Timor-Leste: MP ordena detenção Rogério Lobato se ex-ministro tentar fuga
Díli, 20 Jun (Lusa) - O Ministério Público de Timor-Leste ordenou hoje a detenção de Rogério Lobato se o ex-ministro do Interior tentar abandonar o paí s, no âmbito de um processo de averiguações sobre distribuição de armas a civis, disse fonte judicial.
O processo de averiguações foi aberto pelo Ministério Público (MP) na s equência de acusações de que Rogério Lobato teria distribuído armas a grupos de civis para que estes eliminassem adversários políticos do primeiro-ministro e lí der da FRETILIN, Mari Alkatiri.
Fonte da ONU, que solicitou o anonimato, disse à Lusa que o MP emitiu u m mandado de detenção contra Rogério Lobato, que será accionado se o ex-ministro e actual vice-presidente da FRETILIN tentar abandonar o país.
A mesma fonte explicou que não se trata de um mandado de captura, que t eria de ser assinado por um juiz, em resultado de um processo já instruído, o qu e não é o caso.
Trata-se de uma medida para garantir a audição de Rogério Lobato relati vamente ao processo de averiguações que lhe foi aberto, disse a mesma fonte da O NU.
O mandado de detenção foi assinado pelos procuradores António Osório e Luís Mota Carmo, acrescentou.
Desconhece-se ainda quando é que Rogério Lobato irá prestar declarações no âmbito do processo de averiguações aberto pelo MP de Timor-Leste.
As acusações de que Rogério Lobato teria distribuído armas a civis fora m feitas por Vicente da Conceição "Railos", líder de um alegado "esquadrão da mo rte".
Vicente da Conceição "Railos" apresentou segunda-feira as provas das ac usações contra Rogério Lobato ao ministro da Defesa, José Ramos-Horta, que visit ou o grupo armado liderado por aquele veterano das Falintil (Forças Armadas de L ibertação Nacional de Timor-Leste) em Leutala, 50 quilómetros a oeste de Díli.
Na altura, "Railos" entregou aos jornalistas uma declaração intitulada "Equipa de Segurança Secreta da FRETILIN - Grupo Railos", na qual refere que ter ia recebido armas em três ocasiões alegadamente por ordem de Rogério Lobato.
Railos" acusou Mari Alkatiri e Rogério Lobato de terem distribuído arma s para eliminação de adversários políticos do primeiro-ministro e líder da FRETI LIN.
Os alvos dessa missão seriam os cerca de 600 ex-militares demitidos das forças armadas timorenses pelo governo, líderes de partidos políticos da oposiç ão, padres e membros do comité central da FRETILIN contestatários da liderança d e Mari Alkatiri, secretário-geral do partido.
Mari Alkatiri já negou as acusações, mas Rogério Lobato reconheceu, em entrevista publicada sábado pelo semanário Expresso, que o grupo do comandante " Railos" foi preparado para ajudar a polícia a "actuar numa situação de guerrilha ".
Algumas preocupações:
"Fonte da ONU, que solicitou o anonimato"
É preocupante que um documento emitido no âmbito de um processo em investigação mesmo antes de chegar às mãos do destinatário se torne público e que a fonte de informação seja a ONU.
Mais uma vez é evidente e preocupante o funcionamento da Procuradoria-Geral de Timor Leste.
Parece que os principios fundamentais do segredo de justiça e independência não são os principios condutores da Procuradoria Timorense. Qualquer que seja a investigação operada por um Ministério Público que viola desta forma principios deverá ser posta em causa.
quarta-feira, junho 21, 2006
Dos leitores
Por Malai Azul 2 à(s) 07:18
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Nao foi emitido qualquer mandado de captura ao Rogerio.
Quem o tal senhor anonimo da ONU que anda a fabricar noticias falsas?
Gusmao tells Alkatiri to quit over guns
Wanted ... Rogerio Lobato.
Photo: Andrew Meares
EAST Timor's political crisis was moving to a head last night with prosecutors yesterday ordering the arrest of the dismissed interior minister, and the President asking the Prime Minister to resign.
East Timor's Prosecutor-General, Longuinhos Monteiro, issued an arrest warrant charging former interior minister Rogerio Lobato with issuing 17 police assault rifles to former anti-Indonesian guerillas linked to the ruling Fretilin party, allegedly to form a hit-squad against rivals.
The President, Xanana Gusmao, has written to the Prime Minister, Mari Alkatiri - reported to have authorised the arms transfer - asking him to take political responsibility and resign or step aside while the allegations are investigated.
The President has convened the Council of State, a body of senior figures nominated by himself and the parliament, for a meeting today at which he is expected to press the resignation demand.
After United Nations prosecutors assembled testimony taken from the alleged Fretilin hit squad at their mountain hide-out on Monday,
Mr Lobato attempted to flee the country yesterday morning, high-level government sources said.
His name was listed on the passenger manifest of a regular Air North flight to Darwin, but he was told he could not board because Canberra had blocked his entry to Australia.
Yesterday evening, Mr Lobato was still at large in his ministerial villa, and had gone to talk with Mr Alkatiri at his neighbouring residence in Dili's Farol district.
The interior minister was dismissed three weeks ago after the 3500-strong police force disintegrated and took sides in fighting between army factions. The leader of the alleged Fretilin hit squad, Vicente de Conceicao or "Commander Railos", told prosecutors they were given 17 assault rifles in early May by police acting on Mr Lobato's orders.
In the ABC's Four Corners program on Monday night, Mr Railos said he had been given orders on May 7 by Mr Lobato, in the presence of Mr Alkatiri, to eliminate political rivals.
But Mr Alkatiri yesterday indicated he would fight the allegations, and would resist growing calls for him to resign.
Mr Alkatiri said he had told Mr Railos, a delegate from Liquica, that Fretilin activists were being threatened by other groups in villages. Mr Alkatiri said he had suggested Fretilin form "popular security" arrangements for themselves but should not be armed.
In a bizarre twist, Mr Railos telephoned Mr Alkatiri yesterday morning and said he wanted to surrender his guns to Mr Gusmao. Mr Alkatiri said that, in reply, he suggested the guns should be given immediately to the police or the Australian-led military force.
Fretilin leaders yesterday expressed full support for Mr Alkatiri at a belligerent press conference at the headquarters of the party central committee.
In an interview with the Jakarta Post on Monday, Mr Alkatiri said: "If I resign now, it's going to increase tension, because of my supporters."
Sydney Morning Herald
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