quarta-feira, novembro 15, 2006

Parada conjunta F-FDTL / PNTL - Fotografias (4)





.

Parada conjunta F-FDTL / PNTL - Fotografias (3)





Parada conjunta F-FDTL / PNTL - Fotografias (2)



Parada conjunta F-FDTL / PNTL - Fotografias (1)



.

UNMIT Announces Appointment of Deputy Special Representative of the Secretary-General for Timor-Leste


UNMIT - 15 November 2006

DILI­ - Eric Tan Huck Gim has been appointed as Deputy Special- Representative for the Secretary General (DSRSG) for Security Sector and Rule of Law for United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT). Mr. Tan is a retired Brigadier General from the Singapore Armed Forces.

As a member of the senior management team of UNMIT, Mr. Tan is responsible for the security sector support, human rights and transitional justice, the administration of justice support, the UN police and the UN military component. Mr. Tan will act as chief of mission in the absence of the Special Representative.

Mr. Finn Reske-Nielsen, currently Acting SRSG, welcomed the appointment of Mr. Tan. “As we are advancing upon the work of the mission’s mandate I welcome the arrival of Mr. Tan to UNMIT and I’m pleased to have someone of his calibre on board,” he said. “Mr. Tan will be overseeing the security sector support of the Mission which will provide advice on overall governance of the security sector including both police and defence reform. It’s a demanding job but I am confident that Mr. Tan, with his leadership qualities and his excellent professional qualifications, will do a splendid job.”

Before joining UNMIT, Mr. Tan held the position of Director of Administration at Lee Kuan Yew School of Public Policy, National University of Singapore. Mr. Tan served in the Singapore Armed Forces (SAF) for 32 years before his retirement in October 2005. His last assignment in the military was as Commandant of SAF’s Tri-Service Officer Training and Education Institute. This appointment began in November 2003. Prior to that, from 2002 until 2003, Mr. Tan served as Force Commander of the military component in the United Nations In Support of East Timor (UNMISET) leading a multinational force of over 3,000.

As an Artillery Officer, Mr. Tan has held several other command posts including Commander 9th Singapore Division from 2000 to 2002 and Chief Artillery Officer from 1997 to 2000.

.

Exército do Timor reassume segurança de Díli (???)

EFE - 15 de novembro de 2006 - 01:26

Onda de violência entre abril e maio deixou 30 mortos na capital timorense

DÍLI - O Exército do Timor Leste, inativo desde Maio, voltará a ser operacional a partir desta quarta-feira, reassumindo a segurança de Díli, a capital do país, onde uma onda de violência exigiu a intervenção de tropas internacionais e depois de forças da ONU.

O comandante do Exército, o coronel Lere Anan Timor, disse a jornalistas que os soldados sairão dos quartéis e marcharão rumo ao Palácio do Governo. Lá, serão recebidos pelo presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, e pelo primeiro-ministro, José Ramos Horta.

Membros da polícia também participarão da cerimônia, assim como os grupos de jovens que, desde domingo, tem saído às ruas de Díli para pedir a paz e o fim da violência.

O comandante acrescentou que o papel do Exército é servir ao país como elemento integrador de seus habitantes, tanto os da região oriental (lorosae) quanto os da ocidental (loromono).

"Lutamos durante 24 anos na montanha e agora reafirmamos nossa posição de que estamos preparados para servir ao povo do Timor Leste", disse.

Gusmão convidou todos os timorenses a participarem do ato para "promover a união nacional e a harmonia entre as forças de Segurança".

As tensões entre o Exército e a polícia foram uma das causas da violência que tomou conta de Díli entre abril e maio, que deixou 30 mortos e 150 mil desabrigados.

.

Parada das forças defesa e segurança sela... (ACTUALIZADA)

Díli, 15 Nov (Lusa) - Efectivos das forças de defesa e de segurança de Timor-Leste participaram hoje uma parada defronte do Palácio do Governo, em Díli , num acto que traduziu a selagem do compromisso com a paz, segundo o Presidente timorense, Xanana Gusmão.

A iniciativa, a que compareceram os quatro órgãos de soberania, deputad os, membros do governo e corpo diplomático, visou demonstrar o "espírito de unidade e solidariedade" entre as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), de acordo com um comunicado da Presi dência da República.

Efectivos das F-FDTL e da PNTL envolveram-se em confrontos na crise político-militar desencadeada em Abril, que deixou um saldo de mais de 50 mortos, d ezenas de milhares de deslocados e avultados estragos materiais em bens públicos e privados.

Cerca de 600 efectivos das duas forças participaram na parada, que contou com discursos de Xanana Gusmão, do presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo", do primeiro-ministro José Ramos-Horta, e do presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes, que discursaram em tétum.

A tónica dos quatro discursos assentou na necessidade dos militares e polícias timorenses assegurarem à população que a crise estava a acabar e que importava demonstrar um clima de unidade.

Xanana Gusmão, que começou por saudar a iniciativa dos jovens da capital em prol da paz, que desde segunda-feira participaram em marchas que atravessar am Díli com apelos nesse sentido, pediu às forças em parada que seguissem aquele exemplo.

"Com a acção destes jovens, temos que aprender a parar com a violência" , disse. "Esta parada é para demonstrar ao povo que os seus filhos estão novamente unidos e assim vão continuar", acrescentou.

Xanana Gusmão salientou que os culpados pela crise no país são os quatr o órgãos de soberania e lançou três apelos.

Aos jovens para que "acabem com a violência e façam a paz", às forças de segurança para que contribuam para o clima de paz que todos desejam e à população para que colabore com as forças armadas e a polícia timorenses, "quando regressarem ao activo".

"Só assim poderemos dar garantias aos deslocados que podem regressar às suas casas", vincou.

Quando Francisco Guterres "Lu-OLo" interveio, ocorreu um episódio que provocou reacções diversas entre a assistência.

Dirigindo-se às entidades oficiais presentes, trocou o nome do primeiro -ministro José Ramos-Horta pelo de Mari Alkatiri, anterior chefe de governo e líder do partido maioritário, a FRETILIN.

Enquanto José Ramos-Horta procurava conter o riso, Xanana Gusmão, mais circunspecto, cofiou a barba, e do meio da assistência avolumaram-se as trocas de olhar e os murmúrios.

Depois dos discursos, jovens da comissão organizadora das marchas pela paz que segunda-feira e terça-feira percorreram as ruas de Díli, entregaram a cada militar e polícia uma flor, realizando-se no final o desfile dos 600 efectivos, acompanhado por palmas dos assistentes, cerca de 1.500 pessoas em redor do espaço fronteiro ao Palácio do Governo.

A parada seguiu-se aos encontros, realizados em privado, de Xanana Gusm ão com efectivos de cada uma das forças e a um encontro com representantes das forças armadas e polícia, a que se juntou o primeiro-ministro José Ramos-Horta, n uma confraternização em Balibar, a 20 quilómetros de Díli, na residência particu lar do chefe de Estado, há cerca de duas semanas.

EL-Lusa/Fim

.

UNMIT Daily Media Review

Wednesday, 15 November 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste


IDPs Are Now Returning Home

Following a community meeting with youth representatives for Becora and Kulau, Joao da Silva “Choque” and Jacinto da Silva “Hadia Kulau”, some IDPs have started returning home. STL reports that the meeting, held in a familiar/friendly environment and moderated by Fr. Guilhermino of Becora Parish, discussed many issues of concern like guaranteeing security. Jacinto da Silva ‘Kulau’ said Kulau was one of the worst affected areas during the crisis and the youth must start to play a greater role in establishing a peaceful environment to assure security for the IDPs wishing to return to their homes, adding, many people from the east have now returned to their residences. He further said the youth of Kulau have welcomed the notion and are providing security for those who have decided to return home. Jacinto da Silva ‘Kulau’ said he is delighted with the peace actions achieved by the youth in relation to the 12 November massacre anniversary commemoration. He pointed out that a step has been achieved and has opened the way for dialogue and community re-integration, adding, the next phase would be to clear the camps opposite the seaport, the airport and other areas. Joao da Silva “Choque” said the two-day peace march was successful despite some incidents of rock throwing, which according to him is not important, as there are always provocateurs, and appealed to the organizers to continue to maintain their position and work for peace and stability of the nation. The Coordinator of Comoro airport camp, José da Silva Gusmão has stressed that the IDPs of that camp have expressed the desire to return to their homes if the youths assures them safety. (STL)

Major Tara Met With Brigadier General

Major Agusto de Araújo “Tara” met with F-FDTL Brigadier General Taur Matan Ruak for the second time in relation to plans for the veterans to travel to Dili and stabilize the situation. MP Riak Leman organized the meeting. He said that many people, including the government, initially agreed to the plan but the government then decided not to support it because of lack of funds,. Apart from the plan, both Tara and Ruak discussed the subsidies for the petitioners as some of them from Ainaro District are currently facing extreme difficulties. They also discussed the construction of houses for the veterans and for the people who lost their homes as a result of the crisis. (STL)

Strict Access For Media

Journalists of Timor Post (TP) and Diario Nacional have reported that the media is facing difficulties in accessing information on the current Prime Minister’s activities which contrasts to that of the former Prime Minister’s office. According to TP, during Prime Minister Alkatiri’s period, his public relations staff allowed the media access to his daily activities. The journalists are reportedly unhappy with the system adopted by PM’s Ramos-Horta public relations office (TP)

Delegation From Britain Meets Barris

A delegation from Great Britain including the Jakarta based Ambassador visited Timor-Leste on Tuesday and met with the Minister of Interior Alcino Barris to discus security and justice assistance. According to Barris, it was also an opportunity to explain to the delegation the functions of the police before and after the crisis and the vision of the ministry’s development.

President Determined To Withdraw Project

Francisco Guterres “Lu-Olo” is determined to withdraw the electoral project law from Commission A of the National Parliament if it continues to delay the presentation of the document to the plenary. Guterres said the document was presented to the Commission on October 25 and he personally does not know what is stopping it. But he insists that the report and the suggestions must be approved and presented to the plenary session for discussion and approval within this week, adding that it would enable STAE and the National Electoral Commission to proceed with preparations for the 2007 elections. (TP)

***

SEAPA/Pacific Media Watch - Wednesday, 15 November 2006, 10:59 am

As Political Violence Rages, Journalist Stoned by Mob, Receives Death Threats

BANGKOK - A local Agence France-Presse (AFP) stringer, Nelson da Cruz, was struck in the face with a stone thrown by an unidentified youth while on his way to report a riot in Dili on 9 November 2006.

Da Cruz, who is also a journalist with Television of Timor-Leste (TVTL), was about to drive three friends to their house in Kampung Baru, Komoro, a Dili suburb, when he received a tip about a riot in the nearby Kolmera district.

Along the way, at the junction of Kolmera and Bebora, a group of youths armed with sickles and knives were stoning passing cars and trying to open the vehicles' doors. They managed to stop Da Cruz's car and asked whether he was from "Lorosae or Loromonu" (the eastern or western part of East Timor).

Da Cruz responded by identifying himself as a journalist. Dissatisfied, the youths repeated their question. As Da Cruz was about to reply again, one of them hurled a stone that struck his right cheekbone; another hit the car's window. When Da Cruz started to bleed profusely, the group let him go.

Da Cruz sought treatment at a hospital, where he received four stitches to his wound. He then reported the incident to the "Timor Post" office in Bebora, to the nearby "Suara Timor Lorosae" newspaper and to the AFP editor in Jakarta, Indonesia.

Since April, violence arising from differences between the eastern and western regions of East Timor has killed at least 37 people and driven 15 percent of the population from their homes. The United Nations police force is helping to restore order in this young nation with a traumatic past, which won independence from Indonesia only in 2002.

Da Cruz and his colleagues have been staying at their office since their houses were burnt down. They also fear for their lives, having received death threats.

Responding to the attack on Da Cruz, "Suara Timor Lorosae" Co-Deputy Editor-in-chief Domingos Saldanha appealed to the community to view journalists as their friends, saying that journalists would not engage in activities that harm the people.

"A journalist's task is to cover news stories from the community and transmit them to the public. As journalists, we do not distinguish [between races, or people of different ethnic origin] and religion . . . we always look at the people of Timor-Leste as one community," he said.

***

The Age - November 15, 2006

Hugs, tears in Dili lift peace hopes
Lindsay Murdoch, Darwin

AFTER months of violence, hundreds of youths from rival gangs have gathered on the streets of Dili to embrace each other, shed tears and celebrate a fragile peace.

"It seems that peace, not war, is breaking out in East Timor," the country's Prime Minister, Jose Ramos Horta, said yesterday.

Despite more than 60,000 people still living in squalid refugee camps too afraid to return to their homes, and armed rebels remaining at large in East Timor's mountains, Mr Ramos Horta said recent meetings involving himself, President Xanana Gusmao and leaders of the country's army and police may mark the end of months of violence that left more than 30 dead and 2000 homes and buildings destroyed.

The Prime Minister said he had heard "honest and humble words" from the army and police leaders and they had pledged to work together for reconciliation, stability and peace.

"To consolidate peace, much more needs to be done in the coming days and weeks, but no matter what obstacles are placed in front of us we will not give up on seeking peace, harmony and democracy," he said in a statement released in Dili.

Mr Ramos Horta said that over the past few days more than 1000 youths had shed tears and embraced each other in peace rallies on the main road between Dili and the airport, the scene of some of the worst recent violence. A formal meeting of all of East Timor's political actors would be held in Dili on November 21.

Mr Ramos Horta, who took office in June at the height of political upheaval, said that as Defence Minister it was his responsibility to ensure East Timor's 800-strong military was armed, but he said he would not buy more weapons for the police or army.

"There are too many weapons in our country as it is," he said. "All of us have seen too much killing, too much violence and too much mourning. "I see my role as looking after the minds and souls of our military and police. Enough of guns!"

.

Parada das forças defesa e segurança sela compromisso para a paz

Díli, 15 Nov (Lusa) - Efectivos das forças de defesa e de segurança de Timor-Leste participaram hoje uma parada defronte do Palácio do Governo, em Díli , num acto que traduziu a selagem do compromisso com a paz, segundo o Presidente timorense, Xanana Gusmão.

A iniciativa, a que compareceram os quatro órgãos de soberania, deputados, membros do governo e corpo diplomático, visou demonstrar o "espírito de unidade e solidariedade" entre as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), de acordo com um comunicado da Presidência da República.

Efectivos das F-FDTL e da PNTL envolveram-se em confrontos na crise político-militar desencadeada em Abril, que deixou um saldo de mais de 50 mortos, dezenas de milhares de deslocados e avultados estragos materiais em bens públicos e privados.

EL-Lusa/Fim

ARMY OFFICIAL, MILITIA LEADER MUST HAND IN WEAPONS SAYS PM

Dili, 15 Nov. (AKI) - East Timor Prime Minister, Jose Ramos-Horta accused renegade soldier, Major Alfredo Reinado Alves and civilian militia group leader, Vicente "Railos" da Conceicao, of still holding weapons and urged them to surrender them. "I have credible information that Major Reinado and Railos groups are still holding automatic weapons and I do not know what for. To stop the bloodshed in East Timor, I urge them to hand the rest of the weapons to the international troops or UNPOL (United Nation police)," Ramos-Horta told Adnkronos International (AKI).

Australian-trained Major Reinado deserted on 4 May 2006 to join approximately 600 former soldiers who had been sacked after complaining of discrimination in promotions. Their dismissal started the East Timor crisis. Arrested for his role in the violence, Major Reinado is still at large after having escaped from prison on 30 August.

Vicente “Railos” da Conceicao is the leader of a civilian militia allegedly set up by former Prime Minister Mari Alkatiri to get rid of his political adversaries.

Both Major Reinado and Vicente “Railos” da Conceicao have allegedly handed in their weapons in the past few months.

Horta underlined that a failure to comply with his ultimatum will lead to dire consequences.

“It is the international troops’ duty to hunt down people who have no right to hold weapons like Major Alfredo and the Railos group. There will be no mercy for them if they are still holding weapons,” Ramos-Horta told AKI adding that the two rebels were hiding in the forests.

The premier's words angered militia leader “Railos” da Conceicao, met by Adnkronos International in his house in Liquica town.

Railos, who said that he never left his town, defined Ramos-Horta as “a not very intelligent man,” and said that the prime minister has no evidence and does not really want to solve the problem.

“I never left Liquica town and run to the forest as Horta said. My group and I handed over our weapons to the international troops in front of Horta himself and other dignitaries in July. How can he still accuse me of holding weapons? This is a serious accusation,” he told AKI.

“Horta is not very cleaver and lacks the political will to solve the problem,” Railos added.

Railos militia’s weapons were distributed from a branch of the security apparatus arsenal. In the meantime, UNMIT acting Administrator, Finn Reske-Nielsen in Dili confirmed that 96 percent of the weapons have now been collected and are accounted for.

“Well over 3,000 weapons have been collected already, including the vast majority of the long-barrel weapons,” Reske-Nielsen told AKI.

However, UNPOL commissioner in East Timor, Antero Lopes, said that there are some 200 weapons that belong to national police still unaccounted for.

“About 200 of the PNTL [East Timor police]’s weapons that have been distributed have not been recovered yet and we are tracing them,” Lopes added.

.

Email UNMIT - Aviso de segurança

Subject:* SECURITY ADVISORY - WEDNESDAY 15 NOVEMBER - PEACE PARADE

UNMIT Security Timor-Leste

All UN Staff Security Advisory 15 November, 2006

Dear Colleagues,

*SECURITY ADVISORY – WEDNESDAY 15 NOVEMBER *

* *

* Please be advised that a large gathering of F-FDTL and PNTL
personnel will take place in central Dili this afternoon
(Wednesday 15 November). A combined parade will take place at the
request of the President and the Prime Minister as part of the
process of national dialogue and reconciliation. Details known so
far are as follows:

* Around 300 members of F-FDTL (a small number of whom may be armed)
together with a similar number of PNTL personnel will travel to
Dili from the districts to take place in a parade in front of the
Government Buildings. The F-FDTL contingent will assemble at Taci
Tolu and march from there at around 3:30pm with PNTL departing
Police HQ at 1545.

* Proceedings will commence at 5:00pm with speeches by the President
and the Prime Minister. Other senior political figures will also
speak, the A/SRSG will be present and the final address will be
that of the Bishop of Dili, with proceedings planned to be
complete at 6:15pm.

* It is to be expected that the ‘Peace Marchers’ who have
demonstrated around Dili in recent days will attend together with
members of the public, thereby likely increasing the numbers of
persons present to well in excess of 1,000.

* It is expected that, in the spirit of national dialogue and
reconciliation, the assembly will be peaceful and without
incident, and UN staff members may expect to see movement of
F-FDTL and PNTL in numbers through Dili. Traffic will be
controlled by UNPol and traffic congestion is likely in the city
centre.

* Staff members are advised that from 3:00pm they should avoid any
unnecessary travel by vehicle in the area of the Government
Buildings and the routes by which the contingents will assemble.

* It is understood that F-FDTL members will return to their base
locations this evening but, as it is likely that groups of youths
will be assembled, staff members are advised to act with the usual
caution and to avoid crowds or movement by night.

...

Bush tem uma oportunidade para responsabilizar terroristas

Seattlepi.com
Quarta-feira, Novembro 15, 2006

Por AMY GOODMAN
Colunista convidada

As tropas marcharam devagar, com as suas M-16s fabricadas nos USA levantadas. Foi em 12 de Novembro de 1991, um dia que ficará para sempre gravado na minha memória e na história. Estava a fazer reportagem em Timor-Leste, uma pequena ilha nação a 300 milhas a norte da Austrália, brutalmente ocupada pela Indonésia desde 1975. Um terço da população -- 200,000 Timorenses -- tinham sido mortos num dos piores genocídios do 20º século.

Milhares marcharam essa manhã para o cemitério de Santa Cruz para lembrar Sebastião Gomes, ainda um outro jovem Timorense morto por soldados Indonésios. Estava a fazer um documentário para a Rádio Pacifica. O meu colega Allan Nairn estava a escrever para o The New Yorker magazine. Numa terra onde não havia liberdade de expressão, de imprensa ou de reunião, perguntámos às pessoas: "Porque é que estão a arriscar as vossas vidas, ao (estarem nesta) marcha?"

"Faço-o pela minha mãe," respondeu um. "Faço-o pelo meu pai," disse um outro. "Faço-o pela liberdade."

No cemitério, vimos centenas de tropas Indonésias a virem pela estrada, 12 a 15 por fila. Os militares indonésios tinham cometido muitos massacres no passado, mas nunca na presença de jornalistas Ocidentais. Caminhámos para a frente da multidão, com a esperança de a nossa presença poder parar o ataque. Crianças murmuravam por detrás de nós. Pus o meus auriculares, peguei no meu gravador e empunhei p meu microfone como uma bandeira. Queríamos alertar as tropas que desta vez estavam a ser vistos pelo mundo.

Os Timorenses não podiam escapar. Estavam numa ratoeira (formada) pelos muros do cemitério que ladeavam ambos os lados da estrada. Sem qualquer aviso, provocação ou hesitação, os soldados passaram por nós e abriram fogo.

As pessoas foram destroçadas. As tropas continuaram simplesmente a disparar, matando qualquer um que ainda estivesse de pé. Um grupo de soldados cercou-me. Começaram por me sacudir o meu microfone na minha cara. Então com os canos das suas espingardas deitaram-me ao chão e pontapearam-me com as suas botas. Eu tentava respirar. O Allan atirou-se para cima de mim para me proteger de mais agressões.

Os soldados empunhavam as suas espingardas como se fossem tacos de baseball, batendo contra a sua cabeça até lhe facturarem o crânio. Ficou deitado na estrada com espasmos, coberto de sangue, incapaz de se mexer. De repente, cerca de uma dúzia de soldados alinharam-se como num pelotão de fuzilamento. Encostaram as suas armas contra as nossas cabeças e gritaram, "Política! Política!" Acusavam-nos de estarmos envolvidos na política, um crime claramente punido com a pena de morte. Perguntavam, "Austrália? Austrália?" Os Indonésios executaram seis jornalistas Australianos durante a invasão de 1975.

Gritávamos, "Não, somos da América!" Atirei-lhes o meu passaporte. Quando reganhei a respiração, disse outra vez: "Somos da América! América!" Finalmente, os soldados baixaram as suas armas. Pensamos que foi por sermos do mesmo país donde vieram as armas. Se nos matassem teriam que pagar por nós um preço que nunca tiveram de pagar por matarem Timorenses.

Pelo menos 271 Timorenses morreram nesse dia, no que ficou conhecido como o massacre de Santa Cruz. As tropas Indonésias continuaram a matar durante dias. Este nem sequer foi um dos maiores massacres em Timor-Leste, e não seria o último. Foi simplesmente o primeiro que foi testemunhado por estrangeiros.

Escrevo sobre o massacre esta semana não só para lembrar o 15º aniversário desse evento e todos os que morreram nesse dia. O Presidente Bush vai em direcção à Indonésia na Segunda-feira. Isto dará ao presidente e ao Congresso uma oportunidade para mostrar que são sérios quando falam em responsabilizar os terroristas. Se cortassem toda a ajuda militar à Indonésia até os responsáveis pelo massacre e pela política de genocídio serem responsabilizados, estariam a mostrar ao mundo que os USA estão ao lado da justiça. O Congresso dos USA tem de ouvir o pedido da Comissão de Timor-Leste para o Acolhimento, Verdade e Reconciliação para (haver) um tribunal internacional de direitos humanos e para reparações de países e corporações que apoiaram a ocupação brutal.

A definição de terrorismo é a mesma em todas as línguas, seja praticada por indivíduos ou por Estados, pela al-Qaida ou, em nosso nome, por governos apoiados pelos USA que abusam dos direitos humanos. É triste dizer, até agora, a administração Bush e o Congresso ignoraram o pedido de justiça. O que nós testemunhámos e sobrevivemos há 15 anos atrás foi a terrorismo, puro e simples -- o assassínio de civis inocentes.

Amy Goodman tem o programa noticioso de rádio "Democracy Now!" Distribuido King Features Syndicate.

.

Ja chegaram as F-FDTL

Austrália sob suspeita nas Salomão

Público, 15/11/06

O primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, do Partido Popular Progressista, anunciou ontem que vai pedir o fim da imunidade legal da força pacificadora estrangeira no seu país, sob comando australiano, porque os seus elementos "estão a fomentar a prática da prostituição".

O responsável pela Missão Regional de Assistência às Ilhas Salomão, o australiano Tim George, desmentiu que os mais de 300 polícias e 200 soldados da (RAMSI, segundo o acrónimo em inglês) estejam a levar prostitutas locais para a sua base, nos arredores da capital do arquipélago, Honiara.

Uma força de 2300 militares e polícias foi enviada em 2003 para aquele país da Melanésia, para pôr fim a anos de actos de violência que mataram centenas de pessoas e forçaram pelo menos outras 20.000 a deixar as suas casas.

As Ilhas Salomão são uma monarquia constitucional, de pouco mais de meio milhão de habitantes. A rainha Isabel II da Inglaterra está representada pelo governador geral Sir Nathaniel Waena.

.

A PNTL já chegou ao Palácio do Governo

Aguarda-se as F-FDTL.

Parada conjunta F-FDTL/PNTL em frente Palácio Governo 17:00

A cerimónia será presidida pelo Presidente da República, e contará com a presença do Presidente do Parlamento, Primeiro-Ministro, Presidente do Tribunal de Recurso, Membros do Governo, Deputados, Corpo Diplomático.

A população e a comunidade internacional foi convidada a assistir.

Curiosamente o PNUD enviou a seguinte mensagem:

A combined F-FDTL-PNTL peace march and parade will occur in front of the CPA at 5:00 pm today. F-FDTL will march from Taci Tolu at 3:30 pm. Avoid these areas.

.

Bush has chance to hold terrorists accountable

Seattlepi.com
Wednesday, November 15, 2006

By AMY GOODMAN
GUEST COLUMNIST

The troops marched slowly, their U.S.-made M-16s raised. It was Nov. 12, 1991, a day that would forever be seared into my memory, and into history. I was reporting in East Timor, a small island nation 300 miles north of Australia, brutally occupied by Indonesia since 1975. A third of the population -- 200,000 Timorese -- had been killed in one of the worst genocides of the 20th century.

Thousands marched that morning toward the Santa Cruz cemetery to remember Sebastião Gomes, yet another young Timorese killed by Indonesian soldiers. I was doing a documentary for Pacifica Radio. My colleague Allan Nairn was writing for The New Yorker magazine. In a land where there was no freedom of speech, press or assembly, we asked people: "Why are you risking your lives by marching?"

"I'm doing it for my mother," one replied. "I'm doing it for my father," said another. "I'm doing it for freedom."

At the cemetery, we saw hundreds of Indonesian troops coming up the road, 12 to 15 abreast. The Indonesian military had committed many massacres in the past, but never in front of Western journalists. We walked to the front of the crowd, hoping that our presence could stop the attack. Children whispered behind us. I put on my headphones, took out my tape recorder and held up my microphone like a flag. We wanted to alert the troops that this time they were being watched by the world.

The Timorese couldn't escape. They were trapped by the cemetery walls that lined both sides of the road. Without any warning, provocation or hesitation, the soldiers swept past us and opened fire.

People were ripped apart. The troops just kept shooting, killing anyone still standing. A group of soldiers surrounded me. They started to shake my microphone in my face. Then they slammed me to the ground with their rifle butts and kicked me with their boots. I gasped for breath. Allan threw himself on top of me to protect me from further injury.

The soldiers wielded their M-16s like baseball bats, slamming them against his head until they fractured his skull. He lay in the road in spasm, covered in blood, unable to move. Suddenly, about a dozen soldiers lined up like a firing squad. They put the guns to our heads and screamed, "Politik! Politik!" They were accusing us of being involved in politics, a crime clearly punishable by death. They demanded, "Australia? Australia?" The Indonesians executed six Australian journalists during the 1975 invasion.

We shouted, "No, we're from America!" I threw my passport at them. When I regained my breath, I said again: "We're from America! America!" Finally, the soldiers lowered their guns from our heads. We think it was because we were from the same country their weapons were from. They would have to pay a price for killing us that they never had to pay for killing Timorese.

At least 271 Timorese died that day, in what became known as the Santa Cruz massacre. Indonesian troops went on killing for days. It was not even one of the larger massacres in East Timor, and it wouldn't be the last. It was simply the first to be witnessed by outsiders.

I write about the massacre this week not just to remember the 15th anniversary of that event and those who died that day. President Bush is headed to Indonesia on Monday. This will give the president and Congress an opportunity to show they are serious about holding terrorists accountable. If they were to cut all military aid to Indonesia until those responsible for the massacre and for the policy of genocide are held accountable, they would be showing the world that the United States stands on the side of justice. The U.S. Congress must hear the East Timor Commission for Reception, Truth and Reconciliation's call for an international human-rights tribunal and for reparations from the countries and corporations that supported the brutal occupation.

The definition of terrorism is the same in all languages, whether carried out by individuals or states, by al-Qaida or, in our name, by U.S.-supported governments abusing human rights. Sad to say, the Bush administration and Congress have so far ignored the call for justice. What we witnessed and survived 15 years ago was terrorism, pure and simple -- the killing of innocent civilians.

Amy Goodman hosts the radio news program "Democracy Now!" Distributed by King Features Syndicate.

.

Comunicado - PM em inglês

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER

MEDIA RELEASE

Dili, November 15 2006

Soldiers and police rally to show solidarity, peace and trust

In an extraordinary display of solidarity, trust and friendship, hundreds of Timor-Leste’s soldiers and police will this afternoon march together to the Palacio do Governo where they will be received by the President of the Republic, the President of Parliament and the Prime Minister.

President Xanana Gusmão, the President of Parliament Francisco Guterres “Lu-Olo”, and the Prime Minister Dr José Ramos-Horta will greet the marchers around 5 p.m. and each of the nation’s leaders will make a short speech.

“I invite all the people – Timorese and the international community – to come and join our soldiers and police at the Palacio,” President Gusmão said today.

“The wounds of recent events are healing and our forces are showing us the way towards a lasting peace.

“I am moved by the unity and friendship shown by our soldiers and police, and particularly by their leaders.

“They have faced a most severe ordeal and emerged even stronger. Their unselfish actions send a very clear message to all of Timor-Leste, and that message is one of peace, unity and harmony.”

Tomorrow’s rally at the Palacio follows meetings held recently between the President, the Prime Minister and leaders of Timor-Leste’s army and police.

“I have had many meetings with the leaders of the soldiers, F-FDTL senior officers, both formally and informally sharing conversations and meals with them,” Dr Ramos-Horta said.

“And in the last couple of weeks Brigadier Taur Mata Ruak, the army’s commander, has met President Xanana for frank and fraternal discussions on how, and where, this country should progress.

“These meetings were followed by larger gatherings involving the President, myself and all senior and middle-ranking army and police officers. The informal gathering at President Xanana’s private residence in Balibar last Thursday was a particularly moving one.”

President Xanana said he hoped as many people as possible would come to the rally.

.

Apelos à paz não evitam a violência

TUTELA DA FRETILIN

Jornal de Notícias, 15/11/06
Por: Orlando Castro


Ao mesmo tempo que pelo menos duas pessoas ficavam feridas nos recontros registados em Bebonuk (Díli), entre jovens das partes leste e oeste do país, o presidente timorense, Xanana Gusmão, voltava a exigir que a FRETILIN revele a identidade dos que, segundo o partido maioritário, elaboraram "um plano bem traçado de contra-inteligência", tendo em vista a subversão da ordem constitucional.

A violência surgiu quando dezenas de jovens, armados com catanas, dardos e setas, e munidos de pedras, se envolveram em confrontos directos.

Apesar dos incidentes, noutros pontos da cidade continuam as marchas de jovens em prol da paz. Militares da GNR, que estavam a enquadrar uma das colunas, disseram que já tiveram que resolver dois pequenos incidentes, marcados por apedrejamentos entre grupos rivais, na rotunda de Caicoli, junto ao antigo mercado, e na zona do Matadouro, entre os bairros de Balide e Vila Verde.

"Indiquem-nos, por favor, essas maldosas pessoas! O povo unido até pode ajudar a apanhá-las e metê-las em Becora (principal prisão em Timor-Leste), para aprenderem a perceber que a nossa democracia não permite manifestações contra o Governo! Eu creio que o povo ficará contente e descansado por, finalmente, castigarmos esses 'profundamente anti-democráticos e golpistas'. Mas revelem-nos os nomes por favor", lê-se no texto em que Xanana desafia a FRETILIN.


O ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri afirma que o actual Governo, chefiado por Ramos-Horta, é tutelado por si e pela FRETILIN e que "esse foi o acordo estabelecido". "Uma vez por semana, pelo menos, reúno-me com o primeiro-ministro. Esse foi o acordo estabelecido antes da formação do Governo, diz Alkatiri referindo que tudo está muito claro "O primeiro-ministro está a chefiar um Governo da FRETILIN e eu sou o secretário-geral da FRETILIN". Ou seja, "qualquer Governo tem tutela. É a política do partido vencedor" das eleições".

.

Notícias - traduzidas pela Margarida

Associated Press - 14 Nov 2006

HONIARA, Ilhas Salomão (AP)

O Primeiro-Ministro das Ilhas Salomão Manasseh Sogavare disse na Terça-feira que removerá a imunidade legal da missão liderada pelos Australianos acusando o seu pessoal de estar a alimentar uma indústria ilegal de sexo.

O pessoal tem estado a introduzir prostitutas locais na base da Missão de Assistência Regional das Ilhas Salomão conhecida pelas iniciais RAMSI , fora da capital Honiara, disse Sogavare.

A prostituição, apesar de estar à vista, é ilegal na nação do Pacífico Sul corroída pela pobreza.

“Isto é contra a nossa lei mas o pessoal da RAMSI a cometer estes crimes não pode ser processado sob as nossas leis,” disse Sogavare numa declaração. Não explicou quem é que fez as alegações contra o pessoal da RAMSI.

Sogavare disse que o seu governo pode remover a imunidade criminal dado ao pessoal da RAMSI.

“Isto ... aponta para uma necessidade de rever essas imunidades,” disse Sogavare.

A missão de segurança é constituída por cerca de 300 polícias e 200 militares da Austrália e das nações vizinhas do Sul do Pacífico.

.

Activistas temem que pacto de segurança possa constranger a independência das campanhas

ABC News Online

Última actualização: Terça-feira, Novembro 14, 2006. 4:41pm (AEDT)

O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer assinou um pacto de segurança com o seu contraparte Indonésio Hassan Wirayuda na ilha de Lombok durante a noite. (AFP)

Há receios que o novo pacto de segurança da Austrália com a Indonésia possa constranger os activistas Australianos de agitarem pela independência de algumas províncias Indonésias.

Isso é apesar das garantias do Ministro dos Negócios Estrangeiros Alexander Downer.

O Tratado Lombok foi assinado ontem à noite, comprometendo-se a Austrália e a Indonésia a cooperarem na defesa, aplicação da lei e contra-terrorismo.

Significa também que nenhum dos países pode apoiar ninguém que ameace a soberania do outro ou a integridade territorial.

Rob Wesley Smith fez campanha pela independência de Timo-Leste durante mais de 20 anos.

Diz que o tratado pode ser usado para obstruir campanhas pela independência em curso na Indonésia.

"Este tratado foi criado na realidade pata travar o mesmo tipo de apoio para o Oeste de Papua como Timor-Leste beneficiou dos Australianos," disse.

Mas Mr Downer desvalorizou essas preocupações.

"A unidade da nação Indonésia não é somente do interesse dos Indonésios, mas é algo que é do interesse de toda a região," disse.

.

Comunicado - PM - em português(!)

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
_____________________________________________________________________

COMUNICADO DE IMPRENSA

Dili, 13 de Novembro de 2006

Lágrimas de alegria num momento em que a paz, e não a guerra, começa a rebentar em Timor-Leste

Jovens residentes em algumas das áreas mais problemáticas de Dili e membros de grupos rivais, sairam às ruas para celebrar a paz, abraçando-se e derramando lágrimas.
“Parece que é a paz e não a guerra que está agora a rebentar em Timor-Leste,” afirmou o Primeiro-Ministro, José Ramos-Horta.

Na noite passada, reuniram-se mais de uma centena de jovens na principal rua que liga o centro de Dili ao Aéroporto – local que tem servido de cenário a alguns dos piores episódios da violência recente – abraçando-se, cantando e entoando a palavra “paz”. Esta celebração da paz, espontânea, continuou hoje, com uma marcha até ao centro de Dili.

O “rally da paz” surgiu no seguimento de encontros recentes entre o Presidente da República, Xanana Gusmão, o Primeiro-Ministro e os lideres da polícia e do exército de Timor-Leste.

“Eu reuni-me muitas vezes, formal e informalmente, com os lideres dos soldados, os oficiais das F-FDTL,” disse Ramos-Horta . “E nas últimas semanas, o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak , Comandante das F-FDTL, encontrou-se com o Presidente Xanana, desenrolando-se conversas fraternas e francas relativas ao progresso do país.”

“Estas reuniões seguiram-se de longos convívios entre o Presidente, eu próprio e todos os lideres das F-FDTL e da PNTL. O encontro informal na residência privada do Presidente Xanana, em Balibar, na passada Quinta-feira foi muito comovente.”

“Este é o resultado dos esforços de muitos timorenses – o Presidente, os Ministros deste Governo, a Igreja, através dos Bispos, dos padres e das freiras – e do programa Simu Malu, lançado pelo Governo, sevindo de plataforma para o diálogo.

“Estas pessoas recusaram-se a desistir de procurar a paz e continuaram em conversações entre si.”

Ramos-Horta, que acumula a pasta de Ministro da Defesa, declarou que não serão compradas mais armas para o exército e para a polícia.

“Existem já demasiadas armas neste país”, afirmou o Primeiro-Ministro “Todos nós assistimos a demasiadas mortes, violência e luto. Chega de armas!”

Ramos-Horta disse e ouviu “palavras honestas e humildades” dos líderes do exército e da polícia e todos se comprometeram a trabalhar em conjunto pela reconciliação, estabilidade e paz.

“Para consolidar a paz, muito mais precisa de ser feito nos próximos dias e semanas. Independentemente dos obstáculos que possam surgir, não desistiremos de procurar a paz, a harmonia e a democracia,” afirmou Ramos-Horta.

No seguimento das conversações informais ocorridas na passada semana, espera-se que o primeiro encontro oficial de todos os actores políticos timorenses ocorra em Dili, a 21 de Novembro. Uma grande celebração, inserida na Iniciativa de Diálogo Nacional, está planeada para 10 de Dezembro.

“A Presidência, o Parlamento e o Governo continuarão a trabalhar de mãos dadas para assegurar que o diálogo em prol da paz seja bem sucedido e garatir que nenhum cidadão timorense, partido político ou grupo seja dele excluido,” disse Ramos-Horta.

“Um financiamento substancial foi assegurado pelo Governo de Timor-Leste para suportar esta iniciativa de diálogo. Além disso, o Governo da Noroega respondeu de forma positiva a um apelo meu, enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros, para sermos apoiodos neste esforço de diálogo”, acrescentou.

“A Noroega foi muito generosa ao dispensar a Timor-Leste os serviços do Bispo Gunnas Stalsett de Oslo, antigo membro do Comité do Prémio Nobel da Paz, para nos ajudar neste esforço de paz”.

O Bispo Stalsett é o principal assessor estrangeiro do Presidente e do Primeiro-Ministro, no auxílio à criação de pontes de entendimento entre os vários actores sociais e políticos.

Esta é a segunda vez que o Bispo visita Timor-Leste e até agora desencadeou dezenas de encontros com todos os interessados.

.

Comunicado - PM - em português(!)

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER

MEDIA RELEASE

Dili, November 13 2006

Primeiro-Ministro quer definir rapidamente Estatuto de Propriedades em Timor-Leste

O estatuto de propriedade de três importantes edifícios, situados em Dili, necessitam de definição urgente, para que possam ser tomadas decisoes quanto ao seu melhoramento e reabilitação, afirmou hoje o Primeiro-Ministro, José Ramos Horta.

“Se Timor-Leste quer atrair investimento, é essencial dar a garantia do Estatuto de Propriedade aos investidores, tanto locais como estrangeiros, para que sintam confiança no nos investimentos que fazem”, alertou o Primeiro-Ministro.

“Os edifícios da Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho (SAPT), Associação Comercial Agrícola e Industrial de Timor (ACAIT) e Associação Chinesa já chegaram a ter rendas pagas, mas passado algum tempo deixaram de ser rentabilizados”, esclareceu o Primeiro-Ministro.

“Obviamente o resultado é a degradação o que afecta a modernização e requalificação urbanística da cidade de Dili.Os três edifícios estão no limbo há demasiado tempo”, acrescentou José Ramos Horta.

“Dili fica a perder pela falta de investimento e desenvolvimento urbanístico nas zonas mais bonitas e com melhor localização na cidade. Quando ficar definido o Estatuto de Propriedade todos vão ter vontade de investir”, afirmou ainda o Primeiro-Ministro.

O Primeiro-Ministro estabeleceu o fim desta semana como prazo para a Direcção Nacional de Terras e Propriedades resolver esta situação considerada urgente.

“A Direcção Nacional está a trabalhar intensamente e com rapidez para dar seguimento a um grande número de decisões importantes, mas neste caso não é possível esperar mais tempo, é altura de resolver”, garantiu Ramos-Horta.

O edifício SAPT, situa-se na zona norte de Dili junto ao Banco Nacional Ultramarino (BNU), o edifício ACAIT está localizado no coração da capital perto do Palácio do Governo e a Associaçao Chinesa em frente ao mar.
.


Nota: Congratulamo-nos que btenham passado a enviar uma versão portuguesa dos comunicados. Mas já agora podem traduzir o cabeçalho, principalmente o nome do país!

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE.

.

Comunicado - OIM

Tradução da Margarida.

Organização Internacional para a Migração (IOM) - 14 Nov 2006

Timor-Leste: A IOM apoia o regresso dos deslocados Timorenses para as comunidades

A IOM ajudou 145 famílias deslocadas a regressarem às suas casas em Akanunu, na vizinhança de Hera, a 20 km leste de Dili.

As famílias são as primeiras de Hera a regressarem à sua aldeia desde o desassossego politico e civil em Maio, que levou milhares de Timorenses a fugirem das suas casas e a procurarem abrigo nos campos em Dili e à sua volta.

O regresso das famílias foi marcado por uma missa comemorativa e por canções e danças tradicionais Timorenses realizadas por crianças da comunidade de Akanunu.

A cerimónia concluiu com a benção ritual Bua-Malus, na qual foram convidados a participar os funcionários do governo no velho costume de mascar escaravelhos como um modo de prometer manter a paz e a estabilidade no interior da aldeia.

Nos últimos seis meses, o trabalho da IOM em Hera incluiu a coordenação dos serviços básicos dos campos de deslocados, bem como actividades comunitárias que visam a reconstrução da confiança entre comunidades em conflito.

Em colaboração com o Governo de Timor-Leste, a IOM e a ONR sua parceira BELUN organizaram uma série de diálogos de regresso e de reintegração para membros de seis aldeias de Hera para discutir tensões no seio da comunidade e possíveis soluções para prevenir conflitos futuros.

Dando as boas-vindas no regresso a Akanunu, o Chefe da Middão da IOM Luiz Vieira louvou-o como um corte no caminho. "Mostra que quando as pessoas têm uma oportunidade para começar a falar, podem crier as condições necessárias para voltarem a casa," disse.
.

Notícias - em inglês

Associated Press - 14 Nov 2006

HONIARA, Solomon Islands (AP) ­

Solomon Islands Prime Minister Manasseh Sogavare said Tuesday he will seek to remove the legal immunity of an Australian-led peacekeeping mission, accusing its personnel of fueling an illegal sex industry.

Personnel have been sneaking local prostitutes into the Regional Assistance Mission, Solomon Islands ­ known by its acronym RAMSI ­ base outside the capital Honiara, Sogavare said.

Prostitution, although visible, is illegal in the poverty-stricken South Pacific nation.

“This is against our law but RAMSI personnel committing these offenses cannot be prosecuted under our laws,” Sogavare said in a statement. He did not explain who made the allegations against RAMSI personnel.

Sogavare said his government might remove the criminal immunity granted to RAMSI personnel.

“This ... points to a need to review these immunities,” Sogavare said.

The security mission is made up of over 300 police and 200 military personnel from Australia and neighboring South Pacific nations.

Activists fear security pact could constrain independence campaigns

ABC News Online

Last Update: Tuesday, November 14, 2006. 4:41pm (AEDT)

Foreign Minister Alexander Downer signed the security pact with his Indonesian counterpart Hassan Wirayuda on the island of Lombok overnight. (AFP)

There are fears Australia's new security pact with Indonesia could constrain Australian activists from agitating for the independence of some Indonesian provinces.

That is despite the assurances of Foreign Affairs Minister Alexander Downer.

The Lombok Treaty was signed last night, committing Australia and Indonesia to cooperate on defence, law enforcement and counter-terrorism.

It also means neither country can support anyone who threatens each other's sovereignty or territorial integrity.

Rob Wesley Smith campaigned for East Timor's independence for more than 20 years.

He says the treaty could be used to obstruct ongoing independence campaigns in Indonesia.

"This treaty has really been generated to stop the same sort of support for West Papua as East Timor enjoyed from the Australian people," he said.

But Mr Downer has played down those concerns.

"The unity of the Indonesian nation is not just in the interests of Indonesians, but it's something that is in the interests of the whole of the region," he said.

.

Apresentação do livro "Nossas Memórias de Vida em Timor"

No próximo dia 20 de Novembro, pelas 18 horas, na Biblioteca João Paulo II, na Universidade Católica em Lisboa, será apresentado o livro "Nossas Memórias de Vida em Timor", do Pe. João Felgueiras e do Pe. José Martins, jesuítas há várias décadas em Timor.

O Professor José Mattoso fará a apresentação da obra.

Um acontecimento a não perder. Divulguem.

.

Notícias - traduzidas pela Margarida


UNMIT Revista dos Media Diários
Sábado 11 Nov + Segunda-feira 13 Novembro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste


UNPOL Putting Efforts To Reduce Violence

O Comandante da UNPOL para o Distrito de Dili, Graeme Cairns disse que a polícia da ONU continua com o objectivo de reduzir a violência em Dili. Falando numa conferência de imprensa nos terrenos da Igreja de Acanunu em Hera, Cairns disse que a prioridade da ONU é parar a violência. Disse que a situação tinha melhorado nas últimas 2 a 3 semabas. Cairns acrescentou ainda que os investigadores estão a trabalhar com o Gabinete do Procurador-Geral para deter suspeitos e prosseguir com processos judiciais. Sublinhou que a ONU está agora a encorajar os oficiais da PNTL a retomarem activamente as suas actividades anteriores. Sobre o processo do regresso dos deslocados, Cairns disse que é importante dar segurança aos deslocados que estão a regressar às casas, com mais patrulhas de polícia nos bairros, e também pedir ``as comunidades que os recebam bem. (STL)

Tempo para os deslocados regressarem a casa: Reske-Nielsen

O SRSG em exercício, Finn Reske-Nielsen também apelou às pessoas que estão ainda a viver nos campos de deslocados para regressarem a casa, pois que a estação das chuvas será uma grande ameaça em termos de doenças. E que se não querem regressar às suas casas por razões de segurança, Reske-Nielsen disse que deviam considerar o re-alojamento noutros lugares. “Sei que a segurança é uma preocupação dos deslocados mas como sabem foi pedida à ONU para manter a lei e a ordem depois da decisão do Conselho de Segurança da ONU de há dois meses,” disse o SRSG em exercício, acrescentando que a polícia também aumentou as suas patrulhas devido ao número de polícias disponíveis no terreno, e assim melhorando a segurança em Dili. Por isso, pediu aos deslocados para regressarem a casa, anotando que alguns milhares de pessoas já o fizeram. Deu como exemplo o número de pessoas que procuraram abrigo no complexo de Don Bosco, que eram de 17,000 em Junho quando visitou o campo pela primeira vez e são 3,500 neste recente visita. O SRSG em exercício, na Sexta-feira encontrou-se com alguns deslocados da Aldeia Acananu, Hera que já regressaram às suas casas. Mas estes retornados disseram ao presente responsável da ONU em Timor-Leste que estão a ter dificuldades com alimentação porque não tiveram oportunidade para preparar as suas terras para o cultivo do milho por causa da crise. Presente no evento, o responsável do IOM, Luiz Vieira disse que a sua organização continuará a apoiar o regresso dos deslocados às suas casas e congratulou os habitantes de Acananu por terem dado um boa exemplo aos deslocados. (STL, TP)

Comemoração do massacre de 12 de Novembro

O 15º aniversário do massacre de Santa Cruz foi observado com actividades organizadas pelos jovens e uma missa celebrada pelo Bispo Ricardo. O bispo estava triste com a pobre participação das pessoas na missa. O Vice-PrimeMinistro, Estanislau da Silva, o Presidente do Tribunal de Apelo, Claudio Ximenes, alguns membros do Corpo Diplomático e do Parlamento estiveram presentes na comemoração. O Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, José Luis Guterres louvou a coragem dos jovens como heróis e pediu-lhes para re-estabelecerem a unidade nacional como fizeram durante o período da resistência. Guterres disse que mesmo sem um convite ele participaria na cerimónia comemorativa, visto que o 12 de Novembro é uma data importante que abriu os olhos do mundo para Timor-Leste ganhar a sua independência. Continuou, o povo de Timor-Leste deve estender as mãos uns aos outros para mostrar ao mundo que Timor-Leste pertence aos Timorenses e se tornará (um país) de sucesso. Deputados apelaram aos jovens para reflectirem nesta data e para reforçarem a confiança entre eles. O Presidente do Comité Organizador do 12 de Novembro, 1991-2006, João “Choque” da Silva assegurou aos participantes que tal como os jovens de Timor-Leste deram as suas vidas para a independência do seu país não gostariam de ver a população a continuar a sofrer. Disse que acredita que os jovens trabalhariam em solidariedade visando o apoio ao regresso dos deslocados às suas casas. Da Silva apontou que a vontade para trabalharem juntos tinha sido demonstrada através das actividades desportivas organizadas na véspera do aniversário do massacre que teve a participação de oficiais das F-FDTL e da PNTL em competições desportivas, que é um sinal que as pessoas não perderam o seu sentido de nacionalismo. A ONG Forum quer que a ONU conduza o processo de justice contra os responsáveis do massacre e apelou ao governo para não esquecer a justice para as vítimas e as suas famílias, para dar assistência às vítimas sobreviventes, e para descobrir a sepultura dos mortos em 12 Novembro. (STL, TP)

***

Antigo PM de Timor-Leste diz que se encontra semanalmente com o sucessor

The News

Terça-feira, Novembro 14, 2006, Shawal 21, 1427 A.H.

LISBOA: O antigo Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri disse que se encontra todas as semanas com o seu sucessor, José Ramos-Horta, na sua qualidade de secretário-geral do partido no poder, a Fretilin.

"Pelo menos uma vez por semana encontro-me com o Primeiro-Ministro Ramos-Horta," disse à agência de notícias em Portugal onde chegou na semana passada para receber tratamento médico de doença não especificada.

"Foi esse o acordo estabelecido antes da formação deste governo, que teria que reunir-se semanalmente com a comissão política da Fretilin que eu lidero," disse Alkatiri que está sob investigação pelo seu alegado papel na violência que rolou em Timor-Leste anteriormente.

"Quando Ramos-Horta foi nomeado sabia perfeitamente que lideraria um governo da Fretilin, com membros da Fretilin, e apesar disso ele aceitou a tarefa. É neste cenário que tem de trabalhar," acrescentou.

A Fretilin tem perto de dois terços dos 88 lugares do parlamento de Timor-Leste, uma antiga colónia Portuguesa, bem como uns tantos postos no gabinete.

Alkatiri resignou em 26 de Junho, dizendo que o fazia para bem do seu pequeno país depois de ter sido acusado pela violência, que varreu Dili, a capital de Timor-Leste em Abril e Maio e matou mais de 30 pessoas e levou mais de 155,000 para fora das suas casas.

Batalhas que opuseram forças de segurança rivais começaram quando Alkatiri demitiu um terço dos soldados da nação que tinham desertado, queixando-se de discriminação.

A estabilidade regressou largamente a Timor-Leste depois da chegada de tropas estrangeiras a pedido de Dili e da instalação de um novo governo em Julho liderado por Ramos-Horta, um vencedor do Nobel da Paz.

***

A juventude de Timor-Leste une-se para a paz
The Daily Telegraph

Novembro 13, 2006 12:00
Artigo de: Agence France-Press

Centenas de jovens Timorenses, incluindo membros de gangs rivais que lutaram uns contra outros nas ruas da capital, anteriormente, este ano, realizaram uma manifestação para promover a paz e a unidade.

Depois de se juntarem frente ao gabinete do governo perto do mar, no centro de Dili, foram para as ruas num desfile de motociclos e outros veículos apelando pela unidade.

O desfile foi escoltado de perto por forças de segurança da Austrália e da Malásia.

Pedro Pereira, que participou na manifestação, disse que foi uma manifestação espontânea e não organizada por partidos políticos ou outras organizações.

"Esta acção visa mostrar aos nossos líderes que é a altura para os jovens de Timor-Leste estarem outra vez unidos," disse.

Os jovens empunhavam bandeiras nacionais e alguns carregavam uma grande faixa que dizia: "Entremos na paz. Viva um único Timor-Leste."

Muitos que participavam também gritavam insultos contra a liderança do país em Tétum chamando-lhes "estúpidos".

"Só os líderes desunem os jovens," era um dos gritos mais ouvidos no desfile.

Os participantes incluíram estudantes, membros de gangs rivais divididos pela origem leste ou oeste do país e jovens dos campos de deslocados pela violência anterior.

Dili permaneceu calma com a maioria das lojas fechadas.

A pequena nação de um milhão foi atingida em Abril e Maio por violência entre facções das forças de segurança, bem como por gangs de rua, que deixaram 37 pessoas mortas.

O derramar de sangue forçou o destacamento de 3200 tropas lideradas pelos Australianos para restaurar a calma.

O seu número foi desde então reduzido para 1100, reforçado pela presença de cerca de 1000 polícias da ONU.

.

Amy Goodman reconta o massacre de Timor-Leste de há 15 anos

Tradução da Margarida.


Segunda-feira, Novembro 13, 2006

http://www.democracynow.org/article.pl?sid=06/11/13/1517231

Este fim-de-semana marcou o 15º aniversário do massacre no cemitério de Santa Cruz em Timor-Leste. Em 12 de Novembro de 1991, tropas Indonésias abriram fogo numa multidão de vários milhares de jovens desarmados civis Timorenses que se juntaram em Dili. Pelo menos 271 pessoas foram mortas. Os jornalistas Amy Goodman e Allan Nairn testemunharam e sobreviveram ao massacre. Juntamos um excerto do seu documentário premiado, "Massacre: A história de Timor-Leste." [inclui transcrições da hora]

O massacre foi um ponto de viragem na luta de Timor-Leste para a auto-determinação depois de décadas de ocupação brutal pela Indonésia. Pelo menos foi morta – um terço da população – desde que a Indonésia invadiu Timor em 7 de Dezembro de 1975.

Amy Goodman estava em Timor-Leste há quinze anos atrás com o jornalista Allan Nairn. Testemunharam e sobreviveram ao massacre. Este é um excerto do nosso documentário, "Massacre: a história de Timor-Leste".

"Massacre: a história de Timor-Leste"

VER: Stream [64Kb 256Kb] Download: [68MB 154MB]

Ouvir: Stream [Lo Hi] Download: [14MB 28MB]

Para mais informações sobre o massacre, ver etan.org

TRANSCRIÇÃO RÁPIDA
Esta transcrição está disponível sem custos. Contudo, os donativos ajudam-nos a suportar os custos para os surdos na nossa TV broadcast. Obrigada pela vossa generosa contribuição.

Doar - $25,$50, $100, more...

AMY GOODMAN: Estive em Timor-Leste há quinze anos atrás fez este fim-de-semana com o jornalista Allan Nairn,e este é um trecho do nosso documentário Massacre: A história de Timor-Leste.

AMY GOODMAN: E depois chegou a manhã de 12 de Novembro, a celebração quinze dias depois do funeral de Sebastião. Estavam planeados uma missa e uma procissão para depositar flores na campa de Sebastião. Depois da missa que se realizou em Moteal, as pessoas novas e velhas, vieram para a rua, e numa terra onde tinha sido proibido discursos e reuniões públicos desde há uma década, começaram a cantar. Os Timorenses ergueram depois faixas feitas com lençóis. Tinham-nas preparado para a delegação que nunca veio. As faixas pediam à Indonésia para sair de Timor-Leste e coisas como “Porque é que os militares Indonésios dispararam contra a nossa igreja?” Os Timorenses enfrentavam um conjunto de tropas que se esticavam por todo o comprimento de Dili. Foi o acto mais destemido de protesto público que Timor ocupado alguma vez vira.

ALLAN NAIRN: Mais e mais Timorenses juntavam-se à procissão. Vinham de casas e de escritórios ao longo do caminho. E havia a construção deste sentimento de regozijo e também de medo entre os Timorenses. E quando chegaram ao cemitério, a multidão tinha aumentado para talvez 5,000 pessoas. Algumas entraram para pôr flores na campa do Sebastião. A maioria da multidão estava ainda no exterior, e depois de repente, alguém olhou, e vimos que a marchar pela mesma rua por onde tinham vindo os Timorenses se aproximava uma grande coluna de tropas Indonésias, com uniformes castanhos, empunhando M-16s, a marchar num modo vagaroso e deliberado – centenas e centenas de tropas, a virem direitas aos Timorenses.

AMY GOODMAN: Allan sugeriu que fôssemos para a frente da multidão, entre os soldados e os Timorenses, porque apesar de sabermos que os militares tinham cometido muitos massacres, tínhamos esperança que nós, sendo jornalistas estrangeiros, pudéssemos servir de escudo para os Timorenses. Em pé, com telefones na cabeça, e câmaras e microfones à vista, fomos e ficámos no meio da estrada, a olhar de frente as tropas que se aproximavam. Por detrás de nós, a multidão acalmou-se quando alguns Timorenses tentaram dar meia volta, mas foram impedidos pelos muros do cemitério.

ALLAN NAIRN: Os soldados marcharam direitos a nós. Nunca perderam a sua cadência. Fomos envolvidos pelas tropas, e quando passaram alguns metros à frente, a cerca de doze jardas dos Timorenses, puseram as espingardas nos ombros todos ao mesmo tempo, e abriram fogo. Os Timorenses, num momento, estavam no chão, feridos pelas balas. A rua estava coberta de corpos, cheios de sangue. E os soldados continuavam a vir. Fluíam, uma fila após outra.. Saltavam por cima dos corpos que estavam no chão. Alvejavam e disparavam contra pessoas pelas costas. Pude ver os seus membros a despedaçarem-se, os seus corpos a explodirem. Havia sangue a esguichar no ar. O estampido das balas, por todo o lado. E isso era muito organizado, muito sistemático. Os soldados não paravam. Continuavam a disparar até mais ninguém restar de pé.

AMY GOODMAN: Um grupo de soldados agarrou o meu microfone e atirou-me ao chão, dando-me pontapés e socos. Nessa altura, o Allan atirou-se para cima de mim, protegendo-me de mais agressões. Os soldados usaram depois os canos das suas espingardas como tacos de baseball, batendo no Allan até lhe fracturarem o crânio. Quando estávamos sentados no chão, o Allan, coberto de sangue, um grupo de soldados alinhou e apontou as suas M-16s às nossas cabeças. Tinham-nos tirado todo o nosso equipamento. Nós só continuávamos a gritar, “Somos da América!” No fim, decidiram não nos executar.

ALLAN NAIRN: Os soldados bateram-nos, mas acabámos por ter um tratamento de privilégio. Ainda estávamos vivos. Continuaram a disparar contra os Timorenses. Conseguimos enfiar-nos num camião civil que passava, escondemo-nos, mas os Timorenses, que tinham estado connosco na Estrada para o cemitério, a maioria deles estavam mortos.

AMY GOODMAN: Dentro das paredes do cemitério, Max Stahl, um realizador de filmes a trabalhar para a Yorkshire TV, tinha tido a sua câmara a filmar.

MAX STAHL: Os soldados começaram nessa altura a rodear todo o cemitério. Vi os soldados quando gradualmente se começaram a mover para o centro, apanhando gente que estava ferida ou que se tinha refugiado entre as campas, e quando os apanhavam, batiam-lhes e juntavam-nos nas traseiras do cemitério. As pessoas eram despidas até à cintura. Tinham as suas mãos ligadas atrás das costas e eram obrigadas a olhar para o chão. E se levantavam os olhos, eram imediatamente batidas, geralmente com o cabo da espingarda.

AMY GOODMAN: Max Stahl estava a filmar perto de uma cripta no meio do cemitério. Alguns dos feridos e dos que estavam demasiado aterrorizados para fugir aconchegaram-se lá dentro a rezar. Enquanto Stahl filmava, enterrava as suas videocassettes numa campa nova. Depois foi preso pelas tropas.

MAX STAHL: Enquanto estava a ser interrogado, observei esses camiões a passarem com mais gente dentro deles. Essa gente estava claramente num estado de paralisia de medo. Não eram capazes de se mexerem. Alguns deles, pelo menos no cemitério e, na verdade, mesmo nos camiões, quando os vi a passar, quase que nem respiravam. As pessoas estavam tão aterrorizadas quanto isso. Muitas vezes é bastante difícil dizer se estavam vivas ou mortas.

AMY GOODMAN: Depois de nove horas em custódia, Stahl regressou ao cemitério a coberto da noite, desenterrou as suas videocassettes e depois passou-as clandestinamente para fora do país. Allan Nairn e eu conseguimos sair de Timor-Leste algumas horas depois do massacre. De um hospital em Guam, relatámos o que se tinha acontecido a dúzias de jornais, rádios e televisões de todo o mundo.

RELATO DA PACIFICA: De Washington, este é o relato da Pacifica de Terça-feira, 12 de Novembro de 1991. Um massacre em Timor-Leste. Entre os feridos estão dois jornalistas, incluindo o editor de notícias duma estação da Pacifica WBAI em Nova Iorque.

AMY GOODMAN: Bateram-me e arrastaram-me e começaram a espancar-me com canos de espingardas, e pontapés e socos, e depois o Allan saltou para cima de mim, e bateram-lhe muito. Mas isso foi o mínimo que fizeram. Abriram fogo contra as pessoas, e estas eram na verdade pessoas sem defesa --

MONTAGEM DA WORLD NEWS FOOTAGE: Quando as tropas Indonésias abriram fogo contra uma multidão – Esta é a CBC Radio – O massacre duma centena de Timorenses desarmados por militares Indonésios – Fotos do massacre sangrento durante a luta pela liberdade – Esta é a CBS Evening News.

AMY GOODMAN: Face à história do massacre, mesmo os aliados de longa data de Suharto foram obrigados a condenar os assassinatos e ficaram sob pressão pública para cortarem a sua ajuda à Indonésia. Na Austrália, grandes multidões marcharam para o Capitol e cercaram os consulados locais da Indonésia. O Parlamento Europeu votou sanções contra a Indonésia, e a Comunidade Europeia mais tarde cancelou um acordo de comércio. Houve protestos públicos no interior da Indonésia, onde estudantes que se manifestavam foram agredidos e presos. Nos USA a administração Bush continuou a enviar armas para a Indonésia.

SECRETÁRIO DE IMPRENSA: Senhoras e senhores, o Presidente dos Estados Unidos.

AMY GOODMAN: A única vez que o Presidente Bush mencionou Timor-Leste publicamente foi meses depois do massacre, quando foi interrogado sobre isso por um jornalista Português.

PRESIDENTE GEORGE H.W. BUSH: Tem havido muita discussão em curso, sobre a tragédia em Timor-Leste. Nós próprios nos expressámos em termos simplesmente da
parte dos direitos humanos. Nós orgulhamo-nos, e eu penso que com razão, em defendermos os direitos humanos, e eu penso que tornámos claro às partes interessadas a posição dos USA. Não sei o que resultará, francamente.

AMY GOODMAN: Essa posição: exigir um aumento de ajuda em treino militar dos USA. É chamado IMET, Treino Internacional Militar e Educação. Mais de 2,600 oficiais Indonésios foram treinados sob o IMET desde 1975. Incluíram os que planearam a invasão e administraram a política de assassinatos em massa.

Imediatamente depois do massacre, o General Try Soetrisno, o comandante nacional das forças armadas da Indonésia, fez um discurso num ajuntamento militar. Disse que os Timorenses que se atreverem a opor às forças armadas Indonésias, “Devem ser baleados,” acrescentando “e iremos baleá-los.”

Ouvir os políticos é algo que José Ramos-Horta tem feito desde há 17 anos. Deixou Timor-Leste com 25 anos de idade, imediatamente antes da Indonésia ter invadido. Foi enviado para a ONU para defender o caso de Timo-Leste. Ao passo que Ramos-Horta saiu vivo de Timor-Leste, muita da sua família foi morta.

JOSÉ RAMOS-HORTA: Perdi uma irmã e dois irmãos. A irmão, tinha 17 anos e foi morta ao lado doutros 20 garotos. Dois aviões Bronco sobrevoavam a aldeia e fizeram explodir a escola e 20 garotos que estavam lá. Um irmão foi morto quando foi apanhado. A um outro, não sabemos exactamente o que aconteceu, mas desapareceu no decurso de um assalto por uma helicóptero na minha aldeia, onde estava.

Mas como eu, há muitas, muitas outras famílias, e, de facto, algumas estão ainda piores. Conheço famílias que foram totalmente limpas, famílias que conheci, com quem cresci, já não existem. Conheço aldeias, onde passei toda a minhas juventude, e quando pergunto por sobreviventes, dizem-me que a aldeia já não existe mais. Não está no mapa.

Então, é esta a escala da tragédia que foi imposta a Timor-Leste com a cumplicidade dos USA.

AMY GOODMAN: Como é que mantém a sua esperança? Tem estado há 17 anos for a do país. Tem sido o representante de Timor-Leste na ONU há mais de uma década. O que é que lhe dá alguma esperança?

JOSÉ RAMOS-HORTA: Bem, nos últimos 17 anos tenho-me engajado na luta diplomática, também testemunhei, todos nós testemunhámos, impérios a ruírem. Ninguém pensava ser possível há cinco anos, dez anos, que a União Soviética se desintegrasse em Estados independentes ou a Jugoslávia ou o Muro de Berlim, a democratização na África e em todo o lado. E acontecerá o mesmo à Indonésia. É – não consegue escapar ao comboio da democracia. Mas à parte disso, a resistência em Timor-Leste continua em todos os níveis: resistência armada, uma, mas também cultural, religiosa – todo o povo está mobilizado. E estamos muito confiantes. Posso declarar categoricamente, que nos próximos três-cinco anos, seis anos, talvez um pouco mais, Timor-Leste vai estar independente.

AMY GOODMAN: Um extracto do documentário, Massacre: A história de Timor-Leste.

.

De um leitor

Prezados Senhores

Os meus cumprimentos e votos que as coisas estejam melhor com
a ajuda de DEUS.

Descumpem o meu abuso, mas será que me podem ajudar ?

Embora no site de Timor Lorosae informem que podemos comprar os selos de Timor nos Correios de Portugal, eles não os têm à venda, nem nunca tiveram. Certamente deve ter havido tal intenção, mas devido aos acontecimentos o projecto não se realizou.

Gostaria de poder comprar 2 colecções completas (8unidades) dos selos que abaixo reproduzo, absolutamente novos, sem carimbo (MNH=Mint Never Hinged) :

WNS Number
TL001.05
Country / Post
East Timor
Date of Issue
28 November 2005
Subject
30th Anniversary of Independence

WNS Number
TL002.05
Country / Post
East Timor
Date of Issue
28 November 2005
Subject
30th Anniversary of Independence

WNS Number
TL003.05
Country / Post
East Timor
Date of Issue
28 November 2005
Subject
30th Anniversary of Independence

WNS Number
TL004.05
Country / Post
East Timor
Date of Issue
28 November 2005
Subject
30th Anniversary of Independence - President Nicolau Lobato

Poderão ajudar-me? Será que os poderão comprar aí nos Correios estes selos?

Se me conseguirem os selos, posso pagar da forma que desejarem.

Grato pela vossa atenção, cumprimentos e muitas felicidades para todos
e que Deus proteja esse povo e esse belo País.

Hamiton Rodrigues
(hrebelva@netc.pt)

P.S. - o meu endereço postal é:


HAMITON RODRIGUES
RUA DE LEIRIA 137 (ANTIGO 44)
REBELVA
2775-724 CARCAVELOS
PORTUGAL

.

UNMIT Daily Media Review

Tuesday, 14 November 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Youth Peace March Praised

Timor-Leste leaders have praised the peace march organized by youths following the 15th anniversary of Santa Cruz massacre on 12 November. Prime Minister Ramos-Horta has acknowledged the goodwill of the youths in Dili to re-establish peace. He said the actions of the youth were a good example for the political leaders and the older generations. President of the National Parliament said the march was a lesson for the leaders and to consider the population as one and that there is no such thing as ‘lorosae and loromonu’ and everybody must respect and accept each other and take the country forward. President of PSD, Mario Carrascalão said the government should take advantage of the momentum to resolve the political military crisis. Carrascalão said the peace march is a sign the youth are becoming conscious that peace is imperative for the day-to-day living of a citizen. Youths, including those from the troubled areas of Dili hugged, cried and reconciled on the evening of 12 November and lit candles together in memory of the victims of the massacre. They also spontaneously organized the peace march around Dili on Monday, which concluded at the National Parliament with a delegation of four people, from east and west, addressing the Parliament. The delegation appealed for the leaders to reconcile as a way for IDPs to return to their homes. They said the peace march was a spontaneous action that came from their consciousness and from their heart with courage from those that have long gone since the massacre of 12 November, adding the anniversary of the massacre led them to work for peace. (TP, STL)

AJTL Condemns Violence

Associação Jornalista Timor Lorosae has condemned the violence against a journalist of TVTL and a stringer for AFP, Nelson da Cruz by a group of unknown people. Virgilio Guterres, President of the association said the violence is an act against human rights, impedes the publication of news and goes against the principles of democracy including freedom of speech and press. Guterres said violence against journalists has occurred a few times and calls on those that have committed the violence to respect other people’s right to live and to stop with such actions. He also calls on the government to identify the people committing these crimes not only against journalists but against the population as well. Da Cruz was reporting on a violence outbreak in Colmera, Vila Verde when he was attacked. (TP)

Norway Government Helps Construction

The government of Norway has donated US$2 million to help in the reconstruction of temporary homes for IDPs. According to TP, the Norway government representative in Jakarta gave the aid. Raul Mosaco, Deputy Public Works Minister, said the temporary homes would be established in Tibar, Tasi Tolu, Becora and Hera. (TP)

.

Centenas de jovens voltam a manifestar-se em Díli a favor da paz

Díli, 14 Nov (Lusa) - Centenas de jovens voltaram hoje às ruas de Díli para exigirem a paz, encenando uma concentração junto ao Parlamento Nacional, on de dizem querer que os líderes políticos timorenses concertem a paz.

A manifestação de hoje, que voltou a integrar passagens por vários bair ros da capital, foi sempre acompanhada por polícias da ONU (UNPOL), não se tendo verificado qualquer incidente.

Segunda-feira, primeiro dia desta iniciativa, registaram-se pequenos in cidentes na rotunda de Caicoli e junto ao Matadouro, no bairro de Balide, mas os confrontos mais graves ocorreram em Bebonuk, tendo provocado um ferido grave e um ferido ligeiro.

Residentes em Bebonuk disseram hoje à Lusa que os confrontos se verific aram por falta de informação.

"Não sabíamos que os jovens estavam a realizar uma manifestação pela pa z, pelo que nos sentimos ameaçados quando vimos muitos 'lorosae' a entrar na nos sa zona", disse à Lusa um residente "loromonu" (naturais da zona oeste do país) referindo-se à presença de vários timorenses da parte leste, e que preferiu não se identificar.

A barreira levantada segunda-feira a separar as duas zonas em Bebonuk f oi entretanto hoje levantada por moradores locais, sendo agora possível transita r dentro das labirínticas ruas daquele bairro.

Fonte militar disse à Lusa que o número de jovens hoje envolvidos na ma nifestação e concentração junto ao Parlamento Nacional era de cerca 400.

Pedro Pereira, um dos participantes nas manifestações pela paz, sublinh ou a independência dos promotores da iniciativa face aos partidos políticos, ref erindo que o objectivo é demonstrar que os jovens devem estar unidos.

Os manifestantes, entre os quais estudantes e membros de grupos rivais, voltaram hoje a transportar consigo bandeiras nacionais de Timor-Leste e cartaz es e panos com apelos à unidade.

Em comunicado distribuído à imprensa, o primeiro-ministro, José Ramos-H orta, saudou a iniciativa dos jovens, sublinhando parecer que "a paz, não a guerra, está a irromper em Timor-Leste".

Ramos-Horta acrescentou que a manifestação sucede a vários encontros pa trocinados por si próprio e pelo Presidente da República, Xanana Gusmão, com as chefias das forças armadas e quadros da Polícia Nacional.

No comunicado, enviado pelo gabinete do primeiro-ministro, destaca-se q ue José Ramos-Horta, que detém a pasta da Defesa, "prefere ser conhecido como o capelão das forças de Defesa".

"Embora uma das suas responsabilidades seja assegurar que os militares tenham armas, ele [Ramos-Horta] declarou que não voltará a comprar armas para o Exército nem para a polícia", lê-se no documento.

Citando Ramos-Horta, o comunicado prossegue: "Existem demasiadas armas no nosso país. Todos presenciámos demasiadas mortes, demasiada violência e demas iado desgosto. Considero que o meu papel é interpretar o pensamento das forças a rmadas e da polícia. Chega de armas".

Para tornar pública a aproximação entre as forças de defesa e a polícia, que se envolveram em confrontos armados ao longo da crise político-militar iniciada em Abril, realiza-se quinta-feira, defronte do Palácio do Governo, uma "formatura de normalização das relações", conforme a expressão utilizada por fonte da Presidência da República, em declarações à agência Lusa.

Xanana Gusmão presidirá à iniciativa, acompanhado do presidente do Parlamento Nacional, do primeiro-ministro e do presidente do Tribunal de Recurso, que visa demonstrar o "espírito de unidade e solidariedade" das forças armadas e da polícia e o seu empenho em "ultrapassar a crise actual", segundo uma nota à imprensa divulgada pela Presidência da República.


Assistirão à iniciativa membros do Governo e do Parlamento Nacional, acrescenta.

EL-Lusa/Fim

.

Comunicado - IOM

International Organization for Migration (IOM) - 14 Nov 2006

Timor-Leste: IOM supports return of displaced Timorese community

IOM has helped 145 internally displaced families to return to their homes in the Akanunu neighbourhood of Hera, 20km east of Dili.

The families are the first Hera villagers to return to their aldeia since the political and civil unrest in May, which caused thousands of East Timorese to flee their homes and seek refuge in camps in and around Dili.

The return of the families was marked by a commemorative mass and traditional Timorese songs and dance performed by the children of the Akanunu community.

The ceremony concluded with the ritual blessing of Bua-Malus, in which village chiefs and government officials were invited to partake in the ancient custom of chewing beetle-nut as a way of promising to uphold peace and stability within the village.

Over the last six months, IOM’s work in Hera has included coordination of basic services to IDP camps, as well as community activities aimed at rebuilding trust between communities in conflict.

In collaboration with the Government of Timor-Leste, IOM and its NGO partner BELUN have organized a series of return and reintegration dialogues for members of the six Hera aldeias to discuss tension within the community and possible solutions to prevent future conflict.

Welcoming the Akanunu return, IOM Chief of Mission Luiz Vieira hailed it as a breakthrough. "It shows us that when people have a chance to start talking, they can begin to create the conditions needed to go home," he said.

.

De uma leitora

Comentário no post "Dois feridos em Bebonuk e pequenos incidentes em jornada pela paz":

15 Anos do Massacre de Santa Cruz

A 12 de Novembro de 1991, deu-se o massacre do Cemitério de Sta. Cruz, em Timor-leste. Estão vivas na memória de toda a gente, as imagens captadas, escondidas numa campa e depois de recuperadas, passadas para o mundo pelo jornalista Max Sthall. Foram anos de luta – que o povo timorense encetou para que a 20 de Maio de 2002, a bandeira de Timor-leste, fosse hasteada como símbolo do garante duma independência muito sofrida!

Hoje, ao olharmos para esse percurso histórico, perguntamos: como é possível que um punhado de arruaceiros continue a massacrar uma população débil, atormentada, já de si, por um passado tão macabro? Como é possível que os homens não entendam que chega de sofrimento e que é preciso – todos de mãos dadas, sem pedras para atirar, sem rama-ambon[1], sem questões tribais, sem firaku[2] ou kaladi[3] – que se unam em torno daquela bandeira pela qual tanta gente se bateu?! Onde está o bom senso e a dignidade de um POVO que nós víamos como modelo?! Onde está a unidade daqueles líderes timorenses que durante décadas, o povo respeitou e escutava ?

Neste 12 de Novembro, que o bocadinho timorense que em nós existe, faça uma prece, por aqueles que partiram, mas que essa prece seja também um pedido para os que estando vivos, naquela meia-ilha do Pacífico, se unam, deixem de lado o vil metal, origem de todos os males, e em uníssono possam construir um futuro na PAZ, para podermos voltar a dizer que Timor-leste é a Ilha do Sol Nascente!

[1] -azagaia em miniatura com ponta embebida em veneno e trazida de Ambon/Molucas
[2] - campónio das zonas orientais de T.L
[3] - habitante rural das regiões ocidentais de T.L.

Palmira Marques
.

287 professores portugueses e timorenses ensinam língua portuguesa

Díli, 14 Nov (Lusa) - Um total de 287 professores, portugueses e timore nses, iniciam quarta-feira mais um ano lectivo de ensino da língua portuguesa e formação de professores, num projecto da cooperação portuguesa alargado aos 13 distritos de Timor-Leste.

Dos 287 docentes, 117 são professores destacados pelo Ministério da Educação português, que além da formação de docentes timorenses, ministram aulas na Universidade Nacional de Timor Loro Sae (UNTL), e ainda a funcionários públicos, instituições religiosas, organizações não-governamentais e empresas estrangeiras.

à semelhança do anterior ano lectivo, a cooperação portuguesa no sector da educação continua a contar com 170 professores timorenses, seleccionados a partir de provas de âmbito nacional, que formam localmente outros professores timorenses, alargando exponencialmente o número de docentes habilitados a ensinar em língua portuguesa.

A aposta na formação dos docentes é a base da estratégia que Portugal iniciou em 2003 no projecto de Reintrodução da Língua Portuguesa.

Na cerimónia de abertura formal do ano lectivo, realizada hoje no Centro de Formação de Professores, no bairro de Balide, o conselheiro para a Cooperação da embaixada de Portugal, José Silva Pereira, destacou a importância da decisão das autoridades timorenses na escolha da língua portuguesa como língua de instrução, figurando o tétum como auxiliar didáctico.

"É uma responsabilidade extra que nos é posta a nós e simultaneamente também às autoridades de Timor-Leste, que tomaram uma decisão política nesse sentido", salientou.

A medida, aprovada recentemente em Conselho de Ministros, fará com que o português, seja além de língua oficial a língua franca, acrescentou.

Também presente na cerimónia, Marcos Costa, Superintendente da Educação no Distrito de Díli, do Ministério da Educação e Cultura timorense, sublinhou a importância da decisão, referindo que dentro de quatro anos todo o ensino oficial em Timor-Leste será feito em língua portuguesa.

O sistema de ensino timorense tem três níveis: básico (1º ano ao 7º ano de escolaridade em Portugal), pré-secundário (8º e 9º ano de escolaridade) e secundário (do 10º ao 12º ano de escolaridade).

O atraso de cerca de dois meses na abertura das aulas deveu-se à crise político-militar iniciada em Abril passado, que obrigou à suspensão das aulas do ano lectivo 2005/2006.

Para o novo ano lectivo, estão inscritos cerca de 10 mil alunos, faltando ainda os funcionários públicos que vão beneficiar de aulas de aperfeiçoamento da língua portuguesa.

Além da presença de professores portugueses, Portugal colabora ainda com as autoridades timorenses no sector da educação com a distribuição de manuais escolares e material didáctico, tendo sido já instaladas 33 bibliotecas e ludotecas.

Completando o triângulo constituído pela formação de professores, pela participação de funcionários públicos, resta a comunicação social, mantendo-se neste ano lectivo os cursos na rádio e televisão públicas.

A língua portuguesa e o tétum são constitucionalmente as línguas oficiais de Timor-Leste.

EL-Lusa/Fim

.

ONG de Timor-Leste solidária com as vítimas do massacre de Santa Cruz

Tradução da Margarida.


Em 12 de Novembro de 1991 os militares Indonésios cometeram um horroroso massacre que tirou a vida de 200 jovens Timorenses. Este massacre abriu os olhos à comunidade internacional sobre o sofrimento dos Timorenses durante a ocupação Indonésia.

O 12 Novembro é um dia histórico para os jovens e para o povo de Timor-Leste porque nesse dia os jovens mostraram o seu espírito nacionalista e a sua coragem contra a injustiça para lutar pela independência.

Hoje, 12 de Novembro 2006, todos juntos com as vítimas, as famílias das vítimas e todo o povoTimorense comemoramos esta data histórica. Apresentamos a nossa simpatia às vítimas que sofreram do massacre. Apresentamos também as nossas condolências aos jovens que morreram e aos pais que perderam os seus filhos.

Para valorizar isto, declaramos o seguinte:

1. Pedimos a todos os Timorenses especialmente à juventude:
a. Continuem a semear e a fazer crescer o espírito de nacionalismo, de unidade nacional, solidariedade e fraternidade dos heróis de 12 de Novembro para juntos construirmos a nossa nação de Timor-Leste.
b. Participem e contribuam para o processo de desenvolvimento da nação de acordo com a capacidade de cada um como os heróis do nosso amado país.
c. Sigam o espírito nacionalista dos heróis do 12 de Novembro que se quiseram libertar do governo doutro povo.

2. Pedimos à Missão da ONU em Timor-Leste:
a. Que implemente o processo de justice para os criminosos que se envolveram em crimes sérios em Timor-Leste incluindo o massacre de Santa Cruz.
b. Que ouça o que as vítimas e as famílias das vítimas têm a dizer. Deve ser estabelecido um tribunal justo, credível e imparcial para os casos de violações dos direitos humanos durante a ocupação ilegal Indonésia.

3. Ao governo de Timor-Leste:
a. Que reforce a lei e a ordem em vigor em Timor-Leste e as leis de direitos humanos internacionais que foram ratificadas por Timor-Leste
b. Que confiem no Estado de direito e acabe com a impunidade.
c. A política de reconciliação não pode parar a justice para as vítimas e as suas famílias.
d. Tem de haver vontade para descobrir a verdade sobre o local de enterro das vítimas de 12 de Novembro.
e. Deve ser dada atenção às vítimas de 12 de Novembro que sobreviveram
f. Criem campos de trabalho e actividades para os jovens de modo a inclui-los no processo de desenvolvimento da nação.

4. Ao governo Indonésio:
a. Digam onde foi está o local onde enterraram as vítimas do 12 de Novembro de 1991 para as entregar às famílias para que possam ser enterradas de acordo com a tradição de Timor-Leste.
b. Assumam a responsabilidade para com as vítimas de 12 de Novembro que sobreviveram ao massacre e com as famílias que perderam membros.

Viva joventude feto no mane nebe'e mak mate tan atu liberta povo no mos viva ba joven sira nebe'e kaer nafatin Unidade Nasional hodi dezenvolve ita nia rai doben Timor Leste.

Divisão dos Media & Comunicação
FONGTIL

.

Seminário sobre Timor-Leste

Universidade Fernando Pessoa
Praça 9 de Abril, 349 – 4249-004 Porto, Portugal
24 de Novembro de 2006

14-18 h. Universidade Fernando Pessoa
21.30 h. Teatro Rivoli – Foyer – Apresentação dos Livros
_________________________________________________________________________

1. MESA REDONDA (14.00- 17.00) – Salão Nobre
Timor-Leste na encruzilhada das globalizações
Processos Pós-Coloniais ou Nova Guerra Fria?

Paulo Castro Seixas, Univ. Fernando Pessoa
Daniel Shroeder Simião, Univ. Federal de Minas Gerais
Aone Engelenhoven, Leiden University
Moisés Silva Fernandes, ICS, Univ. Lisboa

A mesa redonda discutirá a crise de 2006, os relatórios do International Crisis Institute e das Nações Unidas e 2007 como ano de todas as eleições segundo a principal problemática que se colocou ao longo desta crise: se a crise deverá ser mais compreendida à luz de processos criados pelo Contexto Pós-Colonial Timorense ou mais por um contexto global de uma nova Guerra Fria entre a China e os Estados Unidos?

2. APRESENTAÇÃO DOS PROJECTOS SOBRE TIMOR-LESTE PROPOSTOS PELA UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA À FCT (17.00-17.30)
INTERVALO (17.30 – 18.00 h)

3. APRESENTAÇÃO dos LIVROS (18 h.):

Paulo Castro Seixas e Aone Engelenhoven (ORGs)

Diversidade Cultural e Construção da Nação e do Estado em Timor-Leste,
Porto, Ed. Univ. Fernando Pessoa (apoio à edição do IPAD e da FCT)
Paulo Castro Seixas

Timor-Leste: Viagens, Transições, Mediações,
Porto, Ed. Univ. Fernando Pessoa (Apoio à edição do IPAD)

4. APRESENTAÇÃO dos LIVROS (21.30 h.):
Teatro Rivoli – Foyer – 3º Andar

------------------------------------------------------------------------------------------------

Fernando Pessoa University, at Porto, Portugal will discuss Timor-Leste situation on the 24th of November with the following panel:

http://www.ufp.pt/news.php?intId=10266


Timor-Leste na encruzilhada das globalizações (2 pm to 4 pm)
East Timor in Globalization Crossroads

Processos Pós-Coloniais ou Nova Guerra Fria?
Post-Colonial Processes or a New Cold War?

Paulo Castro Seixas, Univ. Fernando Pessoa
Daniel Shroeder Simião, Univ. Federal de Minas Gerais
Aone Engelenhoven, Leiden University
Moisés Silva Fernandes, ICS, Univ. Lisboa

Panel will discuss the International Crisis Institute as well as the United Nations reports and 2007 as the year of all fears. Discussion will focus on the understanding of 2006 crisis as a result of Post-Colonial Processes or as a result of a New cold War between China and United States.

Two new books will also be presented:

Paulo Castro Seixas e Aone Engelenhoven (ORGs)
Diversidade Cultural e Construção da Nação e do Estado em Timor-Leste,
Porto, Ed. Univ. Fernando Pessoa (apoio à edição do IPAD e da FCT)
http://www.ufp.pt/editions.php?intEditionType=4&intId=10408

Paulo Castro Seixas
Timor-Leste: Viagens, Transições, Mediações,
Porto, Ed. Univ. Fernando Pessoa (Apoio à edição do IPAD)

Thanks for diffusion of this information.


Paulo Castro Seixas
Doutor em Antropologia
Prof. Associado
Universidade Fernando Pessoa
Praça 9 de Abril, 349-004
Porto Portugal

.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.