Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, deverá reocupar o cargo dentro de um mês, disse hoje em Lisboa o presidente do Parlamento Nacional, Fernando de Araújo "Lasama".
O dirigente timorense, que falava no final da audiência de 55 minutos no Palácio de Belém com o presidente Aníbal Cavaco Silva, manifestou-se satisfeito com a evolução do estado de saúde de José Ramos-Horta, alvo de um atentado em Díli.
"Espero que o Presidente (Ramos-Horta) recupere (...) que não leve muito tempo, espero que dentro de um mês o presidente regressará para assumir as suas responsabilidades", destacou.
Homens armados tentaram matar José Ramos-Horta e o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.
O ataque contra Ramos-Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.
Ramos-Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli e foi transferido para uma unidade de cuidados intensivos do hospital de Darwin, Austrália, onde foi sujeito a uma segunda operação.
De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.
Devido à incapacidade actual de Ramos-Horta, Fernando de Araújo deverá assumir interinamente, no regresso dentro de dias a Díli, o cargo de Presidente da República.
Na audiência com Cavaco Silva, o presidente do parlamento timorense disse à saída aos jornalistas que informou o chefe de Estado português da melhoria do estado de saúde de Ramos-Horta.
"O presidente Ramos-Horta está a melhorar e o Presidente Cavaco Silva manifestou preocupação e a sua solidariedade com o povo de Timor-Leste", disse.
"Os dirigentes timorenses, de que eu faço parte, continuam a contar sempre com o apoio do Presidente de Portugal, com o povo português e com os amigos jornalistas que estão sempre atentos à situação em Timor-Leste", acrescentou.
Fernando de Araújo "Lasama" acredita que os acontecimentos em Díli evidenciam uma tentativa de golpe de Estado.
"Foi uma tentativa de golpe de Estado. Se eu estivesse em Timor-Leste também seria um alvo", considerou, salientando que a situação criada pela acção de Alfredo Reinado e Gastão Salsinha "é muito grave".
"A situação é muito grave. Foi um crime muito sério contra o Estado de Timor-Leste", adiantou.
EL.
Lusa/Fim
terça-feira, fevereiro 12, 2008
PR José Ramos-Horta deverá reocupar cargo dentro de um mês - presidente Parlamento Nacional
Por Malai Azul 2 à(s) 18:54
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Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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