sexta-feira, janeiro 26, 2007

Notícias - traduzidas pela Margarida

TIMOR-LESTE: PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA BARROSO APELA AO DIÁLOGO NACIONAL

Dili, 24 Jan. (AKI) - O Presidente da Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro de Portugal, José Manuel Barroso, apelou ao diálogo nacional em Timor-Leste, a antiga colónia Portuguesa invadida pela violência. A informação obtida pela Adnkronos International (AKI) revelou que - numa carta dirigida ao presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão e ao primeiro-ministro do país, José Ramos Horta - Barroso pediu que o partido político Fretilin e o seu secretário-geral, Mari Alkatiri, sejam incluídos em qualquer diálogo para o futuro do país.

Espera-se que a carta seja entregue aos dois líderes Timorenses esta semana, pelo representante especial da UE em Timor-Leste, Miguel Amada, que presentemente está no país.

Alkatiri foi forçado a resignar em Junho último, depois do desassossego ter levado 37 pessoas à morte. A violência foi desencadeada pela decisão de Alkatiri de demitir 600 soldados que estavam em greve depois de se queixarem de discriminação racial no seio das forças armadas. Durante o desassossego, Alkatiri e Gusmão posicionaram-se no que a maioria dos observadores descreveu como uma luta de poder. Alkatiri foi substituído por Horta, que é visto como um aliado próximo de Gusmão.

A Fretilin é o maior partido político do país, e Alkatiri é ainda considerado o corredor da frente nas eleições nacionais, previstas para Maio próximo.

Os Portugueses começaram a comerciar com a ilha de Timor no princípio do século 16º e colonizaram-na em meados desse século. Lisboa manteve o controlo até Timor-Leste ter-se declarado independente em 28 de Novembro de 1975 e ter sido invadido e ocupado por forças Indonésias nove dias depois. Os 800,000 habitantes do pequeno país do Sudeste Asiático votaram pela independência em 1999 e ganhou este estatuto em Maio de 2002.

(Fsc/Ner/Aki)

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Novas evidências no caso dos Cinco de Balibo
Janeiro 25, 2007 - 5:44AM

Um funcionário reformado que trabalhou numa estação de escuta super secreto perto de Perth em 1975 diz que ouviu soldados Indonésios em Timor-Leste a falarem sobre a "eliminação" dos Cinco de Balibo.

Relatos oficiais mantém que os jornalistas com base na Austrália - Greg Shackleton, 27, Gary Cunningham, 27, Tony Stewart, 21, Malcolm Rennie, 28, e Brian Peters, 29, - foram mortos em fogo cruzado na cidade Timorense de Balibo em 1975, mas as suas famílias insistem que foram assassinados por tropas Indonésias.

A investigadora de NSW, Dorelle Pinch, no mês passado convocou os operadores de rádio que trabalharam na Estação de Escuta da Directoria dos Sinais da Defesa na Baía de Shoal, perto de Darwin, em 1975, para se apresentarem ao inquérito sobre a morte do Sr Peters.

Mas um funcionário de uma unidade de comunicações super secreta perto da base Pearce da RAAF, perto de Perth, apresentou-se com informação que diz que o tem perturbado desde há 30 anos.

O funcionário de sinais, que falou em condições de anonimato à News Ltd, disse que o seu treinador, Sargento de Aviação Alan Oldacres-Dear, disse aos que se treinavam que ouviu discussões entre militares Indonésios sobre a "eliminação" dos jornalistas.

"Quero que as famílias dos homens saibam que as pessoas que souberam disto então ... que isto nos corrói, este voto de silêncio," disse.

"O O-D usou as palavras 'serem eliminados."

O inquérito de investigação de NSW começa em 5 de Fevereiro.

© 2007 AAP

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Conversas em posto secreto gravadas falam de “eliminações” de jornalistas

Por Janet Fyfe-Yeomans
Janeiro 25, 2007 01:00am
Artigo de: Daily Telegraph

Tropas da Indonésia foram gravadas por uma anteriormente desconhecida estação de escuta Australiana a discutir a execução de cinco jovens jornalistas Australianos.

A Unidade de Telecomunicações Nº 3 da RAAF era tão super secreta que pouco foi referenciada a sua existência, mesmo em publicações formais da força aérea.

Polícias e advogados que investigam a morte dos cinco jornalistas em Balibo em 1975 focalizaram-se se tráfego de rádio sobre a sua morte tinha sido apanhada pela Directoria dos Sinais da Defesa na Baía de Shoal, perto de Darwin.

Mas pela primeira vez, um antigo funcionário de sinais na agora desmantelada 3TU, que estava próxima da RAAF Pearce, no exterior de Perth, revelou que ouviram também as discussões dos militares Indonésios.

A evidência nova vem de uma vice-investigadora de NSW, Dorelle Pinch que finaliza as questões procedimentais antes do inquérito à morte de um dos jornalistas, Brian Peters, que começa em 5 de Fevereiro.

O funcionário de sinais, que pediu para manter secreta a sua identidade, disse que o seu treinador de sinais, Sargento de Aviação Alan Oldacres-Dear, disse aos que treinavam que ouviu a gravação de soldados Indonésios em Timor-Leste a discutirem a "eliminação" dos jornalistas, que estavam a cobrir a invasão Indonésia de Timor-Leste.

O funcionário de sinais reformado disse que a verdade o tinha "corroído " durante 30 anos.

"Quero que as famílias dos homens saibam que as pessoas que souberam disto então ... que isto nos corrói, este voto de silêncio," disse.

"O O-D usou as palavras 'serem eliminados'."

O operador de câmara do Channel 9, Brian Peters, 29, e repórter Malcolm Rennie, 28, o repórter do Channel 7 Greg Shackleton, 27, e operador de câmara Gary Cunningham, 27, e o operador de som Tony Stewart, morreram todos em Balibo em 16 de Outubro de 1975.

O Sargento de aviação Oldacres-Dear, conhecido como O-D pelos seus homens, morreu em 1987 e o seu filho, Neil, confirmou que o pai trabalhou na longínqua estação de escuta mas disse que nunca discutiu as questões de trabalho.

Contudo, The Daily Telegraph confirmou que a 3TU, a única unidade da RAAF que esteve continuamente operacional 24 horas por dia durante 45 anos, monitorizou o tráfego de rádio da vizinhança do Norte da Austrália em conjunção com a DSD.

"É tudo secreto ainda. Não nos era autorizado discutirmos entre nós mas discutíamos e a quem escutávamos," disse o antigo presidente da Associação 3TU, Barry Mayne.

A única história escrita da unidade sugere que permanece pouca evidência para ajudar os investigadores a trabalharem no inquérito.

Afirma que muitas gravações, particularmente entre 1960 e 1978, estão em falta.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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