TIME talks to East Timor's President
From the Jan. 15, 2007 issue of TIME Asia magazine
By JASON TEDJASUKMANA
Thursday, Jan. 04, 2007
Xanana Gusmão has played many roles over the years: jailed dissident opposing Indonesia's subjugation of East Timor; jungle commander leading a rebellion against an occupation army; reluctant President heading a new nation still wracked by violence and poverty. Now, at 60, Gusmão is the subject of a documentary about his struggles to make East Timor independent and viable. Directed by Singaporean broadcast journalist Grace Phan, A Hero's Journey is a tale of forgiveness and reconciliation, and recently won Amnesty International's Movies that Matter Award. TIME's Jason Tedjasukmana talked with Gusmão about both the real and reel worlds.
In the film you reminisce about the past. Was it easier to fight a war against the Indonesians than it is now to run the peace?
It is more difficult now. The recent violence [in East Timor] reflects frustration with social change. That is why we need to prove to the people that all the suffering of the past must be honored.
Have you forgiven the Indonesian government for its 24 years of brutal occupation of East Timor?
We already did in 1999 when [East Timor's capital] Dili was still burning and we could still smell the destruction. For us [the occupation] was a historical mistake.
Has forgiving Indonesia brought any benefits to your nation?
I think so. People are now taking advantage of the good relationship between the two countries. Indonesia is our closest neighbor; 80% of our trade is with Indonesia.
You have said that the East Timorese are still fighting. For what?
For social justice. In a society where people are busy with their jobs, they will not have time to engage in violence because they will be preoccupied with work. But because they don't have jobs it is easier to behave in the wrong way.
Have you disappointed your people?
We keep telling the people that we cannot change everything in one day. We ask them to understand that in the past four years we have tried to build the institutions of the state. That is not an easy task. In the next couple of years we will start development programs, but we know that four years without jobs is not easy for them.
Is an independent East Timor governable after so many years of occupation and colonization?
In the beginning of any process some crises are inevitable, but we have to remember that we were beginning from zero. We have to build everything. We are aware that we are not mature enough yet, but that does not mean we are not able.
Will you run for President again after your current term ends in May?
No way. It was a mistake [to run before] and I will carry this burden until May 19. We just signed a deal with Australia to import pumpkins, so I would prefer to become a pumpkin seller.
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domingo, janeiro 07, 2007
Q & A: Xanana Gusmão
Por Malai Azul 2 à(s) 01:08
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
P & R: Xanana Gusmão
TIME fala com o Presidente de Timor-Leste
Da edição de Jan. 15, 2007 da TIME Asia magazine
Por JASON TEDJASUKMANA
Quinta-feira, Jan. 04, 2007
Xanana Gusmão desempenhou muitos papéis ao longo dos anos: dissidente preso que se opôs à submissão de Timor-Leste pela Indonésia; comandante no mato a liderar uma rebelião contra um exército de ocupação; Presidente relutante a liderar uma nova nação ainda movida por violência e pobreza. Agora, aos 60 anos, Gusmão é o sujeito de um documentário sobre as suas lutas para tornar Timor-Leste independente e viável. Dirigido pela jornalista de Singapura Grace Phan, A Hero's Journey é uma história de perdão e reconciliação, e recentemente ganhou prémio da Amnesty International sobre Filmes que Interessam. Jason Tedjasukmana da TIME falou com Gusmão sobre ambos os mundos, o real e o do filme.
No filme lembra o passado. Foi mais fácil lutar numa guerra contra os Indonésios do que é agora dirigir a paz?
É mais difícil agora. A violência recente (em Timor-Leste) reflecte frustração com a mudança social É por isso que precisamos de provar às pessoas que todo o sofrimento do passado deve ser honrado.
Perdoou ao governo Indonésio pelos seus 24 anos de ocupação brutal de Timor-Leste?
Já o fizemos em 1999 quando Dili (a capital de Timor-Leste) estava ainda a arder e podíamos ainda cheirar a destruição. Para nós (a ocupação) foi um erro histórico.
Ter perdoado a Indonésia trouxe algum benefício à sua nação?
Penso que sim. As pessoas estão agora a tirar vantagens das boas relações entre os dois países. A Indonésia é o nosso vizinho mais próximo; 80% do nosso comércio é com a Indonésia.
Disse que os Timorenses estão ainda a lutar. Para o quê?
Pela justiça social. Numa sociedade onde as pessoas estão ocupadas nos seus empregos, não terão tempo para se engajarem na violência porque estarão preocupadas com o trabalho. Mas porque não têm empregos é mais fácil comportarem-se de modo errado.
Desiludiu o seu povo?
Continuamos a dizer às pessoas que não podemos mudar tudo num dia. Pedimos-lhe que compreendam que nos últimos quatro anos tentámos construir as instituições do Estado. Isso não é uma tarefa fácil. Nos dois próximos anos começaremos com programas de desenvolvimento, mas sabemos que quatro anos sem empregos não é fácil para eles.
É um Timor-Leste independente governável depois de tantos anos de ocupação e de colonização?
No princípio de qualquer processo são inevitáveis algumas crises, mas temos de lembrar que estávamos a começar do zero. Tivemos de construir tudo. Estamos cientes que ainda não somos suficientemente maturos, mas isso não significa que não somos capazes.
Concorre a Presidente outra vez depois do seu mandato terminar em Maio?
De modo nenhum. Foi um erro [concorrer antes] e carregarei este peso até 19 de Maio. Acabámos de assinar um negócio com a Austrália para importar abóboras, por isso prefiro tornar-me um vendedor de abóboras.
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