quarta-feira, setembro 06, 2006

E. Timor rebel threatens troops

Church, NGOs discuss Draft Proposals for Election Law

September 6,2006
Indian Catholic

BAUCAU, East Timor (UCAN) -- The Catholic Church in East Timor has cooperated with volunteer organizations to facilitate discussion of proposals for running the country's first general election as an independent nation.



Thirty participants from political parties, church organizations, members of parliament, district administrations and civil society attended the Aug. 23 discussion in Baucau, 120 kilometers east of Dili.

The meeting was organized by Baucau diocese's Commission for Peace and Justice in conjunction with East Timor People's Action, an NGO that monitors and analyzes government policies, CAUCUS, a local organization dealing with civic education, and FONTIL, the East Timor NGO forum.

East Timor is scheduled to hold a parliamentary election in the middle of next year. Voters will vote for a party, and representation in the single house of parliament will be based on the percentage of the vote a party wins, the actual representatives chosen in accordance with the party's prepared list of candidates. People also will vote for a president.

However, there is no law to regulate the electoral process. The current government was elected in U.N.-supervised elections on Aug. 30, 2001, nine months before East Timor achieved full independence on May 20, 2002.

Two draft electoral laws have been put forward, one by the ruling Fretilin party and the other by the opposition parties. Fretilin's draft has 14 pages with eight chapters and 77 sections, while the opposition draft runs 31 pages with six chapters and 67 sections.

Joao Goncalves, a member of parliament from the opposition Social Democrat Party, told discussion participants that one of the main differences in the drafts is the gender makeup of the legislative assembly.

"Fretilin wants at least one woman in the first five candidates (on the party list), without insisting on more women candidates. The opposition wants at least one woman among every five candidates," he told UCA News Aug 29.

Goncalves also objects to the Fretilin proposal of a 5 percent threshold, according to which a party that gets less than 5 percent of the total vote would not be entitled to any parliamentary seats. Based on his estimate of 400,000 votes to be cast, a party would need 20,000 votes to be in parliament. This would make it "very difficult for small parties to have even one representative in the parliament," he said. "What we want is proportional representation in parliament."

Cipriana Pereira, a Fretilin member of parliament, defended her party's draft. Nevertheless, she described the discussion as an initial way for various organizations and society in general to offer opinions and suggestions about the draft laws. Regarding the Fretilin draft, she said "there are some sections that could be altered, but some cannot.

Father Deonisio Sarmento, coordinator of the youth ministry in Baucau, raised a concern about where the ballots would be counted. The draft from Fretilin calls for all votes cast within a district to be transported to the district capital and counted there, while the opposition's draft says votes should be counted immediately after balloting to avoid manipulation.

Father Sarmento spoke in favor of votes being counted in the presence of voters and observers just after the balloting.

Like Pereira, the priest affirmed that discussions like the one in Baucau could help find alternatives that are acceptable to all. The Church and civic groups also have concerns about the law's implementation, he said, maintaining that the most important thing is that it should be just and transparent.

Cecilio Caminha Freitas of East Timor People's Action told UCA News it was important to involve the Church since it has a lot of influence in society. Catholics form more than 90 percent of East Timor's 1 million people.

Albino da Silva Savier, a representative of former guerrillas who fought for independence from Indonesia, saw the discussion as a good opportunity for political leaders to hear what people at the grassroots level had to say.

"I'm very happy to be involved in such a discussion. This is such a good thing for this country," he told UCA News Aug. 23.

Communal division and tension in East Timorese society were revealed recently during several weeks of clashes, looting and arson in which at least 20 people died and 100,000 were displaced. The violence began after former prime minister Mari Alkatiri dismissed roughly a third of the army. The dismissed soldiers were from the eastern part of the county and had complained of systematic bias against them in the military. Alkatiri resigned under pressure on June 26.

The U.N. Security Council on Aug. 25 authorized a mission of 1,600 international police and 34 military liaison officers to help stabilize the fledgling country ahead of the presidential and parliamentary elections.

East Timor law requires that parliament have a minimum of 52 and a maximum of 65 seats, with members elected by popular vote to five-year terms. However, for its first term of office, parliament was composed of 88 members on an exceptional basis.

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Uma das cartas de Xanana para Reinado



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Comunicado - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

INFORMAÇÃO À IMPRENSA

Primeiro-ministro visita Noruega

O primeiro-ministro, José Ramos-Horta, inicia, nesta quarta-feira, 6 de Setembro, uma visita de três dias à Noruega. No programa da deslocação encontram-se reuniões de trabalho com o seu homólogo e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega.

No programa oficial da visita, no primeiro dia, o chefe do Governo encontrar-se-á com o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, e terá um almoço de trabalho com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jonas Gahr Store. Da parte da tarde terá um encontro com o ministro do Desenvolvimento Internacional, Erik Solheim.

Neste dia, a visita do primeiro-ministro inclui também um encontro com a presidência do Parlamento norueguês e uma reunião com o Comité dos Negócios Estrangeiros.

Na visita à Noruega, José Ramos-Horta faz-se acompanhar pelo ministro do Trabalho e da Reinserção Comunitária, Arsénio Bano, e o diplomata do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Licínio Branco.

Nestes encontros, o primeiro-ministro procurará junto das autoridades norueguesas, país que tem mantido uma ajuda sistemática a Timor-Leste, “solicitar mais apoio para o programa de diálogo nacional e reforço da assistência ao nível das questões humanitárias e de desenvolvimento”.

Nos outros dias da visita, José Ramos-Horta participará em várias acções na qualidade Prémio Nobel da Paz. Nelas se destacam a participação no Fórum Norte-Sul do FK Norway (“Fredskorpset” – organização norueguesa de apoio ao desenvolvimento) e no encontro internacional de conselheiros dessa organização, do qual o primeiro-ministro será o convidado de honra.

No Fórum, na quinta-feira, destinado a discutir as questões da construção da paz e da gestão de conflitos, Ramos-Horta fará uma intervenção sobre a sua própria luta “na construção de um Timor-Leste independente e pacífico”.

Na sexta-feira, além de uma visita ao “Nobel Peace Centre”, e ao Centro para a Paz e Direitos Humanos de Oslo, fará uma intervenção no Instituto do Nobel da Paz, ao lado de dois outros laureados, Rigoberta Menchu e Wangari Maathai, sobre “Ser um Laureado com Prémio Nobel”.

O primeiro-ministro e delegação saíram de Díli na segunda-feira, 4 de Setembro, estando o seu regresso previsto a Timor-Leste para a próxima segunda-feira, 11 de Setembro.


Díli, 6 de Setembro de 2006

Dos leitores

Se a oposição quer assumir-se como alternativa à Fretilin, tem que oferecer um projecto alternativo de governo que tenha alguma credibilidade aos olhos do povo.

Ora, com as suas qualidades e defeitos, todos sabemos que actualmente a Fretilin é a única força em condições de responder às exigentes solicitações executivas e legislativas do país. Não é culpa da Fretilin se a oposição não consegue atingir o sofisticado nível de organização e o recrutamento de quadros que caracterizam a Fretilin.

E por mais ideal que fosse a tal "convergência nacional" ou novo CNRT, etc, o facto é que a Fretilin só por pura loucura iria abdicar dessa vantagem que tanto trabalho lhe deu a alcançar para se coligar com uma oposição medíocre, incapaz e impotente (sem prejuízo das qualidades individuais de alguns dos seus líderes ou simples militantes).

O problema é que ninguém pode obrigar a Fretilin a fazer algo contra a sua vontade. Portanto, a tal "coligação" ou "convergência" está condenada a nunca sair da esfera da ficção científica.

Parece-me que a atitude mais realista para quem não se identifique com a Fretilin é aceitar a democracia, aceitar a eventual derrota e trabalhar para conseguir um resultado melhor no futuro, trabalhando a favor do seu projecto e não obsessivamente contra a Fretilin, o que será sempre contraproducente.

H Correia.

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A Indonésia apoia Ramos-Horta

Tradução da Margarida.


Jonathan Dart, The Jakarta Post, Dili
5.09.2006

O Ministro dos Estrangeiros Hassan Wirayuda na Segunda-feira assinalou o apoio da Indonésia para o governo de Timor-Leste sob José Ramos-Horta no terceiro anual da Encontro da Comissão Trilateral em Dili.

Hassan encontrou-se com Ramos-Horta e o seu colega Australiano Alexander Downer para discutir questões de segurança e desenvolvimento económico, apesar da recente crise em Timor-Leste ter sido um obvio ponto focal das conversas.

Ramos-Horta foi nomeado o novo primeiro-ministro de Timor-Leste em Junho, depois do responsável Mari Alkatiri ter resignado relutantemente entre a violência crescente e a intervenção de forças internacionais.

Numa amarga luta pelo poder, Alkatiri clamou que o Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão tinha aberto uma brecha na Constituição ao enviar-lhe um pedido formal para resignar.

Numa clara mostra de apoio, Hassan disse que a Indonésia trabalhará de perto com o novo regime e congratulou Ramos-Horta pela sua liderança forte durante a crise.

"Congratulamos Timor-Leste pela suave transição de poderes, e o encontro que realizámos aqui em Dili reflecte também claramente o nosso apoio pelo novo governo sob a liderança do primeiro-ministro Ramos-Horta," disse Hassan.

"Quando Timor-Leste enfrentava dificuldades nos últimos meses, a Indonésia e a Austrália estiveram entre os primeiros consultados e com certeza, faremos o que pudermos para assistir Timor-Leste a restaurar a paz e a segurança."

Ramos-Horta respondeu derramando louvores sobre a Indonésia pela sua assistência através da crise, e fez referência ao seu apoio na recente busca pelo líder fugitivo amotinado Alfredo Reinado.

No fim-de-semana, a Indonésia pôs as suas tropas estacionadas na província de East Nusa Tenggara em alerta, no meio de receios que Reinado e outros 56 fugitivos, que saíram da prisão de Becora em Dili na terça-feira à noite pudessem tentar fugir para território Indonésio.

"Agradecemos à Indonésia pela sua cooperação porque temos tido uma fronteira muito pacífica e estável há muito tempo entre Timor-Leste e o Oeste de Timor (East Nusa Tenggara)."

"E também agradecemos à Indonésia pela sua cooperação através da crise. A Indonésia forneceu assistência humanitária generosa, mesmo quando a Indonésia foi atingida por um terramoto."

Entre outros resultados atingidos pelo encontro da Comissão Trilateral, Hassan também indicou um aliviar de restrições no comércio na fronteira entre Timor-Leste e East Nusa Tenggara.

desde que Timor-Leste votou pela independência em 1999, os seus agricultores têm sofrido de uma grande queda no comércio através da fronteira e o país tem apelado para o aumento do comércio em áreas da indústria tradicional, tal como a agricultura.

"Discutimos como estabelecer novos e simplificados regimes na fronteira, nos cruzamentos de fronteira regulares mas também nos tradicionais entre a Indonésia e Timor-Leste," disse Hassan.

"A Indonésia e a Austrália começou tão cedo quanto em 1997 a desenvolver a cooperação entre os Territórios do Norte e as partes do Leste da Indonésia, chamada a Australia-Indonesia Development Area – é somente apropriado que discutimos e decidimos incluir Timor-Leste nesse novo triângulo de cooperação."

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S.K. pondera enviar tropas para Timor-Leste

Tradução da Margarida.


The Hankyoreh
Set.5,2006 14:27 KST

A acção instalará a primeira força independente de polícia no estrangeiro

A Agência da Polícia Nacional disse na Segunda-feira que considera enviar um grupo de polícias para ajudar a manter a segurança pública em Timor-Leste, onde o desassossego político tem continuado há meses.


"As Nações Unidas pediram ao Ministério dos Estrangeiros da Coreia em Julho para enviar polícias para Timor-Leste," disse Park Gi-ryun da divisão de assuntos estrangeiros da agência. "Estamos a falar da ideia com os Ministérios da Defesa Nacional, do Orçamento e Plano e do Comércio, Indústria e Energia."


Uma companhia de profissionais da polícia consiste normalmente de 120 a 140 oficiais. Nada foi decidido sobre o pessoal e questões orçamentais, contudo, portanto não é claro quando é que algum polícia vai partir para o pequeno país dentro do arquipélago largamente dominado pela Indonésia.

Despachar polícias coreanos para o estrangeiro não é inteiramente sem precedente. A Coreia mandou dois oficiais para a Somália em 1994 e cinco para Timor-Leste em 1999, todos ou como observadores eleitorais ou como oficiais de ligação. Esta seria a primeira vez que a polícia coreana teria a capacidade de funcionar independentemente como uma unidade num país estrangeiro. Ao contrário do caso de despachar unidades militares, enviar polícias para efectuar operações num país estrangeiro não requer a aprovação pela Assembleia Nacional .

Há outros motivos potenciais por detrás da oportunidade de contribuir para a comunidade internacional. Park sublinha que o Ministério do Comércio, Indústria e Energia "apoia da ideia de enviar tropas e pensa que será no interesse nacional." Acredita-se que o Mar de Timor tem significativas reservas de petróleo e de gás, e a Austrália e outras nações da região deitam os olhos à possibilidade de desenvolvimento.

O primeiro-ministro de Timor-Leste Mari bim Amude Alkatiri despediu 60 soldados em greve em Fevereiro passado, que então se amotinaram. O Presidente Kay Rala Xanana Gusmão pediu ao primeiro-ministro para resignar, mas Alkatiri recusou-se a fazê-lo até tarde em Junho, levando a um estado de continuada instabilidade antes das eleições calendarizadas para o próximo ano. Correntemente estão cerca de 2,600 polícias e militares estrangeiros em Timor-Leste, da Austrália, Nova Zelândia, China, e Portugal.

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Ministro Indonésio diz que as disputas na fronteira com Timor-Leste estão perto de acabar

Tradução da Margarida.

Deutsche Presse Agentur
Publicado: Terça-feira Setembro 5, 2006

Jakarta- A Indonésia resolveu "97 por cento" das sus disputas de fronteiras com Timor-Leste, a sua antiga província, e começará no próximo ano um sistema normal para actividades de passar a fronteira, disse o Ministro dos Estrangeiros da Indonésia na Terça-feira. "As discussões das questões da linha de fronteira completaram-se até 97 por cento," contou o Ministro dos Estrangeiros Hassan Wirayuda a repórteres, de acordo com a agência de notícias estatal Antara.

Disse que a Indonésia quer aumentar a cooperação ao longo da fronteira que separa a ilha de Timor, possibilitando aos Indonésios e aos Timorenses cruzá-la à vontade para visitas e comércio.

Wirayuda disse que o governo precisava de demarcar imediatamente a sua fronteira para evitar argumentos e incidentes.

Mais cedo neste ano, a Indonésia apresentou um protesto depois de soldados Timorenses terem morto três Indonésios que acreditaram ter atravessado ilegalmente a fronteira.

Timor-leste +e uma antiga colónia Portuguesa que a Indonésia invadiu em 1975 e anexou no ano seguinte. Mais de 200,000 pessoas acredita-se terem morrido nos 24 anos de ocupação militar e na guerrilha do movimento de resistência que se seguiu.

O território finalmente separou-se depois de um referendo apoiado pela ONU em 1999, depois do que soldados Indonésios e milícias pró-Indonésia mataram mais de 1,000 pessoas e destruíram aldeias inteiras numa turbulência zangada.

Timor-Leste foi declarada uma nação independente em Maio de 2002.

A Indonésia, Timor-Leste e Austrália na Segunda-feira tiveram conversas sobre segurança em Dili para discutir maneiras de manter a segurança ao longo da fronteira, bem como noutras áreas da pequena nação, onde tropas Australianas foram destacadas no seguimento de semanas de desassossego social em Maio e Junho.

© 2006 DPA - Deutsche Presse-Agenteur

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Os Australianos sabem onde se encontra o desertor fugitivo de Timor-Leste

Tradução da Margarida.


smht.com
Lindsay Murdoch
Setembro 6, 2006

O líder amotinado Timorense Alfredo Reinado obteve armas desde que liderou uma fuga de massas da prisão principal de Dil na semana passada, disse o seu advogado ontem.

"Tenho a informação de que ele e os seus homens têm armas e estão nas montanhas não muito longe de Dili," disse por telefone Paulo Remédios da capital Timorense.

"Não conheço a sua localização exacta, mas muita gente diz-me que os militares e polícias Australianos sabem onde está."

O Sr Remédios disse que entendeu que os Australianos contactaram Reinado, com 39 anos e treinado pelos Australianos, que horas depois de ter fugido pôs a circular uma carta em Dili apelando aos Timorenses para se levantar numa revolução de "poder popular ".

"Talvez os militares e polícias Australianos pensem que é demasiado perigoso tentar prendê-lo e aos seus homens nesta altura," disse o Sr Remédios.

Renaido é um antigo polícia militar que deixou o seu posto em Maio porque objectou ordens, que disse o Governo Timorense deu, para disparar contra manifestantes civis.

O comandante das forças armadas Australianas em Dili, Brigadeiro Mick Slater, mais cedo confirmou que tinha enviado mensagens para Reinado pedindo-lhe para se render.

Vários oficiais das forças armadas Australianas desenvolveram uma relação estreita com Reinado antes de ele e 20 dos seus homens terem sido presos em 26 de Julho com acusações de posse de nove pistolas, munições e granadas.

Durante semanas Reinado viveu com um grupo de soldados Australianos SAS num forte murado da era Portuguesa na aldeia montanhosa de Maubisse. Tinha fugido para lá depois de ter disparado os primeiros tiros na crise de Timor-Leste em Maio.

O Sr Remédios disse que depois de ter sido preso Reinado fez repetidas declarações que acreditava que a sua vida estava em perigo. Mesmo enquanto (esteve) na prisão de Becora, da qual ele e outros 56 presos fugiram na passada Quarta-feira, tinha expressado preocupação com a falta de segurança na cadeia, disse o Sr Remédios.

Nenhum dos fugitivos, muitos dos quais são assassinos condenados, foram presos. Dois homens que disseram que eram fugitivos apresentaram-se eles próprios na Segunda-feira à polícia Timorense na aldeia de Alieu, nas montanhas do oeste do país, mas não foram detidos. A polícia em Dili não conseguiu explicar porquê.

Quase 200 polícias Australianos e outros polícias internacionais em Dili lutam para conter a violência de gangs, que rebenta em partes da cidade quase todos os dias.

O comandante da polícia Australiana, Steve Lancaster, contou à ABC radio ontem que o aborrecimento era um problema maior dos criadores de problemas. "Ainda temos muita gente por aí que simplesmente se junta e não têm nada melhor para fazer do que envolverem-se numa boa luta de pedras."

Espera que uma força de polícia da ONU com 1600, incluindo 130 Australianos, estará completamente colocada em Dili em Dezembro, mas o Ministro dos Estrangeiros, Alexander Downer, disse à ABC radio que a ONU não seria suficiente para gerir a segurança.

"Penso que deveria haver apoio militar no caso do pior acontecer," disse Mr Downer ontem.

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Nomeado o Novo Comissário da Polícia da ONU em exercício

Tradução da Margarida.

UN News Centre


5 Setembro 2006 – Como parte dos esforços da ONU para aumentar a estabilidade em Timor-Leste, o conselheiro da polícia Antero Lopes foi designado Comissário da Polícia em exercício para a operação da ONU de manutenção da paz no país, onde trabalhou anteriormente em assuntos de aplicação da lei.

O Sr. Lopes juntou-se à Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) em meados de Agosto. Anteriormente tinha assistido no planeamento da componente policial da nova Missão como membro da missão de avaliação liderada pelo Enviado Especial do Secretário-Geral Kofi Annan, Ian Martin, em Junho.

O seu destacamento com a UNMIT durante este período transitório facilitará discussões com o Governo Timorense em questões policiais bem como uma suave implementação no estabelecimento da componente policial incluindo garantir o restauro e a manutenção da segurança pública através da provisão de apoio à polícia nacional Timorense.

O Sr. Lopes veio para este trabalho da Sede da ONU, onde trabalhava como vice-conselheiro da polícia e responsável das operações de apoio da divisão da Polícia, que ajudou a fundar há quase seis anos.

Em 2000, o Sr. Lopes ocupou o posto de Vice-Comissário da Polícia na (UNTAET) seguindo-se posições como porta-voz da Polícia e Primeiro Assistente Especial.
Numa recente entrevista o Sr. Lopes disse “Já cá estive antes e conheço a realidade de Timor-Leste. O nosso trabalho é servir e proteger os interesses da população de Timor-Leste.”
De 1993 a 1995 o Sr. Lopes serviu como Comandante Regional e Chefe de Operações na antiga Yugoslávia, onde foi também co-fundador do projecto que levou à Comissão dos Direitos Humanos da Bósnia e Herzegovina.

Tem sido instrumental na condução de missões de avaliação, coordenando planeando e trabalhando no apoio a operações de polícia no Haiti, Libéria, Serra Leoa, República Democrática do Congo (DRC), Costa do Marfim, Kosovo, Afeganistão e outras.

“Estou contente por ter a bordo um Comissário de Polícia da ONU do calibre de Antero Lopes, não só por causa do alto nível da sua competência, mas porque sei que os Timorenses beneficiarão da sua experiência na construção de capacidades e na ajuda à reconstituição da força da polícia nacional que assegurará que seja uma prioridade a prestação de serviços à população,” disse o Especial Representante do Secretário-Geral para Timor-Leste Sukehiro Hasegawa.

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Sempre já dá para o Downer justificar mais militares...

Tradução da Margarida.


The Age
O líder amotinado de Timor pode estar armado
Lindsay Murdoch, Darwin
Setembro 6, 2006

O líder amotinado Timorense Alfredo Reinado obteve armas desde que liderou uma fuga de massas da principal prisão de Dili na semana passada.

O advogado do Major Reinado disse ontem: "tenho a informação de que ele e os seus homens têm armas e estão nas montanhas não muito longe de Dili."

O advogado, Paulo Remédios, disse por telefone de Dili que conquanto não saiba da exacta localização do Major Reinado, "muita gente me diz que os polícias e militares Australianos sabem onde está ".

O Sr Remédios disse que acreditava que a polícia Australiana tinha contactado com o soldado de 39 anos treinado em Canberra que fez circular uma carta em Dili apelando aos Timorenses para se juntarem numa revolução de poder popular.

"Talvez os polícias e militares Australianos pensem que é demasiado perigoso para tentarem prendê-lo e aos seus homens nesta altura," disse o Sr Remédios.

O Brigadeiro Mick Slater, o comandante das tropas Australianas em Dili, confirmou mais cedo que tinha enviado mensagens ao Major Reinado urgindo-o a render-se.

Vários oficiais das forças armadas Australianas desenvolveram uma relação estreita com o Major Reinado antes dele e os seus 20 homens terem sido presos em Dili em 26 de Julho com acusações de possuírem nove pistolas, munições e granadas.

Durante semanas Reinado viveu com um grupo de soldados Australianos SAS num forte murado da era Portuguesa na aldeia montanhosa de Maubisse. Tinha fugido para lá depois de ter disparado os primeiros tiros na crise de Timor-Leste em Maio.

Mas depois de ser convencido a entregar armas do governo e a voltar para Fili em, meados de Julho, ele ficou furioso e sentiu-se traído com a sua prisão. O Major Reinado recusou assinar os documentos do tribunal e desafiou a legitimidade do tribunal e a ordem de prisão fez repetidas declarações que acreditava que a sua vida estava em perigo.

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O governo Australiano insiste na presença militar independente em Timor-Leste

Tradução da Margarida.
wsws.org
Por John Roberts e Peter Symonds
5 Setembro 2006

Tensões políticas regressaram à superfície outra vez em Timor-Leste, quando Canberra, no início da sua intervenção militar em Maio, procurou consolidar a influência Australiana em Dili contra os seus rivais, particularmente o antigo poder colonial, Portugal.

O Ministro dos Estrangeiros Australiano Alexander Downer voou para Timor-Leste no Domingo a seguir à “fuga” em 30 de Agosto do líder amotinado Major Alfredo Reinado e outros 56 da prisão de Dili. Reinado, que recebeu treino na Austrália, iniciou os confrontos violentos que deram o pretexto para o destacamento de tropas Australianas em Maio. Ele e os seus colegas presos segundo relatos saíram da cadeia pelo portão principal no meio de um distúrbio de diversão.

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta criticou publicamente os militares Australianos por falharem em providenciar a segurança adequada. “Estou pessoalmente admirado porque é que apesar dos nossos repetidos pedidos para estarem fora da prisão forças estáticas isto não foi feito,” disse à ABC radio na última Sexta-feira. “Assumo que as forças Australianas... sendo especialistas em segurança, pensaram que isso não era necessário, apesar de termos repetidamente pedido.”

O Primeiro-Ministro Australiano John Howard imediatamente descartou a sugestão de que as tropas Australianas foram responsáveis pela fuga da prisão. Downer, que estava previsto encontrar-se ontem com Ramos-Horta, o Presidente Timorense Xanana Gusmão e o Ministro dos Estrangeiros Indonésio Hassan Wirajuda, declarou que “os Timorenses têm de aceitar as responsabilidades dos seus próprios assuntos”.

A sensibilidade de Canberra sobre o papel das tropas Australianas segue-se a desacordos no Conselho de Segurança da ONU sobre a liderança de um contingente internacional de segurança em Timor-Leste. o Secretário-Geral da ONU Kofi Annan apoiado por Portugal, China e três outros membros da força de intervenção liderada pelos Australianos—Nova Zelândia, Malásia e as Filipinas—propuseram que todos os polícias e militares fossem postos debaixo do comando da nova Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT).

O governo Howard, contudo, pediu que as forças militares se mantivesses sob controlo Australiano. De acordo com o Sydney Morning Herald, o embaixador Australiano Robert Hill disse no Conselho de Segurança que a ONU se devia concentrar “nos papéis que pode desempenhar eficientemente, tais como providenciar uma presença de policiamento e ajudar a construir instituições Timorenses, e deixar o papel militar à força multinacional liderada pela Austrália.”

A insistência de Canberra numa presença militar independente visa defender os interesses económicos e estratégicos Australianos no pequeno e empobrecido Estado, e acima de tudo a parte de leão das reservas de petróleo e de gás no Mar de Timor. A sua intervenção em Maio não teve nada a ver qualquer preocupação com o aperto dos Timorenses, mas foi guiada por preocupações crescentes com as ligações com Portugal, China e outros países do antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.

Das 2,300 tropas e polícias estrangeiros correntemente em Timor-Leste, cerca de 1,500 soldados e 200 polícias são Australianos. O resto é da Malásia, Nova Zelândia e Portugal. No debate no Conselho de Segurança os USA, Grã-Bretanha e Japão juntaram-se à Austrália e empurraram uma resolução em 25 de Agosto, autorizando uma componente civil de 1,608 polícias por seis meses com a possibilidade de mais extensões. Por defeito, as forças militares permanecem sob controlo Australiano.

Relevando o carácter neo-colonial da operação Australiana, o delegado do Brasil na ONU Piragibe Tarrago expressou preocupação durante o debate sobre “uma tendência para transferir as responsabilidades das Nações Unidas para países individuais. Enquanto tal expediente pode ajudar em emergências, acarreta muitos riscos, que vão duma associação das Nações Unidas com compensados ‘protectorados’ ... a prejudicar a imagem da ONU... como um fornecedor imparcial de assistência.”

Significantemente, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste Ramos-Horta opôs-se ao empurrão da Austrália para manter uma força militar independente. Ramos-Horta esteve ao lado da intervenção Australiana e teve um papel chave nos esforços de Canberra para desalojar Alkatiri. Depois de Alkatiri ter resignado em fim de Junho, o governo de Howard não fez segredo no seu apoio a Ramos-Horta, que tem uma longa associação com Canberra, como o substituto preferido.

As manobras correntes de Ramos-Horta reflectem a situação política extremamente instável em Dili. Alkatiri foi forçado a resignar mas o seu partido, a Fretilin ainda tem uma maioria no parlamento e virtualmente todos os lugares no governo. Apesar de ter sido empurrado para trás pela intervenção Australiana, Portugal retém fortes laços políticos na sua antiga colónia, particularmente no interior da Fretilin.

Ramos-Horta parece estar a tentar jogar em ambos os lados do tabuleiro — pressionando pela aprovação parlamentar do acordo de petróleo e gás do mar de Timor que beneficiará Canberra, e, ao mesmo tempo, argumentando contra uma presença militar independente Australiana para manter o apoio da Fretilin e de Portugal. O seu questionamento a Canberra sobre o falhanço das tropas Australianas para evitar a fuga da cadeia coloca outro ponto de interrogação sobre o papel destas.

A “fuga” de Reinado será mais um factor de desestabilização. Ligar-se-á sem dúvida com outros partidos de linha dura contra a Fretilin e outras milícias, que apoiaram a intervenção Australiana, como um meio de não só expulsarem Alkatiri, mas o governo da Fretilin na totalidade. Numa entrevista na TV na última Sexta-feira, Reinado descreveu Ramos-Horta como fraco e culpou o seu governo pela continuação da violência em Dili.

Reinado estava preso com acusações de tentativa de homicídio e posse ilegal de armas. Antes da sua fuga, outra figura líder da violência em Maio, Vicente da Conceição, também conhecido como “Railos”, escapou-se para as montanhas quando o Gabinete do Procurador-Geral estava prestes a emitir uma ordem para a sua prisão com acusações de armas. Mesmo apesar de Railos ser obviamente hostil a Alkatiri, a sua queixa sem fundamento de que Alkatiri o tinha autorizado a formar um “esquadrão de ataque” para matar os opositores da Fretilin foi a acusação central da campanha de Canberra para derrubar o antigo primeiro-ministro.

Em Dili, gangs de jovens conectados com os opositores da Fretilin atacaram outra vez campos de deslocados. Na última Sexta-feira 300 criminosos invadiram um campo perto do centro da cidade. Quatro pistoleiros abriram fogo com pistolas da polícia e uma espingarda automática, ferindo pelo menos oito pessoas, duas seriamente. José Sousa-Santos, um jovem trabalhador, disse no Sydney Morning Herald do fim-de-semana que gangs de jovens desempregados envolvidos em violência em Dili estavam a ser manipulados para propósitos políticos e criminosos. “Os miúdos são um bem muito comprável,” disse.

No meio desta crescente instabilidade, a visita do Ministro dos Estrangeiros Australiano Downer visa salvaguardar os interesses de Canberra e pressionar o parlamento de Timor-Leste para dar um pontapé de partida imediato à exploração de petróleo e gás do Mar de Timor.

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Acções da AED Oil sobem com aumento das reservas do Mar de Timor

Tradução da Margarida

EasyBourse
Segunda-feira Setembro 4, 2006 / 5h17


MELBOURNE -(Dow Jones)- O explorador de petróleo Australiano AED Oil Ltd. (AED.AU) disse na Terça-feira que o trabalho de avaliação aumentou o recurso estimado no seu campo de petróleo Puffin sete vezes.
A AED diz que com base em resultados recentes de perfuração e de informação de análise sísmica a estimativa de petróleo existente em Puffin Nordeste no Mar de Timor subiu para 90 milhões de barris dos 13 milhões de barris.
A companhia baseada em Melbourne é dona a 100% dos campos e planeia começar a produção cedo em 2007 com cálculos iniciais de fluxo de 18,000 barris por dia.
"É necessário fazer mais trabalho para converter o novo conhecimento do campo Puffin em reservas provadas mas estamos muito confiantes que o trabalho de avaliação na perfuração, engenharia e informação sísmica permitirá rapidamente actualizar o campo Puffin numa província produtora de petróleo significativa," disse o director David Dix.
As acções da AED estão 22% mais altas em A$3.00 na transacção do início da tarde.

-Por Alex Wilson, Dow Jones Newswires
-Editado por Ian Pemberton

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Então e depois onde escondiam o Reinado?

De um leitor:

Só não percebo de onde vem essa inquietação do Sr. Downer. De 2000 a 2004, estivewram integrados na UNTAET e depois na UNMISET, com um Sector próprio atribuído, onde tinham maior autonomia de acção que os restantes contingentes e nunca foi preciso falar para Nova York. Tinham uma missão atribuída e cumpriam-na como entendiam. Às vezes bem mal.
Intitulavam-se o "Iron shoulder", diziam que sozinhos aguentavam as milícias para lá da fronteira.
Mas em Junho de 2001, grupos de milícias passaram por eles como cães por vinha vindimada e eles nem deram conta.
Foram caçados pelas tropas portuguesas no Sector Central.

Não percebo o problema da integração em forças da ONU.
É coisa nova.

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Soltámos o Reinado para quê?!

Tradução da Margarida.

ONU irrealista sobre as necessidades de tropas para Timor-Leste, diz Downer
ABC Online
Última Actualização: Terça-feira, Setembro 5, 2006. 11:32am (AEST)

Alexander Downer diz que a Austrália quer manter 650 soldados em Timor-Leste.

O Governo Federal está a resistir a uma pressão do secretariado da ONU para reduzir significativamente o número de tropas Australianas em Timor-Leste.

O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer regressava de Timor-Leste, e diz que estava perturbado pelo nível do desassossego.

Mr Downer diz que há uma luta no seio da ONU sobre o número de tropas Australianas que devem permanecer lá.

Diz que a ONU só quer que fiquem 350 tropas Australianas.

"Não penso que seja suficiente," disse.

"Penso que se tem de ter soldados que possam entrar e resolver problemas e do nosso ponto de vista os nossos militares [estão] a pensar manter cerca de 650 soldados lá e haverá soldados doutros países, em particular da Nova Zelândia."

A oposição Federal apoia o Governo.

O líder do Labor Kim Beazley diz que as tropas Australianas devem permanecer até o trabalho estar feito, mesmo se isso signifique ficar para além das eleições nacionais em Timor-Leste no próximo ano.

"E saúdo o facto do Governo se ter convertido a um pouco de senso comum neste assunto," disse.

"Não poria um limite em relação à eleição.

"A única coisa que direi sobre o assunto é isto: devemos ser uma mão desejosa para eles até as suas questões estarem resolvidas."

De regresso à escola

Mais de 20,000 crianças em Timor-Leste regressaram à escola esta semana, pela primeira vez desde que o país caiu na violência em Maio.

A maioria das escolas em Dili não funcionaram pelo menos dois meses, e milhares de famílias ainda vivem em campos de deslocados.

A UNICEF tem uma campanha para matricular tantas crianças quanto possível quando o novo ano escolar começa esta semana.

O responsável da educação da agência Peter Ninnes diz que milhares de alunos falharam semanas de escola.

"As pessoas ainda carregam muitas feridas psicológicas dos vários choques de violência que tem ocorrido no país nos últimos sete ou oito anos," disse.

"E quando há algum tipo de incidente de violência então as pessoas pensam duas vezes antes de sair, mesmo durante o dia."

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Dos leitores

Como se pode admitir que uma first lady ande a passear numa altura destas? Regada com champanhe, empanturrada de caviar, levada ao baile depois da meia-noite e resolve abrir a boca para defender mais uma vez o Reinado e criticar o sistema judicial Timorense a que o próprio Reinado aludira antes! …

Gostaríamos de saber onde em que projectos tem sido utilizado os dinheiros que ela tem vindo a receber desde a alguns anos a esta parte, em nome das viúvas e crianças Timorenses. Obra de relevo que se visse, nada!

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Dos leitores

Tradução da Margarida.

Quando Mari Alkatiri foi Primeiro-Ministro de Timor-Leste, foi responsável pela quebra da lei e da ordem, de acordo com os líderes políticos da Austrália e a maioria dos comentadores dos media. Quem deve ser culpado agora? Nem Alkatiri nem o seu partido da maioria, democraticamente eleito, a FRETILIN, controla mais a segurança. Entretanto os apoiantes da FRETILIN são os alvos principais da violência dos gangs e do vídeo de incitação à violência no absurdo estilo à Bin Laden do terrorista fugido Major Reinado.

Porque é que o governo Australiano não insiste com as forças de segurança para fazerem o seu trabalho? No interesse de quem é que tantos grupos armados se mantêm à solta? Devemos ignorar os protestos da não eleita primeira-dama cujas qualificações para comentar sobre o carácter de Reinado parecem ser somente as da sua equipa para os media e a sua pronúncia Australiana.

Na sua interferência desta disputa tem sido consistentemente mal aconselhada. Não viu ela o Major disparar contra tropas leais que o seu marido comanda em frente das câmaras da SBS?

A tragédia de Timor-Leste, a história mostrará, foi o falhanço de tantos que apoiaram a independência, em defender o direito do seu povo a ter a sua escolha democrática respeitada até às próximas eleições.

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Eles lá sabem...

""Não queremos que numa situação de emergência os militares tenham de comunicar com Nova Iorque (onde está a sede da ONU) e pedir aprovação dos funcionários para fazer o que for preciso. Deveriam poder fazer o seu trabalho de forma rápida e eficaz", sublinhou Downer."

Pelos vistos a comunicação com Camberra é mais difícil do que com N. Iorque, porque as forças australianas não têm sido "rápidas" nem "eficazes"...

H Correia

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Remember Kona Ba Liu Liu

Memórias da Resistência

Estamos no ano 2016 d. C.

Todo o Timor-Leste está ocupado pelos australianos. Todo?... Não!

Uma pequena aldeia de irredutíveis timorenses e malais azuis resiste ainda e sempre ao invasor...

Passam notícias da resistência através do blog Timor-Online, que fez 10 anos.

É de noite. Um galo canta, um cão ladra, uma galinha é atropelada, um porco passeia e uma mulher foge do marido.

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Sempre já dá para o Downer justificar mais militares...

The Age
Timor rebel leader may be armed
Lindsay Murdoch, Darwin
September 6, 2006

EAST Timorese rebel leader Alfredo Reinado has obtained weapons since leading a mass escape from Dili's main jail last week.

Major Reinado's lawyer said yesterday: "I have information that he and his men have guns and are in the hills not too far from Dili."

The lawyer, Paulo Remedios, said by telephone from Dili that while he did not know Major Reinado's exact location, "a lot of people are telling me that the Australian police and military know where he is".

Mr Remedios said he believed that Australian police had made contact with the 39-year-old Canberra-trained soldier, who has circulated a letter in Dili calling for the Timorese to join a people-power revolution.

"Maybe the Australian police and military think it is too dangerous to try to arrest him and his men at this time," Mr Remedios said.

Brigadier Mick Slater, the commander of Australian troops in Dili, earlier confirmed that he had sent messages to Major Reinado urging him to surrender.

Several Australian army officers developed a close relationship with Major Reinado before he and 20 of his men were arrested in Dili on July 26 on charges of possessing nine pistols, ammunition and grenades.

For weeks Major Reinado had lived with a group of Australian SAS soldiers at a walled, Portuguese-era fort in the mountain village of Maubisse. He had fled there after firing the first shots in East Timor's security crisis in May.

But after being convinced to surrender government-issued weapons and return to Dili in mid-July, he was infuriated and felt betrayed by his arrest. Major Reinado refused to sign court documents and challenged the legitimacy of the court and the arrest warrant.

Mr Remedios said that after his arrest, Major Reinado believed his life was in danger.

Even while in Becora jail, from which he and 56 other inmates escaped last Wednesday, he had expressed concern about lack of security at the jail, Mr Remedios said.

None of the escapees have been captured. Many of them have convictions for murder.

Two men who said they were escapees gave themselves up on Monday to Timorese police in the village of Alieu in the west. But they were not detained and police in Dili could not explain why.

Almost 200 Australian and other international police in Dili are struggling to contain gang violence occurring in parts of the city almost daily.

A nurse and two other people were injured late on Monday when rock-throwing gangs attacked the national hospital. Portuguese police fired rubber bullets to disperse the gangs.

Australian police were called to disperse gang members in the suburb of Comoro where frequent fights have erupted.

Australian police commander Steve Lancaster told ABC radio yesterday that boredom was a big problem among the trouble-makers.

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Australianos não perdem humor

De um leitor:

Este "walled, Portuguese-era fort in the mountain village of Maubisse" é, simplesmente, a inofensiva pousada de Maubisse.

Mas o prémio da melhor anedota vai para esta frase:
"Almost 200 Australian and other international police in Dili are struggling to contain gang violence".

Gostei do "struggling"...

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SEM COMENTÁRIOS

De um leitor:

Os comentaristas já não têm nada para comentar já que é demasiado evidente o que está a acontecer em Timor.Timor será mais um "destino de férias" dos australianos como ainda há bem pouco tempo o foi dos indonésios e a austrália crescerá e tornar-se-à mais poderosa com os biliões de dólares que "filantrópicamente" Xanana Gusmão lhes ofereceu em troca de umas plantas para o seu jardim.

E como as lágrimas e o sofrimento do povo não se podem postar como comentário diriamos - SEM COMENTÁRIOS.

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New acting UN Police Commissioner named

UN News Centre


5 September 2006 – As part of United Nations efforts to foster stability in Timor-Leste, Police Advisor Antero Lopes has been designated Acting Police Commissioner for the UN peacekeeping operation in the country, where he worked previously on law enforcement issues.

Mr. Lopes joined the UN Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) in mid-August. He had previously assisted in the planning of the police component of the new Mission as a member of the assessment mission led by Secretary-General Kofi Annan’s Special Envoy, Ian Martin, in June.

His deployment with UNMIT during this transitional period will facilitate discussions with the Timorese Government on policing matters as well as the smooth implementation of the recommendations on the establishment of the police component including ensuring the restoration and maintenance of public security through the provision of support to the Timorese national police.

Mr. Lopes comes to the job from UN Headquarters, where he served as Deputy Police Advisor and Head of Operations Support in the Police Division, which he helped to establish nearly six years ago.

In 2000, Mr. Lopes held the post of Deputy Police Commissioner in (UNTAET) following positions as Police Spokesperson and First Special Assistant.
In a recent interview, Mr. Lopes said “I’ve been here before and I am acquainted with the reality of Timor-Leste. Our job is to serve and protect the interests of the population of Timor-Leste.”
From 1993 to 1995 Mr. Lopes served as a Regional Commander and Chief of Operations in the former Yugoslavia, where he was also co-founder of the project that lead to the Human Rights Commission of Bosnia and Herzegovina.

He has been instrumental in conducting assessment missions, coordinating planning and working in support of police operations in Haiti, Liberia, Sierra Leone, the Democratic Republic of the Congo (DRC), Côte d’Ivoire, Kosovo, Afghanistan and other.

“I am pleased to have on board a UN Police Commissioner of the caliber of Antero Lopes, not just because of his high competence level, but because I know that the Timorese people will benefit from his experience in capacity-building and in helping to reconstitute a national police force that will ensure service to the population is a priority,” Special Representative for the Secretary-General for Timor-Leste Sukehiro Hasegawa said.

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Dos leitores

Só não vê quem não quer que o Reinado e os seus homens foram libertados pelos australianos mas evidentemente que foi para que continue a servir os seus interesses.

Como nas Nações Unidas a Austrália não conseguiu mais do que a manutenção de 650 soldados nada como mais um plano para provar a "perigosidade" e o clima de instabilidade de Timor-Leste.

Como o Reinado já não é útil como herói que libertou o povo do demónio Alkatiri passa agora a ser o lider "perigoso" que justifica a permanência de um maior número de soldados em Timor.

O Reinado não poderia ficar de férias em Becora afinal pagam-lhe é para "trabalhar"!

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.