quarta-feira, junho 21, 2006

Comunicado - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

INFORMAÇÃO À IMPRENSA


Mari Alkatiri rejeita alegações sobre o “Esquadrão da Morte”

O primeiro ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, hoje, 20 de Junho, em entrevista concedida à Rádio Televisão de Timor-Leste (RTTL) rejeitou as alegações do Comandante Vicente Railos, divulgadas ontem, sobre a autoria de o ter armado e ordenado que eliminasse opositores dentro e fora da FRETILIN, bem como que tenha armado delegados da FRETILIN com o objectivo de matar opositores até às eleições de 2007.

Também ontem, na mesma reportagem, o Comandante Railos afirma que o primeiro-ministro simboliza “ideias estrangeiras” e que isso irá dividir e destruir o País, o que levou o primeiro–ministro a afirmar que “Este tipo de declarações têm vindo a ser usadas contra mim, desde que assumi o cargo de primeiro-ministro, em Maio de 2002”.

Na entrevista de hoje, Mari alkatiri, condena o Comandante Railos por aparecer armado, conjuntamente com outros, em uniforme da Unidade de Reserva da polícia (URP) e por ter atacado o Quartel das F-FDTL a 24 de Maio.

Comandante Railos está disponível para entregar as armas

No decorrer da entrevista, o primeiro-ministro afirmou que o Comandante Railos lhe telefonou hoje de manhã, dizendo que estaria pronto a entregar as armas ao Presidente da República, Xanana Gusmão. “Disse-lhe que entregasse as armas à polícia ou às forças australianas e que não se deixasse usar por aqueles que querem destruir a FRETILIN” relatou o primeiro-ministro. Mari Alkatiri disse ainda ter atendido o telefonema do Comandante Railos por ele ser membro da FRETILIN e por muito do que se passa na actual situação, em Timor-Leste, resultar de falta de comunicação.

O primeiro-ministro lembrou ainda que por duas ou três vezes se encontrou com o Comandante Vicente Railos, por ocasião do Congresso da FRETILIN, mas que nunca lhe ordenou que formasse um grupo armado e que foi, o próprio primeiro-ministro, quem solicitou uma investigação internacional independente para verificação de todas as alegações e recentes incidentes. Tendo acrescentado que, a polícia interrogou os delegados de Maliana ao Congresso da FRETILIN, sobre alegações de terem recebido armas, e nada foi provado.

O primeiro-ministro contextualizou as alegações do Comandante Railos nas sucessivas campanhas de denegrirem o seu nome para o forçarem a demitir-se e, consequentemente, levarem à queda do Executivo. Relembrou as acusações de que teria recebido um suborno da ConnocoPhilips, mas que nunca foi provado em Tribunal; de em 2005 ter iniciado uma campanha contra Igreja Católica; e, mais recentemente, de estar na génese da questão dos chamados “peticionários”. Concluindo, o primeiro-ministro argumentou que “Estes grupos exigem a minha demissão mesmo antes da intervenção das F-FDTL, depois dos acontecimentos de 28 de Abril. Esquecem-se de mencionar o ataque do Major Reinado a elementos das F-FDTL e à casa do Brigadeiro-General Taur Matan Ruak a 23 de Maio, e o ataque, no dia seguinte, ao quartel das F-FDTL. Só mencionam o que possa denegrir a imagem do primeiro-ministro.”

Díli, 20 de Junho de 2006

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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