quinta-feira, outubro 02, 2008

PARLAMENTO DE TIMOR-LESTE DESEJA ESTABELECER COMISSÃO DE VIGILÂNCIA ANTI-CORRUPÇÃO

COMUNICADO DA FRETILIN


1 de Outubro de 2008

O aumento alarmante da corrupção a nível do governo em Timor-Leste provocou uma reacção imediata de vários partidos que pretendem assim criar uma comissão de vigilância que possa lutar contra a corrupção na administração pública.

O maior partido de Timor-Leste no Parlamento, FRETILIN, anunciou hoje que iria associar –se a outros partidos e até mesmo alguns deputados dos partidos no governo para apoiar a criação de uma comissão parlamentar para combater a corrupção.

O Parlamento debateu ontem sobre o agravamento da corrupção a nível do governo após a publicação do relatório da Transparency International sobre o Índice Global de Corrupção de 2008.

(veja hhtp: www.transparency.org/policy_research/surveys_indices/cpi/2008)

O índice revelou que , Timor-Leste, sob o governo da “ Aliança da Maioria Parlamentar”, liderado por Xanana Gusmão, registou a deterioração mais significativa do que qualquer outro país.

A posição de Timor-Leste desceu 22 lugares caindo de 123º para o 145º lugar – atrás do Cazaquistão e um lugar à frente de Bangladesh – para o período compreendido entre Agosto 2007 e Agosto 2008. Este foi o segundo ano consecutivo do declínio do índice, tendo no ano correspondente de 2006-2007 caído de 112a para 123a posição quando Dr. José Ramos Horta ainda era Primeiro-Ministro.

O lider da bancada da FRETILIN, Aniceto Guterres, disse hoje que o inquérito da Transparency International acompanhou uma série de casos de corrupção e de má administração por parte do governo da “AMP” e que a deterioração da situação de Timor-Leste provocara “ um debate quente a nível nacional” .

Guterres disse que os representantes da maioria dos partidos políticos, muitas missões estrangeiras e parceiros multilaterais tinham manifestado as suas preocupações em público ou em privado sobre a deterioração da corrupção.

“Mesmo aqueles que estavam calados e foram cúmplices em relação ao fluxo de alegações estão agora a levar a situação a sério , especialmente as agências multilaterais e as representações estrangeiras. Finalmente estão a compreender o que a FRETILIN, a sociedade civil e os media têm vindo a alertá-los”, disse Guterres.

Ele (Guterres) mencionou escândalos especificos, designadamente:

O Vice-Primeiro Ministro empregou a sua esposa ( uma não - diplomata) na Representação de Timor-Leste em Nova Iorque com um salário três vezes superior ao de um diplomata.


O Primeiro Ministro Gusmão autorizou um contrato de fonte única no valor de US$14.4 milhões para o fornecimento do arroz. O contrato foi concedido à companhia de Três Amigos encabeçada por Germano da Silva, um amigo de Gusmão e membro do CNRT (partido do Gusmão).


A administração de Gusmão concedeu um duvidoso contrato de fonte única para a aquisição de dois barcos de patrulha para uma companhia chinesa intimamente associada a um aliado politico de Gusmão, Abílio Araújo.


Estabelecimento de acordos sem transparência negociados secretamente entre o governo de Gusmão e companhias estrangeiras para a concessão de 100,000 hectares – um quarto de terra afrável de Timor-Leste – para culturas destinados à produção de bio-combustíveis.


A Administração de Gusmão propôs a compra de carros de luxo com tracção às quatro rodas como recompensa política para os deputados;

Alegações persistentes feitas pelos órgãos de comunicação social e pela sociedade civil em matéria de contratos celebrados pelos empreiteiros com os Ministérios em que os conjugues dos ministros tem interesses nas empresas que fornecem mercadorias e serviços para esses Ministérios.


Aniceto Guterres mencionou a reclamação de Mário Carrascalão, Presidente do Partido Social-Democrata esta semana , um aliado de Xanana Gusmão, dizendo que ele estava “farto de ouvir os embaixadores e os empresários estrangeiros falarem de corrupção deste governo”, e que estava “cansado de sentir-se envergonhado todos os dias por causa da corrupção deste governo”.

Guterres disse que o Mário Carrascalão, os representantes do partido PUN e alguns deputados da própria Aliança de Gusmão tinham apelado para a criação de uma Comissão Parlamentar para averiguar sobre as alegações de corrupção no governo.

Para mais informações, contacte com: José Teixeira, 728 7080 ou

Nilva Guimarães ( responsável pelos media) , +670 734 0389

O povo timorense é a nossa missão

Agência Ecclesia - Lisboa,Lisboa,Portugal


O povo timorense é a nossa missão

Se se fizesse uma lista de pessoas profundamente conhecedoras da história dos últimos 30 anos de Timor-Leste, dois padres jesuítas portugueses apareceriam, com certeza, a encabeçar essa lista. A passar um tempo de descanso em Portugal, o padre João Felgueiras (JF) e o padre José Martins (JM) contaram ao Diário do Minho (DM) algumas experiências vividas no decurso da longa missão em Timor-Leste.
O padre João Felgueiras é natural das Caldas das Taipas, Guimarães, e nasceu no dia 9 de Junho de 1921. O padre José Martins é natural de São Romão do Neiva, Viana do Castelo, onde, no passado dia 7, celebrou as bodas de ouro sacerdotais.
Os desafios colocados a Timor e à Igreja timorense são, para estes dois sacerdotes, vários e urgentes. Mas também concordam que «Timor pode muito bem ser uma jóia da Igreja e da comunidade internacional». Num país marcado pela guerrilha interna, pela invasão indonésia, por referendos, pelo processo moroso que levou à independência, os dois jesuítas missionários são unânimes em afirmar que «a morrer e a morrer» morriam em Timor. Porque, explicam, o povo timorense é a sua missão.

DM - Como se deu a ida para Timor?
JF - Estava no Colégio da Companhia de Jesus, em Cernache, e o Padre Provincial propôs-me ir para Timor. Isto em Maio de 1970. Fiquei surpreendido e, então, pedi um tempo para reflexão. Em Dezembro desse ano, parti de Cernache rumo a Timor. Neste tempo, entre o pedido do Provincial e a minha partida, li muitos livros sobre Timor a fim de criar uma visão mais objectiva daquele País. Li praticamente todos os livros que havia e que estavam na biblioteca do colégio e isso enriqueceu a minha visão. Preparei-me para partir, com consciência renovada da minha missão de cristão, de sacerdote e de jesuíta. Tomei esta missão a sério, não apenas como uma aventura cega. Inseri-me no espírito dos grandes missionários, sabendo da responsabilidade que era e da própria beleza da missão em si.

JM - A minha ida para Timor foi muito diferente da do padre João, porque eu nunca tinha pensado, durante a minha formação, ir para terras de missão, nem nunca tinha pedido isso aos meus superiores.
Estava a fazer os meus estudos em Roma, no último ano da licenciatura em Teologia Espiritual, quando o Provincial me perguntou se eu tinha alguma objecção de ir a Timor por dois anos, no máximo três. Acabado esse período viria para Portugal trabalhar. Claro que não me opus e, acabados os estudos, em 23 de Setembro de 1974, embarquei para Timor.

DM - Como decorreu a viagem?
JF - Procurei aproveitá-la o melhor possível, no sentido de me informar e de conhecer mais o País. Antes de ir para Timor, passei por Roma, onde passei o Natal de 1970, e lá encontrei o ainda estudante de Teologia José Alves Martins. De Roma, parti para outra etapa bíblica e Paulina – Atenas –, antes de me dirigir para Jerusalém. Foi uma experiência espiritual única na minha vida. Fiquei na casa dos Franciscanos e, com uma família argentina, percorri todos os lugares santos de Jerusalém.
A passagem por estes locais ajudou-me ainda mais a fortalecer a consciência da missão que abraçava e que se chamava Timor. A Jerusalém seguiu-se Goa, por onde andou São Francisco Xavier. Depois, Hong Kong, onde um atraso ocasional permitiu que contactasse com os focolarinos, com quem estava já bem relacionado porque tinha participado numa Mariápolis, em Fátima. Nesse encontro, contactei com vários estudantes de teologia timorenses, entre eles o actual Bispo de Díli. Seguiu-se Macau e entrar lá foi para mim uma alegria imensa.
Todo este tempo foi uma espécie de curso preparatório de ambientação para entrar em Timor. Quando parti de Macau rumo à minha missão, recordo que me atrasei para o avião. Ao chegar ao aeroporto, mandaram-se ir a correr para conseguir entrar ainda no avião, mesmo sem revistar as malas.
A primeira vez que sobrevoei Timor foi muito emocionante. Tinha a consciência que estava a sobrevoar terras “virgens” que me iam acolher para desempenhar a missão. Aterrei no aeroporto de Baucau e daí parti noutro avião, pequeno, que me levou a Díli. Lá, estava à minha espera a comunidade que me ia receber. A alegria, ao encontrar os meus novos companheiros foi muito grande. Contactei com os sacerdotes que trabalhavam em Timor e, depois, fui saudar o Bispo de Díli, D. José Joaquim Ribeiro, que tinha sido meu companheiro como seminarista em Évora.

DM - Qual era a missão?
JM - A minha missão era ser director espiritual no Seminário de Díli e professor. Chegado a Timor, comecei imediatamente a cumprir a minha missão. Não tive uma longa preparação como o padre João Felgueiras e o processo da minha ida decorreu rapidamente. Claro que o objectivo, aparentemente, era diferente. Eu ia a Timor, o padre João foi para Timor. Encarei a minha ida como uma espécie de estágio, embora já fosse sacerdote. A circunstância que me fez continuar até aos dias de hoje foi a guerra civil, em 1975, entre os dois maiores partidos timorenses – a União Democrática Timorense e a Frente Revolucionária de Timor-Leste. Mesmo aí não tinha intenção de ficar para sempre. Em 7 de Setembro desse ano, a Indonésia invade Timor e eu fiquei como que retido. Não quis sair e fui continuando, continuando, até hoje.
Entre 1986 e 1990, por causa de umas férias do padre João, fiquei como reitor do seminário. No meio das dificuldades, dos perigos e da tensão, houve espaços de tempo felizes.

JF - A minha missão era o Seminário de Díli, numa encosta da cidade. Quando cheguei, a comunidade reuniu-se para me dar as boas-vindas e numa das primeiras conversas que tive com um seminarista, perguntando-lhe se sabia o motivo de eu ter ido para Timor, ouvi uma frase que ainda hoje não esqueci. Disse-me esse rapaz: “O padre veio, porque acreditou”. Fiquei impressionado com aquela frase, vinda da boca do primeiro seminarista timorense com quem falei.
Esse rapaz acabou por ser preso pelos indonésios e veio a falecer na sequência dos maus tratos. No tempo que fui reitor, de 1971 a 1975, tínhamos uma vida normal de seminário. Os rapazes tinham um excelente índice intelectual. Contudo, o 25 de Abril aqui em Portugal perturbou muito o ambiente de Timor. Já não era o Timor que eu tinha encontrado quando cheguei. O Seminário não foi excepção a essa perturbação e instabilidade, por causa das movimentações políticas.
Alguma coisa estava a fervilhar e isso sentia-se. Os fundadores dos partidos, se não todos uma grande parte, tinham sido seminaristas, que eram das pessoas mais cultas do país. O Seminário organizou, em Agosto de 1975, por ordem do prelado, uma peregrinação a Nossa Senhora de Aitara. Mas, o golpe de 9 de Agosto e o consequente contra-golpe criou grande perturbação e guerrilha entre os timorenses.
Estávamos na montanha, em peregrinação, quando tudo isso aconteceu. Porque ia dar-se um conflito armado, nós tivemos que sair para as montanhas. Na incerteza, fomos para Baucau. Nos postos administrativos éramos avisados que os clérigos deviam sair de Timor. Efectivamente, as religiosas tinham ordens superioras para abandonar o País. Para os padres, não havia essa ordem de saída. Eu também não podia sair deixando os seminaristas dispersos.
Regressei, então, para a casa dos Salesianos onde estavam os seminaristas à minha espera. Ficámos por lá. Estávamos reunidos no trabalho e na oração até que o Bispo informou que a Indonésia estava a invadir Timor. Com o domínio indonésio não havia guerra no interior mas apenas nas fronteiras, para onde se dirigiam diariamente milhares de homens soldados. Mas, a invasão alastrou.
O Seminário foi bombardeado e totalmente destruído. Durante este ataque, lembro que estávamos no interior da capela, estendidos debaixo dos bancos, para evitar os estilhaços.
Estávamos persuadidos de que os indonésios iriam respeitar os lugares da Igreja e até tínhamos posto bandeiras brancas, mas mesmo assim fomos bombardeados. Quando parou este ataque saímos de lá. Instalámo-nos numa casa de um timorense que nos deu guarida, no relevo da encosta da cidade. Começámos a cavar buracos e valas no chão para nos protegermos dos bombardeamentos, que aconteciam diariamente, de canhões, morteiros e metralhadoras.
Foi uma época terrível. As pessoas quando viram que nem os lugares da Igreja haviam sido respeitados pelos indonésios fugiram todas dizendo: “Vieram para nos matar a todos”. Nesse preciso momento, a Indonésia perdeu todas as hipóteses de simpatia dos timorenses. Este ambiente de violência decorreu até ao referendo de 1999, que foi favorável à independência de Timor.

DM - No meio de tanta tensão e perigo, consegue escolher o melhor momento?
JM - O melhor momento que vivi em Timor foi, efectivamente, no primeiro ano que cheguei, entre 1974 e 1975, porque foi um ano de paz. Os tempos de paz são sempre bons momentos. Também a fase seguinte ao referendo foi um bom momento que passei, assim como a reabertura do Seminário em Díli, no ano de 1978.

DM - E o pior?
JM - Houve concretamente dois momentos em que senti a vida por um fio muito ténue. Quando estávamos refugiados nas montanhas, por causa da invasão da Indonésia, no dia 18 de Dezembro, vim ao Seminário Menor diocesano e fui atingido na anca por um estilhaço de morteiro. Apesar da profundidade da ferida, consegui chegar ao seminário. Também, em Setembro de 1999, com Díli debaixo de fogo pelas milícias, um dos padres que estava connosco foi morto a tiro. Ao que parece queriam roubar os nossos carros. Foi um momento providencial, porque sentimos a morte muito perto, morte essa que chegou, infelizmente, para esse padre alemão que estava connosco. Faltam catequistas, seminaristas e sacerdotes...

DM - Quais são os desafios de Timor?
JM - A estruturação do país é essencial, mas convém que os líderes políticos sejam pessoas bem formadas. Neste momento, parece-me que Timor não tem isso. Até tem pessoas formadas, mas falta-lhes experiência de governação. São três os departamentos a necessitar de acção imediata: Agricultura, Saúde e Educação. Timor tem recursos e meios, no entanto falta-lhe projectos. Ao nível da educação, o desafio é tremendo. A Língua Portuguesa, que é oficial desde o referendo, só é falada por pessoas com mais de 35 anos. É importante apostar na aprendizagem do Português, que está nos programas apenas até ao 6.º ano. Ao nível do turismo, faltam todos os projectos.

DM - E os desafios da Igreja timorense?
JF - Antes de mais, manter a lealdade e o respeito para com o povo timorense, porque as suas características deviam ser mantidas, preservadas e respeitadas. A Igreja tem um papel importante na defesa e na promoção da dignidade dos timorenses. Por isso, é essencial que a hierarquia crie consciência para pensar no futuro de Timor. Em Timor faltam catequistas, seminaristas e sacerdotes... Mas falta também, formação, catequese. Apostar na qualidade. Timor pode muito bem ser uma jóia da Igreja e da comunidade internacional.

JM Os missionários que vão para Timor devem aprender o Tétum e o Português. Infelizmente, isso não acontece. Por exemplo, na nossa comunidade falámos Inglês. Tem havido brandura por parte do Ministério da Educação e da Igreja a esse respeito.

DM - Regressam a Timor no dia 20 de Outubro para fazer o quê?
JF Faremos o que sempre fizemos: o povo timorense é a nossa missão. Durante todos estes anos fomos leais ao povo e à missão. Ambos temos a consciência de que fomos e vamos continuar a ser operários fiéis do Senhor. Criámos a Escola “Amigos de Jesus” que tem alguns laços com a Companhia de Jesus, mas é autónoma. Pretende favorecer e dar valores humanos e religiosos que a criança precisa para o seu lento e gradual crescimento.
Este ano, a escola conta com 512 alunos. Apesar de já existir há dez anos, o edifício foi benzido em Maio deste ano. Fica situado junto à casa dos Jesuítas em Díli. A escola precisa de ajuda monetária principalmente para o pagamento aos professores. Para isso, as pessoas podem enviar os seus donativos para uma conta que foi criada com essa finalidade. Sabemos que os portugueses, e os bracarenses em particular, são generosos. Por exemplo, a Igreja de Braga ofereceu, há poucos anos, todos os livros litúrgicos para todas as paróquias timorenses. Bíblias, rituais das celebrações, o Vaticano II, os volumes da Liturgias das Horas, tudo foi oferecido pela Arquidiocese. A escola é outro projecto que quer contribuir para o futuro de Timor, do País e da Igreja. Os interessados podem ajudar com donativos para a conta com o NIB 0033 0000 0001 6073 2880 8.
Entrevistas Diário do Minho 01/10/2008 15:26 12643 Caracteres 105 Timor Leste

Escalating tensions among East Timor police

Updated October 1, 2008 09:18:53
ABC Radio Australia

Tensions are brewing in East Timor's national police force as the government works to weed out corruption and rehabilitate the force. The administration in Dili hopes it can eventually farewell the 1,500 UN police, who've taken responsibility for internal security for the past two years. But a series of incidents in recent weeks suggest efforts on police reform may not be going as smoothly as the government would wish.

Presenter: Stephanie March Mari Alkatiri, former prime minister and leader of Fretilin opposition party; International Crisis Group analyst Anna Powles; State Secretary for Security Francisco Gutteres

Listen:
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MARCH: Last week members of East Timor's Police Task Force Unit threatened to strike in protest against pay issues. Their anger led to a confrontation at police headquarters. The prosecutor general Longinious Montiero also confirmed that the interim head of the police, Alfonso de Jesus, has been questioned over disciplinary issues.

But the most worrying element for civil society groups in the series of drams surrounding the local police, is an undated, unsigned flyer being passed around Dili about the government's plan to appoint a new commander in November. An excerpt from it is read here by an actor:

LETTER EXCERPT: There is a lot of discrimination in the government structure, as the majority are from the east. If a person is appointed to commander from east we will make a petition in our institution and also organize people from districts to against the government, and we will demand the president call early elections.

MARCH: It was words like those that ignited the crisis of 2006 and tore the nation's military and police apart along regional lines - loro mono from the west, and loro sae from the east. Mari Alkatiri was prime minister in the lead up to the 2006 crisis, and is now the president of the opposition party, Fretilin.

ALKATIRI: This is the repetition of 2006, even in 2006 they started with this kind of thing, the pamphlets and letters accusing, dividing the people into loro mono and loro sae.

MARCH: State Secretary for Security Francisco Gutteres and a United Nations official believe members within the police force are responsible for the flyer. Anna Powles from the International Crisis Group says it's "deeply concerning".

POWLES: I think the government and international community should certainly be cognisant of this and take it seriously because as we have seen before if this sense of discrimination and resentment is left to fester it can cause serious problems down the track

MARCH: The UN police say they are taking the matter seriously and trying to confirm who wrote and distributed it. State Secretary for Security Francisco Gutteres.

GUTTERES: I am not really concerned about it. This letter comes from someone who is concerned about the program that this government is trying to do about the rank adjustment. Maybe some people, when it comes to rank adjustment, they may be affected.

MARCH: Francisco Gutteres says past promotions in the force - known as the PNTL - have often been influenced by nepotism or corruption. The government is now establishing clear criteria for moving up the ranks.

GUTTERES: Many people that probably feel by having these new rules, new systems, they may be affected. They may say, 'well in the past I was undisciplined, I have not much capacity, I became a leader of PNTL because of my closeness to someone, and if this system is established means I will have not have many chance of being promoted.'

MARCH: He plans to appoint foreign police officers to the promotions board that will ultimately choose the new commander to give legitimacy to the controversial position.

GUTTERES: I am quite sure that more than 80 of the PNTL members are quite supportive of these new measures and are not trapped in this kind of issues.

MARCH: While both the UN and government are working to rehabilitate and restructure the politicized and factionalised PNTL, Anna Powles from the International Crisis Group says serious issues still remain.

POWLES: Certainly the major problems seem to be ill-discipline, a lack of professionalism, issues around unity in the force because of the number of different units in the force, issues over pay and moral.

MARCH: She says changes to the force - such as the rank adjustment process- are necessary but are controversial given the current environment.

POWLES: All processes like that have the potential to be both positive and negative, they can be potentially divisive if not handled carefully. Hopefully they will solve issues but rehabilitation of PNTL is extremely complex task and if not handled correctly is going to create resentment among certain parties.

MARCH: The UN said earlier this year it will hand responsibility for internal security to local forces by early next year, but remain in East Timor in a supporting role.

© 2008 Australian Broadcasting Corporation

Mari Alkatiri greets President Yudhoyono on Eid Al Fitr

10/02/08 00:25

Jakarta (ANTARA News) - Former Timor Leste`s prime minister Mari Alkatiri came to an open house at the State Palace here on Wednesday to greet President Susilo Bambang Yudhoyono on the occasion of the Islamic holy day of Idul Fitri.

He arrived at the palace in the company of his wife at 10.49 am and after queueing for a while along with other guests he got his turn to shake hands and chat for less than 10 minutes with President Yudhoyono.

Besides the cabinet ministers also seen attending the open house were House Speaker Agung Laksono, the chairman of the Regional Representatives` Council, Ginandjar Kartasasmita, the chairman of the Consitutional Court, Jimly Asshidiqie, the chairman of the Supreme Court, Bagir Manan and the chairman of the Corruption Eradication Commission, Antasari Azhar.

On the occasion President Yudhoyono was flanked by first lady Mrs Ani Yudhoyono, second son Agus Harimurti and first son Edhie Baskoro and his wife, Anissa Pohan.

Before receiving the guests President Yudhoyono received greetings from family members led by Mrs Ani Yudhoyono. (*)

COPYRIGHT © 2008

Former Prime Minister of East Timor Visit President Yudhoyono

Wednesday, 01 October, 2008 13:49 WIB

TEMPO Interactive, Jakarta: Former East Timor Prime Minister Mari Alkatiri visited President Yudhoyono during the Idul Fitri gathering at the presidential palace on Wednesday, after attending the Idul Fitri prayer at the Istiqlal Mosque.

The deposed prime minister did not explain the purpose of his visit and left the presidential palace after greeting the president continuing his visit to Vice President Kalla at the vice presidential office.

Alkatiri currently holds the post of Secretary-General of the Revolutionary Front for an Independent East Timor (Fretilin) the rival party of National Congress for Timorese Reconstruction (CNRT) led by Xanana Gusmao.

Alkatiri was forced to resign from office in June 2006 after weeks of political unrest sparked by rebelling East Timor troops. A parliamentary election one year later brought Xanana Gusmao to the Prime Minister post.

Kurniasih Budi Ninin Damayanti

Timor police tensions worry authorities

October 1, 2008 - 6:42PM

Worrying signs are emerging of tensions within East Timor's police force, similar to the rift among armed forces that sparked deadly violence in 2006.

Authorities are preparing to appoint a new police commander amid a new push to rid the force of corrupt and undisciplined officers.

But evidence of a flare-up in regional tensions, between those from the country's east and west, have authorities concerned.

An inflammatory leaflet has been circulating in the capital, Dili, warning: "If a person from the east is appointed as commander, we will petition and organise people from districts to go against the government".

East Timor was torn apart in 2006 when east-west tensions sparked deep divisions in the armed forces and ultimately triggered violence that left at least 37 people dead and around 150,000 displaced.

The unrest prompted countries including Australia to send in troops to restore order.

Government sources and one UN official believe the leaflet was written by a group of officers within the police force. It includes threats of violence and calls for early elections if anyone from the east is appointed police commander.

The International Crisis Group (ICG) said the development was "deeply concerning".

"As we have seen before, if this sense of discrimination and resentment is left to fester it can cause serious problems down the track," ICG analyst in East Timor Anna Powles said.

Former prime minister Mari Alkatiri, who now leads the opposition Fretilin party, said the threats mirrored the kind of tensions that led to the 2006 violence.

"In 2006 they started with this kind of thing - the pamphlets and letters dividing the people," he said.

But unlike in 2006, there are 1,500 UN police and almost 1,000 Australian and New Zealand troops deployed in East Timor.

UN police are taking the emergence of the leaflet seriously and trying to confirm its source.

"We pay attention to any information regardless of classification," Acting UN police commander Juan Carlos Arevalo said.

State Secretary for Security Francisco Gutteres believes the leaflet was written by officers who will be hurt by a new promotions system aimed at wiping out corruption and nepotism.

"I am quite sure that more than 80 per cent of the police are quite supportive of the new changes," he said.

But there are other signs of problems within the police force.

Members of the Task Force Unit recently threatened to strike over a pay dispute, leading to a heated confrontation at police headquarters.

And the Prosecutor-General Longuinhos Monteiro last week revealed that the interim head of the police, Alfonso de Jesus, was being questioned in relation to disciplinary issues.

AAP

Timor abre terceiro inquérito para julgar repasse de armas

Por Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa

Díli, 1° out (Lusa) - O processo de transferência de armas, que na quinta-feira tem o terceiro inquérito em Díli, capital do Timor Leste, é a mais recente “assombração” da crise de 2006 para a estabilidade frágil do país.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) marcou para quinta-feira o interrogatório do coronel Falur Rate Laek, depois de ontem inquirir o coronel Lere Anan Timor e o major Mau Buti.

Os três oficiais superiores são membros do Estado-Maior das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e comandantes históricos da resistência timorense.

A PGR pretende também chamar à justiça o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMGFA) timorense, Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, e o ex-ministro da Defesa Roque Rodrigues, membros do Conselho Superior de Segurança e Defesa Nacional.

Na origem do processo está a distribuição de armas a civis pelas F-FDTL, em 24 de Maio de 2006.

O episódio aconteceu após quatro semanas de instabilidade desencadeada pelos chamados peticionários das F-FDTL, a partir de 28 de Abril daquele ano.

A implosão da Polícia Nacional (PNTL), a deserção do major Alfredo Reinado, comandante da Polícia Militar, a existência do grupo de Vicente Conceição “Railós”, armado pelo então ministro timorense do Interior, Rogério Lobato, e incidentes como o ataque à residência de Taur Matan Ruak foram analisados pela Comissão Especial Independente de Inquérito (CEII) das Nações Unidas.

A CEII, que apresentou o seu relatório final em Outubro de 2006, concluiu que, “ao armarem civis, o ministro da Defesa e o chefe da Força de Defesa actuaram sem base legal e criaram uma situação de perigo potencial significativo”.

“No dia 17 de Maio, o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak escreveu ao primeiro-ministro (Mari Alkatiri) solicitando uma auditoria ao depósito de armas das F-FDTL em resposta a alegações segundo as quais pessoas civis teriam sido vistas a andarem com armas das F-FDTL”, recorda o relatório da CEII.

“As provas perante a Comissão estabelecem que as F-FDTL começaram a armar civis no dia 24 de Maio de 2006. Isto foi feito sob ordens do Brigadeiro-General Matan Ruak e com o conhecimento do ministro da Defesa”, diz o documento.

“Foram feitas listas contendo nomes e os correspondentes números de série das armas entregues, mas as pessoas não assinaram em como receberam as armas”, apurou a Comissão.

Apreensão

A Comissão mostra sua preocupação pelo grau de distribuição ilegal e irregular de armas no Timor Leste e pela inércia demonstrada pelo Governo para fazer face à falta de controlo de armas no seio das suas forças armadas perante informações e análises credíveis relativamente à ilegalidade e/ou irregularidade da posse de armas, sua movimentação e uso.

A CEII concluiu que “as armas foram distribuídas com o conhecimento e aprovação das seguintes pessoas: Roque Rodrigues; Taur Matan Ruak; Tito da Costa Cristóvão, também conhecido por Lere Anan Timor; Manuel Freitas, também conhecido por Mau Buti; e Domingos Raul, também conhecido por Rate Laek Falur” (sic).

A Comissão recomendou que estas pessoas sejam processadas judicialmente por transferência ilegal de armas.

O International Crisis Group, que analisou a crise num relatório que precedeu o da CEII, disse que, “em contraste com a transferência secreta e ilegal de armas da Polícia a civis, esta (das F-FDTL) foi relativamente ordenada e bem documentada, tornando mais fácil a recolha das armas após a chegada de tropas internacionais”.

Timor-Leste Parliament pushes for anti-corruption watchdog

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN


MEDIA RELEASE
Dili, 1 October 2008

Timor-Leste Parliament pushes for anti-corruption watchdog

An alarming increase in government corruption in Timor-Leste has prompted a cross-party push to establish a parliamentary watchdog to fight graft in public administration.

The biggest party in Timor-Leste's parliament, FRETILIN, announced today it would join with other parties and even some government MPs to support the setting up of a parliamentary commission to tackle corruption.

Parliament debated the issue of worsening government corruption yesterday, following the release of Transparency International's 2008 international Perceived Corruption Index report (see http://www.transparency.org/policy_research/surveys_indices/cpi/2008 )

The index showed Timor-Leste under the leadership of Xanana Gusmao's 'Parliamentary Majority Alliance' (AMP) government registered the most significant deterioration of any country.

Timor-Leste's position fell 22 places from 123rd to 145th – behind Kazakhstan and one place ahead of Bangladesh – for the period August 2007 to August 2008. This was the nation's second successive year of decline in the index, following a drop from 112th to 123rd place in the corresponding period for 2006-2007 when Dr. Jose Ramos-Horta was Prime Minister.

FRETILIN's parliamentary leader Aniceto Guterres said today Transparency International's survey followed a steady flow of reports of corruption and maladministration by the AMP government and had 'caused a raging national debate' on Timor-Leste's worsening status.

Guterres said representatives of most political parties, many foreign missions and all multilateral partners publicly or privately had expressed concern over worsening corruption.

'Even those who remained quiet and complicit in regard to the stream of allegations are now taking the situation seriously, especially the multilateral agencies and foreign missions. They have finally grasped what FRETILIN, civil society and our media have been warning about,' Guterres said.

He said specific scandals included:

The Deputy Prime Minister employing his wife (a non-diplomat) at Timor- Leste's New York mission at a salary three times that of a diplomat.

Prime Minister Gusmao authorising a single source contract worth US$14.4 million for the supply of rice. The contract went to the Tres Amigos ("Three Friends") company headed by Gusmao's friend and fellow party member Germano da Silva.

The Gusmão administration's awarding of a dubious single source contract for the purchase of patrol boats from a Chinese company closely associated with Gusmao's political ally Abilio Araujo.

Secretly negotiated and non-transparent agreements between the Gusmão government and foreign companies to give away 100,000 hectares – one quarter of Timor-Leste's arable land – for bio-fuels crops.

The Gusmão administration's proposed purchase of 4 Wheel Drive luxury vehicles as a political pay off for MPs.

Persistent allegations made in the media and from civil society regarding contractors being awarded contracts by ministries where the spouses of the ministers in the very same ministries have an interest in the company supplying the goods and services to that ministry.

Aniceto Guterres pointed to complaints in parliament this week from Mario Carrascalão, the President of the Social Democratic Party, an ally of Gusmão's AMP, that he was 'sick of hearing from ambassadors and foreign businessmen about corruption in this government', and that he was 'tired of feeling embarrassed every day because of the corruption in this government'.

Guterres said Mr. Carrascalão, representatives of the PUN party and some MPs from Gusmão's own alliance had also called for a parliamentary commission to inquire into allegations of corruption against the government.

For information contact: Nilva Guimarães (media officer) on +670 734 0389



FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN


MEDIA RELEASE
Dili, 1 October 2008

An alarming increase in government corruption in Timor-Leste has prompted a cross-party push to establish a parliamentary watchdog to fight graft in public administration.

The biggest party in Timor-Leste's parliament, FRETILIN, announced today it would join with other parties and even some government MPs to support the setting up of a parliamentary commission to tackle corruption.

Parliament debated the issue of worsening government corruption yesterday, following the release of Transparency International's 2008 international Perceived Corruption Index report (see http://www.transparency.org/policy_research/surveys_indices/cpi/2008 )

The index showed Timor-Leste under the leadership of Xanana Gusmao's 'Parliamentary Majority Alliance' (AMP) government registered the most significant deterioration of any country.

Timor-Leste's position fell 22 places from 123rd to 145th – behind Kazakhstan and one place ahead of Bangladesh – for the period August 2007 to August 2008. This was the nation's second successive year of decline in the index, following a drop from 112th to 123rd place in the corresponding period for 2006-2007 when Dr. Jose Ramos-Horta was Prime Minister.

FRETILIN's parliamentary leader Aniceto Guterres said today Transparency International's survey followed a steady flow of reports of corruption and maladministration by the AMP government and had 'caused a raging national debate' on Timor-Leste's worsening status.

Guterres said representatives of most political parties, many foreign missions and all multilateral partners publicly or privately had expressed concern over worsening corruption.

'Even those who remained quiet and complicit in regard to the stream of allegations are now taking the situation seriously, especially the multilateral agencies and foreign missions. They have finally grasped what FRETILIN, civil society and our media have been warning about,' Guterres said.

He said specific scandals included:

The Deputy Prime Minister employing his wife (a non-diplomat) at Timor- Leste's New York mission at a salary three times that of a diplomat.

Prime Minister Gusmao authorising a single source contract worth US$14.4 million for the supply of rice. The contract went to the Tres Amigos ("Three Friends") company headed by Gusmao's friend and fellow party member Germano da Silva.

The Gusmão administration's awarding of a dubious single source contract for the purchase of patrol boats from a Chinese company closely associated with Gusmao's political ally Abilio Araujo.

Secretly negotiated and non-transparent agreements between the Gusmão government and foreign companies to give away 100,000 hectares – one quarter of Timor-Leste's arable land – for bio-fuels crops.

The Gusmão administration's proposed purchase of 4 Wheel Drive luxury vehicles as a political pay off for MPs.

Persistent allegations made in the media and from civil society regarding contractors being awarded contracts by ministries where the spouses of the ministers in the very same ministries have an interest in the company supplying the goods and services to that ministry.

Aniceto Guterres pointed to complaints in parliament this week from Mario Carrascalão, the President of the Social Democratic Party, an ally of Gusmão's AMP, that he was 'sick of hearing from ambassadors and foreign businessmen about corruption in this government', and that he was 'tired of feeling embarrassed every day because of the corruption in this government'.

Guterres said Mr. Carrascalão, representatives of the PUN party and some MPs from Gusmão's own alliance had also called for a parliamentary commission to inquire into allegations of corruption against the government.

For information contact: Nilva Guimarães (media officer) on +670 734 0389

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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