente no Youtube.

«Contactámos com vários sites, o SAPO já nos deu resposta, e vamos colocar também o spot no Youtube porque são meios que chegam a muita gente», disse a responsável.

«Não temos orçamento para campanhas publicitárias, pelo que contamos com a solidariedade das pessoas, como aconteceu com os actores. No entanto, as televisões nem sempre passam os spots em bons horários», lamentou Rosa Pereira.

Os pedidos que fizeram aos jornais, rádios e a uma estação de televisão (que tem contrato de exclusividade com os actores) continuam a aguardar resposta.

A campanha «A Canção de Embalar que Falta a Timor-Leste é a Refeição Certa» insere-se no âmbito do Programa Ampliado de Imunização que os Médicos do Mundo já estão a desenvolver em Timor-Leste.

Secretário de Estado de Timor-Leste em Santarém

O MIRANTE
11 Dez 2007, 14:39h

O Governador Civil de Santarém recebeu segunda-feira o Secretário de Estado da Segurança Social de Timor-Leste, Vítor da Costa, que se encontra no nosso país para tomar contacto com as políticas sociais praticadas. “Por via afectiva, pela ligação cultural, histórica, pela ligação que todos temos à semelhança das nossas raízes, é do nosso total interesse em ajudar para que Timor atinja a normalidade e o desenvolvimento que todos ambicionamos”, afirmou Paulo Fonseca.

O representante do Governo timorense definiu Portugal como “o irmão mais velho”, a quem o mais novo recorre a pedir ajuda: “Já nos atrevemos a pedir muito, hoje pedimos mais para aprender. Necessitamos de aprender a partir de outras experiências e a melhor seria Portugal”, afirmou Vítor da Costa.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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