Diário Digital / Lusa
11-12-2007 11:20:00
A Biblioteca Digital Europeia, que em 2011 deverá ter reunido seis milhões de livros, documentos e outros bens culturais de todos os países da União Europeia, poderá facilitar a consulta, em Portugal, de obras de autores portugueses que não existem no país, nem mesmo no depósito da Biblioteca Nacional.
Através do projecto de Biblioteca Digital Europeia, «visa-se o alargamento das colecções digitais disponíveis para consulta», assinalou Helena Patrício, responsável pela Biblioteca Nacional Digital (BND), em entrevista à agência Lusa.
A BND é uma secção da Biblioteca Nacional que funciona desde 2002, disponibilizando actualmente mais de 9.500 obras digitalizadas, incluindo livros na área da Arte, da História/Geografia, das Ciências Sociais, das Ciências Aplicadas e da Literatura/Linguística e onde se incluem títulos de Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Eça de Queirós.
Segundo Helena Patrício, a Biblioteca Nacional integra a rede temática da Biblioteca Digital Europeia, estando prevista, para o final de 2008, «a apresentação de um protótipo de portal para pesquisa e consulta de mais de dois milhões de objectos digitais provenientes de bibliotecas, arquivos, museus e arquivos audiovisuais».
A Biblioteca Nacional de Portugal participa igualmente no «The European Library» («A Bibliorteca Europeia»), um serviço a funcionar desde 2005 que propicia, actualmente, o acesso a recursos - bibliográficos ou digitais - de 47 bibliotecas nacionais de países europeus e que constitui um dos pilares da futura Biblioteca Digital Europeia.
A 02 de Março de 2006, a comissária europeia Viviane Reding afirmou, em Bruxelas, que a Biblioteca Digital Europeia permitiria que «a memória colectiva da Europa» ficasse à distância de um «click» feito com o rato do computador e esclareceu que a mesma não seria uma base de dados construída de raiz mas uma página electrónica multilingue onde ficariam reunidos materiais já digitalizados - livros, filmes, fotografias, manuscritos e outros bens culturais - das várias instituições dos Estados-membros da União Europeia.
Nove meses depois, a 13 de Dezembro de 2006, foi a vez de Maria Angélica Ribeiro, coordenadora do serviço de Cooperação para o Desenvolvimento do Gabinete de Assuntos Europeus e Relações Internacionais do Ministério da Educação português, defender, no Rio de Janeiro, a criação de uma Biblioteca Virtual da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que «permitiria um conhecimento e um intercâmbio alargado entre os vários países membros».
À data, o professor José Luiz Fiorin, da Universidade de São Paulo, defendeu que a biblioteca virtual iria criar um «reconhecimento identitário», constituindo um «importante instrumento de transmissão cultural e de democratização do conhecimento» e sugeriu que fossem estabelecidos convénios com instituições para fazer um levantamento das principais obras literárias de cada país da CPLP - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
De acordo com Helena Patrício, no âmbito da V Reunião de Ministros da Cultura da CPLP, que decorreu em Outubro de 2006 em Bissau, a direcção da Biblioteca Nacional apresentou uma proposta de criação da «Rede de Bibliotecas Digitais da CPLP», que corresponderia à constituição de um serviço de pesquisa comum, que servisse de ponto focal para acesso.
No entanto, e «apesar de este tipo de cooperação continuar a ser uma aspiração da Biblioteca, seria prematuro pensar-se, nesta fase, na constituição de um serviço operacional, sendo necessário que decorra ainda algum tempo para que a aspiração possa concretizar-se», concluiu a directora de serviços de sistemas de informação da BN.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Biblioteca Digital Europeia «oferecerá» livros portugueses
Por Malai Azul 2 à(s) 18:26
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Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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