quarta-feira, novembro 15, 2006

De uma leitora

Comentário no post "Dois feridos em Bebonuk e pequenos incidentes em jornada pela paz":

15 Anos do Massacre de Santa Cruz

A 12 de Novembro de 1991, deu-se o massacre do Cemitério de Sta. Cruz, em Timor-leste. Estão vivas na memória de toda a gente, as imagens captadas, escondidas numa campa e depois de recuperadas, passadas para o mundo pelo jornalista Max Sthall. Foram anos de luta – que o povo timorense encetou para que a 20 de Maio de 2002, a bandeira de Timor-leste, fosse hasteada como símbolo do garante duma independência muito sofrida!

Hoje, ao olharmos para esse percurso histórico, perguntamos: como é possível que um punhado de arruaceiros continue a massacrar uma população débil, atormentada, já de si, por um passado tão macabro? Como é possível que os homens não entendam que chega de sofrimento e que é preciso – todos de mãos dadas, sem pedras para atirar, sem rama-ambon[1], sem questões tribais, sem firaku[2] ou kaladi[3] – que se unam em torno daquela bandeira pela qual tanta gente se bateu?! Onde está o bom senso e a dignidade de um POVO que nós víamos como modelo?! Onde está a unidade daqueles líderes timorenses que durante décadas, o povo respeitou e escutava ?

Neste 12 de Novembro, que o bocadinho timorense que em nós existe, faça uma prece, por aqueles que partiram, mas que essa prece seja também um pedido para os que estando vivos, naquela meia-ilha do Pacífico, se unam, deixem de lado o vil metal, origem de todos os males, e em uníssono possam construir um futuro na PAZ, para podermos voltar a dizer que Timor-leste é a Ilha do Sol Nascente!

[1] -azagaia em miniatura com ponta embebida em veneno e trazida de Ambon/Molucas
[2] - campónio das zonas orientais de T.L
[3] - habitante rural das regiões ocidentais de T.L.

Palmira Marques
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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