segunda-feira, fevereiro 18, 2008

East Timor urges rebels to surrender

Reuters
Mon Feb 18, 2008 4:49am EST
By Tito Belo

DILI (Reuters) - East Timor's interim president urged rebels believed to be involved in an assassination attempt on the country's president to surrender on Monday as one person was arrested in connection with the attack.

Rebel soldiers raided Jose Ramos-Horta's home last Monday, seriously wounding the president during a gunfight.

Police are hunting the rebels in nearby hills and arrest warrants have been issued against 17 people suspected of involvement in the attack.

Prime Minister Xanana Gusmao escaped unhurt in a separate attack.

East Timor's prosecutor-general has issued an arrest warrant for Gastao Salsinha who says he has taken command of rebel soldiers after rebel leader Alfredo Reinado was killed during the attack on Ramos-Horta.

"Salsinha must hand over weapons to face justice," interim president Fernando de Araujo told a news conference at the presidential palace.

"I have ordered the (military and police) forces to continue the process against Salsinha, but they should respect human rights," he said.

"The forces should arrest people directly and indirectly linked to the assassination attempts ... We have given them one month to arrest Salsinha and his men."

As investigations continued, slain rebel leader Reinado's lawyer, a 40-year-old woman with dual East Timorese and Australian citizenship, was arrested in Dili on Sunday in connection with the attack, the prosecutor-general said.

A confidant of Reinado told Reuters the rebel leader might have wanted to kidnap the president and kill the prime minister in a bid to oust foreign troops and force a snap election.

DETENTIONS

Separately, police said more than 200 people had been detained for breaking emergency laws imposed after the assassination attempt last Monday.

"These people did not follow the state regulation and were walking around the city at night," police operations commander Mateus Fernandes told Reuters.

Meetings and protests are banned under the emergency, and all citizens must stay home between 8 p.m. and 6 a.m.

Asia's youngest nation has been unable to achieve stability since hard-won independence. The army tore apart along regional lines in 2006, when about 600 soldiers were sacked, triggering factional violence that killed 37 people and drove 150,000 from their homes.

Foreign troops were sent to restore order in the former Portuguese colony of about one million people, which gained full independence from Indonesia in 2002 after a U.N.-sponsored vote in 1999 that was marred by violence.

Indonesia invaded the former Portuguese colony in 1975 and many thousands of East Timorese died during a brutal occupation.

People in Dili, which has been calm since the attacks, said they were unhappy with the curfew because it affected small businesses.

"I think the government has dramatized the situation. It's so calm in Dili and the country, but they have not pulled back the state of emergency," said Joao Pinto, a shopkeeper in Dili.

"It's very hard for us to do our business at night because our customers always come at night."

(Writing by Sugita Katyal; Editing by David Fogarty)


Tradução:

Timor-Leste pede aos amotinados para se renderem

Reuters
Segunda-feira, Fev 18, 2008 4:49am EST
Por Tito Belo

DILI (Reuters) – O presidente interino de Timor-Leste urgiu na Segunda-feira aos amotinados que se pensa estarem envolvidos no atentado de assassínio do presidente do país para se renderem, quando uma pessoa foi presa em conexão com o ataque.

Soldados amotinados assaltaram a casa de José Ramos-Horta na Segunda-feira passada, ferindo seriamente o presidente durante um tiroteio.

A polícia anda à caça dos amotinados nos montes próximos e foram emitidos mandates de prisão contra 17 pessoas suspeitas de envolvimento no ataque.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão escapou ileso num ataque separado.

O procurador-geral de Timor-Leste emitiu um mandato de captura para Gastão Salsinha que diz ter tomado o comando dos soldados amotinados depois do líder amotinado ter sido morto durante o ataque contra Ramos-Horta.

"Salsinha tem de entregar as armas e enfrentar a justiça," disse o presidente interino Fernando de Araujo numa conferência de imprensa no palácio presidencial.

"Ordenei às forças (militares e policiais) para continuarem o processo contra Salsinha, mas que devem respeitar os direitos humanos," disse.

"As forças devem prender as pessoas directamente e indirectamente ligadas às tentativas de assassínio ... Demos-lhes um mês para prenderem Salsinha e os seus homens."

Enquanto continuam as investigações, a advogada do falecido líder amotinado Reinado, uma mulher de 40 anos com dupla nacionalidade Timorense e Australiana, foi presa em Dili no Domingo em conexão com o ataque, disse o procurador-geral.

Um confidente de Reinado disse à Reuters que o líder amotinado pode ter querido raptar o presidente e matar o primeiro-ministro numa tentativa para expulsar as tropas estrangeiras e forçar eleições antecipadas.

DETENÇÕES

Em separado, a polícia disse que tinham sido detidas mais de 200 pessoas que tinham quebrado as leis de emergência impostas depois da tentativa de assassínio na Segunda-feira passada.

"Essas pessoas não estavam a seguir as regras do Estado e estavam a caminhar à volta da cidade à noite," disse o comandante de operações da polícia Mateus Fernandes à Reuters.

Encontros e protestos estão proibidos sob o estado de emergência, e todos os cidadãos têm que ficar em casa entre as 8 p.m. e as 6 a.m.

A mais jovem nação Asiática tem sido incapaz de alcançar a estabilidade desde a sua dificilmente conquistada independência. As forças armadas quebraram-se em linhas regionais em 2006, quando cerca de 600 soldados foram despedidos, desencadeando violência de facções que matou 37 pessoas e levou 150,000 das suas casas.

Tropas estrangeiras foram enviadas para restaurar a ordem na antiga colónia Portuguesa de cerca de um milhão de pessoas, que ganhou a independência total da Indonésia em 2002 depois dum referendo patrocinado pela ONU em 1999 que foi manchado por violência.

A Indonésia invadiu a antiga colónia Portuguesa em 1975 e muitos milhares de Timorenses morreram durante a ocupação brutal.

As pessoas em Dili, que tem estado calma desde os ataques, disseram que estavam descontentes com o recolher obrigatório porque isso estava a afectar os pequenos comércios.

"Penso que o governo dramatizou a situação. Está tudo tão calmo em Dili e no país, mas não retiraram o estado de emergência," disse João Pinto, um lojista em Dili.

"É muito difícil para fazermos negócio à noite porque os nossos clientes vêem sempre à noite."

(Escrito por Sugita Katyal; Editado por David Fogarty)

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Timor-Leste pede aos amotinados para se renderem
Reuters
Segunda-feira, Fev 18, 2008 4:49am EST
Por Tito Belo

DILI (Reuters) – O presidente interino de Timor-Leste urgiu na Segunda-feira aos amotinados que se pensa estarem envolvidos no atentado de assassínio do presidente do país para se renderem, quando uma pessoa foi presa em conexão com o ataque.

Soldados amotinados assaltaram a casa de José Ramos-Horta na Segunda-feira passada, ferindo seriamente o presidente durante um tiroteio.

A polícia anda à caça dos amotinados nos montes próximos e foram emitidos mandates de prisão contra 17 pessoas suspeitas de envolvimento no ataque.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão escapou ileso num ataque separado.

O procurador-geral de Timor-Leste emitiu um mandato de captura para Gastão Salsinha que diz ter tomado o comando dos soldados amotinados depois do líder amotinado ter sido morto durante o ataque contra Ramos-Horta.

"Salsinha tem de entregar as armas e enfrentar a justiça," disse o presidente interino Fernando de Araujo numa conferência de imprensa no palácio presidencial.

"Ordenei às forças (militares e policiais) para continuarem o processo contra Salsinha, mas que devem respeitar os direitos humanos," disse.

"As forças devem prender as pessoas directamente e indirectamente ligadas às tentativas de assassínio ... Demos-lhes um mês para prenderem Salsinha e os seus homens."

Enquanto continuam as investigações, a advogada do falecido líder amotinado Reinado, uma mulher de 40 anos com dupla nacionalidade Timorense e Australiana, foi presa em Dili no Domingo em conexão com o ataque, disse o procurador-geral.

Um confidente de Reinado disse à Reuters que o líder amotinado pode ter querido raptar o presidente e matar o primeiro-ministro numa tentativa para expulsar as tropas estrangeiras e forçar eleições antecipadas.

DETENÇÕES

Em separado, a polícia disse que tinham sido detidas mais de 200 pessoas que tinham quebrado as leis de emergência impostas depois da tentativa de assassínio na Segunda-feira passada.

"Essas pessoas não estavam a seguir as regras do Estado e estavam a caminhar à volta da cidade à noite," disse o comandante de operações da polícia Mateus Fernandes à Reuters.

Encontros e protestos estão proibidos sob o estado de emergência, e todos os cidadãos têm que ficar em casa entre as 8 p.m. e as 6 a.m.

A mais jovem nação Asiática tem sido incapaz de alcançar a estabilidade desde a sua dificilmente conquistada independência. As forças armadas quebraram-se em linhas regionais em 2006, quando cerca de 600 soldados foram despedidos, desencadeando violência de facções que matou 37 pessoas e levou 150,000 das suas casas.

Tropas estrangeiras foram enviadas para restaurar a ordem na antiga colónia Portuguesa de cerca de um milhão de pessoas, que ganhou a independência total da Indonésia em 2002 depois dum referendo patrocinado pela ONU em 1999 que foi manchado por violência.

A Indonésia invadiu a antiga colónia Portuguesa em 1975 e muitos milhares de Timorenses morreram durante a ocupação brutal.

As pessoas em Dili, que tem estado calma desde os ataques, disseram que estavam descontentes com o recolher obrigatório porque isso estava a afectar os pequenos comércios.

"Penso que o governo dramatizou a situação. Está tudo tão calmo em Dili e no país, mas não retiraram o estado de emergência," disse João Pinto, um lojista em Dili.

"É muito difícil para fazermos negócio à noite porque os nossos clientes vêem sempre à noite."

(Escrito por Sugita Katyal; Editado por David Fogarty)

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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