quarta-feira, novembro 15, 2006

Apelos à paz não evitam a violência

TUTELA DA FRETILIN

Jornal de Notícias, 15/11/06
Por: Orlando Castro


Ao mesmo tempo que pelo menos duas pessoas ficavam feridas nos recontros registados em Bebonuk (Díli), entre jovens das partes leste e oeste do país, o presidente timorense, Xanana Gusmão, voltava a exigir que a FRETILIN revele a identidade dos que, segundo o partido maioritário, elaboraram "um plano bem traçado de contra-inteligência", tendo em vista a subversão da ordem constitucional.

A violência surgiu quando dezenas de jovens, armados com catanas, dardos e setas, e munidos de pedras, se envolveram em confrontos directos.

Apesar dos incidentes, noutros pontos da cidade continuam as marchas de jovens em prol da paz. Militares da GNR, que estavam a enquadrar uma das colunas, disseram que já tiveram que resolver dois pequenos incidentes, marcados por apedrejamentos entre grupos rivais, na rotunda de Caicoli, junto ao antigo mercado, e na zona do Matadouro, entre os bairros de Balide e Vila Verde.

"Indiquem-nos, por favor, essas maldosas pessoas! O povo unido até pode ajudar a apanhá-las e metê-las em Becora (principal prisão em Timor-Leste), para aprenderem a perceber que a nossa democracia não permite manifestações contra o Governo! Eu creio que o povo ficará contente e descansado por, finalmente, castigarmos esses 'profundamente anti-democráticos e golpistas'. Mas revelem-nos os nomes por favor", lê-se no texto em que Xanana desafia a FRETILIN.


O ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri afirma que o actual Governo, chefiado por Ramos-Horta, é tutelado por si e pela FRETILIN e que "esse foi o acordo estabelecido". "Uma vez por semana, pelo menos, reúno-me com o primeiro-ministro. Esse foi o acordo estabelecido antes da formação do Governo, diz Alkatiri referindo que tudo está muito claro "O primeiro-ministro está a chefiar um Governo da FRETILIN e eu sou o secretário-geral da FRETILIN". Ou seja, "qualquer Governo tem tutela. É a política do partido vencedor" das eleições".

.

3 comentários:

Anónimo disse...

Xanana nao e o PRESIDENTE DE TIMOR LESTE,as actuacoes dele e como se fosse qualauer lider de partidos oponentes. As suas preocupacoes sao para derrubar a Fretilin e extinguir o nome da Fretilin de uma so vez para que ele venha a ser um absolutista a projectar independentemente os seus planos.
E melhor que ele como pai da NACAO pare com as criticas destrutivas e estuda as formas mais adequadas para por fim ao conflito.

Anónimo disse...

FRETILIN has legitimate rights to suspect there was a conspiracy to overthrow the Government. FRETILIN is accountable only to its members not to the President who is somewhat desponded and is looking for any reason to bring down FRETILIN.

The PR doesn’t need to be hasty over any allegations and should concentrate in getting dislocated persons to return home and provide a secure environment for next years elections. There are other questions the President or any other person should answer to.

Can someone tell me why on earth the President made the remarks he did on the 23 March regarding the East and Western people's contribution during Indonesian occupation? This led to first wave of regionalised violence specially the burning of the homes of people from the eastern part of the Island. Never in Timorese history we had a problem such as this.

Can someone tell me why the PR and the current PM were able to meet Alfredo and assured the people of Timor that Alfredo was not a threat even going as far as to say that Alfredo was going to contribute to security in Aileu and even Suai and Bobonaro. Yet Alfredo initiated the violent conflicts in May.

Can someone tell me why the PR would disrespect other institutions such as the Government and the Parliament by threatening to sack the Government and dismiss the Parliament to which he had no justified reasons.

Can someone tell me why the President should make outlandish attacks on F and offer his resignation if the Prime Minister did not resign on his 23 June address to the nation?

Can someone tell me why the PR would give prominence to a foreign report over a legitimate official former Prime Minister Alkatiri. Is it possible to request the resignation of the Prime Minister based on what we know today is baseless accusations against Mari Alkatiri.

Can someone please tell me how a PR can controversially protest amongst Tara and Rai Los and request the resignation of a Prime Minister again without considering any reasoning from Government regarding the alleged distribution of arms to civilians?

Since we now know that other institutions including the Police (who happen to have distributed a large proportions of arms) Why is it the PR not asked for an official enquiry into arms distribution?

Why it is the PR has not criticised the Parliamentarian Leandro Isaac for having being armed during the crisis. Shouldn’t the President request Leandro's resignation? Why is it that Alfredo was to meet with Horta and Leandro on the day he attacked the FFDTL soldiers.

The President is hypocritical! To say the least.

Anónimo disse...

Visite http://timorcartoon.blogspot.com

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.