segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Australian accused on Timor attacks

SMH.com.au

Lindsay Murdoch in Dili and Jill Jolliffe in Darwin
February 19, 2008

AN Australian woman wept in a Dili court last night as she appeared in connection with the attacks on East Timor's two top political leaders in what prosecutors called a breakthrough in the investigation.

Angelita Pires, a well connected Timorese-born Australian, is the first person to appear in court over the gun attacks during which the country's popular President, Jose Ramos-Horta, was seriously wounded. Pires, in her late 30s, had been due to fly to Darwin, where she grew up, last night.

Her mother, Maria Pires, told the Herald at her Darwin home: "Our family fought hard for independence. It seems so unjust my daughter might be sent to prison."

Pires, a confidante of the rebel leader killed in the gun raids, Alfredo Reinado, was allowed to go home after her four-hour closed court appearance in Dili. A prosecutor said it was the first of a number of hearings. He said the judge had not made any decision as to her guilt or innocence.

Her sister Lourdes, who was in court, called a friend to say that Pires was "free for now".

Pires had been detained and questioned in relation to the attempted murders of Mr Ramos-Horta and the Prime Minister, Xanana Gusmao, in relation to the February 11 gun attacks. She was also detained in connection with possible conspiracy for crimes against the state, East Timor's Prosecutor-General, Longuinhos Monteiro, told the Herald.

In court, Pires - who is known as Angie - broke down and wept under questioning. She was comforted by her sister. Pires left the court by a back entrance and was taken away in a four-wheel-drive, sitting on the floor and covering her face to shield herself from the media. Pires, who was represented by a public lawyer, told her family she would like to explain her position to the media, but not until she could arrange her own lawyer.

In the days following the attacks Pires told friends she had information that Reinado was lured to Mr Ramos-Horta's house to be assassinated because he was about to reveal plots by powerful political figures.

But United Nations investigators are pursing evidence indicating that Reinado went to the house intending to kidnap Mr Ramos-Horta. Pires spent months in East Timor's mountains with Reinado before the attacks. She was present during negotiations to try to convince him and his men to surrender.

"Angela was one of the closest people to Alfredo," a reliable government source said.

A lawyer for Reinado has said he saw Pires in Reinado's camp. "I saw Angelita Pires there sometimes," said Benny Benevides, who frequently visited the camp to consult his client.

"But I never saw her handle guns, and she was always in civilian clothes. She was said to be a legal adviser."

Reinado was shot dead when he and 11 masked gunmen stormed Mr Ramos-Horta's home.

Mr Monteiro, who had earlier identified Pires only as "AP", said she allegedly knew about the attacks before they happened "but did not tell the state". He said she was detained and questioned with seven other people after raids in Dili at the weekend. The others have been released.

Pires declined a request to be interviewed by the Herald last week as she helped Reinado's family organise his funeral in Dili.

But her mother, Maria, 68, agreed to talk to the Herald last night on condition that the conversation was restricted to her daughter's childhood. She recalled sheltering her seven small children from bombardment in the mountain town of Maubisse during the 1975 civil war.

"They were so scared," Mrs Pires said. "I would put a blanket over us, and say: 'Hold each other, we're going to pray very hard,' and we'd get through it."

Angie Pires was nine then, and a few months later was evacuated to Darwin to begin life as a refugee.

In her simple weatherboard home in Darwin's northern suburbs, Maria Pires remembered the moment. "We travelled in a small plane overloaded with people. I had my seven, plus two other children. There was fighting going on in Dili and we were terrified someone would take a shot at us as we took off."

Pires's late father, Laurentino Pires, was a former Portuguese-era administrator who notoriously was involved in the hijacking of an Australian military plane from the Timorese town of Baucau in 1975. He and a small group of Timorese men were arrested when the plane landed in Darwin.

The family, arriving with nothing, soon became respected for their outspoken stand against Indonesia's military occupation of East Timor, and the women were known as being strong.

"Angie was just a normal girl, except that she was very smart at school," Maria Pires said. "She could have gone to university, but there was no money."

Pires instead worked at Coles after high school and later at Darwin Casino, where she was trained as a croupier. After some time there she moved to Brisbane to work for Jupiters Casino.

After Indonesia's withdrawal from Timor in 1999, she returned to Timor to work as an interpreter for the UN's Serious Crimes Unit.

Her arrest shocked many of East Timor's political elite with whom she mixed socially. She is related to two government ministers and was a frequent guest at official and diplomatic functions in Dili. She had known Mr Gusmao since the 1990s when he was in jail in Jakarta.

Mr Ramos-Horta could be brought out of an induced coma after his fifth operation in Royal Darwin Hospital today, his spokesman, Luke Gosling, said.


Tradução:

Australiana acusada nos ataques em Timor

SMH.com.au

Lindsay Murdoch em Dili e Jill Jolliffe em Darwin
Fevereiro 19, 2008

Uma mulher Australiana chorou no tribunal ontem à noite quando apareceu em conexão com os ataques aos dois líderes políticos de topo de Timor-Leste no que os procuradores chamaram um atalho na investigação.

Angelita Pires, uma bem conectada Australiana nascida em Timor, é a primeira pessoa a comparecer no tribunal sobre os ataques com armas durante os quais o popular Presidente do país, José Ramos-Horta, ficou seriamente ferido. Pires, nos seus trinta e tal anos, tinha agendado voar para Darwin, onde cresceu, a noite passada.

A mãe dela, Maria Pires, disse ao Herald na sua casa em Darwin: "A nossa família lutou arduamente pela independência. Parece demasiadamente injusto que a minha filha seja mandada para a prisão."

Pires, uma confidente do líder amotinado morto no assalto armado, Alfredo Reinado, foi autorizada a ir para casa depois duma audiência à porta fechada de quatro horas em Dili. Um procurador disse que esta foi a primeira duma série de audiências. Disse que o juíz não tinha ainda tomado qualquer decisão sobre a sua inocência ou culpa.

A sua irmã Lurdes, que estava no tribunal, ligou a um amigo a dizer que Pires estava "livre por agora".

Pires tinha sido detida e interrogada em relação com a tentativa de homicídio do Sr Ramos-Horta e do Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, em relação com os ataques armados de 11 de Fevereiro. Foi também detida em conexão com a possível conspiração de crimes contra o Estado, disse o Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, ao Herald.

No tribunal, Pires – que é conhecida por Angie – foi-se abaixo e chorou sob o interrogatório. Foi consolada pela sua irmã. Pires deixou o tribunal através duma porta traseira e foi levada num veículo, sentada no chão e com a cara tapada a esconder-se dos media. Pires, que estava representada por um advogado público, disse à família que gostaria de explicar a sua posição aos media, mas não até arranjar o seu próprio advogado.
Nos dias após os ataques Pires disse a amigos que tinha informação que Reinado for a atraído para casa do Sr Ramos-Horta para ser assassinado porque ele estava prestes a revelar conspirações por figuras políticas poderosas.

Mas os investigadores da ONU estão a perseguir evidência que indica que Reinado foi à residência com a intenção de raptar o Sr Ramos-Horta. Pires passou meses nas montanhas de Timor-Leste com Reinado antes dos ataques. Ela esteve presente durante negociações para o tentar convencer a ele e aos seus homens para se renderem.

"Ângela era uma das pessoas mais próximas de Alfredo," disse uma fonte de confiança do governo.

Um advogado de Reinado disse ter visto Pires no acampamento de Reinado. "Vi a Angelita Pires lá algumas vezes," disse Benny Benevides, que frequentemente visitou o acampamento para consultar o seu cliente.

"Mas nunca a vi a usar armas, e estava sempre com roupa civil. Era dito que era uma conselheira legal."

Reinado foi morto a tiro quando ele e 11 homens mascarados entraram de roldão na casa do Sr Ramos-Horta.

O Sr Monteiro, que antes tinha identificado Pires apenas como "AP", disse que alegadamente ela soube dos ataques antes de terem ocorrido "mas não disse ao Estado ". Ele disse que ela foi detida e interrogada com outras sete pessoas depois de incursões em Dili todo o fim-de-semana. Os outros foram libertados.

Pires declinou o pedido para ser entrevistada pelo Herald na semana passada quando ajudou a família de Reinado a organizar o funeral em Dili.

Mas a sua mãe, Maria, 68 anos, concordou falar ao Herald a noite passada na condição da conversa se limitar à infância da filha. Ele lembra-se de quando abrigou os seus sete filhos pequenos dos bombardeamentos na cidade montanhosa de Maubisse durante a guerra civil de 1975.

"Eles estavam tão assustados," disse a Srª Pires. "Eu punha um cobertor por cima de nós e dizia: 'Agarrem-se uns aos outros, vamos rezar muito' e ultrapassávamos isso."

Angie Pires tinha então nove anos, e uns meses mais tarde foi evacuada para Darwin para começar a vida de refugiada.

Na sua casa de tábuas simples nos subúrbios norte de Darwin, Maria Pires lembrou o momento. "Viajámos num pequeno avião carregado de gente. Eu tinha os meus sete filhos mais duas outras crianças. Lutava-se em Dili e eu estava aterrada que alguém disparasse algum tiro contra nós quando levantámos voo."

O falecido pai de Pires, Laurentino Pires, foi um administrador da era Portuguesa que ficou famoso por se ter envolvido no rapto de um avião militar Australiano da cidade Timorense de Baucau em 1975. Ele e um pequeno grupo de homens Timorenses foram presos quando o avião aterrou em Darwin.

A família que chegou sem nada, em breve se tornou respeitada pelas sua postura aberta contra a ocupação militar Indonésia de Timor-Leste e as mulheres eram conhecidas por serem fortes.

"A Angie era apenas uma menina normal, excepto que era muito esperta na escola," disse Maria Pires. "Podia ter ido para a universidade mas não havia dinheiro."

Pires em vez disso, depois do liceu, trabalhou em Coles e mais tarde no Casino de Darwin, onde se formou como croupier. Depois de algum tempo lá ela mudou-se para Brisbane para trabalhar no Casino Jupiter.

Depois da saída da Indonésia de Timor em 1999, ela regressou para Timor para trabalhar como intérprete para a Unidade de Crimes Sérios da ONU.

A sua prisão chocou muita da elite política de Timor-Leste com quem ele se misturava socialmente. Ela é familiar de dois ministros do governo e era visita frequente nas funções oficiais e diplomáticas em Dili. Ela tinha conhecido o Sr Gusmão desde os anos 1990s quando ele esteve numa prisão em Jacarta.

O Sr Ramos-Horta pode ser trazido do seu coma induzido depois da sua quinta operação no Royal Darwin Hospital hoje, disse o porta-voz, Luke Gosling.

Resposta a um leitor

"Comentário na sua mensagem "ONU PATROCINA MAFIAS EM TIMOR-LESTE?":

Já reparou que há uma contradição neste seu 'post'? Por um lado insurge-se contra o facto de a ONU não obdecer às leis do país e por outro... quer todos sob a alçada da ONU!... Então em que ficamos? Ou melhor: não pode ficar por aqui.

Tem é de se esclarecer a quem obedece a ONU em tais circunstâncias. Ao "Estado"? Mas o Estado não é, objectivamente, "nada". Ou melhor: é um conjunto de várias instituições. E se cada uma delas puxar para seu lado a ONU nem sequer fica baralhada: opta sempre --- tem optado em todo o lado em que interveio --- por se "colar" a quem a chamou a intervir no país: o Governo.

Actuar de outra forma seria colocar em causa a soberania do país (independente). Mas actuar ao sabor do Governo, como faz, pode transformar a ONU num instrumento da política deste, mesmo que ela tenha contornos de democraticidade mais que suspeitos.

É esse o drama da ONU. E que não conseguiu nem conseguirá ultrapassar enquanto se envolver em conflitos internos aos países --- coisa para que não foi criada nem está, nitidamente, fadada.

Moral da história: aceitam-se sugestões sobre como "descalçar a bota"!... "

RESPOSTA:

Pelos vistos não sabe que um Estado não é um conjunto de instituições "que puxam cada uma pelo seu lado".

A Constituição de Timor-Leste define muito bem quais os deveres de cada Órgão de Soberania.

O Estado de Timor-Leste está bem definido pela Constituição que todos os órgãos de soberania juraram defender.

E o que diz a Constituição timorense é que:

Artigo 118 n. 1 da Constituição da República de Timor-Leste, diz que:

os Tribunais são órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo, que no exercício das suas funções, os tribunais têm direito à coadjuvação das outras autoridades e que, as decisões dos Tribunais são de cumprimento obrigatório e prevalecem sobre todas as decisões de quaisquer autoridades.

Portanto está bem definido o que prevalece sobre qualquer outra decisão.

Em relação a acreditarmos que as forças australianas deviam ser capacetes azuis, é que pelo menos teriam que responder a uma entidade que é composta por todos os países reconhecidos pela ONU e a sua coordenação com as forças de segurança da UNPOL as tornariam muito mais eficazes.

Relativamente à presença das Nações Unidas e das forças australianas, estão a pedido da Presidência da República, do Parlamento e do Governo.

E o que diz Xanana sobre Ramos-Horta ir marcar eleições antecipadas?

... o que implicava a sua demissão?

Xanana Gusmão vai à TVTL dizer que andam aí a dizer que não foi atacado...

... e diz para as pessoas não verem o video de Reinado.

Quem atacou quem?

Gastão Salsinha nega ter atacado Xanana Gusmão.

Membros do Grupo de Reinado que foram a casa de Ramos-Horta negam ter disparado contra o Presidente.

Aguardam-se dois testemunhos fundamentais:

1. De Ramos-Horta

2. De Gastão Salsinha e dos elementos que se deslocaram com Reinado a casa de Ramos-Horta.

E a peritagem, investigação dos locais dos crimes, a estrada onde supostamente Xanana foi atacado, a casa de Ramos-Horta e os dados da balística...

ONU PATROCINA MAFIAS EM TIMOR-LESTE?

Blog Timor Lorosae Nação

Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008
ONU PATROCINA MAFIAS EM TIMOR-LESTE?

Jaime Silva Pinto

ATUL KAHRE E SUA EQUIPA GO HOME
AUSTRÁLIA INTEGRADA EM FORÇA MILITAR COM COMANDO ONU

Quando lemos o postado imediatamente em baixo, relacionado com as desobediências de autoridades militares e da ONU, aos tribunais constituídos em Timor para o contributo do cumprimento das leis e da ordem democráticos, não podemos de considerar incompreensível que assim tenha acontecido e presumivelmente continue a acontecer.

A arrogância da ONU em Timor, na pessoa do representante do SG, Atul Kahre, bem como dos comandantes militares australianos, vieram provar a sua cumplicidade - no mínimo moral – em toda a espécie de ilegalidades que promoveram e instauraram no país onde supostamente deviam contribuir para consolidar, pacificar e democratizar.

Repetindo a dose, assistimos à invasão de Timor-Leste por mais militares e polícias australianos fora do contexto da ONU. Eles ocuparam o país sem condições e à revelia das leis reconhecidas pela comunidade internacional representada pela ONU no terreno. Estranha forma de agir do senhor Atul Kahre. Estranha democracia a do novo primeiro-ministro Kevin Rudd ao cumprimentar militares déspotas, como quase sempre o são, que se dão ao luxo de ignorar e desobedecer às leis por que Timor se deve reger e que são explicitas para quem as quiser verificar no texto mais em baixo, relacionado com o assunto.

Lamentavelmente, deparamos com uma triste realidade em Timor. O representante da ONU no país é um indivíduo marginal aos parâmetros legais por que se devia reger – de acordo com a legalidade e respeito devido aos tribunais.

Como se não bastasse, acompanha-o nesses estranhos comportamentos comandantes militares que se regem por leis suas em vez das do país onde se encontram e alegam querer auxiliar. Tudo isto ao abrigo de Atul Kahre. Tudo isto, em última análise, ao abrigo de Ban Ki-moon. Tudo isto ao abrigo da complacência de um dito democrata e “amigo de Timor” Kevin Rudd.

Está provado que as suas desobediências e ostensivo desrespeito pelas mais elementares normas do mundo civilizado, humanista e democrático conduziram a novo caos em Timor-Leste, devendo por isso serem responsabilizados e substituídos. São também eles autores morais do atentado que vitimou o presidente Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão, para não referir todo este longo período de instabilidade que promoveram ao desobedecer ao tribunal.

Também as forças militares australianas e neozelandesas que se encontram no país não devem mais continuar à margem do comando da ONU mas sim terem de se integrar num comando internacional daquela organização que aglutine todas as forças militares presentes.

Só assim a legalidade poderá voltar a Timor-Leste e a comunidade internacional, principalmente dos países doadores, poderá deixar de admitir a possibilidade de se estar a formar em Timor-Leste uma máfia patrocinada pela ONU e pela Austrália em detrimento dos reais interesses dos timorenses e dos objectivos pretendidos pelos contribuintes dos países da comunidade internacional que há anos se esforçam por levar aos timorenses a sua independência, bem estar e a democracia.

Nenhum cidadão do mundo que se reja pela decência poderá concordar com máfias na organização mundial que deve ser exemplo para todos os países, a ONU. Só de suspeitar incomoda.

As suspeitas surgem através da soma de factos e já há demais para somar e perceber evidências.
...

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ONU E ISFs TÊM RESPONSABILIDADES NOS ATENTADOS

UNMIT – MEDIA MONITORING - Monday, 18 February 2008

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL News Coverage


No TVTL coverage.

RTL News Coverage

PNTL operation in Baucau: The National Police (PNTL) of Baucau District are conducting an investigation into the arson attempt on the Baucau Cathedral which took place at 10pm last Thursday night. The suspects have not as yet been identified. One of the victims, Filomeno da Costa, said that the incident caused no injuries.

F-FDTL launches military operation: The Commander of the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL), Brigadier General Taur Matan, has launched a military operation against the 17 people suspected to be involved in the assassination attempts against PR Ramos-Horta and PM Xanana on Monday (11/2) in Metiaut, Dili.

Commander Taur Matan Ruak said in a press conference on Friday (15/2) in Hera, Dili that he believes people in the area of Camea to be hiding the suspects. As such, a checkpoint will be established in this area.

Commander Taur Matan Ruak is also asking political leaders to put the nation’s interest first in order to solve the existing problems. He further appealed to youths not to hide members of the armed group as this would pose risk to themselves and to the nation.

The F-FDTL military operation has been sanctioned by the State to arrest suspects involved in the attacks against PR Ramos-Horta and PM Xanana.

Print Coverage

TMR appeals to Salsinha: The Commander of Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL), Brigadier General Taur Matan Ruak, has made an appeal to Gastão Salsinha and his group to contribute towards establishing peace and stability in the nation.

“Some people have been hiding and protecting them. This is not a good solution and poses a risk to them and for the country,” said the Brigadier Gereral in a press conference on Saturday (15/2). I am not asking them to surrender, but to contribute to creating peace and stability.”

Separately, Salsinha said that his wished every person in Timor-Leste to live in peace. “We want every person in Timor-Leste to live in peace and to have justice with no fear. This is what we are hoping for,” said Salsinha. (TP)

10 identified in Alfredo’s group: The General Prosecutor of the Republic (PGR), Longuinhos Monteiro, said that based upon the investigation conducted to date, ten suspects have been identified as having been involved in the attack on PR José Ramos-Horta and PM Xanana on Monday (11/2) in Metiaut, Dili.

PGR Monteiro said that when the investigation process ends, the suspects will be called to partake in the judicial process as civilians. (TP)

Australia rejects Stratford’s opinion: The Australian Government has rejected the opinion of an American analyst who said that the February 11 incident provided an opportunity for Australia to prevent Timor-Leste from achieving full self determination.

The Australian Ambassador in Timor-Leste, Peter Heyward, rejected the statement on behalf of the Australian Government. “I would like to explain that Stratford’s group is a private group that does not represent the Government of America,” said Ambassador Heyward.

Ambassador Heyward also said that Australia is a long-time partner and friend of Timor-Leste and will continue be so in the future. At present, Australian assistance to Timor-Leste focuses on the security sector, justice, basic works and technical, vocational and financial management. (TP)
Fretilin: will not use opportunity to bring AMP down: The Secretary General of Fretilin, Mari Alkatirid stated that Fretilin does not want to take advantage of the current situation to try and weaken the Government of the Alliance of Majority in Parliament (AMP).

“The assassination attempts on PR Ramos-Horta and PM Xanana are acts against the state. We are standing together with the state as the historical party who struggled for the people and for this country,” said Mr. Alkatiri.

Mr. Alkatiri also said that even though some people attempted to bring down the Government during the 2006 crisis, he would not take the same path. (TP)

F-FDTL involved in capturing Salsinha’s group: The Government has requested the that F-FDTL and the International Stabilization Forces (ISF) work with the National Police of Timor-Leste (PNTL) and United Nations Police (UNPol) in operations to pursue and capture the men involved in the assassination attempts on PR Ramos-Horta and PM Xanana.

The Commander of the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL), Brigadier General Taur Matan Ruak, said in a press conference on Friday (15/2) in Hera, Dili that this was the first time the Government had involved F-FDTL in the operation.

“This is the first time the State is allowing F-FDTL to carry out the operation. This could be conducted alone or with others,” said Commander Matan Ruak.

Commander Matan Ruak also appealed to Salsinha’s group to join their friends in the gathering place of Ai-Tarak Laran to start a new phase in gaining the public’s trust.

“Today, I give my support to those who have been in the gathering place… All should go to Ai-Tarak Laran to join their friends,” said Commander Matan Ruak. (STL)

Horta and Alfredo trapped: During the past week, new facts have emerged regarding the assassination attempts on PR Ramos-Horta and PM Xanana. One such fact has been the revelation that a Peace Agreement between PR Ramos-Horta and Alfredo was held Maubisse in January 13, 2007 in an old Portuguese castle.

The Minister of Economy, João Gonçalves, who was a participant at the meeting, said the meeting lasted three hours.

Minister Gonçalves said that the meeting was convened by The Swiss Humanitarian Centre of Dialogue and that the agreement reached was that Alfredo would be under house arrest and that New Zealand troops would provide security for him.

However, on Monday morning (11/2) Alfredo and his men attacked the residence of the president.

“The only explanation I have is that Alfredo was being influenced by a third party. Both Ramos and Alfredo were trapped,” said Mr. Gonçalves. (STL)

Horta starts speaking: The Acting President Fernando Lasama de Araujo confirmed that that PR Ramos-Horta has started to speak a little and has tried to contact his family in Timor-Leste.

“This may bring hope to all Timorese that our President has been saved by God,” said Acting President Lasama. (DN)

Rudd: Australia to strengthen East Timor’s democracy: Australian Prime Minister Kevin Ruud said that the assassination attempts on PR Ramos-Horta and PM Xanana have reaffirmed the commitment of the International Stabilisation Forces to strengthen democracy in Timor-Leste.

“You all know that we in Australia stand with you and that we will remain a good friend to Timor-Leste in every situation,” said PM Ruud.

PM Rudd also said that the Australian Government wants to be a long-term partner of Timor-Leste in the security sector, economic sector and development amongst others. (DN)

Lasama: good for Salsinha to submit weapons: The Acting President Fernando Lasama de Araujo said that he has asked Gastão Salsinha and his armed group to submit their weapons and themselves to justice.

“Currently, there is no other way to solve the problems. We have tried to start a dialogue, but that ended with the incidents of February 11. So, we are asking Gastão Salsinha and his armed group who are in the mountains to submit their weapons and themselves to the justice,” said President Lasama. (DN)



Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Segunda-feira, 18 Fevereiro 2008

"A UNMIT não assume qualquer responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das suas traduções. A selecção dos artigos e o conteúdo deles não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expressa ou de qualquer modo implícita. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência resultante da publicação ou da confiança em tais artigos e traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL cobertura de notícias ---

RTL cobertura de notícias Operação da PNTL em Baucau: A Polícia Nacional (PNTL) do Distrito de Baucau está a conduzir uma investigação à tentativa de fogo posto na Catedral de Baucau que ocorreu às 10pm da última Quinta-feira à noite. Os suspeitos não foram ainda identificados. Uma das vítimas, Filomeno da Costa, disse que incidente não causou estragos.

F-FDTL lança operação militar: O Comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Brigadeiro General Taur Matan, lançou uma operação militar contra 17 pessoas suspeitas de estarem envolvidas nas tentativas de assassínio contra o PR Ramos-Horta e o PM Xanana na Segunda-feira (11/2) em Metiaut, Dili.

O Comandante Taur Matan Ruak disse numa conferência de imprensa na Sexta-feira (15/2) em Hera, Dili que pensa que pessoas na área de Camea estão a esconder os suspeitos. Por isso será estabelecido nesta área um posto de controlo.

O Comandante Taur Matan Ruak está também a pedir aos líderes políticos para porem em primeiro lugar os interesses da nação para que se possam resolver os problemas que existem. Também apelou aos jovens para não esconderem membros dos grupo armado dado que isto os colocará também em perigo, bem como a nação.

A operação military das F-FDTL foi sancionada pelo Estado para prender os suspeitos envolvidos nos ataques contra o PR Ramos-Horta e PM Xanana.

Cobertura Impressa

TMR apeala a Salsinha: O Comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Brigadeiro General Taur Matan Ruak, fez um apelo a Gastão Salsinha e ao seu grupo para contribuírem para estabelecer paz e estabilidade na nação.

“Algumas pessoas têm estado a escondê-los e a protegê-los. Isto não é uma boa solução e é um risco para elas e para a nação,” disse o Brigadeiro General numa conferência de imprensa no Sábado (15/2). Não lhes estou a pedir para se renderem, mas para contribuírem para criar paz e estabilidade.”

Em separado, Salsinha disse que desejava a cada pessoa em Timor-Leste para viver em paz. “Queremos que cada pessoa em Timor-Leste viva em paz e que tenha justice sem nenhum medo. É isto que nós desejamos,” disse Salsinha. (TP)

10 identificados no grupo de Alfredo: O Procurador-Geral da República (PGR), Longuinhos Monteiro, disse que com base nas investigações conduzidas até à data, foram identificados dez suspeitos como tendo estado envolvidos no ataque ao PR José Ramos-Horta e PM Xanana na Segunda-feira (11/2) em Metiaut, Dili.

O PGR Monteiro disse que quando o processo da investigação acabar, os suspeitos serão chamados ao processo judicial como civis. (TP)

Austrália rejeita opinião de Stratford: O Governo Australiano rejeitou a opinião de um analista Americano que disse que o incidente de 11 de Fevereiro deu uma oportunidade à Austrália para evitar que Timor-Leste alcance a total auto-determinação.

O embaixador Australiano em Timor-Leste, Peter Heyward, rejeitou a afirmação em nome do Governo Australiano. “Quero explicar que o grupo de Stratford é um grupo privado que não representa o Governo da América,” disse o embaixador Heyward.

O embaixador Heyward disse ainda que a Austrália é um parceiro e um amigo de longa data de Timor-Leste e que o continuará a ser no futuro. No presente, a assistência Australiana a Timor-Leste foca-se no sector da segurança, justiça, obras básicas e técnicas, gestão vocacional e financeira. (TP)

Fretilin: não vai aproveitar a oportunidade para derrubar a AMP: O Secretário-Geral da Fretilin, Mari Alkatirid afirmou que a Fretilin não quer tirar vantagem da situação corrente para tentar enfraquecer o Governo da Aliança da Maioria no Parlamento (AMP).

“As tentativas de assassínio ao PR Ramos-Horta e PM Xanana são actos contra o Estado. Estamos juntos com o Estado como partido histórico que lutou pelo povo e por este país,” disse o Sr. Alkatiri.

O Sr. Alkatiri disse também que mesmo apesar de algumas das pessoas terem tentado derrubar o Governo durante a crise de 2006, ele não tomará o mesmo caminho. (TP)

F-FDTL envolvida na captura do grupo de Salsinha: O Governo pediu que a F-FDTL e a Força Internacional de Estabilização (ISF) trabalhem com a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e a Polícia da ONU (UNPol) em operações de perseguição e captura dos homens envolvidos com as tentativas de assassínio ao PR Ramos-Horta e PM Xanana.

O Comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Brigadeiro General Taur Matan Ruak, disse numa conferência de imprensa na Sexta-feira (15/2) em Hera, Dili que esta era a primeira vez que o Governo tinha envolvido as F-FDTL na operação.

“Esta é a primeira vez que o Estado autoriza as F-FDTL a desenvolverem a operação. Isso pode ser feito sozinho ou com outros,” disse o Comandante Matan Ruak.

O Comandante Matan Ruak apelou ainda ao grupo de Salsinha para se juntar aos seus amigos no local de encontro em Ai-Tarak Laran para começar uma nova fase para ganharem a confiança da população.

“Hoje, dou o meu apoio aos que estão no local de encontro … Todos devem ir para Ai-Tarak Laran para se juntarem aos seus amigos,” disse o Comandante Matan Ruak. (STL)

Horta e Alfredo apanhados na armadilha: Durante a semana passada emergiram novos factos em relação às tentativas de assassínio ao PR Ramos-Horta e PM Xanana. Um desses factos foi a revelação da realização dum Acordo de Paz entre o PR Ramos-Horta e Alfredo em Maubisse em 13 de Janeiro, 2007 num velho castelo Português.

O Ministro da Economia, João Gonçalves, que foi um dos participantes no encontro, disse que o encontro demorou três horas.

O Ministro Gonçalves disse que o encontro foi organizado pelo Centro de Diálogo Humanitário da Suiça e que o acordo alcançado foi que Alfredo ficaria em prisão domiciliária e que as tropas da Nova Zelândia lhe dariam protecção.

Contudo, na Segunda-feira de manhã (11/2) Alfredo e os seus homens atacaram a residência do presidente.
“A única explicação que tenho é que Alfredo estava a ser influenciado por uma terceira parte. Ambos Ramos e Alfredo caíram numa armadilha,” disse o Sr. Gonçalves. (STL)

Horta começa a falar: O Presidente interino Fernando Lasama de Araujo confirmou que o PR Ramos-Horta começou a falar um pouco e tem tentado contactar a sua família em Timor-Leste.
“Isto pode trazer esperança a todos os Timorenses que o nosso Presidente foi salvo por Deus,” disse o Presidente interino Lasama. (DN)

Rudd: Austrália vai reforçar a democracia de Timor-Leste: O Primeiro-Ministro Australiano Kevin Ruud disse que as tentativas de assassínio ao PR Ramos-Horta e PM Xanana reafirmaram o compromisso da Força Internacional de Estabilização para reforçar a democracia em Timor-Leste.

“Todos vocês sabem que na Austrália estamos com vocês e que nos vamos manter bons amigos de Timor-Leste em todas as situações,” disse o PM Ruud.

O PM Rudd disse também que o Governo Australiano quer ser um parceiro a longo prazo de Timor-Leste no sector da segurança, sector económico e desenvolvimento entre outros. (DN)
Lasama: bom para Salsinha entregar as armas: O Presidente interino Fernando Lasama de Araujo disse que pediu a Gastão Salsinha e ao seu grupo armado para entregarem as suas armas e se entregarem eles próprios à justiça.

“Correntemente, não há outra maneira de resolver os problemas. Tentámos começar um diálogo, mas isso acabou com os incidentes de 11 de Fevereiro. Assim, estamos a pedir a Gastão Salsinha e ao seu grupo armado que estão nas montanhas para entregarem as armas e entregarem-se eles próprios à justiça,” disse o Presidente Lasama. (DN)

FRETILIN reply to Paul Toohey´s article `Rebel´s message of hate for Gusmao

Response from Vice President Arsenio Bano published in the Australian re Paul Toohey´s article ´Rebel´s message of hate for Gusmao´, 15 Feb 2008.
Link: http://blogs.theaustralian.news.com.au/letters/index.php/theaustralian/comments/threats_to_fretilin/

FRETILIN Media

Threats to Fretilin
Letters Blog, February 18, 2008

PAUL Toohey ("Rebel's message of hate for Gusmao", 15/2), made the following assertion: "Mr Gusmao has accused Fretilin of trying to align itself with Reinado and of being involved in the production of the slick DVD ... In the DVD, Reinado taunts Mr Gusmao, but makes no mention of Fretilin or Mr Alkatiri as a cause of any of the nation's problems."

On behalf of Fretilin, I call on you to retract this assertion. It also implies that Fretilin was somehow involved in the attacks by Reinado forces on President Jose Ramos Horta and Prime Minister Xanana Gusmao. Fretilin was the main target of Reinado in May 2006, and subsequently he made statements that Fretilin was "communist" and should be wiped out.

In the Timorese context, these words only mean violent death for Fretilin. In the election campaigns of 2007, Reinado made an alliance with the Democratic Party and strongly supported the election of Mr Ramos Horta. His men disrupted Fretilin rallies. He declared at the time he would not surrender until there were "no Fretilin in the government".

Your reporter should know that Fretilin has been among those pressing for the arrest of Reinado, but that the Prime Minister and President overruled the arrest warrants issued by the judiciary and directed the police and the Australian military not to arrest Reinado.

However, Reinado did not take advantage of this situation, refused to surrender, and thus was increasingly at odds with Mr Gusmao and Mr Ramos Horta. His DVD denouncing Mr Gusmao attests to this deterioration in relations, which became very apparent last week.

Arsenio Paixao Bano
Vice-President, Fretilin
Dili, East Timor


Tradução:

Resposta da FRETILIN ao artigo de Paul Toohey ‘Mensagem de ódio dos amotinados para Gusmão’

Resposta do Vice-Presidente Arsénio Bano publicada no Australian em resposta ao artigo de Toohey ´Mensagem de ódio dos amotinados para Gusmão´, 15 Fev 2008.
Link: http://blogs.theaustralian.news.com.au/letters/index.php/theaustralian/comments/threats_to_fretilin/

FRETILIN Media

Ameaças à Fretilin
Cartas Blog, Fevereiro 18, 2008

PAUL Toohey em (´Mensagem de ódio dos amotinados para Gusmão´, 15/2), fez as seguintes afirmações: "O Sr Gusmão tem acusado a Fretilin of trying de se alinhar ele própria com o Reinado e de ter estado envolvida na produção do astuto DVD ... No DVD, Reinado critica o Sr Gusmão, mas mão faz qualquer menção da Fretilin ou do Sr Alkatiri como causa de qualquer dos problemas da nação."

Em nome da Fretilin, peço-lhe para desdizer esta afirmação. Ela de certo modo indica que a Fretilin esteve de algum modo envolvida nos ataques pelas forças de Reinado contra o Presidente José Ramos Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão. A Fretilin foi o alvo principal de Reinado em Maio de 2006, e subsequentemente ele fez afirmações de a Fretilin ser "comunista" e que devia ser exterminada.

No contexto Timorense, essas palavras significam apenas a morte violenta para a Fretilin. Nas campanhas para as eleições de 2007, Reinado fez uma aliança com o Partido Democrático e apoiou fortemente a eleição do Sr Ramos Horta. Os homens dele perturbaram comícios da Fretilin. Ele declarou na altura que não se entregaria até não haver "nenhuma Fretilin no governo".

O seu repórter deve saber que a Fretilin tem estado entre os que mais têm pressionado para a prisão de Reinado, mas que o Primeiro-Ministro e o Presidente cancelaram os mandatos de captura emitidos pelo sector judicial e deram direcções à polícia e aos militares Australianos para não prenderem Reinado.

Contudo, Reinado não tirou vantagem desta situação, recusou render-se e portanto estava crescentemente em diferença com o Sr Gusmão e o Sr Ramos Horta. O seu DVD denunciando o Sr Gusmão atesta esta deterioração nas relações, que se tornaram muito aparentes na semana passada.

Arsénio Paixão Bano
Vice-Presidente, Fretilin
Dili, Timor-Leste

"Não ataquei Xanana Gusmão!" - Gastão Salsinha

Em entrevista à RTP, Vitor Alves, pai adoptivo de Reinado afirma ao jornalista Paulo Dentinho que falou com Gastão Salsinha que garante não ter atacado Xanana Gusmão. Insiste que o grupo de revoltosos garante não ter atacado Xanana Gusmão

"Não, não ataquei Xanana Gusmão". " E que se "o quisesse matar já o tinha matado".

Vitor Alves refere também que as autoridades recusam dar-lhe os resultados da autópsia de Reinado.

Na mesma reportagem, a RTP confirma que a FRETILIN vai apresentar amanhã uma proposta no Parlamento para que seja pedida uma comissão de inquérito internacional, que não contemple pessoas dos países com forças de segurança no país, incluindo Portuagal e... a Austrália.

Cada vez mais surgem indícios de que nem a comitiva de Xanana Gusmão foi atacada por elementos do grupo de Alfredo Reinado, nem a casa de Xanana Gusmão terá estava sob qualquer ataque.

A fita e o teatro feito quer pelo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão e pela sua mulher, que dizem ter identificado Salsinha no "suposto ataque" terão apenas tido como objectivo vitimizar Xanana Gusmão e evitar a revolta dos apoiantes de Reinado contra si.

Os próprios militares australianos que estavam na zona não deram por nada e manifestaram-se surpresos com o "ataque".

A própria GNR não viu nenhum grupo nem ouviu tiros, quando foi resgatar a mulher de Xanana Gusmão e os "carros emboscados" não revelam sinais "de fogo pesado" como Xanana Gusmão disse ter acontecido.

Quem disparou em Ramos-Horta?

Mr Alves said: ``I spoke to (one of them) and said, Why shoot Ramos-Horta? He's a good man.

``He said to me, `Father, I didn't shoot him. I shot at them (Mr Ramos-Horta's own F-FDTL guard) because they had shot Ramos-Horta'.

``I said to him, `I don't believe you. You shot Ramos-Horta.' He said he didn't do it. He said when the time came, I could look him in the eye. If I believed he shot Ramos-Horta, I could shoot him.'



Tradução:

O Sr Alves disse: ``Falei com (um deles) e disse, Porquê balear Ramos Horta? Ele é um bom homem.

``Ele respondeu-me, `Pai, não disparei contra ele. Disparei contra eles (a guarda da F-FDTL do próprio Sr Horta) porque eles tinham baleado Ramos-Horta'.

``Disse-lhe, `Não acredito em ti. Tu baleaste Ramos-Horta.' Ele disse que não fez isso. Ele disse que quando chegar a hora, eu posso olhá-lo nos olhos. Se eu acreditasse que ele baleou Ramos-Horta, eu podia baleá-lo.'' '

Mystery lingers about Dili shootings

The Australian - Monday, February 18, 2008

Paul Toohey - Additional reporting AAP

Dili -- SOME 90 of Alfredo Reinado's rebels, most of them armed, broke the East Timor-wide 8pm curfew and entered Dili late on Wednesday night to pay their last respects as their leader and his offsider, Leopoldino Exposto, lay in coffins awaiting burial the following day.

Reinado's adoptive father, Victor Alves, says the men had filed on foot through the backstreets of Dili, under the noses of the Australian-led International Stabilisation Force, Portuguese riot police and East Timorese police.

Mr Alves says they were angry and that night wanted to take revenge on East Timorese F-FDTL army soldiers who had shot and killed Reinado in President Jose Ramos-Horta's villa on Monday morning, but he was able to calm them, urging them not to act out of respect for himself and Reinado.

Mr Ramos-Horta is still recovering in Royal Darwin Hospital. He remains sedated and on a ventilator and is likely to undergo further surgery tomorrow. Hospital spokesman Luke Gosling said doctors were pleased with the outcome of the most recent surgery on Friday.

Events surrounding the attempt to assassinate the President are no clearer to authorities, with United Nations police, sections of the Australian military, the general population and even Mr Ramos-Horta's relatives flatly refusing to believe that Reinado went to the President's home to kill him.

Mr Ramos-Horta had been in close contact with Reinado over the past two years since he and 500 to 600 western-born soldiers abandoned their posts, angry that their eastern F-FDTL colleagues had received preferential treatment and had fired upon them in 2006 when they marched to protest at their conditions.

The Australian has the names of two more of Reinado's band who were with him last Monday morning.

Mr Alves said: ``I spoke to (one of them) and said, Why shoot Ramos-Horta? He's a good man.

``He said to me, `Father, I didn't shoot him. I shot at them (Mr Ramos-Horta's own F-FDTL guard) because they had shot Ramos-Horta'.

``I said to him, `I don't believe you. You shot Ramos-Horta.' He said he didn't do it. He said when the time came, I could look him in the eye. If I believed he shot Ramos-Horta, I could shoot him.
''

Mystery surrounds how the President was shot in the back when he was walking up the hill into gunfire. The whole thing is taking on grassy knoll dimensions, with Reinado's own men telling Mr Alves that the F-FDTL soldiers shot Mr Ramos-Horta from behind while they hid inside the compound.

The Australian travelled to the Ermera district yesterday, west of Dili, Reinado's old stomping ground.

The mood is strange. Normally it is one of the first flashpoints for trouble in East Timor but the youth are unusually subdued.

It is not just that there are armed guards and police – the young men have grown up under the rule of the gun and don't show great fear for them.

It is almost as though they are waiting to find out what really happened at the President's villa.

One thing they and their Sri Lankan, Bangladhesi and Pakistani UNPOL guards have in common is that no one knows the real story.

Foreign Minister Stephen Smith said yesterday the East Timorese Government might want to rethink its policy of seeking a negotiated settlement with rebel fighters.

``As I said to Foreign Minister Zacharias Da Costa, when I saw him in Darwin during the week, that (policy) is something that the East Timorese Government now may well wish to reflect upon, given what's occurred,'' Mr Smith told the Ten Network.

The man accused of staging the almost simultaneous ambush on Prime Minister Xanana Gusmao's motorcade, Gastao Salsinha, hás strenuously denied any involvement in the attack and has also extended an offer to Mr Alves to shoot him if he's lying.

The ISF said yesterday it was business as usual in East Timor, and platoons were posted at junctions in the west of the country. They would not comment on whether there were actions to the south and west of the country to flush out rebels.

José Ramos-Horta pretendia antecipar eleições para 2009

DN, 18/02/08
PATRÍCIA VIEGAS

Assessora jurídica de Alfredo Reinado foi ontem detida e feita arguida

José Ramos-Horta pretendia antecipar as eleições legislativas e presidenciais para 2009 com ou sem acordo entre a Aliança para a Maioria Parlamentar e a Fretilin.

O chefe do Estado timorense comunicou essa intenção ao primeiro--ministro, Xanana Gusmão, e também ao seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na recente viagem que fez ao Brasil, indicaram fontes diplomáticas ouvidas pela Lusa a coberto do anonimato.

O jornal australiano The Age já tinha citado o secretário-geral da Fretilin e ex-primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, na semana passada, a falar na hipótese de antecipação de eleições. O seu partido foi o mais votado nas legislativas de 2007 e não reconhece a legitimidade do actual Governo de coligação entre quatro formações (CNRT, PD, PSD e ASDT). Alkatiri também estaria em conversações com José Ramos-Horta sobre uma solução para o futuro do país.

O chefe do Estado timorense, a recuperar no Royal Darwin Hospital, na Austrália, após ter sido baleado duas vezes nas costas pelos homens de Alfredo Reinado, estaria a negociar, juntamente com Xanana, um acordo com os rebeldes.

Estes estiveram na origem da crise que levou à queda do Governo de Alkatiri em Junho de 2006. Afirmavam-se discriminados dentro das Forças Armadas e mudanças. Há quem diga que estariam a obedecer a outro tipo de interesses.

José Ramos-Horta ignorou mandados de captura contra Reinado, morto no ataque à sua casa, em nome da reconciliação timorense. A estratégia foi criticada após os atentados - Xanana saiu ileso de um - tendo sido entretanto emitidos 18 mandados de captura contra os rebeldes que, tudo indica, são agora liderados pelo ex-tenente Gastão Salsinha.

"Foram disparados [há semanas] tiros por Reinado e os seus homens e o contingente australiano retirou-se em concordância com o Governo de Timor-Leste. José Ramos-Horta era partidário de uma solução negociada para a situação. Isso é algo em que o Governo de Timor-Leste tem de reflectir - dado o que aconteceu", disse ontem, citado pela AFP, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália Stephen Smith.

As operações policiais e militares de caça ao homem em Timor-Leste, segundo o Conselho de Ministros, serão conduzidas pelas Forças Armadas e pela Polícia Nacional de Timor. O comando das operações ficará a cargo do chefe do Estado-Maior General das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste, o brigadeiro-general Taur Matan Ruak.

As operações ficam, assim, fora do controlo das forças internacionais presentes no terreno, ou seja, a Polícia da ONU (UNPol) e as Forças de Estabilização Internacionais (ISF). Gastão Salsinha terá liderado o atentado contra a coluna onde seguia Xanana Gusmão, há uma semana, numa estrada de acesso a Díli.

A primeira detenção conhecida após os dois atentados foi a da assessora legal de Alfredo Reinado. Angela Pires foi ontem detida por ordem do Ministério Público timorense e é arguida no processo que envolvia o ex-militar rebelde. A informação foi confirmada por fonte judicial à Lusa.

O procurador-geral de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, disse aos jornalistas que várias pessoas serão notificadas para interrogatório no âmbito do processo Reinado. O nome de Angela Pires não constava da lista de cinco novos mandados de detenção emitidos quinta-feira pelo juiz daquele processo - uma vez que todos os mandados visavam militares ou polícias. Angela Pires é prima da ministra das Finanças.

ACREDITEMOS QUE SE IRÁ FAZER JUSTIÇA, DESTA VEZ

Blog Timor Lorosae Nação
Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008

SABER ESPERAR É UMA VIRTUDE
Tibério Lahane

Tudo parece querer demonstrar que não há rumores por acaso nem por dá cá aquela palha, mas não é bem assim. Muitos dos rumores não passam de meras manipulações políticas, agora tão em moda em Timor-Leste.

Um grupo de denodados cidadãos, mandatados certamente por aqueles que não desistem de instabilizar o país, pôs a circular um documento que inculpava a Fretilin pelos atentados a Xanana Gusmão e a Ramos Horta. Claro que pelo teor e pelos dez milhões de dólares só não percebeu a trapaça quem anda mesmo na lua, é estúpido ou gosta de confusão.
Quem o fez e caluniou irá agora prestar contas em tribunal para começarem a ver se aprendem a respeitar a integridade dos outros e o seu modo diferente de pensar e agir.
Temos assim, que este rumor vai ainda dar muitas dores de cabeça a quem julgou ser fácil causar mais agitação, mortes e destruição em Timor.

Devido aos atentados, muitos outros rumores têm sido postos a circular. Um deles refere que a estratégia utilizada identifica os seus autores, por os objectivos se resumirem ao abate de Alfredo Reinado e Gastão Salsinha. Indivíduos considerados próximos do ex-PR Xanana Gusmão e que se consideraram traídos por este.

Enquanto que outro rumor vem de encontro ao primeiro mas diversifica para uma vertente mais complexa, alegando que nos elementos que estavam já esperando abater Alfredo Reinado também havia quem tivesse por missão aproveitar a confusão e abater o Presidente Ramos Horta, pessoas muito próximas dele.

Talvez. Aliás, este é o “meu rumor” preferido por corresponder muito mais ao que aconteceu, vindo também dar corpo à possibilidade de existirem dois atiradores, etc.

Evidentemente que se houve dois atiradores a balística já o sabe, o que não significa que venhamos a saber todos os pormenores.

Em Timor-Leste, pouco ou nada é de confiar. Estamos assim.

Mas com rumores ou não rumores, o facto é que quem mais estaria interessado em calar Alfredo Reinado seria o PM Xanana Gusmão, caso correspondesse à verdade as suas afirmações gravadas em vídeo…

Mas não há provas, pelo menos por enquanto. Assim, é de muito mau gosto andar por aí meio-mundo a difamar o PM e outro meio-mundo a difamar a Fretilin e Mari Alkatiri.

Melhor será esperar que alguma coisa se apure, aguardar que o PR Horta se recupere e equacione o que tem de equacionar. Ele certamente sabe ao que Reinado ia e as indicações disponíveis, pelo à-vontade de ambos, era de que iam dialogar, não andar aos tiros ou alguém querer assassinar o outro.

Que outros sabiam da “visita” de Alfredo isso é certo. Poderão ser esses os causadores de todo este drama e aqueles que também estavam interessados em abater Ramos Horta.

Não precisamos de ir à bruxa, esperemos, saibamos aguardar pelas conclusões das investigações, mas sobretudo pelas conclusões que o PR tirará de tudo isto.

Indonesian military denies rebels crossed into West Timor

BBC Monitoring Asia Pacific - 17 February 2008

Source: Tempo website, Jakarta, in English 17 Feb 08

Text of report in English by Jems de Fortuna, carried by website of independent Indonesian news magazine Tempo on 17 February

Friday, 15 February, Kupang: The Indonesian military (TNI) of Indonesia's border security troop denied the rumour that the rebel soldiers who were loyal to Alfredo Reinado have infiltrated into West Timor, Indonesia, after being pursued by an Australian-led international troop.

The border area security troop commander, Lt-Col Inf. R.M. Kusdahyono, who was contacted in Atambua Friday (15/2), said that the rumour was misleading. As far as the security in Indonesia's border, this is still conducive.

"There's no infiltration. The activities in border-crossing posts are still normal and so far TNI is on alert in the border area," said Kusdahyono. He acknowledged having suggested the people who live along the border of the two countries to help with the monitoring and to report to the nearest security personnel if they see any suspicious foreigner. "If anyone is brave to pass through, TNI will take firm action," he said.

In spite of the situation, Kusdahyono said that he continues to be on alert and still coordinating with the Indonesian embassy to know about the progress in that country.

Since Thursday (14/2), the international troop continued pursuing 18 people who were alleged to be related to the bloody incident in President Horta's residence, which killed the rebel leader Major Alfredo Reinado along with one subordinate.


Tradução:

Militares Indonésios negam que amotinados fugiram para Timor Oeste

BBC Monitoring Asia Pacific - 17 Fevereiro 2008
Fonte: Tempo website, Jacarta, em Inglês 17 Fev 08

Texto de notícia em Inglês por Jems de Fortuna, no website da revista independente de notícias Indonésia Tempo em 17 Fevereiro

Sexta-feira, 15 Fevereiro, Kupang: A Força Militar Indonésia (TNI) das tropas de segurança da fronteira Indonésia negou os rumores que soldados amotinados leais a Alfredo Reinado se tenham infiltrado para o Oeste Timor, Indonésia, depois de terem sido perseguidos por tropas lideradas pelos Australianos.

O comandante da tropa de segurança da área da fronteira, Tenente-Cor Inf. R.M. Kusdahyono, que foi contactado em Atambua na Sexta-feira (15/2), disse que o rumor era enganador. Tanto quanto respeita a segurança da fronteira Indonésia, este é ainda o caso.

"Não há nenhuma infiltração. As actividades nos postos de passagem da fronteira estão ainda normais e até agora as TNI estão em alerta na área da fronteira," disse Kusdahyono. Ele reconheceu ter sugerido às pessoas que vivem ao longo da fronteira entre os dois países para ajudar com a monitorização e para relatarem ao pessoal de segurança mais próximo se virem qualquer estrangeiro suspeito. "Se alguém tiver a coragem de passar, a TNI actuará com firmeza," disse.

Apesar da situação, Kusdahyono disse que continua em alerta e em coordenação com a embaixada Indonésia para saber dos progressos nesse país.

Desde Quinta-feira (14/2), as tropas internacionais continuam a perseguir 18 pessoas que alegadamente estiveram relacionadas com o incidente sangrento na residência do Presidente Horta, que matou o líder amotinado Major Alfredo Reinado juntamente com um seu subordinado.

Ramos Horta será operado pela quinta vez terça-feira, estado de saúde continua estável, hospital

Darwin, Austrália, 18 Fev (Lusa) - O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, vai ser submetido terça-feira a nova intervenção cirúrgica, anunciou hoje o Royal Darwin Hospital, acrescentando que o estado de saúde do chefe de Estado timorense continua estável.

"Foi marcada mais uma operação amanhã (terça-feira) quer levará à recuperação total dos ferimentos causados pelas balas", refere o último relatório clínico sobre o estado de saúde de Ramos Horta.

Acrescenta que o estado de saúde do presidente timorense continua a evoluir favoravelmente, dando conta que os médicos se mostram muito satisfeitos com os progressos registados.

O porta-voz do presidente, Luke Gosling, expressou igualmente satisfação pela forma como está a evoluir a situação de Ramos Horta.

"A família e o pessoal do presidente estão muito satisfeitos pela forma como as coisas estão a correr. Ele está muito bem", disse Luke Gosling.

Informou que um novo relatório clínico será emitido após a operação, que será a quinta a que Ramos Horta será submetido desde que na segunda-feira foi gravemente ferido a tiro na sua residência em Díli, num ataque em que foi morto o major Alfredo Reinado.

Luke Gosling disse ainda que o chefe de Estado timorense planeava deslocar-se à Austrália em Fevereiro para angariar fundos para as suas iniciativas anti-pobreza.

A possibilidade de Ramos Horta ser submetido a nova intervenção cirúrgica tinha já sido avançada domingo à agência Lusa pela sua irmã Romana Horta.

O presidente timorense foi alvo de um atentado segunda-feira em Díli, bem como o primeiro-ministro Xanana Gusmão, que escapou ileso.

Na sequência do ataque, Ramos Horta foi operado de urgência na segunda-feira em Timor-Leste e transferido no mesmo dia para a cidade australiana de Darwin, onde já foi submetido a três intervenções cirúrgicas.

Os médicos australianos têm-se mostrado confiantes na recuperação total de Ramos Horta, admitindo que venha a ter alta hospital dentro de três semanas e uma recuperação total no prazo de seis meses.

CFF/IRE
Lusa/Fim

"La Sama" Araújo anuncia chegada de elementos do FBI... (ACTUALIZADA)

Díli, 18 Fev (Lusa) - O Presidente em exercício de Timor-Leste, Fernando “La Sama” de Araújo, anunciou hoje a chegada, terça-feira, ao país de elementos do FBI norte-americano para cooperarem com a Procuradoria-geral da República nas “investigações criminais” aos atentados de segunda-feira.

Em conferência de imprensa, “La Sama” de Araújo, que substitui Jose Ramos Horta, que se encontra na Austrália a recuperar dos sofrimentos sofridos no atentado de segunda-feira, explicou que os “peritos internacionais” vão colaborar com as autoridades de Justiça de Timor-Leste na investigação criminal aos ataques de segunda-feira a José Ramos Horta e Xanana Gusmão.

“Os peritos são necessários para que se possa efectuar uma investigação profunda”, assinalou Fernando “La Sama”, que não tem ainda definida a forma como as forças portuguesas de investigação do corpo da Guarda Nacional Republicana poderá integrar a equipa de investigação.

Instado a explicar a criação da comissão internacional de investigação, “La Sama” de Araújo explicou que os “peritos vão colaborar com a Procuradoria” e não actuar de forma autónoma.

O chefe de Estado disse ainda “que não há mais diálogo” com o grupo de rebeldes agora liderados pelo ex-tenente Gastão Salsinha.

“O tempo do diálogo passou”, sublinho Fernando “La Sama” ao apelar à rendição de todos os membros do grupo e ao garantir que os Direitos Humanos “serão respeitados”, que “não haverá torturas” e que o ”julgamento será justo”.

O actual líder timorense acrescentou esperar que as operações de captura, que serão lançadas “em breve” possam conduzir os suspeitos à Justiça no prazo de “um mês, o mais tardar”, de forma a garantir que o Estado timorense ”não seja afectado na sua credibilidade” e disse esperar que a as buscas não acabem com a morte dos rebeldes.

“Espero que não os matem”, sublinhou para dizer também que o “todas as garantias” de uma investigação e julgamento justos “serão asseguradas” a Gastão Salsinha e ao seu grupo.

O presidente timorense em exercício acrescentou também que as forças internacionais vão participar “com a disponibilização das suas facilidades (meios de acção)” nas operações de captura dos rebeldes.

Fernado “La Sama” falava após a chefe do Gabinete do Presidente, Natália Carrascalão, ter lido uma nota que dava conta da situação “grave mas muito estável” da saúde de Ramos Horta e disse ainda a captura de Gastão Salsinha está relacionada com a sua participação nos ataques de segunda-feira (liderou o grupo que atacou Xanana Gusmão) e “não por ser o líder dos peticionários”, os cerca de 600 militares das forças de defesa expulsos em 2006.

JCS/PRM
Lusa/Fim

Detida assessora jurídica de Alfredo Reinado

Público, 18.02.2008

Ângela Pires, Angelita ou Angie Pires, assessora jurídica do falecido major rebelde Alfredo Alves Reinado, foi ontem detida em Timor-Leste, devendo ser constituída arguida, segundo o procurador-geral Longuinhos Monteiro, citado pela Lusa. É prima da ministra das Finanças e do Plano, Emília Maria Valéria Pires.

Isso aconteceu horas depois de o Conselho de Ministros ter determinado que só os timorenses, e não a polícia das Nações Unidas ou os militares da Austrália e da Nova Zelândia, é que deverão perseguir os rebeldes que andam a ser procurados por causa dos controversos incidentes de há uma semana. O comando das operações foi entregue ao chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa, general Taur Matan Ruak.

Quanto ao Presidente, José Ramos-Horta, internado em Darwin, na Austrália, deverá ser amanhã submetido a uma quinta intervenção cirúrgica, tendo, segundo a imprensa local, gritado "Não disparem! Não disparem!", quando começou a sair do coma e a sua mente ainda estava no tiroteio de dia 11.

De acordo com fontes diplomáticas não especificadas ontem citadas pela Lusa, o chefe de Estado estaria a encarar a hipótese de convocar, talvez no próximo ano, eleições legislativas e presidenciais antecipadas. Há sete meses ele excluíra a hipótese de intercalares no início de 2008, indo a sua preferência para "um Governo de grande coligação, ou inclusão", onde tanto estivessem a Fretilin, de Mari Alkatiri, como o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste, de Xanana Gusmão, além de outros grupos.

Ramos Horta disse a Lula que anteciparia eleições no Timor

17-02-2008 11:17:48

Dili, 17 fev (Lusa) - O presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, pretendia convocar eleições legislativas e presidenciais antecipadas e comunicou essa intenção ao governo timorense e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua viagem ao Brasil, disseram à Agência Lusa fontes diplomáticas.

O presidente timorense pretendia convocar eleições antecipadas, havendo ou não acordo político entre a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP), atualmente no poder, e a Fretilin, partido vencedor das legislativas de 2007 e maior da oposição.

A intenção foi transmitida por José Ramos Horta ao primeiro-ministro do Timor Leste, Xanana Gusmão, antes das recentes visitas oficiais do presidente ao Vaticano e ao Brasil.

Fontes diplomáticas brasileiras confirmaram à Lusa que o próprio José Ramos Horta comentou com Lula que planejava convocar eleições antecipadas para 2009.

"Essa conversa foi mantida em Brasília e estavam algumas pessoas presentes, incluindo o embaixador do Brasil no Timor Leste", disse a fonte diplomática, que solicitou o anonimato.

José Ramos Horta foi baleado na segunda-feira (noite de domingo passado no Brasil), em um ataque à sua residência em Dili, no qual foi morto o líder da operação, o major rebelde Alfredo Reinado.

O presidente timorense está hospitalizado em Darwin, cidade no norte da Austrália.

Pouco depois do ataque contra a residência de Ramos Horta, o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, escapou ileso a uma emboscada quando se dirigia de sua casa a Dili.

NOTA DE RODAPÉ:

O MOTIVO...

East Timor Struggling Through Infancy

AP
18.02.2008
By ANTHONY DEUTSCH – 1 hour ago

DILI, East Timor (AP) — This tiny nation declared independence six years ago after centuries of harsh foreign rule and conflict, its people dreaming of a life of peaceful self-determination.
The infant democracy was thrust back into upheaval when rebels attacked its newly elected leaders last Monday.

The assassination attempts on President Jose Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmaoa were stark reminders that it may be years before stability takes hold in a territory where militants are supported by many in the public.

The setback is part of East Timor's struggle for democracy after more than four centuries as a Portuguese colony and 24 years of Indonesian occupation. It occurred despite intensive U.N.-led efforts to nurture the newly independent nation.

But the transition to democracy is never smooth, said Charles Scheiner of the nonprofit East Timor Institute for Reconstruction, Monitoring and Analysis.

"The overwhelming majority of countries in the world at this stage have instability, insurrections, dictatorships or coups," Scheiner said.

"To see these things as being particularly unique to Timor Leste is wrong," he said, referring to the country by its local name.

The United Nations guided the Southeast Asian territory out of an era of darkness and began rebuilding from the ruins of a scorched-earth campaign by departing Indonesian troops in 1999. East Timor declared independence in 2002, with a fanfare of fireworks and traditional dancing.
The euphoria was shattered in 2006, just as the U.N. was leaving, when the police and army disintegrated into warring factions and the government collapsed amid widespread looting, arson and gang warfare. The unrest left 37 dead and drove 155,000 from their homes.

Thousands of foreign police and soldiers rushed back to restore calm, prompting accusations that the international community had packed its bags before its job was over.

Ramos-Horta and Gusmao, revered icons of resistance during 24 years of Indonesian occupation, became president and prime minister in elections last year.

They came under attack last week by rebels from their own army in a bizarre departure from their status as untouchable heroes.

It was a sudden escalation in a bitter dispute between the government with its loyalist troops and several hundred ex-soldiers who were fired in 2006 after going on strike to protest alleged discrimination.

Ramos-Horta, the Nobel Peace prize-winning president, was struck twice by bullets and expected to make a full recovery after several rounds of surgery in an Australian hospital.

Gusmao, who was unharmed in an ambush on his motorcade, declared a 12-day state of emergency. East Timor Defense Force soldiers and Australian-led forces were combing the rugged jungle mountains outside the capital for dozens of heavily armed assailants who fled after the attacks.

It is unclear if they were attempting a coup, or were taking a gamble aimed at gaining an upper hand in negotiations with the government. Either way, it backfired with the killing of popular rebel commander Alfredo Reinado and one of his bodyguards.

The bloodshed was taken in stride by most Timorese, a devoutly Roman Catholic people who have grown accustomed to hardship after enduring the death of roughly a fifth of the population in just over two decades.

"Our leaders always fight each other," said Maderia, a 58-year-old street vendor who has lived with her four children in a squalid tent camp for nearly two years after machete-wielding gangs drove them from their home. "Again our leaders made the same mistake of not solving the problems peacefully."

East Timor is a remote and impoverished nation of 1 million where unemployment is about 40 percent. It is heavily dependent on hundreds of charities feeding and sheltering tens of thousands of people afraid to return to their homes. The foreign troops and aid workers have helped pumped up the country's ailing economy.

There is virtually no rule of law and perpetrators of past atrocities walk the streets freely. Reinado, a former military police chief, was indicted on murder charges for the violence in 2006. But over the past year he was allowed to meet repeatedly with the president as he openly threatened to attack the government.

With concerns of ongoing volatility and increasing crime, one sector undergoing huge growth is private security.

Christopher Whitcomb, a former FBI agent, set up APAC Security three months ago. With 1,600 drivers, bodyguards and advisers, he says it has become the country's largest commercial employer.

"There is always the destabilizing influence that keeps security at a high level here," he said. "We really see ourselves as becoming an integral part of the system."


Tradução:

A luta de crescimento de Timor-Leste

AP
18.02.2008
Por ANTHONY DEUTSCH – 1 hora atrás

DILI, Timor-Leste (AP) — Esta pequena nação quando declarou a independência há seis anos atrás depois de séculos de dura governação estrangeira e de conflitos, o seu povo sonhava com uma vida de auto-determinação pacífica.
A jovem democracia foi empurrada para trás num levantamento quando amotinados atacaram os seus recentemente eleitos líderes na passada Segunda-feira.

As tentativas de assassínio ao Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão foram fortes lembranças que pode demorar anos antes de haver estabilidade num território onde militantes são apoiados por muita população.

O recuo faz parte da luta de Timor-Leste pela democracia depois de mais de quarto séculos como colónia Portuguesa e 24 anos de ocupação Indonésia. Isso ocorreu apesar dos esforços intensivos liderados pela ONU para cultivar a nação recém- independente.

Mas a transição para a democracia nunca é suave, disse Charles Scheiner da ONG East Timor Institute for Reconstruction, Monitoring and Analysis.

"A enorme maioria dos países do mundo neste estádio têm instabilidade, insurreições, ditaduras ou golpes," disse Scheiner.

"Ver as coisas como sendo particularmente únicas para Timor-Leste é errado," disse.

As Nações Unidas guiaram o território do Sudeste Asiático duma era de escuridão e começaram a reconstrução a partir das ruínas duma campanha de terra queimada das tropas Indonésias na saída em 1999. Timor-Leste declarou a independência em 2002, com fanfarras, fogo de artifício e danças tradicionais.
A euforia foi quebrada em 2006, mesmo antes da ONU partir, quando a polícia e as forças armadas se desintegraram em facções em luta e o governo se desmoronou no meio de alargadas pilhagens, fogos postos e guerras de gangues. O desassossego deixou 37 mortos e tirou 155,000 fdas suas casas.

Milhares de policies e soldados estrangeiros voltaram a correr para restaurar a calma, desencadeando acusações da comunidade internacional ter saído antes de ter acabado o trabalho.

Ramos-Horta e Gusmão, ícones reverenciados da resistência durante os 24 anos da ocupação Indonésia, tornaram-se presidente e primeiro-ministro nas eleições do ano passado.

Estiveram sob ataque na semana passada por amotinados das suas próprias forças armadas numa saída bizarra do seu estatuto de heróis intocáveis.

Foi uma escalada repentina numa disputa amarga entre o governo com a sua tropa fiel e várias centenas de ex-soldados que foram despedidos em 2006 depois de terem entrado em greve para protestar alegada discriminação.

Ramos-Horta, o presidente ganhador do Nobel da Paz, foi atingido por duas balas e espera-se que tenha uma recuperação total depois de várias operações num hospital Australiano.

Gusmão, que saiu ileso da emboscada à sua caravana, declarou um estado de emergência de 12 dias. Soldados da Força de Defesa de Timor-Leste e forças lideradas pelos Australianos estavam a passar a pente fino o mato das montanhas no exterior da capital à procura de dúzias de assaltantes pesadamente armados que fugiram depois dos ataques.

Não é claro se estavam a tentar fazer um golpe, ou se estavam num jogo para ficar numa posição de vantagem nas negociações com o governo. De qualquer modo isso fez ricochete com a morte do popular comandante amotinado Alfredo Reinado e de um dos seus guarda-corpos.

O derramamento de sangue foi considerado de passagem pela maioria dos Timorenses, um povo devotadamente católico que cresceu habituado às dificuldades depois de ter aguentado a morte de cerca de um quinto da população em apenas duas décadas.

"Os nossos líderes andam sempre à briga," disse Maderia, um vendedor de rua de 58 anos que tem vivido com os quarto filhos num miserável campo de tendas há quase dois anos depois de gangues armados com catanas os expulsarem da sua casa. "Mais uma vez os nossos líderes cometem o mesmo erro de não resolverem pacificamente os problemas."

Timor-Leste é uma nação remota e empobrecida de um milhão onde desemprego é de cerca de 40 por cento. Depende fortemente de centenas de caridades que alimentam e abrigam dezenas de milhares de pessoas receosas de voltarem para casa. As tropas estrangeiras e os trabalhadores humanitários têm ajuda a bombear para a economia enfraquecida do país.

Virtualmente não há nenhum domínio da lei e os perpetradores de atrocidades passadas caminham livremente nas ruas. Reinado, um antigo chefe da polícia militar tinha sido acusado de homicídio na violência de 2006. Mas durante o ultimo ano foi autorizado a encontrar-se repetidas vezes com o presidente ao mesmo tempo que ameaçava atacar o governo abertamente.

Com preocupações de volatilidade em curso e com o crime a aumentar, um sector que tem tido um enorme crescimento é a segurança privada.

Christopher Whitcomb, um antigo agente do FBI, montou há três meses atrás a APAC Security. Com 1,600 motoristas, guarda-corpos e conselheiros diz que se transformou no maior empregador comercial do país.

"Há sempre uma influência desestabilizadora que mantém a segurança num nível elevado aqui," disse. "Estamos realmente a vermo-nos a nós próprios como uma parte integral do sistema."

East Timor urges rebels to surrender

Reuters
Mon Feb 18, 2008 4:49am EST
By Tito Belo

DILI (Reuters) - East Timor's interim president urged rebels believed to be involved in an assassination attempt on the country's president to surrender on Monday as one person was arrested in connection with the attack.

Rebel soldiers raided Jose Ramos-Horta's home last Monday, seriously wounding the president during a gunfight.

Police are hunting the rebels in nearby hills and arrest warrants have been issued against 17 people suspected of involvement in the attack.

Prime Minister Xanana Gusmao escaped unhurt in a separate attack.

East Timor's prosecutor-general has issued an arrest warrant for Gastao Salsinha who says he has taken command of rebel soldiers after rebel leader Alfredo Reinado was killed during the attack on Ramos-Horta.

"Salsinha must hand over weapons to face justice," interim president Fernando de Araujo told a news conference at the presidential palace.

"I have ordered the (military and police) forces to continue the process against Salsinha, but they should respect human rights," he said.

"The forces should arrest people directly and indirectly linked to the assassination attempts ... We have given them one month to arrest Salsinha and his men."

As investigations continued, slain rebel leader Reinado's lawyer, a 40-year-old woman with dual East Timorese and Australian citizenship, was arrested in Dili on Sunday in connection with the attack, the prosecutor-general said.

A confidant of Reinado told Reuters the rebel leader might have wanted to kidnap the president and kill the prime minister in a bid to oust foreign troops and force a snap election.

DETENTIONS

Separately, police said more than 200 people had been detained for breaking emergency laws imposed after the assassination attempt last Monday.

"These people did not follow the state regulation and were walking around the city at night," police operations commander Mateus Fernandes told Reuters.

Meetings and protests are banned under the emergency, and all citizens must stay home between 8 p.m. and 6 a.m.

Asia's youngest nation has been unable to achieve stability since hard-won independence. The army tore apart along regional lines in 2006, when about 600 soldiers were sacked, triggering factional violence that killed 37 people and drove 150,000 from their homes.

Foreign troops were sent to restore order in the former Portuguese colony of about one million people, which gained full independence from Indonesia in 2002 after a U.N.-sponsored vote in 1999 that was marred by violence.

Indonesia invaded the former Portuguese colony in 1975 and many thousands of East Timorese died during a brutal occupation.

People in Dili, which has been calm since the attacks, said they were unhappy with the curfew because it affected small businesses.

"I think the government has dramatized the situation. It's so calm in Dili and the country, but they have not pulled back the state of emergency," said Joao Pinto, a shopkeeper in Dili.

"It's very hard for us to do our business at night because our customers always come at night."

(Writing by Sugita Katyal; Editing by David Fogarty)


Tradução:

Timor-Leste pede aos amotinados para se renderem

Reuters
Segunda-feira, Fev 18, 2008 4:49am EST
Por Tito Belo

DILI (Reuters) – O presidente interino de Timor-Leste urgiu na Segunda-feira aos amotinados que se pensa estarem envolvidos no atentado de assassínio do presidente do país para se renderem, quando uma pessoa foi presa em conexão com o ataque.

Soldados amotinados assaltaram a casa de José Ramos-Horta na Segunda-feira passada, ferindo seriamente o presidente durante um tiroteio.

A polícia anda à caça dos amotinados nos montes próximos e foram emitidos mandates de prisão contra 17 pessoas suspeitas de envolvimento no ataque.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão escapou ileso num ataque separado.

O procurador-geral de Timor-Leste emitiu um mandato de captura para Gastão Salsinha que diz ter tomado o comando dos soldados amotinados depois do líder amotinado ter sido morto durante o ataque contra Ramos-Horta.

"Salsinha tem de entregar as armas e enfrentar a justiça," disse o presidente interino Fernando de Araujo numa conferência de imprensa no palácio presidencial.

"Ordenei às forças (militares e policiais) para continuarem o processo contra Salsinha, mas que devem respeitar os direitos humanos," disse.

"As forças devem prender as pessoas directamente e indirectamente ligadas às tentativas de assassínio ... Demos-lhes um mês para prenderem Salsinha e os seus homens."

Enquanto continuam as investigações, a advogada do falecido líder amotinado Reinado, uma mulher de 40 anos com dupla nacionalidade Timorense e Australiana, foi presa em Dili no Domingo em conexão com o ataque, disse o procurador-geral.

Um confidente de Reinado disse à Reuters que o líder amotinado pode ter querido raptar o presidente e matar o primeiro-ministro numa tentativa para expulsar as tropas estrangeiras e forçar eleições antecipadas.

DETENÇÕES

Em separado, a polícia disse que tinham sido detidas mais de 200 pessoas que tinham quebrado as leis de emergência impostas depois da tentativa de assassínio na Segunda-feira passada.

"Essas pessoas não estavam a seguir as regras do Estado e estavam a caminhar à volta da cidade à noite," disse o comandante de operações da polícia Mateus Fernandes à Reuters.

Encontros e protestos estão proibidos sob o estado de emergência, e todos os cidadãos têm que ficar em casa entre as 8 p.m. e as 6 a.m.

A mais jovem nação Asiática tem sido incapaz de alcançar a estabilidade desde a sua dificilmente conquistada independência. As forças armadas quebraram-se em linhas regionais em 2006, quando cerca de 600 soldados foram despedidos, desencadeando violência de facções que matou 37 pessoas e levou 150,000 das suas casas.

Tropas estrangeiras foram enviadas para restaurar a ordem na antiga colónia Portuguesa de cerca de um milhão de pessoas, que ganhou a independência total da Indonésia em 2002 depois dum referendo patrocinado pela ONU em 1999 que foi manchado por violência.

A Indonésia invadiu a antiga colónia Portuguesa em 1975 e muitos milhares de Timorenses morreram durante a ocupação brutal.

As pessoas em Dili, que tem estado calma desde os ataques, disseram que estavam descontentes com o recolher obrigatório porque isso estava a afectar os pequenos comércios.

"Penso que o governo dramatizou a situação. Está tudo tão calmo em Dili e no país, mas não retiraram o estado de emergência," disse João Pinto, um lojista em Dili.

"É muito difícil para fazermos negócio à noite porque os nossos clientes vêem sempre à noite."

(Escrito por Sugita Katyal; Editado por David Fogarty)

Ramos-Horta “permaneceu estável" durante a noite

Jornal de Notícias
Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008

"Nas próximas 24 a 28 horas" deverá ser novamente operado

José Ramos-Horta deverá conseguir recuperar plenamente, embora os seus ferimentos sejam "terríveis" e os danos sofridos no pulmão direito inspirem ainda alguns cuidados adicionais.

Len Notaras, responsável do Royal Darwin Hospital, onde o presidente timorense está hospitalizado, disse à Agência Lusa que poderá ser necessária uma nova intervenção cirúrgica "nas próximas 24 a 28 horas".

"O presidente continua numa condição muito séria mas estável. A noite correu bem e ele permaneceu estável", disse Len Notaras, indicando que Ramos-Horta está a ser monitorizado na unidade de cuidados intensivos.

"Deve permanecer no ventilador pelo menos até quinta-feira, e deve ser operado de novo na tarde de quarta-feira para mais trabalho nos ferimentos", acrescentou.

"O caso é muito grave, é um incidente que poderia ter-lhe tirado a vida. Felizmente recebeu bom tratamento desde logo, em Díli, apoiado por médicos daqui de Darwin que se mantiveram em contacto telefónico", salientou. "A transfusão de sangue contribuiu para uma situação mais estável", afirmou.

Os danos mais severos estão na parte inferior do pulmão direito, onde foi alvejado por uma bala "de uma arma de alta velocidade", sendo impossível precisar, para já, se o líder timorense foi baleado duas ou três vezes.

"Tem um ferimento no topo das costas. É possível que possa ter uma terceira ferida de bala mas não podemos confirmar isso. Apenas que foram retirados dois fragmentos de bala no bloco operatório", disse.

"É um homem forte e espero que a sua recuperação seja plena. Isso não pretende subestimar de forma alguma a gravidade dos seus ferimentos. São feridas terríveis", explicou Len Notaras. "Se precisasse de respirar sozinho já o poderia fazer", adiantou.

Questionado sobre o futuro, o responsável mostrou-se optimista de que, "salvo complicações", Ramos-Horta poderá voltar a casa "dentro de quatro a seis semanas", sem "danos mais graves".

Actualmente Ramos-Horta encontra-se num "coma induzida", ligado a um ventilador e com "um baixo nível de consciência para que os especialistas possam manter terapia e para minimizar qualquer dor ou sofrimento".

Dili plot: female lawyer arrested

AAP, Reuters
February 18, 2008 - 4:06PM

A woman with dual Timorese-Australian citizenship and believed to be slain rebel leader Alfredo Reinado's lawyer has been arrested over last week's attack on East Timor's top leaders.
Angelita Pires, who was born in East Timor but spent time in Australia, could face court as early as this afternoon.

The 38-year-old is still being interrogated by authorities, who have alleged she spent the night before last Monday's attacks with Reinado.

President Jose Ramos-Horta was shot and seriously wounded in the attacks. Prime Minister Xanana Gusmao escaped unharmed after he was ambushed a short time later.

East Timor's Prosecutor-General Longuinhos Monteiro today said authorities believed the group had plotted to kidnap the two leaders, but their plan went wrong.

"When you fail at plan A, of course you have to apply plan B," Mr Monteiro said.

He has formally issued arrest warrants for 18 suspects, and indicated more were likely.

Pires was one of nine people summonsed to a Dili police station as witnesses. She was arrested after a couple of hours of interrogation last night.

Mr Monteiro said she was with Reinado in the hours before the attack.
"The preliminary development of the case ... has indicated her involvement at least as [having] a very close link with Alfredo," he said.

"Especially on the night of the 10th they were together, especially in the early morning.
"We decided she is a defendant on this issue because we decided she is knowing something."
Mr Monteiro said the woman would most likely be charged with conspiracy when she faces Dili District Court today or tomorrow.

"Not [for the] attack, but planning something, knowing something," he said.
"As a citizen, [if] your country has been attacked, as a citizen we all have our responsibility to prevent or inform the authorities."

Authorities would oppose bail, he said.

Mr Monteiro said he was pleased with the progress of the investigation, which would now focus on catching the main perpetrators.

The Australian-led International Stabilisation Force is working with United Nations and East Timorese police and army officers to catch the men, some of whom are believed to be hiding in houses in the capital Dili.

200 arrested for breaking curfew: police

East Timorese police have detained more than 200 people for breaking emergency laws imposed after last week's attacks.

Police operations commander Mateus Fernandes said the 200 people detained for violating a night-time curfew included dismissed soldiers.

Meetings and protests are banned under the emergency provisions, and all citizens must stay home between 8pm and 6am.

"More than 200 people were detained by police for investigation purposes. These people did not follow the state regulation and were walking around the city at night," Mr Fernandes said.

People in Dili, which has been calm since the attacks, said they were unhappy with the curfew because it affected business.

"I think the Government has dramatised the situation. It's so calm in Dili and the country, but they have not pulled back the state of emergency," said Joao Pinto, a shopkeeper in Dili.

"It's very hard for us to do our business at night because our customers always come at night."


Tradução:

Conspiração de Dili: advogada presa

AAP, Reuters
Fevereiro 18, 2008 - 4:06PM

Uma mulher com dupla nacionalidade Timorense-Australiana e que se pensa ter sido advogada do falecido líder amotinado Alfredo Reinado foi presa por causa do ataque na semana passada aos líderes de topo de Timor-Leste.

Angelita Pires, que nasceu em Timor-Leste mas viveu na Austrália, pode enfrentar o tribunal logo esta tarde.

A mulher de 38 anos de idade está ainda a ser interrogada pelas autoridades, que têm alegado que ela passou a noite antes dos ataques da última Segunda-feira com Reinado.

O Presidente José Ramos-Horta foi baleado e ferido com gravidade nos ataques. O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão escapou ileso depois de ter sido emboscado algum tempo depois.

O Procurador-Geral de Timor-Leste Longuinhos Monteiro disse hoje que as autoridades acreditavam que o grupo tinha planeado o rapto dos dois líderes, mas que o plano tinha corrido mal.

"Quando se falha o plano A, tem que se aplicar o plano B," disse Monteiro.

Ele emitiu formalmente mandatos de prisão contra 18 suspeitos, e indicou que há a possibilidade de emitir mais.

Pires foi uma das nove pessoas chamadas à estação de polícia de Dili como testemunha. Foi presa depois dum par de horas de interrogatório na noite passada.

O Sr Monteiro disse que ela esteve com Reinado nas horas antes do ataque.

"Os desenvolvimentos preliminares do caso ... indicaram o envolvimento dela pelo menos como tendo uma ligação muito próxima com Alfredo," disse ele.

"Especialmente na noite de 10 eles estiveram juntos, especialmente de madrugada.

"Decidimos que ela é uma ré nesta questão porque decidimos que ela sabe de alguma coisa."
O Sr Monteiro disse que a mulher será provavelmente acusada com conspiração quando enfrentar o Tribunal do Distrito de Dili mais tarde, hoje ou amanhã.

"Não (pelo) ataque, mas por planear alguma coisa, saber alguma coisa," disse.

"Como cidadão, (se) o seu país foi atacado, como cidadão todos temos as nossas próprias responsabilidades para prevenir ou informar as autoridades."

As autoridades opor-se-ão a fiança, disse ele.

O Sr Monteiro disse que estava satisfeito com os progressos da investigação, que se focará agora em apanhar os perpetradores principais.

A Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos (ISF) está a trabalhar com a polícia e oficiais das forças armadas da ONU e Timorense para apanhar os homens, alguns dos quais, pensam, têm estado escondidos em casas na capital Dili.
Polícia: 200 presos por não terem respeitado o recolher obrigatório

A polícia Timorense deteve mais de 200 pessoas por terem quebrado as leis de emergência impostas depois dos ataques da semana passada.

O comandante de operações da polícia Mateus Fernandes disse que 200 pessoas foram detidas por terem violado o recolher obrigatório, incluindo soldados despedidos.

Encontros e protestos estão proibidos sob as provisões da emergência, e todos os cidadãos têm que ficar em casa entre as 8 pm e 6 am.

"Mais de 200 pessoas foram detidas pela polícia para serem investigadas. Essa gente não seguiu as regas do Estado e andava a caminhar pela cidade à noite," disse o Sr Fernandes.

As pessoas em Dili, que tem estado calma desde os ataques, disseram que estavam descontentes com o recolher obrigatório porque isso afecta os seus negócios.

"Penso que o Governo dramatizou a situação. Está tudo tão calmo em Dili e no país, mas não retiraram o estado de emergência," disse João Pinto, um lojista em Dili.

"É muito difícil fazermos o nosso negócio à noite, porque os nossos clientes vêm sempre à noite."

NOTA DE RODAPÉ:

A versão de Longuinhos é a versão de Xanana Gusmão. Que houve uma tentativa de rapto.

Mas Xanana nunca foi alvo de um ataque como quer fazer acreditar.

Reforço dos efectivos da GNR em Timor obrigaria a uma reorganização na guarda

Público, 18.02.2008
David Andrade

Actualmente existem três companhias do Batalhão Operacional. Seria necessário criar mais uma através de outros meios da Guarda Nacional Republicana

O eventual reforço dos efectivos da GNR actualmente presentes em Timor-Leste obrigaria à criação de mais uma companhia do Batalhão Operacional da Guarda (Bop) através de outros meios da força militar. Neste momento, apenas existem três companhias desta força de elite da GNR, sendo que uma dessas companhias já se encontra em Timor-Leste, outra está de férias após ter terminado a sua missão no mesmo país e a terceira garante a ordem pública a nível interno.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afirmou sexta-feira, à margem de uma conferência sobre o Tratado de Lisboa, que não seria tomada "qualquer decisão precipitada" sobre um possível envio de mais militares da GNR para Timor-Leste, na sequência dos ataques sofridos pelo Presidente timorense, Ramos-Horta, e pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão. Porém, se for requisitado a Portugal, no âmbito da missão das Nações Unidas, o reforço dos meios já existentes em Timor-Leste, será necessário, segundo o coronel Costa Cabral, porta-voz da GNR, criar uma quarta companhia do Bop (formada por três pelotões com cerca de 25 efectivos cada), através de outros meios da força militar.

O Bop é, recorde-se, uma força de elite do Regimento de Infantaria integrado no Sistema de Forças da GNR e, segundo o site oficial da Guarda, "todo o militar que manifeste interesse em integrar o Batalhão Operacional é sujeito a um conjunto de provas de selecção onde são avaliadas componentes físicas, psicológicas e biométricas". Actualmente, 438 homens fazem parte dessa força, após terem sido sujeitos a apertados e exigentes testes. Testes esses que não seria possível realizar num curto espaço de tempo.

No final do mês de Janeiro, Portugal enviou para Timor-Leste 128 militares do quinto contigente do Subagrupamento Bravo da GNR que se foram juntar a outros 12, que já se encontravam no país. Destes elementos, cerca de 75 fazem parte do Bop, a força que actua no terreno, como no caso da operação de socorro a Ramos-Horta. Os restantes efectivos da GNR presentes em Timor-Leste dedicam-se, quase na sua totalidade, a operações de logística e apoio. Com apenas três companhias formadas, o eventual envio de mais uma para Timor-Leste acabaria por avolumar ainda mais os problemas já existentes actualmente devido à falta de efectivos operacionais.

Com o envio, no final de Janeiro, de uma das companhias do Bop para Timor-Leste e a entrada em férias dos elementos que regressaram do mesmo país, apenas uma companhia está operacional a nível interno. Ou seja, até o regresso das férias da companhia que prestou serviço em Timor-Leste, apenas três pelotões garantem a segurança a nível interno - é necessário que fique todos os dias um pelotão de prevenção.

Contactado pelo PÚBLICO, o coronel Costa Cabral começou por afirmar que "ainda não foi pedido qualquer reforço" dos efectivos. No caso de tal vir a acontecer, o porta-voz da GNR garante que tal "é possível", através da formação de uma quarta companhia do Bop. Para a formação dessa nova companhia, Costa Cabral afirmou que poderiam ser recrutados elementos ao Regimento de Infantaria - que de momento se dedica apenas a missões de segurança na Assembleia da República ou no Ministério da Administração Interna (MAI), por exemplo - ou ao Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (tem como missão principal o ataque inicial a incêndios). Outra possibilidade avançada seria o regresso imediato dos efectivos do Batalhão Operacional que já estiveram em missão em Timor-Leste e se encontram neste momento de férias.

Em resposta ao PÚBLICO, o gabinete de imprensa do MAI afirmou, igualmente, que, "se essa for a decisão política , a GNR tem meios para reforçar o contingente em Timor".

A presença de uma companhia do Bop em Timor-Leste e o período de férias da que esteve em missão no mesmo país obrigou a que os efectivos da companhia que actua neste momento em Portugal alterassem o seu período de folgas, de modo a que fosse possível estar sempre um pelotão operacional.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.