sexta-feira, junho 16, 2006

Só? E o resto?

Militares rebeldes entregam armas antes possível diálogo alargado


Eduardo Lobão, da Agência Lusa Maubisse, Timor-Leste, 16 Jun (Lusa) - O líder dos militares timorenses rebeldes, major Alfredo Reinado, entregou hoje as suas armas às forças australianas, num processo accionado pelo presidente Xanana Gusmão que pode abrir caminho à resolução da crise político-militar em Timor-Leste.

A entrega das armas de Reinado e dos 20 efectivos das forças armadas e da polícia que se mantêm acantonados em Maubisse decorreu naquela vila montanhos a situada 60 quilómetros a sul de Díli, durante uma cerimónia que começou com um atraso de uma hora e meia.

Marcada para a tarde de hoje (hora local), a cerimónia realizou-se apenas 90 minutos depois, após a chegada de um enviado do Presidente da República, Xanana Gusmão, com o documento que ordenava ao major Alfredo Reinado a entrega da sua arma e as dos seus homens aos militares australianos em Maubisse.

No documento de quatro pontos, intitulado "Ordem de Entrega de Armamento", Xanana Gusmão salienta a sua condição de chefe de Estado e de Comandante Sup remo das forças armadas e cita o acordo que está na base da presença em Timor-Le ste de forças militares e policiais australianas.

O número oito do referido acordo, denominado "Acordo Entre os Governos da Austrália e da República Democrática de Timor-Leste Concernente à Restauração e Manutenção da Segurança em Timor-Leste" atribui às forças australianas a "responsabilidade de monitorar o acantonamento das forças em áreas designadas".

Xanana Gusmão evocou ainda a sua declaração do passado dia 30 de Maio, quando anunciou ao país uma série de medidas de emergência, a vigorar por 30 dia s, tendo em vista "ultrapassar a crise" no país.

Depois de se referir no documento a Alfredo Reinado como "major (...) comandante da Componente Naval das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste e comandante interino da Polícia Militar das F-FDTL, presentemente acantonado em Maubisse", ordenou-lhe que entregasse de imediato o seu armamento às Forças de Defesa Australianas.

Em seguida, debaixo de chuva miudinha, o major Reinado mandou formar os 20 homens sob o seu comando e depois de verificar as condições de segurança da sua arma automática M16, entregou-a, juntamente com nove carregadores de muniçõe s, a um militar australiano, que repetiu o controlo das condições de segurança e a deu a um segundo militar do seu pelotão, enquanto outro tomava nota do tipo e número de série da arma.

A operação repetiu-se mais 14 vezes, com cada um dos homens do grupo do major a entregar a arma e voltando à formatura depois de fazer a continência.

No total, foram recolhidas 12 armas automáticas, do tipo M16, G3 e FN, e três pistolas, do tipo Glock e Browning, além de muitas munições.

As armas foram colocadas dentro de um contentor colocado no pátio exterior da Pousada de Maubisse, onde se realizou a cerimónia.

Fechado o contentor, foi a vez do major Alfredo Reinado receber os jornalistas no interior da pousada, onde respondeu em português, tétum, inglês e bah asa indonésio.

A primeira pergunta foi para saber o que iria fazer em seguida, agora que entregou a sua arma.

"Vou ficar por aqui e aguentar. Esperar para ver o que acontece", respondeu.

O major Reinado negou ter negociado com Xanana Gusmão a entrega da sua arma, frisando que não tem capacidade para negociar.

"Eu não tenho capacidade para negociar. Recebi uma ordem do meu Comandante Supremo e cumpri-a", vincou.

Questionado sobre a continuação de Mari Alkatiri à frente do governo, c uja demissão tem sido exigida pelos militares rebeldes, o major Alfredo Reinado respondeu tratar-se de uma questão que "cabe aos políticos resolver".

Repetindo a sua condição de militar, disse "deixar para os políticos a resolução da crise".

"Eu sou militar. Não sou político", insistiu.

à pergunta sobre se tinha entregue todas as armas sob o seu comando, re spondeu que as que faltam, dos grupos dos majores Marcos Tilman e Alves Tara, "v êm a caminho".

Aqueles dois majores, acantonados em Gleno, no distrito de Ermera, vão entregar as suas armas aos militares australianos em Maubisse, afirmou Alfredo R einado.

Agora que se encontra desarmado, o major Reinado disse que a sua segura nça e a dos seus homens "é garantida pelo Presidente".

"O meu Presidente é a minha protecção", sublinhou.

O desarmamento dos militares rebeldes era considerada uma condição para a realização de um diálogo alargado para resolver a crise em Timor-Leste e já f oi saudado pelo primeiro-ministro, Mari Alkatiri, como "um bom começo" no proces so de estabilização do país.

"É um bom começo, para estabilizar o país. Espero que outros sigam o ex emplo", salientou Mari Alkatiri à Lusa, admitindo que por "outros" se referia a grupos de civis armados que nas últimas semanas protagonizaram actos de violênci a em Díli.

"Não pode haver armas nas mãos de civis ou de pessoas que não pertençam a instituições como as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste ou a Polícia Na cional de Timor-Leste", frisou Alkatiri.

A entrega de armas dos rebeldes timorenses foi anunciada quinta-feira à Lusa pelo major Marcos Tilman e confirmada pelo comandante das forças australia nas, brigadeiro Mick Slater.

O anúncio foi feito 24 horas depois de Xanana Gusmão ter anunciado, em mensagem ao Parlamento, que tinha chegado a hora de se passar à segunda fase da presença das forças militares internacionais no país, com o seu desdobramento pa ra os restantes distritos.

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EL/PNG.

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Armazém de sândalo pilhado em Díli sob olhar dos militares australianos

DN
16.06.2006

Um armazém governamental, onde se encontravam cerca de 30 toneladas de sândalo, foi ontem pilhado em Díli sem que os soldados australianos, presentes no local, tivessem feito "o que quer que fosse para o impedir", afirmou o ministro da Agricultura timorense, Estanislau da Silva, à agência Lusa.

Segundo o governante timorense, este telefonou ao comandante das forças australianas que enviou uma pequena força para o local, mas que "se limitou a observar os acontecimentos, sem qualquer tipo de intervenção".

O sândalo armazenado estava avaliado em cerca de 300 mil euros. O porta-voz das forças australianas, ouvido pela Lusa, disse desconhecer o incidente.

D. Duarte

O duque de Bragança, D. Duarte Pio, encontra-se actualmente em Timor, a convite do bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, e de Ramos Horta, disse ontem à Lusa um elemento do gabinete do chefe da casa real portuguesa.

D. Duarte Pio manteve já reuniões com o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense e com o bispo de Baucau, com quem analisou a actual crise. O duque de Bragança, ligado desde há muito às questões de Timor-Leste, vai permanecer mais alguns dias no território.

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Dos leitores

Não é necessário ser analista económico ou político para se entender o que se passa em Timor.

O petróleo poderá trazer ao povo a melhoria das suas condições de vida ou a destruição total do pouco que têm.
Tudo depende da actuação do governo.
Não conheço a politica do actual governo mas é público que terá sido da maior importância no enfrentar da Austrália nas negociações do petróleo.
É visivel também que os sectores de oposição passam uma mensagem pouco credível face à pobreza dos seus argumentos na critica ao governo.
Mais parecem interessados no poder do que no desenvolvimento e proteção dos interesses do país.
É demasiado visivel o envolvimento da Australia na "crise" actual.
As Nações Unidas por seu lado com tanta publicidade à volta de uma mensagem de sucesso também terão a sua parte de culpa por "desajustadas" à realidade.
O PR, o PM e Parlamento Nacional denotaram alguma inexperiência politica por falta de diálogo e excesso de confiança na estabilidade do país.
É fácil concluir que 25 anos de ocupação indonésia terão deixado marcas culturais profundas e sendo a Indonésia um dos países mais corruptos do mundo terão deixado essa herança em Timor.
Neste contexto é fácil fabricar crises.
Penso que os orgãos de soberania timorenses recuperaram de uma inicial postura de certa forma confusa para o afirmar de um Estado Soberano e de Direito.
Até à próxima crise, porque ninguém acredita que a Austrália vai aceitar a derrota, esperemos que a classe politica timorense tenha amadurecido e não seja mais uma vez apanhada de surpresa.
Viva Timor Leste!

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Dos leitores

Estes deputados se não repudiam a violência e se se justificam com argumentos que nem sequer são argumentos só poderemos pensar que estão de acordo com a violência.
E é esta a oposição em Timor?

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Dos leitores

Disse também: “h) "last, not least", porque é que quem está sempre a invocar este assunto de Taci Tolu nunca refere a verdadeira actividade de "tiro aos patos" praticada pelo Reinado na entrada ocidental de Dili e que foi testemunhada e relatada pessoalmente por um jornalista australiano que na altura o entrevistava; aparentemente o soldado atingido nem estava em posição de fogo e não consttiuía uma ameaça directa ao "Sr. Major". Este é que foi um comportamento de atacar alguém "a sangue frio".”

Se viu mesmo o documentário que inclui as imagens registadas do combate não pode ser tão cego a ponto de não ter visto que o Major Alfredo Reinaldo apelou várias vezes em voz bastante alta para que os soldados das F-FDTL se retirassem para evitar um derramamento de sangue. Pediu-lhes que pensassem bem, que voltassem mas foi completamente ignorado porque eles estavam lá para uma missão de captura e por isso o Alfredo defendeu-se com uma acção de fogo anticipado.

E mais não estavam desarmados como foi declarado pelo comunicado do Gabinete do PM. Claramente, e as imagens não mentem, não se tratou de uma emboscada feita à soldados desarmados da F-FDTL porque o que ali se passou foi um combate aberto onde as as F-FDTL até fizeram uso de lança granadas que arrebentavam em redor do local ao mesmo tempo que o jornalista ia filmando. Se possivel vejam as imagens e tirem as vossas próprias conclusões.

Mas devo dizer agora que já passou o tempo de se fazer argumentos levianos sem que se recorra a lei. Já chegou a altura de se argumentar com fundamentos legais porque so desse modo se pode estabelecer qual dos lados agiu ou não em conformidade com a lei.

Não é minha intenção defender o Maj. Alfredo Reinaldo mas somente a verdade. E acredito que a verdade não deve ser mais uma vitima de todo este processo. No entanto se a minha perspectiva se mostrar errada e o Maj. Alfredo estiver em erro deve então ser trazido a justiça.

Julgo no entanto que por último a lei prevalecerá e a justiça será feita porque as vítimas assim o vão exigir.

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Comunicado - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
INFORMAÇÃO À IMPRENSA

Relatório de Avaliação divulgado

O primeiro-ministro e ministro dos Recursos Minerais, Minerais e Política Energética, Mari Alkatiri, divulgou hoje o Relatório de Avaliação que lhe foi entregue pela Comissão de Avaliação Técnica. Esta Comissão, criada ao abrigo da Lei do Petróleo, tem por função a avaliação e emitir pareceres e recomendações sobre as propostas recebidas para o primeiro leilão de exploração de petróleo, ocorrido em Timor-Leste, cujo prazo terminou a 19 de Abril de 2006.

A Comissão de Avaliação Técnica é composta por altos funcionários da Administração Pública timorense e por peritos internacionais de diversos países, com larga experiência no sector petrolífero.

Na ocasião, o primeiro-ministro declarou estar “extremamente feliz por poder divulgar ao público este relatório de avaliação. É compromisso do meu Governo promover a transparência e a boa governação na gestão do sector petrolífero. Este é um passo mais que assegura que o meu Governo e Timor-Leste estão abertos ao escrutínio público sobre este primeiro leilão, de importância vital para o futuro da nossa Nação.”. Tendo ainda acrescentado que sendo do seu conhecimento “Poucas nações, com indústria de petróleo estabelecida, tanto insistem na questão da transparência como Timor-Leste o tem feito, tornando público, na íntegra, o Relatório de Avaliação”.

O primeiro-ministro agradeceu ainda ao Governo do Reino da Noruega, ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional e à Agência Norte-americana de Desenvolvimento Comercial que providenciaram assistência e capacitação técnica, no sentido de habilitar os funcionários e técnicos timorenses a avaliarem e emitirem recomendações sobre este leilão.


O Relatório completo está acessível no sítio da Direcção Nacional do Petróleo e Gás, em: www.timor-leste.gov.tl/EMRD

Delegações da italiana ENI e da indiana Reliance Industries Limited, vencedoras do leilão, irão em breve chegar a Timor-Leste para finalizarem os termos do Contractos de Produção e a sua assinatura durante o mês de Julho.


Díli, 16 de Junho de 2006

Dos leitores

Para provar a honestidade e boas intencoes da Australia em ajudar Timor-Leste gostaria que:
1) Antes da destruicao o exercito Australiano mostrasse as armas com MARCA, MODELO, NUMERO DE FABRICO;
2) A quem as apreenderam e quando as apreenderam;
3) Mostrar ao mundo e chamar a imprensa como testemunhas.


For Australia prove his honestity e good intentions about help Timor, I'd like :
1) Before destruction the Australian Army shows the weapons wich branch and model, the serial number;
2) Who was the personnes e when they sized it.
3) showing it to the world, call wall press like witness

Dos leitores

1 - Uma linha de força é dizerem mal do Alkatiri. Mesmo entre os jornalistas com mais pruridos, fica bem dizer que no mínimo Alkatiri não teve jeito, não soube lidar com a situação e não tem apoio popular...

Pois bem, de uma forma directa: Alkatiri é culpado de ter negociado as questões do petróleo sem corrupção, sem tirar nenhum proveito pessoal, apenas a pensar no seu povo. É culpado de ter defendido o mar de Timor e o governo da Austrália não gostou. É culpado de ter feito um concurso público para a concessão das explorações petrolíferas (que foi elogiado pelo Banco Mundial... pasme-se!) mas esse concurso não atribuiu nenhuma concessão às companhias petrolíferas australianas e estas não gostaram...

Em 2005, durante semanas houve manifestações organizadas pelos católicos, com apoio do bispo de Dili, contra o Alkatiri, foram no máximo 5.000 pessoas. Nessa altura também se dissse "Abaixo Alkatiri" e também se perguntou onde estava o apoio ao Governo e à Fretilin e ao Alkatiri. Quando acabaram essas manifestações realizou-se um comício da Fretilin (em 20 de Maio de 2005 - há fotos) de apoio ao Governo e a Alkatiri. QUANTOS ERAM? 40.000. Porque não foi mais cedo? para evitar confrontos...



2 - a segunda questão é que a Austrália se assume como força ocupante!

Não é novo, já o fez no passado nas Ilhas Fiji e há bem pouco tempo nas Ilhas Salomão, mas está lá tão longe da Europa que nem reparamos e as notícias dão o que dão... por exemplo ainda alguém se lembra da intervenção americana em Granada e alguém ouviu falar em eleições depois disso?

A Austrália sempre apoiou a ocupação pela Indonésia ecom a Indonésia discutia a partilha do petróleo até... que tudo mudou...

A Austrália quer decidir o futuro de Timor, substituir o Governo e o Parlamento, suspender parte da Constituição, liderar todas as forças militares dos diversos países que aí se encontram...

Já se sabe que as tropas Australianas protegem os chamados rebeldes...

Já se sabe que as tropas Australianas queriam pôr em respeitinho a GNR de Portugal...

Já se sabe que agora as tropas australianas invadiram uma casa onde estavam médicos... cubanos...

Já se sabe que querem um outro tipo de leis em Timor... A Austrália, mais a Inglaterra e os Estados Unidos têm um tipo de justiça diferente do resto do mundo (os juristas que expliquem), não têm o direito romano... e Timor seguiu os critérios da justiça internacional, fez a sua constituição, está a fazer os seus códigos, civil, penal, etc...mas não é à moda da Austrália, também por isso (mas não só) o governo australiano quer "substituir o aparelho judicial em Timor", os tribunais em Timor e juristas (que por acaso até estão lá em missão da ONU e são portugueses e brasileiros...e etc.)...



O Tribunal de Recurso e os outros Tribunais de Timor foram destruídos e vandalizados, o que não foi furtado foi destruído! E por exemplo foram roubados os PROCESSOS DOS CRIMES DE 1999 que ocorreram após o referendo! e a tropa australiana deixou ocorrrer esse saque e destruição... porquê? adivinhem!



Acho que a questão essencial que agora se decide é se as tropas internacionais vão ficar sob a direcção da ONU ou sob a direcção da tropa que já está no terreno, isto é Austrália - há uma grande diferença e uma profunda influência quanto ao futuro...



Antes de terminar quero ainda referir duas notas:

- o profundo apreço pelos portugueses que estão em Timor e que nehum saiu voluntariamente! Mas queriam que saissem, reparem que logo nos primeiros incidentes os Estados Unidos fizeram deslocar um avião para retirar os americanos e ofereceram lugares à embaixada portuguesa para saírem portugueses...depois eram as imagens dos australianos a sair... e os portugueses aguentaram bem. Parabéns para o pessoal que está por lá!

- os jornalistas estão a baralhar muitas notícias, por exemplo dizia o Público que alguns rebeldes tinham ocupado a fazenda Algarve "de Mário Carrascalão", bem a fazenda é do João Carrascalão ( a quem foi assassinado um filho em 1999 e está enterrado nessa herdade), o seu irmão Mário foi o último Governador pelos Indonésios, e os dois irmãos nem se falavam por esse motivo. Será por acaso essa confusão entre Mário e João? O João não é Fretilin mas tem cooperado com o Governo, por exemplo foi nomeado Presidente do Comité Olímpico de Timor...



O texto vai longo, acho que vale a pena continuar a esclarecer e a denunciar o que se passa em Timor, se acharem que o texto vale alguma coisa, divulguem por favor.
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PM Alkatiri satisfeito com entrega de armas pelo major Reinado

Díli, 16 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, man ifestou-se hoje satisfeito com a entrega de armas feita pelo líder dos militares rebeldes e disse à Lusa "esperar que o exemplo seja agora seguido por todos".
"É um bom começo, para estabilizar o país. Espero que outros sigam o exemplo", salientou Mari Alkatiri.
O chefe do Governo referia-se à cerimónia hoje realizada em Maubisse, d istrito de Ainaro, 60 quilómetros a sul de Díli, em que o major Alfredo Reinado entregou 15 armas (12 automáticas e três pistolas) a militares australianos, no âmbito de um processo accionado pelo presidente Xanana Gusmão.
"É um bom começo para criar confiança entre a população", acrescentou o chefe do Governo.
Questionado se quando se refere a "outros" para seguirem o exemplo do m ajor Alfredo Reinado, menciona os grupos de civis armados que nas últimas semana s protagonizaram actos de violência em Díli, Mari Alkatiri respondeu afirmativam ente.
"Não pode haver armas nas mãos de civis ou de pessoas que não pertençam a instituições como as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste ou a Polícia Na cional de Timor-Leste", frisou.
Os restantes militares rebeldes, liderados pelos majores Marcos Tilman e Alves Tara, actualmente acantonados em Gleno, no distrito de Ermera, deverão e ntregar as suas armas também aos militares australianos, em Maubisse, anunciou h oje em conferência de imprensa o major Reinado.
EL.

Comunicado - Embaixada de Portugal

Está previsto para amanhã, Sábado 17 de Junho, a detonação controlada de material explosivo algures nos arredores de Díli, entre as 08 e as 09H00.

Nesse sentido, avisam-se todas as pessoas de que se trata de um procedimento de segurança, controlado e do qual não deve resultar alarme ou pânico.

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Haverá uma explosão por detrás do Obrigado Baracks e outra em Tacitolo.

Dos Leitores. Traduçáo da Margarida.

Tradução:

Tem que ser sublinhado que em contraste com o tom e maneiras anti–democráticas e inconstitucionais com que os críticos do governo se têm comportado (queimando carros, edifícios públicos, partindo o mais importante escritórios do governo e queimando e destruindo casas e propriedades dos que o único pecado que têm é serem associados à administração pública, à Fretilin ou ao governo) e que já há uma semana pelo menos, colocaram ilegalmente sinais criticando o Governo e o Primeiro Ministro, e que inclui uma das mais bizarras e absentistas demonstrações (para não lhe chamar preguiçosas) iniciada pela infame Ângela Freitas do Partido Trabalhista, que se têm mantido no local apesar de haver boas razões para serem removidos, incluindo razões legais, pois que infringiram a lei de demonstrações públicas em várias campos.

Isto ilustra o alto nível de tolerância, respeito e abertura da parte do governo em qualquer matéria, por mais pequena que seja e neste caso duma minoria ausente para exprimir os seus direitos democráticos. Tal respeito nunca eles demonstraram seja pelo governo seja pelo Primeiro Ministro.
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Deixem estes sinais permanecerem lá como testemunho, digo eu, destes valores pela democracia bem como pelos partidos minoritários, neste caso de um partido que nem sequer conseguiu eleger um único deputado nas primeiras eleições.

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National Media Reports

Daily Media Review
Wednesday, 14 June 2006
UNOTIL

Government Will Establish New Suburb

Minister of Foreign Affairs and Cooperation and Defence, José Ramos-Horta announced the government’s plan to establish a new suburb. “The government already has plans for a new project, as well as budget and house designs to be implemented. The government is looking for an area for a new suburb,” Ramos-Horta told Suara Timor Lorosae (STL) following a visit to STL’s headquarters on Tuesday. According to the Minister, the new suburb will be for those people who have fled and lost their homes, adding that the conditions would be better off than the ones they previously in which they previously lived and would include electricity, water access and security, reported (STL)) Wednesday. He further explained that the government had already studied the matter and will create a department to look into the establishment of the new neighbourhood “

Minister Ramos-Horta stressed that people not obeying law and order will be detained. “I warned them not to carry on with this bad behaviour and to stop. And, they should not dream of taking or pushing away the people from the East from their homes because in a week or month the population will return to their homes,” said Ramos-Horta pointing that anyone found occupying their homes will be imprisoned. Hortas said that the international forces will continue in Timor-Leste for this year and the next until they detained all those in possession of guns. The Minister of Foreign Affairs Cooperation and also Minister of Defence said a new prison will be built in Weberek, Manufahi District. “The Parliament is preparing the legislation to open a prison camp in Weberek for the prisoners currently detained in Becora in which they would be allowed to not only eat, drink and sleep, but also work and provide food. (STL)


Opposition Disagrees Resolution

Opposition MP’s from União Democratica Timorense (UDT) and KOTA walked out of the Parliament plenary session during the voting of the proposed resolution to repudiate violence in Timor-Leste. According to STL, MP Manuel Tilman, (KOTA) reportedly said he had always argued while living in exile that the Timorese people were civilized people, with their own culture, and without violence. But the reality today in Dili does not correspond to this assessment and he asked who is at fault? “Do we have a government, a Constitution or not? The Constitution says the population cannot have guns. The guns belong to the population and from where or whom were they brought? Who is responsible for PNTL and F-FDTL. For those in charge of the guns, why did they allow them to be released?” Tilman asked, adding ‘these people are responsible and not the population’. He stated these were the reasons his party voted against the resolution.

MP Quiteria da Costa (UDT) said based on the current situation there is no point in discussing the resolution as to who should be blamed, therefore her party voted against it. On Tuesday, Fretilin bench presented a resolution in the Parliament to Repudiate Violence which was approved by 43 in favor, one against and one abstain. (STL)

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Obrigado, Margarida.

Reportagens dos Media Nacionais
Revista dos Media Diários
Quarta-feira, 14 Junho 2006
UNOTIL

O Governo estabelecerá um novo Subúrbio

O Ministro dos Assuntos Estrangeiros e Cooperação e Defesa, José Ramos-Horta anunciou o plano do governo para estabelecer um novo subúrbio. “O governo já tem planos para um novo projecto, bem como o orçamento e os desenhos das casas para serem implementados. O governo procura um local para um novo subúrbio,” disse Ramos-Horta a Suara Timor Lorosae (STL) depois de ter visitado a sede do STL, na terça-feira. De acordo com o Ministro, o novo subúrbio será para os que fugiram e perderam as suas casas, acrescentando que as condições serão melhores do que as que perderam e que incluirão electricidade, acesso à água e à segurança, relatou o (STL))na quarta-feira. E explicou que o Governo já tinha estudado a matéria e que criará um departamento para acompanhar a implementação do novo subúrbio“

O Ministro Ramos-Horta reafirmou que as pessoas que não obedecerem à lei e à ordem serão detidas. “Avisei-os a todos para não continuarem com este mau comportamento e para pararem. E, eles não devem sonhar em tirar ou empurrar para fora as pessoas do Leste das suas casas porque numa semana ou meses a população regressará às suas casas,” disse Ramos-Horta apontando que alguém encontrado a ocupar as suas casas serão presos. Hortas disse que as forças internacionais continuarão em Timor-Leste neste ano e no próximo até deterem todos os que tenham armas em seu poder. O Ministro dos Assuntos Estrangeiros, Cooperação e também Ministro da Defesa disse que será construída uma nova prisão em Weberek, Distrito de Manufahi. “O Parlamento está a preparar a legislação para abrir um campo prisional em Weberek para os presos que estão correntemente detidos em Becora no qual serão autorizados para além de comer, beber e dormir também a trabalhar e a providenciar por comida. (STL)


A Oposição discorda da Resolução

Os deputados da oposição da União Democrática Timorense (UDT) e do KOTA abandonaram a sessão plenária no Parlamento durante a votação da proposta de resolução para repudiar a violência em Timor-Leste. De acordo com o STL, o deputado Manuel Tilman, (KOTA) alegadamente disse que tinha sempre argumentado quando vivia no exílio que o povo Timorense era gente civilizada, com a sua própria culture e sem violência. Mas que a realidade hoje em Dili não corresponde a essa constatação e perguntou de quem é a culpa? “Temos um governo, uma Constituição ou não? A Constituição diz que a população não pode ter armas. As armas pertencem à população e aonde e a quem foram compradas? Quem é responsável pelas PNTL e F-FDTL. Os que são responsáveis das armas, porque é que permitiram que as soltassem?” perguntou Tilman, acrescentando ‘são essas pessoas as responsáveis e não a população’. E declarou que essas são as razões para o seu partido ter votado contra a resolução.

A deputada Quiteria da Costa (UDT) disse que com base na situação corrente não há razão para discutir a resolução sobre quem deve ser acusado, e que portanto o seu partido votou contra. Na terça-feira, a bancada da Fretilin apresentou uma resolução no Parlamento para repudiar a violência que foi aprovada com 43 votos a favor, um contra e uma abstenção. (STL)

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Dos leitores

Ao que é dito no ponto anterior e sem que me considere partidário ou desafecto a Maria Alkatiri --- isso é problema dos timorenses e não meu... ---, recordo que na época dos acontecimentos:
a) a PNTL já tinha, virtual e realmente, "desaparecido" pelo que não poderia ser deixada a ela a função de manter a ordem pública;
b) foi nesse contexto que as Forças Armadas foram chamadas a intervir; não foram verdadeiramente "em vez da PNTL" (que já não "existia" de facto);
c) "se bem me lembro", foi dito pelo comandante das forças militares que ele se limitou a responder a tiros que foram disparados, em primeiro lugar, por alguns dos manifestantes. Poder-se-á, então, dizer que actuou em legítima defesa. Este é, naturalmente, um ponto que precisa de ser completamente clarificado;
d) as alegações de que houve mais mortos do que o indicado oficialmente nunca foram provadas; é a quem acusa que cabe o ónus da prova;
e) é lamentável que a reacção das F-FDTL tenham sido com balas verdadeiras e não com balas de borracha mas também é verdade que os tiros que foram disparados contra elas também foram de balas "a sério" (será que há balas de borracha em Timor Leste? :-) Não terão as criancinhas levado as mesmas para a escola julgando que serviam para apagar? E se as houver estarão, provavelmente, no arsenal da polícia e não na do exército já que este está preparado para intervir "a sério" e não "de brincaderinha".
f) De tudo isto concluo que se são de lamentar as mortes que aconteceram também é verdade que, infelizmente, parece que não havia alternativa face à situação criada --- nomeadamente o facto de as F-FDTL terem sido alvejadas primeiro;
g) creio que só uma mente doentia --- e infelizmente Timor Leste está cheio delas e de teóricos das teorias mais mirabolantes... --- pode acreditar que a ordem de disparar balas reais sobre as pessoas tenha partido directamente do Primeiro Ministro; o mais provável é ter sido uma decisão tomada no local face à situação com que a F-FDTL se deparou e à necessidade de se defender. "Quem vai à guerra dá e leva"!... "Levaram"! Sorry!...
h) "last, not least", porque é que quem está sempre a invocar este assunto de Taci Tolu nunca refere a verdadeira actividade de "tiro aos patos" praticada pelo Reinado na entrada ocidental de Dili e que foi testemunhada e relatada pessoalmente por um jornalista australiano que na altura o entrevistava; aparentemente o soldado atingido nem estava em posição de fogo e não consttiuía uma ameaça directa ao "Sr. Major". Este é que foi um comportamento de atacar alguém "a sangue frio".
i) que raio de exército resultará se toda esta gente, que por razões aparentemente insuficientes deixou de obedecer à cadeia de comando, for reintegrada nas fileiras? Só numa opereta...
j) se a Austrália está tão preocupada com esta gente, porque não os leva para lá? Até lhes pode dar o estatuto de refugiados políticos, se quiser... Estou convencido que o antigo patrão do estivador Reinado, "doublé" de major, o aceitará de volta à profissão que nunca deveria ter deixado; estou certo que é melhor estivador que major. E como nestas coisas o "princípio de Peter" funciona mesmo...

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Obrigado, Margarida.

Tradução:

The Dominion Post
Os porquês da dor de Timor
16 Junho 2006

por CHRIS TROTTER

Porque é que Timor-Leste explodiu? Entre as imagens fortes dos edifícios a arder e dos cidadãos a chorar, apesar da presença tranquilizadora dos helicópteros Hercules, dos veículos blindados e dos heróicos soldados Kiwi em patrulha, é o "porquê" de Timor-Leste que ainda não foi explicado satisfatoriamente.

Houve um tempo quando os jornalistas da Austrália e Nova Zelândia teriam arriscado as suas vidas para nos responder a esta questão. Os que têm idade para lembrar tais coisas lembram-se de cinco jornalistas (dois Britânicos, dois Australianos e um da Nova Zelândia) que foram mortos na véspera da invasão de Timor-Leste em 1975.

Somente para honrar o seu sacrifício e prevenir que outra gritaria de mentiras sejam atiradas à cara desta pequena, traumatizada nação, podia-se esperar que os media noticiosos Australianos tivessem tentado um pouco mais pela verdade.

Porquê, por exemplo, nos estão a dizer que os problemas começaram somente quando cerca de metade das forças de defesa de Timor-Leste decidiram fazer “acção industrial”? Como um velho sindicalista, tenho tendência a usar a palavra mais honesta “greve” em vez do termo bastante pusilânime "acção industrial ".

Então façamos isso: digamos que metade das forças armadas de Timor-Leste fizeram greve. Isso não lhe soa um tanto estranho?

Devia. Porque os soldados não fazem greve. Quando os soldados recusam seguir ordens dos seus superiores, eles “amotinam-se”.

Portanto, e com todas as letras: os problemas em Timor-Leste começaram quando metade das suas forças armadas se amotinaram.

Agora, umas forças armadas amotinadas é uma coisa extremamente séria, e as punições para os participantes geralmente são condignas. Historicamente, as tropas levantam-se em rebelião somente como um último, muitas vezes fútil, protesto contra condições horrendas e ordens suicidas. É por isso que as primeiras vítimas de tais motins são quase sempre os oficiais comandantes das tropas.

É isto que aconteceu em Timor-Leste?

Bem, não. Este motim foi liderado por oficiais seniores. As suas queixas? Que alguns deles tinham sido ultrapassados nas promoções. Huh? Se pensa que isso lhe soa a política, então tem absolutamente razão.

O motim nas forças de defesa de Timor-Leste cresceu do agudo antagonismo que continua a crescer entre os combatentes da resistência que activamente combateram os ocupantes indonésios no leste do país, e os que colaboraram com eles no oeste.

O que era isso, portanto – um motim ou uma revolta militar? Vejamos o que conta Maryann Keady, uma produtora de rádio Australiana que tem relatado de Dili desde 2002.

"Cheguei a Dili logo quando os primeiros distúrbios rebentaram em 28 de Abril deste ano, e como testemunha na frente do desassossego, os muito jovens soldados pareciam ter ajuda do exterior – acreditados serem políticos locais e `estrangeiros'.

"A maioria dos observadores citaram a habilidade dos soldados dissidentes de irem de um grupo barulhento desarmado para centenas que brandiam paus e armas o que aumentou as suspeitas dos locais que este não era um protesto `orgânico'."

Portanto, temos um levantamento militar, orquestrado por figuras políticas locais e ajudado por estrangeiros. Sem surpresa, o Governo de Timor-Leste mexeu-se veloz e implacavelmente para suprimir a revolta.

Soldados dispararam sobre soldados. Alguns foram mortos. Mas, apesar das ordens para abrir fogo sobre os rebeldes amotinados terem vindo dos comandantes das forças de defesa de Timor-Leste, foi o Primeiro Ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, quem acabou por ser acusado.

Agora parece claro que a revolta militar tinha um propósito e um alvo: a destituição do primeiro ministro.

Em 7 de Maio, Mr Alkatiri fez um discurso em que descreveu o que estava a acontecer no seu país como um "golpe". Quando ela relatou isso para a ABC, perguntaram a Ms Keady se tinha feito a tradução errada.

Ela não tinha. Em 31 de Maio, Ms Keady escreveu: "Há três anos, escrevi um texto em que mencionava tentativas para correr com o Primeiro Ministro Mari Alkatiri em Timor-Leste, então uma nova, lutadora, independente nação. Escrevi que acreditava que os USA e a Austrália estavam determinados a correr com o líder de Timor-Leste, devido à sua postura dura no gás e no petróleo, a sua determinação para não aceitar empréstimos internacionais e o seu desejo de ver o amigo dos Australianos, o Presidente Xanana Gusmão tomar o poder.

Petróleo e gás?

Oh, desculpem, esqueci-me de mencionar os $30 biliões de petróleo e de gás que estão debaixo do Mar de Timor – e a controversa reivindicação Australiana para ficar com a parte de leão?
Governos Ocidentais de direita têm derrubado líderes de esquerda do Terceiro Mundo por muito menos.


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Dos leitores


O que importava na altura e estava em causa era a autoridade democratica do poder politico que estava a ser desafiada por militares ou ex-militares amotinados e em manifestacao extemporanea, pelo que havia uma necessidade imperiosa e inadiavel de se afirmar a autoridade do Estado. Accionou-se o mecanismo adequado (Gabinete de Crise)e foram dadas as ordens que se impunham. O facto de ficarem pessoas mortas no terreno, conquanto altamente lamentavel, nao retira legitimidade, muito menos legalidade, na accao encetada pelo Governo cujo objectivo ultimo era e continua sendo o de repor a ordem interna, prerrogativa natural de qualquer Estado, ainda por cima soberano e independente. Fazer disso um bicho de sete cabecas nao constitui senao uma manobra mal disfarcada de manipular a opiniao publica nacional e internacional contra um Governo com legitimidade politica, legal, e historica, com vista a inverter a ordem institucional e constitucional e assim colocar-se no poder um regime docil e aberto a intereses avessos a vontade popular expressa nas urnas.

ja ouviu falar de alguma Comissao Internacional para investigar os crimes de Guantanamo ou de Abu Graib no Iraque? Por que razao teremos que viver com base na filosofia dos dois pesos e duas medidas para pressupostos identicos? Sejam honestos, pelo menos intelectualmente, meus senhores?

Da Rosely

OBRIGADO MARGARIDA!

Nós, da lista de discussão Crocodilo Voador temos reproduzido quase diariamente as opiniões publicadas pelo Blog Malai Azul, com o devido crétito. Agora peço licença a Margarida, que gentil e incasavelmente vem traduzindo notícias do inglês para o português, para utilizar suas traduções também.

Nossos Blogs e listas têm citado uns aos outros, o que é natural e contribui para a circulação de idéias e informações, ainda mais nesse momento crítico. Com o volume de informações que chega, aqueles que não são fluentes em inglês têm dificuldade para acompanhar. E é essencial saber o que a imprensa australiana está divulgando.

Então pedimos a Margarida a autorização para utilizar seu trabalho também para a nossa lista, que tem quase quatro anos e conta atualmente com cerca de 290 pessoas espalhadas por todos os continentes.

Se eu não me engano sobre a identidade do Malai Azul, ele fez parte dos pioneiros da nossa lista e ainda está inscrito, embora não tenha tempo de participar.

Imagino que a Margarida vai ficar satisfeita se todo esse trabalho que está tendo servir a mais pessoas áinda. E nós prometemos, como nosso amigo Malai Azul, colocar sempre o já famoso OBRIGADO MARGARIDA!

Precisando de algo, é só falar com a gente, ali ao lado :-))

abraços aos amigos do Malai Azul e a Margarida

Rosely Forganes


Crocodilo Voador ( lista e site)
www.timorcrocodilovoador.com.br

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Amanhã de manhã, destruição controlada de explosivos

UN DSS Timor-Leste
Security Advisory 16 June, 2006
Heads of Agencies, UNCT Timor-Leste
Dear Colleagues,
SECURITY ADVISORY – FRIDAY 16 JUNE

· Please note that the Combined Task Force (CTF) is planning to conduct a controlled demolition of explosives, somewhere on the outskirts of Dili, tomorrow, Saturday 17 June, between 8:00 and 9:00.

· This procedure may result in a large explosion, or explosions. Therefore, please advise all staff that this is a planned procedure taking place under controlled and safe conditions, and is not a cause for alarm.

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Armas segundo grupo rebelde serão entregues em Maubisse - Reinado

Maubisse, Timor-Leste, 16 Jun (Lusa) - O líder dos militares rebeldes t imorenses, major Alfredo Reinado, anunciou hoje que as armas do grupo dos majore s Marcos Tilman e Alves Tara "vão ser entregues aos militares australianos" em M aubisse, 60 quilómetros a sul de Díli.

Em conferência de imprensa, depois de entregar aos militares australian os 12 armas automáticas e três pistolas, além de um grande número de munições, o major Alfredo Reinado disse que continuará em Maubisse, cumprindo o que disse s erem ordens do presidente timorense, Xanana Gusmão.

"Vou continuar aqui, cumprindo as ordens do meu presidente e meu comand ante supremo", frisou.

Questionado sobre a continuação de Mari Alkatiri à frente do governo de Timor-Leste, cuja demissão tem sido exigida pelos militares rebeldes, o major A lfredo Reinado respondeu tratar-se de uma questão que "cabe aos políticos resolv er".

"Eu sou militar. Sou major na hierarquia das forças armadas timorenses e estou a cumprir ordens", disse.

Sobre a presença dos militares australianos na pousada de Maubisse, ond e se encontra desde há várias semanas, rejeitou que eles estivessem no local par a o proteger.

"Quem me garante protecção é o Presidente da República. Estou aqui para garantir a estabilidade e a justiça", acrescentou.

O major Reinado abandonou a hierarquia das forças armadas a 3 de Maio, acompanhado de efectivos da Polícia Militar e da Polícia Nacional de Timor-Leste , depois de uma intervenção das forças armadas na repressão de uma manifestação de ex-militares em Díli, a 28 de Abril.

O início da entrega das armas em poder dos militares rebeldes tinha sid o anunciado quinta-feira por Marcos Tilman, outro oficial rebelde, e confirmado pelo comandante das forças australianas presentes em Timor-Leste, brigadeiro Mic k Slater.

EL/PNG.

Também a não perder

Porque a Austrália quer uma mudança de regime em Timor Oriental

por Nick Beams [*]

Se alguém acreditasse na versão oficial, a entrada das tropas da Austrália em Timor Leste dever-se-ia aos mais nobre motivos. Estão ali simplesmente para restaurar a paz e a estabilidade após o colapso da autoridade do governo. Mas esta ficção política foi desmascarada pelos acontecimentos dos últimos dias, pela luta pelo poder que iniciou a crise e que a trouxe à superfície.

A intervenção do governo de Howard nada tem a ver com a protecção dos interesses do povo de Timor Oriental. O objectivo é produzir uma "mudança de regime" substituindo o governo do primeiro-ministro Mari Alkatiri por uma administração mais em consonância com os interesses australianos.

Há uma máxima em política exterior que diz que não existem aliados nem alianças permanentes, só interesses permanentes. É o caso de Timor Oriental, onde uma das principais preocupações do governo australiano, apoiado pelo Partido Trabalhista da oposição, foi assegurar que outros poderes não tivessem possibilidade de usar sua influência no que se refere explicitamente ao "pátio traseiro da Austrália".

Em 1999 o governo de Howard enviou tropas para liderar a intervenção militar da ONU a fim de assegurar que a Austrália – mais do que o primeiro poder colonial, Portugal – exercesse a maior autoridade no Timor Oriental pós-independência e estivesse na melhor posição para explorar as valiosas reservas de gás e petróleo. Sete anos depois as motivações essenciais são as mesmas.

O conflito subjacente com Portugal foi aberto em 9 de Junho quando o primeiro-ministro John Howard assegurou numa entrevista que a crise de Timor Oriental devia-se a uma "pobre governabilidade". Era um ataque claro ao governo de Alkatiri. A declaração foi respondida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Diogo Freitas do Amaral, que definiu as afirmações de Howar como "uma interferência nos assuntos internos" de Timor Oriental. "Não estamos de acordo com esta classe de declarações por parte de países estrangeiros", acrescentou.

Mas Howard não foi dissuadido. De facto, decidiu dizer mais quando teve a oportunidade seguinte.

Numa aparição no programa matutino do domingo da televisão ABC, "Insiders", Howard foi perguntado "quão mau" havia sido o governo de Timor Oriental e sobre a responsabilidade de Alkatiri.

Howard disse que não queria entrar "em comentários pormenorizados sobre os políticos do país", mas foi exactamente o que fez. Era óbvio, dizia Howard, que o país não fora bem governo nos últimos anos. Além disso disse que não pensava retractar-se dos comentários feitos dois dias antes.

Perguntado sobre se os planos a longo prazo da Austrália seriam semelhantes àqueles levados a cabo nas Ilhas Salomão, onde oficiais australianos haviam tomado conta do Ministério das Finanças, assim como da gestão da polícia e das prisões, Howard foi mais além:

"Bem, não descarto nada, mas não quero declarar nada sobre o que vai suceder ou sobre o deveria suceder sem antes discutir o assunto com os timorenses orientais", disse. "Quero dizer, encontramo-nos diante de um caminho complexo a percorrer. Por um lado, queremos ajudar, somos o poder regional que está em posição de fazê-lo. É nossa responsabilidade ajudar, mas quero respeitar a independência dos timorenses. Contudo, por outro lado, devem desempenhar essa independência ou as responsabilidades dessa independência com mais eficácia do que o fizeram nos últimos anos".

O "caminho complexo" refere-se às actividades dos rivais da Austrália na região, como indicavam os comentários do ministro dos Negócios Estrangeiros português. Até o momento, o governo australiano esteve em condições de contestar estas pressões graças ao apoio dos Estados Unidos. Do mesmo modo como a administração Clintou apoiou a intervenção de 1999, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, deixou claro que o seu país apoia plenamente a última deslocação de tropas. Numa conversação telefónica com o ministro das Relações Exteriores australiano, Alexander Downer, Rice disse ter-lhe perguntado: "O que quer que façamos?".

O foco imediato da mudança de regime é a reunião do Conselho de Estado, de carácter consultivo, que se celebra agora em Dili. Esta entidade, convocada pelo presidente Xanana Gusmão, tem a capacidade de demitir o governo de Alkatiri e nomear um suposto governo de unidade nacional até as próximas eleições que devem ser celebradas em Maio.

Após uma reunião de 9 horas celebrada ontem [dia 10], o Conselho não chegou a tomar uma decisão e as negociações continuam hoje. Enquanto isso, não havendo decisão oficial, o ministro das Relações Exteriores de Timor Oriental, José Ramos Horta, deixou claro que, no que a ele e a Xanana Gusmão se refere, Alkatiri deve renunciar.

Em declarações à televisão ABC, Ramos Horta disse: "O que agora é necessário é uma solução da actual crise política que implica, obviamente, primeiro o primeiro-ministro no sentido que muita gente quer, o da sua renúncia".

Quando perguntado da sua situação, Ramos Horta recusa comentar, explicando que está envolto em negociações com ambas as partes.

A campanha em Timor Oriental para expulsar Alkatiri, o líder do partido preponderando (Fretilin) decorre há algum tempo. A situação explodiu após a decisão de Alkatiri de converter em opcional a educação religiosa, ao invés de obrigatória.

Este movimento elementar de separação igreja-estado provocou denúncias virulentas da igreja católica. Celebraram-se manifestações com proclamações de expulsão de Alkatiri e o final do "seu governo extremista". Numa nota pastoral publicada em Abril de 2005 a hierarquia eclesiástica de Dili dizia que o gabinete continha "marxistas" que punham a democracia em perigo. Além disso dizia-se que o governo seguia políticas baseadas no "modelo chinês" e no "terceiro mundo retrógrado".

Segundo uma reportagem do Asia Times, o embaixador dos Estados Unidos em Timor Oriental apoiava abertamente a igreja nos seus protestos de rua contra o governo no ano passado, chegando inclusive a comparecer pessoalmente a uma delas.

Em Janeiro último um líder da Fretilin membro do parlamento nacional, Francisco Branco, denunciou que um conhecido sacerdote empreendeu uma campanha para derrubar o governo. Segundo Branco, o sacerdote havia explicado aos paroquianos que a decisão de enviar estudantes a Cuba converteria Timor num país comunista e que a Fretilin havia planeado matar padres e freiras se ganhasse as eleições seguintes.

Uma vez iniciada a intervenção militar, os media australianos, seguindo o governo Howard, aumentaram as denúncias contra o governo de Alkatiri.

Num comentário publicado sábado passado, o editor australiano Greg Sheridan qualificou Alkatiri como um "desastroso primeiro-ministro, liderando a 'chamada camarilha de ideólogos de Moçambique', em referência ao longo período de exílio de Alkatiri em outra colónia portuguesa durante a ocupação indonésia de Timor Oriental.

"A catastrófica decisão de converter o português em língua nacional de Timor Oriental ilustra perfeitamente o dogmatismo e o grau de irrealidade do pensamento de Alkatiri. É uma decisão que priva de direitos civis os jovens timorenses que falam tetun, indonésio ou inglês.

Entrincheira a camarilha de velhos e dogmáticos marxistas-leninistas da Fretilin e exacerba as divisões no seio da sociedade de Timor Oriental. Além de não ajudar em nada a que os jovens de Timor Oriental ganhem a vida".

Alkatiri e os seus partidários não são marxistas nem comunistas. Nem tão pouco o governo de Howard e seus porta-vozes dos media estão interessados nas políticas do governo para o povo de Timor Oriental. A oposição australiana a Alkatiri baseia-se em que Alkatiri e sua facção procuram apoios de outras potências mais relevantes, principalmente Portugal e, cada vez mais, durante o último período, a China, como contrapeso ao imperialismo australiano.

Após quatro anos de intransigência de Howar e Downer, o governo de Dili foi obrigado no ano passado a adiar o acordo sobre fronteiras marítimas entre os dois países por 50 ou 60 anos. Segundo o direito internacional de fronteiras que a Austrália recusa-se a reconhecer, Timor Oriental tem direitos sobre a maioria dos recursos de gás e petróleo. Contudo, Canberra teve êxito na hora de conseguir que Dili cessasse suas reclamações de soberania sobre as áreas chave de recursos do mar de Timor durante duas gerações. É o tempo suficiente para que se esgotem as principais fontes de gás e petróleo.

Se Alkatiri fosse considerado um aliado da Austrália em Timor Oriental, e não como um obstáculo, a atitude do governo Howard, e consequentemente os comentários dos mass media, teriam sido muito diferentes.

Para começar, os chamados soldados dissidentes, cuja rebelião acendeu a mecha da crise, não seriam retratados como vítimas de uma injustiça. Ao invés disso, a decisão de despedi-los depois de terem ido à greve teria sido aprovada. Os comandantes do exército australiano ao invés de manter contactos com os "rebeldes" te-los-iam denunciado por organizar um motim, tomando as leis nas suas mãos e criando condições para o terrorismo. Contudo, a campanha para expulsar o governo de Alkatiri ajusta-se perfeitamente aos interesses australianos.

Estes interesses centram-se em assegurar a posição australiana numa região onde crescem grandes conflitos de poder. Como destacava ontem um comentário da Australian Financial Review, a rivalidade emergente entre o Japão e a China está a estender-se pelo Pacífico, colocando um "desafio real a um governo que afirma sempre manter magníficas relações com Tóquio e com Pequim".

Depois de assinalar questões económicas de longo prazo que sempre motivaram a política exterior australiana na região, o comentário prosseguia: "É útil recordar que em 1920 os planificadores estratégicos da Austrália estavam preocupados porque o Japão tentava lançar suas redes nos supostos recursos petrolíferos do Timor português, e em 1975 abrigava-se o medo de que a China manipulasse os independentistas timorenses de esquerda a fim de obter vantagem territorial".

Agora que é clara a existência de recursos em gás e petróleo, a rivalidade entre o Japão e a China pela energia apresenta desafios crescentes à Austrália, acrescentava o comentário.

Uma das maneiras de satisfazer estes repto é assegurar que se estabeleça um regime "fiável" em Dili. Este é um factor subjacente importante na luta pelo poder que se desenvolve na capital de Timor Oriental.

11/Junho/06
[*] Analista político australiano.

A versão em castelhano encontra-se em
http://www.sinpermiso.info/

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A não perder

The Dominion Post
The whys of Timor's woes
16 June 2006

By CHRIS TROTTER

Why has East Timor exploded? Amid all the vivid images of burning buildings and weeping citizens, in spite of the reassuring footage of Hercules aircraft, armoured vehicles and heroic Kiwi soldiers on patrol, it's the "why" of East Timor that has yet to be satisfactorily explained.


There was a time when the journalists of Australia and New Zealand would have risked their lives to answer that question for us. Those of us old enough to remember such things will recall the five journalists (two Brits, two Aussies and a Kiwi) who were murdered on the eve of the Indonesian invasion of East Timor in 1975.

If only to honour their sacrifice and prevent yet another hood of lies being pulled over the face of this tiny, traumatised nation, one might have expected the Australasian news media to have tried a little harder for the truth.

Why, for example, are we being told that the trouble began only when about half of the East Timorese defence force decided to take "industrial action"? As an old trade unionist, I tend to use the more honest word "strike" in preference to that rather pusillanimous term "industrial action".

So let's do that: let's say half the East Timorese army went on strike. Doesn't that sound a little odd?

It should. Because soldiers don't go on strike. When soldiers refuse to follow the orders of their superior officers, they "mutiny". So, let's get this straight: the troubles in East Timor began when half the army mutinied.

Now, an army mutiny is an extremely serious thing, and the punishments meted out to the participants are usually condign. Historically, troops rise in rebellion only as a last, often futile, protest against horrendous conditions and suicidal orders. That's why the first victims of such mutinies are almost always the troops' commanding officers.

Is this what happened in East Timor?

Well, no. This mutiny was led by senior officers. Their grievance? That some of them had been passed over for promotion. Huh? If you're thinking that sounds political, then you're absolutely right.

The mutiny in the East Timor defence force grew out of the sharp antagonisms which continue to fester between the resistance fighters who actively engaged the Indonesian occupiers in the east of the country, and those who collaborated with them in the west.

What was it, then – a mutiny or a military revolt? Let's read the account of Maryann Keady, an Australian radio producer who has reported from Dili since 2002.

"I arrived in Dili just as the first riots broke out on April 28 this year, and as an eyewitness at the front of the unrest, the very young soldiers seemed to have outside help – believed to be local politicians and `outsiders'.

"Most onlookers cited the ability of dissident soldiers to go from an unarmed vocal group to hundreds brandishing sticks and weapons as raising locals' suspicions that this was not an `organic' protest."

So, we have a military uprising, orchestrated by local political figures and aided by outsiders. Not surprisingly, the East Timorese Government moved swiftly and ruthlessly to suppress the revolt.

SOLDIERS fired upon soldiers. A number were killed. But, even though the orders to open fire on the rioting rebels came from the commanders of the East Timor defence force, it was the Prime Minister of East Timor, Mari Alkatiri, who ended up copping the blame.

It now seems clear that the military revolt had both a purpose and a target: the overthrow of the prime minister.

On May 7, Mr Alkatiri gave a speech in which he described what was happening to his country as a "coup". When she reported this to the ABC, Ms Keady was asked if she had in fact got the translation wrong.

She hadn't. On May 31, Ms Keady wrote: "Three years ago, I wrote a piece talking about attempts to oust Prime Minister Mari Alkatiri in East Timor, then a new struggling, independent nation. I wrote that I believed the US and Australia were determined to oust the East Timorese leader, due to his hardline stance on oil and gas, his determination not to take out international loans, and their desire to see Australia-friendly President Xanana Gusmao take power."

Oil and gas?

Oh, sorry, did I neglect to mention the $30 billion of oil and gas that lies below the Timor Sea – and the Australians' contentious claim for the lion's share?

Rightwing Western government's have toppled leftwing Third World leaders for much less.

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Obrigado, João.

Viva.

Na verdade, a solução para conseguirem fazer copy/paste do referido artigo passa por desligarem (temporáriamente, claro) o suporte de JavaScript do browser. Note-se, enquanto tiverem o JavaScript inactivo, não poderão aceder ao gmail devidamente.

Para todos os efeitos, e para o caso de estarem interessados, segue-se o referido texto.

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New York (ANTARA News) - Timor Leste has appreciated the Indonesian government for providing humanitarian assistance and intensifying security at the border area shared by the two countries following unrest in Dili, capital city of Timor Leste which has broken out since April 2006.

"Measures taken by the Indonesian government are positive for Timor Leste and we are glad that we have maintained sound bilateral relations so far," Timor Leste Ambassador to the United Nations Jose Luis Guterres said on Tuesday.

He added the Indonesian assistance was useful although Indonesia was not asked to send troops to help restore order in the tiny country.

"However, the Indonesian military`s role in guarding the border area is good and thus the situation there remains stable," he told ANTARA after attending the United Nations Security Council (UNSC) meeting specially discussed on the situation in Timor Leste.

"We also appreciate the humanitarian assistance given by our brothers in Indonesia, while they are also facing natural disaster of earthquake which hit Java recently," he added.

Gutteres further said the Timor Leste government did not want to `make certain parties as scapegoats` of the unrest.

He added there was no evidence or data on involvement of a certain state in the internal conflict, not event of neighboring countries such as Australia or Indonesia, which had ties with Timor Leste in the past.

"I thus prefer that we, the Timor Leste government, doing some introspection on what mistakes having been done and what efforts needed to be taken to deal with the domestic problem," he added.

On media report carrying a statement of Timor Leste Prime Minister Mari Alkatiri concerning elements involved in the conflict, Gutterest said it was not aimed to accuse Indonesia of being involved in the conflict.

"Prime Minister Alkatiri has made clarification in an interview to explain his statement," he added.

Meanwhile, on the demand from the splinter group that Prime Minister Alkatiri should resign, Gutterest said the demand would not make the situation become conducive.

Gutteres added Alkatiri held the mandate as the country?s prime minister up to the implementation of the Timor Leste general election next year. (*)

Jun 14 10:44

Dos leitores

It has to be noted that in contrast to the anti-democratic and unconstitutional tone and manner in which the cirtics of the government have behaved (burning cars, government buildings, smasshing the goverment main office and burning and destrying homes and property of those whose only apparent sin is being associated with the public administration, Fretilin or the government) that for at least one week now, illegally placed signs criticising the Government and the Prime Minister, which comprise one of the most bizzare and absent demonstartions (if not to say lazy) initiated by the infamous Angela Freitas from Partido Trabalhista, have remained untouched despite all good reason for them being removed, including legal reasons in that they breach the law on public dcemonstrations on a number of grounds.

It illustrates a high level of tolerance, respect and openness on the part of the government for no matter how small and in this case absent a minority to express their democratic rights. Such respect which has never been afforded to either the government or the Prime Minister.
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Let these signs remain there I say as a testament to this value held for democracy as well as minority parties, in this case one which could not even have one member of parliament elected at the first elections.

Da Margarida.

Lembremo-nos que no comunicado de 08 Junho 2006, do MINISTRO RAMOS-HORTA, às tantas ele dizia que:

“O que foi acordado hoje numa reunião presidida por mim e com a presença dos Embaixadores e Comandantes das quatro forças incluindo GNR, foi: o objectivo a longo prazo (e aqui a longo prazo significa dias ou semanas) é que a GNR opera como uma força de intervenção táctica em toda a cidade de Díli; de imediato, respondendo a um apelo feito pelo Presidente da República e Governo Timorenses, a GNR operará numa zona exclusiva de operações que cobre a zona da ponte e ribeira de Comoro; (…)”

Relembro que ele escreveu: "e aqui a longo prazo significa dias ou semanas". Ora Sr. Ministro já passaram 8 dias, isto é mais de uma semana. Vão-se passar mais quantos dias ou semanas, antes de a GNR poder operar, sem empecilhos, em toda a cidade de Dili?

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Margarida relembra.

Tradução:

Revista dos Media Diários (site da UNOTIL)
Quarta-feira, 24 de Maio de 2006

Reportagens dos Media Nacionais

Tiroteio em Fatu Ahi: 2 pessoas mortas, 8 feridas

De acordo com relatos, duas pessoas foram mortas e oito feridas ontem no seguimento do tiroteio entre o grupo do Major Alfredo e as F-FDTL em Fatu Ahi, Becora.

O porta-voz do Conselho de Ministros, Antonio Bianco disse ontem aos media que o incidente ocorreu depois de os renegados terem emboscado membros das F-FDTL que regressavam ao quartel em Metinaro depois de terem levantado os seus salários no banco local, o Banco Ultramarino em Dili. Os renegados mataram 2 F-FDTL, e feriram 8 pessoas que estão agora hospitalizadas. Um membro do grupo de Alfredo também foi ferido e está agora no Hospital de Aileu. Em resposta à questão se o Governo de Timor-Leste precisa de tropas internacionais para acalmar a situação, Bianco declarou, “A situação está sob controlo e a PNTL manterá a segurança nas 24 horas para que as pessoas não entrem em pânico”, apelou Bianco.

Noutro artigo, o STL relatou que o mercado Taibessi foi outra vez queimado por pessoas não identificadas, e de acordo com o relato, muitos jovens foram para o mercado bloqueando a estrada com tambores e madeira.

Em relação com o incidente de Becora incidents, a F-FDTL capturou dois suspeitos alegadamente pelo seu envolvimento directo. (STL, TP, DN)

O Estado está consciente da situação: Lu Olo

O Presidente do Parlamento Nacional Francisco Lu’Olo Guterres sublinhou que o Governo e o Estado estão conscientes da situação corrente e estão a tomar a iniciativa para resolver o problema. Guterres apontou que além doutros problemas que se levantam, o último incidente com o grupo de Alfredo é uma das preocupações para as quais o Governo ainda tenta encontrar uma solução.

Major Alfredo não está a contribuir para a nação

O Ministro e porta-voz da Presidência do Conselho de Ministros, António Bianco, disse aos media na terça-feira que a declaração do Major Alfredo Reinaldo teve um impacto negativo no povo e que ele não está a contribuir para a nação. Bianco disse que a declaração está a contribuuir para criar o pânico entre a população que está a fugir das suas casas. Na terça-feira, Reinaldo alegadamente pediu à população para se distanciarem de Dili se se sentirem inseguras.

O Diário Nacional relatou que Bianco disse que o Governo está pronto a participar no diálogo que está a ser organizado pelo Presidente da República. De acordo com Bianco, representantes dos quatro órgãos de soberania, incluindo a igreja, a sociedade civil e outras organizações participarão no encontro.

O Timor Post relata que o diálogo vai em frente apesar do tiroteio na Terça-feira entre membros das Forças Armadas e os Major Tara e Markus do grupo de Alfredo e os peticionários. (STL, DN, TP)


Regional Media Reports

Batalha de armas em Dili

Hoje dispararam-se armas entre facções militares rivais à volta dum quartel nos subúrbios a ocidente de Dili, em Timor-Leste. Funcionários da ONU preocupados na arruinada capital elevaram o nível do seu alerta de segurança quando o Presidente Xanana Gusmão ordenou às forças do govero para perseguirem os renegados. Pelo menos um soldado pró-governamental foi ferido no confronto de hoje e estava a ser submetido a uma operação de emergência para remover estilhaços do pescoço.

Residentes aterrorizados fugiram do subúrbio exterior de Tasi Tolu dizendo que havia um tiroteio intenso entre os soldados pró-governamentais e as tropas rebeldes. Foi o segundo dia consecutivo de violência que apanhou o pequeno país. Uma trabalhadora de ajuda internacional Nata Andjaparidze disse que ela e o seu marido ficaram presos em casa quando a luta irrompeu pelas 7am (0900 AEST) de hoje.

"Não foi uma simples troca de tiros. Foi mais intenso. Estavam a usar metralhadoras e granadas," disse. "Só conseguimos sair da área num intervalo do tiroteio de cerca de cinco minutos." Ela e dois outros residentes disseram que a luta começou depois de forças rebeldes não identificadas descerem das montanhas para atacar uma base militar do governo (FDTL) em Tasi Tolu.

As forças armadas para perseguirem os rebeldes

A base foi onde foram montadas operações contra uma facção dissidente das forças armadas que provocou distúrbios em 28 e 29 de Abril onde morreram cinco pessoas. Muita gente fugiu da área hoje com os pertences que conseguiram carregar; outros ficaram separados quando as forças armadas bloquearam uma estrada para a cidade Liquica, no oeste.

Ontem dois homens – um soldado pró-governo e um soldado renegado – foram mortos e seis soldados do governo ficaram feridos quando a luta se reacendeu nas franjas do leste dos montes em Dili. Gusmão disse que as forças armadas perseguiriam os ex-soldados desorganizados nos montes que cercam a capital e que atacaram as tropas do governo um dia antes.

A Associated Press relata que Gusmão identificou o renegado Major Alfredo Reinado como liderando a revolta. "O povo de Timor-Leste não aceita o ataque do Major Alfredo Reinado aos nossos soldados," disse Gusmão aos repórteres antes de se encontrar com outros oficiais do governo no Palácio Presidencial. "Persegui-lo-emos para acabar com a violência."

O pessoal não-essencial da embaixada vai sair

A Austrália está a evacuar funcionários públicos não-essenciais, O Primeiro-Ministro em exercício Peter Costello disse hoje. Durante a noite o governo actualizou o seu aviso de perigo para Timor-Leste, onde renovados distúrbios ontem levaram à morte de duas pessoas e ao ferimento de seis outras. Tropas e polícias Australianas estão prontas para seguirem para Timor-Leste para ajudar a aquietar o desassossego, se lhe for pedido pelo governo da nação.

Mr Costello disse que o staff não-essencial da comunidade estavam a deixar o país. "estamos a avisar agora os Australianos que se já estão em Timor-Leste devem considerar a partida, as pessoas do comunidade do governo que são não-essenciais estão a fazê-lo," disse no parlamento.

"Arranjos estão a ser organizados para proteger a segurança dos Australiano." A Austrália há quinze dias atrás pôs navios de guerra e tropas em standby, mas Timor-Leste ainda tem de pedir ajuda. Espera-se que o governo de Timor-Leste pergunte hoje se quer a ajuda Australiana.

A ONU eleva a classificação da segurança

As Nações Unidas que ajudaram à reconstrução de Timor-Leste depois de se separar do domínio Indonésio em 1999, elevou hoje a sua classificação de segurança. Restringiu as viagens do seu pessoal e confinou o pessoal não-essencial e os seus dependentes às suas casas. Também lhes foi ordenado para fazerem as malas e que estivessem prontos para uma possível evacuação.

Anis Bajwa o chefe em exercício da missão da ONU disse que o território mudará da fase um do preventivo estado de alerta para a fase dois, que restringe os movimentos do pessoal da ONU. Entretanto, partes de Dili não afectadas pelas lutas nos subúrbios estavam movimentadas hoje. Cerca de metade das lojas de Dili estavam abertas e havia tráfico nas suas ruas.

No subúrbio de Taibesse, atingido pelos incendiários ontem, vendedores estavam a limpar e a levar os escombros. Muitos residentes de Dili estavam a manter-se vigilantes em relação às montanhas que rodeiam a capital. Estradas e pistas através dos montes fornecem estradas de fuga para muitos, mas são também usadas pelas facções renegadas. - AAP

Chefes de Segurança Australiana discutem Timor-Leste

Os chefes de segurança nacional da Austrália encontraram-se na noite passada, aumentando a possibilidade das tropas poderem em breve serem mandadas para Timor-Leste depois de renovada violência ter deixado uma pessoa morta e cinco feridas. Alegadamente polícias militares rebeldes abriram fogo contra tropas do governo num distrito a leste da capital, Dili.

Oficiais dizem que os polícias eram liderados pelo Major Alfredo Reinaldo que deixou o seu posto no mês passado para apoiar os protestos de 500 soldados despedidos. Quatro pessoas foram mortas e centenas de Timorenses do Leste fugiram das suas casas quando os protestos se tornaram violentos. Ontem, uma pessoa foi morta e pelo menos cinco feridas quando os polícias militares rebeldes abriram fogo no leste da capital.

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, encontrou-se com ministros seniores e o chefe das Forças Armadas e da polícia para discutir a crise. O Presidente Xanana Gusmão disse que cancelou planos para viajar à China no Domingo, em parte devido ao desassossego. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália Alexander Downer diz que a Austrália está pronta para ajudar com tropas se o Governo de Timor-Leste e a ONU requisitarem assistência.

Mr Downer diz que uma comissão independente que investiga as queixas dos soldados precisa de voltar rapidamente ao trabalho para que a violência não escale. A Austrália há várias semanas atrás moveu navios, meios aéreos e algumas tropas para as suas águas do norte para permitir uma resposta rápida se lhe for pedido que assista em Timor-Leste.

A Força de Defesa de Nova Zelândia diz que tem cerca de 30 tropss em standby no campo militar de Burnham para ir para Timor-Leste. O Lieutenente Coronel Mike Shatford diz que é uma precaução para o caso de serem requisitados para responderem rapidamente.

Falando antes de relatos dos últimos distúrbios, disse que é necessário um pedido do Governo de Timor-Leste antes das tropas serem destacadas. Ser-lhes-ão dadas avisos de 48 48-horas se lhes pedirem para ir. O jornalista do SBS David O'Shea estava a entrevistar um soldado rebelde nos monte imediatamente fora de Dili quando rebentou o tiroteio ontem.

Mr O'Shea diz que estava a falar com o polícia militar renegado Major Alfredo Reinado quando rapidamente se encontrou numa batalha com os soldados de Timor-Leste nos montes acima do empobrecido distrito de Becora. Depois do tiroteio, Mr O'Shea disse por telemóvel que não estava ferido e que estava a subir a montanha longe do combate para regressar a Dili. Disse à ABC que ambos os lados em confronto desejam que sejam mandadas tropas estrangeiras para Timor-Leste para estabilizar a situação.

"Os refugiados e os soldados rebeldes com quem estive hoje, ambos esses grupos estão a pedir os peacekeepers Australianos," disse. "Eles não têm confiança que este assunto possa ser resolvido pela polícia ou pelos militares ou por algum dos políticos de aqui." O Departamento dos Negócios Estrangeiros e do Comércio da Austrália elevou a conselho de viagens para Timor-Leste no despertar da violência renovada.

Os Australianos estão a ser avisados a não viajarem para Timor-Leste por causa do que o Departamento descreve ser uma situação de segurança extremamente perigosa. Os Australianos que já estão no país estão a ser apressados para considerarem partir. O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio da Nova Zelândia aconselha contra qualquer viagem de turistas e pessoal não-essencial para Timor-Leste. (newswire.co.nz)

http://www.unotil.org/UNMISETWebSite.nsf/cce478c23e97627349256f0a003ee127/82f97e5149a375d149257178003ecea3?OpenDocument


PS: este é parte do apanhado da imprensa que está no site da UNOTIL referente ao dis 24 de Maio de 2006. Tinha pensado só traduzir partes, acabei por pôr na totalidade (faltam as duas últimas peças que ainda não traduzi, mas vou fazê-lo) porque é um documento altamente indiciador dos esforços da Austrália e da Nova Zelândia para forçarem o convite para a sua entrada em Timor-Leste.

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Entrega armas não vai ser feita a Xanana mas sim aos australianos

Díli, 16 Jun (Lusa) - A entrega de armas pelos militares rebeldes timor enses vai afinal ser feita directamente aos militares australianos e não a Xanan a Gusmão, ao contrário do que tinha sido referido à Lusa por fonte do gabinete d o Presidente da República.

A alteração de planos foi comunicada à Lusa pelo porta-voz do President e, Agio Pereira, que acrescentou que Xanana Gusmão enviou uma carta aos rebeldes para que entregassem as armas aos militares australianos.

A primeira informação de que Xanana Gusmão se deslocaria a Maubisse for a comunicada à Lusa por fonte do gabinete do chefe de Estado.

Entretanto, hoje de manhã (hora local), o comandante das forças austral ianas, brigadeiro Mick Slater, confirmou à imprensa que a entrega de armas começ aria em Maubisse, a cerca de 60 quilómetros da capital timorense.

"Esperamos receber entre 40 a 50 armas", acrescentou o brigadeiro Slate r.

O militar australiano disse ainda não saber ao certo o número de armas em poder dos militares rebeldes, distribuídos por bases em Gleno e Maubisse.

"Acredito que nem ao longo da minha vida todas as armas que existem em Timor-Leste, possam alguma vez vir a serem recolhidas. Mas confio na boa fé das pessoas", vincou.

O início da entrega das armas tinha sido anunciado quinta-feira por Mar cos Tilman, outro oficial rebelde, e confirmado pelo comandante das forças austr alianas.

O anúncio foi feito cerca de 24 horas depois do Presidente Xanana Gusmã o ter proclamado, em mensagem ao Parlamento, que tinha chegado a hora de se pass ar à segunda fase da presença das forças militares internacionais no país, com o seu desdobramento para o interior do país.

Este movimento representa a ampliação da missão de manutenção da ordem pública pelos efectivos da GNR, por enquanto circunscritos ao bairro de Comoro.

Efectivos militares e policiais da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, num total de cerca de 2 mil, começaram a chegar no passado dia 25 de M aio a Timor-Leste, correspondendo a um pedido das autoridades timorenses para aj udarem a restabelecer a lei e ordem públicas, face à desintegração da Polícia Na cional e às divisões no seio das forças armadas timorenses.

Quanto ao ex-tenente Gastão Salsinha, porta-voz dos cerca de 600 indiví duos que subscreveram uma petição a denunciar alegadas práticas discriminatórias no seio das forças armadas timorenses, o major Marcos Tilman asseverou que "ele s não têm armas nenhumas".

"Eles não têm armas. Quem as tem somos nós, eu, major Tara e os nossos homens e o grupo do major Alfredo Reinado", acrescentou.

EL/JPA.

Militares rebeldes começam hoje a entregar armas a Xanana Gusmão

Díli, 16 Jun (Lusa) - O presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, vai h oje a Maubisse, 60 quilómetros a sul de Díli, receber as armas do líder dos mili tares rebeldes timorenses, major Alfredo Reinado, disse à Lusa fonte oficial.

O início da entrega das armas tinha sido anunciado quinta-feira por Mar cos Tilman, outro oficial rebelde, e confirmado pelo comandante das forças austr alianas, brigadeiro Mick Slater.

O anúncio foi feito cerca de 24 horas depois do Presidente Xanana Gusmã o ter proclamado, em mensagem ao Parlamento, que tinha chegado a hora de se pass ar à segunda fase da presença das forças militares internacionais no país, com o seu desdobramento para o interior do país.

Este movimento representa a ampliação da missão de manutenção da ordem pública pelos efectivos da GNR, por enquanto circunscritos ao bairro de Comoro.

Efectivos militares e policiais da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, num total de cerca de 2 mil, começaram a chegar no passado dia 25 de M aio a Timor-Leste, correspondendo a um pedido das autoridades timorenses para aj udarem a restabelecer a lei e ordem públicas, face à desintegração da Polícia Na cional e às divisões no seio das forças armadas timorenses.

A decisão de entregar as armas aos militares australianos correspondeu a um pedido nesse sentido do Presidente Xanana Gusmão, indicara Marcos Tilman qu inta-feira à Lusa.

Quanto ao ex-tenente Gastão Salsinha, porta-voz dos cerca de 600 indiví duos que subscreveram uma petição a denunciar alegadas práticas discriminatórias no seio das forças armadas timorenses, o major Marcos Tilman asseverou que "ele s não têm armas nenhumas".

"Eles não têm armas. Quem as tem somos nós, eu, major Tara e os nossos homens e o grupo do major Alfredo Reinado", acrescentou.

EL/JPA.

APELO

Senhor Presidente da República, Senhor Primeiro-Ministro,

Chega de passividade. Está na altura de utilizar uma força de intervenção equipada e preparada em toda a cidade.

Em conjugação com as forças militares, que devem fazer o perímetro de segurança exterior das zonas de intervenção, a GNR deve poder deslocar-se e intervir em qualquer zona e situação que requeira o seu perfil.


GNR em toda a cidade, já!


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Dos leitores



Quanto tempo já passou para que os orgãos de soberenia timorenses tenham a coragem de assumir o comando das forças militares enviadas pelos "países amigos"?

Quanto tempo precisam mais para denunciar a passividade do exército australiano?

Quanto tempo mais para permitir a operacionalidade da GNR portuguesa?

Quanto tempo, quanto tempo mais os cidadãos se vão manter em campos de refugiados?

Quanto tempo mais para continuar a distribuir elogios a quem vos destrói?

Resposta a um leitor

Os militares das FDTL estão aquartelados. Em Tacitolo, Hera e Metinaro.

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São três e quinze e estamos fartos da passividade australiana

Se eles não têm capacidade para patrulhar a cidade, se não conseguem evitar que criminosos peguem fogo a bairros inteiros, se não conseguem evitar que se pilhem armazéns durante horas, se não conseguem aparecer,

CHAMEM A GNR!


Cumpram o que está previsto nos protocolos das definições das zonas.
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Da Margarida. Obrigado.

Nem media unit nem translation unit.

Estou muitíssimo bem a aprender com o excelentes textos que aqui têm posto e eu é que vos estou agradecida por esta oportunidade de aprender mais qualquer coisinha.

É que o que se passa em Timor é um reflexo do estado das coisas que se passam pelo mundo.

E tenho aprendido convosco que afinal essa coisa da soberania popular que tão amesquinhada tem sido afinal é mesmo importante e que aí em Timor há gente determinada e teimosa a defendê-la com imensa tolerância e inteligência.

Continuem a vossa luta, amigos!

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Dos leitores

"Dada a ausência de militares australianos, o ministro telefonou para o comando australiano, que fez deslocar alguns efectivos, "que apenas ficaram a observar, sem fazerem o que quer que fosse para impedir o roubo"."- Ministro Estanislau da Silva

"a primeirissima prioridade é terminar com a violência e destruição de bens e propriedades" - Xanana Gusmão

"Estamos em coordenação com o Comandante das Forças, Brigadeiro Slater" - Xanana Gusmão

Pensava-se que não se tratava de "coordenação" mas sim de comando.

Afinal o problema é a "coordenação".


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Incêndio ao lado do Ministério do Trabalho esta noite


Onde estão eles?!
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Hoje no armazém de sândalo, depois de saqueado


Onde estavam eles?!
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PE adopta resolução a pedir reforço missão da ONU e apoio da UE

Estrasburgo, França, 15 Jun (Lusa) - O Parlamento Europeu adoptou hoje em Estrasburgo uma resolução sobre Timor-Leste na qual reclama o reforço da missão das Nações Unidas no território e mais apoios da comunidade internacional e da União Europeia (UE).

A resolução, antecipadamente acordada entre as diversas famílias políticas da assembleia, e hoje aprovada numa votação de braço no ar, aponta também para o envio de uma delegação do Parlamento Europeu a Timor-Leste no próximo Outono, para avaliar a situação política e examinar a adequação dos programas de assistência da UE.

A resolução sublinha que o papel desempenhado pela comunidade internacional, e em particular a ONU e o seu Conselho de Segurança, é de "importância vital" para o processo de consolidação da democracia na "jovem nação" de Timor-Leste.

Nesse sentido, o Parlamento Europeu (PE) defende que "o processo de gradual redução da missão das Nações Unidas em Timor-Leste ao longo dos últimos quatro anos tem de ser invertido", e solicita o envio urgente de uma força policial sob os auspícios das Nações Unidas para ajudar a restaurar a estabilidade no país.

A resolução sublinha a necessidade de, no respeito pela soberania das autoridades de Timor-Leste, se estabelecerem canais eficazes de comunicação e colaboração entre as forças internacionais presentes no território, com vista à restauração da ordem pública e rápida reposição da normalidade institucional.

Ainda no campo da segurança, solicita ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia que inste as autoridades timorenses a "proibir, dissolver e desarmar" todos os grupos paramilitares, gangs e civis armados, e a dar conta das preocupação da UE relativamente à violência policial em todos os encontros oficiais ao mais alto nível que mantenha com o governo de Timor-Leste.

O PE pede à UE e à comunidade internacional que "mantenham e aumentem o apoio necessário para consolidar a democracia e a cultura democrática em Timor-Leste", concentrando-se designadamente no fomento da cultura multipartidária, na edificação das instituições e no reforço das redes de educação e de saúde.

Aponta também a urgência de estender a cobertura por parte dos órgãos de comunicação social a todo o território.

A assembleia solicita ainda à comunidade internacional que aumente "substancialmente" o apoio com vista à monitorização efectiva da questão dos direitos humanos em Timor-Leste e que providencie assistência para o desenvolvimento de grupos locais de direitos humanos, bem como serviços locais para vítimas de abusos.

Dirigindo-se aos timorenses, o Parlamento Europeu insta o governo e o presidente a tomarem "todos os passos necessários" para pôr fim à violência e restaurar um ambiente estável em total respeito pela Constituição.

Pede também às partes em conflito para se envolverem num diálogo que inclua todos para discutir as diferenças políticas.

A proposta de resolução teve como co-signatários a deputada socialista Ana Gomes, pelo Grupo Socialista, e o líder democrata- cristão José Ribeiro e Castro, pelo Partido Popular Europeu.

Terça-feira, por ocasião de uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o secretário-geral Kofi Annan admitiu que a ONU reduziu a sua presença em Timor-Leste demasiado rapidamente, e que "tendo em conta o que aconteceu" é preciso reavaliar a presença no terreno.

Todavia, indicou que a ONU não tenciona enviar forças de paz para Timor-leste nos próximos seis meses, e disse esperar que os países que têm actualmente forças no território, como Portugal, continuem a "ajudar a manter a lei e a ordem até que o Conselho de Segurança tome novas decisões".

O Conselho de Segurança reúne-se, novamente, na próxima semana, para prolongar o actual mandato da missão da ONU em Timor- Leste (UNOTIL), que termina dia 20, uma decisão saudada hoje pelo Parlamento Europeu.

Além de Portugal, que enviou uma força da GNR para Timor- Leste, também a Austrália, Nova Zelândia e Malásia responderam a um pedido das autoridades timorenses para envio de forças militares e policiais para pôr fim ao clima de violência que se vive no país, sobretudo em Díli, desde o final de Abril.

A onda de violência em Timor-Leste já provocou mais de duas dezenas de mortos e cerca de 130 mil deslocados.

ACC.

Propõe-se uma troca

Que tal trocarem aí uns 1.000 militares por 100 bombeiros?

E uns 100 carros blindados por carros auto-tanques?



E onde estão eles?

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Mais seis casas a arder em Bidau

Na rua ao lado da ribeira. Zona australiana/neo-zelandesa.

Nem 1 militar no local.


Onde estão eles?!

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Grande incêndio ao pé do Hotel Vila Verde e do Ministério do Trabalho

O antigo bairro dos polícias indonésios está todo a arder.

Duas pessoas que iam a passar foram chamar os bombeiros que chegaram com os dois jipes australianos que lhes fazem segurança.

Não há mais militares no local.

Pelas dimensões e extensão do incêndio houve tempo de regar tudo com gasolina ou querosene.

Esta é uma zona de patrulha australiana.



Onde estão eles?!

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Obrigado, Margarida.

Tradução:

Timor-Leste: quando a construção de nação destrói
Spiked
Thursday 15 Junho 2006

Philip Cunliffe


Em 14 Junho 2006, o SG da ONU Kofi Annan anunciou que capacetes azuis da ONU têm de regressar a Timor-Leste, somente um ano depois de terem sido retirados. Perto de 2,000 tropas Australianas – mais do que a força Australiana no Iraque – já estão a patrulhar as ruas da capital Dili (1). Foram chamadas para ajudar a restaurar a ordem, depois do país começar a espirolar em lutas mais cedo neste ano, no seguimento do despedimento de soldados em greve.

Em todas as contas, a situação é grave. Mais de 100,000 pessoas fugiram de Dili e algumas foram mortas nos distúrbios. Perturbador como é, somente a violência não pode ser contabilizada para o nível de atenção que tem atraído, quando comparada com a situação no Iraque ou no Sudão.

Portanto o que é que há neste minúsculo Estado do Pacífico que o torna tão importante?

Timor-Leste é um dos mais novos Estados do mundo, tendo-se tornado independente em 20 Maio de 2002. Mas o que fez esta ‘independência’ diferente é que lhe foi doada pela ONU. De Outubro de 1999 a 2002, Timor-Leste foi governado por um governador-geral da ONU, Sergio Vieira de Mello (mais tarde morto no Iraque), como parte da Administração Transitória da ONU em Timor-Leste. A UNTAET foi estabelecida depois de imensa pressão Ocidental sobre a Indonésia para promover um referendo sobre a independência dos Timorenses do Leste em Agosto de 1999.

A UNTAET foi bastante aclamada como um exemplo de sucesso de construção de nação, como mostra o facto que ter sido Vieira de Mello que foi despachado para representar a ONU em Baghdad. Além de que, a chegada de uma força de intervenção liderada pelos Australianos em Timor-Leste em 1999 foi visto por muitos como uma intervenção oportuna para defender os Timorenses da violência das forças Indonésias retirantes.

Timor-Leste foi mostrado como um exemplo brilhante duma intervenção humanitária de sucesso, em contraste com os falhanços percebidos para reagir aos conflitos no meios dos anos 1990 (principalmente no Rwanda e na Bosnia). ‘Nunca antes o mundo se uniu tão determinado e tão firme para ajudar uma pequena nação a estabelecer-se’, proclamou Kofi Annan no dia em que a ONU concedeu a Timor-Leste a sua independência. Semanas antes de o conflito eclodir este ano, o Presidente do Banco Mundial Paul Wolfowitz descreveu o país como uma ‘democracia vibrante’ (2).

Jonathan Head da BBC retrospectamente admite a extenção da compaixão pelos Timorenses que infectou a cobertura dos media em 1999: ‘é suposto que os jornalistas se mantenham desligados das suas histórias mas, obviamente, isso é um mito. Em 1999 cada jornalista disparava por Timor-Leste durante o seu heróico lanço pela independência. Timor-Leste era uma história fora do vulgar de um “país em crises” por causa dos extraordinários níveis de simpatia que provocava ... foi uma história que teve um final feliz.’ (3) Com as correntes imagens da TV de Dili reminiscentes de 1999, mas sem os Indonésios a quem culpar, parece que a fotografia do postal de “final-feliz” dos correspondentes estrangeiros e dos dignitários internacionais, descaminhou horrivelmente mal.

Muitos comentadores denunciam que a incompetência e a divisão da liderança Timorense são responsáveis por esta crise (4). Na verdade, a crise expôs o falhanço da construção de nação da ONU, e o vazio da independência que se propôs oferecer.

Jarat Chopra, Chefe da administração de distrito na operação UNTAET até 2000, escreveu: ‘O estatuto da ONU em Timor-Leste é comparável com a dum monarca-pré -constitucional num reino soberano.’ (5) Mesmo depois da independência, a presença da ONU continuou no país ‘para providenciar assistência em estruturas administrativas fundamentais críticas para a viabilidade e a estabilidade política de Timor-Leste’ (6). O poder excessivo empunhado pelo vice-rei da ONU Vieira de Mello sufocou efectivamente a auto-determinação Timorense. Em 2000, uma das figuras chave da resistência anti-indonésia Timorense, Xanana Gusmão, denunciou a ONU por estar a construir uma ‘república de bananas’ em Timor e por acusar os líderes Timorenses por problemas que estavam inteiramente fora do seu controlo. Ao mesmo tempo que fora concedido o poder supremo sobre Timor, a UNTAET criticava a liderança Timorense pelo seu autoritarismo (7).

Hoje, muitos analistas apontam a extrema pobreza de Timor como uma das causas da violência corrente. Mas a dependência de Timor-Leste na comunidade internacional é mais do que económica; é politica. O projecto de construção da nação da ONU no país cultivou uma liderança cuja autoridade e poder deriva da sua relação com a comunidade internacional mais do que com o seu próprio povo. O resultado final é o espectáculo bizarro de antigos líderes de guerrilha como o Presidente Timorense Gusmão, que resistiu durante décadas às forças armadas Indonésias, agora a suplicar por tropas estrangeiras e à ONU para re-ocupar o país que ele tanto lutou para libertar (8).

Timor-Leste junta-se agora à lista crescente de sociedades arruinadas pela construção de nação através do mundo: Iraque, Afghanistão, Kosovo, Haiti, Bosnia. A tragédia da brutalidade de Timor-Leste ilustra a futilidade de se contar com forças externas para ganhar a auto-determinação em proveito próprio.

Philip Cunliffe é co-convenor do grupo de trabalho da Soberania e os seus Descontentes. Email him at philip.cunliffe@kcl.ac.uk.

(1) BBC News, ‘Australia beefs up E Timor force’, 28 May 2006

(2) John Aglionby, ‘Back to square one’, Guardian, 6 June 2006

(3) Jonathan Head, ‘No happy ending for East Timor’, BBC News, 3 June 2006

(4) Linda Polman, ‘Trappings of State’, Guardian, 31 May 2006

(5) Jarat Chopra, ‘The UN’s kingdom of East Timor’, Survival 42:3, 2000, p.29

(6) See the UNTAET homepage

(7) See pages 140-142 in Simon Chesterman, You, The People: The United Nations, Transitional Administration, and State-Building (Oxford University Press, 2004)

(8) BBC News, ‘Gusmao “shaken” by E Timor unrest’, 14 June 2006
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EAST TIMOR: Australia Rejects UN Control

Thursday: June 15, 2006
Pacific Magazine

(Sydney Morning Herald Online) - Australia has signalled its opposition to a United Nations force taking over the four-nation peacekeeping mission but has called for an international police officer to take over the running of policing in the troubled country.

Australia's ambassador to the UN, Robert Hill, told the Security Council it would be better for the UN to focus on other issues, such as East Timor's longer-term needs, while the multinational force, led by Australia, took care of security.

East Timor's Foreign Minister, Jose Ramos Horta, in a speech read on his behalf to the Security Council, said a UN force was essential to "reduce political and diplomatic tensions".

He said there should be more countries involved, such as Fiji, Singapore and Thailand.

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Xanana envia australianos para o interior do país

DN
15.06.2006


O Presidente Xanana Gusmão confirmou ontem em Díli que as forças militares australianas vão começar a ser transferidas para o interior de Timor-Leste, como o DN já tinha avançado na semana passada.

Uma operação que deverá centrar-se na região de Maliana e que, segundo Xanana Gusmão, visa um objectivo preciso: impedir que a população do interior do país viva sob a ameaça de perda de vidas e bens. "Como aconteceu em Díli."

Estas declarações foram proferidas no decorrer de uma sessão extraordinária do Parlamento, a que assistiram todos os membros do Governo de Mari Alkatiri, e que, no final, levaram o primeiro-ministro a aplaudir a mensagem do Presidente. "Foi boa e clara", frisou, numa alusão a outras passagens do discurso de Xanana. Nomeadamente aquelas em que o Presidente se recusou a responsabilizar alguém pela crise que se vive no país. "Não acuso ninguém", explicou. "Mas chamo a atenção do Estado e dos órgãos de soberania para [que façam] um rigoroso exame de consciência, porque temos que prestar contas ao nosso povo."

"Não temos outra alternativa", acrescentou, "senão medir os actos que praticámos (...) e que contribuíram para que o povo viesse a sofrer uma vez mais com o resultado da nossa falta de capacidade política para resolver os problemas e que não pudemos ou não quisemos decifrar".

Afirmações que poderão indiciar também que as autoridades de Díli se preparam para começar a desarmar os civis e os militares revoltosos, evitando que a situação venha a deteriorar-se ainda mais. AR

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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