Sobre o que antigo Ministro do Interior disse ao Expresso de 17/06/06: “Essas acusações (grupos paramilitares) são descabidas e falsas. Nós constituímos um grupo de antigos combatentes que conhecem todos os esconderijos por onde entravam as milícias. Eles seriam pisteiros que ensinavam os homens da nossa Unidade de Reserva da Polícia (URP) para poderem actuar numa situação de guerrilha...”, o seu comentário foi desvalorizar que a missão do grupo era de formação de pisteiros (“ainda que ele rejeite a alegada missão”) e valorizar o que o Railos tem dito ( “o Sr. Rai Los tem estado a dizer a verdade”).
Isto é você descarta a possibilidade que de se ter constituído um grupo de antigos combatentes para trabalharem na formação de pisteiros na URP. Porque se não a descartasse, o normal seria que perante esta afirmação, você e os outros opositores, pedissem mais esclarecimentos, levantassem a questão no Parlamento Nacional, pedissem uma Comissão de inquérito parlamentar para aprofundar o assunto, etc. Numa democracia há, como vê, imensas maneiras de tentar esclarecimentos, quando se quer obtê-los.
Mas o que você vai fazendo, entretanto, é dar eco ao que o Railo diz: “E dificil ignorar tanta gente em posse de armas a contar a mesma historia”, “não há fumo sem fogo” e para aumentar a confusão liga o PM às alegações do Railos quando pergunta: “como se pode justificar que o Chefe do Governo diz desconhecer da existência desse grupo?” apesar de nunca ter ouvido o PM a falar de questões de organização da polícia!
O que tenho ouvido e ainda hoje no comunicado do Gabinete do PM (que está aí em baixo), é o PM a rejeitar as alegações do Railos (e doutros) de ter dado ordens à constituição de grupos que “eliminasse opositores dentro e fora da FRETILIN”.
Que tal perante problemas ou dúvidas políticas (perfeitamente aceitáveis e compreensíveis) tentar-se obter esclarecimentos políticos em vez de se partir logo para teses conspirativas?
Como diz, e bem, “Esperemos com serenidade os resultados dos inquéritos”, mas não tiremos conclusões precipitadas, no entretanto.
quarta-feira, junho 21, 2006
Dos leitores
Por Malai Azul 2 à(s) 06:28
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
“o presidente timorense, Xanana Gusmão, devia "determinar, de imediato, o estado de crise antes que a situação fique fora de controlo e se entre no descalabro total", defende o Presidente da UDT.
Será possível que tendo sido ele um dos que assinaram a Constituição da RDTL, venha propor ao PR uma inconstitucionalidade? E que ignore (ou queira passar por cima) do que está consignado no Artigo 115º da Constituição da RDTL;
2. Compete ainda ao Governo relativamente a outros órgãos:
c) Propor ao Presidente da República a declaração do estado de sítio ou do estado de emergência.
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