terça-feira, fevereiro 12, 2008

Perseguição a Reinado foi suspensa por ordem de Ramos-Horta
Austrália rejeita críticas à actuação do seu contingente em Timor-Leste
12.02.2008 - 15h37 PÚBLICO
O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano rejeitou as críticas do comandante das Forças Armadas timorenses sobre a actuação das forças estrangeiras presentes no país, adiantando que as suas tropas deixaram há meses de perseguir o major Alfredo Reinado por indicação dos líderes políticos timorenses.

O general Matan Ruak, chefe do Estado-Maior General das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), pediu uma investigação aos ataques contra o Presidente, Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, acusando as forças australianas de incapacidade para garantir a segurança no território.

O comandante disse não compreender como foi possível aos rebeldes, há meses sob vigilância, aproximar-se da casa de Ramos-Horta e disse esperar que o contingente australiano (que hoje recebeu um reforço de 200 efectivos) não contribua para o agravamento da situação no país, numa alusão às denúncias de cumplicidade com o major Reinado.

Confrontado com as declarações de Matan Ruak, o chefe da diplomacia australiana lembrou que em Junho do ano passado, Ramos-Horta, então ainda primeiro-ministro, mandou cancelar as buscas para dar início a polémicas negociações com o líder rebelde.

Smith – que visitou hoje o hospital de Darwin onde o Presidente timorense se encontra internado – admitiu que tal iniciativa poderá ter sido um erro, mas sublinhou que foi decidida pelas autoridades políticas timorenses, perante quem responde o contingente australiano presente no país. “Isto é certamente algo que certamente será alvo de reflexão por parte do Governo de Timor-Leste, o Governo australiano, das forças de estabilização e da própria ONU”, afirmou, citado pela estação australiana ABC.

Quanto a acções futuras, o ministro dos Negócios Estrangeiros insistiu que cabe às autoridades timorenses decidir como lidar com os rebeldes que sobreviveram ao seu líder. "O mais sensato seria entregarem as armas e renderem-se", afirmou.

Também presente em Darwin, o chefe da diplomacia timorense, Zacarias da Costa, disse estar convicto de que não foi um erro deixar de perseguir Reinado. “O Presidente Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão decidiram que o melhor era encetar o diálogo” com o major. “Não penso que tenha sido um erro, mas o desfecho foi infelizmente muito diferente do que esperávamos”.

Os "BLÁ... BLÁ... BLÁ"s não são só aqui...


PM pede desculpa por "atentado à dignidade" dos aborígenes

Camberra, 12 Fev (Lusa) - O primeiro-ministro australiano, que deve proferir quarta-feira um discurso de desculpas à comunidade aborígene, sublinhará o "atentado à dignidade e a humilhação" de que foram vítimas os primeiros habitantes da Austrália, disseram fontes oficiais.
...

NOTA DE RODAPÉ:

Que tal começar AGORA a ter respeito pelo povo timorense, em vez de um dia vir pedir desculpas...

Pai adoptivo de Reinado à Lusa: "Não havia indícios desta acção"

Díli, 12 Fev (Lusa) - O pai adoptivo do major Alfredo Reinado, que segunda-feira morreu durante o ataque à casa do Presidente da República de Timor-Leste, afirmou hoje à Agência Lusa que "não havia indícios" de que o militar fugitivo preparava o ataque.

Vítor Alves, empresário e actual membro do Conselho de Estado de Timor-Leste, falou com o seu filho adoptivo "um dia antes de ele ter este desastre" e "horas antes" do ataque a José Ramos Horta, em Díli.

"O Alfredo estava calmo. Não havia indícios de que esta acção ia existir", afirmou Vítor Alves à Lusa na sua residência no bairro Marconi, perto da Avenida de Portugal, em Díli.

No entanto, Alfredo Reinado explicou ao seu pai adoptivo que "a situação prolongou-se por muito tempo e tem que ser resolvida de uma vez para sempre", contou Vítor Alves à Lusa.

Vítor Alves descrevia as suas últimas trocas de palavras com Alfredo Reinado enquanto em seu redor decorriam os preparativos para o velório e o funeral do ex-comandante da Polícia Militar.

"É mais um silêncio que se apaga", declarou Vítor Alves sobre o seu sentimento, um dia após o seu filho adoptivo ter morrido no ataque contra o Presidente da República.

Vítor Alves, que era tio de Alfredo Reinado, cuidou da criança desde os três anos de idade, ao ponto de ser chamado de "tio-pai" do futuro militar timorense.

O empresário deixou de poder acompanhar o crescimento de Alfredo Reinado após a invasão de Timor-Leste, em 1975, que abriu caminho para uma adolescência conturbada do sobrinho de Vítor Alves na Indonésia, durante quase 10 anos.

"Sempre existe um sentimento. Ninguém queria que uma parte desta família caia nesta desgraça", explicou Vítor Alves sobre a reacção da família.

O empresário timorense afirma ter recebido "ameaças anónimas" e "rapazes que passam de motorizada" nos últimos dois dias, o que o levou a desistir de participar da reunião do Conselho de Estado, na tarde de segunda-feira.

"Disse-lhes que desisti de ir por causa das ameaças que estou a receber e que só podia ir à próxima reunião se me dessem protecção", explicou.

Vítor Alves faz parte do Conselho de Estado nomeado pelo Presidente José Ramos Horta em 2007.

Sobre a forma como Alfredo Reinado morreu, Vítor Alves não quer pronunciar-se, dizendo apenas que "tinha que acontecer desta forma".

"Queira Deus que, com a queda do meu sobrinho, ou do meu filho, como dizem, que a situação nacional de Timor melhore", declarou à Lusa.

"Que a situação (de instabilidade) acabe de uma vez para sempre e que dê paz e sossego a todo o povo", acrescentou Vítor Alves.

O pai adoptivo de Alfredo Reinado afirmou também que não restam dúvidas sobre a morte do militar, uma vez que "houve informações confirmativas".

"Está lá o rapaz, já morreu, acabou. Que não criem mais confusão, que não façam mais asneira, que não caiam mais em desgraça, que dêem paz e sossego para fazer um funeral ao rapaz", afirmou o empresário timorense.

"Não sei se foi asneira, se foi bem, se ele fez mal. Não sei como correu", disse ainda Vítor Alves, um ex-páraquedista do Exército Português, sobre a forma como aconteceu o ataque de Alfredo Reinado à residência de José Ramos Horta.

"O que sei é que durante este tempo todo eles estiveram em contactos de diálogo", continuou.

"Deu-se isto, o homem está morto. Se fez asneira, está morto e vai ser enterrado com todas as asneiras que ele fez. Se estava a fazer uma acção de bem, também vai ser enterrado com todas as acções de bem", acrescentou o pai adoptivo do major Alfredo Reinado.

"Que fiquem calmos. Acabou", concluiu Vítor Alves.

PRM
Lusa/Fim

Grupo de Alfredo Reinado não conhecia plano de ataque - Leandro Isaac

Lisboa, 12 Fev - O antigo deputado timorense Leandro Isaac disse hoje à Lusa que os elementos que acompanharam Alfredo Reinado no ataque contra o presidente timorense supunham que o major rebelde ia encontrar-se com José Ramos-Horta.

A informação que Leandro Isaac dispõe resulta de uma conversa que teve com um elemento da componente naval das forças timorenses, que identificou apenas pelo apelido Lay e que acompanhou o major Alfredo Reinado, fugindo após o ataque.

Leandro Isaac, que esteve com o major rebelde nas montanhas quando este desertou com armas em 2006, contou que Lay lhe disse que quando partiram de Ermera em direcção a Díli, o grupo foi informado por Alfredo Reinado que pretendia um encontro com o Presidente da República.

À entrada da casa de Ramos-Horta, os acompanhantes do major ficaram "surpreendidos" quando viram que Alfredo Reinado saltou da viatura onde seguia e desarmou os seguranças que se encontravam no local, contou Leandro Isaac.

Com base no relato de Lay, o antigo deputado adiantou que depois de ter desarmado a segurança, Alfredo Reinado dirigiu-se com outro homem para a casa do Presidente da República, onde foram abatidos.

Posteriormente, prosseguiu Leandro Isaac, os homens de Reinado tentaram fugir nos dois veículos e foi já durante a fuga que dispararam contra Ramos-Horta.

"Ele (Lay) fugiu com os outros. Fugiram para as montanhas. Pegaram-se entre eles, se calhar por causa do ataque, e dispersaram em pequenos grupos", contou Leandro Isaac, adiantando que Lay nunca mais soube nada dos outros.

Na opinião de Leandro Isaac, o "assalto à casa do Presidente da República" e a "emboscada" ao primeiro-ministro, Xanana Gusmão, foram uma "retaliação" a um "assalto" das tropas australianas, há cinco dias, ao acampamento de Alfredo Reinado quando este estava reunido com alguns elementos do Parlamento Nacional.

"As tropas apontaram as armas em direcção aos deputados, de ameaça. Os deputados identificaram-se, mas os soldados não queriam saber. Nessa altura, os homens de Alfredo fizeram alguns tiros, seis tiros, segundo as notícias, e depois os soldados foram embora e voltou tudo à normalidade", contou Leandro Isaac.

De acordo com o antigo deputado, Alfredo Reinado julgou que as forças australianas foram mandadas ao seu acampamento pelo Governo e pelo Presidente da República.

"Mas isto não é verdade, não é verdade. Porque estava estipulado que no dia 15 deste mês ia haver um encontro alargado entre Alfredo e o Estado", contou Leandro Isaac.

Também na opinião de Leandro Isaac, haveria um plano de Reinado para matar o primeiro-ministro e deter Ramos-Horta para servir de refém.

Leando Isaac lamentou que as polícias internacionais não tenham vigiado o major rebelde em Ermera depois do assalto das tropas australianas, que na sua opinião foi um gesto de "pura provocação para que Alfredo Reinado reagisse".

Em "nenhum país, mesmo do terceiro mundo" Alfredo Reinado devia ter sido deixado sem vigilância, acrescentou.

SB
Lusa/fim

BLÁ... BLÁ... BLÁ - 4

China condena duplo atentado a presidente e primeiro-ministro

Pequim, 12 Fev (Lusa) - A China condenou o duplo atentado contra o presidente e o primeiro-ministro de Timor-Leste e manifestou o desejo de que José Ramos-Horta possa "restabelecer-se rapidamente", noticiou hoje a imprensa chinesa.

"A China, vizinha e amiga de Timor-Leste, espera que o país mantenha a estabilidade social e que o seu povo possa viver em paz", referiu um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citado pela imprensa local.

...

JSD.
Lusa/Fim

NOTA DE RODAPÉ:

Que tal a China, vizinha e amiga de Timor-Leste, começar por sugerir em sede própria, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que as forças de segurança australianas e neo-zelandesas, estejam sob o capacete da UN?

Não é que a UN seja mais competente, mas pelo menos não se duplicavam duas estruturas incompetentes e os danos que isso tem provocado a Timor-Leste.

Ou será que amigos, amigos, negócios à parte?...

BLÁ... BLÁ... BLÁ - 3

Austrália recebeu pedido para militares e polícia


Díli, 12 Fev (Lusa) - O Estado timorense solicitou à Austrália um reforço do seu contingente em Timor-Leste pedindo militares e polícias, segundo a carta oficial enviada ao Governo de Camberra, a cujo conteúdo a Agência Lusa teve acesso.

A carta de "pedido de assistência" à Austrália foi assinada a 11 de Fevereiro pelos representantes dos três órgãos de soberania: Vicente Guterres, chefe de Estado interino, Maria Paixão pelo Parlamento Nacional e Xanana Gusmão como chefe do Governo.

No documento, Timor-Leste pede meios de "assistência na segurança", nomeadamente militares das Forças de Defesa Australianas (ADF).

A carta inclui também um pedido de "uma contribuição separada de polícia", com elementos da Polícia Federal Australiana (AFP).

Durante a tarde, chegaram hoje a Díli cerca de 200 militares das ADF, de uma Companhia de Caçadores, e 30 elementos da AFP.

PRM.
Lusa/fim

NOTA DE RODAPÉ:

Desculpe... Fizeram-se de convidados, no mínimo. Que feio:

Darwin, Austrália, 12 Fev (Lusa) - O governo australiano ofereceu o reforço do seu contingente militar e policial em Timor-Leste, que foi aceite pelas autoridades de Díli e posteriormente alvo de um pedido formal, disse hoje à Lusa o chefe da diplomacia timorense.

"Para ser mais preciso, foi Camberra que ofereceu. Não fomos nós que pedimos. A Austrália voluntarizou-se para apoiar imediatamente na sequência dos incidentes. Agradecemos muito esse apoio", disse Zacarias da Costa, contactado telefonicamente pela Lusa em Darwin, no Norte da Austrália.

"Disseram-nos que estavam prontos e depois concordámos apenas com a vinda. Falámos primeiro de reforço militar, para ajudar a conter a situação mas também para apanhar fugitivos, e depois a polícia foi uma oferta deles", sublinhou.

Timor-Leste: Navio australiano ao largo de Díli

Díli, 12 Fev (Lusa) - O navio de guerra australiano "HMAS Perth" está desde o amanhecer de hoje (hora local) ao largo de Díli, Timor-Leste.

O navio "encontrava-se na área e foi desviado para aqui na sequência da situação" do duplo ataque contra o Presidente da República e o primeiro-ministro timorenses, afirmou um dos porta-vozes das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) à Agência Lusa.

A tripulação normal do "HMAS Perth" é de cerca de 150 homens, disse a mesma fonte.

O navio não transporta os 120 militares e 70 polícias australianos enviados para reforçar o contingente das ISF, que chegarão de avião "a meio ou ao final da tarde" (início da manhã em Lisboa) ao aeroporto internacional de Díli, segundo o porta-voz australiano.

Depois do duplo ataque de segunda-feira contra José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, o Estado timorense solicitou o reforço de tropas das ISF, pedindo especificamente militares das Forças de Defesa Australianas (ADF), segundo uma fonte do Governo de Díli ouvida pela Lusa.

Em Sydney, o ministro da Defesa australiano, Joel Fitzgibbon, declarou à rádio pública ABC que o "HMAS Perth" ficará no porto de Díli como "mensagem clara" para quem possa querer destabilizar a situação no terreno.

"A situação está calma, mas a experiência histórica demonstra que os efeitos de casos como este em Timor-Leste se sentem um pouco mais tarde", disse o ministro australiano.

As ISF integram actualmente 780 efectivos da Austrália e 170 da Nova Zelândia, num total de 950 militares.

PRM/ASP.
Lusa/Fim

NOTA DE RODAPÉ:

"Encontrava-se na área"... A fazer um picnic, por acaso, né?

Representante Especial da ONU "impressionado" com eficiência das autoridades

Lisboa, 12 Fev (Lusa) - O chefe da missão da ONU em Timor-Leste afirmou hoje estar "impressionado" com a eficiência das autoridades timorenses na reacção à crise desencadeada pelos atentados contra o presidente e o primeiro-ministro do país.

Em declaração hoje divulgada, Atul Khare, o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirma-se "profundamente perturbado" pelos acontecimentos de segunda-feira, mas também "muito impressionado pela maneira calma como o país reagiu".

"O governo reagiu de maneira muito competente, tomando medidas apropriadas para lidar com a tragédia e coordenar as várias instituições de segurança do país, tranquilizando ao mesmo tempo a população", afirma Atul Khare.

Quando se deram os atentados, Khare encontrava-se em Nova Iorque para participar nas discussões do Conselho de Segurança sobre a extensão do mandato da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), tendo antecipado o seu regresso a Díli.

Também o Parlamento Nacional e a oposição merecem elogios a Khare, pelo "papel construtivo" e apoio ao governo na gestão da crise.

"Congratulo-me por as instituições do Estado terem continuado a desempenhar o seu papel, e que os líderes se tenham mantido fiéis à Constituição neste tempo de crise", sublinha no comunicado.

Atul Khare afirma ter recebido garantias de que os acontecimentos de segunda-feira serão investigados, de modo a "revelar os factos" em torno dos ataques a Xanana Gusmão, que escapou ileso, e a José Ramos-Horta, gravemente ferido.

No comunicado, Atul Khare deseja ainda uma "recuperação rápida e completa" ao chefe de Estado timorense, que se encontra internado em Darwin, Austrália.

"Ele tem um papel fundamental em levar o seu país rumo ao desenvolvimento e em estimular uma cultura de governação democrática. Estamos todos ansiosos por vê-lo de regresso rapidamente . Pessoalmente, espero retomar em breve as minhas reuniões semanais com ele, após uma recuperação plena", acrescenta Atul Khare.

PDF
Lusa/Fim

NOTA DE RODAPÉ:

E não ficou impressionado com a INCOMPETÊNCIA das suas próprias forças de segurança, UNPOL, e das australianas?!

Reforço do contingente australiano foi sugerido por Camberra - MNE timorense

Darwin, Austrália, 12 Fev (Lusa) - O governo australiano ofereceu o reforço do seu contingente militar e policial em Timor-Leste, que foi aceite pelas autoridades de Díli e posteriormente alvo de um pedido formal, disse hoje à Lusa o chefe da diplomacia timorense.

"Para ser mais preciso, foi Camberra que ofereceu. Não fomos nós que pedimos. A Austrália voluntarizou-se para apoiar imediatamente na sequência dos incidentes. Agradecemos muito esse apoio", disse Zacarias da Costa, contactado telefonicamente pela Lusa em Darwin, no Norte da Austrália.

"Disseram-nos que estavam prontos e depois concordámos apenas com a vinda. Falámos primeiro de reforço militar, para ajudar a conter a situação mas também para apanhar fugitivos, e depois a polícia foi uma oferta deles", sublinhou.

O chefe da diplomacia timorense disse que Camberra informou oportunamente as Nações Unidas e os governos de Portugal e Nova Zelândia sobre o seu apoio.

O reforço do contingente australiano em Timor-Leste foi decidido na sequência das tentativas para assassinar o presidente timorense, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

O apoio australiano foi um dos temas centrais da conversa que Zacarias da Costa manteve hoje em Darwin, onde José Ramos-Horta está hospitalizado, com o seu homólogo australiano, Stephen Smith.

Zacarias da Costa disse que se tratou de uma "conversa muito amigável" para analisar fundamentalmente o envio de 120 militares e 70 polícias para Timor-Leste, apoiados por uma fragata.

No encontro com Smith, foram ainda analisados outros temas relacionados com a resposta aos ataques de segunda-feira e a investigação necessária.

"Discutimos possíveis apoios por parte da investigação, sobretudo na área forense. E discutimos o apoio australiano aqui em Darwin para a situação do presidente", frisou.

"Estamos também a discutir coisas concretas sobre regras de actuação sobre as quais preferia não falar", acrescentou.

Questionado pela Lusa sobre as críticas do responsável pelas Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), brigadeiro-general Taur Matan Ruak, à actuação das forças internacionais, Zacarias da Costa confirmou a vontade de avançar com uma comissão de inquérito.

"Sim, confirmo que o governo apoia esse inquérito. Estamos a falar já numa comissão de inquérito internacional. As modalidades, composição e termos de referência ainda não foram definidos", explicou.

"Acho que temos que reavaliar a coordenação, reavaliar o objectivo, questionar tudo e ver o que falhou. O objectivo é melhorar", sublinhou.

O governante timorense disse ainda que os homens responsáveis pelos ataques de segunda-feira em Díli estão já a ser perseguidos por efectivos timorenses e internacionais das forças de defesa e da polícia.

ASP.
Lusa/Fim

NOTA DE RODAPÉ:

Estavam prontos?... Pudera. Estão prontos desde 2006, ou antes.
E quanto à "oferta" da força policial, é integrada nas Nações Unidas?

Qual a legitimidade?.......... Zero.

Ou será que estão aqui para garantir que Gastão Salsinha não seja capturado vivo?...

"Foram momentos de pânico e confusão" - mulher Xanana descreve ataque a sua casa

Sydney, Austrália, 12 Fev (Lusa) - A mulher do primeiro-ministro timorense, Kirsty Sword Gusmão, descreveu hoje os momentos de "pânico e confusão" que marcaram o ataque de homens armados à sua casa, na manhã de segunda-feira.

"A casa foi cercada por homens armados. Houve muito pânico e confusão", recordou, numa entrevista à cadeia de televisão australiana ABC.

"Vesti as crianças rapidamente e disse-lhes para ficarem debaixo da cama. Não sabíamos ao certo quantos estavam a atacar e nós só tínhamos um pequeno contingente de seguranças connosco", afirmou.

Na entrevista, Kirsty Sword disse que a casa foi atacada depois do ataque à residência do presidente José Ramos-Horta e pouco tempo antes da emboscada à coluna em que seguia o seu marido, Xanana Gusmão.

"Tentei telefonar para o Xanana nessa altura. Falei com o condutor no momento exacto em que estavam a ser emboscados e por isso não consegui fazer passar bem a mensagem de que estávamos em perigo", afirmou.

Kirsty Sword Gusmão acabou por ser retirada da casa por efectivos da GNR que a transportaram posteriormente para o Palácio do Governo em Díli.

Nem Xanana Gusmão nem nenhum membro da sua família ficaram feridos nos ataques.

NOTA DE RODAPÉ:

Mentira. Kirsty Sword Gusmão estava "estranhamente calma demais". Fontes próximas.


ASP.
Lusa/Fim

Lembramos que:

O Police Commissioner das Nações Unidas e o Brigadeiro Australiano já tinham sido indiciados em processo crime por desobediência ao Tribunal de Díli, exactamente por não cumprirem as decisões de captura de Alfredo Reinado, sendo um dos argumentos do Tribunal o perigo que este representava para o Estado timorense.

BLÁ... BLÁ... BLÁ - 2

Rádio Renascença
Responsável por segurança de Xanana admite falhas

O Tenente-Coronel Pedro Ochoa, assessor para a segurança do Primeiro-ministro timorense, admite ter havido “brechas” na segurança durante o duplo atentados contra Xanana Gusmão e Ramos Horta.

Na sua primeira declaração pública sobre os acontecimentos de ontem, Pedro Ochoa é reservado, mas diz que se alguém se conseguiu aproximar foi porque algo falhou.

“Havendo atentados e tendo havido a hipótese de quem atentou contra a vida de dois dos principais titulares dos órgãos de soberania de Timor ter conseguido aproximar-se, naturalmente que há falhas de segurança”, afirma, sublinhando porém “que o atentado contra o Primeiro-ministro [Xanana Gusmão] foi infrutífero, ou seja, a segurança pessoal soube reagir perante fogo e a responder de modo a que o Primeiro-ministro saísse ileso”.

Sobre os alertas do Comandante das Forças de Defesa de Timor, Taur Matan Ruak, sobre a preparação de ataques contra o Presidente e o Primeiro-ministro, o assessor de Xanana é comedido nas palavras.

“Eu sei que ele tem alertado contra a possibilidade de problemas, o que quer dizer que obviamente deveria ter havido mais cuidado de todas as partes”, admite, nada mais adiantando, porque “críticas ao modo como a segurança está a ser feita” são para fazer “em sede própria”.

D. Basílio dos Nascimento, Bispo de Baucau, revela que os rumores sobre a eventualidade de ataques ao Primeiro-ministro e ao Presidente da República começaram em Novembro, mas lembra que Timor-Leste é o país dos boatos.

“Desde Novembro que se tem vindo a dizer que entre Janeiro e Fevereiro alguma coisa se ia passar em Timor e, se calhar, como estamos num país de boatos, as pessoas basearam-se um bocado nisso. Em Timor os boatos são muito férteis. Se calhar, o facto de as pessoas ouvirem tantas vezes acabam por não ligar”, afirma à Renascença.

A entrevista de D. Basílio pode ser ouvida na Renascença depois do meio-dia, estando sempre disponível na rubrica "Destaque do Meio-Dia", aqui, no seu site de informação.

MG

Conferencia de Imprensa do Brigadeiro General Taur Matan Ruak

Conferência de Imprensa do Chefe de Estado Maior General das Forcas Armadas, Brigadeiro General Taur Matan Ruak às 15 horas do dia 12 de Fevereiro de 2008

Sobre os graves incidentes ocorridos em Dili no dia 11 de Fevereiro de 2008

Considero de extrema importância realçar os seguintes 5 pontos:

1. As F-FDTL são unicamente responsáveis pela segurança do perímetro da residência do Sr. Presidente da República

2. As Forças responsáveis pela segurança pessoal do Sr. Presidente da República são a UNPOL e a PNTL

3. Face ao elevado número de Forças Internacionais presentes em Timor-Leste, e em particular na área da capital, como foi possível que viaturas transportando elementos armados tenham circulado e executado uma aproximação às residências dos Srs. Presidente da República e Primeiro-ministro, sem terem sido detectados?

4. A incapacidade demonstrada pelas Forças Internacionais, primeiras responsáveis pela segurança em Timor-Leste, em prever, reagir e anular este tipo de acontecimentos, lembra-se que apesar de possível e ser altamente recomendável, nenhuma perseguição imediata foi encetada para deter os autores dos ataques.

5. A necessidade de ser conduzida uma completa investigação internacional para o apuramento de todos os factos trágicos ocorridos que chocaram o pais e que visaram os pilares do nosso estado democrático. Imperioso se torna igualmente a dedução das respectivas responsabilidades inerentes.

Quartel-general em Taci Tolu, 12 de Fevereiro de 2008
O Chefe de Estado Maior General das Forcas Armadas, Brigadeiro General Taur Matan Ruak

Foreign forces blamed for allowing East Timor coup bid

Article from: The Adviser
CINDY WOCKNER, DILI, EAST TIMOR
February 13, 2008 12:25am

THE head of East Timor's defence forces has launched an extraordinary attack on international forces in Dili, questioning how they allowed gunmen to attack the country's democratic leaders.
Accusing the forces, which were yesterday bolstered by an extra 340 Australian military and police officers, of a "lack of capacity", Brigadier General Taur Matan Ruak said he was shocked and surprised at the attempted assassinations.

Flanked by five of his senior officers, the brigadier was scathing of international forces and called for a thorough international investigation into the events of Monday morning, when President Jose Ramos Horta was shot and wounded and Prime Minister Xanana Gusmao was also fired on.

In Australia, Prime Minister Kevin Rudd expressed his "great and profound shock" at the assassination attempts.

"I'm sure I speak for all honourable members, and for the Parliament, when we pass on behalf of this Parliament and this country our sense of shock and solidarity for our friends in Dili after this appalling attack on their democracy," he told Parliament. "(We) affirm to the Parliament and on behalf of the Government our resolve to stand by the democratically elected government of East Timor at this time of great duress and challenge."

Mr Gusmao's wife, Kirsty Sword Gusmao, last night told ABC TV that during the time between when Dr Ramos-Horta was shot and her husband's convoy was ambushed, armed men had surrounded their home.

"I got the children dressed as quickly as I could and had them lie under the bed," she said.
"I attempted to call Xanana at that point and got through to his driver but it was right at the time his vehicle was being ambushed so I was hardly able to get the message through that we were in peril," she said. Neither Mr Gusmao nor his family were hurt.

Brig Gen Ruak said that since 2006, in the presence of UN troops, there had been two major incidents and no one had a shred of intelligence on them.

"This is something that surprise me. I am also from a guerilla fighter (background). I am a non-professional but I see a lot of professionals here and even they never detected it is something that surprise me and also shock."

Asked if the 1600-strong force should leave, he said: "I don't tell them to leave. What they need to do is encourage themselves to set up the team and investigate. They are responsible and the team is responsible." Shortly after Brig Gen Ruak's comments yesterday, a charter flight arrived in Dili carrying Australian Federal Police officers. Another 120 soldiers were also due to arrive late yesterday as part of 340 extra Australian personnel sent to Dili in the wake of the latest violence.

Brig Gen Ruak demanded an investigation into the responsibilities of the forces in East Timor.

"There has been a lack of capacity shown by the international forces, who have primary responsibility for the security within Timor-Leste, to foresee, react and prevent these events," he said.

Even though it may have been possible, and highly recommended, there was no immediate operation undertaken to detain the personnel responsible for the attacks," he said.

Describing the problems as a "cancer in our body", Brig Gen Ruak said he had no problem with the number of troops now in Dili.

Asked if he was absolving the East Timorese military of all responsibility in what happened, he said: "I don't say that." But he told a packed press conference that five points needed to be highlighted.

The Timorese military, the F-FDTL, was responsible only for security within the perimeter of President Jose Ramos Horta's residence. He said the UNPOL and the PNTL (the East Timor police force) were the groups responsible for the President's personal security.

"Given the high number of international forces present in Timor-Leste, in particular within the capital, how is it possible that vehicles transporting armed people have entered the city and executed an approach to the residences of the President of The Republic and the Prime Minister without having been detected?" he asked.

He called for an immediate investigation.

"It is imperative that the respective inherent responsibilities of all security forces within Timor-Leste be determined."

During Monday's attack, rebel military officer Alfredo Reinardo was shot dead, as was another rebel.

One injured soldier was also still in hospital.

Brig. Ruak said 11 or 12 rebel gunmen were involved in the two attacks.

Brig Ruak said there was no point dwelling on the question of whether Alfredo Reinardo should have been arrested earlier.

"He is dead already and I hope the God will save him," he said, adding that regards were with his family.

His body remains in the morgue in Dili's hospital.

Falintil criaram comissão para perceber o que falhou

Inquérito ao ataque contra Ramos-Horta
JN

As Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) criaram uma comissão de inquérito ao ataque contra o presidente timorense, José Ramos-Horta.

O anúncio foi feito pelo chefe do Estado-Maior, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, numa conferência de imprensa no quartel-general das F-FDTL em Tacitolo, arredores de Díli.

A comissão será constituída por cinco membros - três das F-FDTL mais dois representantes do governo – e apresentará as suas conclusões no prazo de duas semanas, adiantou Taur Matan Ruak.

Ontem, em dois ataques separados, homens armados tentaram assassinar o presidente timorense, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

José Ramos-Horta foi ferido a tiro e encontra-se hospitalizado em Darwin, Norte da Austrália, e Xanana Gusmão escapou ileso.

Reina a confusão sobre duplo ataque de ontem em Timor

Euronews
12/02 07:40 CET

Vítima de um ataque organizado, ontem, em Dili, o presidente timorense vai ser submetido nas próximas horas a uma terceira intervenção cirúrgica no hospital de Darwin, na Austrália. José Ramos Horta, que fora alvejado na mão, no abdómen e nas costas, encontra-se fora de perigo, tendo sido colocado em coma induzido.

O ataque de ontem ao palácio presidencial, cujas circunstâncias permanecem confusas, foi condenado por Washington.

O Conselho de Segurança da ONU, exigiu por seu lado que, os atacantes sejam julgados pelo que considerou serem "actos de ódio".

À frente do grupo armado que ontem tentou neutralizar o presidente, encontrar-se-ia o major dissidente Alfredo Reinado, morto, no entanto, quase uma hora antes do ataque.

O primeiro-ministro Xanana Gusmão escapou ileso a um segundo ataque, hora e meia depois, sem uma escolta reforçada.

As autoridades declararam o estado de emergência, após as acções que governo e oposição consideram terem-se tratado de uma "tentativa de golpe de estado".

O presidente do parlamento, Lasama de Araújo, deverá substituir provisoriamente Ramos Horta.

Portugueses em Díli seguem vida normal

Rádio Renascença
12-02-2008 11:30

Apesar da indicação da embaixada portuguesa na capital timorense para que os portugueses não saiam das zonas comerciais, os cidadãos nacionais a viver em Díli prosseguem a sua vida normal.
Uma professora de língua portuguesa que está na capital do país explicou à Renascença que o dia de hoje, que está a chegar ao fim naquele lado do globo, decorreu “normalmente”, apesar de, na sua turma de 21 alunos, a maioria dos formandos ter optado por não ir às aulas.

“Está tudo aberto, as lojas estão abertas, o trânsito está a circular com normalidade e penso que amanhã já virá tudo ao normal”, relata.

Na manhã de segunda-feira (noite de domingo em Lisboa), o Presidente timorense, José Ramos Horta, foi ferido num atentado. Neste momento, continua em estado grave num hospital australiano, onde deverá ser submetido à terceira intervenção cirúrgica.

TA

BLÁ... BLÁ... BLÁ - 1


Statement by the Special Representative of the Secretary-General
Atul Khare,
on the shooting incident in Dili on the 11th of February, 2008



I have just returned from New York where I was preparing to participate in the Security Council discussions on UNMIT’s mandate renewal. I left New York within hours of hearing the terrible news that President José Ramos-Horta had been injured in a shooting incident early yesterday morning and that Prime Minister Gusmao had also been attacked.

My thoughts and prayers are with Dr Ramos-Horta, and his family, and I wish him a fast and full recovery. He plays a crucial role in leading this country on its path to development, and in enhancing its culture of democratic governance. We are all anxious to see him back soon, exercising his functions as President of the Republic. I personally look forward to resuming my weekly meetings with him once he has made a full recovery.

I am deeply disturbed by yesterday’s violence, and have been assured that investigations, which will reveal the facts about yesterday’s incident, are underway. But I am also very impressed by the calm manner in which the country has reacted to these events. The government has reacted in a highly competent manner, taking appropriate measures to deal with the tragedy and coordinate the various security institutions of the country, while reassuring the population. Both the Parliament and the opposition have played exemplary and constructive roles during this critical period, offering their support to the government. I am also pleased that State institutions have continued to perform their functions, and that leaders have adhered to the Constitution in this time of crisis.

It is a positive sign and a point that I will be conveying to Dr Ramos-Horta at the earliest available opportunity.

For further information please call UNMIT Spokesperson Allison Cooper on +670 7230453

Afinal quem tinha razão????

De um leitor:

Se a ONU e as ISF tivessem cumprido o seu papel, ou seja a mandato das Nacões Unidas e o acordo celebrado com Timor-Leste, garantir e promover a segurança e a estabilidade do pais, nada disto teria acontecido.

Se tivessem respeitado os Tribunais e as suas decisões nada disto teria acontecido.

Sem poder judicial forte, independente e respeitado não há Estado Direito.

Desde há muito, sobretudo desde Outubro passado que, quer as ISF e a UNPOL foram alertadas pelo Tribunal, conforme se vê dos diversos despachos proferidos no processo, para o perigo da situação mas nada fizeram.

Acho que deveriam ser pedidas responsabilidades às ISF e à ONU.

Forças armadas criam comissão de inquérito

TSF

As forças armadas timorenses criaram uma comissão para apurar as responsabilidades no ataque feito contra o presidente Ramos-Horta. Segundo o brigadeiro-general Taur Matan Ruak, a comissão tem de apresentar conclusões em duas semanas.

( 11:36 / 12 de Fevereiro 08 )

As forças armadas timorenses criaram uma comissão de inquérito ao ataque contra o presidente timorense Ramos-Horta, uma comissão que terá cinco membros, três das próprias forças armadas e outros dois representando o governo.

O anúncio foi feito pelo chefe do Estado-maior das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), brigadeiro-general Taur Matan Ruak, que adiantou que esta comissão terá se apresentar as suas conclusões no prazo de duas semanas.

Entretanto, o presidente do Observatório português de Segurança considerou que a responsabilidade pelos ataques a Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão tem de ser repartida entre as forças da ONU e as guardas pessoais destes dois governantes timorenses.

Ouvido pela TSF, Garcia Leandro lamentou o excessivo à-vontade no «comportamento individual» quer de Ramos-Horta, quer de Xanana Gusmão.

«Eles próprios são assim. Deslocavam-se à vontade de um lado para o outro. Julgo que, no seu íntimo, nunca admitiram que esta hipótese pudesse acontecer», explicou.

Declarações do General Taur Matan Ruak, reproduzidas na Radio Renascenca

(17 segundos)

http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=23&SubSubAreaId=54&ContentId=236338

Transcrição:

"A comunidade internacional, as Nações Unidas, foram surpreendidas em 2006 pela crise.

Eles nao sabiam que ia haver uma crise e foram surpreendidos. Hoje, voltaram a ser surpreendidos. É chocante, e isso eu nao entendo."

COMUNICADO DE SUA EXCELÊNCIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA INTERINO, DR. VICENTE DA SILVA GUTERRRES

(11.02.2008)

Tendo o Chefe do Estado, Sua Excelência, o Dr. Ramos Horta, sofrido esta manhã um grave atentado contra a sua vida, encontrando-se, por isso, temporariamente impedido de exercer ao seu mandado, e estando Sua Excelência o Presidente do Parlamento Fernando Lasama de Araújo fora do Pais, assumi, até ao seu regresso - de acordo com o previsto na Constituição da República Democrática de Timor-Leste - as funções de Presidente da República interino.

Considerando a gravidade da situação com que o País se depara, havendo o risco de grave perturbação ou ameaça de perturbação séria da ordem constitucional democrática, solicitei ao Parlamento Nacional, sob proposta do Governo e ouvidos o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança, autorização para declarar o estado de sítio, em todo o território nacional, pelo período de quarenta e oito horas, com início às 22 horas de hoje, dia 11 e cessação às 22 horas do dia 13 de Fevereiro próximo.

Ficam, assim, suspensos os direitos de livre circulação, com recolher obrigatório entre as 20 e as 6 horas, e o direito de reunião e manifestação. Trata-se de uma situação de excepção, e tem-se em vista, acima de tudo, restabelecer a normalidade, assegurando a segurança das pessoas e dos bens.

Neste momento difícil, apelo à serenidade e à unidade nacional, e peço ao Povo, e especialmente aos jovens, que mantenham a tranquilidade e colaborem com as autoridades, para juntos superarmos mais um obstáculo na história da nossa jovem democracia.

O Governo, o Parlamento, os Partidos Políticos, estão totalmente dedicados à reposição do regular funcionamento das instituições democráticas.

Como noutros momentos da nossa História, estou certo e confiante que, com a união e o empenho de todos, Timor-Leste retomará a plena normalidade.

Manifesto votos de solidariedade com a família do Presidente Ramos Horta a quem desejo rápida recuperação e regresso às suas funções.

Matan Ruak quer que forças australianas contribuam para solução

TSF

O comandante das forças armadas timorenses espera que as forças australianas adicionais que chegaram a Timor-Leste possam contribuir para a solução dos problemas no território. Estas declarações de Taur Matan Ruak surgiram antes da chegada de mais 120 militares e 70 polícias australianos.

( 08:38 / 12 de Fevereiro 08 )

O comandante das forças armadas timorenses deseja que as tropas australianas adicionais que chegaram, esta terça-feira, ao território contribuam para a solução e não para o agravamento dos problemas em Timor-Leste.

Em conferência de imprensa, no quartel-general das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), em Tacitolo, Taur Matan Ruak expressou o desejo de que estas unidades «não sejam um cancro ou uma úlcera».

O Chefe do Estado-maior General das F-FDTL pediu ainda uma «completa investigação internacional para os apuramento de todos os factos trágicos» ligados aos atentados contra o presidente Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão.

«Imperioso se torna igualmente a dedução das respectivas responsabilidades inerentes», acrescentou o brigadeiro-general timorense, que frisou a «disponibilidade completa» da força que dirige para o total esclarecimento destes acontecimentos.

Taur Matan Ruak recordou que as F-FDTL «são unicamente responsáveis pela segurança do perímetro da residência do Presidente da República».

«As forças responsáveis pela segurança pessoal do Presidente da República são a UNPol (Polícia da ONU) e a PNTL (Polícia Nacional de Timor-Leste)», concluiu o responsável máximo das F-FDTL.

Estas declarações foram feitas pouco antes da chegada de 120 militares e 70 polícias australianos que foram enviados para Timor-Leste para reforçar o contingente das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), que integra actualmente 780 efectivos australianos e 170 neo-zelandeses.

Entretanto, um dos porta-vozes das ISF explicou que o navio "HMAS Perth", que está desde a manhã desta terça-feira em Díli, com uma tripulação de 150 homens, foi «desviado» para o porto da capital timorense, devido à situação no território.

Em Sydney, o ministro australiano da Defesa, John Fitzgibbon, explicou que este navio ficará no porto de Díli como «mensagem clara» para quem desejar destabilizar a situação em Timor-Leste.

Advogado de Alfredo Reinado recusa comentar ataque a Ramos-Horta de quem é assessor

2008-02-11 08:25

O advogado de Alfredo Reinado, Paulo Remédios, recusou hoje comentar o ataque que o presidente e o primeiro-ministro de Timor-Leste foram alvo alegando a sua condição de assessor presidencial.

"Eu sou assessor do presidente e qualquer comentário que seja feito sobre os acontecimentos de hoje terá de ser feito pelo assessor de imprensa", disse Paulo Remédios contactado telefonicamente pela agência Lusa a partir de Macau.

Paulo Remédios, que até meados de 2006 estava em permanência em Macau, tem agora residência em Timor-Leste e foi advogado de Alfredo Reinado e do ex-ministro do Interior Rogério Lobato em conjunto com o seu colega Mendonça de Freitas, antigo director da Polícia Judiciária de Macau.

Remédios é actualmente o assessor-coordenador da Presidência timorense, enquanto responsável da Assessoria Geral da Presidência da República, e esteve presente também, a 28 de Janeiro, no Tribunal de Recurso de Timor-Leste como defensor de Alfredo Reinado, o homem que alegadamente terá hoje liderado um grupo armado que atacou José Ramos-Horta, chefe de Estado de Timor-Leste.

O ataque a Ramos-Horta, que já chegou à Austrália devido aos ferimentos de bala que sofreu, precedeu um outro a Xanana Gusmão e à casa do actual chefe do Governo liderado pelo tenente Gastão Salsinha, um dos elementos do grupo de Alfredo Reinado.

Alfredo Reinado foi abatido a tiro durante o ataque à casa de Ramos-Horta.

Lusa/AO

NOTA DE RODAPÉ:

Um cliente quis matar o outro. Continua a história cheia de rabos de palha... Se o que aconteceu fosse o enredo de um um policial, Paulo Remédios seria o personagem que atraiu Reinado a casa de Ramos-Horta, né?

Ramos-Horta pode ser sujeito a mais operações

TSF

Ramos-Horta pode ser sujeito a mais operações
O director do hospital em que o presidente timorense está internado colocou a hipótese de Ramos-Horta poder vir a ser sujeito a mais operações. Len Notaras confirmou ainda que o estado de saúde do governante timorense é «grave, mas estável».

( 11:02 / 12 de Fevereiro 08 )




O director do hospital de Darwin, onde o presidente timorense está a ser tratado depois de ter sido atacado na segunda-feira, colocou a hipótese de Ramos-Horta vir a ser sujeito a mais intervenções cirúrgicas.

Len Notaras adiantou que Ramos-Horta continua em «estado grave, mas estável», mantendo-se, por agora, na unidade de cuidados intensivos deste hospital australianos.

O presidente timorense deverá ser sujeito a pelo menos mais uma operação para que lhe seja retirado um último fragmento de uma das balas com que foi atingido após uma acção liderada pelo major Alfredo Reinado, entretanto morto.

O responsável máximo deste hospital adiantou ainda que Ramos-Horta tem sorte em ter sobrevivido a este ataque, já que os ferimentos que lhe foram infligidos foram bastante graves.

Notaras diz que os próximos dois a cinco dias dias serão criticos na vigilência da infecção de que padece o chefe de Estado timorense para evitar que esta se generalize ou não resulte em doenças como a sepsis.

«O presidente continua em coma induzido. Nesta fase terá de fazer mais duas ou três operações. Há a possibilidade de ter de fazer em enxerto de pele», explicou Len Notaras.

Este responsável adiantou que Ramos-Horta se manterá ligado a um ventilador até quinta-feira e que os fragmentos de bala já retirados do corpo do presidente já foram entregues à polícia australiana para serem analisados por peritos forenses.

Gusmao's wife tells of gunmen horror
Email Print Normal font Large font February 12, 2008 - 9:32PM

Kirsty Sword Gusmao, the wife of East Timor's Prime Minister Xanana Gusmao, has told how their home was surrounded by armed men just minutes before her husband was attacked by armed rebels.

East Timor has been plunged into crisis after assassination attempts yesterday on Mr Gusmao and East Timorese President Jose Ramos-Horta, who remains in an induced coma in the Royal Darwin Hospital (RDH) after he was shot up to three times.

Mr Ramos-Horta was injured during a gunfight at his home early yesterday morning. Between 30 minutes and an hour later, Mr Gusmao's motorcade was attacked by rebels as he reportedly raced to the president's home.

Mr Gusmao's Australian-born wife told ABC TV that during the time between when Dr Ramos-Horta was shot and her husband's convoy was ambushed, armed men surrounded their home.

"The house was surrounded by armed men," she said.

"There was a great sort of panic and confusion.

"I got the children dressed as quickly as I could and had them lie under the bed, all the while unsure of actually how many we were talking about.

"We only had a very small security contingent actually with us at the time."

Mrs Gusmao Sword said that as she tried to call her husband to tell him the family was in trouble, his convoy was being attacked.

"I attempted to call Xanana at that point and got through to his driver but it was right at the time his vehicle was being ambushed so I was hardly able to get the message through that we were in peril," she said.

Neither Mr Gusmao nor his family were hurt during the events of the morning.

James Dunn, a former Australian consul in East Timor, told ABC TV he was sceptical about the coup theory.

"Clearly, there is more to this than meets the eye and we need to know a lot more about it," he said.

"As a coup, it was a very unlikely coup, totally botched and certainly one not in keeping with somebody who served as a major" referring to rebel leader Alfredo Reinado, who was killed during the gunfight at Dr Ramos-Horta's home.


NOTA DE RODAPÉ:

My Dear, acha que alguém vai acreditar que esteve sob perigo?! Ou o senhor Salsinha foi aí acima despedir-se depois do "trabalhinho"feito?

GNR nega ter sido avisada de possibilidade de ataques

TSF

A GNR negou ter alguma vez sido avisada da possibilidade de ataques contra «personalidades políticas» timorenses.

O vice-primeiro-ministro timorense confirmou que as forças portuguesas não estiveram na reunião em que o comandante das forças armadas de Timor-Leste fez este aviso.

( 10:07 / 12 de Fevereiro 08 )

O oficial de ligação do subagrupamento Bravo da GNR sublinhou que esta força portuguesa não foi informada de qualquer aviso por parte do comandante das forças armadas timorenses, Taur Matan Ruak, relativo aos perigos de um possível ataque contra personalidades políticas do país.

Em declarações à TSF, o tenente-coronel Carlos Correia negou que alguma vez tivesse sido informado «concretamente» de alguma possibilidade de ataques como os que vieram a acontecer contra o presidente Ramos-Horta e contra o primeiro-ministro Xanana Gusmão.

Este responsável da GNR admitiu apenas que chegou «alguma informação de que poderia haver alguns conflitos nestes tempos, porque os peticionários deslocaram-se até Díli para falar com o Governo».

Carlos Correia explicou que apenas tinha conhecimento de que «teríamos de reforçar mais a segurança» por causa desta situação e também de uma «reunião da Fretilin ainda não agendada».

«Havia indícios de que os próximos tempos seriam possivelmente um pouco mais conturbados, mas não havia qualquer indício concreto de que se poderia ter passado alguma coisa como sucedeu», concluiu.

Também ouvido pela TSF, o vice-primeiro-ministro timorense confirmou que a GNR não esteve presente na reunião em que Taur Matan Ruak terá avisado da possibilidade de ataques contra «personalidades políticas» timorenses.

José Luís Guterres frisou que este aviso foi feito numa reunião em que estava presente o «comandante da polícia da ONU, o comandante das forças internacionais e representantes das Nações Unidas, assim como outros responsáveis de segurança e defesa do governo timorense».

Nessa reunião, segundo o vice-chefe do governo timorense, Matan Rauk «lembrou, em frente de todos, o aviso que tinha feito deixado na reunião anterior de que os alvos seriam personalidades políticas e as instalações do Governo».

NOTA DE RODAPÉ:

Muito convenientemente, a UN (quiça com uma sugestão das ISF) deve ter se esquecido de convocar a GNR...

NÃO É, Senhor Police Commissioner?... Não fosse a GNR com o seu profissionalismo e isenção "estragar" o teatrinho...

Alkatiri critica ONU no socorro a Ramos Horta

TSF

O líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, em declarações à SIC, criticou o modo como a polícia das Nações Unidas reagiu ao atentado que atingiu o presidente timorense, José Ramos Horta.
( 17:51 / 11 de Fevereiro 08 )

Alkatiri lamenta a «reacção muito lenta» por parte das forças de segurança das Nações Unidas. «O presidente foi atingido e teve mais de meia hora deitado na rua, a perder sangue e a polícia das Nações Unidas não teve coragem de se aproximar e ficou à espera da intervenção da GNR», disse o líder da FRETILIN.

Entretanto, o estado de saúde do Presidente timorense, José Ramos Horta, é «estável» depois da segunda intervenção cirúrgica a que foi submetido num hospital de Darwin (Austrália). Por precaução, o chefe de Estado irá manter-se em observação durante as próximas 24/48 horas na unidade de cuidados intensivos.

Australian PM To Visit East Timor After Attacks On Leaders

CANBERRA, Feb 11 AAP - Prime Minister Kevin Rudd will fly to East Timor this week after pledging to stand by the troubled nation and boosting Australia's military presence in response
to today's failed coup.

Australia will send security reinforcements to Dili after assassination attempts on President Jose Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmao, who called the coordinated assaults an attempted coup.

Dr Ramos-Horta was tonight airlifted to Darwin in a serious but stable condition for further treatment for two bullet wounds, after emergency treatment at an Australian military hospital
in Dili.

Mr Gusmao escaped unhurt after rebels attacked his car and home.

He and his Australian-born wife Kirsty Sword Gusmao were bundled away to safety.

Mr Rudd told reporters he was deeply shocked and disturbed at today's events in Dili.

"For there to be a co-ordinated attempt to assassinate the democratically elected leadership of a close neighbour and friend of Australia's is a deep and disturbing development.

"The Australian government will stand resolutely behind East Timor at this time of crisis in their democracy."

There are currently about 780 ADF personnel in East Timor as part of a United Nations International Stabilisation Force (ISF), according to the defence website.

Australian will now send more troops, as well as up to 70 Australian Federal Police, to help with security and stability following the latest crisis.

Mr Rudd did not give an exact figure of the extra troops but said it would be at "company strength". A company is made up of around 100 Australian Defence Force personnel.

"That will bring our total troop deployment in East Timor to about 1,000," he said.

The deployment, signed off by the National Security Committee of cabinet today, was on standby to "soon" fly into East Timor.

At the request of Mr Gusmao, Mr Rudd will visit East Timor later in the week in a show of support.

Opposition Leader Brendan Nelson, a former defence minister, has indicated he is keen to accompany Mr Rudd.

Dr Nelson described the failed assassination attempt as deplorable and backed the government's decision to send reinforcements.

"It's very important for Australia to see there is security in East Timor," he told reporters.

"It's very much in Australia's interest to see this is a stable fledgling democracy."

UN Secretary General Ban Ki-moon has strongly condemned the attacks on Dr Ramos-Horta and Mr Gusmao, two men who led the small nation's transition to independence.

Australia has been in touch with New Zealand, the UN and Indonesia following the attacks on the East Timorese leadership.

East Timorese rebel leader Alfredo Reinado was killed during the attack, when guards returned fire at Dr Ramos-Horta's home.

ADF chief Air Chief Marshal Angus Houston said no Australian forces were involved in that incident, or a later attack on Mr Gusmao.

Authorities in East Timor are describing the security situation as stable.

"But this could quickly change as events unfold," Mr Rudd said.

"The International Stabilisation Force, including ADF, have already secured key buildings and deployed more broadly throughout Dili and increased their presence in East Timor's districts."

NOTA DE RODAPÉ:

Como será possível alguém acreditar que mais umas centenas de incompetentes de militares australianos e polícias federais, conhecidos pela sua falta de respeito às instituições timorenses, alvos de queixas e processos crime por desrespeito e desobediência ao sistema judicial timorense, vão resolver o que quer que seja?

Fernando Araújo responsabiliza ONU por atentados

TSF
O presidente do parlamento timorense responsabiliza as Nações Unidas pelos atentados que atingiram Ramos Horta. Fernando Lasama Araújo fez esta afirmação depois de uma reunião, esta tarde, com Cavaco Silva. O presidente do parlamento timorense diz ainda que os atentados de hoje foram uma tentativa de golpe de Estado.

( 22:31 / 11 de Fevereiro 08 )


À saída da reunião com o presidente português, Fernando Araújo afirmou que a ONU tem de assumir as responsabilidades.

«Sinto que as Nações Unidas têm responsabilidade porque são eles que estão responsáveis pela segurança em Timor-leste, neste momento», salientou o presidente do parlamento timorense, apelando à ONU que se pronuncie sobre o que aconteceu.

Fernando Araújo não hesita ainda em classificar estes atentados liderados pelo Major Alfredo Reinado como uma «tentativa de Golpe de Estado».

«Estes foram crimes graves contra a nação. O major Alfredo foi tombado enquanto atacada, em silêncio, o presidente da república. Isto é uma tentativa de golpe de Estado», sublinha Fernando Araújo pedindo ao povo timorense que «pense com a cabeça para que a nação ganhe estabilidade».

O presidente do parlamento nacional timorense adiantou ainda que o chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, deverá reocupar o cargo dentro de um mês

O Conselho de Segurança das Nações Unidas está reunido, esta noite, para debater a situação em Timor-Leste. A reunião começou por volta das 20:00, hora portuguesa.

Entretanto, o presidente timorense, atingido a tiro num dos atentados das últimas horas, foi já submetido a uma segunda intervenção cirúrgica no hospital de Darwin, na Austrália, para onde foi transferido. Ramos Horta está livre de perigo.

NOTA DE RODAPÉ:

E que tal começar por assumir também a sua quota parte de responsabilidade, por ter apoiado a "solução pacífica" de cedência com Reinado em vez de se ter insurgido contra as interferências ao poder judicial?

FRETILIN exige investigação internacional

Diário Digital / Lusa
12-02-2008 1:05:00

A FRETILIN vai exigir hoje no parlamento uma investigação à actuação das forças internacionais em Timor-Leste e «exigir responsabilidades ao governo», disse hoje à agência Lusa o secretário-geral do partido, Mari Alkatiri.

O ex-primeiro-ministro ecoou preocupações do comandante das forças armadas timorenses, Taur Matan Ruak, que também exigiu essa investigação criticando, em declarações à Lusa, a actuação das forças internacionais no terreno.

«Hoje é dia do plenário e o tema tem que ser discutido. a Fretilin vai intervir de forma clara e dura mas com sentido de estado», disse.

Depois de, segunda-feira, «ser um momento de todos ficarem unidos», Mari Alkatiri diz que chegou a altura de perceber o que se passou, sendo por isso essencial avançar com uma investigação rapidamente.

«Temos que perceber o que falhou e porquê. Tudo tem que ser investigado. Houve tiroteio, o Alfredo Reinado foi morto no primeiro tiroteio quando o Horta estava fora mas depois é abatido e é ele próprio que avisa ao telefone que foi ferido e depois o socorro chega tarde», afirmou.

Mari Alkatiri insistiu porém que o próprio José Ramos-Horta agiu mal na forma como lidou com Reinado, continuando a apostar no diálogo e «ingerindo-se» em decisões judiciais que incluiam mandados de captura ao militar timorense.

O secretário-geral da Fretilin diz que essa é outra das questões «muito intrigantes» deste caso«, já que Reinado ataca «a única pessoa que o estava a tentar salvar».

«Aquilo que sei é que o governo já não estava a apostar no diálogo. Quem continuava a apostar no diálogo era o presidente Ramos-Horta. Esta é a parte intrigante de toda a história: como o Alfredo ataca a única pessoa que acha que a única solução era o diálogo e não a justiça», afirmou.

Questionado sobre as motivações do ataque, Alkatiri insistiu que Alfredo Reinado foi um instrumento militar de «intenções políticas» que diz serem «internas» a Timor-Leste e «externas».

Instado a elaborar, comparou a situação actual com a de 2006, referindo que depois de Reinado ter sido «usado», em Maio, para atacar as F-FDTL em Dare, depois do ataque ao quartel em Tacitolo e à residência de Taur Matan Ruak e ao confronto entre policiais, «o resultado foi pedir a intervenção das forças internacionais».

«Desta vez com presença de forças internacionais aqui, o próprio Presidente é atingido, o primeiro-ministro sai ileso também de um ataque misterioso e imediatamente o governo e o presidente interino assinam uma carta já redigida em inglês a pedir mais forças australianas», afirmou.

Instado a comentar a situação actual e o que pode acontecer com os apoiantes de Alfredo Reinado, Mari Alkatiri considerou que o militar «morreu duplamente com este ataque».

«Não é mártir nem herói porque morreu quando tentou atacar a pessoa que estava a procurar caminhos para o salvar. Penso que, por isso, também perdeu muita da sua base social de apoio, nomeadamente os jovens», afirmou.

Apesar disso manfiesta-se preocupado sobre um eventual ataque dos restantes elementos armados do grupo, em especial porque agora também eles são criminosos.

«Até aqui o Reinado era o único procurado pela justiça mas agora os outros elementos do grupo também cometeram crimes e terão agora que responder perante a justiça», afirmou.

«Não afasto hipótese de um novo ataque. Antes pelo contrario», disse.

Alkatiri manifesta-se igualmente surpreendido pelo facto de não ter havido de imediato uma operação de caça ao homem no intuito de procurar os responsáveis pelo ataque, explicando que «as FDTL quiseram actuar mas foram travados pelas forças internacionais».

Ao mesmo tempo criticou a forma com as medidas de segurança estão a ser implementadas em Díli, dando como exemplo o facto de agentes policiais nas ruas estarem a parar táxis e a obrigá-los a retirar os filtros negros de vidro que limitam a visão para o interior.

«Estes filtros custam 400 ou 500 euros e a polícia chega ali e simplesmente rasga-os. São precisas medidas de segurança mas, da forma como estão a ser implementadas, só vão criar mais problemas», afirmou.

A pergunta do dia "Porquê agora?!" - II

Talvez nunca se venha a saber. Mas uma coisa é um facto. A consequência imediata do que aconteceu ontem foi:


2. "O caso judicial (contra Alfredo Reinado) está fechado por ordem divina", comentou, lacónico, um jurista do Ministério Público, depois de a morte do militar ter sido oficializada.

General Taur Matan Ruak tinha alertado

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O comandante das forças de Defesa de Timor-Leste, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, alertou, há semana, os responsáveis de segurança no país, incluindo as forças internacionais, de que o presidente e primeiro-ministro poderiam ser alvos de um ataque.

"Disse há uma semana, na reunião do grupo de alto nível de segurança, que havia dois alvos fundamentais: os líderes, o presidente e primeiro-ministro, e zonas vitais do país", afirmou Taur Matan Ruak em declarações à Lusa.

Nas primeiras declarações públicas desde o ataque de domingo (madrugada de segunda-feira em Díli), Taur Matan Ruak afirmou que tinha informações que chegaram às forças de Defesa de Timor-Leste, incluindo fornecidas por populares, que apontam para uma eventual acção do grupo de Reinado.
ASP.

Lusa/Fim

Atentado em Timor

por Hernâni Carvalho
forum-loriku] Atentado em Timor - Hernâni Carvalho

Ajudar não é intrometer. Na primeira declaração do primeiro-ministro australiano, após o atentado ao presidente Ramos Horta, a prioridade foi afirmar o envio de mais tropas e polícias australianas para Timor. Ainda mais?


Falar na morte de Alfredo Reinado é falar de um homem leal. O major foi sempre leal a quem o alimentou, sustentou e introduziu na tecitura timorense.

Morreu ao serviço de quem sempre lhe deu cobertura. Provavelmente de forma inglória. Mas foi um agente leal...

A história há-de encarregar-se de o explicar. Timor sofreu apenas mais uma das dores de parto do nascimento de um país. Os que em Lisboa, no passado distante, disseram que a independência de Timor era um disparate e que num passado mais recente se engalanaram para tirar dividendos políticos da dita independência, tornam hoje, nos corredores da política, a dizer à boca pequena que “aquilo nunca teve viabilidade”.

Aquilo é um Povo. E se tem tido mais dores de parto é porque todos querem meter a colher e daí tirar o que melhor houver. Há petróleo e gás natural a mais em Timor. É a ganância de muitos actores internacionais que mais mal tem feito a Timor. Ajudar não é intrometer.

Na primeira declaração do primeiro-ministro australiano, após o atentado ao presidente Ramos Horta, a prioridade foi afirmar o envio de mais tropas e polícias australianas para Timor. Ainda mais?

É interessante cruzar esta afirmação com o lamento do coronel timorense Lehere que afirmou no próprio dia do atentado que as suas forças militares foram impedidas pelos militares australianos de avançar para os locais estratégicos de protecção à cidade.


O relatório internacional feito pelo enviado especial da ONU a Timor falava há meses da urgente necessidade da organização da segurança nacional no território. Falava de uma polícia timorense menorizada e de umas forças armadas sem poder efectivo.

Afinal a quem é que mais interessa que as coisas se mantenham assim em Timor?

Hernâni Carvalho, ontem às 12:04

Ramos-Horta Serious But Stable After Surgery: Doctor

DARWIN, Australia, Feb. 12 (AFP) - East Timor President JoseRamos-Horta was Tuesday in serious but stable conditionfollowing overnight surgery for bullet wounds sustained in anassassination bid, a doctor said.

But while his wounds are "extremely serious," surgeons inAustralia, where the ailing president was evacuated to afterbeing shot by rebels in Dili early Monday, expect him to make afull recovery.

Royal Darwin Hospital General Manager Doctor Len Notaras toldAFP that Ramos-Horta had undergone two and a half hours ofsurgery late Monday but was recovering well from his secondoperation in 24 hours.

"Three surgeons were working on the gunshot wounds he sustainedin the incident. The operation went well and PresidentRamos-Horta is quite stable," Notaras said adding that hesuffered three bullet wounds.

"He remains in an extremely serious condition as you don't getshot by a high velocity weapon and not have serious injuries,"he said adding that Ramos-Horta was in an induced coma to managehis condition and surgeries.

Doctors in the northern Australian city of Darwin removedfragments of one bullet and worked on the lower lobe of hisright lung, which was badly damaged, Notaras said.

Shrapnel from a second bullet remains in his body and will beremoved in future surgery, the next round of which is expectedto take place within 36 hours, he said.

Ramos-Horta, who was reportedly out walking when gun-totingrebels arrived at his residence, was hit by two or possiblythree bullets that formed three deep wounds in his lower chestand back, Notaras said.

"It's difficult to immediately tell with high-velocity weaponshow many bullets hit him, but it was certainly two, possiblythree, that seem to have entered roughly from the same direction-- the right side and back," he said.

Ramos-Horta is sedated and on a ventilator, but Notaras said hewas not on life support as he would be able to breath evenwithout mechanical assistance.

Tradução:

Doutor: condição de Ramos-Horta séria mas estável depois de operação

DARWIN, Australia, Fev. 12 (AFP) – O Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta estava na Terça-feira numa condição séria mas estável após a operação durante a noite por feridas de balas ocorridas numa tentativa de assassínio, disse o médico.

Mas apesar das feridas serem "extremamente sérias," os cirri«urgiões na Austrália, para onde o presidente ferido foi evacuado depois de ter sido baleado por amotinados em Dili na manhã de Segunda-feira, esperam que tenha uma recuperação total.

O Administrador-Geral do Royal Darwin Hospital, Doutor Len Notaras disse à AFP que Ramos-Horta tinha sido submetido a uma operação de duas horas e meia na noite de Segunda-feira mas que estava a recuperar bem da sua segunda operação em 24 horas.

"Três cirurgiões estiveram a trabalhar nas feridas das balas do incidente. A operação correu bem e o Presidente Ramos-Horta está bastante estável," disse Notaras acrescentando que tinha três feridas de balas.

"Está numa condição extremamente séria dado que ninguém é atingido por balas de alta velocidade sem se magoar seriamente," disse, acrescentando que Ramos-Horta estava num coma induzido para administrar a sua condição e operações.

Os médicos da cidade do norte da Austrália de Darwin removeram fragmentos duma das balas no pulmão direito, que ficou bastante ferido, disse Notaras.

Pedaços duma segunda bala mantém-se no seu corpo e serão removidos em futuras operações, que se pensa poder ocorrer dentro de 36 horas, disse ele.

Ramos-Horta, que estava a andar a pé quando pistoleiros chegaram à sua residência, foi atingido por possivelmente duas ou três balas que fizeram feridas fundas no peito e costas, disse Notaras.

"É difícil dizer imediatamente quantas balas o atingiram, mas de certeza foram duas, e talvez três, que parece terem entrado vindas da mesma direcção – o lado direito e costas," disse.

Ramos-Horta está com sedativos e num ventilador, mas Notaras disse que ele podia respirar mesmo sem assistência mecânica.

DOM XIMENES BELO CONDENA INCIDENTES E FAZ APELO EM FAVOR DA CALMA

11/02/2008 19.03.04



Dili, 11 fev (RV) - O bispo resignatário de Dili, Timor-Leste, Dom Carlos Filipe Ximenes Belo, Nobel da Paz 1996, junto a José Ramos-Horta, condenou, nesta segunda-feira, os atos de violência em Timor, e fez um apelo aos timorenses, para que optem pelo "diálogo, no respeito pela Constituição e pelo Estado de direito".

"Estou triste com o que está acontecendo em Timor _ disse o bispo _ e condeno os atos de violência. Peço a Deus que ilumine os timorenses, para se respeitem reciprocamente" _ acrescentou.

Para Dom Ximenes Belo, os timorenses "devem tentar solucionar seus problemas através do diálogo", segundo a Constituição em vigor. Ele exortou os cidadãos a manterem a calma e a dialogarem, no respeito pelo Estado de direito.

Homens armados tentaram matar, nesta segunda-feira, José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques interligados. O ataque contra Ramos- Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.

Ramos-Horta foi ferido e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano, em Dili, de onde seguiu para um hospital na cidade australiana de Darwin, onde se encontra em estado crítico, em coma induzido, na iminência de uma segunda intervenção cirúrgica.

Por sua vez, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, saiu ileso do atentado. De acordo com um elemento de sua segurança, foi o tenente Gastão Salsinha (um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006) quem comandou o ataque. (AF)

Tantas perguntas, quantos mistérios

Público, 12.02.2008
Por Adelino Gomes

Não se conhecem ainda os termos exactos em que os dois atentados da madrugada de ontem se desenrolaram. Nem se os seus alvos directos eram os dois líderes históricos timorenses ou as entidades simbólicas que os cargos de cada um representam: a casa do Chefe do Estado e a caravana do primeiro-ministro.

Foi um acto de loucura de Reinado?

Uma acção isolada de um grupo de rebeldes desesperados e que se sentiram sem alternativa face a um iminente acordo político entre altos cargos do Estado e as principais forças políticas?

Ou, pelo contrário, uma acção de âmbito mais vasto e de participações mais alargadas?

Porquê o envolvimento activo nela do discreto tenente Salsinha?

Como foi possível os rebeldes, sobre quem os australianos exerciam há mais de um ano uma constante acção de monitorização, aproximarem-se tão à vontade da casa do Presidente da República? E tão facilmente, já agora, da capital do país onde, facto não negligenciável, decorria um encontro com ministros e outras altas figuras dos PALOP?

A aproximação interpartidária no sentido da grande unidade, defendida por Ramos-Horta desde o início da crise e que finalmente parecia iminente, após discussões de alto nível a semana passada, continha algum ponto sobre o destino a dar a Reinado e aos ex-peticionários? Em que termos?

Por que demorou tanto a reacção das ISF?

Por que demorou tanto o socorro ao Presidente?

O pouco que se sabe mostra-se insuficiente para responder ao muito que se continua a desconhecer. E para ajudar a entender verdadeiramente o que se passou no contexto político-militar timorense e o seu alcance no futuro.

Desde praticamente a crise de 2006 que Xanana e Ramos-Horta vinham a ser acusados pelos seus adversários de protegerem, contra a própria lei, os dois homens que agora dispararam sobre eles.

Ironia trágica, as vítimas das balas de Reinado foram, na verdade, não os inimigos de sempre deste - Alkatiri e a Fretilin -, mas aqueles que defendiam uma solução política que passava pela entrega voluntária do ex-líder rebelde.

Esta intentona de contornos mal definidos vem juntar-se a um conjunto de tropeções, todos graves, na construção do Estado de direito democrático em Timor-Leste: a revolta de jovens, no final de 2002, levava a independência apenas meio ano; a prolongada contestação nas ruas pela Igreja Católica, dois anos depois; e a crise dos peticionários, que humilhou as F-DTL (Forças de Defesa de Timor-Leste) e provocou o desmoronamento da Polícia Nacional, arrastando o país, em particular Díli, para uma situação de caos social e de sofrimento que ainda hoje permanece para largas dezenas de milhares de desalojados.

A "protecção" dada por Xanana e Horta a Reinado, subtraindo-o ao braço da justiça, deu fundamento a acusações de cumplicidade que os adversários lhes dirigiram. Reinado, a quem nunca se ouviu um discurso com ponta de consistência política, terá alimentado, com ela, um sentimento de impunidade favorável à prática de todos os excessos e ao desenvolvimento de todas as ambições. Sem surpresa, nasceu um mito entre uma certa juventude, marginalizada pela independência e que passou a ver-se representada na figura meio clown, meio cowboy de um major em fuga com lugar cativo nos jornais e televisões do mundo.

Apesar de uma infinidade de iniciativas, a paz e a segurança não regressaram à capital timorense. Embora à partida estimável, pois assente na aposta de que se impunha evitar mais derramamento de sangue, a polémica opção de Xanana e de Horta não só não resultou como redundou neste duplo atentado, que só por milagre não causou mais vítimas.

A independência e a liberdade, conquistadas à custa de tanto sofrimento, não podem coexistir com o desrespeito pelas leis do Estado e com a permanência, consentida, de grupos armados.
O caminho seguido pela Fretilin, ao contestar a legitimidade do Governo, dificultou também a necessária pedagogia pública a que os líderes históricos estão obrigados, dado que foi na sua esteira que o povo timorense referendou a independência e a democracia.

Qualquer acto ou comportamento que tenda a ultrapassar a lei, declarações de ódio que chegam por vezes ao ponto de sugerir a eliminação física dos adversários, ecoam pelas planícies e pelas montanhas timorenses, degradando a ideia da democracia.

Sem a unidade no essencial - que os dirigentes históricos souberam praticar sob a ocupação, ganhando do povo e do mundo - a crise de 2006 continuará por resolver, como o infeliz e trágico episódio de anteontem demonstrou.

Dos leitores

Malai Muti deixou um novo comentário na sua mensagem "ACÇÃO CONSERTADA POR QUEM TEVE TODA A LIBERDADE":

É mais um dia muito triste para Timor!!!

Espero as rápidas e boas melhoras de Ramos Horta.

Quando será que os Timorenses vão perceber quais os verdadeiros propósitos da presença militar Australiana em Timor?

Senhor Xanana, já reparou como foi traído?

Escapou desta, seu amigo Ramos Horta... vamos ver...

Senhor Xanana, corra com esses senhores militares australianos daí! Mande-os "treinar" às guerras para o seu País!!

Tá mais que provado que eles não estão aí não para estabilizar coisa nenhuma, antes, têm contribuido para destabilizar TIMOR!!!

Exmº Senhor Taur Mata Ruak, sei que tem nervos de aço e é uma pessoa paciente e astuta, mas talvez esteja na ora de tomar uma atitude, face à ingerência australiana que tantos homens e irmãos lhe custou!

Pressione diplomáticamente o PM para que eles saiam! A GNR e as FDTL são imparciais e os unicos que estão do lado de Timor!!

Uma vergonha para as ISF, ter que ser a GNR a dar auxílio ao Ramos Horta ferido!!! Inqualificável... só se queriam que ele morresse... enfim!!

Peço serenidade ao povo de Timor, mais mortes inglórias, nada de bom vos trás Irmãos!

Malai Muti

Failed Timor assassination may lessen rebels' sway

from the February 12, 2008 edition - http://www.csmonitor.com/2008/0212/p04s02-woap.html


The bold attack on President Ramos-Horta raises key concerns about efforts to rebuild security forces.
By Simon Montlake and Nick Squires Correspondents of The Christian Science Monitor

BANGKOK, THAILAND; and Sydney, Australia

A foiled dawn attack Monday by rebel soldiers on East Timor's President Jose Ramos-Horta, who was shot and seriously wounded, has roiled this fledgling Southeast Asian country. But it may also signal the end of a rebel movement that had plagued efforts to restore stability.

Prime Minister Xanana Gusmao, who survived a separate ambush shortly after as he drove to his office, appealed for calm as Timorese security forces, backed by Australian-led peacekeepers, patrolled the capital, Dili. Mr. Ramos-Horta was evacuated Monday to Australia for further treatment after emergency care. At press time, doctors said he was in critical condition but were hopeful of a good recovery.

Australian Prime Minister Kevin Rudd said Monday he was sending 200 extra soldiers and police to East Timor, raising Australia's deployment to around 1,000 personnel. "Deeply shocked" by the violence, he also said he had agreed to an invitation from Gusmao to visit the country later this week in a show of support.

"For there to be a coordinated attempt to assassinate the democratically elected leadership of a close friend and neighbor of Australia's is a deeply disturbing development," Mr. Rudd told a news conference in Canberra, Australia.

Gusmao said the attacks were organized by Alfredo Reinado, an Army major who deserted in 2006 during a mutiny that plunged the country into turmoil and prompted the arrival of international peacekeepers. Mr. Reinado died in Monday's assault on the president's house, along with one of his soldiers, Gusmao said. "I consider this incident a coup attempt against the state by Reinado and it failed," he told a press conference.

The involvement of Reinado came as little surprise, say analysts, as he had recently threatened to confront the government, which has tried but failed to negotiate his surrender and disarm his men. His death could weaken the cohesion of his faction, while rallying popular sympathy for Ramos-Horta and Gusmao, allowing the country to move on.

But the boldness of Monday's attack on the country's two most powerful figures may undermine confidence in East Timor's security forces, which foreign trainers have tried to rebuild after their meltdown two years ago.

It also pointed up the complexities of reconciliation in Asia's poorest country, where tens of thousands are still living in shelters after fleeing that fighting, and where criminal gangs recruit idle youth left adrift in a stricken economy.

The 2006 unrest led to a realignment among Timor's political elite, whose divisions were shaped by a bitter independence struggle against Indonesian occupation, which ended in 1999. Ramos-Horta and Gusmao forced out former Prime Minister Mari Alkatiri, who was blamed for the Army mutiny, paving the way for largely peaceful elections last year that put the longtime allies in charge of the shaky government.

But various initiatives to bring Reinado back into the fold failed to jell, to the mounting frustration of Gusmao – a former resistance leader and independence hero. Reinado, who was wanted on murder charges, was blamed for a recent spate of nonlethal attacks on Australia troops. Yesterday's apparent assassination plots may have been a sign of desperation by a rebel whose popularity was waning.

"In the short-term there will be a lot of fearfulness because some of his supporters are still running around with guns, but for the long-term one of the government's major headaches is now out of the way," says Helen Hill, an East Timor expert at Victoria University in Melbourne, Australia.

Sophia Cason, an analyst for the International Crisis Group, says other renegade factions had tired of hiding out and sought a settlement without Reinado and other hold-outs.

"His support was definitely dwindling. Some of the other [ex-soldiers] had already come for dialogue with Xanana Gusmao. [Reinado] may have been feeling that he had fewer options available," she says.

Other observers warned, however, that Reinado loyalists may stage reprisals and seize on his death as a form of martyrdom, further destabilizing the country.

"There's a sense among people in the security sector that we've been in the eye of the storm for the last few weeks and it's going to get more turbulent," says a US aid worker in Dili.

That status as a martyr may be burnished by rumors that Reinado was betrayed by Gusmao and other negotiators. One story circulated Monday by Reinado supporters claimed that he had died before the attacks took place. Perhaps to debunk such rumor, Gusmao has pledged that a full autopsy will be carried out.

East Timor is part of what military strategists call an "arc of instability" to Australia's north, including states such as Papua New Guinea and the Solomon Islands. Its modern history has been marked by violence, upheaval, and internal strife. Ramos-Horta and Gusmao were key players in much of the drama.

After Indonesia seized the former Portuguese colony in 1974, former journalist Ramos-Horta became a roving diplomat for Timorese independence. He campaigned in exile to keep his nation's occupied status on the agenda and highlight Indonesia's military rule. In 1996, he shared the Nobel Peace Prize with Bishop Carlos Belo for his work. Meanwhile, Gusmao led a ragged resistance to Indonesia's rule until his capture in 1992 and detention in a Jakarta jail.

Gusmao and Ramos-Horta returned to their homeland in 1999, after Timorese voted overwhelmingly to secede from Indonesia in a UN-sponsored referendum. The result of the ballot triggered widespread violence by Indonesian-backed militia and a scorched-earth retreat by Indonesian troops. East Timor declared independence in 2002, after three years of United Nations rule, the first new nation-state of the 21st century.

Stand-off in East Timor after 'coup plotters' shoot President

From The Times
February 12, 2008


Video: Bronwen Maddox on the East Timor shootings
Democracy in East Timor was under siege last night after coordinated assassination attempts on the President and Prime Minister. Fears of further bloodshed in Asia’s newest nation prompted the dispatch of Australian peacekeepers to the tiny country.

José Ramos-Horta, the President and winner of the Nobel Peace Prize, was shot three times outside his house in the capital, Dili, and was in a coma after emergency surgery in Australia.
Xanana Gusmão, the Prime Minister and former rebel commander who fought against Indonesian occupation for 20 years, survived unhurt after his car was attacked by gunmen.


Dr Ramos-Horta’s condition was described as “very serious but stable” after he arrived in Darwin, Australia, on an emergency flight to be treated for wounds to the abdomen and chest.

Australia announced that it was sending about 190 army and police reinforcements to East Timor at the request of Mr Gusmão amid fears of reprisal attacks after the President’s guards killed the rebel leader, Alfredo Reinado, during the attack. The Royal Australian Navy frigate HMAS Perth, with 170 crew, was also diverted to support the peacekeeping mission.

Ban Ki Moon, the UN Secretary-General, called for calm in the aftermath of the “brutal and unspeakable attack”. President Bush echoed his condemnation but insisted that the attack would not “derail democracy” in the fledgeling state.

Fighting between factions within the East Timorese security forces in 2006 resulted in the deaths of 37 people, displaced more than 150,000, and led to the collapse of the Government. Last night Mr Gusmão, who described the attacks as an “organised operation”, declared a 48-hour state of emergency. Vincento Gutteres, the Vice-President, has been installed as acting president.

An army spokesman said that two cars carrying rebel soldiers passed Dr Ramos-Horta’s house at 7am and began shooting as he returned home from his regular early-morning walk.

An hour and a half later the back window of Mr Gusmão’s vehicle was shot out and two bullets hit the car’s bonnet as he was driven to his government offices to deal with the crisis. His home also came under automatic gunfire as rebels exchanged fire with bodyguards. Mr Gusmão said he believed that the rebels had been trying to overthrow the Government. “I consider this incident a coup attempt against the State by Reinado, and it failed,” he said.

Dili remained calm as Australian and New Zealand troops and 1,600 United Nations police guarded main roads and government buildings. Stephen Smith, the Australian Foreign Minister, said that he wanted Australian troops to round up Reinado’s followers.

Norman Day, from RMIT University, said: “It’s going to be bad. [Reinado] has a strong following – he’s now [achieved] a sort of Che Guevara status.” East Timor’s leaders fear that the attacks are part of a wider conspiracy to bring down the Government.

Three MPs who met Reinado in the mountains last week reportedly will be asked what he told them when parliament sits today. Reinado’s men fired warning shots when an Australian patrol entered the area during their meeting, forcing the soldiers to retreat. “We want to find out everything that Reinado did and said leading up to the attacks,” one MP said. “There is strong suspicion that Reinado was not acting alone.”

There was also alarm that the attack on Mr Gusmão was apparently led by Gastão Salsinha, the commander of soldiers who were discharged in 2006, prompting the violent upheaval. Salsinha and two carloads of his men escaped and are believed to have fled into the mountains.

The Age newspaper in Melbourne reported that Dr Ramos-Horta and Reinado held a meeting near the capital on Sunday night that ended acrimoniously. The encounter came after several recent meetings during which Dr Ramos-Horta had been trying to persuade the fugitive rebel leader to give himself up.

http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article3348169.ece


Tradução:

Finca-pé em Timor-Leste depois dos ‘golpistas’ balearem o Presidente

De The Times
Fevereiro 12, 2008


Video: Bronwen Maddox nos tiroteios em Timor-Leste

A democracia está sob cerco em Timor-Leste ontem à noite depois de tentativas coordenadas de assassínio sobre o Presidente e Primeiro-Ministro. Receios de mais derramamento de sangue na mais nova nação da Ásia levaram a Austrália a despachar mais tropas para o pequeno país.

José Ramos-Horta, o Presidente e vencedor do Nobel da Paz, foi baleado três vezes no exterior da sua casa na capital, Dili, e estava em coma depois de cirurgia de emergência na Austrália.
Xanana Gusmão, o Primeiro-Ministro e antigo comandante que lutou contra a ocupação Indonésia durante 20 anos, sobreviveu ileso depois do seu carro ser atacado por pistoleiros.


A condição do Dr Ramos-Horta foi descrita como “muito séria mas estável” depois de ter chegado a Darwin, Austrália, num voo de emergência para ser tratado a feridas no abdómen e peito.

A Austrália anunciou que ia mandar mais 190 soldados e reforço de policies para Timor-Leste a pedido do Sr Gusmão no meio de medos de ataques de vingança depois dos guardas do Presidente terem morto o líder amotinado, Alfredo Reinado, durante o ataque. A fragata da Royal Australian Navy, HMAS Perth, com uma tripulação de 170 membros, foi também enviada para apoiar a missão das tropas.

Ban Ki Moon, O secretário-Geral da ONU, apelou à calma depois do “brutal e indescritível ataque”. O Presidente Bush ecoou a sua condenação mas insistiu que o ataque “não descarrilará a democracia” no jovem Estado.

Lutas entre facções nas forças de segurança Timorenses em 2006 resultaram na morte de 37 pessoas, mais de 150,000 deslocadas, e levou ao desmoronar do Governo. A noite passado o Sr Gusmão, que descreveu os ataques como uma “operação organizada”, declarou o estado de sítio de 48-horas. Vicente Guterres, o Vice-Presidente, foi instalado como presidente em exercício.

Um porta-voz dos militares disse que dois carros transportando amotinados passaram frente à casa do Dr Ramos-Horta às 7 am e começaram a disparar quando ele regressava a casa do seu passeio matinal regular.

Uma hora e meia mais tarde a janela de trás do veículo do Sr Gusmão foi baleado e o carro foi atingido por duas balas quando ele era transportado para o seu gabinete para lidar com a crise. A sua casa esteve também sob fogo de armas automáticas quando os amotinados trocaram tiros com os guardas. O Sr Gusmão disse que acreditava que os amotinados têm estado a tentar derrubar o Governo. “Considero este incidente uma tentativa de golpe contra o estado por Reinado, e isso falhou,” disse.

Dili manteve-se calma enquanto tropas Australianas e da Nova Zelândia e 1,600 polícias da ONU guardavam estradas principais e edifícios do governo. Stephen Smith, o Ministro dos estrangeiros Australiano, disse que queria que as tropas Australianas cercassem os seguidores de Reinado.

Norman Day, da RMIT University, disse: “Vai ser mau. [Reinado] tem muitos seguidores – ele agora é [alcançou] um estatuto do tipo de Che Guevara.” Os líderes de Timor-Leste receiam que os ataques sejam parte duma conspiração mais vasta para derrubar o Governo.

Três deputados que se encontraram com Reinado nas montanhas, na semana passada vão ser interrogados o que é que ele lhes disse quando o parlamento reunir hoje. Os homens de Reinado dispararam tiros de aviso quando uma patrulha Australiana entrou na área dele durante o encontro, forçando os soldados a recuarem. “Queremos descobrir tudo o que Reinado fez e disse antes dos ataques,” disse um deputado. “Há fortes suspeitas que o Reinado não estava a agir sozinho.”

Houve também alarme por o ataque ao Sr Gusmão ser aparentemente liderado por Gastão Salsinha, o comandante dos soldados que foram despedidos em 2006, levando ao levantamento violento. Salsinha e dois carros cheios com os seus homens escapou e pensa-se que fugiu para as montanhas.

O jornal The Age em Melbourne noticiou que o Dr Ramos-Horta e Reinado tiveram uma reunião perto da capital no Domingo à noite que acabou azeda. O encontro ocorreu depois de encontros recentes durante os quais o Dr Ramos-Horta tentou persuadir o líder amotinado foragido a entregar-se.

http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article3348169.ece

Asia's newest nation reeling after coup attempt on president and prime minister

By Andrew Buncombe, Asia Correspondent
Tuesday, 12 February 2008

The President of East Timor was in a serious but stable condition in hospital last night after rebel soldiers launched a coup attempt that targeted the political leadership of the tiny Asian country.

Jose Ramos-Horta, a Nobel Prize laureate, was flown to Darwin in Australia after being hit in the stomach and chest by bullets when would-be assassins opened fire at his home in the city of Dili. Just an hour later, the motorcade of the Prime Minister, Xanana Gusmao, was also attacked, but he escaped unhurt.

"I consider this incident a coup attempt against the state ... and it failed," said Mr Gusmao, who for years led the armed struggle for East Timor's independence from Indonesia. "This government won't fall because of this."

Officials said the attack on Mr Ramos-Horta was plotted by the rebel leader, Alfredo Reinada, who was killed with one of his men in the assault on the President's house. Another rebel leader, Gustao Salsinha, is said to have committed the attack on Mr Gusmao.

East Timor is Asia's newest nation, having gained independence only in 2002 after years of brutal occupation by the Indonesian authorities that was at least tacitly supported by some in the West. Despite opposition by campaigners, Britain sold Hawk jets to the Indonesian military that were reportedly used against civilians during this time.

But the half-dozen years of independence have not been easy. In 2006, more than 600 mutinous soldiers were sacked, triggering unrest that killed 37 people and led to the displacement of more than 150,000. While most of the soldiers eventually returned home, Mr Reinado did not, remaining in hiding. He was wanted for several alleged attacks on police, and Mr Ramos-Horta had met him several times, urging him to give himself up.

Doctors treating Mr Ramos-Horta in Darwin said they hoped he would make a "very good recovery" after surgery. Dr Len Notaras, manager of the Royal Darwin Hospital, told the Associated Press: "The abdominal injury is very straightforward, I understand, but there is some concern about his chest injuries. His vital signs are all very stable and I understand, before he was sedated, he was speaking in a very clear frame of mind."

The attack on Mr Ramos-Horta, who did much to bring the suffering of East Timor to the attention of the outside world when it was occupied by Indonesia, came at about 7am when two cars carrying rebel soldiers passed his house on the outskirts of the city and began shooting.

Guards returned fire and one of them was killed in the exchange, said a military spokesman.
In the short-term, Mr Gusmao last night ordered a curfew in Dili in an effort to secure stability, although reports said that the city was calm. But in the longer term, East Timor's problems are not going to disappear. Experts say bad feeling remains in the aftermath of the 2006 violence and that there is a need for more inclusive politics.

"Although the new government has sought to establish a broad political consensus after Gusmao was appointed by President Ramos-Horta ... high-level political disputes persist between the government and the opposition Fretilin, which won a majority in [last July's] elections and feels that victory was snatched from them," said Tanja Vestergaard, an analyst with Global Insight. "Such tension is not conducive to establishing a positive peace involving all parties."

Australia, which has considerable energy interests in the oceans off Timor's coast, said it would sent more troops to the international peacekeeping force it currently heads, bringing the total to about 1,000. It also promised to send more police officers. The Australian Prime Minister, Kevin Rudd, said: "Someone out there tried to assassinate the political leadership of our friend, partner and neighbour. They have asked for some help, and we are about to provide it."

Mr Gusmao was appointed prime minister last summer by Mr Ramos-Horta, who succeeded him as president. The appointment was controversial because Mr Gusmao's CNRT party was able to form a government only by creating a coalition. The political opposition Fretelin, of which he was once a member, claimed it should have formed the government. That controversy has not been settled.
...

A mais nova nação da Ásia vacila depois de tentativa de golpe contra o presidente e primeiro-ministro

Por Andrew Buncombe, Correspondente na Ásia
Terça-feira, 12 Fevereiro 2008

O Presidente de Timor-Leste está numa condição estável mas séria ontem à noite, no hospital depois de soldados amotinados terem lançado uma tentativa de golpe que visou a liderança política no pequeno país Asiático.

José Ramos-Horta, um laureado do Nobel, foi aerotransportado para Darwin na Austrália depois de ter sido baleado no estômago e peito por balas quando alegados assassinos abriram fogo na sua casa na cidade de Dili. Apenas uma hora depois, a caravana do Primeiro-Ministro, Xanana Gusmao, foi também atacada, mas escapou ileso.

"Considero este incidente uma tentativa de golpe contra o Estado... e falhou," disse o Sr Gusmão, que liderou durante anos a luta armada pela independência de Timor da Indonésia. "Este governo não cairá por causa disto."

Fontes oficiais disseram que o ataque ao Sr Ramos-Horta foi urdido pelo líder amotinado, Alfredo Reinada, que juntamente com um dos seus homens foi morto no assalto à casa do Presidente. Diz-se que outro líder amotinado, Gastão Salsinha, cometeu o ataque contra o Sr Gusmão.

Timor-Leste é a mais nova nação da Ásia, tendo ganho a independência apenas em 2002, depois de anos de ocupação brutal pelas autoridades Indonésias que foram, pelo menos tacitamente apoiadas por alguns no Ocidente. Apesar da oposição de activistas a Grã-Bretanha vendeu aviões Hawk aos militares Indonésios que foram usados contra civis durante esse tempo.

Mas a meia dúzia de anos de independência não têm sido fáceis. Em 2006, mais de 600 soldados amotinados foram despedidos, desencadeando desassossego que matou 37 pessoas e levou à deslocalização de mais de 150,000. Enquanto a maioria dos soldados regressaram às suas casas, o Sr Reinado não o fez, mantendo-se escondido. Era procurado por vários alegados ataques à polícia e o Sr Ramos-Horta tinha-se encontrado com ele várias vezes, pedindo-lhe que se entregasse.

Os médicos que estão a tratar o Sr Ramos-Horta em Darwin disseram que esperavam que ele fizesse uma "recuperação muito boa " depois da operação. O Dr Len Notaras, gestor do Royal Darwin Hospital, disse à Associated Press: "A ferida abdominal é muito clara, sei, mas há algumas preocupações com as feridas no peito. Os seus sinais vitais são muito estáveis, e sei que antes de ter recebido o sedativo que falava com consciência."

O ataque ao Sr Ramos-Horta, que muito fez para chamar a atenção do mundo para o sofrimento de Timor-Leste, quando estava ocupado pela Indonésia, aconteceu por volta das 7 am quando dois carros que transportavam soldados amotinados passaram frente à sua casa nos subúrbios da cidade e começaram a disparar.

Os guardas responderam e um deles foi morto numa troca de tiros, disse um porta-voz dos militares.


A curto prazo, o Sr Gusmão na noite passada ordenou um recolher obrigatório em Dili num esforço para garantir a estabilidade, apesar das notícias dizerem que a cidade estava calma. Mas a mais longo prazo, não vão desaparecer os problemas de Timor-Leste. Peritos dizem que se mantém ressentimentos depois da violência de 2006 e que há necessidade de políticas mais inclusivas.

"Apesar do novo governo ter procurado um consenso politico alargado depois de Gusmão ter sido nomeado pelo Presidente Ramos-Horta ... persistem disputas políticas de alto nível entre o governo e a Fretilin da oposição, que ganhou a maioria nas eleições [Julho passado] e que sente que a vitória lhe foi roubada," disse Tanja Vestergaard, uma analista na Global Insight. "Tal tensão não conduz ao estabelecimento de paz positive envolvendo todos os partidos."

A Austrália, que tem consideráveis interesses de energia no oceano da costa de Timor, disse que mandará mais tropas para a força militar internacional que lidera correntemente, levando o total para cerca de 1,000. Prometeu também mandar mais polícias. O Primeiro-Ministro Australiano Kevin Rudd, disse: "Alguém lá tentou assassinar a liderança política do nosso amigo, parceiro e vizinho. Eles pediram ajuda, e vamos dá-la."

O Sr Gusmão foi nomeado primeiro-ministro o varão passado pelo Sr Ramos-Horta, que o sucedeu na presidência. A nomeação foi controversa porque o partido do Sr Gusmão, o CNRT apenas foi capaz de formar governo com a criação duma coligação. A Fretilin, a oposição política, de que há tempos foi membro, reclama que devia formar o governo. Esta controvérsia não foi resolvida.
...

Mentira:

"O ataque ao Sr Ramos-Horta, que muito fez para chamar a atenção do mundo para o sofrimento de Timor-Leste, quando estava ocupado pela Indonésia, aconteceu por volta das 7 am quando dois carros que transportavam soldados amotinados passaram frente à sua casa nos subúrbios da cidade e começaram a disparar."

Reinado não entrou em casa de Ramos-Horta a disparar.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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