sexta-feira, junho 09, 2006

Comoro, o bairro "da GNR", um grande palco de conflitos

António Sampaio (Texto) e Manuel de Almeida (Fotos), da Agência Lusa Díli, 09 Jun (Lusa) - A zona de actuação exclusiva da GNR em Timor-Leste, o bairro de Comoro, na parte ocidental de Díli, é uma das mais populosas da cidade e mais problemáticas em termos de segurança.
à semelhança do que aconteceu noutras ocasiões de conflito, nas últimas semanas, o bairro de Comoro tem sido referenciado como um dos locais da capital timorense onde ocorrem mais actos de violência, o que se nota nas dezenas de casas queimadas, no mercado em ruínas e nas muitas barreiras instaladas por populares.

Nenhum exemplo é tão forte como o caso do Bazar de Comoro, o mercado, cujo funcionamento foi consolidado em 2001, quando as autoridades de Díli transferiram para aquele espaço os vendedores do antigo Mercado Municipal e os que exerciam a sua actividade ao longo da estrada principal.

Desde então, o mercado já foi totalmente destruído em duas ocasiões, primeiro a 04 de Dezembro de 2002, quando ocorreram confrontos em Díli de que resultaram dois mortos, e durante a onda de saques e destruição que marcou as últimas duas semanas na capital de Timor-Leste.

Os sinais da violência vêem-se nos ferros retorcidos, nos plásticos azuis e cinzentos queimados, no amontoado de paus de bambu parcialmente carbonizados e até num monte de malaguetas, o único sinal de que ali se vendia, há menos de um mês, aquela especiaria, bem como frutas e legumes.
No grande largo do mercado, vários timorenses, que garantem ser vendedores, sentam-se à conversa com a reportagem da Agência Lusa, recordando os sucessivos confrontos na zona, a destruição de casas e as mortes que garantem ter ocorrido no bairro, sem quantificarem.
Caetano, 25 anos, que diz falar português "devagar", mas que prefere a segurança do tétum, explica que os confrontos foram entre "bandos organizados" e que "isso" da divisão regional, entre os ditos "lorosae" (do leste) e "loromonu" (do ocidente), é "mentira".
"O povo de Timor-Leste é todo igual. Só há um", afirma, explicando que está à espera que a situação estabilize para recomeçar a vender.

A conversa rapidamente salta para a chegada iminente da GNR, que no âmbito de um acordo estabelecido esta semana, após mal- entendidos com a força militar australiana presente em Díli, actuará exclusivamente no bairro de Comoro numa primeira fase, depois da chegada hoje, a Díli, do seu equipamento.
"Diak, GNR, diak", afirmam, em coro, os cinco ou seis timorenses à conversa com a Lusa em Comoro, usando a palavra tétum "bom" para exprimir o seu contentamento com a presença dos efectivos portugueses no bairro.
"A Austrália esteve aqui e não fez nada. Deixavam queimar as casas à frente deles, matar pessoas (Ó) e não faziam nada. Um jovem a levar uma catanada e eles ali. Parece que estão a brincar com as armas", garante.
A mesma opinião é partilhada pelo mais velho do grupo, Manuel Alves, 47 anos.
"Não confiamos nos australianos. A Austrália só quer a nossa riqueza, o nosso petróleo", afirma, gesticulando.

"Deviam mandar mais GNR. Cento e vinte é pouco", acrescenta José Feles, 25 anos.
"E têm de entregar a segurança de todo o Díli à GNR, porque os australianos brincam", acrescenta.
Quando se pergunta que tipo de acção esperam da GNR e como reagem aos que criticam a forma de actuação dos portugueses, os timorenses quase se atropelam para responder.
"Têm que ser duros. A mentalidade da juventude timorense é complicada. Têm que ser fortes", garante Caetano.

Ruben Carvalho, administrador do distrito de Díli, estima que antes dos confrontos viviam no bairro cerca de 25 mil pessoas, a maioria dedicada ao comércio, à agricultura de subsistência ou à recolha de pedra para a construção civil no leito quase seco da Ribeira de Comoro.
Hoje, segundo estimativa de Ruben Carvalho, permanecem na zona menos de 7.500 (30 por cento dos habitantes), tendo a maioria fugido para fora de Díli ou para a relativa segurança dos campos de deslocados.
"Estamos ainda a contabilizar os danos, a avaliar o número de casas queimadas. Esperemos que a GNR ajude as pessoas a voltar para casa. Estamos esperançados que sim", afirmou.
O grande marco arquitectónico do bairro é a ponte de Comoro - a antiga, construída pelos portugueses, foi substituída durante a dministração indonésia por uma de ferro, por onde passa a principal via de saída para ocidente e, em particular, para o aeroporto Presidente Nicolau Lobato.

A metade ocidental do que é hoje a confusa zona do bairro de Comoro - com os limites por precisar e a mudarem constantemente - era, no tempo da colonização portuguesa, dominada pela floresta e por uma plantação de tabaco do empresário Manuel Carrascalão.
Os maços de Tata, a marca do tabaco sem filtro ali produzido, custavam na altura cerca de três escudos.
Durante a ocupação indonésia, a componente residencial e comercial da zona cresceu significativamente, e ali moram sobretudo funcionários da administração, militares e polícias.
Hoje, na zona do bairro de Comoro há um pouco de tudo, desde as principais estruturas logísticas da cidade - supermercados, armazéns e empresas de construção - às residências de algumas das mais conhecidas figuras timorenses, como por exemplo membros das famílias Alkatiri e Carrascalão.

É também em Comoro que estão a Academia de Polícia - onde hoje se perfilavam recrutas -, a Igreja Pentecostes, o Colégio D. Bosco (onde estão milhares de deslocados) e a sede do Comité Central da FRETILIN, o partido no poder.
Na "fronteira" de Comoro, em Campo Alor, ergue-se a Mesquita de Díli.
Logo à entrada do mercado de Comoro, está a sede de uma empresa recém-criada, com os vidros partidos e sinais de fumo nas paredes.
A "olhar" para as bancas destruídas, na parede lateral do edifício e quase a desafiar quem passa, destaca-se um cartaz gigante com o nome da firma: "Oportunidade Timor Lorosae".
Lusa/Fim

Comunicado - CE

Dili / Brussels, 9 June 2006



"...European Commission President José Manuel Durao Barroso said :

“This is a strong manifestation of the full support and solidarity of the European Commission with the people and government of Timor Leste, which I expressed in a letter to President Xanana Gusmao last week.”"...



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Mais do mesmo...

Horta pede investigação urgente sobre alegado "esquadrão da morte"

Díli, 09 Jun (Lusa) - O governante timorense José Ramos-Horta pediu hoj e uma investigação urgente sobre a alegada formação de um "esquadrão da morte" p ara intimidar e eliminar opositores de Mari Alkatiri, cuja existência foi negada pelo primeiro-ministro e líder da FRETILIN.

Segundo o canal televisivo australiano ABC, 30 antigos membros das Fali ntil (guerrilha timorense) terão sido recrutados e armados no início de Maio, pe lo então ministro do Interior, Rogério Lobato, sob instruções de Mari Alkatiri, para intimidar e até eliminar opositores políticos.

Em declarações à ABC, Mari Alkatiri rejeitou que a FRETILIN tenha um gr upo armado clandestino e que tenha ordenado a distribuição de armas a civis, afi rmando que se trata de mais uma tentativa para o desacreditar.

"Estão a tentar diabolizar a minha imagem. É a única coisa que posso di zer", comentou Alkatiri.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa timorense, José Ramos- Horta, disse ao canal australiano ter ouvido rumores sobre a existência do grupo na semana passada, mas considerou-os "inacreditáveis".

"É-me muito difícil acreditar que o nosso primeiro-ministro armaria civ is, e em particular que lhes daria ordens para assassinar outros, independenteme nte de quem fossem", disse o recém-empossado ministro da Defesa.

Apesar disso, Ramos-Horta considera que "as alegações" devem ser alvo d e uma investigação independente, conduzida por timorenses e internacionais, por iniciativa do Presidente da República, Xanana Gusmão.

"As alegações são alegações até que se prove que são correctas através de uma investigação, mas são questões muito sérias", afirmou.

"Se estas [alegações] fossem verdadeiras, seria realmente uma absoluta desgraça para nós que isto acontecesse no meio da nossa ilusão e sonhos de criar mos uma sociedade pacífica, tolerante e democrática, um país democrático", acres centou.

A ABC mostrou imagens do grupo recolhidas durante a noite num local não identificado fora de Díli, vendo-se indivíduos com uniformes e armados.

O alegado chefe do grupo, identificado como comandante Raylos, alega qu e lhes foram dadas 18 armas e 6.000 cartuchos de munições, bem como veículos e u niformes.

Na lista de alvos, adiantou a ABC, estariam elementos dos militares reb eldes que se encontram na zona de Ermera e Maubisse e até militantes da FRETILIN descontentes com a liderança de Alkatiri.

A jornalista responsável pela reportagem, Liz Jackson, disse que os hom ens alegaram ter sido recrutados em nome do primeiro-ministro por Rogério Lobato , que se demitiu do cargo de ministro do Interior no passado fim-de-semana.

Rogério Lobato foi entretanto eleito vice-presidente da FRETILIN pelo c omité central do partido.

Jackson disse que os homens forneceram uma lista de datas de encontros com vários responsáveis timorenses, incluindo os que os armaram, mas que ainda n ão actuaram.
Questionado sobre as alegações, o chefe da diplomacia australiana, Alex ander Downer, considerou que não passavam de alegações.

"Seria completamente inaceitável para um primeiro-ministro timorense ou qualquer outro agir de uma forma que é ilegal e que cai fora dos limites da Con stituição. Se houver provas, não apenas alegações, mas se houver provas as autor idades devem lidar com isso", afirmou Downer.
ASP.
Lusa/Fim

Dos leitores

"...A verdade é como o azeite vem sempre ao de cima, mas as mentiras (os tais 56, 60 e mais) já contribuíram para que muitos timorenses sejam hoje deslocados no seu próprio país, a viverem em campos de acolhimento quando podiam estar a viver nas suas casas se mentiras e boatos não tivessem provocado toda esta agitação social. "


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Obrigado, Margarida.

Tradução de texto dos leitores:

"Alguém que alguma vez se encontrou com o PM Alkatiri sabe que ele é um homem de paz e um estridente promoter das regras legais. Como um internacional que tem trabalhado como conselheiro em Timor-Leste por muitos anos, sei que é uma sugestão enganadora dizer-se que ele está envolvido com este tipo de promoção de conflito armado que se parecem com o tipo de tácticas dos indonésios que nós sabemos alguns Timorenses infelizmente aprenderam bem nos tempos clandestinos, dos Indonésios.

Ou dito doutro modo, este é o truque mais velho nesta parte do mundo.

A FRETILIN pelo que temos visto tem uma disciplina de aço.

Apesar das casas da maioria dos seus deputados terem sido queimadas e a liderança do partido ter sido intimidada e alvejada, e ter sido atingida em Dili, e nos Districtos de Ermera e Liquisa, não retaliou com violência recíproca.

Nem devemos recear que o farão. E porquê? Porque qualquer pessoa que fala com eles sabe que a maioria das pessoas da FRETILIN foram perseguidas por serem quem eram e por quererem a independência, incluindo por pessoas que são agora membros da oposição.

Os membros da FRETILIN viram a morte e a destruição demasiadas vezes para quererem usar isso a seu favor.

A palavra de ordem dos membros da FRETILIN nas últimas eleições e que muitas vezes repetem é MÁXIMA TOLERÂNCIA, TOTAL VIGILÂNCIA.

É uma crença de que nem todos os Timorenses partilham a convicção dos ideais dum Timor-Leste livre, justo, democrático e verdadeiramente independente.

Isto tem sido ilustrado abundantemente pelas tácticas divisionistas e violentas últimamente usadas pela oposição contra o governo da FRETILIN. Estas não são acções de falcões mas, eu sugiro de pombas. O PM Alkatiri, depois dos eventos que ocorreram iniciou um pedido formal à ONU para investigar os disparos contra os oficiais de polícia desarmados. Foi ele quem tomou a iniciativa.

Também ele juntamente com o Presidente da Republica e o Presidente do Parlamento, iniciou o pedido para a intervenção estrangeira para acabar com mais derramamento de sangue.

Isto foi feito sem correrias e no melhor interesse da nação, apesar das diferenças que tem tido com Downer e Howard, e que derivam largamente das negociações duras sobre o Timor Gap.

São estas, acções de um homem que tem alguma coisa a esconder?

Convidar os seus antagonistas de ontem para manter a lei e a ordem, na forma de a Australia vir para cá com 1300soldados e mais polícia?

Recentemente, estando na parte de fora do Palácio Presidencial reparei que o Primeiro Ministro chegou numa caravana guardada somente por soldados armados Australianos, como seus guarda-costas de segurança. Os seus guarda-costas Timorenses, reparámos não estavam armados, sugerindo o que arriscaria dizer que tinham sido desarmados. Em contraste, o Presidente tem um verdadeiro "exército" de polícias Timorenses armados com todo o tipo de armas automáticas poderosas e vestidos com farda de combate.

Amigos que assistiram ao juramento de Juízes e outros, no passado sábado repararam em pelo menos 12 polícias timorenses pesadamente armados que guardavam o Presidente e faziam segurança dentro e à volta do Tribunal, outra vez em contraste com somente os Australianos que guardavam o PM.

Estes não são actos de um incentivador de violência. Ponhamos tudo em prespectiva e paremos de demonizar o PM como ele sugeriu, e parece com razão, que há gente que o tenta fazer.

Nós os internacionais devemos ao menos não criar mais estragos e trabalhar com os timorenses para curar as brigas e as feridas que têm sido insensatamente usados como instrumento por alguns para provocar divisão e ódio para fins puramente de egoistas ganhos políticos.

Fecho com as palavras do Presidente da Republica, no sábado, na cerimónio de juramento dos juízes:

"Mais uma vez os fantasmas da inveja, ódio e vingança regressaram para nos perseguir ".

Ele conhece a propensão destes três factores para dividir e destruir a sociedade Timorense.

Ele sabe que tudo é apontado contra o PM Alkatiri sem justificação.

Ajudemos a não mascarar."

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Podemos, sim.

"Ja agora o senhor anonimo pode me dizer os nomes dos 5 que morreram "oficialmente"? ou mesmo os 20 e tal do total das baixas ate agora?Ha que dar tempo ao tempo. A verdade transparecera, seja para confirmar ou refutar as alegacoes."

Basta ir ao Hospital de Díli, Guido Valadares ou dirigir-se à Cruz Vermelha...

Uma boa idéia

Dos leitores

Já agora os mortos de 28 de Abril têm nome ou chamam-se todos "número muito superior ao oficial"?

Europa solidária com Timor-Leste

Bruxelas concede 18 ME e apela para reconcialiação

Bruxelas, 09 Jun (Lusa) - A Comissão Europeia e o governo de Timor-Lest e assinaram hoje, em Díli, um acordo que prevê a atribuição de 18 milhões de eur os para reduzir a pobreza, tendo Bruxelas apelado para o restabelecimento da ordem pública no país.

Em comunicado divulgado em Bruxelas, a Comissão Europeia salienta que s e trata de uma estratégia para Timor-Leste a desenvolver este ano e em 2007.

A verba destina-se a projectos financeiros para reduzir a pobreza em todos os sectores e regiões e promover o crescimento económico de forma "equitativa e sustentável", através da melhoria dos sectores da saúde e educação e do bem- estar da população, segundo a Comissão Europeia.

O outro sector prioritário é a capacidade de construção institucional, para que as autoridades timorenses alcancem uma real capacidade nacional para planear, gerir financeiramente e melhorar os serviços prestados pelas instituições públicas.

Dos 18 milhões de euros, 12 milhões destinam-se ao desenvolvimento das zonas rurais e os restantes seis milhões a ajudar o Governo a gerir os seus recu rsos, incluindo meios de cooperação técnica que visam ajudar na aplicação da verba concedida.

Dois terços da população de Timor-Leste vivem em áreas rurais, onde 40 por cento da população é pobre, em contraste com os 14 por cento nas cidades.

"A União Europeia confirma o seu compromisso como parceiro da população e governo de Timor-Leste e considera que a ajuda só pode produzir resultados se a reconciliação for alcançada", afirmou o presidente da Comissão Europeia, numa mensagem enviada por ocasião da assinatura do documento, na qual expressa o "total apoio e solidariedade" com a jovem nação.

"Todas as partes envolvidas devem comprometer-se a contribuir para o restabelecimento da ordem pública, fazendo todos os esforços para encontrar uma solução construtiva e pacífica para a actual crise dentro do total respeito da Constituição de Timor-Leste", acrescentou José Manuel Durão Barroso.

Por seu lado, o comissário europeu do Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, Louis Michel, assegurou que Bruxelas "continuará a assistir e a acompanhar T imor-Leste nos seus esforços contínuos para construir um novo Estado independent e e democrático, respeitador do Estado de Direito".

Esta ajuda - esclarece a Comissão Europeia - já estava prevista no âmbito da entrada de Timor-Leste no acordo de Cotonou, em Dezembro de 2005, e não surge na sequência da actual de instabilidade que se vive no território.

No entanto, atendendo às "necessidade urgentes" de Timor-Leste o gabinete da Ajuda Humanitária da Comissão Europeia (ECHO) enviou na semana passada uma missão ao terreno para avaliar a situação em coordenação com outros doadores e agências, estando a trabalhar na concessão de uma "resposta apropriada" brevemente.

Após a cerimónia de assinatura do documento, o primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, reuniu-se com o chefe de Departamento da Região do Pacífico da Direcção-Geral do Desenvolvimento da Comissão Europeia, Valariano Diaz, com q uem falou sobre "a actual situação do país e as próximas acções a desenvolver para restabelecimento da normalidade" no território, segundo um comunicado do executivo timorense.

TC/ASP.
Lusa/Fim

Recebemos do blog Geosapiens palavras encorajadoras que agradecemos, e um lemos no Odisseus um testemunho muito interessante:

"TIMOR: ALGUMAS EXPLICAÇÕES.

De Vasco Paiva recebi esta mensagem sobre Timor que todos os portugueses devem conhecer:


"Daquilo que conheci quando estive em Timor, no ano passado, mais os
contactos que mantenho diariamente com os meus amigos que lá estão a
trabalhar, algumas ideias e uma leitura naturalmente muito superficial...

Quando foi a invasão do Iraque pelos americanos, Ramos Horta apressou-se a
declarar o apoio aos EEUU. Entrevistado por um jornalista Mário Alkatiri
declarou-se a favor da paz e da resolução dos problemas no quadro das
Nações Unidas. O jornalista insistiu que um ministro do governo de Timor
tinha apoiado os americanos...A resposta de Mário Alkatiri, perante a
insistência, foi de que Ramos Horta não o fez como representante do governo
de Timor "deve ter sido como Prémio Nobel da PAZ"!

Quando o Governo de Timor procurava fazer cumprir a Constituição e a
religião católica não ser de ensino obrigatório nas
escolas...desencadearam-se as manifestções. Também uma jornalista insistiu
perante o 1º Ministro que teria sido manipulado por estrangeiros o que
Alkatiri negou... e ela insistiu com a presença do Embaixador Americano na
manifestção. Alkatiri desvalorizou... mais ou menos isso "conheço bem o Sr.
Embaixador, é muito católico, vai à missa todos os domingos, deve ter
pensado que era uma procissão.."

A sensatez e a independência de Mário Alkatiri e do seu país paga-se!

No fim de semana passado, no Público, uma socióloga australiana dizia que o
governo da Austrália não gostava do governo de Timor por causa da
delimitação do mar de Timor! Hoje a esposa de Xanana, AUSTRALIANA, já
falava (em inglês) para a rádio e já parecia a nova porta voz, falando em
nome do Presidente e da sua concertação com Ramos Horta!... e com a
Austrália é claro!

A 1ª ofensiva em finais de Abril visava o Congresso da Fetilin, coincidiam
os 4 anos de independência, o fim da missão da ONU. Como ponta de lança, no
Congresso, contra o Governo e contra Alkatiri, surgia o embaixaor Timorense
nos EEUU, que depende hierarquicamente de Ramos Horta...Rápidamente a
Astrália mobilizou as suas tropas e colocou os seus barcos de guerra junto
ao mar de Timor...

Em análise no Conselho de Segurança o pedido de mais um ano de missão da ONU
em Timor, os EEUU opuseram-se, só aceitaram mais um mês, jogavam na
deterioração da situação e no papel/intervenção da Austrália. No
Congresso
essa ofensiva perdeu, ganhou a direcção, os membros do Governo e Alkatiri.

O suposto "comandante" dos supostos "rebeldes" sempre viveu na Austrália, só
depois da independência foi para Timor, onde pelo "treinamento" dos
conselheiros australianos, integrados na ONU, chegou a comandante da
polícia.

Estavam a decorrer os concursos públicos para atribuição das concessões de
exploração de petróleo no mar de Timor.

No fim de semana começou-se a
conhecer que as COMPANHIAS AUSTRALIANAS estavam mal posicionadas! Na 2ª
feira foram tornados públicos os resultados do concurso. Nenhuma COMPANHIA
AUSTRALIANA obteve uma licença. Na 3ª feira recrudesceram os conflitos em
Timor. Na 4ª feira entrou a tropa australiana!

Naturalmente que o chefe dos "rebeldes" diz que só fala com Xanana, com
Ramos Horta e com o comandante das tropas da Austrália... pelo meio ainda
ficou uma "tentativa de mediação"?... que metia o embaixador da indonésia em
Lisboa e a proposta de um encontro "entre as diversas partes" em Fátima!...

Será fácil procurar mais coincidências, só tentei sistematizar algumas para
o triângulo TIMOR-PETRÓLEO-AUSTRÁLIA e os seus pilares Xanana (casado com a
Austrália) e Ramos Horta com um pé nos Estados Unidos e outro na Austrália
e a viver numa rua a que deu o nome de "Boulevard Kenedy"...

Podem ainda conhecer mais notícias num blog ainda feito em Timor com todas
as limitações de quem o faz, nas condições em que o faz...

http://www.timor-online.blogspot.com/

Para mim, no meio desta caldeirada, o pior que pode acontecer é ficarem
reféns da Austrália que a pretexto de conflitos internos, entra e fica, como
foi com a Indonésia...

Um abraço para todos e por favor ajudem a esclarecer a situação."

Operação Lafaek" da GNR pronta a sair para a rua

"
Díli, 09 Jun (Lusa) - A "Operação Lafaek" ("Crocodilo" do original em tétum) do subagrupamento Bravo, da GNR, está pronta a sair à rua, com a chegada hoje a Timor-Leste do que faltava do seu equipamento, entre viaturas e material anti-motim.

As viaturas e o equipamento necessário para a missão de manutenção da o rdem pública dos 127 efectivos da GNR entraram hoje em Díli às 16:00 horas locai s (08:00 horas em Lisboa).

Segundo, "Depois de equipar o pessoal e preparar as viaturas iniciaremo s as operações da patrulhamento", declarou o comandante operacional do subagrupamento Bravo, capitão Gonçalo Carvalho.

Numa primeira fase, a área de acção da GNR circunscreve-se ao problemático bairro de Comoro, na parte ocidental da capital timorense, mas caso seja nec essário, o grupo português poderá ser solicitado para reforçar qualquer das forç as internacionais, australianas, neozelandesas e malaias, para fazer face a alte rações da ordem pública, precisou o capitão Carvalho.

Mais tarde, "dentro de dias ou semanas", segundo os acordos provisórios multinacionais alcançados quarta-feira em Díli, a área de intervenção da GNR será alargada a toda a capital timorense.

Segundo o capitão carvalho, a missão da GNR assenta na "visibilidade", levada à prática em patrulhas de 24 horas para manter a ordem pública.

Entre o material que chegou hoje a Díli contam-se 20 viaturas, seis das quais blindadas, seis de transporte de passageiros, quatro veículos todo-o-terreno, três "pick-up" e um atrelado com tanque de água.

Também chegou equipamento anti-motim e material de apoio logístico considerado indispensável para o subagrupamento Bravo, que chegou a Timor-Leste no domingo passado.

A falta de material adequado tinha já impedido o contingente da GNR de intervir na manifestação anti-governamental de terça-feira passada em Díli.

Na quinta-feira, o brigadeiro Mark Slater, comandante das forças australianas em Timor-Leste, tinha afirmado que os efectivos da GNR iriam actuar em to da a capital timorense logo que tivessem o equipamento necessário para levar a cabo o seu trabalho.

EL.
Lusa/Fim

Dos leitores

Quem são os supostos "contratados" para aniquilar os oponentes políticos do Alkatiri?

Um deles é um tal de Railoss, antigo combatente e da Fretilin, da zona de Ermera ou de Liquiça.

APELO

Source: East Timor Action Network (ETAN)

Date: 08 Jun 2006

U.S. must support strong UN mission in Timor-Leste

Call, fax or write the U.S. Ambassador to the United Nations today!

In recent weeks, violence has wracked Dili, the capital of Timor-Leste (East Timor). Conflicts within the security forces have broadened to include gangs of unemployed young men. Dozens have been killed, houses have been burned or looted across the city, and most of Dili’s population has fled to temporary shelters or rural areas.

Sadly, Timor-Leste’s government has had to ask for foreign security force intervention, suspending their hard-won political independence.

The current crisis stems from multiple complex causes, including grinding poverty, massive unemployment, and economic polarization.

Other causes include inadequate international commitments to peace-building and economic justice; no accountability for major crimes committed during the 24-year Indonesian military occupation or for more recent crimes; political and ethnic divisions; and failures of national leadership.

The United Nations Security Council will soon debate the nature of the next UN mission for Timor-Leste. Although both ETAN and the Timorese government have consistently advocated for more effective UN activities, the U.S. government has repeatedly pushed the UN to rapidly reduce its presence since 2002.

The international community must now support a robust UN mission to enable the new nation to achieve peace with justice and economic prosperity. Beyond its security component, the new mission must also make a priority of people-centered sustainable development, vigorous support for next year’s parliamentary and presidential elections, and a commitment to genuine justice.

Women should play a central role in the mission, which must be given sufficient political and material resources. The international community must commit to a mission for as long as Timor-Leste requires, and not end it prematurely because of international political convenience or false economizing.

As people who care about Timor’s future, we insist that the U.S. delegation to the United Nations support an adequate mandate and resources for any future UN mission to Timor-Leste.

What YOU can do:

Contact U.S. Ambassador to the United Nations John Bolton. Tell him:

- The U.S. Mission to the UN must support a robust UN mission for Timor-Leste.

- The future UN mission must deal with Timor-Leste’s deep poverty through appropriate sustainable development and provide vigorous electoral support and a central role for women.

The mission must also promote justice for crimes against humanity committed in 1999 and earlier, and have a strong focus on building Timor’s domestic justice system and strengthening the rule of law.

- The duration of the UN mission should be based on Timor-Leste’s needs, not on the U.S.’s or others’ convenience.

See below for a sample letter to Ambassador Bolton.

Contact info: 212-415-4050 (tel), 212-415-4053 (fax), usunpublicaffairs@state.gov.

You can also fax the U.S. mission to the UN from ETAN’s website.

Go to: http://www.etan.org/action/fax/faxunmission.htm.

Please let us know the results of your efforts at etan@etan.org. Your actions can help restore hope to Timor-Leste.


For additional background, please see http://etan.org/news/2006/05statment.htm.

Write a letter to the editor, see samples at http://www.etan.org/action/letters/jun2006.htm.



Sample Letter to U.S. Ambassador to the UN John Bolton

[YOUR ADDRESS HERE]

Dear Ambassador Bolton,

I urge you to support a robust UN mission for Timor-Leste. Speaking about that country recently, Secretary-General Kofi Annan stated, “there has been a sense that we tend to leave conflict areas too soon.” The current crisis shows this to be the case in Timor-Leste. As a permanent member of the UN Security Council, the U.S. government is well-positioned to ensure that the UN does not repeat that error.

Any future UN mission in Timor-Leste must vigorously address deeply-rooted poverty and unemployment through appropriate sustainable development. The mission should strongly support next year’s crucial parliamentary and presidential elections. Justice for crimes against humanity committed during the Indonesian military occupation - including 1999 - must be central, and there should be a strong focus on building an effective domestic justice system and strengthening the rule of law.

Women must be integral to nation and peace-building in Timor-Leste. Any UN mission should follow the spirit and letter of Security Council Resolution 1325 on women, peace and security.

The length of the UN mission should be based on East Timor’s needs, not on political convenience or false economizing.

Thank you for your consideration. I look forward to your response.

Sincerely,
...

Dos leitores

"Convém acrescentar que este jornalista também é bastante "acarinhado" pelos americanos e pelo Senhor Hasegawa.Ou será que todos lhe tiraram o tapete? "

Ou será que o estão a tentar "credibilizar"...

Dos leitores

"Díli, 09 Jun (Lusa) - O jornalista timorense da Associated Press José Belo foi hoje detido por soldados australianos que o mantiveram algemado mais de quatro horas no Centro de Detenção temporário, em Díli, disse o próprio à agência Lusa.

Ironicamente, um das últimas reportagens em que José Belo participou foi sobre os incidentes em Díli na qual deu apoio a um jornalista australiano do canal estatal SBS."...

Irónico sim se é verdade porque este jornalista está ao serviço do governo australiano, aliás como é dito na própria notícia.

José Belo é um "expert" a "fabricar" "casos insólitos" ao serviço do governo australiano.

Ou será que os australianos não lhe pagam o que pretende?

É tipico - estratégia José Belo.

Desconfiem ou então é realmente um enorme engano!

IRI.org



...
The International Republican Institute (IRI) was founded in 1983, as a nonprofit nonpartisan organization dedicated to advancing democracy, freedom, self-government and the rule of law worldwide. IRI programs are nonpartisan and adhere to the fundamental American principles of individual freedom, equal opportunity and the entrepreneurial spirit that fosters economic development.

IRI was founded after President Ronald Reagan's 1982 speech before the British Parliament in Westminster in which he proposed a broad objective of helping countries build the infrastructure of democracy.

Quoting the U.N. Universal Declaration of Human Rights, he stated "we must be staunch in our conviction that freedom is not the sole prerogative of a lucky few but the inalienable and universal right of all human beings."
...

IRI's board of directors is chaired by U.S. Senator John McCain (R-AZ) and includes former Secretary of State Lawrence S. Eagleburger, former U.S. Permanent Representative to the United Nations Ambassador Jeane J. Kirkpatrick, former National Security Advisor Brent Scowcroft, current members of the U.S. House of Representatives and Senate, and individuals from the private sector with backgrounds in international relations, business and government.

IRI's president, Lorne Craner, assumed leadership on August 2, 2004. From 2001 to 2004, Craner served as Assistant Secretary for Democracy, Human Rights and Labor at the U.S. State Department. Craner previously served as IRI's president from 1995 to 2001, during which he led IRI to new levels of achievement.

Coluna de 19 viaturas da GNR entrou em Díli às 8:00 (hora de Lisboa)

Díli, 09 Jun (Lusa) - Uma coluna automóvel da GNR composta por 19 viaturas, seis das quais blindadas, entrou em Díli às 8:00 (hora de Lisboa), o que deverá permitir ao contingente de 120 militares portugueses ficar totalmente operacional a partir de sábado.

O equipamento destinado ao contingente da GNR enviado para Timor- Leste foi descarregado no aeroporto de Baucau, onde chegou num aparelho que aterrou às 00:52 de hoje (hora de Lisboa).

Entre o material que chegou agora a Díli contam-se 19 viaturas, seis das quais blindadas, seis de transporte de passageiros, quatro veículos todo-o-terreno, três pick-up e um atrelado de água.
Também chegou equipamento anti-motim e material de apoio logístico considerado indispensável para o subagrupamento Bravo, que entrou em Timor-Leste no domingo passado.

Com a chegada do equipamento e material o contingente de 120 homens da GNR deverá ficar totalmente operacional a partir de sábado, tinha afirmado terça-feira à Lusa o capitão Costa Carvalho, comandante da força da GNR.

A falta de material adequado tinha já impedido o contingente da GNR de intervir na manifestação anti-governamental de terça-feira passada em Díli.

Na quinta-feira, o brigadeiro Mark Slater, comandante das forças australianas em Timor-Leste, mas apresentado como comandante das forças multinacionais (Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal), tinha afirmado que os efectivos da GNR iriam actuar em toda a capital timorense logo que tivessem o equipamento necessário para levar a cabo o seu trabalho.

O acordo provisório multinacional alcançado quinta-feira em Díli, e já aprovado pelo governo português, dá à GNR o controlo exclusivo do bairro de Comoro, em Díli, durante uma fase transitória, com a sua área de actuação a ser progressivamente alargada à medida que o equipamento for chegando.


EL/NVI.
Lusa/Fim

Mais um empurrão dos "amigos" australianos

Timor PM in hit squad claim
June 09, 2006

ALLEGATIONS that East Timor's prime minister plotted to kill his opponents must be investigated, the federal government says.

The "very serious" allegations should be investigated by East Timor or the United Nations, Foreign Minister Alexander Downer said today.

Mr Downer also called on East Timor's politicians to "get their act together" and not expect Australia or the rest of the world to solve their problems.

Prime Minister Mari Alkatiri has denied allegations he recruited a hit squad of troops to eliminate his political opponents in the lead-up to next year's elections.

The ABC reported that the men, former members of the Falantil resistance, had been given weapons and that their alleged targets included soldiers from the west of the country sacked by Alkatiri.

East Timor Foreign Minister Jose Ramos-Horta has called for an urgent investigation into the allegations.

However he added:"I find it very hard to believe that our prime minister would arm civilians, individuals and in particular give orders to assassinate others, no matter who they are."

Asked about the allegatiions, Mr Downer said:"Whether they are allegations of substance, that is another matter, but they are very serious and very dramatic allegations.

"Our view of it is that the East Timorese should investigate these kinds of allegations," he told reporters in Adelaide.

"And if they feel in the present circumstances they are unable to do so, then they should approach the international community to help them.

"But they are allegations so we treat them as precisely that, these are far from proven.
"As the East Timorese foreign minister has said, they ought to be looked into but the East Timorese should be doing that or asking someone to come and help them to do it.

"And that might mean that they will for example approach the United Nations and ask the United Nations to expand on the inquiry that the UN is already considering into the deaths of the East Timorese police the other day."

East Timor's ambassador to Australia, Hernani Coelho da Silva, said there were no concerns about a possible investigation into the allegations.

"We don't have anything to cover up, we are open to what is considered best by international measures," he told reporters in Canberra.

"As people say, we can't put the cart before the horse, so let's work and find out what is actually going on."

Mr Downer said Australia's peacekeeping role in East Timor was proving to be "quite a difficult mission".

"The reason for that is the East Timorese political players have to get their act together," he said.

"They can't just expect the rest of the world to solve their problems for them or to take responsibility for all their problems.

"They must learn, as an independent country, to take responsibility for themselves, for their own behaviour."

Meanwhile, World Vision has launched an emergency appeal for funds to supply food to up to 100,000 East Timorese forced from their homes by armed gangs who have been terrorising the capital Dili.

Até para estes senhores, há pouco tempo atrás Alkatiri era fantástico...




“Dili, Timor Leste
22 May, 2006

Dear Prime Minister Alkatiri,

On behalf of the International Republican Institute (IRI), please allow me to congratulate you on your re-election as Secretary General of the FRETILIN Party.

Over the years FRETILIN has established a good trusting relationship with IRI, am I am pleased to note the progress that your government has achieved during its four years of statehood. Despite the formidable challenges facing the country, under your leadership, Timor-Leste is making great strides…”.

(assina Jonh H. Poepsel)

Resto da cidade está calmo

Há uma casa a arder em Delta Comoro.

Dos leitores - Sayonara

Kofi Annan has been on the record as stating that PKF left Timor-Leste too early. Its hard to find someone who disagrees.

I who worked with UN agencies agree fully with Mr Annan.

The Timorese leadership also asked for it not to be the case, but alas. But of equal importance for examination is that of the quality and role of UN SRSGs since His Excellency Kamalesh Sharma.

He has been less than competent and devoid of any positive contribution to enhancing peace and stability in Timor-Leste.

Mr Hasegawa through his public comments as well not so private comments has on many occasions been the spokesperson for all irrational and baseless allegations against the current legitimate Timor-Leste government, which were fomented by and flamed by the opposition.

Some of these include remarks overheard by function goers of baseless and scurrulous accusations against the prime minister of corruption.

His office policy, which transcended into UNDP was to employ only Timorese nationals who were from or sympathisers of the opposition parties. For that matter so was this the policy of the World Bank but at least there they were much more transparent in their recruitment processes.

The undermining of the government within UNDP circles became total and thorough, witnessed by many including some of us international consultants.Then there have been his now famous use of his position to promote japanese foundation related activities through Japanese funding.

Nothing really unethical per se, with the exception that it has been an exercising akin to trying to put square pegs in round holes.

One example is what I think eveyone now admits was the failure of the RESPECT project which created so many expectations yet had so much negative impact on the community. That was his baby and he cannot run from its effects on Timor-Leste.

This was a project which he heavied the Timor-Leste government to undertake, which was disliked by the other bilateral and multilateral donors here, for good reason, and was running contrary to the efforts being made by the veterans commission, but which Hasegawa wanted by hook or by crook to go ahead with the inclusion of ex-combatants aspects about it because it had to be thus due to the Japanese Peace Foundation guidelines.

The Timor-Leste government was placed in a corner because Japan is not one bilateral donor you want to upset in Timor-Leste.

So, Mr Hasegawa, I think even we in the donor community would have run from signing a letter of confidence in your role here as has been publicised of late.

We all have to reflect on our role here. We are reflecting deeply to ensure our future contribution is positive and can salvage this country. So should you reflect (or more to the point the UN reflect on your role here), because your efforts here in Timor-Leste were well short of what even the UNs usual mediocre, but sometimes successful efforts to promote peace building and political stability in kindred missions has been able to achieve in three years.

Some are going further and accusing you of conduct which enboldened some opposing the government to adopt strategies of political instability and divisiveness.

Time will tell all. But I hope the UN will ensure that a person of greater stature will be given the responsibility of representing the UN in these next vitally important two or more years.

Many of us in the international community here are hoping its Sayonara Mr Hasegawa.

Jornalista timorense da AP detido por soldados australianos

Díli, 09 Jun (Lusa) - O jornalista timorense da Associated Press José Belo foi hoje detido por soldados australianos que o mantiveram algemado mais de quatro horas no Centro de Detenção temporário, em Díli, disse o próprio à agência Lusa.

José Belo explicou que estava na zona do hospital de Díli quando foi confrontado com uma patrulha militar australiana que lhe pediu identificação alegando que era habitual vê-lo em zonas de confrontos em Díli.

"Mostrei a minha identificação da AP mas eles disseram que era falsa. E prenderam-me. Levaram-me para o centro de detenção e mantiveram-me algemado quatro horas", disse à Lusa o repórter da APTV.

O jornalista timorense só acabou por ser libertado depois da intervenção de um jornalista estrangeiros da AP que se deslocou ao local para confirmar que José Belo era correspondente da agência desde 1999.

Ironicamente, um das últimas reportagens em que José Belo participou foi sobre os incidentes em Díli na qual deu apoio a um jornalista australiano do canal estatal SBS.

A Lusa tentou, sem êxito, contactar um responsável do contingente militar australiano destacado em Timor-Leste para obter um comentário ao incidente.

ASP.
Lusa/Fim

Comunicado à Imprensa - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

INFORMAÇÃO À IMPRENSA


Chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Malásia faz visita de cortesia ao Primeiro Ministro, Mari Alkatiri

Pelas 10:30 de hoje, sexta-feira, 9 de Junho, o Primeiro Ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, recebeu em audiência o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Malásia, Almirante Mohd Anwar bin Hj. Mohd Nor, que se fez acompanhar pelo, entre outros, Secretário Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Malásia.

Neste encontro, que decorreu em ambiente de amizade e de grande entendimento, o Primeiro Ministro teve oportunidade de agradecer a rápida resposta dada pela Malásia no envio de um contingente militar para restabelecimento da ordem pública em Timor-Leste.

No decorrer desta reunião, foi ainda proposto que as forças da Malásia estreitassem a cooperação com as Forças de Defesa de Timor-Leste (FDTL), nomeadamente na integração de elementos das FDTL nas operações atribuídas à Malásia, em Díli. Esta proposta deverá ainda ser discutida com o Ministro da Defesa da RDTL e com o Brigadeiro General das FDTL, Taur Matan Ruak. Também o envio, para Timor-Leste, de 250 elementos da polícia malasiana, para patrulhas de proximidade em Díli, foi bem acolhida.

Por fim, foi solicitado apoio à reparação de veículos das FDTL e formação de mecânicos para aquela Instituição, uma vez que, aquando da visita do então Primeiro Ministro Mahatir Muhammad a Timor-Leste (Outubro de 2003), aquele País ofereceu às FDTL veículos de fabrico malasiano.


Assinado Acordo entre Timor-Leste a União Europeia

O Primeiro Ministro presidiu hoje à assinatura de um acordo entre Timor-Leste e a União Europeia, no valor de 18 milhões de euros.

Após a assinatura do Acordo, foi lida uma mensagem do Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Comissário Europeu para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, Louis Michel. Nesta mensagem foi expresso o “total apoio e solidariedade” da União Europeia para com Timor-Leste, bem como foram elogiados os “tremendos resultados alcançados pelo Governo de Timor-Leste” na construção da Nação Timorense.

Após a assinatura deste acordo, o Primeiro Ministro reuniu-se com os responsáveis da União Europeia, nomeadamente com o Chefe de Departamento da Região do Pacífico, Direcção para o Desenvolvimento, Valariano Diaz, sediado em Bruxelas, dando-lhe conta da actual situação do País e próximas acções a desenvolver para restabelecimento da normalidade em Timor-Leste.

Primeiro Ministro reúne-se com o Representante Regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados

Ontem o Primeiro Ministro, Mari Alkatiri, esteve reunido com o Representante Regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Robert Ashe, que se fez acompanhar de responsável pela ajuda de emergência daquela Organização, Johann Siffointe.

Neste encontro, o ACNUR anunciou a vinda de um avião com equipamento e material para ajuda a cerca de 3000 refugiados, ao Hospital Nacional Guido Valadares e a algumas instituições religiosas que acolheram deslocados e, foi ainda discutida, a necessidade de melhorar as condições de acolhimento e de segurança nos campos de deslocados.

Díli, 9 de Junho de 2006

Envoy defends Alkatiri over deaths claim

Envoy defends Alkatiri over deaths claim

June 9, 2006 - 11:39AM

The East Timorese government has nothing to hide over claims of an alleged plot by Prime Minister Mari Alkatiri to kill off his opponents, the country's ambassador to Australia says.
Hernani Coelho da Silva said there were no concerns about a possible investigation into the allegations.
Up to 30 civilians armed with assault rifles are alleged to have given orders by Dr Alkatiri, via former interior minister Rogerio Lobato, to eliminate political opponents.
Outside an Australian National University seminar on the crisis in East Timor, Mr da Silva said there was nothing for his country to fear from an investigation of the claims.
"We don't have anything to cover-up, we are open to what is considered best by international measures," he told reporters.
"As people say, we can't put the cart before the horse, so let's work and find out what is actually going on."
Foreign Minister Jose Ramos Horta said the allegations were serious and required an investigation.
But he found it hard to believe that Dr Alkatiri would give such orders.
© 2006 AAP

Pereceberam? É para ficarem quietos. Ou então não recebem mais...

Timor troops' pay depends on danger
From: AAP
June 09, 2006

AUSTRALIAN soldiers serving in East Timor would be paid more if the security situation in the country worsened, Prime Minister John Howard said today.

But he defended the government's decision to pay the troops less than their colleagues serving in Iraq and Afghanistan, saying the theatres of conflict were clearly different.

Australian soldiers trying to restore order in East Timor are considered to be on a mission that is not "war-like".

This means they receive a tax-free allowance of $78 a day on top of their normal salary, compared to a $150 a day bonus paid to troops in Iraq or Afghanistan.

Mr Howard said the pay situation for Timor troops was under constant review and if conditions in the fledgling nation worsened, they could be eligible for more money.

"If there is an assessment made that the situation has deteriorated further so that it can be reasonably equated to places like Iraq or Afghanistan then an adjustment will be made," he said.

But the prime minister said East Timor was not as dangerous as Afghanistan or Iraq.
"I think most Australians would agree with that," Mr Howard said.

"If the people in Timor were to be paid exactly the same as the people in Iraq or Afghanistan then there would be an argument, legitimately from the latter, that they should be paid more again because their work is, on any military assessment, more dangerous.

"Unless we are to completely obliterate the difference between theatres of operation and to say that once you go overseas with an Australian uniform any deployment is as dangerous as the next, then ... you have to have some gradation."

Mr Howard again declined to put a timeframe on Australia's troop commitment to East Timor.

Dos leitores

E se os australianos tinham ordens para desarmar toda a gente, inclusive a GNR, porque é que não desarmaram o Reinado e Cia.?

Expresso Lisboa Dili


Completamente a leste
por terras do extremo ocidente

Timor, Timor!

Publicado na Visão em 8 de Junho de 2006
Boaventura de Sousa Santos

A crise política em Timor, para além de ter colhido de surpresa a maior parte dos observadores, provoca algumas perplexidades e exige, por isso, uma análise menos trivial do que aquela que tem vindo a ser veiculada pela comunicação social (divisões entre o Presidente da República e o Primeiro Ministro, divisões no seio do Governo, clivagens étnicas, etc.).

Como é que um país, que ainda no final do ano passado teve eleições municipais, consideradas por todos os observadores internacionais como livres, pacíficas e justas, pode estar mergulhado numa crise de governabilidade?

Como é que um país, que há dois meses foi objecto de um elogioso relatório do Banco Mundial, que considerou um êxito a política económica do Governo, pode agora ser visto por alguns como um Estado falhado?

Não será estranho que se reclame a demissão de um Primeiro Ministro, até agora tido como um governante com elevado sentido de Estado, que levou o seu partido, a Fretilin, a vitórias eleitorais sucessivas e ainda há semanas saiu vitorioso do Congresso deste partido com 97% dos votos?

Os factos que sustentam estas perplexidades levam-me a pensar que, quaisquer que tenham sido os erros de governação que levaram a esta situação, há forças externas que estão interessadas em desestabilizar Timor Lorosae e, eventualmente, em criar uma situação que inviabilize uma nova vitória da actual liderança da Fretilin nas próximas eleições gerais de 2007.

Divergências entre governantes (os portugueses sabem-no bem) são frequentes mas não conduzem, por si, a situações de caos social. A integração na vida civil dos veteranos das FALINTIL não terá sido conduzida da melhor maneira, dando azo a descontentamentos susceptíveis de serem aproveitados politicamente. Nada disto, porém, pode explicar a situação grave que se vive em Timor. Em meu entender, ela deve-se em grande medida às pretensões neo-coloniais da Austrália, a quem desagrada a política autónoma e soberana que o Governo de Mari Alkatiri tem seguido.

O petróleo e o gás natural têm sido a desgraça dos países pobres (que o digam a Bolívia, o Iraque, a Nigéria ou Angola). O governo australiano tem tentado obter o controlo desses recursos, retirando a Timor o que lhe compete pelo direito internacional.

E o David timorense tem ousado resistir ao Golias australiano, subindo de 20% para 50% a parte que cabe a Timor dos rendimentos dos recursos naturais existentes no estreito, procurando transformar e comercializar o gás natural a partir de Timor e não da Austrália, concedendo direitos de exploração a uma empresa chinesa nos campos de petróleo e gás sob o controlo de Dili. Tudo isto suscita a ira da Austrália e, com ela, a hostilidade dos EUA.

Assim se explica que tenham sido estes os dois países que se opuseram ao prolongamento da missão da ONU, inicialmente proposta por Kofi Annan. É preciso provocar a ingovernabilidade de Timor Leste, de modo a criar as condições para a imposição de um governo pró-australiano.

E é possível que Ramos Horta, que sempre foi o homem dos australianos e dos norte-americanos, e que sabe não ter hoje o apoio do resto da região para a sua candidatura a Secretário-Geral da ONU, se preste a este triste papel.

A diplomacia portuguesa, que tem vindo a assumir posições muito corajosas que muito nos honram, entendeu com lucidez que colocar as forças da GNR sob o comando das tropas australianas seria legitimar a ocupação de um país independente por uma força estrangeira.

Defender nesta crise a soberania do Estado de Timor Lorosae é defender a independência deste jovem país, a qual, para ser irreversível, necessita da nossa solidariedade.

Só uma pergunta. Quais foram os oponentes do Alkatiri que eles eliminaram? Nenhum?

Ramos Horta calls for death squad claims probe

East Timor's Foreign Minister, Jose Ramos Horta, has called for an urgent investigation into allegations that Prime Minister Mari Alkatiri recruited an armed squad to eliminate his political opponents.

A group of 30 men - former Falantil independence fighters - have told the ABC's Four Corners program they were recruited on behalf of the Prime Minister last month and given weapons to kill those against him.

They say they were given a hit list which included many of the rebel soldiers who were sacked earlier this year, and even hostile members of Dr Alkatiri's own party, Fretilin.

Dr Ramos Horta, who is also the country's newly appointed Defence Minister, has told Lateline he first heard the claims about a week ago, but he finds them incredible.

"I find it very hard to believe that our own Prime Minister would armour civilians, individuals, and particularly give orders to assassinate others, no matter who they are," he said.

"The Prime Minister is a lawyer, a well-tested lawyer, and he obviously knows that this kind of action is absolutely illegal, not to say unethical and immoral and absolutely counter-productive and dangerous."

Dr Alkatiri has flatly denied the allegations.

Dr Ramos Horta says there has to be an impartial, independent investigation, as a matter of urgency.

"The allegations are allegations until they are proven to be correct through an investigation, but they are very serious matters," he said.

Dr Ramos Horta says this investigation should be comprised of mainly East Timorese officials, with the help of international experts, "so we don't take away from the Timorese every right to carry out our own investigation".

He says the investigation must be initiated by the President, Xanana Gusmao.

He says he cannot believe that a democratic political party would have a "clandestinely illegal armed wing".

"If these were to be true, it is really an absolute disgrace for us that this happened amidst our illusion and dreams of setting up a peaceful, tolerant, democratic society, democratic country."

GNR deployment

A spokesman for Dr Alkatiri says Portuguese paramilitary police will take over security duties in East Timor's flashpoint district of Comoro.

"Portuguese police will be in charge of one area, called Comoro," Miguel Sarmento told AFP.

While more than 2,000 foreign peacekeepers, mostly Australian, are already deployed to quell unrest that left 21 dead and forced tens of thousands to flee their homes, the Portuguese Republican National Guard (GNR) is regarded locally as having a particulary no-nonsense reputation.

GNR troopers served in East Timor during a period of UN stewardship before independence in 2002.

A statement from Dr Ramos Horta did not name the district where the GNR will operate.

Australian Lieutenant Colonel Jeff Squire, spokesman for the Joint Task Force of peacekeepers, could not confirm that the GNR would operate in Comoro, a district near the Dili airport which has been the scene of frequent gang-linked arson attacks on homes and cars. A nearby market has also been burned.

"We are liaising with the Portuguese. We are conducting planning with the Portuguese," Lt Col Squire said.

-ABC/AFP

Dos leitores

Anyone who has ever met PM Alkatiri would know he is a man of peace and a strident promoter of the rule of law. As an international who has worked as advisor in Timor-Leste for many years I know this is a ludicrous suggestion that he is involved with this type of promotion of armed conflict and sounds very much like the sort of Indonesian tactics which we know some Timorese have unfortunately learnt very well from the clandestine days from the Indonesians.

Putting it another way, this is the oldest trick in the book in this part of the world.

FRETILIN from what we have seen has discipline of steel.

Despite the houses of the majority of its members of parliament having been burnt, and party leadership intimidated and tragetted, shot at in Dili, and the Districts of Ermera and Liquisa, it has not retaliated with reciprocal violence.

Nor should we fear that it will. Why has this been the case? Because anyone who talks to them know that most FRETILIN people were persecuted for being who they were and for wanting independence, including by people who are now members of the opposition.

Members of FRETILIN saw death and destruction from war one too many times to have it revert to their midst.

FRETILINs motto at the last elections and which is oft repeated is MAXIMUM TOLERANCE, TOTAL VIGILANCE.

It is a belief that not all Timorese share the beliefs in the ideals of a free, just and democratic and truly independent Timor-Leste.

This has been illustrated abundantly by the divisive and violent tacticts used by the opposition to the FRETILIN government of late.These are not the actions of hawks but I suggest of doves.PM Alkatiri from the event having occured initiated a formal request to the UN to investigate the shooting of the unarmed police officers. It was his initiative.

He also together with the President of the Republic, President of the Parliament, initiated the request for foreign intervention to stop further bloodshed.

This was done without haste and in the best interests of the nation, despite what differences he has had with Downer and Howard, stemming largely from the acrimoneous Timor Gap negotiations. Are these the actions of a man with something to hide?

To invite his antagonists of late to maintain law and order, in the shape of Australia to come here with 1300 armed men and more police?

Recently, having stood outside the Presidents office I noticed that the Prime Minister arrived in a convoy which was guarded by only armed Australian ADF personel as his security escorts. His Timorese escorts we noticed were not armed, suggesting I would venture to say that they had been disarmed. In contrast, the President has a veritable "army" of Timorese police armed with all sorts of highpowered automatic weapons and dressed in battle fatigues.

Friends who attended the swearing in of the Judges and others last Saturday observed at least 12 heavily armed Timorese police guarding the President and loitering in and around the Courts, again in contrast to only the Australians guarding the PM.

These are not the actions of a plotter of violence.Lets put all this in prespective and stop demonising the PM as he has it seems rightly suggested there are people attempting to do.

We internationals should at least do no further harm and work with the timorese to heal the rifts and the wounds which have senselessly been used by some as a tool to engender division and hatred for purely selfish political gain.

I close with the President of the Republics words on Saturday at the swearing in of the Judges etc:

"Once again the ghosts of jealousy, hatred and vengence have come back to haunt us".

He knows the propensity of these three factors to divide and destroy Timorese society.

He knows it is all aimed at PM Alkatiri without justification.

Lets help not hinder.

Equipamento para GNR a caminho de Díli

Lisboa, 09 Jun (Lusa) - O equipamento destinado ao contingente da GNR e nviado para Timor-Leste já foi descarregado em Baucau e encontra-se a caminho de Díli, disse hoje à Agência Lusa fonte daquele corpo militarizado.

O avião que transportou o material tinha chegado às 00:52 de hoje (hora de Lisboa) ao aeroporto de Baucau.

As viaturas, entre as quais blindados, carrinhas e veículos de transpor te de pessoal, além de equipamento anti-motim e material de apoio logístico indi spensável para o subagrupamento Bravo, chegado a Timor-Leste no domingo passado, foram já descarregadas e estão agora a caminho de Díli, disse à Lusa o capitão Dias, do comando-geral da GNR em Lisboa.

Com a chegada do equipamento e material o contingente de 120 homens da GNR deverá ficar totalmente operacional a partir de sábado, tinha afirmado terça -feira à Lusa o capitão Costa Carvalho, comandante da força da GNR.

A falta de material adequado tinha já impedido o contingente da GNR de intervir na manifestação anti-governamental de terça-feira passada em Díli.

Na quinta-feira, o brigadeiro Mark Slater, comandante das forças austra lianas em Timor-Leste, mas apresentado como comandante das forças multinacionais (Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal), tinha afirmado que os efectivos da GNR iriam actuar em toda a capital timorense logo que tivessem o equipamento necessário para levar a cabo o seu trabalho.

O acordo provisório multinacional alcançado quinta-feira em Díli, e já aprovado pelo governo português, dá à GNR o controlo exclusivo do bairro de Como ro, em Díli, durante uma fase transitória, com a sua área de actuação a ser prog ressivamente alargada à medida que o equipamento for chegando.

JPA/ASP/PR.
Lusa/Fim

Bispo de Baucau diz-se mais tranquilo com a situação no país

Lisboa, 08 Jun (Lusa) - O bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, af irmou hoje estar "mais tranquilo" com a situação em Timor-Leste e criticou aquel es que atribuem a crise a diferenças entre "loromonu" e "lorosae", que disse ser em "uma novidade".

"Neste momento estou mais tranquilo e é por isso que não regressei de i mediato [a Timor-Leste], como cheguei a considerar", disse D. Basílio do Nascime nto aos jornalistas, à saída de um encontro com o ministro dos Negócios Estrange iros português, Diogo Freitas do Amaral.

O bispo de Baucau encontra-se em Lisboa para exames médicos desde 25 de Maio, dia em que pelo menos 10 polícias foram mortos em Díli, num ataque de mil itares ao respectivo quartel.

Há cerca de duas semanas, em entrevista à Lusa, o bispo de Baucau manif estara-se "muito triste, preocupado e apreensivo" com a onda de violência em Tim or-Leste, que já provocou mais de 20 mortos e levou as autoridades timorenses a pedirem a intervenção de uma força militar e policial de Portugal, Austrália, No va Zelândia e Malásia, já em Díli.

Desde então, também o presidente timorense, Xanana Gusmão, assumiu pode res em matéria de defesa e segurança e demitiram-se os ministros da Defesa (Roqu e Rodrigues) e do Interior (Rogério Lobato), pastas que passaram a ser assegurad as, respectivamente, por José Ramos-Horta e Alcino Baris.

Nas declarações que fez hoje, D. Basílio do Nascimento manifestou por o utro lado a sua estranheza quanto a uma origem étnica do actual conflito - entre "loromonu" (naturais dos dez distritos ocidentais de Timor-Leste) e "lorosae" ( naturais dos três distritos orientais) -, avançada como razão da deserção de cer ca de 600 militares das forças armadas e incluída nas palavras de ordem das mani festações em Díli.

"Para mim, [esse conflito étnico] é novidade. E os vossos colegas [jorn alistas] que estiveram em Timor também nunca ouviram falar disso. Manifestaram a sua estranheza e eu também manifesto a minha", disse.

"Em todas as sociedades há injustiças que são cometidas (...). Mas, faz er disso um conflito e invocar esse pretexto para se afirmarem ainda mais essas diferenças, creio que é descabido", acrescentou.

Questionado sobre o papel da Igreja Católica timorense na actual crise, o bispo da segunda maior cidade timorense disse que é "um papel discreto, mas a ctivo" e acrescentou que "sempre foi assim, embora nem sempre tenha sido entendi do dessa forma".

às críticas do primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, que acusou a Igreja de interferência no conflito, D. Basílio do Nascimento reagiu dizendo qu e "a observação não é nova", mas que "neste momento não vale a pena alimentar po lémicas".

"Neste momento, o que importa é a calma em Timor (...). Todos os timore nses devem estar unidos e remar na mesma direcção", disse.

Alkatiri, contestado pelos revoltosos e manifestantes que exigem a sua demissão, tem reiterado a sua determinação para permanecer no cargo e aludido a centenas de milhares de apoiantes do seu partido, a FRETILIN, que estão do seu l ado.

Questionado sobre se, na sua perspectiva, esse apoio é real, o bispo de Baucau sublinhou que "a FRETILIN é o partido maioritário e que governa", pelo q ue "para o primeiro-ministro lá estar [no cargo], evidentemente deve ter o apoio da maioria".

"Agora, o primeiro-ministro é que sabe qual o apoio que tem no seu part ido", disse o bispo de Baucau, recusando fazer quaisquer comentários sobre "prob lemas internos da FRETILIN".

Basílio do Nascimento defende, aliás, que as eleições legislativas, pre vistas para 2007, devem ser mantidas e não antecipadas.

"É preferível deixar as coisas seguirem os seus trâmites. Timor vai pre cisar de muita tranquilidade para crescer (...). Somos nós, o povo, quem cria os problemas e é o povo que é capaz de os resolver", disse.

Sobre os incidentes registados entre a GNR e as forças militares austra lianas no terreno, que obrigaram hoje à assinatura de um acordo técnico segundo o qual, numa primeira fase, a força portuguesa fica responsável apenas por um ba irro de Díli, o bispo de Baucau sublinhou tratar-se de "um arranjo provisório" q ue, espera, "não fique por aí".

MDR.

Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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