sexta-feira, setembro 05, 2008

Austrália se prejudica ao rejeitar timorenses, diz assessor

Dili, 4 set (Lusa) - A recusa da Austrália em criar programa para trabalhadores timorenses "fragiliza a segurança" do Timor Leste e "custará milhões" à economia australiana, afirmou nesta quinta-feira Kevin Austin, assessor de Desenvolvimento Humano e de Segurança de Dili.

Recentemente, o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, rejeitou a criação de um programa de trabalho temporário que havia sido solicitado pelo premiê timorense, Xanana Gusmão.

Austin disse à Agência Lusa que a recusa do programa-piloto para trabalhadores "não responde às necessidades imediatas de mão-de-obra da Austrália nem à crise da juventude timorense”.

O governo timorense esperava ter assinado um acordo com a Austrália durante a visita oficial de Xanana Gusmão ao país, na semana passada. O anúncio da recusa australiana foi feito por Kevin Rudd após o encontro com o premiê - decisão que Austin considera, “no mínimo, mal informada”.

O programa-piloto, apresentado há três semanas ao governo australiano, pretendia responder a "uma escassez sem precedentes de mão-de-obra" no noroeste e norte da Austrália, em províncias com um crescimento econômico acelerado, explicou Kevin Austin à Lusa. A idéia era suprir a falta de trabalhadores para atividades como horticultura, turismo, saúde, reflorestamento, aqüicultura e infra-estrura.

Do lado timorense, o projeto seria uma oportunidade de emprego e formação profissional, desenvolvimento de capacidade industrial e redução da pobreza.

"Além da diplomacia, sei que o primeiro-ministro Xanana Gusmão, os ministros, o presidente [timorense, José Ramos-Horta], os parceiros da Austrália Ocidental, do Território do Norte e do Estado de Victória, e os governos locais e comunidades de acolhimento estão chocados e desiludidos" com a recusa de Rudd, afirmou Kevin Austin em comunicado divulgado em Dili nesta quinta.

Kevin Austin, que desde 1999 desempenhou várias funções no Timor Leste, representa atualmente a organização sem fins lucrativos Human Securities International (HSI).

Segundo o assessor, no início de 2008, a HSI colaborou com o governo timorense na identificação de "soluções práticas" para garantir a melhoria da segurança e ajudar a desenvolver "um país frágil, com uma 'bolha' de juventude em crescimento, desempregada e pobre".

Na última década, vários conflitos graves no Timor Leste foram provocados ou agravados pela existência dessa população "frustrada", "com uma paleta muito grande de inseguranças do ponto de vista humano que abrem a porta à manipulação por grupos políticos e criminosos", declarou Kevin Austin.

Vários países insulares do Pacífico participam de programas de trabalho sazonal na Austrália.

ONU quer polícia timorense responsável pela segurança do país em 2009

Publico.pt

Missão vai monitorizar a transição

04.09.2008 - 14h38 Lusa
A missão das Nações Unidas em Timor Leste espera que a força policial do país fique a cargo da segurança de Timor por volta de Maio de 2009. Este ano a ONU forneceu 1500 agentes para apoiar os 3000 polícias de Timor nas medidas de segurança e no treino policial.

“Vamos ficar juntos com a polícia timorense para acompanhar a transição e dar assistência durante o primeiro passo para a autonomia da polícia”, disse o comissário da middão da ONU Juan Carlos Arevalo, em Díli. A missão vai aconselhar, dar treino e monitorizar o comportamento das forças policiais timorenses, acrescentou o comissário.

Desde os confrontos de 2006 que a paz em Timor tem sido frágil. A 11 de Fevereiro de 2008, o presidente Ramos-Horta foi baleado e ferido gravemente quando estava em sua casa, em Díli. No mesmo dia o primeiro-ministro Xanana Gusmão foi também alvo de um disparo, mas escapou ileso.

O valor externo da Língua PortuguesaAgualusa no Parlamento Europeu

NOTA DE IMPRENSA

Gabinete do Dep. José RIBEIRO E CASTRODelegação do CDS/Partido Popular no Parlamento Europeu

O escritor angolano José Eduardo Agualusa é o convidado de honra do eurodeputado José Ribeiro e Castro no debate que este organiza, na próxima semana, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sob o título “África, Brasil e a Língua Portuguesa”.

A sessão, marcada para a próxima quinta-feira, 11 de Setembro, pelas 10:00 horas, insere-se no contexto da Semana Africana que o Parlamento Europeu realiza entre 8 e 12 de Setembro, em Bruxelas e conta com o patrocínio do grupo PPE/DE.

Recorda-se que Ribeiro e Castro contribuiu para introduzir no debate das instituições europeias sobre o multilinguismo o conceito de Línguas Europeias Globais, de que o português é a terceira em número de falantes a nível mundial, à frente do francês.

Nesse mesmo contexto, o deputado democrata-cristão tem defendido persistentemente o conceito “o Português, língua da Europa”, procurando salvaguardar e valorizar, no quadro da União Europeia, o estatuto da língua portuguesa enquanto língua de comunicação universal. Depois de um primeiro êxito pontual em 2003, importantes emendas acrescentadas, em 2006, por proposta do deputado democrata-cristão, ao relatório parlamentar sobre “a estratégia europeia no multilinguismo”, abriram novas portas nessa direcção, decorrendo, nesta altura, um diálogo político com a Comissão Europeia, que procura alcançar o reconhecimento expresso da mais-valia específica das Línguas Europeias Globais, entre as quais o português.

A sessão do próximo dia 11 de Setembro visa aprofundar esse conhecimento no quadro das instituições europeias, pondo em evidência as virtualidades próprias da Língua Portuguesa enquanto língua comum partilhada com o Brasil e vários países de África.

Além de José Eduardo Agualusa, participam como oradores convidados Eddy Stols, professor catedrático da Universidade de Lovaina, e Harrie Lemmens, tradutor profissional. O professor Eddy Stols é um apaixonado da cultura luso-brasileira e um profundo conhecedor dos seus traços, enquanto Harrie Lemmens tem divulgado autores de língua portuguesa nos espaços flamengo e holandês.

Para mais informações:Gabinete do Deputado José RIBEIRO E CASTRO

Tel.: +32 (2) 2847783Fax: +32 (2) 2849783Email: jose.ribeiroecastro-assistant@europarl.europa.eu Portal: www.ribeiroecastro.eu

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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