REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
INFORMAÇÃO À IMPRENSA
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Mari Alkatiri rejeita alegações sobre o “Esquadrão da Morte”
O primeiro ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, hoje, 20 de Junho, em entrevista concedida à Rádio Televisão de Timor-Leste (RTTL) rejeitou as alegações do Comandante Vicente Railos, divulgadas ontem, sobre a autoria de o ter armado e ordenado que eliminasse opositores dentro e fora da FRETILIN, bem como que tenha armado delegados da FRETILIN com o objectivo de matar opositores até às eleições de 2007.
Também ontem, na mesma reportagem, o Comandante Railos afirma que o primeiro-ministro simboliza “ideias estrangeiras” e que isso irá dividir e destruir o País, o que levou o primeiro–ministro a afirmar que “Este tipo de declarações têm vindo a ser usadas contra mim, desde que assumi o cargo de primeiro-ministro, em Maio de 2002”.
Na entrevista de hoje, Mari alkatiri, condena o Comandante Railos por aparecer armado, conjuntamente com outros, em uniforme da Unidade de Reserva da polícia (URP) e por ter atacado o Quartel das F-FDTL a 24 de Maio.
Comandante Railos está disponível para entregar as armas
No decorrer da entrevista, o primeiro-ministro afirmou que o Comandante Railos lhe telefonou hoje de manhã, dizendo que estaria pronto a entregar as armas ao Presidente da República, Xanana Gusmão. “Disse-lhe que entregasse as armas à polícia ou às forças australianas e que não se deixasse usar por aqueles que querem destruir a FRETILIN” relatou o primeiro-ministro. Mari Alkatiri disse ainda ter atendido o telefonema do Comandante Railos por ele ser membro da FRETILIN e por muito do que se passa na actual situação, em Timor-Leste, resultar de falta de comunicação.
O primeiro-ministro lembrou ainda que por duas ou três vezes se encontrou com o Comandante Vicente Railos, por ocasião do Congresso da FRETILIN, mas que nunca lhe ordenou que formasse um grupo armado e que foi, o próprio primeiro-ministro, quem solicitou uma investigação internacional independente para verificação de todas as alegações e recentes incidentes. Tendo acrescentado que, a polícia interrogou os delegados de Maliana ao Congresso da FRETILIN, sobre alegações de terem recebido armas, e nada foi provado.
O primeiro-ministro contextualizou as alegações do Comandante Railos nas sucessivas campanhas de denegrirem o seu nome para o forçarem a demitir-se e, consequentemente, levarem à queda do Executivo. Relembrou as acusações de que teria recebido um suborno da ConnocoPhilips, mas que nunca foi provado em Tribunal; de em 2005 ter iniciado uma campanha contra Igreja Católica; e, mais recentemente, de estar na génese da questão dos chamados “peticionários”. Concluindo, o primeiro-ministro argumentou que “Estes grupos exigem a minha demissão mesmo antes da intervenção das F-FDTL, depois dos acontecimentos de 28 de Abril. Esquecem-se de mencionar o ataque do Major Reinado a elementos das F-FDTL e à casa do Brigadeiro-General Taur Matan Ruak a 23 de Maio, e o ataque, no dia seguinte, ao quartel das F-FDTL. Só mencionam o que possa denegrir a imagem do primeiro-ministro.”
Díli, 20 de Junho de 2006
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